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Contém os princípios históricos que nasceram nos: “Tratado de Westifália”

(1648*); Revolução Francesa (1789); Congresso de Viena, 1815; doutrina Monroe, 1823; Liga
das Nações; ONU (1945).

* CONGRESSO E RESPECTIVO TRATADO DE VESTFÁLIA DE 24 DE OUTUBRO DE 1648

– Pôs fim à guerra dos 30 anos (1618-1648 ). Hugo Grócio participou do Congresso
representando o rei da Suécia. Conseqüências: 1)- Princípio do Equilíbrio Europeu ( Pela
primeira vez, os Estados europeus reuniram-se para deliberar )

2)- Princípio da Igualdade Jurídica dos Estados “ Artigo 2, inciso 1 da CONU, diz: “A Organização
é baseada no princípio da igualdade soberana de todos os seus membros.”

3)- Primeiros Ensaios de uma Regulamentação Internacional positiva.

4)- O Tratado acolheu muitos dos ensinamentos de Hugo Grócio, surgindo daí o DIREITO
INTERNACIONAL tal como se conhece hoje. Marca o fim de um período e o início de outro.

2º Período: DO CONGRESSO DE VESTFÁLIA AO CONGRESSO DE VIENA

Século XV e XVI: Os Descobrimentos ( Portugal e Espanha ) Já havia na Europa alguns Estados


independentes. Pais do D.I.: FRANCISCO DE VITÓRIA (1480-1456 ) Fundador da Ciência do DI.
Professor de teologia em Salamanca ( 3ª

CONGRESSO DE VIENA ( 1815 ) Não se limitou apenas a consagrar a queda de Napoleão e


estabelecer uma nova ordem política na europa.

Teve um espírito conservador Conseqüências:

1)- Princípio da Proibição do Tráfico de Escravos

2)- Princípio da Liberdade de Navegação em certos rios internacionais ( Reno, Mosa, Escalda,
etc. )

3)- Neutralidade Perpétua da Suíça 4)- Surgimento da Doutrina Monroe

Doutrina Monroe – James Monroe enviou uma mensagem em 02/12/1823 ao Congresso dos
EUA.

1º)- O Continente Americano não pode ser sujeito no futuro a ocupação por parte de nenhuma
potência européia;

2ª)- É inadmissível a intervenção de potências européias nos negócios internos ou externos de


qualquer país americano.

3º)- os EUA não intervirá nos negócios pertinentes a qualquer país europeu. Síntese:

A AMÉRICA PARA OS AMERICANOS!


5)- Classificação para os Agentes Diplomáticos 3º Período:

DO CONGRESSO DE VIENA À PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Meados do Século XIX, fatos favoráveis ao progresso do DIP: CONGRESSO DE PARIS DE 1856
Normas relativas à Guerra no Mar –Aboliu o corso 1ª CONVENÇÃO DA CRUZ VERMELHA (1864)

Decidiu sobre a sorte dos militares feridos e doentes na guerra terrestre.

( Hoje COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA: CICV ) DECLARAÇÃO DE GENEBRA DE


1868 contra o uso de projéteis explosivos e inflamáveis e contra o uso de dogras asfixiantes.

1ª Conferência Internacional dos Países Americanos ( Washington, outubro de 1889 a abril de


1890 ).

1ª Conferência de Paz de Haia em 1899

Criação da “ Corte Permanente de Arbitragem de Haia, ainda hoje existente. Não é


propriamente uma Corte. visando a solução pacífica dos Litígios Internacionais. Seus julgados
foram citados pela CPJI E CIJ.

4º Período: O D.I. NO SÉCULO XX-XXI

O D.I. no século XX atingiu seu pleno desenvolvimento.(?) Marcos: 1906- Fauchille submeteu
um relatório sobre os aspectos legais das aeronaves ( Tridimensional ) Criação do Instituto de
Direito Internacional As Conferências Internacionais Americanas ( México-1901-1902, Rio de
Janeiro-1906 -, Buenos Aires –1910- Santiago do Chile- 1923 –Havana– 1928 – Outras ) 1907 –

2ª Conferência de Paz de Haia –44 países inclusive da América do Sul. Conferência Naval de
Londres ( Dezembro de 1908 a fevereiro de 1909 ) Conferência de Paz de Paris ( 1919 ) Criação
da Liga das Nações ( ou Sociedade DasNações. )

Criação da Corte Perma nente de Justiça Internacional Pacto Briand-Kellog de proscrição da


Guerra. 1ª Conferência para a Codificação do DI ( HAIA )

–1930. Criação da ONU e de inúmeras Organizações Internacionais

–Carta de S.Francisco de 26/6/1946 . Finalidade: Busca da paz e segurança internacionais.


Registro Especial: A Conferência de Breton Woods ( Banco Mundial, Fundo Monetário
Internacional e outros ) Criação da

Comissão de Direito Internacional – C.D.I.- ( 1947 ) –Resultados - Salto no DI: Convenção de


Genebra sobre o Direito do Mar 1961- Convenções : 1961

– Relações Diplomáticas 1963

– Relações Consulares 1969

–Direito dos Tratados 1975


– Representação dos estados com as OI de caráter universal 1982

–Convenção da ONU sobre o Direito do Mar de Montego Bay 1983

– Sucessão dos Estados em Matéria de Tratados 1985

–Direito dos Tratados entre Estados e OI ou entre OI X OI. Após 2ª Guerra: Além do
Tridimensional. Espaço ultraterrestre, lua, corpos celestes.

Fundamentos: Os fundamentos do DIP objetiva justificar a submissão de estados soberanos


aos mandamentos das normas internacionais. As teorias voluntaristas asseveram que o
Direito Internacional tem por alicerce a manifestação volitiva dos Estados.

(Teorias)

a) teoria da autolimitação (os Estados soberanos se submetem ao Direito das Gentes em razão
de autolimitação voluntária; há consentimento);

b) teoria da vontade coletiva (o DIP resulta da manifestação coletiva dos Estados soberanos
favoráveis à sua formação;

c) teoria da delegação do Direito Interno (a obrigatoriedade do DIP tem origem na Lei maior de
cada um dos Estados soberanos. É entendida como um reflexo da teoria da autolimitação;

d) teoria do consentimento das nações (a vontade majoritária dos Estados individualmente


considerados legitima e fundamenta o Direito Internacional, considerando-se a intenção dos
Estados conjuntamente.

Teorias Voluntaristas

Autolimitação (George Jellinek)

Vontade coletiva (Heirich Triepel)

Delegação do Direito Interno (Max Wenzel)

Consentimento das nações (Lawrene, Hall, Oppenheim)

Já os objetivistas defendem a obrigatoriedade do Direito Internacional com base em seus


próprios princípios, costumes e normas, os quais preferem ao ordenamento jurídico e à
manifestação de vontade dos Estados, em conjunto ou separadamente.

a)teoria da norma fundamental, norma base ou objetivismo lógico

–kelsen: a validade da norma jurídica está condicionada ao respeito ao ordenamento jurídico


como um todo;
b) teorias sociológicas, o Direito provém diretamente dos fatos sociais e fundamenta-se no
princípio da solidariedade internacional;

c) teoria do direito natural: ele é superior e apartado nas normas estatais;

d) teoria dos direitos fundamentais dos Estados: a existência dos Estados implica a aquisição
dos direitos fundamentais, os quais embasam o Direito Internacional;

e) teoria da norma pacta sunt servanda

Teorias Objetivistas

Norma base, norma fundamental ou objetivismo (Kelsen)

Sociológicas (Leon DFuguit, Georges Scelle)

Direito natural (Sófocles, Santo Agostinho, Francisco de Vitória)

Direitos Fundamentais dos Estados (Grotius, Wolff)

Norma pacta sunt servanda (Anzilott)

Para os autores modernos a melhor concepção é a do direito natural, pois que nas outras
teorias encontramos fartas objeções às suas aplicações.

DIREITO INTERNO X DIREITO INTERNACIONAL

AS ESCOLAS DUALISTA E MONISTA

Para os autores que defendem a escola monista

–O direito é um só. É uma norma superior.

