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1° AULA - 31/07/2017
Em relação aos casos concretos, devemos postá-los. Veremos a
seguir o tema dos planos de aula a serem vistos:
1. Planejamento de Aulas
DIREITO INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO
ESTADO
TRATADOS INTERNACIONAIS
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
PESSOA HUMANA —> A professora costuma adentrar na AV1 até aqui.
SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS INTERNACIONAIS
COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA INTERNACIONAL
CONFLITOS DE LEIS NO ESPAÇO
DIREITO DO MAR
Bibliografia:
Curso Elementar de Dir. Int. Público -> Francisco Rizek (foi juiz da Corte de Haia e do
STF), Ed. Saraiva;
* Curso de Dir. Int. Público, Ed. Iumen Juris -> Sidney Guerra;
* Celso de Albuquerque Mello - Curso de Direito Internacional Público Volume I, Ed.
Renovar;
Valério Mazuolli - Editora RT, Curso de Direito Int. Público;
Direito Internacional Privado - Nadia Araújo, Ed. Renovar.
**Coletânea do Valério Mazuoli —> Aguardar atualização, porem deverá conter: (I) carta
da ONU (1945); (ii) Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969); (iii) Convenção
Americana sobre Direitos Humanos (1969); (iv) LINDB; (v) Resolução 9 do STJ; (vi) Nova
Lei de Migrações (Revogou a Lei 6815/80)
Iniciaremos o estudo pelo 1º tópico...
6º Ator - Santa Sé
Vem a ser uma ficção jurídica, o Vaticano não possui personalidade
internacional, porém em 1929, por meio do Tratado de Latrão, os Estados atribuíram
personalidade internacional à Santa Sé, no entanto, não passa a ser um Estado.
Denominado como a cúria romana(cardeais do Vaticano) mais o
Papa, podendo celebrar tratados, enviar representantes diplomáticos. Deste modo,
vemos que a Santa Sé, apesar de não ser Estado, possui personalidade jurídica, por isso
o Papa é considerado chefe de Estado (chefe da igreja católica e da Santa Sé).
2º AULA - 07/08/2017
1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as controvérsias que sejam submetidas,
deverá aplicar;
2. as convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleçam regras expressamente
reconhecidas pelos Estados litigantes;
3. o costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como direito;
4. os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
5. as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das diversas nações, como meio
auxiliar para a determinação das regras de direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59.
6. A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um litígio ex aequo et bono, se convier
às partes .
3º AULA - 21/08/2017
Prosseguiremos analisando a CIJ (Corte de Haia ou Corte internacional de Justiça).
Analisamos a responsabilidade no direito internacional que no geral é do Estado,
excetuando-se o Tribunal Penal Internacional.
Citamos o Princípio da Reciprocidade, isto é, um Estado tratará o outro
diplomaticamente da mesma maneira que é tratado
jurisprudência internacional.
“EX AEQUO ET BONO” —> Equidade. O juiz da CIJ só poderá julgar por Equidade se
as partes assim determinarem.
Artigo 53
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa
de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa
de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade
internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é
permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da
mesma natureza. —> Pacta Sunt Servanda, Autodeterminação dos Povos (a
autodeterminação tem uma ligação direta com a Soberania), Igualdade dos Estados
(igualdade formal), Proibição do uso da força (um Estado não pode utilizar a força em face
de outro, excetuando-se por legítima defesa e por autorização do conselho de segurança
da ONU), Direitos Humanos (como exemplos: a proibição da escravidão que é
considerada uma norma cogente internacional, o tráfico de seres humanos, o genocídio,
os crimes de guerra etc, sendo normas que possuem uma obrigatoriedade internacional).
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
Estes 4 incisos advém e remetem à Soberania.
Vínculo jurídico-político que une um indivíduo a um Estado, isto é, o indivíduo possui uma
natureza jurídica com o Estado, destacando-se os direitos políticos(votar e candidatar).
Vertical -> correlacionada aos deveres cívicos com o Estado, ex: serviço militar, Jurado
eleitoral etc
Horizontal -> correlacionada aos direitos, restringindo-se aos que o nacional possui.
Nacionalidade Originária
Caracterizada por ser adquirida no momento do nascimento, utilizando-se os 2 critérios,
sendo: jus solis (critério territorial) e jus sanguinis (advém da nacionalidade dos
ascendentes)
Um jovem que nasce no Brasil mas tem um de seus pais portugueses, poderá adquirir a
nacionalidade portuguesa (devido ao critério jus sanguinis) advindo do País em tela,
sendo uma discricionariedade do Estado que deverá prever em seu ordenamento
constitucional.
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros (ius solis), desde
que estes não estejam a serviço de seu país (ius sanguinis);--> vemos em um único inciso os 2
critérios de nacionalidade.
Neste caso, lemos "a serviço de seu país" como um serviço oficial.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;--> basta que um deles esteja a serviço oficial do
Brasil
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 54, de 2007)--> voltada para o filho de brasileiros nascidos no
exterior e os pais não estão a serviço do Brasil.
A inovação trazida pela EC foi no sentido de que os pais deverão registrar o filho na
repartição competente (consulado - age no interesse dos nacionais no exterior; diferente
da embaixada - responsável por interessses econômicos).
Nacionalidade Derivada
Exemplo do brasileiro que foi viver no Canadá e resolveu se naturalizar Canadense,
renunciando a nacionalidade brasileira.
Deste modo, ao renunciar, em observância ao artigo 12, parágrafo 4º, II da CRFB/88.
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;--> Naturalização
Oirignária. Era a Lei 6.815/80, passando desde Maio de 2017 a estar em vigor a Lei
13.445/17. Aqui exige-se pelo menos 4 anos.
**De acordo com o Art.65 da Nova Lei de Migrações o estrangeiro deverá obedecer aos
seguintes requisitos, vejamos:
Vemos que a exigência acabou sendo abrandada em relação à Lei 6.815/80, algo que
advém justamente do momento em que a Lei havia sido elaborada, pois na época a
burocratização em relação aos estrangeiros era muito maior, havendo com isso mais
exigências.
**Cabe indicar que o princípio que regia a Lei 6.815/80 era o Princípio da Segurança
Nacional, já a Lei 13.445/17 é regida pelos Princípios de repúdio à Xenofobia, ao
Racismo, da Prevalência dos Direitos Humanos, sendo uma Lei progressista e muito mais
liberal frente à nova ordem socio-econômica mundial.
Cabe dizer que o fato supracitado ocorreu durante seu processo de naturalização,
entretanto, a prisão civil não pode obstar o processo de naturalização, visto que o
indivíduo preencheu os requisitos presentes no Art.12, II, b, da CRFB/88.
EFEITOS DA NATURALIZAÇÃO
A naturalização produz efeitos a partir da data da publicação em D.O. em diante (efeitos
ex-nunc).
O brasileiro naturalizado poderá ser extraditado em 2 casos, visto que não está
acobertado pelo Princípio da Nacionalidade ainda, uma vez que os efeitos da
naturalização não são retroativos.
Além disso, segundo entendimento pacificado pelo STF, no caso de tráfico, independerá
do lapso temporal se incorrer neste crime, devendo ser extraditado.
