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1.1. Características
1.1.1. Universalidade: abrange o mundo inteiro, mesmo que um Estado adote uma política
isolacionista, ainda sim terá que se relacionar com o seu vizinho.
1.1.2. Heterogênea: Os membros (atores) podem apresentar diferenças entre si.
1.1.3. Caráter Interestatal: só composta por Estados. Entretanto existem correntes
divergente que prevê na participação de Organizações Internacionais, ONGs, empresas,
indivíduos e etc.
1.1.4. Descentralização: Não possui organização superior aos Estados.
1.1.5. Coordenação: de interesses entre seus membros, que vai permitir a definição de
regras de convívio.
1.1.6. Caráter paritário: igualdade jurídica entre seus membros.
1.1.7. Desigualdade de fato: o poder de certos Estados ainda influencia nos rumos das
relações internacionais.
1.2. A globalização e o sistema normativo Internacional
1.2.1. Globalização: “(...)processo de progressivo aprofundamento da integração entre
várias partes do mundo, especialmente nos campos político, econômico, social e cultural,
com vistas a formar um espaço internacional comum, dentro do qual bens, serviços e
pessoas circulem da maneira mais desimpedida possível.” (Portela)
2. Conceito de Direito Internacional Público: “Conjunto de normas jurídicas que regulem as relações
mútuas dos Estados e, subsidiariamente, as das demais pessoas internacionais, como
determinadas organizações, e dos indivíduos.” (Accioly)
2.1. Elementos
2.1.1. Entendimento clássico:
2.1.1.1. Atores:
• Estados
• Organizações Internacionais
2.1.1.2. Matérias a regular: relações interinstitucionais, envolvendo Estados e
Organizações Internacionais
3. Objeto:
• Reduzir a anarquia na sociedade internacional e delimitar as competências
de seus membros;
• Regular a cooperação internacional;
• Conferir tutela adicional a bens jurídicos aos quais a sociedade internacional
decidiu atribuir importância;
• Satisfazer interesses comuns dos Estados.
4. Fundamento do DIP
4.1. Teoria do voluntarismo: o elemento central é a vontade dos sujeitos do DIP
4.1.1. Forma expressa: tratados
4.1.2. Forma tácita: costumes
Usada como sinal de protesto contra ofensa recebida, ou como maneira de decidir, o
Estados contra o qual se aplica, a adotar procedimento razoável e amis conforme aos
intuitos que se têm em vista.
7.2. Monismo: fundamenta-se na premissa de que existe apenas uma ordem jurídica, com normas
internacionais e internas, interdependentes entre si.
• Normas internacionais podem ter eficácia condicionada à harmonia de seu
teor com o Direito interno;
• A aplicação das normas nacionais pode exigir que estas não contrariem os
preceitos do Direito Internacional;
• Não é necessária a feitura de nova legislação que transforme o Direito
Internacional em interno.
7.2.2. Monismo internacionalista (Hans Kelsen – Escola de Viena): o ordenamento jurídico
é uno, e o Direto das Gentes é a ordem hierarquicamente superior, da qual o Direito
interno é subordinado.
• Artigo 27 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969:
“Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para
justificar o inadimplemento de um tratado”
• Convenção de Viena foi ratificada pelo Brasil em 2009, com reservas. Decreto
nº 7.030, de 14 de Dezembro de 2009.
7.2.2.2. Monismo internacionalista moderado (Alfred von Verdross): nega a
invalidade da norma interna que contrarie a norma internacional, mas gera
responsabilidade internacional ao Estado que a viola.
7.2.3. Monismo nacionalista (Hegel): o Estado só se vincularia às normas com as quais
consentissem e nos termos estabelecidos pelas respectivas ordens jurídicas nacionais.
• O ordenamento jurídico interno é hierarquicamente superior ao
internacional.
7.2.4. Monismo no Brasil: o Brasil herdou uma característica do monismo nacionalista, pois
a Constituição federal Brasileira (CF/88) determina a forma de celebração de tratados
pelo Brasil, e define a solução do conflito entre as normas, internacional e nacional.
• Existem alguns entendimentos que vem atribuindo importância à norma
internacional, que em diversas hipóteses prevalecerá frente a norma
nacional, e em casos particulares, se equiparará à norma constitucional.
