Você está na página 1de 58

Constituição e o Direito Internacional.

As Cortes Internacionais de Direitos Humanos


Flávia C. Limmer
flaviaclimmer@puc-rio.br

Doutora em Direito – UERJ


Mestre em Direito – PUC-Rio
Professora de Direito da PUC-Rio, UFF,EMERJ, CEPED UERJ,
IBMEC e FGV
ORIGEM

• A luta por direitos é uma construção histórica. Eles não são


dados, mas sim conquistados por aqueles/as que vivem
situações de opressão, invisibilidade e violação.

• Direitos se conquistam com LUTA e CONFLITO

• Noção contemporânea de direitos humanos (pós 1945):


Declaração Universal dos Direitos Humanos

• Os valores morais, filosóficos, religiosos de igualdade, justiça,


liberdade, sustentabilidade, dignidade humana passam a ser
“codificados” e constituem um sistema de direito positivo
internacional, criando obrigações para os Estados Nacionais e
para a comunidade internacional.
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

I. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e


direitos.
II. Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as
liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou de qualquer outra natureza, origem
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra
condição.

princípios (universalidade, liberdade com igualdade,


não discriminação)
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

Elencou um conjunto de direitos que todo ser humano


deveria ter acesso a fim de gozar de uma vida livre e
digna. São eles: direito a vida, liberdade, segurança
pessoal, propriedade, votar e ser eleito, trabalho,
lazer, saúde, alimentação, habitação, seguridade
social, educação, cultura, etc.

São os chamados direitos civis, políticos, econômicos,


sociais e culturais que influenciaram a elaboração
de diversas Constituições e a legislação de vários
países.
Contexto histórico

Guerra Fria (a partir dos 60)


• Pacto Internacional dos Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais (1966);
• Pacto Internacional dos Direitos Civis e
Políticos (1966)

Brasil - Ditadura militar (direitos civis, políticos,


tortura, execuções sumárias).
Tratados e Declarações Internacionais de DHs:
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948);
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966);
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (1966);
Convenção de Eliminação de todas as formas de Discriminação contra
as Mulheres (1979);
Convenção sobre os Direitos da Criança (1989);
Convenção para eliminação da discriminação racial.
Declaração do Rio e a Agenda 21
Declaração de Direitos Humanos de Viena (1993)
Declaração sobre o direito ao desenvolvimento (1986)
Declaração e Plano de Ação de Durban (2001)
Obrigações do Estado
• Respeitar

• Proteger

• Realizar/ efetivar
• Reparar
Operacionalização dos direitos humanos

Tratados internacionais ABSTRATO

Constituição Federal

Lei

Política Pública

Orçamento CONCRETO
Sistema Universal
Sistema Universal de Proteção dos Dhs

• Tratados internacionais (Cançado Trindade “espinha dorsal


do sistema universal de proteção dos Dhs”)

• Mecanismos convencionais - Comitês de Tratados


- Comitê de Direitos Humanos
- Comitê contra a tortura
- Comitê sobre a eliminação de todas as formas de
discriminação racial
- Comitê sobre os direitos da criança
- Comitê sobre a eliminação de todas as formas de
discriminação contra a mulher
- Comitê dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
O Sistema Universal das Nações
Unidas de Proteção aos Direitos
Humanos
O Sistema Universal das Nações
Unidas de Proteção aos Direitos
Humanos

Criação da ONU
Conferência de San Franscisco – 1945
 50 Estados aprovaram a criação da ONU e o Estatuto
do Tribunal Internacional de Justiça
 Carta das Nações – Ius Cogens Internacional
 Herança da Liga das Nações
O Sistema Universal das Nações
Unidas de Proteção aos Direitos
Humanos

Estrutura Básica Interna


 Assembléia Geral
 Secretariado
 Conselho de Segurança
 Conselho Econômico e Social
 Corte Internacional de Justiça
O Sistema Universal das Nações
Unidas de Proteção aos Direitos
Humanos

