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Internacional
Profa. Dra. Fernanda Frinhani
Direito Internacional Público e Privado
Direitos Internacional Público
Fontes: Costumes e PGD
Profa. Dra. Fernanda Frinhani
Aula 1
Como nascem o DIP?
• Como nascem os DH?
“Parto Natural”: Tratado Internacional – após anos de
debates, conferências, projetos...
“Cesariana”: Jurisprudências – interpretam o velho
direito, criando novas esferas de proteção.
• Problema: Indefinição
Fontes Secundárias
Doutrina
• Conceito: opinião dos juristas mais qualificados das mais
diferentes nações
• Publicistas renomados são aqueles capazes de impor
suas teses com devida argumentação jurídica,
distinguindo direito de suas visões particulares
Jurisprudência
- Conceito: decisões jurisdicionais (arbitrais ou judiciais) uniformes e
reiteradas;
- O Juiz internacional não legisla, apenas aplica o direito ao caso
concreto;
- Referência crescente à jurisprudência pela CIJ busca apenas garantir
coerência aos julgamentos
Outras Fontes
Resoluções de Organizações Internacionais – Ex.: ONU
• Conceito: normas gerais abstratas emanadas de
colegiados de OIs, não relacionadas à sua organização
interna;
• Reflete competência normativa externa (poder derivado
ou regulamentar externo), expressa mediante atos
unilaterais;
• São exemplo de Soft Law:normas não obrigatórias a
priori, mas que podem indicar ou dar origem a costumes;
Outras Fontes
• Atos Unilaterais dos Estados
• Conceito: Manifestação de vontade promovidas unilateralmente por
Estados, que geram efeitos jurídicos de DIP;
• Podem ser expressas ou tácitas, o importante é que consagrem a
intenção efetiva do Estado;
• Tipos:
-> Autonormativa: obrigam apenas os próprios Estados;
-> Heteronormativas: obrigam terceiros;
Ex.: reconhecimento de Estado; declaração de guerra, etc.
Incluem Leis Internas que têm efeitos internacionais, com as
referentes aos Direitos de estrangeiros, aplicação de decisões judiciais
estrangeiras, regimes de navegabilidade de rios internos;
Atenção I: Jus Cogens
• Não é fonte, mas Tipo de Norma de DIP
• Estabelece hierarquia de normas, não de fontes;
• Conceito: Normas imperativas de DIP, reconhecidas pela comunidade
internacional, somente revogáveis por outras de igual natureza;
• Fundamento: princípios morais -> ordem pública
• Vedada derrogação por vontade dos Estados
• Crítica dos positivistas: limita liberdade de contratar
Atenção II: Equidade
• Não é fonte, mas método de Raciocínio Jurídico;
• Conceito: julgamento de controvérsia sem submissão
aos mandamentos do ordenamento vigente, pautado
em critérios morais;
Art. 38, § 2º, Estatuto CIJ: corte pode julgar ex aequo et bono se as
partes assim concordarem (conforme o correto e válido; conforme a
equidade e o bem)
• d)“reserva” significa uma declaração unilateral, qualquer que seja a sua redação ou
denominação, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um
tratado, ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de
certas disposições do tratado em sua aplicação a esse Estado;
Conceitos Importantes – Convenção de Viena
1969
• e)“Estado negociador” significa um Estado que participou na
elaboração e na adoção do texto do tratado;
• f)“Estado contratante” significa um Estado que consentiu em se
obrigar pelo tratado, tenha ou não o tratado entrado em vigor;
• g)“parte” significa um Estado que consentiu em se obrigar pelo
tratado e em relação ao qual este esteja em vigor;
• h)“terceiro Estado” significa um Estado que não é parte no tratado;
• i)“organização internacional” significa uma organização
intergovernamental.
Condições de Validade
I - Capacidade das Partes
• Capacidade das Partes: art; 6º, Viena I
• Estados, OIs e determinados Sujeitos de DIP (Ex.: Cruz Vermelha)
• Situações Especiais: Santa Sé, beligerantes, Estados dependentes e
Estados membros da Federação;
• Ex. : No Brasil, CF, Art. 52, V – Estados membros, DF, territórios e
Municípios podem celebrar tratados de financiamento com
consentimento do Senado.
II – Habilitação dos Agentes Signatários
• Art. 7º, Convenção de Viena I
• Autorização Prévia: Chefes de Estado e Governo (Originária),
• Plenipotenciários: agentes portadores de Cartas de plenos Poderes:
• Ministro das Relações Exteriores e Chefes de Missão Diplomática
(derivada)
- Decorrência da intensificação das RIs;
- Abuso de função origina nulidade relativa – depende de
manifestação de vontade íntima.
III – Objeto Lícito e Possível
• Objetos materialmente possíveis e que não contrariem o DIP;
• Nulidade caso viole norma imperativa de DI geral (Jus cogens) – Ex.:
Carta da ONU
• Art. 53, Viena I – jus cogens preexistente
• Art. 64, Viena I – jus cogens superveniente
• Norma imperativa de DI geral (Jus cogens): norma aceita e
reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um
todo, da qual nenhuma derrogação é permitida
Jus cogens
• Artigo 53
• Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito
Internacional Geral (jus cogens)
• É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma
imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma
norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela
comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma
derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito
Internacional geral da mesma natureza.
• Artigo 64
• Superveniência de uma Nova Norma Imperativa deDireito Internacional Geral (jus
cogens)
• Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Internacional geral, qualquer tratado
existente que estiver em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-se.
Dispositivo Interno
• Artigo 27
• Direito Interno e Observância de Tratados
• Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno
para justificar o inadimplemento de um tratado. Esta regra não
prejudica o artigo 46.
Dispositivo Interno
• Artigo 46
• Disposições do Direito Interno sobre Competência para Concluir
Tratados
• 1. Um Estado não pode invocar o fato de que seu consentimento em
obrigar-se por um tratado foi expresso em violação de uma disposição
de seu direito interno sobre competência para concluir tratados, a
não ser que essa violação fosse manifesta e dissesse respeito a uma
norma de seu direito interno de importância fundamental.
• 2. Uma violação é manifesta se for objetivamente evidente para
qualquer Estado que proceda, na matéria, de conformidade com a
prática normal e de boa fé.
IV – Consentimento Mútuo
• Art.48, 49 e 50: Erro, dolo, corrupção ou má fé: o Estado não pode
alegar violação a norma interna, a não ser que a violação fosse
manifesta e dissesse respeito a norma de importância fundamental –
Anuláveis pela vítima