7.3. A primazia da norma mais favorável: trazido ao cenário jurídico pelo Direito Internacional
dos Direitos Humanos que vai prevalecer a norma vai favorável à vítima ou indivíduo
resguardando, assim a sua dignidade humana.
Dualismo Monismo
Duas ordens jurídicas, distintas e independentes Uma só ordem
entre si
Uma ordem jurídica internacional e uma ordem Uma ordem jurídica apenas, com normas
jurídica interna internacionais e internas
Conflito entre Direito Internacional e o interno: Conflito entre Direito Internacional e o interno:
impossibilidade possibilidade
Necessário diploma legal interno que incorpore Não há necessidade de diploma legal interno
o conteúdo da norma internacional: teoria da
incorporação
Artigo 38
A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe
forem submetidas, aplicará:
b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais
qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de
direito.
A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et
bono, se as partes com isto concordarem.
Artigo 59
A decisão da Corte só será obrigatória para as partes litigantes e a respeito do caso em questão.
Ex aequo et bono (em português, "conforme o correto e válido") é uma expressão jurídica
latina. No contexto da arbitragem, ela é utilizada quando as partes optam por conferir aos
árbitros o poder de decidir o conflito, com base em seu leal saber e entender.
9.4. Classificação
9.6.1. Negociação: é a fase inicial do processo de elaboração dos tratados, dentro a qual as
partes discutem e estabelecem os termos do ato internacional.
9.6.2. Assinatura: é o ato pelo qual os negociadores, ao chegar a um acordo sobre os termos
do tratado, encerram as negociações, expressam sua concordância com o teor do ato
internacional, adotam e autenticam seu texto e, por fim, encaminham o acordo para
etapas posteriores da formação internacional.
9.6.3. Ratificação: é o ato pelo qual o Estado, após reexame de um tratado assinado
(autorização parlamentar), confirma seu interesse em concluí-lo e estabelece seu
consentimento em vincular-se às suas normas. É a aceitação definitiva do acordo.
9.6.4. Entrada em vigor no âmbito internacional
• Tratados bilaterais: troca de ratificações
• Tratados multilaterais:
o Depositário: recebe e guarda os instrumentos de ratificação
o Número mínimo de ratificações
Artigo 102. 1. Todo tratado e todo acordo internacional, concluídos por qualquer
Membro das Nações Unidas depois da entrada em vigor da presente Carta, deverão,
dentro do mais breve prazo possível, ser registrados e publicados pelo Secretariado.
2. Nenhuma parte em qualquer tratado ou acordo internacional que não tenha sido
registrado de conformidade com as disposições do parágrafo 1 deste Artigo poderá
invocar tal tratado ou acordo perante qualquer órgão das Nações Unidas.
9.7.1. Duração
9.7.1.1. Contemporânea: quando o ato entra em vigor tão logo seja manifestado o
consentimento definitivo das duas partes, nos atos bilaterais, ou de mínimo de
signatários, nos multilaterais.
9.7.1.2. Diferida: quando os textos dos tratados estipulam um prazo para a sua entrada
em vigor após a expressão final da vontade dos signatários.
9.7.2. Princípio da irretroatividade: os tratados não alcançam fatos ocorridos antes de sua
vigência, configurando em geral o efeito ex nunc.
• Estipulação em contrário
9.7.3. Reflexo de tratados sobre terceiros: em geral não se aplicam a terceiros, salvo com o
consentimento deste, normas costumeiras e jus cogens
9.9. Adesão: Pode ocorrer em tratados abertos, momento pelo qual o Estado ou Organização
Internacional expressa sua vontade, posterior, em fazer parte do tratado.
9.11. Reservas (Salvaguarda): declaração unilateral , qualquer que seja a sua redação ou
denominação feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele
aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de certas disposições do
tratado em sua aplicação a esse Estado.
9.12. Extinção
• Denúncia
• Vontade comum entre as partes
• Alteração fundamental das circunstâncias (incluindo guerra)
• Violação substancial
• Impossibilidade de cumprimento (perda do objeto)
• Número inferior ao mínimo estabelecido (Tratados multilaterais)
• Fim da vigência do tratado por prazo fixo, com condição resolutiva ou com
objetivo que tenha sido atingido
• Desuso
• Rompimento das relações diplomáticas
10. Princípios do DIP
10.1. Pacta Sunt Servanda: acordos devem ser mantidos (tradução livre)
10.2. Proibição do uso ameaça da força: legitima a intervenção do conselho de segurança,
caso haja a violação do princípio, utilizando-se da força para a solução das controvérsias.
10.3. Solução pacífica de controvérsias: obriga os Estados a resolverem suas controvérsias
internacionais por meios pacíficos de modo a não prejudicar a segurança, a paz e a justiça
internacionais.
10.4. Não intervenção nos assuntos internos dos Estados: "Nenhum Estado deve imiscuir-
se pela força na constituição e governo de um outro Estado” (Kant)
10.5. Dever de cooperação internacional: é o ato de mútua ajuda entre duas ou mais
Estados-Nação para a finalidade de um objetivo comum, que pode ser das mais diversas
espécies: políticos, culturais, estratégicos, humanitários, econômicos.
• Nenhum país, por mais desenvolvido que seja, pode abster-se do relacionamento
cooperativo com outro Estado-Nação, a fim de buscar soluções para problemas
comuns ou que atravessem ou que pretendam evitar.
10.6. Igualdade de Direitos e Autodeterminação dos Povos: confere aos povos o direito de
autogoverno e de decidirem livremente a sua situação política, bem como aos Estados o
direito de defender a sua existência e condição de independente.
10.7. Igualdade soberana dos Estados: não há hierarquia entre os estados, eles estão
organizados em um plano horizontal, cada qual com suas normas de direito interno,
regulando seu território do modo que bem entenderem e sem que outros países interfiram.
10.8. Boa-fé no cumprimento das obrigações internacionais:
11.5. Indivíduo:
11.6. Organizações não governamentais: entidades privadas sem fins lucrativos que atuam
em áreas de interesse público, inclusive em típicas funções estatais.
11.7. Empresas:
11.8. Beligerantes, Insurgentes e Nações em Luta pela Soberania
11.8.1. Beligerantes: são movimentos contrários ao governo de um Estado, que visam a
conquistar o poder ou a criar um ente estatal, e cujo estado de beligerância é
reconhecido por outros membros da sociedade internacional.
• “(...) reconhecimento como beligerante é aplicado às revoluções de grande
envergadura, em que os revoltosos formam tropas regulares e que têm sob
o seu controle uma parte do território estatal” (Albuquerque Mello)
• o grupo subversivo envolve uma parte da população e pretende a formação
de um novo Estado, que se desmembraria do Estado-mãe.
• A característica marcante do movimento beligerante é a luta armada e a
finalidade desta luta é normalmente a modificação do sistema político no
qual se encontra o Estado.
• Síria – curdos, Estado Islâmico e Jihadistas
11.8.2. Insurgentes (rebeldes): também são grupos que se revoltam contra governos, mas
cujas ações não assumem a proporção de beligerância, como no caso de ações
localizadas e de revoltas de guarnições militares, e cujo status de insurgência é
reconhecido por outros Estados.
• num determinado Estado, ocorre uma subversão de caráter eminentemente
político, que não assume a proporção de uma guerra civil.
• FARC
11.8.3. Nações em luta pela soberania: são movimentos de independência nacional, que
acabam adquirindo notoriedade tamanha que fica impossível ignorá-los nas relações
internacionais.
• OLP – Organização para a Libertação da Palestina
11.9. Blocos Regionais: esquemas criados por Estados localizados em uma mesma região do
mundo, com intuito de promover a maior integração entre as respectivas economias e,
eventualmente, entre as sociedades nacionais.
• Mercosul
• União Europeia
12.2. Elementos
• Território: espaço geográfico onde é exercido o seu poder soberano.
• Povo: seres humanos inseridos diretamente no processo de formação e
conservação do Estado, vinculadas juridicamente por meio da nacionalidade.
• Governo soberano: autoridade maior que exerce o poder político no Estado.