Estrutura Básica Interna


 Assembléia Geral
 Secretariado
 Conselho de Segurança
 Conselho Econômico e Social
 Corte Internacional de Justiça
O Sistema Universal das Nações Unidas de
Proteção aos Direitos Humanos
• Conselho de Direitos Humanos
• Subcomissões temáticas
• Herança da Comissão de Direitos Humanos
• Competência para interpretar a Declaração Universal de 1948
• Competência para interpretar as demais convenções sobre
DDHH da ONU
• Participação nas ações humanitárias
• Apoio do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (1993)-
Herança da atuação de Dr. Sérgio Vieira (Brasil)
• Sistema de Revisão Periódico Universal
• Apoio do Conselho de Segurança
O Sistema Universal das Nações
Unidas de Proteção aos Direitos
Humanos

 Tribunal Penal Internacional - ICC


 Tratado de Roma de 1998 em vigor desde 2002
 Corte Permanente
 Tribunais Ad Hoc Nuremberg, Tóquio, Ruanda, Ex-
Iugoslavia
 Crimes de Genocídio, crimes de guerra, crimes
contra a humanidade e crime de agressão*
 Pode ser instalado por Pedido do Estado, por
Designação do Conselho de Segurança da ONU, por
iniciativa do Promotor do Tribunal
 Sete Estados votaram contra a aprovação do
Tribunal (EUA, China, Israel, Iemen, Iraque, Líbia e
Qatar.
Sistema Global
Sistema Global de Proteção dos Dhs
Tratados/ Comitês - Estabelecem uma sistemática de monitoramento e
implementação dos direitos que contempla.

Mecanismos:

• Relatórios periódicos a serem encaminhados pelos Estados-parte


periodicamente e toda vez que o Comitê solicitar informações complementares.
Esses relatórios devem conter informações sobre quais foram as políticas
públicas e medidas legislativas e judiciais implementadas pelo Estado no
sentido de respeitar, proteger e promover os direitos humanos estabelecidos na
Convenção

• Mecanismo de comunicação interestatal

• Petições individuais –Permite que indivíduos ou grupos de indivíduos


possam ajuizar petições junto ao Comitê sobre violações sofridas dos direitos
consagrados na Convenção. Após o processamento e análise do caso, o Comitê
poderá adotar medidas para restaurar ou reparar os direitos violados.

• aviso prévio (early-warning) e procedimentos urgentes (urgent procedures).


Sistema Global de Proteção dos Dhs

Mecanismos Extra-convencionais (criados pela Assembléia Geral, Conselho de


Direitos Humanos ou Conselho Econômico e Social)

• Relatores Especiais das Nações Unidas

• Relatorias Nacionais (Plataforma Dhesca Brasil)

Ex: Visita Relator especial sobre execução sumária (2007 - Philip Alston)
– reunião Brasília; Relator especial pelo direito à alimentação (2002 e
2009); Educação (audiência pública), moradia adequada (Raquel
Rolnik).

- Conselho de Direitos Humanos (sanções simbólicas/ impacto na


cooperação internacional)
Sistema Global de Proteção dos Dhs

Mecanismos Extra-convencionais

• Grupos de trabalho

(Ex: Mecanismos de Seguimento e Monitoramento de Durban)


- Grupo de cinco eminentes especialistas independentes;
- Grupo de Trabalho Intergovernamental sobre a efetiva implementação da
Declaração e do Programa de Ação de Durban e;
- Grupo de Trabalho de especialistas sobre afrodescendentes

• RPU – Revisão Periódica Universal – UPR - Criado pelo Assembléia


Geral em 2006 – Objetivo rever e acompanhar a situação de direitos
humanos de cada país
(Brasil) – Relatório 20 páginas – participação social – relatórios
alternativos
Sistemas Regionais de Proteção
dos Direitos Humanos
Sistemas Regionais de Proteção dos Direitos Humanos

• Após 1945, criação de sistemas regionais de proteção dos


Dhs (característica: maior homogeneidade entre seus
membros – aspectos jurídicos/políticos/culturais)

- Organização dos Estados Americanos (OEA) – Comissão


e Corte Interamericana de Direitos Humanos
- Organização da Unidade Africana (Comissão Africana de
Direitos Humanos e dos Povos)
- Comissão e Corte Européia de Direitos Humanos
O Sistema Regional Europeu
de Proteção aos Direitos
Humanos

Criação do Conselho da Europa: Estrutura


Básica
 Assembléia Parlamentar
 Representantes dos Parlamentos dos Estados Membros
 Finalidade: Elaboração de políticas públicas
 Secretaria Geral
 Funções administrativas
 Comitê de Ministros
 Composto pelos Ministros das Relações Exteriores dos Estados
Membros
 Comissão Européia de Direitos Humanos
 Corte Européia de Direitos Humanos (até 1998)
 Tribunal Europeu de Direitos Humanos (após 1999)
O Sistema Regional Europeu
de Proteção aos Direitos
Humanos