ESCOLA MONISTA –Existe apenas uma ordem jurídica. Assim, um tratado internacional seria
também uma manifestação do povo brasileiro. O Tratado estaria dentro da pirâmide de
hierarquia e conviveria a CF com as leis ordinárias com atos etc. O direito é um só. O Estado
possui o Direito e o respeita, adota o direito internacional, porém não incorpora-o da forma
como na teoria dualista, que, inclusive, adota a teoria da “incorporação”

. 2 (DUAS) ESPÉCIES

a) Internacionalista = Defende que o tratado é compatível com a lei interna/brasileira. Em caso


de conflito haveria prevalência do Tratado com primazia do Direito Internacional, ou seja,
primazia do direito internacional.

b) Nacionalista = Defenda de que existe apenas uma ordem jurídica

– interna e externa. Num eventual conflito, a prevalência seria da lei interna, do direito
interno, ou seja, primazia do direito interno.
. Temos, pois, que:

Teoria Monista, segundo a qual, o Direito Internacional e o Direito Interno são dois ramos de
um mesmo sistema, emanam de uma só fonte. Para os Monistas, o Direito é um só, com
diferentes primazias.

Teoria Dualista,

segunda a qual, o Direito Interno e o Direito Internacional não se confundem, sendo tratados
como ordens distintas e incomunicáveis. Segundo Carlos Husek: “A opção é de cada país. O
Brasil não firmou a sua de forma clara, o que pode ser visto através das normas
constitucionais, que ora revelam uma tendência ao dualismo, ora ao monismo”.

Para os autores que defendem a escola dualista o DIP e o Direito Interno são dois sistemas
distintos, independentes, separados, que não se confundem. Um trata da relação entre
Estados. Outro, regras entre indivíduos. O DIP depende da vontade comum de vários Estados.
O D. Interno: vontade unilateral do Estado.

Dualismo

Segundo a doutrina dualista, para que uma norma internacional seja aplicada na ordem
interna de um Estado, este deve primeiramente transformá-la em norma de direito interno,
incorporando-a ao seu ordenamento jurídico doméstico. Esta doutrina costuma ser chamada
de teoria da incorporação. Nos termos desta doutrina, por serem as duas ordens jurídicas
completamente independentes, não existe a possibilidade de conflito entre si. Formularam-na
Triepel, Anzilotti, dentre outros.

ESCOLA DUALISTA- Também dita escola do paralelismo. O DIP e o Direito Interno são dois
sistemas distintos, independentes, separados, que não se confundem.

Um, trata da relação entre Estados . Outro, regras entre indivíduos. O DIP depende da vontade
comum de vários Estados. O D. Interno: vontade unilateral do Estado.

Normalmente, quem defende a Escola Dualista, tem uma visão voluntarista.

Na Teoria Dualista, ao contrário da Teoria Monista, ela alega que existem dois ramos do
Direito Internacional, ou seja, existem 2 ordenamentos jurídicos. Ele possui questões que não
se aplicam aos 2 ramos do Direito. Criam-se regras para adotar os tratados, como esse tratado
é recebido e incorporado no ordenamento jurídico interno. Para dar validade a um Tratado
Internacional tem-se que submetê-lo à aceitação dentro do ordenamento jurídico interno.

2 (DUAS) ESPÉCIES:

1) Dualista Extremada. Onde o Tratado está no mundo externo, a transformação dele numa lei
interna seria uma lei que promulgaria o Tratado e o transformaria numa lei interna = status de
lei ordinária.

2) Dualista Mitigada/moderada. Transforma o Tratado num ato normativo interno através de


um Decreto do Presidente da República que promulga o Tratado (Ex. Pacto de San José).
Adotada pelo Brasil.
Princípios do Direito Internacional Público

Soberania

Dentre os elementos constitutivos do Direito Internacional Público, temos que esclarecer que
o Estado, para ser pessoa internacional, deve possuir soberania(*), isto é, o direito exclusivo de
exercer a autoridade política suprema sobre o seu território e a sua população.