12.6.2. Deveres:
• Dever de respeitar os direitos de outros Estados
• Dever de não intervenção
• Dever de solucionar pacificamente as controvérsias
12.7. Doutrinas:
• Doutrina Tobar (1907): Carlos Tobar (1853 – 1920) foi Ministro das Relações
Exteriores equatoriano no início do século XX.
o Diz que a única forma para evitar golpes de Estado na região americana
seria a comunidade internacional se recusar a reconhecer os governos
golpistas como legítimos, rompendo relações diplomáticas e
formulando contra eles uma declaração de não-reconhecimento, até
que aquele governo fosse confirmado nas urnas.
o Defende que o reconhecimento de governos estrangeiros só deveria ser
concedido após a constatação de que estes contam com apoio popular.
• Doutrina Estrada (1930): Genaro Estrada (1887 – 1937) foi Ministro das
Relações Exteriores venezuelano.
o Defende que a declaração expressa do reconhecimento de uma nova
soberania é uma prática afrontosa, uma falta de respeito à soberania
da nação preexistente, pois não é necessário o reconhecimento para
que o Estado inicie suas atividades.
o O Brasil, por exemplo, adota a Doutrina Estada quando não interfere no
processo políticos de outros Estados.
• Doutrina Drago (1902) Luis María Drago (1859 - 1921) foi chanceler
argentino.
o Afirma que nenhuma potência estrangeira pode usar a força contra
uma nação americana com a finalidade de cobrar uma dívida.
o foi uma resposta às ações da Grã-Bretanha, Alemanha e Itália, que
impuseram um bloqueio naval à Venezuela no final de 1902, como
resposta à enorme dívida que o presidente da Venezuela, Cipriano
Castro, havia se recusado a pagar.
o Frente a esse ataque, os Estados Unidos disseram que não iriam apoiar
um Estado que fosse afetado por ataques de potências europeias que
não se originou com a intenção de recuperar e colonizar territórios
americanos. Ou seja, haveria defesa por parte dos Estados Unidos
somente se as potências europeias desejassem recolonizar algum
território na América.
o Assim, surge a Doutrina Drago, como um ato de protesto por parte de
Luis María Drago contra os Estados Unidos.
o Uma versão modificada foi aprovada por Horace Porter em Haia, em
1907. Esta acrescentou que a arbitragem e o litígio devem ser sempre
utilizados primeiro.
o O Brasil foi oficialmente contra a Doutrina Drago, pois era credor de
países vizinhos.
• Doutrina Brum (1917): Baltazar Brum (1883 - 1933) foi Ministro das Relações
Exteriores do Uruguai, advogado e também presidente do Uruguai de 1919 a
1923.
o expõe que os países americanos deveriam ter estreita unidade de ação
para fazer frente às violações do Direito Internacional, devendo
responder de forma conjunta às ofensas perpetradas contra qualquer
país do continente.
14.2. Domínio Fluvial e lacustre: constituído pelos rios e demais cursos d’água que dentro
dos limites do Estado, cortam seu território.
• Depende do acordo existente com os Estados que compartilham o manancial
14.2.2. Rios nacionais: localizados inteiramente dentro do território de um Estado. Estão
submetidos à soberania do Estado, a exemplo de seu próprio território.
14.2.3. Rios Internacionais: constituídos por rios que compõe a fronteira entre dois Estados,
ou que seu curso total atravessa Estados diferentes.
14.2.3.1. Contíguos: correm entre os territórios de dois Estados;
o Soberania até a alinha divisória;
o
14.2.3.2. Sucessivos: quando atravessam os territórios de dois ou mais Estados.
o Soberania sobre a parte do curso compreendida dentro do seu
território.
14.2.4. Navegação: A tendência internacional é a livre navegação nos rios internacionais.
14.2.4.1. Restrições:
• Cabotagem: é a navegação entre portos do mesmo país utilizando as vias
marítimas ou vias navegáveis interiores. Ela se contrapõe a navegação de
longo curso. Logo, nesse trajeto, não se perde a costa de vista.
o Limita-se a navegação de cabotagem aos navios nacionais
• Navios de guerra estrangeiros: Exclui-se a navegação de navios de guerra
estrangeiros, salvo consentimento prévio.
ARTIGO 21
1. O Estado costeiro pode adotar leis e regulamentos, de conformidade com as disposições da presente
Convenção e demais normas de direito internacional, relativos à passagem inocente* pelo mar
territorial sobre todas ou alguma das seguintes matérias:
2. Tais leis e regulamentos não serão aplicados ao projeto, construção, tripulação ou equipamento de
navios estrangeiros, a não ser que se destinem à aplicação de regras ou normas internacionais
geralmente aceitas.