Art. 50. A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada
compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional.
Art. 68. A naturalização especial poderá ser concedida ao estrangeiro que se encontre em uma das
seguintes situações:
II - seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil por
mais de 10 (dez) anos ininterruptos.-> estrangeiro empregado há mais e 10 anos nesse
serviço.
Para estes 2 casos, aplicam-se implicitamente a capacidade civil (dir. personalíssimo) e
não pode ter sofrido condenação penal, além de ter que se comunicar na língua
portuguesa.
PERDA DA NACIONALIDADE
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional; -> previsão da Perda-Punição, a qual refere-se apenas ao naturalizado.
Trata-se de uma ação ajuizada pelo MP e não de uma condenação no âmbito penal, isto
é, para que ocorra a efetiva perda da nacionalidade, o MP deverá requerer em ação
própria. Neste tipo a perda da nacionalidade se dá por meio de sentença judicial
transitada em julgado.
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)-> previsão da perda-mudança, aplicável ao brasileiro nato ou
naturalizado. Neste caso, a perda da nacionalidade se exterioriza por meio de um
Decreto.
Ex: Atletas que se naturalizaram pela Georgia para participar das Olimpíadas,
abdicando assim da nacionalidade brasileira.
Art. 6o O visto é o documento que dá a seu titular expectativa de ingresso em território nacional.->
via de regra para o estrangeiro ingressar e permanecer no País precisará de um visto,
concedido pelo consulado brasileiro no exterior.
De acordo com a finalidade para a qual o estrangeiro ingressa no País, haverão diversos
tipos de visto.
O visto gera uma expectativa de direito ao ingresso, haja vista que poderá ocorrer um
impedimento, isto é, o estrangeiro fica impedido de entrar no território nacional.
Com o advento da Lei 13.445/17, o refugiado não será repatriado devido a expressa
previsão deste novo ordenamento, pois o refugiado busca uma proteção/benefício, não
podendo ser simplesmente repatriado em sua situação de plena vulnerabilidade.
Citamos, como exemplo, a negativa do Brasil para os haitianos e venezuelanos, visto que
não havia o denominado "fundado temor de perseguição", o que fere frontalmente o
ordnamento brasileiro, visto que há uma clara violação aos Direitos Humanos destes
indivíduos.
Acerca destas posições adotadas foi ressaltado o caráter político em suas razões, haja
vista que o Brasil não se ateve a Lei 9494/97 do Comitê Internacional para Refugiados,
dando uma interpetação diversa da prevista em Lei, atendo-se meramente a Convenção
Internacional de 1951.
Neste sentido, vemos que o Brasil não possui nenhum tipo de políticas públicas para dar
suporte aos Refugiados.
Como meio de expor a protetividade desta nova Lei de Migrações, vemos que caso o
estrangeiro não tenha nenhum tipo de defensor, a DPU será nomeada para proteção do
estrangeiro.
Outro inovação trata da impossibilidade da Deportação de grupo, o que nos reporta ao
ocorrido com os Venezuelanos no início do ano, devendo a Deportação ser
individualizada, visto que caso contrário estaremos desconsiderando a dignidade da
pessoa humana, preceito elencado no rol de princípios fundamentais da Carta da
República.
Expulsão
A expulsão pressupõe um ato grave, uma gravidade, levando-se em conta o grau de
periculosidade do indivíduo. Exemplo do indivíduo que pratica um crime a ser julgado
perante o TPI.
O estrangeiro que é expulso fica impedido de adentrar no território nacional novamente,
diferentemente do deportado, que após devidamente regularizado, poderá retornar ao
País.
http://www.conjur.com.br/2017-mai-26/andre-ramos-direitos-humanos-sao-
eixo-central-lei-migracao
http://www.conjur.com.br/2017-abr-18/lei-migracao-coloca-brasil-vanguarda-
defesa-imigrantes
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2017/05/confira-as-principais-
mudancas-trazidas-pela-lei-de-migracao
http://www.mundivisas.com.br/br/not%C3%ADcias/comentários-à-nova-lei-
de-migrações-lei-no134452017
http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/02/os-pros-e-contras-da-nova-
lei-de-migracao/
5º AULA - 04/09/2017
A professora vem revendo o falado na última aula à luz da Lei de Migração (Lei 13.445 de
2017).
REPATRIAÇÃO
Tratou sobre a Repatriação (Conforme Art.49)
DA DEPORTAÇÃO
Pela Lei antiga (Lei 6.815/80), a Deportação podia ser realizada por meio de uma
notificação do estrangeiro (era uma faculdade) ou deporta-lo ad nutum, não era
obrigatória a notificação.
Com o advento da Nova Lei, passou a ser obrigatória a notificação do estrangeiro antes
de deportá-lo, concedendo-lhe um prazo de 60 dias (artigo 50, parágrafo 1º).
Segundo a nova Lei de Deportação pode ocorrer, mas não de modo coletivo (ex: os
venezuelanos deportados de Roraima),hoje em dia não seria possível serem deportados,
conforme artigo 61 da Lei, vejamos abaixo:
Art. 50. A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada
compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional.
DA EXPULSÃO
A Expulsão também é um ato administrativo, no entanto, pressupõe a gravidade. A pessoa
que não poderia ser expulsa é aquela que possui filho brasileiro ou família brasileira (até
3º grau).
Com o advento da nova Lei, as regras de quem pode ser expulso foram mais extensivas,
vejamos:
§ 1o Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado relativa à
prática de:
I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos
termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo
Decreto no 4.388, de 25 de setembro de 2002; ou
II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a gravidade e as
possibilidades de ressocialização em território nacional.
§ 2o Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento de
reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da expulsão, observado o disposto nesta Lei.
§ 3o O processamento da expulsão em caso de crime comum não prejudicará a progressão de
regime, o cumprimento da pena, a suspensão condicional do processo, a comutação da pena ou a
concessão de pena alternativa, de indulto coletivo ou individual, de anistia ou de quaisquer
benefícios concedidos em igualdade de condições ao nacional brasileiro.
§ 4o O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da expulsão será
proporcional ao prazo total da pena aplicada e nunca será superior ao dobro de seu tempo.
DA EXTRADIÇÃO
A extradição é um ato de cooperação penal internacional (entre jurisdições de
Estados), a Deportação não decorre de crime, a Expulsão pode ocorrer devido à
prática de crime, já a extradição necessariamente será baseada nesta.
Os pedidos de Extradição são recebidos e analisados pelo STF, porém nos casos
em que o pedido de extradição é entendido como legal, o indivíduo é extraditado.
Entretanto, trata-se de um case excepcional, pois o pedido foi submetido ao
Presidente da República, que optou por não extraditar o Sr. Battisti.
Ademais, o STF ressaltou que a concessão do status de refugiado foi ilegal e,
assim, de um ato ilegal não se resultam direitos.
* EXTRADIÇÃO PASSIVA - Ex: caso Battisti, pois o Brasil foi demandado pela
Italia, sendo competente para análise o STF.
Impende ressaltar que a pessoa pode ser extraditada para a instrução penal ou
cumprimento de pena, não sendo necessária a sentença neste sentido.