(*) Entende-se por soberania a qualidade máxima de poder social através da qual as normas e
decisões elaboradas pelo Estado prevalecem sobre as normas e decisões emanadas de grupos
sociais intermediários, tais com: a família; a escola; a empresa, a igreja, etc. Neste sentido, no
âmbito interno, a soberania estatal traduz a superioridade de suas diretrizes na organização da
vida comunitária. A soberania se manifesta, principalmente, através da constituição de um
sistema de normas jurídicas capaz de estabelecer as pautas fundamentais do comportamento
humano. No âmbito externo, a soberania traduz, por sua vez, a idéia de igualdade de todos os
Estados na comunidade internacional Elementos da soberania:

é um poder (faculdade de impor aos outros um comando a que eles ficam a dever obediência)
perpétuo (não pode ser limitado no tempo) e absoluto (não está sujeito a condições ou
encargos postos por outrém, não recebe ordens ou instruções de ninguém e não é responsável
perante nenhum outro poder).

Características da soberania: é una e indivisível (não pode ser dividida por dois governantes ou
por vários órgãos), é própria e não delegada (pertence por direito próprio ao Rei), é
irrevogável (princípio de estabilidade política - o povo não tem direito de retirar ao seu
soberano o poder político o poder político que este possui por direito próprio), é suprema na
ordem interna (não admite outro poder com quem tenha de partilhar a autoridade do Estado),
é independente na ordem internacional (o Estado não depende de nenhum poder
supranacional e só se considera vinculado pelas normas de direito internacional resultantes de
tratados livremente celebrados ou de costumes voluntariamente aceites).

Faculdades da soberania: poder legislativo (fazer e revogar as leis), poder de declarar a guerra
e fazer a paz, poder de instituir cargos públicos, poder de cunhar e emitir moeda, poder de
lançar impostos e taxas, etc. Limites da soberania: tem de ser um governo reto, respeitando a
moral e as leis divinas e naturais; o soberano só se pode ocupar do que é de interesse público,
devendo respeitar a propriedade dos subditos; a soberania está limitada pelas leis humanas
comuns a todos os povos, ou seja, pelo direito internacional ou direito das gentes; etc

Igualdade ou Isonomia = Igualdade de condições = art. 5º. da CF "Art. 5o. Todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Boa-fé = Projetando-se sobre a ordem jurídica, a boa fé desempenha a função própria de um


princípio geral de direito cujo mandamento consiste em que todas as pessoas devem
comportar-se com lealdade em suas relações, desde a formação até a extinção delas. Assim,
os Estados também têm o dever de se comportarem com boa-fé entre si e para com os seus
nacionais e estrangeiros dentro de seu território, bem como e, especialmente, entre uns e
outros (Estados).

Pacta sunt servanda = Pacta sunt servanda

Para REZEK, " pacta sunt servanda é o princípio segundo o qual o que foi pactuado deve ser
cumprido)".

Na definição jurídica: "Locução latina que significa a obrigatoriedade do cumprimento das


cláusulas contratuais (ACQUAVIVA)".

Sendo um modelo de norma fundada no consentimento perceptivo, ou seja, que fluem


inevitavelmente da pura razão humana ou de um imperativo ético, este princípio vincula as
regras dele resultantes como imprescindíveis à comunidade internacional. Deste modo, sem
dúvida, instrumentos jurídicos de DI como a CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS e da OEA, que
consagram o princípio da não intervenção e todos os outros acima discutidos, vinculam seus
signatários através do pacta sunt servanda, levando-os assim a obrigar-se à observação das
normas neles inscritas.

Fontes do Direito Internacional

Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Este artigo é considerado


unanimemente o rol mais concentrado das fontes do Direito Internacional Público.

Não traz um rol exaustivo, mas sim exemplificativo. Podem existir outras fontes não
elencadas nesse dispositivo, mas reconhecidas pela doutrina internacional.

1ª – Tratados e Convenções Internacionais – são as principais fontes do Direito


Internacional, por trazerem maior estabilidade, segurança e certeza às relações
internacionais, quer gerais, quer especiais estabelecem regras expressamente reconhecidas
pelos Estados

2ª - Costumes internacionais – são a prova de uma prática geral aceita como sendo o
direito. O costume tem dois elementos:

- elemento material

– prática generalizada e constante de atos num mesmo sentido;

- elemento subjetivo,espiritual ou psicológico

–“opinio iuris” – crença de que aquilo é direito. Aceitação como direito. É a crença que os
atores da sociedade internacional têm em relação à obrigatoriedade jurídica da reiteração
desses atos. O elemento material é o hábito, o espiritual é a crença.