4. Os navios estrangeiros que exerçam o direito de passagem inocente pelo mar territorial deverão
observar todas essas leis e regulamentos, bem como todas as normas internacionais geralmente
aceitas relacionadas com a prevenção de abalroamentos no mar.
ARTIGO 22
1. O Estado costeiro pode, quando for necessário à segurança da navegação, exigir que os navios
estrangeiros que exerçam o direito de passagem inocente* pelo seu mar territorial utilizem as rotas
marítimas e os sistemas de separação de tráfego que esse Estado tenha designado ou prescrito para a
regulação da passagem de navios.
2. Em particular, pode ser exigido que os navios tanques, os navios de propulsão nuclear e outros
navios que transportem substâncias ou materiais radioativos ou outros produtos intrinsecamente
perigosos ou nocivos utilizem unicamente essas rotas marítimas.
d) a densidade de tráfego.
4. O Estado costeiro indicará claramente tais rotas marítimas e sistemas de separação de tráfego em
cartas marítimas a que dará a devida publicidade.
Art. 55 da Convenção Montego Bay/82: “A zona econômica exclusiva é uma zona situada além
do mar territorial e a este adjacente, sujeita ao regime jurídico específico estabelecido na
presente Parte, segundo o qual os direitos e a jurisdição do Estado costeiro e os direitos e
liberdades dos demais Estados são regidos pelas disposições pertinentes da presente
Convenção.”
15.1. Conceitos
A competência da organização para celebrar tratados em seu próprio nome é, de todas, a mais
expressiva como elemento indicativo da sua personalidade.
• Cooperação técnica:
o organizações especializadas – descartam a interferência em assuntos
de natureza política e restringem-se unicamente a aproximar posições
e tomar iniciativas conjuntas em áreas específicas.
o Cuidam de problemas que só podem ser enfrentados com a ação do coletivo
internacional. EX. epidemias – OMS, OIT.
15.4.1. Conceito: Organização de paz, criada pela Carta da ONU que entrou em vigor em
24/10/1945, inspirada na ideia de um governo mundial, com as finalidades básicas de
manter a paz entre os Estados, mobilizar a comunidade internacional para deter uma
agressão e promover o respeito aos direitos humanos
15.4.2. Categorias de membros: (193 países)
15.4.5. Estrutura
• Assembleia Geral:
o órgão onde todos os Estados encontram-se representados através de
seus delegados.
o Reúne-se anualmente.
o Funciona por meio de Comissões específicas
o tem por finalidades: discutir e fazer recomendações sobre quaisquer
assuntos, de acordo com a Carta, sobre desarmamento e
regulamentação do armamento, sobre os princípios gerais de
cooperação na manutenção da paz e segurança internacionais, sobre
a cooperação em diversos campos, como econômico, social e
cultural, sobre a solução pacífica dos conflitos
o tem atribuições de: eleger os membros permanentes do Conselho de
Segurança, os membros do Conselho Econômico e Social e do Conselho
de Tutela,
o autorizar os organismos especializados a solicitarem pareceres à Corte
Internacional de Justiça e
o coordenar as atividades dos organismos especializados.
• Conselho de Segurança:
o O Conselho de Segurança é formado por quinze membros, sendo cinco
permanentes (EUA, Rússia (ex-URSS), China, França e Grã-Bretanha) e,
em número de dez os membros não permanentes que são eleitos pela
Assembleia Geral para um mandato de dois anos.
o Suas decisões devem ser cumpridas pelas Nações Unidas, com a
possibilidade de veto membros permanentes.
o As funções do Conselho podem ser resumidas em:
regulamentar os litígios entre os Estados-Membros,
regulamentar os armamentos,
agir em casos de agressão e ameaça à paz e
decidir sobre medidas a serem tomadas para a
execução das sentenças da Corte Internacional de
Justiça.