Comissão Européia de Direitos Humanos

 Até 1998: finalidade de triagem


 Processo interno de análise e julgamento
 Ainda funciona como um “juizado especial” – visa conciliação
O Sistema Regional Europeu
de Proteção aos Direitos
Humanos

Tribunal Europeu de Direitos Humanos

 Criado em 1998, pelo Protocolo 11 (Antes Corte Européia de


Direitos Humanos)
 Competência para interpretar a Convenção Européia de
Direitos Humanos
 Competência para julgar e condenar os Estados que violem os
direitos humanos previstos na Convenção
 Recebe petições diretamente dos indivíduos (acesso direto à
Corte)
 Sede em Estrasburgo – França
O Sistema Africano de
Proteção aos Direitos
Humanos

Criação pela OUA (1963):


Estrutura Básica
Hoje Unidade Africana ( desde 2002)
Comissão Africana de Direitos Humanos e
dos Povos (1987)
Tribunal Africano de Direitos Humanos e
dos Povos (2004)
O Sistema Africano de
Proteção aos Direitos
Humanos

• Membros
• Os 53 membros da UA. Mas apenas 25 ratificaram o
Protocolo do Tribunal, e apenas 3 aceitaram a
clausula de jurisdição obrigatória
• São: África do Sul, Argélia, Burkina Fasso, Burundi,
Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana,
Líbia, Lesoto, Mali, Malauí, Moçambique,
Mauritânia, Maurício, Nigéria, Níger, Quénia,
Ruanda, Senegal, Tanzânia, Togo, Tunísia e Uganda.
O Sistema Africano de
Proteção aos Direitos
Humanos

A Carta Africana de Direitos Humanos e dos


Povos (1986)
Também chamada de Carta de Banjul
O Sistema Africano de
Proteção aos Direitos
Humanos

Comissão Africana de Direitos Humanos e


dos Povos (1987)
Funções principais:
 Examinar os informes dos Estados
 Considerar as comunicações (denúncias) de violações aos
direitos humanos asseguradas na Carta
 Expansão (promoção) da Carta Africana de Direitos
Humanos
O Sistema Africano de
Proteção aos Direitos
Humanos

Corte Africana de Direitos Humanos e dos


Povos (1998)
 Não foi implantada na década de 90, apesar do
Protocolo Adicional (2004)
 Ainda sofre restrições em sua atuação
 Críticas:
 Não permite o acesso direto de indivíduos à Corte
 Não permite a denúncia de ONG’s e grupos étnicos
 Entrou em vigor em 2006 – Adis Abeba – Etiópia
 Sede permanente desde 2007 – Arusha – Tanzânia
 Estatuto do Tribunal aprovado em 2008 no Egito.
Sistema Interamericano de
Proteção dos Direitos Humanos
Alguns direitos elencados no Pacto Internacional sobre
os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais PIDESC

• Autodeterminação e ambiente sadio


• Não-discriminação
• Igualdade entre homens e mulheres
• Trabalho, associação em sindicatos, greve, lazer
• Previdência social
• Proteção a família, maternidade, crianças e adolescentes
• Alimentação e moradia
• Saúde
• Educação
• Cultura
Grande desafio

• Justiciabilidade/ exigibilidade dos direitos humanos


econômicos, sociais e culturais.

Maria Tereza Sadeck “os direitos são letra morta na


ausência de instâncias que garantam o seu
cumprimento.”
Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos

• Carta da Organização dos Estados Americanos e


Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem
(1948)
• Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto
de San José da Costa Rica) – 1969 – Brasil ratificou em
1992

Criação de dois órgãos com funções distintas e


complementares:
• Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH
• Corte Interamericana de Proteção aos Direitos Humanos
Territorialidades do Sistema
 

  Não membros

 Não firmado

 Firmado  

 Ratificado

Ratificado, com aceitação


da Jurisdição da Corte
Interamericana de Direitos
Humanos

 .
Membros da OEA
• AntíguaBarbuda • Argentina • Bahamas • Barbados • 
Belize • Bolívia • Brasil • Canadá • Chile • Colômbia 
• Costa Rica • Cuba • Dominica •  República
Dominicana • Equador  • El
Salvador • Granada • Guatemala • Guiana • Haiti • 
Honduras • Jamaica • México • Nicarágua • Panamá 
• Paraguai • Peru • Santa Lúcia •São Vicente e
Granadinas • São Cristóvão e
Nevis • Suriname • Trinidad e Tobago • Estados
Unidos • Uruguai • Venezuela
Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos

• Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH


- Sede Washington DC
- Integrada por 7 membros eleitos pela Assembléia Geral da OEA
- Recebe petições individuais relatando a violação de alguns dos artigos da
Convenção
- Elabora relatórios diversos sobre a situação dos direitos humanos dos
países.
- Visitas in loco (Brasil 2010)
- Não possui competência para emitir sentenças (recomendação
de cessar a violação e indenizar a vítima)
- Medidas cautelares e provisórias

• Corte Interamericana de Proteção aos Direitos Humanos


Quadro Sinótico
Caso Concreto
• Discorra sobre o papel da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos e da
Assembleia Geral da OEA (Organização dos
Estados Americanos) na proteção regional dos
direitos humanos.
RAMOS, André de Carvalho. “Processo Internacional de Direitos
Humanos - Análise dos sistemas de
apuração de violações de direitos humanos e a implementação
das decisões no Brasil
• “(...) À Comissão Interamericana de Direitos Humanos incumbe a tarefa principal de
responsabilização dos Estados por descumprimento dos direitos civis e políticos expressos na Carta e
na Declaração americana.

• (...) A Assembleia Geral da OEA é o órgão político final no procedimento de


responsabilização internacional do Estado diante de descumprimentos do rol de direitos
fundamentais constantes da Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem e da Carta da
OEA. Nesse sentido, estabelece o art. 53, alínea “a” que compete à Assembleia Geral “decidir as ações e
políticas gerais da Organização”, o que pode ser interpretado como sendo o poder de estabelecer sanções
por violação de direitos humanos.

• Este órgão, constituído de representantes de todos os Estados signatários, tem cunho


eminentemente político, e analisa os relatórios da Comissão e recomenda a adoção de
medidas reparatórias pelos Estados.

• No caso do não cumprimento da recomendação da Assembleia Geral, o Estado fere a Carta da OEA,
possibilitando a edição de sanções coletivas adiante expostas. (...) a OEA tem demonstrado, em
determinadas situações críticas de desrespeito aos direitos humanos, ter vontade política suficiente para
adotar as necessárias sanções aos Estados infratores (...)”.
O Sistema Americano
de Proteção aos
Direitos Humanos

Criação da OEA : Estrutura Básica


Comissão Interamericana de Direitos
Humanos (Washington – EUA)
 O sistema americano de direitos humanos
Corte Interamericana de Direitos Humanos
(San José, Costa Rica)
 O sistema interamericano de direitos humanos
Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos
Humanos

O Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos foi


desenvolvido no âmbito da Organização dos Estados Americanos
(OEA).
Tal sistema baseia-se, fundamentalmente, no trabalho de dois
órgãos:
• A Comissão Interamericana de Direitos Humanos - CIDH
• A Corte Interamericana de Direitos Humanos - Corte
Sistema Interamericano de Proteção dos
Direitos Humanos
Os órgãos do sistema têm competência para atuar quando um Estado
Parte for acusado da violação de alguma cláusula contida em um
tratado ou convenção.

• O instrumento mais importante do Sistema Interamericano é a


Convenção Americana de Direitos Humanos, também chamada
de Pacto de San José da Costa Rica, assinada em San José, Costa
Rica, em 22/11/1969, tendo entrado em vigor em 1978.

• A Convenção Americana, além dos direitos previstos e


disciplinados nos seus 82 artigos, possui um aparato de
monitoramento e implementação, integrado pela CIDH e a Corte.
Comissão Interamericana de Direitos
Humanos

• A Comissão é o primeiro órgão a tomar conhecimento de uma


denúncia individual
• Só em uma segunda etapa a própria Comissão poderá levar a
denúncia perante a Corte.
• Como o Brasil só reconheceu a jurisdição contenciosa da Corte em
10 de dezembro de 1998, através do Decreto 678/98, só podem
ser apresentadas a ela denúncias de violações ocorridas após essa
data.
• Porém, a Comissão pode receber denúncias de violações
anteriores, isso porque sua competência se estende à análise de
violações da Declaração Americana 62.(1948) e da Convenção
Americana desde a ratificação pelo Brasil em 1992.
Procedimento de denúncia de casos individuais
à Comissão Interamericana de Direitos
Humanos
• Quem pode apresentar uma denúncia à Comissão?

• Quando se pode apresentar uma denúncia à


Comissão?
- o Estado acusado deverá ter violado pelo menos um dos
direitos estabelecidos na Declaração Americana, na
Convenção Americana sobre Direitos Humanos, ou qualquer
outro tratado interamericano;
- deverão ter sido esgotados todos os recursos legais
disponíveis no Estado onde ocorreu a violação;
-a denúncia não poderá estar pendente em outro
procedimento internacional
Corte
Interamericana de
Direitos Humanos
 Competência para interpretar a Convenção Americana de
Direitos Humanos

 Competência para julgar e condenar os Estados que


violem os direitos humanos previstos na Convenção

 Não recebe petições diretamente dos indivíduos (acesso


indireto à Corte via Comissão)

 Sede em San Jose – Costa Rica


Juízes da Corte em 2016

• Roberto F. Caldas (Brasil) - Presidente


• Eduardo Ferrer Mac-Gregor Poisot (México),
Vice-presidente
• Eduardo Vio Grossi (Chile)
• Elizabeth Odio Benito (Costa Rica)
• Eugenio Raúl Zaffaroni (Argentina)
• Humberto Antonio Sierra Porto (Colômbia),
• L. Patricio Pazmiño Freire (Equador)
Comissão Interamericana (1)

Total de denúncias recibidas por ano.


Fonte: Informe anual da CIDH 2009. Disponível em: http://www.cidh.org/annualrep/2009sp/indice2009.htm
Comissão Interamericana (2)

Casos e petições em trâmite.


Fonte: Informe anual da CIDH 2009. Disponível em: http://www.cidh.org/annualrep/2009sp/indice2009.htm
Jurisprudência da Corte (1)

Casos contenciosos em trâmite e em supervisão de cumprimento de sentença

Fonte: Informe anual da Corte Interamericana, 2009. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/informes.cfm


Jurisprudência da Corte (2)

Fonte: Informe anual da Corte Interamericana, 2009. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/informes.cfm


Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos
Humanos

• O sistema interamericano não é instância de apelação de decisões


internas, que poderia examinar supostos erros de direito ou de
fato que possam ter sido cometidos pelos tribunais nacionais
atuando dentro dos limites de sua competência.
• O sistema interamericano de proteção dos direitos humanos é um
instrumento subsidiário e complementar do sistema jurídico
interno que irá atuar quando houver má-fé ou descaso
demonstrável do sistema jurídico interno, em violação dos direitos
humanos
O Brasil no Sistema (1)

Comissão Interamericana e o Brasil.


Fonte: elaboração própria. Dados primários coletados dos Informes da CIDH entre 1999 a
2009.
O Brasil no Sistema (2)

Corte Interamericana e o Brasil.


Fonte: elaboração própria. Dados primários coletados dos Informes da Corte Interamericana de
Direitos Humanos entre 1999 a 2009.
Efeitos do Processo Ximenes
Casos contra o Brasil na Corte
• Vladimir Herzog e outros, Brasil. Caso 12.879. (22/04/2016)
• Pueblo Indígena Xucuru e seus membros, Brasil. Caso 12.728
(16/03/2016)
• Cosme Rosa Genoveva, Evandro de Oliveira e outros (Favela Nova
Brasília), Brasil. Caso 11.566. (19/05/2015)
• Trabalhadores da Fazenda Brasil Verde, Brasil. Caso 12.066
(06/03/2015)
• Julia Gomes Lund y Otros (Guerrilha do Araguaia), Brasil. Caso
11.552. (26/03/2009)
• Sétimo Garibaldi, Brasil. Caso 12.478. (24/12/2007)
• Arley José Escher y Otros, Brasil. Caso 12.353. (20/12/2007)
• Gilson Nogueira de Carvalho, Brasil. Caso 12.058. (13/01/2005)
• Damião Ximenes Lopes, Brasil. Caso 12.237. (01/10/2004)

Você também pode gostar