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RESUMO DE DIREITO INTERNACIONAL I – PROVA OFICIAL

Christian Ariel Santos Dome

NOÇÕES PRELIMINARES E FUNDAMENTOS DO DIREITO INTERNACIONAL


PÚBLICO
1. Sociedade Internacional, Relações Internacionais e Direito Internacional Público:
 Noção de Estado Moderno:
 Surgimento – Paz de Westfália (1648).
 Elementos:
a) Território – deve existir um território determinado/delimitado.
b) Governo – deve existir uma coordenação administrativa sobre o território delimitado
que possa gerenciar politicamente a população/nação que neste habita.
c) Nação – é a população, a massa de indivíduos, nacionais e estrangeiros, que habita
o território.
 Início e fim da existência – o Estado não é terno, possui início e fim de existência.
- Pode ter início por: a) separação de parte da população e do território de um Estado,
subsistindo a personalidade jurídica da mãe-pátria; b) dissolução total de um Estado,
não subsistindo a personalidade internacional da mãe-pátria; e, c) fusão em torno de
um Estado novo.
- Pode ter fim por sua dissolução total ou por sua fusão, que o extingue para a formação
de um Estado novo.
 Características da sociedade internacional:
a) Ausência de poder centralizado – a sociedade internacional não possui um poder
centralizado, ao contrário das sociedades nacionais.
b) Conflito de interesses – há conflito de interesses entre as sociedades nacionais (ex.:
disputas territoriais).
c) Interesses comuns – as sociedades nacionais possuem interesses comuns
(principalmente a paz e a segurança internacionais).
 Problema das relações internacionais:
 Thomas Hobbes, 1651 – “O Leviatã”:
- Estado de natureza.
- Conflito permanente.
- Alianças políticas e militares.
 Immanuel Kant, 1798 – “A Paz Perpétua”:
- Normas universais.
- Cooperação: uma força internacional.
- Cosmopolitismo.
 Críticas à existência do Direito Internacional Público:
a) Ausência de leis – apesar de não haver leis internacionais, há outras fontes do Direito
Internacional.
b) Ausência de tribunais – embora os tribunais internacionais não sejam obrigatórios,
com jurisdição vinculante, eles existem com características próprias da sociedade
internacional.

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c) Ausência de sanções – há sanções internacionais, mas estas possuem características
diferenciadas, e muitas vezes são cominadas por órgãos políticos, aos quais são
vinculados os tribunais internacionais.
 Denominação do Direito Internacional:
a) “Jus gentium” (Direito das gentes/dos povos) – denominação surgida no Direito
Romano.
b) Direito das gentes (“Law of nations”) – denominação criada por Hugo Grótius, no séc.
XVII (“De jure belli ac pacis”, 1625).
c) “International Law” (Direito Internacional) – denominação criada por Jeremy
Bentham, no séc. XVIII (em oposição a “national law”).

Obs.:

I. A denominação “Direito Internacional” sofreu críticas, visto que Nação é diferente


de Estado. Certos autores sugerem o termo “Direito Interestatal”.
II. Direito Internacional Público é diferente de Direito Internacional Privado. O
primeiro se aplica à sociedade internacional e às relações entre Estados e outros
sujeitos de Direito Internacional; o segundo, por outro lado, trata de relações entre
nacionais (pessoas naturais ou jurídicas) de diferentes Estados ou ainda que
contenham outros elementos de internacionalidade em relações privadas (ex.:
contratos).
 Domínios territoriais de aplicação do Direito Internacional Público:
 Século XVII ao século XIX: se aplica ao espaço terrestre e ao espaço marítimo.
 1ª metade do século XX: também se aplica ao espaço aéreo.
 2ª metade do século XX: também se aplica aos chamados “global commons” (espaços
internacionais – ex.: espaço sideral, Antártida, alto-mar etc.).