• Conselho de Tutela:
o Conselho de Tutela tem por composição os membros da ONU que
administram territórios tutelados.
o É formado pelos membros mencionados no art. 23 da Carta, chamados
"Grandes", que não estão administrando tais territórios, e por Estados,
somados aos Grandes que não têm tutela, que deem um número igual
ao de países que possuem tutela (art. 86 da Carta).
o A finalidade da tutela é conduzir os povos colocados nesse regime
à independência política. Ela se concretiza mediante acordos entre a
ONU e a potência administradora.
o esse conselho foi criado com o propósito de auxiliar os territórios sob
tutela da ONU a constituir governos próprios e, após anos de atuação,
foi extinto em 1994 quando Palau (no Pacífico), o último território sob
tutela da ONU, tornou-se um Estado soberano.
• Secretariado:
o também, um órgão permanente, porque encarregado da parte
administrativa da ONU.
o Seu chefe é o Secretário-Geral, com um mandato de cinco anos. É
indicado pela Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho
de Segurança.
o As atribuições do secretário, técnico administrativas, estão descritas
no art. 99 da Carta das Nações.
o presta serviços a outros órgãos da ONU e administra os programas e
políticas que elaboram, além de chamar a atenção do Conselho de
Segurança sobre qualquer assunto a ele pertinente.
15.4.6. Propósitos:
• Manter a paz e a segurança internacionais;
• Desenvolver relações amistosas entre as nações;
• Realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de
caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos
direitos humanos e às liberdades fundamentais;
• Ser um centro destinado a harmonizar a ação dos povos para a consecução
desses objetivos comuns.
15.4.7. Princípios:
• A Organização se baseia no princípio da igualdade soberana de todos seus
membros;
• Todos os membros se obrigam a cumprir de boa-fé os compromissos da
Carta;
• Todos deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos,
de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça
internacionais;
• Todos deverão abster-se em suas relações internacionais de recorrer à
ameaça ou ao emprego da força contra outros Estados;
• Todos deverão dar assistência às Nações Unidas em qualquer medida que a
Organização tomar em conformidade com os preceitos da Carta, abstendo-
se de prestar auxílio a qualquer Estado contra o qual as Nações Unidas agirem
de modo preventivo ou coercitivo;
• Cabe às Nações Unidas fazer com que os Estados que não são membros da
Organização ajam de acordo com esses princípios em tudo quanto for
necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais;
• Nenhum preceito da Carta autoriza as Nações Unidas a intervir em assuntos
que são essencialmente da alçada nacional de cada país.
15.5. MERCOSUL
O Mercosul é a sigla para Mercado Comum do Sul bloco econômico composto atualmente
por quatro países da América do Sul.
Tem como objetivo promover a integração dos países da América do Sul, especialmente os
do Cone Sul, nos âmbitos econômico, político e social.
Desde os anos 80 existe a ideia da criação de uma área de livre comércio na américa do sul,
entretanto somente em 1991 criou-se o mercosul.
O país que se integra ganha peso internacionalmente, pois passa a negociar como bloco
diante de outros blocos. A integração pode ser política ou econômica, sendo esta última a mais
encontrada na prática, tendo, porém, inevitável repercussão política. Assim é o Mercosul: um esforço
de integração marcadamente econômica, mas também um projeto de aproximação política no Cone
Sul.
Nos organismos de integração, o Estado não aparece como algo tão monolítico como nas
organizações internacionais intergovernamentais. A participação da sociedade civil organizada é mais
visível. Os Estados vão mesmo enfraquecendo em virtude da porção de poder que transferem aos
organismos de integração. A tendência é a formação de blocos em torno de grandes mercados, sua
consolidação e expansão.
O Mercosul possui personalidade jurídica de Direito Internacional, a qual será exercida pelo
órgão chamado Conselho do Mercado Comum (CMC), contudo, ainda não possui uma sede
permanente.
O objetivo do Tratado de Assunção é a conexão dos Estados Partes por meio da livre
movimentação de bens, serviços, bem como da consignação de uma Tarifa Externa Comum (TEC).
Isso culminará na adoção de uma política comercial comum. Ou seja, uma área de livre-
comércio intra zona e política comercial comum entre esses quatro países da América do Sul.
• Argentina
• Brasil
• Paraguai
• Uruguai
• Venezuela (ingressou em 2006 e foi suspensa em 2017 - não estava cumprindo os
objetivos traçados, sobretudo, relacionados com a democracia e os direitos
humanos)
• Bolívia (Era associada e desde 2015 está em processo de adesão)
Estados Associados (participam das discussões, mas não tem poder de decisão);
• Chile (1996)
• Colômbia(2004)
• Equador(2004)
• Guiana(2013)
• Peru(2003)
• Suriname(2013)
Economia do Mercosul
Desde sua criação, o comércio entre os países membros aumentou 20 vezes. Dados de 2016 revelam
que o Mercosul é o maior exportador líquido mundial de açúcar; o maior produtor exportador mundial
de soja e o 1º produtor e o 2º maior exportador mundial de carne bovina.
Bandeira
É branca e traz a constelação do Cruzeiro do Sul em azul. Tal constelação foi escolhida porque é apenas
visível no hemisfério sul.
Sistema Institucional
Parlamento do Mercosul
O Parlamento do Sul foi criado em 2005 com objetivo de incrementar o poder legislativo da
região. É composto por 18 parlamentares de cada Estado Parte que são indicados pelos Congressos
nacionais dos seus países.
Os deputados se reúnem todos os meses em Montevidéu, mas suas resoluções não influem
nas decisões finais do Mercosul.
A União Europeia tem como finalidade alcançar a união econômica e monetária e a moeda única
(euro). É caracterizada por ser um espaço “sem fronteiras”, com livre circulação de mercadorias,
pessoas, serviços e capitais, bem como soberania relativa de seus membros.
Foi criada com o intuito de fortalecimento dos países europeus a fim de criar um mercado
comum, reduzir custos e fomentar a economia.
Em 1952 criou-se a CECA (Comunidade Europeia do Carvão e Aço) - Alemanha, Bélgica, Holanda,
Luxemburgo, França e Itália, chamada de a "Europa dos seis".
1957 criou-se o MCE (Mercado Comum Europeu) ou CEE (Comunidade Econômica Europeia) -
Inglaterra (1973), Irlanda (1973), Dinamarca (1973), Grécia (1981), Espanha (1986), Portugal (1986)
chamado de "Europa dos doze".
1991, o Tratado de Maastricht estabelece o fortalecimento econômico desses países por meio
da criação de uma moeda única, o Euro, que só foi colocado em circulação em 2002, entretanto alguns
países mantiveram suas moedas, como a Inglaterra e a Dinamarca.
1995, mais três países integram a União Europeia (Suécia, Finlândia e Áustria) formando, assim,
a chamada "Europa dos 15".
2004, dez países integraram ao bloco, a saber: Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia,
Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia, as ilhas de Malta e Chipre.
2007 dois países ingressaram, Bulgária e Romênia, fazendo a Europa dos 27.
2016 o Reino Unido demostrou seu interesse em sair da União Europeia. Em junho desse ano
ocorreu um plebiscito onde 51% das pessoas votaram a favor da saída. Essa ação foi chamada de Brexit,
termo que surgiu pela união das palavras Britain (“Bretanha”) e exit (“saída”). A saída do Reino Unido
foi formalizada em 31 de janeiro de 2020.
A União Europeia (UE) é o maior Bloco Econômico mundial composto atualmente por 27 países.
• Parlamento Europeu
• Conselho da União Europeia
• Comissão Europeia
• Conselho Europeu
• Banco Central Europeu
• Tribunal de Justiça da União Europeia
• Tribunal de Contas Europeu
• Alemanha (1952)
• Áustria (1995)
• Bélgica (1952)
• Bulgária (2007)
• Chipre (2004)
• Croácia (2013)
• Dinamarca (1973)
• Eslováquia (2004)
• Eslovênia (2004)
• Espanha (1986)
• Estônia (2004)
• Finlândia (1995)
• França (1952)
• Grécia (1981)
• Hungria (2004)
• Irlanda (1973)
• Itália (1952)
• Letônia (2004)
• Lituânia (2004)
• Luxemburgo (1952)
• Malta (2004)
• Países Baixos (1952)
• Polônia (2004)
• Portugal (1986)
• República Checa (2004)
• Romênia (2007)
• Suécia (1995)
Bandeira: símbolo da União Europeia e da unidade e identidade da Europa numa acepção mais
lata. É constituída por doze estrelas douradas dispostas em círculo sobre um fundo azul, que
simbolizam os ideais de unidade, solidariedade e harmonia entre os povos da Europa.
