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Unidade Betim
Disciplina: Direito Internacional Público
Professor: Jairo Coelho Moraes
AULA: organizações intergovernamentais.
3) Caracteres gerais:
Associação voluntária de sujeitos do DI;
Personalidade internacional;
Criação de ordenamento jurídico próprio, interno;
Existência de órgãos próprios;
Exercício de poderes/competências próprios;
Ausência de base territorial própria – sede em território de um Estado soberano
(acordo).
4) Origem – maior parte surgiu no século XIX, período pós-guerras- instituídas por
Estatutos (Carta, Constituição) os quais constituem um tratado, uma regra definidora
da personalidade jurídica que via de regra :
Procedimentalizam como os Estados devem, ou não, aceitar o tratado e como
comunicam uns aos outros a sua eventual aceitação;
Repartem competências: Secretaria Geral, Secretário Geral e demais órgãos.
Regram procedimentos para celebração de acordos/tratados entre Estados;
Instituem procedimentos e quorum necessário para se aprovar determinada
decisão.
c) Estrutura:
CAPÍTULO III
ÓRGÃOS
Artigo 7
1. Ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma Assembléia
Geral, um Conselho de Segurança, um Conselho Econômico e Social, um conselho de
Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um Secretariado
Assembleia Geral
Conselho de Segurança.
Corte Internacional de Justiça
Secretariado
Conselho Econômico e Social
Conselho de Tutela
a) Dinâmica e características:
Competência ampla:
a) questões previstas na Carta das Nações Unidas;
b) decidir sobre temas acordados em tratados e convenções em vigor. Artigo
38 do Estatuto da Corte - função e “decidir, de acordo com o direito
internacional, as controvérsias que lhe forem submetidas”.
Estatuto da Corte: parte integrante da Carta da ONU, vale dizer, o estado que
se tornar Membro das Nações Unidas aceitará integralmente o Estatuto da CIJ.
Atuação de Estados não membros da ONU: podem postular perante a CIJ,
desde que cumpram os requisitos exigidos pela Assembleia Geral, que atuará
mediante recomendação do Conselho de Segurança. (do total de 195 países
193 integram a Organização das Nações Unidas; há dois países observadores,
Vaticano/Santa Sé e o Estado da Palestina). A Corte estará aberta segundo as
condições que o Conselho de Segurança determinar, mas tais condições não
podem colocar as partes em posição de desigualdade perante a Corte.
Ausência de jurisdição compulsória: estados não estão obrigados a submeter
suas contendas à Corte - decidem se querem ou não se submeter ao sistema
jurídico internacional. Os Estados podem comprometer-se antecipadamente a
aceitar a jurisdição da CIJ em determinados casos (mediante tratados,
convenções ou por meio de uma declaração especial firmada nesse sentido).
(I) por meio de uma notificação prévia de uma ou ambas as partes, enviada à
Corte, fundada em tratados que estipulem a CIJ como foro competente para
julgar os litígios;
(II) mediante acordo especial posterior ao litígio, em que ambas as partes
aceitam a jurisdição da Corte para resolver a controvérsia, estipulando-se a
competência post factum (depois do fato);
(III) utilizando-se um estado de petição para interpelar o outro, por acreditar o
autor ter o réu violado alguma obrigação de direito internacional – de forma
equivalente ao que seria o meio mais comum nos direitos internos.
Competência consultiva
Vide excerto da obra abaixo referenciada que aborda essa relevante função: