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Unidade Betim
1) Direito Internacional Público (DIP) - conceito, objeto, sujeito, natureza, fins e caracteres
A expressão DIP: Jeremy Bentham (1780, An Introduction to the principles of moral and
legislation) - expressão “international law”: afirma a existência de um direito “entre as
nações”, um direito “entre Estados”. Há doutrina que defenda o resgate da expressão direito
das gentes por creditá-la ser mais abarcativa do fenômeno do direito praticado na esfera
internacional.
- Conjunto de regras que governam as relações dos homens pertencentes aos vários grupos
nacionais.
1.2) Objeto:
- Desafios globais contemporâneos: paz entre nações, migração, meio ambiente, proteção aos
direitos fundamentais, terrorismo, ataques ao regime democrático, outros.
1.3.1) Negacionistas:
1.3.2) Reconhecedores:
- Oposição ao argumento da ausência de lei: não se deve confundir lei com direito. Desde a
criação das Nações Unidas, a sociedade internacional tem adotado uma série de tratados
multilaterais, destinados a regulamentar as relações internacionais, sem falar nas regras de
direito internacional costumeiro, ou consuetudinário, observadas pelos estados em suas
relações recíprocas.
NB: o Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, criado em 1994 pelo Conselho de
Segurança das Nações Unidas, objetivava julgar os responsáveis pelo genocídio e outras
violações das leis internacionais acontecidas no território nacional de Ruanda em 1994,
causado por oficiais e cidadãos ruandenses entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 1994. O
Tribunal teve jurisdição sobre genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, que
são definidos como violações de artigos relativos a genocídios cometidos em conflitos internos,
como dispõe a Convenção de Genebra. Logo, o Estado não é a única fonte de direito.
- Vattel: O direito das gentes necessário: “é da maior importância para as nações que o direito
das gentes, base de sua própria tranquilidade, seja respeitado universalmente. Se alguma
nação espezinhar abertamente esse direito, todas podem e devem insurgir-se contra ela, e ao
reunirem suas forças, para punir esse inimigo comum, elas estão cumprindo seus deveres,
para consigo mesmas e para com a sociedade humana, da qual são membros”
- Direito internacional cogente (jus cogens) ou normas cogentes de direito internacional geral:
direitos humanos ou direitos do homem, os quais, na formulação do Instituto de Direito
Internacional (Santiago de Compostela, 1989), são a expressão direta da dignidade e da
personalidade humana. Dignidade proclamada pela Carta das Nações Unidas e pela Declaração
Universal dos Direitos do Homem (Assembleia Geral da ONU, 1948).
- Corte Internacional de Justiça: obrigação que se reveste de caráter erga omnes e dever de
solidariedade entre todos os Estados.
- Carta das Nações (São Francisco, 1945): atribui aos órgãos das Nações Unidas, em caso de
violação das obrigações assumidas pelos membros da Organização, os estados, agindo
individual ou coletivamente, o direito de adotar, com relação a qualquer outro estado que
tenha infringido as obrigações de proteção dos direitos fundamentais, quaisquer medidas
diplomáticas e econômicas admitidas pelo direito internacional, desde que não comportem o
uso de força armada, de modo a constituir violação da Carta das Nações Unidas.
- Reconhecimento da existência e conteúdo de normas inderrogáveis e de obrigações erga
omnes: Resoluções do Instituto de Direito Internacional (IDI) são sempre marcos relevantes
na afirmação e na conceituação de desenvolvimento de direito internacional, cujos textos
recentes tiveram considerável impacto sobre o direito internacional pós-moderno.
- Disciplina:
a) se empenhar em pôr termo a tal violação, recorrendo aos meios lícitos, em conformidade
com a Carta das Nações Unidas;
b) devem se abster de reconhecer como lícita qualquer situação decorrente desse ato violador;
(c) têm a faculdade de tomar as contramedidas, que não impliquem uso da força, nas
condições análogas às que seriam aplicáveis por estado diretamente atingido.
Não existe ainda, na órbita internacional, nenhum órgão com jurisdição geral capaz de obrigar
os Estados a decidirem ali suas contendas - a participação de Estados em tribunais
internacionais requer o consentimento expresso destes, sem o qual o tribunal respectivo não
poderá exercer a sua jurisdição.
c) Inexistência de atuação de um tribunal (judiciário) sem o aval, a adesão dos Estados que
lhes reconheça a atuação.
2.2) Experiência vital e humana: diversidade – o universo, as múltiplas formas de vida são
multiformemente diversificadas, variadas, diferentes entre si. A diversidade é marca essencial
da vida. Diferença não é sinonímia de deficiência!
- Bandos;
- Gens/cúrias/fratrias/tribos;
- Cidades – civilizações;
b) Grécia Antiga: instituições do direito das gentes - a arbitragem, como modo de solução de
litígios; o princípio da necessidade da declaração de guerra; a inviolabilidade dos arautos; o
direito de asilo; a neutralização de certos lugares; a prática do resgate ou da troca de
prisioneiros de guerra etc.
- Jus fetiale: instituto de caráter nitidamente religioso; preceitos relativos à relação de Roma e
Estados estrangeiros ( declaração da guerra/paz, etc);
- Jus gentium: direito universalmente aplicável a todas as gentes (livres) do império. Inaugura-
se a ideia de lei universal, ligada à natureza do homem (não todos, em face da escravidão
legal), para regular a convivência entre as gentes, em toda a extensão do império romano;
O jus gentium (direito das gentes) – dois sistemas jurídicos - o jus civile, aplicável às relações
entre os cidadãos romanos e o jus gentium, aplicável às relações entre os cidadãos romanos e
os estrangeiros ou entre os estrangeiros.
- Cultura eclesiocêntrica;
- Unidade cultural;
1) Reforma Protestante, guerras religiosas - Guerra dos Trinta Anos: várias nações europeias,
acentuadamente na Alemanha (católicos X protestantes);
e) Tratado de Vestfália:
c) igualdade jurídica.
Marcos Históricos: tratados de Vestfália (1648) até Viena (1815); do tratado de Viena (1815)
até Versalhes (1919); do tratado de Versalhes ao contexto presente.
5) Liga das Nações (Sociedade das Nações,1920): criada em Versalhes, pelos países
vencedores da Primeira Guerra Mundial; objetiva firmar um acordo de paz. Previa a
criação de uma organização internacional vocacionada vigiar pela paz mundial. Sede
em Genebra, Suíça. Após a Segunda Guerra Mundial foi substituída, em 1946,
Organização das Nações Unidas, ONU.