• Albânia
• Bósnia e Herzegóvina
• Kosovo.
• Patrimonial
• Moral
16.3. Características:
• Institucionalidade: tradicionalmente envolver apenas Estados e
Organizações internacionais (meio de concretização da ideia a justiça)
• Finalidade reparatória: regras ainda majoritariamente costumeiras
16.4. Classificação:
16.4.1. Quanto ao tipo de conduta
• Comissional
• Omissional
16.4.2. Quanto a fonte de Direito violada
• Contratual: inexecução de compromissos contraídos
• Delituosa: atos delituosos (violação de costumes internacional)
16.4.3. Quanto ao autor do ato que enseja a responsabilidade
• Direta: deriva de atos do próprio governo ou de seus agentes
• Indireta: atos praticados por simples particulares, mas de maneira que possa
ser imputada ao governo.
16.4.4. Quanto aos atos que ensejam a responsabilidade
• Lícitos
• Ilícitos
• Exigências
o Seguro e garantias
o Fixação explícita das causas de exclusão da responsabilidade
o Indicação dos foros para busca de reparação
16.5.2. Imputabilidade: resultante de ato ou omissão que possa ser atribuído ao Estado, em
decorrência do comportamento deste.
16.5.3. Dano: É o prejuízo decorrente de um ato ilícito
• Material
• Moral
• Pode não ter expressão econômica
16.6. Consequências da Responsabilidade internacional
16.7. Proteção diplomática: ato pelo qual o ente estatal do qual o indivíduo ou entidade é
nacional assume como sua reclamação de particular contra outro Estado.
16.7.1. Condições básicas (AGU ONU em 2006):
• O reclamante deve ter a nacionalidade do Estado ao qual se solicita proteção
• Esgotamento de recursos internos
• Conduta correta do autor da reclamação
16.8. Excludentes:
16.8.1. Consentimento do Estado: consentimento válido dado por um Estado à realização de
determinado ato por outro Estado exclui a ilicitude daquele ato em relação a este último
se o ato permanecer dentro dos limites do que foi concedido.
16.8.2. Legítima defesa:
16.8.3. Contramedidas: represálias (revide)
16.8.4. Força Maior:
16.8.5. Perigo Extremo: quando o autor não dispõe de outro meio razoável, em situação de
perigo extremo, de salvas vidas confiadas ao seu cuidado.
16.8.6. Estado de necessidade: o estado de necessidade não pode ser invocado como
excludente, a menos que:
• Este fato constituía o único meio de salvaguardar um interesse essencial do
Estado contra um perigo grave e iminente;
• O mesmo não prejudicou gravemente um interesse essencial do Estado em
razão da qual existia a obrigação.
16.8.7. Renúncia do indivíduo lesado:
17. Representação dos Estados
18. Litígios Internacionais
18.2.3. Competência
18.2.3.1. Consultiva: emissão de pareceres a pedido da Assembleia-Geral, Do Conselho
de Segurança da ONU e de outras entidades e órgãos de organismos do Sistema
das Nações Unidas.
o Estados não podem solicitar pareceres.
18.2.3.2. Contenciosa: julgamento de processos envolvendo Estados
18.2.4. Vinculação do Estado
• Previsão em ato internacional
• Compromisso
• Aceitação de ser réu quando processado
• Aceitação da cláusula facultativa de jurisdição contenciosa.
18.2.5. Obrigatoriedade das decisões
• Sentença é obrigatória, executável pelo Conselho de Segurança;
• Parecer é obrigatório quando os interessados o determinarem;
• A sentença é irrecorrível.
19. Nacionalidade
19.1. Nacionalidade brasileira
19.1.1. Natos
19.1.2. Naturalizados
19.2. Perda da nacionalidade
19.3. O Estatuto da Igualdade
20. Condição Jurídica do Estrangeiro
20.1. Títulos de ingresso e Direitos dos estrangeiros
20.2. Saída Compulsórias de estrangeiros
20.2.1. Deportação
20.2.2. Expulsão
20.2.3. Extradição
20.3. Asilo político
21. Proteção Internacional dos Direitos Humanos