*A Extradição, segundo o STF, tem como conditio sine qua non a existência de
tratado/acordo de extradição ou pelo menos uma promessa de reciprocidade.
STF, Súmula Nº 421 - Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com
brasileira ou ter filho brasileiro.
Como não havia tratado entre Brasil-Inglaterra, foi proposta a realização de uma
promessa de reciprocidade, entretanto, o Direito Britânico vedava a promessa de
reciprocidade, fato que o impediu de ser extraditado.
I - ter sido o crime cometido no território do Estado requerente ou serem aplicáveis ao extraditando
as leis penais desse Estado; e
II - estar o extraditando respondendo a processo investigatório ou a processo penal ou ter sido
condenado pelas autoridades judiciárias do Estado requerente a pena privativa de liberdade.—>
Extradição Instrutoria e Executória.
Se o Estado estrangeiro não retirar o estrangeiro após 60 dias da notificação deste pelo
STF, o estrangeiro será colocado em liberdade.
Não cabe extradição com base em pedido com os mesmos fatos (artigo 94)..
Art. 94. Negada a extradição em fase judicial, não se admitirá novo pedido baseado no mesmo fato.
Art. 85. Quando mais de um Estado requerer a extradição da mesma pessoa, pelo mesmo fato, terá
preferência o pedido daquele em cujo território a infração foi cometida
I - o Estado requerente em cujo território tenha sido cometido o crime mais grave, segundo a lei
brasileira;
II - o Estado que em primeiro lugar tenha pedido a entrega do extraditando, se a gravidade dos
crimes for idêntica;
III - o Estado de origem, ou, em sua falta, o domiciliar do extraditando, se os pedidos forem
simultâneos.
§ 2o Nos casos não previstos nesta Lei, o órgão competente do Poder Executivo decidirá sobre a
preferência do pedido, priorizando o Estado requerente que mantiver tratado de extradição com o
Brasil.
§ 3o Havendo tratado com algum dos Estados requerentes, prevalecerão suas normas no que diz
respeito à preferência de que trata este artigo.
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE
Ao chegar no Brasil, o pedido de Extradição deve ser bem formulado e o crime deverá ser
fato típico, antijurídico e culpável em ambos os Estados (Países).
A identidade não advém apenas da incompatibilidade, pois o Brasil não irá extraditar um
estrangeiro se este for punido de modo muito mais severo e rígido em outro País.
(Ex: na China o estelionatário é julgado com pena de morte, com isso o Chinês adentrou
no Brasil e o pedido de Extradição feito pela China foi admitido, sob a condição de que
este não sofresse com a pena de morte.
Deste modo, como a China não se submeteu ao determinado, o estrangeiro não foi
enviado à China, visto que no Brasil não foi crime, permanecendo aqui.
CASO CONCRETO 1:
CASO CONCRETO 2:
CASO CONCRETO 3:
1 / 2- O costume é uma prática de uma conduta reiterada entre os Estados, reconhecida
como obrigatória nas suas relações, tendo como elemento objetivo a prática reiterada e
como elemento subjetivo o reconhecimento pelos Estados como prática obrigatória.
3- O costume possui força normativa por meio de seu reconhecimento pelos Estados,
não havendo um lapso temporal determinado.
OBJETIVA: Letra D.
CASO CONCRETO 4:
R: Segundo disposto na Sumula 421 do STF, ele poderá ser extraditado pois não se
aplica o impedimento da família brasileira e também, pelo fato de ter cometido o crime
comum anteriormente à sua naturalização (art.5º, LI, CRFB/88), visto que os efeitos da
naturalização são ex-nunc.
Cabe indicar que o fato de ter família brasileira só impede a expulsão, não influenciando
na Extradição e Deportação.
Sendo assim, a Súmula 421 do STF é compatível com a Carta da República de 1988,
visto que a existência de relações familiares, a comprovação de vínculo conjugal e/ou a
convivência more uxorio do extraditando com pessoa de nacionalidade brasileira
constituem fatos destituídos de relevância jurídica para efeitos extradicionais, não
impedindo, em consequência, a efetivação da extradição. Não obsta a extradição o fato
de o súdito estrangeiro ser casado ou viver em união estável com pessoa de
nacionalidade brasileira.
Assim, a Súmula 421/STF revela-se compatível com a vigente Constituição da República,
pois, em tema de cooperação internacional na repressão a atos de criminalidade comum,
a existência de vínculos conjugais e/ou familiares com pessoas de nacionalidade
brasileira não se qualifica como causa obstativa da extradição, são precedentes da
Extradição 1343 do DF que teve como relator o Ministro Celso de Mello.
6º AULA - 11/09/2017
Dentro do direito internacional existem normas cogentes a serem observadas no âmbito
internacional, como já mencionado.
TRATADOS INTERNACIONAIS:
Conceito: o tratado é uma espécie do gênero negócio jurídico, tendo como peculiaridade
o fato de ser um acordo realizado entre entes que possuem personalidade jurídica
internacional (Estados, Organizações Internacionais, CCIV, Santa Sé)
Tratado Bilateral (ex: firmado entre Brasil e Paraguai para criação da Usina Itaipu)
Tratado Multilateral (firmado entre diversos Estados)
Tratado aberto é aquele que possui cláusula de adesão, isto é, admite a entrada de
outros Estados.
1ª FASE - NEGOCIAÇÃO
Momento em que os Estados se reúnem, enviando representantes diplomáticos
(delegações) para elaboração do texto do Tratado, devendo ser aprovado o texto final
com o quórum de 2/3.
Os Tratados são divididos em: Preâmbulo e a parte dispositiva. Os artigos não possuem
incisos, e sim, parágrafos. No preâmbulo temos os motivos que levaram a criação
daquele tratado, já na parte dispositiva só constam os artigos propriamente ditos.
1- DA ASSINATURA
2- DA RATIFICAÇÃO
OBS: O prazo para o Congresso Nacional apreciar este tratado nunca foi delimitado,
assim, ante o cenário internacional pode ser que após um longo lapso temporal, o tratado
não seja mais interessante de ratificação, não havendo nenhum mecanismo que venha a
obrigar o presidente a ratificar o tratado ,visto que trata-se de um ato discricionário
(observando requisitos de oportunidade e conveniência).
3 - ADESÃO
OBS2: O Brasil aderiu ao Pacto de São José da Costa Rica em 1992, mas não se
submeteu a jurisdição da CIDH (formulando uma reserva ao Artigo 51 deste pacto)
alegando uma certa afronta à sua Soberania, deixando de se submeter a este dispositivo
específico, isto é, se vinculou realizando uma reserva.
Cabe recordar que esta cláusula poderá ser alegada ante a Teoria da Imprevisão, isto é,
quando uma condição torna extremamente oneroso para uma das partes o Tratado diante
de uma imprevisibilidade que vem a surgir.
Ex: Caso Itaipu para o Brasil e Paraguai, no qual o Presidente Fernando Lugo resolveu
rever o contrato, visto que era muito oneroso ao Paraguai.
Assim, o presidente foi à Corte de Haia alegando a cláusula em voga, entretanto, não
havia fundamento jurídico para tal.
É a retirada de um Estado do tratado, por isso, não cabe denúncia em face de Tratados
Bilaterais, só caberão denúncias em face de Tratados multilaterais, pois se uma das
partes denunciar, terminará. As denúncias são formuladas pelo Presidente da República.