2. Fundamentos do Direito Internacional Público:


 Norma Internacional: há duas teorias que buscam explicar a obrigatoriedade e os limites de
aplicação das normas de Direito Internacional Público:
a) Voluntarismo-positivismo:
 Teóricos:
- George Jellinek;
- Clóvis Beviláqua;
- Charles Rousseau.
 Premissas: o Direito Internacional decorre exclusivamente da vontade dos Estados
em se obrigarem no plano internacional através do consentimento (assinando
tratados) e da autolimitação de sua soberania.
 Evidências: CVDT (Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados), art. 26 – “Pacta
sunt servanda” – “Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por
elas de boa fé”.
b) Jusnaturalismo:
 Teóricos:
- Francisco de Vitória;
- Francisco Suárez;
- Hugo Grócio;
- Dionizio Anzilotti.

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 Premissas: o Direito Internacional decorre de uma razão superior e lógica de justiça,
mas uma lógica comum e humana, não divina (direito natural).
 Evidências: CVDT), art. 26 – ”Pacta sunt servanda” – “Todo tratado em vigor obriga as
partes e deve ser cumprido por elas de boa fé” (a evidência é a mesma utilizada pelos
defensores do Voluntarismo-positivismo, mas os jusnaturalistas afirmam que o
princípio do “pacta sunt servanda” já existia bem antes da CVDT, em diversos direitos
internos, não necessitando de previsão expressa, pois seria oriundo do direito natural,
assim como todo o Direito Internacional).
 “Jus cogens”: direito cogente/obrigatório.
 Natureza – espécie de norma de ordem pública (norma impositiva que não depende
da vontade das partes).
 Fundamentos antigos – pensamento jusnaturalista.
 Fundamentos modernos – CVDT, arts. 53 e 64:
“Artigo 53
Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (“jus
cogens”)
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma
imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma
norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida
pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual
nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de
Direito Internacional geral da mesma natureza.
[...]
Artigo 64
Superveniência de uma Nova Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (“jus
cogens”)
Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Internacional geral, qualquer
tratado existente que estiver em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-
se”.
 Mutabilidade – o “jus cogens” não é permanente, pode ser modificado (logo, não há
que se falar que decorre do jusnaturalismo, do direito natural).
 Forma – de acordo com a CDI (Comissão de Direito Internacional), em relatório de
1966, o “jus cogens” não possui uma forma pré-definida, ele está ligado ao conteúdo
da norma. Pode estar estabelecido em um tratado (ex.: Pacto Internacional dos
Direitos Civis e Políticos de 1966), ou em outra espécie de norma internacional (ex.:
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 – não é um tratado, é uma
resolução da Assembleia Geral da ONU).
 Exemplos de normas “jus cogens” – jurisprudência da CIJ (Corte Internacional de
Justiça): proibição da escravidão; proibição de genocídio; manutenção da paz;
proibição do uso da força; os direitos humanos; a solução pacífica de litígios.
 Identificação – o “jus cogens”, não possuindo forma definida, pode ser identificado
por seu conteúdo (que nem sempre será muito claro/preciso). Pode ser identificado
em tratados internacionais dessa natureza, na Declaração Universal dos Direitos
Humanos, além de jurisprudências de Tribunais Internacionais.

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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
1. As Conferências de Paz:
 Paz de Westfália, 1648 – deu origem a um sistema de normas internacionais, que foram
criadas para estabelecer regras sobre os Estados modernos. Criou 3 importantes princípios:
a) Soberania; b) Não intervenção e; c) Igualdade jurídica entre os Estados.
 Congresso de Viena, 1815 – ocorreu após o fim das Guerras Napoleônicas, tendo criado
algumas regras e princípios internacionais.
 I Conferência de Paz de Haia (1899) e II Conferência de Paz de Haia (1907) – surgiram com
a preocupação da sociedade internacional com um possível novo conflito mundial. Trataram
de aspectos relevantes do Direito Internacional, principalmente sobre Direito
Humanitário/Direito de Guerra (regras mínimas que vigem em tempos e em zonas de
conflito armado). Também estabeleceram mecanismos de solução pacífica de controvérsias
internacionais, como a Corte Permanente de Arbitragem.
 O Tratado de Versalhes, 1919 – foi assinado após o fim da Primeira Guerra Mundial. Criou
a Liga das Nações e a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e estabeleceu que seria
criada uma Corte Permanente de Justiça Internacional.
- Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional (CPJI) – criou a CPJI, em 1920, e
estabeleceu, em seu art. 38, um rol taxativo de fontes que seriam consideradas fontes do
Direito Internacional, pelos juízes da Corte Permanente.
 A Carta da ONU, 1945 – assinada ao final da Segunda Guerra Mundial. Criou a ONU
(Organização das Nações Unidas) e a CIJ.
- Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) – a CIJ substituiu a CPJI (que era órgão da
Liga das Nações). A Carta da ONU adotou o anexo dessa CIJ que praticamente reproduz
inteiramente o Estatuto da CPJI, inclusive seu art. 38, que estabelece o rol de fontes do
Direito Internacional:

DECRETO Nº 19.841, DE 22 DE OUTUBRO DE 1945 - CARTA DA ONU


ANEXO: ESTATUTO DA CÔRTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
“Artigo 38.
1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que
lhe forem submetidas, aplicará:
a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais que estabeleçam regras
expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas Nações civilizadas;
d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos publicistas
mais qualificados das diferentes Nações, como meio auxiliar para a determinação das regras
de direito.
2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex
aequo et bono (por equidade), se as partes com isto concordarem”.

2. Classificação das fontes do Direito Internacional:


I. Fontes tradicionais: aquelas que estão previstas no art. 38 do Estatuto da CIJ.
a) Tratados.
b) Costumes.
c) Princípios gerais de direito.
- Princípios gerais de Direito Internacional.

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 Meios auxiliares: não criam direito, apenas interpretam as regras jurídicas oriundas
das fontes tradicionais e modernas.
a) Doutrina individual e coletiva – doutrina em matéria de Direito Internacional.
b) Jurisprudência internacional – jurisprudência oriunda de Tribunais
Internacionais (jurisprudência nacional é ato unilateral, ainda que trate de
Direito Internacional).
 Equidade: definida por parte da doutrina como “princípios de justiça”. Pode refletir
certos conhecimentos de outras áreas da ciência. Somente pode ser utilizada para
solucionar um conflito se as partes com isso concordarem. Normalmente é aplicada
quando há ausência de uma norma jurídica específica sobre o caso concreto.
II. Fontes modernas ou contemporâneas: aquelas que não estão previstas no Estatuto da
CIJ, mas que foram criadas pela prática do Direito Internacional após a Segunda Guerra
Mundial.
a) Atos unilaterais dos Estados:
- Atos do Executivo – ex.: decreto sobre tarifas e as obrigações do Estado perante a
OMC (Organização Mundial do Comércio). A diminuição de tarifas com relação a
determinado Estado também beneficiaria os demais, segundo o MFN (“most
favoured nation” – cláusula da Nação mais favorecida), previsto em norma
internacional.
- Atos do Legislativo – ex.: caso dos cigarros da Índia na OMC. A Índia havia proibido,
por lei, a importação de cigarros de vários países sob a alegação de que eles
causariam prejuízos à saúde pública. Posteriormente, a OMC apurou que não havia
diferença entre os cigarros importados e aqueles feitos na própria Índia, tendo
havido apenas uma manobra para proteger sua indústria nacional, o que gerou a
responsabilização desse Estado, por violação de norma internacional.
- Atos do Judiciário – ex.: caso Gomes Lund e caso dos Pneus Remold. Ambos foram
julgados no Brasil, mas houve violação de normas de Direito Internacional.
Posteriormente, foram julgados por Tribunais Internacionais, tendo havido a
responsabilização do Estado Brasileiro por ato do Poder Judiciário.
- Atos de terceiros ligados ao governo – decorrentes de tolerância/conivência do
Estado com relação a atos de terceiros que podem causar danos a Estados
estrangeiros ou a nacionais destes.
- Atos de terceiros que o governo poderia prever/impedir/punir.
Obs.: - ADPF 101 – julgado do STF que tentou evitar uma intervenção indevida do
Judiciário na competência do Executivo de conduzir as relações internacionais.
b) Decisões das Organizações Internacionais:
 Obrigatoriedade e natureza:
- Efeitos internos – efeitos que a decisão exerce sobre os membros dessa
Organização Internacional. Geralmente a decisão vincula tal membros.
Havendo membros dissidentes (aqueles que discordam da referida decisão e
deixam isso claro na aprovação dela), eles podem não se vincular à decisão (mas
isso varia de Organização para Organização).
- Efeitos externos – efeitos que a decisão exerce sobre não membros dessa
Organização Internacional. A decisão não vincula os não membros, em regra,
mas há exceções (ex.: o Conselho de Segurança da ONU, em certas situações,
para garantia da segurança e da paz internacionais, pode fazer uma
determinação contra um país que não é membro da ONU).