3ª - Princípio Geral de Direito Internacional

É diferente de Princípio Geral do Direito Internacional Princípios Gerais de Direito


Internacional são aqueles encontrados na legislação interna dos Estados e que passam a ser
aplicados internacionalmente. Ex: Princípio da boa-fé objetiva. Princípios Gerais do Direito
Internacional não existem no âmbito interno.

Já nascem diretamente no Direito Internacional.

Para alguns juristas os “princípios gerais do direito” seriam aqueles aceitos pelos estados

in foro domestico. (Manual de Direito Internacional Público – Hildebrando Accioly e outros –ed.
Saraiva –2009 – 17ª. ed. P. 150).

O juiz deve transpor as normas do direito interno para o direito internacional. Nesse sentido,
as normas do direito civil se aplicam às normas do direito internacional

ex.: princípio da boa-fé, existe, então a observância da ordem jurídica comum e não somente
da ordem jurídica internacional.

(Ex.: No quadro de sociedade internacional, apontava C. BILFINGER (1938), Les bases fondamentales
de la communauté dês états (RCADI, 1938, t.63, p.129-242) - , a rarefação normativa, como então, em
tempos de ascensão nazi-fascismo, se exacerbava, o que conferiria aos princípios gerais caráter
indispensável, do que dependeria a função e tais ficções. No contexto pós-moderno, não mais se
padecer de falta de normas, mas cabe proceder à reorientação do todo o foco do sistema
internacional, no sentido de conjunto de princípios, para acolher o ser humano como eixo do direito
internacional).

Há juristas que informam que os princípios gerais do direito são os costumes internacionais porque
advêm da vontade e da manifestação de todos os Estados, ou melhor, do “do foro domestico.”

- (solução pacífica dos litígios, não-agressão, desarmamento, justa indenização, boa-fé, pacta sunt
servanda, lex posterior derogat priori, coexistência pacífica).

Meios auxiliares (fontes secundárias do Direito Internacional):

- doutrina – devem ser entendidos como doutrina não só os juristas pessoas físicas, mas tudo o que
possui um resguardo doutrinário;

- jurisprudência – pode ser nacional ou internacional (decisões judiciárias)

Novas fontes do Direito Internacional Público (além do art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de
Justiça):

1. atos unilaterais Estatais –não são normas, meros atos jurídicos, produzem conseqüências jurídicas,
porém, não há efetividade. a palavra do Estado deve ser firme, não pode titubear. Precisa ter valor;

2. decisões das Organizações Internacionais –também não figuram como fontes perante a CIJ (Corte
de Haia –1920) mas criam direitos para os Estados. Há Estados que não cumprem essas decisões,
apesar de possuírem efeito jurídico inculante;

3. normas de “jus cogens” – deveriam ser a primeira fonte do Direito Internacional;


4. normas de “soft law” –Direito Flexível, maleável, plástico. Foi uma invenção do século XX. São
normas de agendamento internacional, planos de ação internacional. Ex: agenda 21 do meio-
ambiente. Há discussão quanto a serem ou não fontes, por não trazerem segurança jurídica e por não
serem aceitas em todas as ordenações jurídicas (de cada país).

Fonte é o modo por meio do qual o direito é exposto, se exterioriza.

Há duas teorias, como já dito, que buscam explicar as fontes formais do Direito Internacional:
positivista ou voluntarista e objetivista.

Os positivistas ou voluntaristas consideram a vontade conjunta dos Estados a única fonte formal do
Direito Internacional. Os objetivistas, com maior número de adeptos, identificam duas espécies de
fonte: formais e materiais.

Formaisdelineiam os contornos das normas, o seu modo de exteriorização e

Materiaisdeterminam a origem das fontes formais e auxiliam na sua compreensão. (verificar exemplo
dado por Gustavo Bregalda –pág. 8).