A notificação prévia deverá ser dada ao depositário, havendo assim a extinção do tratado
para este.
Para que o tratado produza efeitos jurídicos, deverá ser internalizado pelo ordenamento
jurídico brasileiro.
Quanto a sua extinção, se dará por termo, quando houver um tratado por tempo
determinado ou pela denúncia, isto é, a retirada de um Estado do Tratado.
7º AULA - 18/09/2017
Recordando o final da última aula, vemos que a autoridade competente para denunciar
um tratado é o Presidente da República.
A Adesão é muito similar à Ratificação no que toca aos efeitos jurídicos, no entanto, a
Adesão só ocorre em Tratado Aberto (ou seja, é uma Ratificação Tardia, visto que o
tratado já está em curso)
Essa aprovação pelo CN ocorre justamente para que o Pres. da República não assuma
um compromisso gravoso para o País, nos termos do Art.49, I c/c art.84, IV da Carta
Magna.
A denúncia não pressupõe a aprovação do CN, visto que não cabe ao Legislativo apreciar
reservas, ratificações ou até mesmo denúncias, sendo atos privativos do Pres. da
República, enquanto Chefe de Estado, responsável pela condução das Políticas
Brasileiras Externas.
* Teoria Monista -> esta teoria compreende o ordenamento jurídico como único, não
havendo distinção entre norma interna e externa, isto é, um tratado não precisará passar
por um processo de internalização. A partir da Ratificação o tratado é trazido
automaticamente para o ordenamento interno. O Brasil não adotou está Teoria.
* Teoria Dualista -> Para os países que adotam esta teoria, existem dois sistemas
jurídicos distintos, isto é, uma norma jamais adquiriria executoriedade pela “simples”
Ratificação do tratado, devendo ser submetida a um processo de incorporação para o
plano interno. Assim, o dualismo está ligado à teoria da incorporação dos tratados
internacionais no ordenamento brasileiro. Corrente adotada pelo Brasil.
Desta forma vemos que no Dualismo a norma internacional deverá ser transformada em
direito interno, havendo para tal dois tipos:
Radical Extremado -> os países que adotam este tipo exigem uma Lei que autorize a
internalização de um tratado internacional como ordenamento interno, ou seja, a Lei
deverá autorizar a autoexecutoriedade do Tratado dentro do País.
Ao ser incorporado o Tratado causará outro feito, qual seja: o plano de validade em que é
inserido.
PLANO DE VALIDADE
Como regra geral, uma vez incorporado o Tratado Internacional está no mesmo plano de
validade de uma Lei Ordinária Federal.
Havendo um conflito entre a Constituição e o Tratado, como regra geral, por um dos
princípios da hermenêutica jurídica, deve-se observância ao Principio da Supremacia da
Constituição.
Art.5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes
do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte. —> chamada de clausula de abertura. Equipara os Tratados
de Direitos Humanos a norma constitucional, posição dos internacionalistas.
Já os constitucionalistas compreendiam que os Tratados de Direitos Humanos não
poderiam ter o condão de norma constitucional, ou seja, não eram equiparados como
norma constitucional, sendo reconhecido o direito sem equipara-lo a uma norma
constitucional.
Em 2008, o STF passa a ter entendimento diferente do que vinha adotando, passando a
aplicar aos Tratados de Direitos Humanos que não forem aprovados no quórum exigido
pelo Art.5º, parágrafo 3º, a hierarquia de norma Supralegal, localizando-se entre a CRFB/
88 e as Leis Ordinárias. Para tal, podemos exemplificar o Pacto de São José da Costa
Rica, tido como Norma Supralegal, sobrepondo-se à lei ordinária e por isso dando origem
ao surgimento da SV 25 do STF.
8º AULA - 25/09/2017
A OECE foi criada para administrar o auxílio americano e canadense para a reconstrução
da Europa. Em 1961, a OECE, tornou-se a OCDE, um fórum de 30 países que
desenvolvem e promovem políticas econômicas e sociais. Tem como missão construir
economias fortes em seus países membros, melhorar a eficiência, aprimorar os sistemas
de mercado, expandir o livre comércio e contribuir para o desenvolvimento em países
desenvolvidos assim como naqueles em desenvolvimento.
OBS: Como a China não reconhece Taiwan, este não pertence à ONU.
As organizações internacionais possuem direitos próprios (podendo criar regras e
regulamentações), além de serem capazes de praticar atos unilaterais.
1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as controvérsias que sejam
submetidas, deverá aplicar;
2. as convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleçam regras
expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
3. o costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como direito;
4. os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
5. as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das diversas nações,
como meio auxiliar para a determinação das regras de direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59.
6. A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um litígio ex aequo et bono,
se convier às partes.
Para um Estado fazer parte da ONU deverá ter a aprovação de 2/3 dos membros e aderir
a Carta da ONU.
ORGANIZAÇÃO:
Assembleia Geral -> órgão que reúne todos os representantes dos Estados-membros;
Existem Assembleias Ordinárias, ocorridas no começo de setembro até dezembro, já as
sessões extraordinárias poderão ocorrer a qualquer momento desde que o secretário-
geral da ONU ou o Conselho de Segurança convoquem;
Os 5 membros fixos são: EUA, Rússia, China, Franca e Reino Unido (“Big Five”), os quais
possuem o chamado “poder de veto” diferentemente dos 10 membros rotativos, que só
poderão se abster em uma votação.
O quórum para aprovação de uma resolução é de 9 votos, incluindo-se os 5 do Conselho
fixo, isto é, havendo um único veto do denominado “Big Five”.
A corte Internacional de Justiça tem como objetivo julgar litígios, havendo uma
competência contenciosa e consultiva.
Contenciosa pois só os Estados podem litigar na CIJ, desde que não seja uma questão
comercial, caso em que caberá à OMC.
Consultiva é a competência que a Corte possui para emitir pareceres. Ex: Construção
de um muro por Israel.
Nesta, tanto os Estados como as organizações internacionais poderão demandar à Corte.
OBS: A CIJ é o órgão judiciário das Nações Unidas, visa a resolução de controvérsias
entre os Estados, formada por 15 Juízes eleitos pela Assembleia Geral, não possuindo
poder coercitivo para imposição de suas decisões.
Conselho de Tutela -> criado com o objetivo de auxiliar ex-colônias. Desde segunda
metade do Século XX, auxiliando alguns territórios, como exemplo, Kosov.
As Tropas de Paz da ONU possuem finalidade meramente humanitária, visando auxiliar
os países que passaram por processos de descolonização para um melhor
desenvolvimento, deixando o território sob tutela da ONU.
Conselho Econômico-Social -> órgão composto por 54 membros que tem por
objetivo tratar de questões relacionadas ao desenvolvimento social dos países,
trabalhando em parceria com organismos especializados, além disso, tem como função
desenvolver estudos e relatórios referentes às questões internacionais de caráter
econômico, social, cultural, sanitário
Ex: UNICEF, UNESCO, OMS etc.