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- Parecer consultivo CIJ – os pareces consultivos emitidos pelo CIJ terão efeito
“erga omnes” (serão aplicáveis a todos).
- Sentenças – as sentenças emitidas pelos Tribunais Internacionais terão efeitos
“inter partes” (serão aplicáveis apenas às partes do conflito).
- Parecer de 1951 sobre a convenção de genocídio – o parecer do CIJ sobre a
convenção de genocídio é considerado norma “jus cogens”
(imperativa/impositiva).
- Princípios/costumes internacionais – ex.: conferências da ONU sobre meio
ambiente internacional).
- Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 – decisão da Assembleia
Geral da ONU que é reconhecida como norma “jus cogens”.

3. Tratados e Convenções:
 Definição de Tratado ou Convenção: a CVDT (Convenção de Viena sobre Direito dos
Tratados) de 1969, foi internalizada no nosso ordenamento através do Decreto nº 7.030 de
2009, e prevê, no ser art. 2º, inciso 1 e alínea “a” que Tratado “significa um acordo
Internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional
(Público), quer conste em um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos
conexos, qualquer que seja sua denominação específica”. Com base nisto, pode-se
identificar os seguintes elementos fundamentais do conceito de tratado:
a) O Tratado é um acordo internacional, mas nem todo acordo internacional é tratado (ex.:
acordo internacional celebrado entre duas empresas sediadas em Estados diferentes não é
um Tratado, mas sim um contrato internacional).
b) Precisa ser concluído por escrito (acordos não escritos não são Tratados).
c) Deve ser celebrado entre Estados.
d) É regido pelo Direito Internacional Público.
f) Pode constar de um documento/instrumento único ou de dois ou mais instrumentos
conexos.
g) Tratado e Convenção são considerados sinônimos (independe de denominação
específica).
 Acordos Internacionais excluídos do âmbito da CVDT:
De acordo com o artigo 3 da CVDT:
“O fato de a presente Convenção não se aplicar a acordos internacionais concluídos
entre Estados e outros sujeitos de Direito Internacional, ou entre estes outros sujeitos
de Direito Internacional, ou a acordos internacionais que não sejam concluídos por
escrito, não prejudicará:
a) a eficácia jurídica desses acordos;
b) a aplicação a esses acordos de quaisquer regras enunciadas na presente Convenção
às quais estariam sujeitos em virtude do Direito Internacional, independentemente da
Convenção;
c) a aplicação da Convenção às relações entre Estados, reguladas em acordos
internacionais em que sejam igualmente partes outros sujeitos de Direito
Internacional”.

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 Classificações dos Tratados:
I. Tratados-contratos e tratados-constitutivos:
a) Tratados-contratos – aqueles que estabelecem obrigações recíprocas entre as
partes, porém, não criam uma nova instituição/organização internacional. Ex.:
CVDT.
b) Tratados-constitutivos – aqueles que, além de criar obrigações recíprocas, criam
uma nova pessoa jurídica internacional, uma organização internacional. Ex.: Carta
da ONU.
II. Tratados gerais e especiais:
a) Gerais – aqueles que tratam de vários temas, sem grandes aprofundamentos em
temas específicos (tais temas específicos serão desenvolvidos por outros Tratados
anexos). Ex.: Tratado de Roma.
b) Especiais – aqueles que tratam de apenas um aspecto/tema do Direito
Internacional, de maneira pormenorizada. Ex.: Tratado de Não Proliferação de
Armas Nucleares.
III. Tratados multilaterais, regionais, sub-regionais e bilaterais:
a) Multilaterais – aqueles que podem receber adesão de um Estado de qualquer lugar
do mundo, desde que tal Estado aceite as condições que o Tratado impõe. Ex.: Carta
da ONU.
b) Regionais – aqueles que são limitados geograficamente a uma determinada região.
Ex.: Carta da OEA.
c) Sub-regionais – aqueles que possuem uma delimitação geográfica menor em
relação aos regionais. Ex.: Tratado de Assunção (criou o MERCOSUL).
d) Bilaterais – aqueles formados apenas por 2 Estados (para alguns autores, poderia
abranger até 3 Estados, quando tal Tratado fosse sobre temas muito específicos,
como as fronteiras). Ex.: Tratado de Amizade entre Brasil e Portugal.

4. Costume Internacional:
É a prova de uma prática geral, que vários Estados adotam, aceita como sendo o
direito (não é escrito).
 Elemento objetivo do Costume: está ligado ao objeto do costume, que é a prática.
- Generalidade – a prática precisa ser geral. Todos os países a adotam, ou, pelo menos, a
grande maioria deles, dentro de um universo considerado. O costume pode ser universal
(reconhecido no mundo todo) ou regional (reconhecido apenas em uma área delimitada do
mundo.)
- Reiteração – a prática deve ser reiterada (deve ser repetida no tempo).
 Elemento subjetivo do Costume: trata da intenção das partes em relação a esse costume.
- “Opinio juris” – os Estados observam esse costume internacional como sendo o direito,
uma regra jurídica (que, se desrespeitada, acarreta sanção).

5. Princípios Gerais de Direito:


São princípios criados em sistemas jurídicos internos, que podem ser utilizados no Direito
Internacional. Ex.: “pacta sunt servanda”.

 Princípios gerais de Direito Internacional: são princípios criados no Direito Internacional


Público e que são levados para o direito interno.

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 Propósitos e Princípios da ONU:
- O Artigo 1º da Carta da ONU estabelece os propósitos desta:
“Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são:
1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente,
medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra
qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os
princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias
ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;
2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio
de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas
apropriadas ao fortalecimento da paz universal;
3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais
de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o
respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção
de raça, sexo, língua ou religião; e
4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses
objetivos comuns”.
- O Artigo 2º da mesma Carta, por sua vez, traz os princípios da ONU:
“Artigo 2. A Organização e seus Membros, para a realização dos propósitos
mencionados no Artigo 1, agirão de acordo com os seguintes princípios:
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade de todos os seus Membros.
2. Todos os Membros, a fim de assegurarem para todos em geral os direitos e vantagens
resultantes de sua qualidade de Membros, deverão cumprir de boa-fé as obrigações
por eles assumidas de acordo com a presente Carta.
3. Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios
pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça
internacionais.
4. Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o
uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer
Estado, ou qualquer outra ação incompatível com os Propósitos das Nações Unidas.
5. Todos os Membros darão às Nações toda assistência em qualquer ação a que elas
recorrerem de acordo com a presente Carta e se absterão de dar auxílio a qual Estado
contra o qual as Nações Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo.
6. A Organização fará com que os Estados que não são Membros das Nações Unidas
ajam de acordo com esses princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da
paz e da segurança internacionais.
7. Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações Unidas a intervirem em
assuntos que dependam essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou obrigará
os Membros a submeterem tais assuntos a uma solução, nos termos da presente Carta;
este princípio, porém, não prejudicará a aplicação das medidas coercitivas constantes
do Capitulo VII”.
 AGNU (Assembleia Geral das Nações Unidas) – Declaração Relativa aos Princípios do
Direito Internacional Regendo as Relações Amistosas e Cooperação entre os Estados,
1970: previu os seguintes princípios de Direito Internacional:
a) Proibição do uso ou ameaça da força;
b) Solução pacífica de controvérsias;
c) Não intervenção nos assuntos internos dos Estados;
d) Dever de cooperação internacional;

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e) Igualdade de Direitos e Autodeterminação dos Povos;
f) Igualdade soberana dos Estados;
g) Boa-fé no cumprimento das obrigações internacionais.
 CF88 – Princípios nas Relações Internacionais: o art. 4º da Constituição Federal prevê
que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
“I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político”.

SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO


São as pessoas destinatárias das normas de Direito Internacional.

Há atores das relações internacionais que não são propriamente sujeitos de Direito
Internacional, mas são sujeitos de direito interno que possuem atuação relevante
internacionalmente (como as ONG’s de atuação internacional, a exemplo do Greenpeace).

1. Estados:
São os países.

 Personalidade jurídica originária: não decorre de nenhuma circunstância externa ao


próprio Estado, mas de sua própria existência.
 Elementos:
a) Território.
b) Governo.
c) Nação.

Obs.: os elementos território e governo podem ser temporariamente suprimidos, sem que
haja o fim do Estado (ex.: ocupação Alemã no território Francês, durante a Segunda Guerra
Mundial); o elemento nação, por sua vez, é o mais importante, não podendo estar ausente,
para que haja a configuração do Estado.

 Capacidade:
a) Celebrar Tratados – tal capacidade é quase ilimitada, os Estados podem até criar
Organizações Internacionais por meio deles. As limitações a tal capacidade estão
previstas nas normas imperativas de Direito Internacional (“jus cogens”).
b) Ser parte em Tribunais e Organizações Internacionais.
c) Reconhecer Estados e Governos – a doutrina e a jurisprudência entendem que os
Estados não devem declarar expressamente o reconhecimento ou o não reconhecimento
de outros Estados e Governos, para não interferirem nos assuntos internos, na soberania
e na integridade territorial destes.

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Quando um Estado não desejar reconhecer (ou deseja reconhecer) determinado
Estado ou Governo, ele deve simplesmente romper (ou estabelecer) relações
diplomáticas e comerciais com este, pois, deste modo, estará demonstrando,
tacitamente, que não reconhece (ou que reconhece) tal Estado/Governo.
Quando há uma cláusula democrática em determinado Tratado de uma Organização
Internacional e, os Estados aderem a tal Tratado, eles permitem que outros Estados
reconheçam ou não seus governos e seu regime democrático, além de eventual cisão de
seu território.
d) Declarar a guerra.
e) Celebrar a paz.
f) Declarar estado de armistício – armistício é um estado intermediário entre a guerra e a
paz. Ocorre quando os Estados não mais desejam dar continuidade a um conflito armado,
mas ainda não houve a celebração da paz.
g) Outros atos unilaterais – atos internos do Estado que geram efeitos internacionais.
 Obrigações:
a) Por consentimento – decorrentes de ato soberano.
b) Decorrentes de ato soberano ilícito – ex.: violação de tratados.
c) Por tolerância – surgem quando o Estado permite certas situações, condutas ou atos que
venham a causar prejuízo a outros Estados ou a seus nacionais (como atos terroristas).
d) Sem consentimento – decorrentes da ordem jurídica internacional. Podem advir de:
i. Normas “jus cogens”.
ii. Princípios e Costumes internacionais.
iii. Interesse coletivo.
 Não são Estados:
a) Movimentos beligerantes/separatistas – não são Estados, mas podem vir a representar
o governo de um Estado no futuro.
b) Unidades da federação – não tem personalidade jurídica internacional, mas, se
praticarem atos ou causarem danos internacionais, a responsabilidade será do País, da
União daquelas unidades federativas.
c) Organizações Internacionais – são entidades autônomas formadas pela vontade de
vários Estados.

2. Organizações Internacionais (em sentido estrito):


São entidades autônomas formadas pela vontade de vários Estados, e que possuem
personalidade jurídica de Direito Internacional.

 Personalidade jurídica derivada: sua personalidade jurídica deriva da vontade dos Estados,
que possuem personalidade jurídica originária.
Sua personalidade jurídica tem início quando os Estados celebram um tratado constitutivo
e este entra em vigor; tem fim quando exaure o seu objetivo, seja porque seu tratado prevê
um prazo ou objetivo determinado, ou porque seu objetivo deixa de existir.
 Elementos:
a) Órgãos governativos – não possui governo, apenas órgãos governativos (sua estrutura é
prevista em seu Tratado).
b) Sede – não possui território político geograficamente delimitado, apenas uma sede (um
prédio ou conjunto de prédios).
c) Vínculo funcional – não possui vínculo de nacionalidade, apenas funcional.