Tratados Internacionais

Conceito = Tratado é o acordo internacional celebrado pro escrito entre dois ou mais Estados ou outros
sujeitos de Direito Internacional, sob a égide do Direito Internacional, independentemente de sua
designação específica. Esse conceito deflui da conjungação entre o art. 2,1,ada Convenção de Viena
sobre o Direito dos Tratados (1969) e o art. 2, 1,a, da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados
entre Estados e Organizações Internacionais ou entre organizações Internacionais (1986). O Estatuto da
Convenção de Viena assim definiu o tratado, em seu artigo 2º, como sendo um “acordo internacional
celebrado por escrito entre Estados e regido pelo direito internacional, quer conste de um instrumento
único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação particular” (art.
2º, I, alínea “a”).

Além disso, em tal Convenção, o ato de firmar tratados deixou de ser exclusividade dos Estados,
acrescentando-se também as demais pessoas internacionais. Ou seja, tratado é o ato jurídico pelo qual
há a manifestação de vontades de duas ou mais pessoas internacionais, visando estabelecer um acordo.
O termo tratado, mais comum, não difere tecnicamente dos demais: convenções, acordos, pactos,
ajustes etc.

TRATADO

A expressão Tratado foi escolhida pela Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969, como
termo para designar, genericamente, um acordo internacional, qualquer que seja sua denominação
específica. Tratado seria o ato bilateral ou multilateral ao qual se deseja atribuir especial relevância
política. Nessa categoria se destacam, por exemplo, os tratados de paz e amizade, tratados de amizade e
cooperação.

CONVENÇÃO

Normalmente reserva-se o termo Convenção a atos multilaterais, oriundos de conferências


internacionais e versando assunto de interesse geral. Exemplos: as convenções de Viena sobre relações
diplomáticas, relações consulares e direito dos tratados.
ACORDO Entende-se por acordo, os atos bilaterais ou multilaterais com reduzido número de
participantes e importância relativa, de natureza política, econômica, comercial, cultural, científica e
técnica.

AJUSTE OU ACORDO COMPLEMENTAR

É o ato que dá execução a outro, anterior, devidamente concluído. Em geral, são colocados ao abrigo de
um acordo-quadro ou acordo-básico.

ACORDO POR TROCA DE NOTAS Emprega-se troca de notas diplomáticas para assuntos de natureza
administrativa, bem como para alterar ou interpretar cláusulas de atos já concluídos.

MEMORANDO DE ENTENDIMENTO Tem sido utilizado para atos de forma bastante simplificada,
destinados a registrar princípios gerais que orientarão as relações entre as Partes, seja nos planos
político, econômico, cultural ou em outros.

PROTOCOLO é um termo que tem sido usado nas mais diversas acepções, tanto para acordos
bilaterais, quanto para multilaterais. Aparece designando acordos menos formais que os tratados, ou
acordos complementares ou interpretativos de tratados ou convenções anteriores. É utilizado ainda
para designar a ata final de uma conferência internacional. Tem sido usado, na prática diplomática
brasileira, preferivelmente sob a forma de "protocolo de intenções".

–1º. Semestre de 2010 Direito Internacional Público

PROTOCOLO DE INTENÇÕES É um ato de menor hierarquia que não encerra um acordo de vontades,
mas apenas um início de compromisso.

CONCORDATA O termo concordata possui, no direito dos tratados, significação singular. Esse nome é
estritamente reservado ao tratado bilateral em que uma das partes é a Santa Sé.

ESTATUTO Empregado para os tratados coletivos geralmente estabelecendo normas para os tribunais
internacionais (Estatuto da OEA).

MODUS VIVENDI designa um acordo temporário (modus vivendi de 1936 sobre a navegação do Reno)

PACTO É um tratado solene, formal. Foi utilizado pela primeira vez no Pacto da Liga das Nações (Pacto
de Renúncia à Guerra de 1928). E tantos outros (ver págs. 18/19 – Gustavo Bregalda)

Os tratados, fonte mais expressiva do Direito Internacional, revelam as normas jurídicas adotadas pelos
Estados e pelas organizações internacionais nos mais diversos assuntos. Formação de um tratado

Para que um tratado seja concluído, ele tem que respeitar algumas formalidades, havendo quatro fases
para a sua definitiva conclusão: as negociações preliminares, a assinatura ou a adoção pelo Executivo, a
aprovação parlamentar, e a ratificação ou adesão do texto do tratado.

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