CASO CONCRETO 5:
CASO CONCRETO 6:
R: Para que o Tratado possa produzir efeitos internos, deverá ser internalizado por meio
da aprovação do CN, conforme art.49, I CRFB/88 e ratificado pelo Presidente após, só
produzindo efeitos quando editado Decreto, em relação a outra afirmativa, não há um
parlamento comunitário no MERCOSUL.
Segundo o STF, desde a década de 70, os Tratados Internacionais deverão ser aprovados
pelo CN e ratificados pelo Presidente, este deverá editar um Decreto e publica-lo em D.O.
CASO CONCRETO 7:
R: Cabe dizer que o Greenpeace é uma ONG, isto é, não é um ente dotado de
personalidade internacional, por isso não tem legitimidade para firmar tratados
internacionais.
9º AULA - 16/10/2017
DIREITOS HUMANOS
X
DIREITOS FUNDAMENTAIS
Quando tratamos dos direitos humanos temos uma proteção em âmbito internacional
(previsão em tratados internacionais), já no que tange aos direitos fundamentais, vemos a
positivação no âmbito dos países (nas CFs).
Atualmente, existem órgãos que zelam pela proteção dos direitos humanos.
3ª Dimensão: Surgem a partir do Séc. XX, os direitos Difusos, como exemplo: meio
ambiente, paz etc.
Todos estes criaram direitos e garantias fundamentais, isto é, somente no âmbito dos
Estados.
Nessa diapasão, vemos que a partir de 1948 passamos a ter um sistema universal
(organismos e tratados internacionais de proteção à Pessoa humana de âmbito universal,
independentemente da região no planeta) ao lado de sistemas regionais (denominados
também como sistemas paralelos, abarcando organismos e Tratados de proteção
internacional dos direitos humanos em algumas regiões do planeta, como exemplo: o
sistema regional americano, africano e europeu).
O sistema nacional de combate à tortura influenciou a edição de uma Lei que criou o
mecanismo de Combate Nacional à Tortura.
Sistema Europeu:
Sistema Americano:
O Brasil está inserido neste sistema é desde que aderiu ao Pacto, já foi condenado 6
vezes, só submetendo-se à Jurisdição da Corte em 1998 (FHC), visto que havia uma
reserva no início de sua adesão.
**OBS: Como exemplo, citado em aula a 1ª condenação no Caso Damião Ximenes
(2004), onde os médicos envolvidos foram absolvidos, ainda que houvessem provas
evidenciando ao contrário.
Em prosseguimento, foi condenado em 2 casos acerca dos sem terra, o Caso Araguaia, o
Caso da Fazenda Vila Verde (primeira no que tange ao trabalho escravo) e o Caso Nova
Brasília (primeiro caso envolvendo policiais).
II) Ato Institutivo - Criado por meio do Estatuto de Roma, tendo o Brasil em 2000
aderido ao Tratado, passando a estar obrigado a partir desta data.
Do ponto de vista da CRFB/88, com o advento da EC 45/2004, o artigo 5º teve acrescido
no parágrafo 4º a jurisdição do TPI na qual o Brasil se submete.
IV) Penas - adota pena de detenção e reclusão, inclusive a pena de prisão perpétua (não
há que se falar acerca da pena de morte)
Cumpre dizer que caso um país não adote a prisão perpétua (como exemplo o Brasil),
caso o TPI condene o indivíduo neste sentido, este tribunal poderá determinar que
qualquer outro País seja selecionado para que o indivíduo venha a cumprir esta pena.
Desta forma, caso o TPI solicite a entrega de um brasileiro nato, segundo o Estatuto de
Roma, o Brasil deveria entregar, mas em sua defesa, seria alegada a impossibilidade,
visto que o TPI é um órgão e não um Estado, motivo pelo qual haveria uma entrega
travestida de Extradição.
I) MEIOS DIPLOMÁTICOS
Agente diplomático é aquele que representa seu Estado no exterior, isto é, o cargo requer
que o indivíduo saiba desenvolver um bom diálogo, sendo capaz de articular uma boa
relação com os representantes de outros Estados. Vejamos a seguir as categorias de
meios diplomáticos:
- NEGOCIAÇÃO
A negociação é feita de Estado a Estado, podendo, inclusive, ser feita diretamente entre o
chefe de Estado-Estado, porém, em regra, ocorre por via diplomática.
- CONGRESSO ou CONFERÊNCIA
Do ponto de vista do Direito Internacional corresponde a uma reunião formal internacional
entre chefes de Estado. Não há a presença de nenhum terceiro Estado para realizar uma
ponte/aproximação.
- BONS OFÍCIOS
A partir deste meio, passamos a ter a figura de um Terceiro-Estado, isto é, uma terceira
pessoa responsável pela aproximaçao entre representantes dos demais Estados.
A escolha deste terceiro pode ser realizado pelos dois Estados, no entanto, é comum que
o próprio terceiro se ofereça.
Cabe dizer que essa "aproximação" só é feita de modo extrínseco, ou seja, não há uma
interferência na conclusão/solução a qual chegarão estes dois Estados.
- MEDIAÇÃO
Aqui também temos a figura de um terceiro que não intervém na relação, intentando
mediar as relações entre as partes para que estas cheguem a uma solução.
Neste caso, o terceiro está conduzindo/induzindo as partes a chegarem uma conclusão
por elas mesmas, isto é, o terceiro está intrínseco na relação entre os dois Estados, mas
não influi na esfera decisória dos Estados.
O mediador tem um papel de terceiro mais proativo se compararmos ao método anterior.
Exemplo: No âmbito do Direito Internacional Público temos um exemplo de conflito
envolvendo o canal/estreito de Beagle (Ushuaia), gerando um conflito entre Argentina e o
Chile, sendo chamado como mediador o Vaticano (João Paulo II), melhor dizendo, o
Papa.
- CONCILIAÇÃO
Em comparação com a categoria acima, vems que nesta também teremos um Terceiro-
Estado, todavia, vemos que o papel do terceiro é muito mais proativo, visto que haverá a
propositura de soluções para o conflito.
- CORTES
No plano internacional temos: A Corte Internacional de Justiça foi criada para a solução de
litígios em âmbito internacional (Haia).
Cabe dizer que as resoluções do Conselho de Segurança da ONU tem caráter coercitivo,
diferente da assembleia geral, que possui caráter recomendatório.
- ARBITRAGEM
Na arbitragem há a figura de um árbitro, o qual dirá o direito aplicável ante o caso
concreto, por isso oa Estados irão firmar um compromisso arbitral para que os Estados o
observem.
Em âmbito internacional vemos uma grande utilização da Arbitragem, tida como meio
jurídico pelo fato do compromisso arbitral firmado pelos Estados e, igualmente, pelo fato
de que o laudo arbitral possui força sentença, isto é, título executivo judicial jurídico.
Se chegamos aqui podemos perceber que os meios anteriores não foram capazes de
prevenir o conflito observado.
A Relação entre Coréia do Sul e Coréia do Norte encontra-se aqui. Neste contexto,
mencionamos que o órgão responsável pela solução dos conflitos em âmbito internacional
é o Conselho de segurança da ONU, órgão que possui como objetivo principal zelar pela
proteção dos pais, pela proteção internacional. Por isso, qualquer Estado poderá aciona-
ló para resolução de conflitos.