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 Capacidade:
a) Celebrar Tratados – tal capacidade é mais limitada do que a dos Estados. Não podem
criar outras Organizações Internacionais.
b) Ser parte em Tribunais e Organizações Internacionais.
c) Reconhecer Estados e Governos – tal capacidade é limitada, já que viola a soberania e a
integridade territorial dos Estados e governos. Havendo cláusula democrática em seu
Tratado, a Organização Internacional pode avaliar se a conduta adotada pelos Estados
signatários é democrática ou antidemocrática (neste caso, pode aplicar as sanções
previstas em seu tratado).
d) Intervir para garantir a paz e segurança internacionais – não pode declarar a guerra,
paz ou o estado de armistício, apenas pode intervir para garantir a paz e
segurança internacionais.
 Obrigações: decorrem do exercício do seu objeto institucional.
 Não são Organizações Internacionais:
a) PNUMA/UNEP (United Nationa Environment Programme) – Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente.
b) UNCITRAL (United Nations Commission on International Trade Law) – Comissão das
Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional
c) GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) – Acordo Geral de Tarifas e Comércio
d) UNICEF (United Nations Children’s Fund) – Fundo das Nações Unidas para as Crianças.
e) ONG’s – são associações de direito privado interno.
f) Empresas Transnacionais – são empresas privadas de direito interno com filiais em
diversos países.
g) Movimentos separatistas/beligerantes.

3. Santa Sé:
É conhecida como Estado do Vaticano, mas não é Estado, nem Organização Internacional.

 Sujeito de Direito Internacional “sui generis”: sua personalidade jurídica não é originária
nem derivada, é “sui generis” (é exclusiva/ única/especial).
A Santa Sé foi criada pelo Tratado de Latrão, em 1929.
 Elementos:
a) Território – possui um território bastante exíguo.
b) Governo – possui um governo independente exercido pelo Papa.
c) Funcionários/ Voluntários – não possui nacionais, apenas funcionários e voluntários.
 Capacidade:
a) Celebrar Tratados – tal capacidade é muito limitada. Normalmente seus tratados são
denominados de concordatas.
b) Ser parte em Tribunais e Organizações Internacionais – Geralmente a Santa Sé é um
observador em Organizações Internacionais (como a ONU), e não, necessariamente,
Estado-membro (que exerce poder de voto e tudo mais).
c) Reconhecer Estados e Governos – tal capacidade é limitada, assim como ocorre com os
Estados e as Organizações Internacionais.
d) Praticar outros Atos Unilaterais.

Obs.: Não pode declarar a guerra, celebrar a paz, nem declarar estado de armistício.

 Obrigações:
a) Por consentimento – decorrentes de ato soberano.

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b) Decorrentes de ato soberano ilícito – ex. violação de tratados.
c) Por tolerância – surgem quando a Santa Sé permite certas situações, condutas ou atos
que venham a causar prejuízo a Estados ou a seus nacionais (como atos terroristas).
e) Sem consentimento – decorrentes da ordem jurídica internacional. Podem advir de:

i. Normas “jus cogens”.


ii. Princípios e Costumes internacionais.
iii. Interesse coletivo.

4. Indivíduos:
São as pessoas singulares.

 Direitos: são previstos em normas “jus cogens” (normas imperativas de Direito


Internacional). Tais direitos beneficiam o indivíduo independentemente do consentimento
do Estado.
Exs.:
 Declaração Universal de Direitos Humanos,
“Artigo 6. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido
como pessoa perante a lei”.
 Convenções que asseguram direito de petições individuais a serem apreciadas por
tribunais internacionais em matéria de direitos humanos.
 Convenções e Costumes em Direito Humanitário.
 Obrigações: pode responder em Tribunais Penais Internacionais.

RELAÇÕES ENTRE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E DIREITO INTERNO


1. Teorias Dualista e Monista: estudam as relações entre Direito Internacional e direito
interno, especificamente quanto à vigência e efeitos dos tratados internacionais no âmbito dos
direitos internos, analisando aspectos da internalização e posição hierárquica normativa.

 Teoria Dualista: sustenta que o direito interno e o Direito Internacional são sistemas
distintos e independentes.
O direito interno se baseia na vontade unilateral do Estado; o Direito Internacional se
baseia no consentimento mútuo dos Estados.
O Direito Internacional não cria obrigações e direitos para os indivíduos se as normas
internacionais não forem internalizadas.
 Vertentes:
a) Dualismo Radical – para que um Tratado tenha aplicabilidade no direito interno de
um país, depende-se de lei deste.
b) Dualismo Moderado – para que um Tratado seja internalizado, depende-se de um
procedimento menos complexo do que a lei (ex.: no Brasil exige-se Decreto
Legislativo para que um Tratado seja internalizado).
 Teoria Monista: sustenta que o Direito é unitário, um só sistema.
Como um todo, está baseado em uma norma superior que não decorre da vontade dos
Estados.

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Não precisa ser internalizado (uma vez produzido o Tratado, já teria aplicabilidade no
direito interno), mas a preocupação está na sua posição hierárquica em relação à norma
interna.
 Vertentes:
a) Monismo Radical – pode ser:
i. Com primazia do direito interno – há uma perspectiva absolutista (havendo
conflito entre norma interna e norma internacional, prevaleceria a norma
interna).
ii. Com primazia do direito internacional – havendo conflito entre norma interna
e norma internacional, prevaleceria a norma internacional. CVDT, art. 27 – Um
Estado parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para
justificar o inadimplemento de um tratado. Teoria adotada pelas Constituições
da França (1958), Grécia (1975) e Argentina (1994).
b) Monismo Moderado – direito interno e Direito Internacional estão no mesmo nível
(um não prepondera sobre o outro).
Havendo conflito entre norma interna e norma internacional, há 4 critérios para
solucioná-lo: 1) paridade entre tratado e lei ordinária (tratado e lei ordinária estão
no mesmo nível); 2) Subordinação à Constituição (tratado e lei ordinária estão
subordinados à Constituição); 3) Critério cronológico (a norma posterior revoga a
norma anterior que lhe for contrária) e; 4) Especialidade (a norma especial prevalece
sobre a norma geral).
A doutrina afirma que tal teoria foi adotada, como regra, pelo Brasil.

2. Os Tratados no Direito Brasileiro:


A CF brasileira é omissa quanto à hierarquia ou paridade entre tratado e lei federal, mas deixa
claro que ambos têm natureza infraconstitucional:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:
[...]
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
[...]
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; ”
O STF, no julgamento do RE 80.0004/SE, em 1977, entendeu que os tratados internacionais
estão no mesmo nível da lei federal, ambos se sujeitando à CF.

Há exceções, em que os tratados são considerados superiores às leis infraconstitucionais:

- Em matéria tributária, o tratado prevalece sobre a lei federal, ainda que seja a esta posterior.
“Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha” (art. 98, CTN).

- A Lei n. 8.212/91, em seu art. 85-A, prevê que “Os tratados, convenções e outros acordos
internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes, e
que versem sobre matéria previdenciária, serão interpretados como lei especial”.

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- De acordo com o Código de Processo Civil, em seu art. 13, “A jurisdição civil será regida pelas
normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados,
convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte”.

- Em relação aos tratados sobre responsabilidade do transportador aéreo, determina o art. 178
da CF que “A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo,
quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União,
atendido o princípio da reciprocidade”. Quanto a esse assunto, o STF entendeu que as normas
e os tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia (1929) e Montreal [1999, dec.
5910/2006), têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor.

- A CF, em ser art. 5º, § 2°, estabelece que os direitos e garantias nela expressos não excluem
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.

No §3º do art. 5º, a CF prevê que “Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.
Foram aprovados na forma deste parágrafo os seguintes atos:

 DL 186/2008 – “Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007”.
 DEC. 6949/2009 – “Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007”
 DL 261/2015 – “Aprova o texto do Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras
Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com outras Dificuldades para Ter
Acesso ao Texto Impresso, concluído no âmbito da Organização Mundial da Propriedade
Intelectual (OMPI), celebrado em Marraqueche, em 28 de junho de 2013”.
 DEC. 9522/2018 – “Promulga o Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras
Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com Outras Dificuldades para Ter
Acesso ao Texto Impresso, firmado em Marraqueche, em 27 de junho de 2013”

Obs.: o STF entende que, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, mas não pelo rito do §3º do art. 5º da CF, terão status supralegal e
infraconstitucional (estarão situados acima das leis e abaixo da Constituição). Ex.: Pacto de San
José da Costa Rica.

Fontes:

 Aulas do professor Adriano


 Slides do professor Adriano.
 TÁVORA, Fabiano. Coleção Sinopses
Jurídicas 33 - Direito internacional: público,
privado e comercial.

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