OBS: Mesmo o Estado que não faça parte da ONU, poderá suscitar a atuação do
Conselho de Segurança da ONU, desde que se submeta ao seu poder de polícia.
Ante o não atendimento das resoluções do Conselho de Segurança ocorrerão sanções,
vejamos: sanções internacionais (boicote, barreiras econômicas), interrupção do
fornecimento de energia (petróleo etc), tendo em vista que estas possuem caráter
coercitivo, diferentemente das resoluções da assembléia geral, que possuem caráter
meramente recomendativo.
Assim, a ONU autorizou a intervenção humanitária para que os militares pudessem dar
assistência humanitária às pessoas (envio dos capacetes azuis). Ao invés da intervenção
humanitária, deveria ter sido realizada uma intervenção militar com intuito de acabar com
a Guerra (conflito), segundo mencionado pela Professora.
MEIOS COERCITIVOS
- RETORSÃO
Trata-se da aplicação da Lei de Talião no âmbito internacional, isto é, olho por olho dente
por dente. Assim, o direito internacional reconhece a retorsão legítima e legal desde que
praticada de modo proporcional, pois se a Retorsão for desproporcional, haverá uma
Represália, a ser vista a seguir.
Muito aplicada nas relações comerciais.
- REPRESÁLIA
Neste caso também aplicamos a Lei de Talião, no entanto, como elemento precípuo de
distinção com a Retorsão, vemos uma desproporcionalidade e, por isso, não admite-se no
cenário internacional.
Portanto, acaba lesando terceiros Estados.
- EMBARGO
Do ponto de vista dos meios coercitivos, não se tratam dos embargos comerciais,
econômicos, sendo uma prática costumeira que caiu em desuso, tratando-se do
sequestro de navios mercantis de outro Estado.
- BOICOTE
Aqui tratamos das sanções comerciais/econômicas aplicados aos Estados. Cabe indicar
que a ONU pode utilizar-se deste meio, assim como, um Estado em isolado poderá
boicotar o outro.
Exemplo: o boicote dos EUA a CUBA, influenciando diversos países nas relações com
CUBA, um meio que não partiu do Conselho de Segurança, mas sim dos próprios
Estados, como citado na imposição de barreiras econômicas.
A) ZONA DE LIVRE COMÉRCIO —> Grau mais baixo, caracterizado pela livre
circulação de mercadorias dentro do bloco, isto é, não existem barreiras alfandegárias
para os produtos fabricados dentro do bloco, sendo possível uma lista de exceção.
- Criação -> Criado em 1991, qualquer bloco econômico é criado por meio de um
tratado. Desta forma, o MERCOSUL foi criado pelo tratado de Assunção. No início era
composto por 4 países: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Ao longo dos anos, a
Venezuela veio a requerer sua entrada no MERCOSUL.
Atualmente, pelo cenário econômico e crise institucional que vive, a Venezuela está
suspensa do bloco desde 2017.
- Personalidade Jurídica --> Foi conferida pelo Protocolo de Ouro Preto, assinado em
MG. Isto quer dizer que o MERCOSUL pode celebrar tratados com outro País, Blocos.
- Protocolo de OLIVOS (2002) --> Olivos é uma cidade na Argentina. Este tratado
traça normas acerca de como os conflitos comerciais no Bloco serão solucionados,
mencionando que os árbitros do próprio MERCOSUL irão dirimi-los. Com este
protocolo foi criada uma 2º instância, chamado de TPR (Tribunal Permanente de
Revisão), localizado na cidade de Assunção no Paraguai, tendo competência para
reformar as decisões dos árbitros. Cabe dizer que este tribunal também poderá
funcionar em outros locais, apesar de sua sede localizar-se em Assunção/PA.
Ex: Subsídios inclusos no suco de laranja que prejudicavam o Brasil em detrimento aos
EUA, consequentemente, a OMC quebrou a patente de alguns medicamentos norte-
americanos.
DIREITO DO MAR
Primeiramente, mencionamos o Tratado Internacional da Convenção de Montego Bay
(1982) —> Cidade localizada na Jamaica, que estabelece zonas marítimas, em relação a
cadazona marítima os Estados-costeiros exercem direitos.
A convenção teve a adesão pelo Brasil, após o governo Collor, durante o governo Itamar.
OBS: A partir da entrada do Brasil na convenção, passaram a
haver 12 milhas marítimas apenas (cada milha corresponde a 1,6 km
mais ou menos).
Zonas Marítimas:
1) Mar Territorial (12 milhas territoriais) - Zona marítima na qual o Estado Costeiro
exerce todos os seus direitos territoriais à título de soberania, isto é, todos os direitos de
Estado Soberano. Por isso um terceiro-Estado deverá ter autorização do Estado Costeiro,
visto que será território do Estado Costeiro para efeitos de Soberania.
Desde o final de 1991, o limite foi alterado de 200 milhas marítimas para 12 milhas
marítimas (época em que o Brasil aderiu à Convenção)
2) Zona contígua (de 12 a 24 milhas) - Neste caso, para efeito de soberania não é
mais território do Estado Costeiro para efeitos de Soberania, entretanto, a Convenção de
Montego Bay garante o direito de policiamento e fiscalização nessa zona/área, com intuito
de reprimir contrabando, tráfico de pessoas, imigração ilegal.
3) Zona econômica exclusiva (ZEE - 24 a 200 milhas) - Não irá ultrapassar as 200
milhas marítimas contadas desde a linha de base territorial. Tem como ponto único a
composição pelo Mar. A Convenção permite ao Estado Costeiro explorar economicamente
aquela zona, por isso o terceiro-Estado precisará de autorização caso pretenda explorar
economicmente a área.
Ex: Lagostas localizadas no subsolo e, assim, o barco pesqueiro francês vinha e levava
as lagostas. O caso foi levado à CIJ, que comprovou que as lagostas eram da Plataforma
Continental Brasileira, devendo a França se abster de pescar na zona, ainda que
ultrapassasse a Plataforma Continental.
4) Plataforma continental
Também se estende até 200 milhas marítimas contadas desde a linha de base territorial.
Diferencia-se da ZEE pois vem a ser composta pelo leito do mar e subsolo. A Convenção
permite ao Estado Costeiro explorar economicamente aquela zona, devendo autorização
a um terceiro-Estado, no entanto, tratando-se de pesquisa científica, não há necessidade
neste caso.
A plataforma continental poderá ser aumentada, totalizando 350 milhas, em alguns locais
do território brasileiro foi aumentada (notadamente nos locais em que há Petróleo). Para
tal, o País deverá requerer autorização ao órgão da ONU (Autoridade Internacional dos
Portos Marítimos), desde que se evidenciem que há riquezas ali e não há nenhum conflito
na zona marítima com outros Estados.
5) Alto mar
Após as 200 milhas marítimas teremos essa região.
Ilustramos em sala o caso das Lagostas pescadas pelo barco pesqueiro da França. O
caso foi levado a CIJ, e o Brasil comprovou que as lagostas faziam parte da plataforma
continental brasileira.
No julgamento a França foi condenada a se abster no intervalo entre a plataforma
continental e o alto mar, pois ainda que transitoriamente, as lagostas são originárias da
Plataforma Continental Brasileira.
O alto mar, do ponto de vista econômico poderia ser explorado por qualquer Estado. Pela
Convenção de Montego Bay, os Estados deverão cooperar para combater ilícitos em alto
mar (tráfico de pessoas, drogas, pirataria etc). Assim, um navio comercial poderá
interceptar um navio pirata, com intuito de capturá-los.
Atualmente, o alto mar é visto como um grande condomínio internacional (res communes)
diferentemente da visão passada, que o tratava como res nullius.
Art. 4º A sentença estrangeira não terá eficácia no Brasil sem a prévia homologação pelo Superior
Tribunal de Justiça ou por seu Presidente.
§3º Admite-se tutela de urgência nos procedimentos de homologação de sentenças estrangeiras.
Art. 4º A sentença estrangeira não terá eficácia no Brasil sem a prévia homologação pelo Superior
Tribunal de Justiça ou por seu Presidente.
§1º Serão homologados os provimentos não-judiciais que, pela lei brasileira, teriam natureza de
sentença.
OBS: Por isso dizemos que há o Sistema Inglês (Único, onde só a sentença judicial
fará coisa julgada) e o Sistema Francês (Há coisa julgada no âmbito administrativo).
Art. 4º A sentença estrangeira não terá eficácia no Brasil sem a prévia homologação pelo Superior
Tribunal de Justiça ou por seu Presidente.
§1º Serão homologados os provimentos não-judiciais que, pela lei brasileira, teriam natureza de
sentença.
Art. 11 Das decisões do Presidente na homologação de sentença estrangeira e nas cartas rogatórias
cabe agravo regimental.
Por outro lado, em outros países, como já retratado na aula anterior, há um sistema
amplo, havendo a possibilidade da decisão em sede de um processo administrativo
possuir caráter de definitividade, como exemplo, o Sistema Francês, que admite a
jurisdição administrativa, Tribunal Rabínico em Israel e os Prefeitos no Japão que
realizam divórcios.
O Brasil segue o Sistema de Delibação, ou seja, neste Sistema em que não haverá uma
reanálise do mérito da decisão estrangeira.
Analisemso os requisitos:
Existem casos em que a competência será exclusiva do Brasil, como exemplo, Ação
Possessória de bens localizados no País (imóveis localizados no Brasil), Inventário de
bens localizados no País.
A LINDB dispõe nos artigos 7º ao 10º sobre os critérios para aplicação de lei estrangeira,
desde que não haja conflito com a ordem pública. Deste modo, vemos que o legislador
dividiu estes dispositivos por assunto, regendo-se por determinado elemento de conexão.
**Um juiz brasileiro poderá aplicar lei estrangeira dentro do Brasil, segundo disposto no
artigo 17 da LINDB, desde que não ofenda as Normas de Ordem Pública, Soberania e os
bons costumes (não mais utilizado).
Como o juiz não é obrigado a saber a legislação estrangeira (iuria novit curia - o juiz é
obrigado a conhecer o Direito), o juiz poderá exigir de quem invoca, prova do texto
exposto, conforme artigo 14 da LINDB, transcrito a seguir:
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da
vigência.
Começando a observar o artigo 7º, parágrafo 1º, da LINDB, vemos que no casamento
teremos o seguinte:
Art.7º, § 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.--> os impedimentos e as
formalidades políticas para realização do casamento, aplicaremos a Lei do local da
celebração.
Exemplo: Paraguaio que se casa com uma Americana no Brasil, tendo em vista que a
celebração dar-se-à no Brasil, observaremos o Código Civil Brasileiro de 2002.
Cabe indicar que não existe pelo STJ a homologação de casamento, isto é, o casamento
celebrado no exterior não precisa ser homologado, cabendo aos nubentes que pretendem
estender seus efeitos no Brasil, levar a registro o documento registrado no exterior, com
autenticação do Cônsul, devidamente traduzido pelo Tradutor Juramentado.
primeiro domicílio conjugal.--> **por uma questão de soberania, será uma exceção à regra.
****Se por ventura, um dos nubentes acima deseja ajuizar ação de anulação do
casamento no Brasil alegando erro essencial sobre a pessoa, o Juiz deverá aplicar a Lei
do Uruguai, em observância ao parágrafo 3º supracitado.
No artigo 8º observamos a previsão no que se refere aos Bens (DIREITOS REAIS
Internacionais).
Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país
em que estiverem situados.--> será regido pela Lei onde o bem está localizado (lex rei sitae).
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa
apenhada --> Como exceção, aplicamos a lei onde está localizado o credor pignoratício.
podemos mencionar o Penhor (direito real de garantia sobre bem móvel), os credores
hipotecários e pignoratícios tem preferência no processo falimentar.
****Em relação ao penhor, quem tem a posse é o credor pignoratício (exemplo, entrega
de uma jóia de valor como garantia do pagamento de uma dívida). Assim, em relação a
direitos reais, como regra, aplicamos a Lei do local onde está localizado o bem, já em
caso de penhor, aplicamos a lei do local de domicílio do credor pignoratício.
A legislação brasileira admite a aplicação da Cláusula de Eleição de Foro (as partes por
meio de um consenso estabelecem o local para dirimir os litígios advindos do Contrato),
todavia, não permite a cláusula de lei material aplicável ao Contrato. Exemplo: Empreiteira
Brasileira celebrou contrato com uma Organização na África do Sul, na Cidade do Cabo,
para construção de uma ponte.
No contrato foi estabelecido o foro da cidade do Rio de Janeiro para dirimir os conflitos
advindos do Contrato, logo após, estipulou-se que aplicar-se-à a norma material
brasileira.
Desta forma, vemos que uma cláusula será aplicável e a outra não, visto que caso
contrário estaremos afrontando a LINDB, que manda aplicar a lei sul-africana.
No caso de as partes alegarem que o contrato é um ato de vontade das partes, não há
como ser aplicável ao caso, visto que a legislação aplicável será a do local onde o
contrato foi celebrado, já que a LINDB determina a aplicação da legislação do local onde
foi celebrado o contrato, qual seja, África do Sul.
Por fim, tratamos sobre o Direito Sucessório Internacional, com previsão no artigo
10 da LINDB:
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedeceà lei do país em que domiciliado o
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.--> a
sentença estrangeira que realiza a partilha de bens não precisará ser homologada pelo
STJ. Neste caso, vemos que a Lei será a aplicável ao local do último domicílio do de
cujus.
Isto posto, igualmente à competência processual, o inventário será aberto no local do
último domicílio do de cujus.
****Artigo 10. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.-->
Vemos um instituto com previsão constitucional no artigo 5º da CRFB/88.
Apesar de ser estrangeiro, o de cujus faleceu no Brasil e era domiciliado aqui, deste
modo, o inventário será aberto aqui, assim como a lei material aplicável.
Como era português e possuía herdeiros necessários brasileiros, caso a Lei de Portugal
seja mais benéfica, deverá ser aplicável ao caso.
CASO CONCRETO 8:
Neste viés, mencionamos a questão não está incorreta, porém a ONU, após o
esgotamento de todos os meios de resolução de conflitos (Bons Ofícios, Mediação,
Conciliação, Negociação e os próprios meios políticos exercidos pelo Conselho de
Segurança), poderá, por meio do Conselho de Segurança, órgão responsável, autorizar a
Intervenção Militar.
CASO CONCRETO 9:
Assim, caso o Estado nao cumpra a determinação da Corte, o caso será enviado à OEA,
que fará um relatório sobre esse descumpriemnto e a Assembléia Geral poderá instituir
sanções ao Estado.
****No que tange ao tráfico de pessoas, podemos caracterizá-lo como toda transação
com intuito de vender, adquirir ou ceder direitos sobre o indivíduo, isto é, os direitos de
propriedade sobre outra pessoa.
Existem 2 direitos/garantias que jamais serão relativizados, quais sejam: proibição contra
Escravidão e proibição contra Tortura. Vemos que não existe nenhum Tratado
Internacional que excepcione.
A Convenção contra Tortura considera que toda prova obtida por meio da Tortura será
considerada ilícitca.
Sendo assim, a Súmula 421 do STF é compatível com a Carta da República de 1988,
visto que a existência de relações familiares, a comprovação de vínculo conjugal e/ou a
convivência more uxorio do extraditando com pessoa de nacionalidade brasileira
constituem fatos destituídos de relevância jurídica para efeitos extradicionais, não
impedindo, em consequência, a efetivação da extradição. Não obsta a extradição o fato
de o súdito estrangeiro ser casado ou viver em união estável com pessoa de
nacionalidade brasileira.
Assim, a Súmula 421/STF revela-se compatível com a vigente Constituição da República,
pois, em tema de cooperação internacional na repressão a atos de criminalidade comum,
a existência de vínculos conjugais e/ou familiares com pessoas de nacionalidade
brasileira não se qualifica como causa obstativa da extradição, são precedentes da
Extradição 1343 do DF que teve como relator o Ministro Celso de Mello.
R: Retomamos aos meios diplomáticos de solução de litígios, dentre eles: bons ofícios
(um terceiro Estado realiza a aproximação entre os Estados que estão no litígio, só realiza
essa aproximação), Mediação (papel do mediador que deverá induzir as partes para que
cheguem a uma decisão, há uma proatividade maior que nos bons ofícios) e a
Conciliação (o conciliador atua em conjunto com as partes para que cheguem a uma
solução conjunta, propondo meios para tal.
Além destes, temos os meios jurídicos de solução de litígios, como: Arbitragem (o árbitro
dirá o direito aplicável ao meio concreto) e as Cortes Internacionais (Exemplo: Corte de
Haia).
Sendo assim, verificamos que há um erro na questão, pois menciona-se que o meio
diplomático do conciliador será atuar como um mediador, algo totalmente incorreto, tendo
em vista o papel do Conciliador é muito mais evasivo e proativo na resolução de um
conflito internacional do que o de um Mediador.
CASO CONCRETO 12:
R: Cabe dizer que o MERCOSUL caracteriza-se como uma União Aduneira, por isso há
uma livre circulação de mercadorias e bens dentro do MERCOSUL, além da existência de
uma política externa comum aos membros desta União. Isto é, quando um bem de um
País que não é do bloco chega aqui, os critérios de taxação serão similares entre todos
(tratamento de modo uniforme), visando a proteção econômica do bloco.
O MERCOSUL foi criado pelo Tratado de Assunção e com o Protocolo de Ouro Preto foi
atribuída personalidade internacional ao MERCOSUL, ou seja, o bloco poderá realizar
tratados com outra organização ou ICMS outro País, visto que possui personalidade
internacional.
O Protocolo de OLIVOS (substituiu o Protocolo de Brasília) fala que os conflitos
comerciais que acontecem no bloco serão dirimidos por árbitros que atuam junto ao
Mercosul (presença da Arbitragem).
Caso um dos países esteja insatisfeito, poderá interpor recurso ao Tribunal Permanente
de Revisão (TPR), localizado no Paraguai.
Por fim, concluímos que a questão está errada
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens
situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do
território nacional.
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:->
Trata da competência concorrente.
Em observância ao Artigo 21, I, do CPC/15, a ação poderá ser ajuizada no Brasil, até
porque o acidente ocorreu em território brasileiro, assim, a questão está correta.
CASO CONCRETO 14:
R: Tratamos da Corrente Monista e da Teoria Dualista (originando a Teoria da
Incorporação).
Para a corrente Monista, o tratado internacional não precisaráde um processo para ser
internalizado ao ordenamento jurídico, basta sua ratificação para observância pelo
Estado, já nos países que adotam a Corrente Dualista, o tratado precisará ser incorporado
(Teoria da Incorporação). Isto é, o tratado internacional para ser trazido para o direito
interno deverá se submeter a um procedimento, qual seja, o Presidente deverá promulgar
o tratado por meio de um Decreto e, logo após, publicá-lo em D.O. A partir deste moment
o Tratado já estará internalizado no ordenamento interno.
No Brasil, adotamos a Teoria Dualista, portanto, o Tratado deverá ser incorporado para
produzir seus efeitos no ordenamento interno.
* Mar territorial (linha de base do continente até 12 milhas marítimas temos o mar
territorial, local onde o Estado para todos os efeitos de sua Soberania permanece
exercendo todos os direitos territoriais, isto é, território soberano). Desta forma, para que
um terceiro-Estado realize pesquisas científicas ou pretenda explorar algo, deverá
requerer ao Estado-Costeiro autorização para tal. Ademais, a Convenção de Montego
Bay, prevê o chamado Direito de Passagem Inocente, ou seja, direito de as embarcações
passarem/transitarem pelo mar territorial de forma pacífica, sendo possível o
estabelecimento de rotas pelo Estado-Costeiro);
* Zona contígua (Os Estados costeiros tem o direito de realizar o policiamento e
fiscalização, localiza-se de 12 até 24 milhas). Não é mais território do Estado-Costeiro
para efeitos de soberania, permitindo-se a estes apenas a fiscalização e policiamento;
* Zona econômica exclusiva (área marítima onde o Estado-Costeiro poderá exercer a
exploração econômica, limite de até 200 milhas marítimas). Um terceiro-Estado só poderá
explorar com autorização do Estado-Costeiro, mas poderão realizar pesquisas científicas,
bem como passar cabos/dutos para otimização de suas atividades em outras regiões;
* Plataforma continental, localiza-seado leito do mar e o subsolo, possui um limite de até
200 milhas marítimas (contados do continente), podendo ser ampliado em até 150 milhas
marítimas, desde que nunca ultrapasse o total de 350 milhas marítimas.
Essa ampliação deverá ser requerida à "Autoridade Internacional dos Fundos Marítimos" -
órgão da ONU - não sendo possível ultrapassar 350 milhas contadas da linha de base do
continente).
* No Alto mar vigora o "princípio da liberdade dos mares" (liberdade de navegação,
exploração econômica), sendo uma área sem jurisdição, no entanto, os Estados
assumem a obrigação de evitar a prática de ilícitos, como: tráfico de drogas, pessoas,
pirataria etc. Insta salientar que os navios oficiais tem direito a visita (inspeção), captura e
policiamento, visando o combate aos ilícitos citados.
AV2 —> A prova estará com conteúdo de todo semestre. Não admite-se consulta.