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DIREITOS HUMANOS
XXV EXAME DE ORDEM | DIREITOS HUMANOS
PROFª. MAÍRA ZAPATER
Sistemas Internacionais de proteção aos Direitos Humanos:
funcionamento
Em geral, exige-se:
• o esgotamento dos meios internos; ou
• a demonstração de inércia do Estado.
Sistemas Internacionais de proteção aos Direitos Humanos:
funcionamento
Estrutura geral dos tratados internacionais de Direitos Humanos
Carta Internacional de Direitos: Declaração Universal dos Direitos Humanos + Pacto dos Direitos
Civis e Políticos + Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (sistema generalista).
+
Pactos sobre temas específicos (sistema especial).
Sistemas Internacionais de proteção aos Direitos Humanos:
ONU
Sistema especial
• Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes (1984).
• Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2008)
Ponto de atenção: a questão migratória
Conceitos (fonte: ACNUR):
Migrante econômico: pessoa que deixa o seu país voluntariamente em razão das más condições econômicas do
local (conceito legal brasileiro: Lei nº 13.445/2017). Pode estar em situação regular ou irregular.
Refugiados: pessoas que se encontram fora do seu país em razão de fundado temor de perseguição por motivos
de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, e que não possa (ou não
queira) voltar para casa. Posteriormente, definições mais amplas passaram a considerar como fundamentos de
refúgio conflitos armados, violência generalizada e violação massiva dos direitos humanos.
Apátridas: pessoas que nascem sem nacionalidade ou têm sua nacionalidade retirada pelo Estado, ficando,
portanto, sem proteção de um Estado nacional.
Ponto de atenção: a questão migratória
Documentos do sistema ONU:
• Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados (1951).
• Convenção para Redução dos Casos de Apatridia (1961)*.
• Convenção de 1954 relativa ao Estatuto dos Apátridas**.
• Convenção sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e das
suas Famílias (2003).
• Pacto Global de Migração (2018).
• Não existe relação de hierarquia ou instância entre os sistemas; a opção pela demanda atende a critérios de
litigância estratégica, mas gera litispendência internacional.
*As datas se referem ao ano de publicação do documento que inaugura o sistema regional.
Os sistemas regionais
Sistema Interamericano
(1948)
Os órgãos do contenciosa. Sentença com força jurídica vinculante (vale como título
Sistema executivo no país de origem).
Interamericano • ATENÇÃO: em relação à competência contenciosa, somente os Estados-
Partes e a Comissão Interamericana pode submeter casos à Corte
Interamericana (art. 61 da Convenção). Somente depois de admitido o
caso, vítimas e familiares podem apresentar solicitações, argumentos e
provas (mas não podem peticionar autonomamente).
Proteção aos Direitos Humanos na CRFB/88
16
Proteção aos Direitos Humanos na CRFB/88
O Brasil e os tratados
internacionais de Direitos
Humanos
Art. 5º, § 2º, CRFB/88: os direitos e Art. 5º, § 3º, CRFB/88 (introduzido
garantias expressos nesta pela EC 45/2004): os tratados e
Constituição não excluem outros convenções internacionais sobre
decorrentes do regime e dos direitos humanos que forem
princípios por ela adotados, ou dos aprovados, em cada Casa do
tratados internacionais em que a Congresso Nacional, em dois turnos,
República Federativa do Brasil seja por três quintos dos votos dos
parte. respectivos membros, serão
equivalentes às emendas
constitucionais.
Proteção aos Direitos Humanos na CRFB/88
• Proteção contra perseguição por discriminação por motivo de origem nacional, étnica,
religiosa ou política: Lei do Crime de Genocídio (Lei nº 2.889/56) e pela Lei Brasileira de
Refúgio (Lei nº 9.474/97).
• Proteção contra discriminação racial: Lei dos Crimes de Racismo (Lei nº 7.716/89) e o
Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010).
As principais leis brasileiras relativas a Direitos Humanos
• Proteção aos Direitos Humanos das mulheres: a Lei nº 9.029/95 (que proíbe que
empregadores exijam de funcionárias ou de candidatas a vagas de emprego atestados de
esterilidade ou de gravidez); a Lei nº 9.504/97 (que determina aos partidos políticos o
preenchimento de suas vagas para candidaturas à proporção de ao menos 30% e 70% para
cada sexo); Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006 - prevenção e combate à violência
doméstica); Lei nº 13.434/2017 (alterou o artigo 292 do CPP para vedar o uso de algemas em
mulheres durante o parto e no puerpério imediato).
As principais leis brasileiras relativas a Direitos Humanos
• Prevenção e combate à tortura: Lei dos Crimes de Tortura (Lei nº 9.455/97); Sistema
Nacional de Prevenção e Combate à Tortura pela Lei nº 12.847/2013.
• Proteção aos Direitos Humanos das pessoas idosas: Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003)
• Proteção aos Direitos Humanos das pessoas em fluxos migratórios: Lei de Migração (Lei nº
13.445/2017)
Questões – XXII Exame
Seu cliente possui um filho com algum nível de deficiência mental e, após muito tentar, não
conseguiu vaga no sistema público de ensino da cidade, uma vez que as escolas se diziam não
preparadas para lidar com essa situação.
Você já ingressou com a ação judicial competente há mais de dois anos, mas há uma demora
injustificada no julgamento e o caso ainda se arrasta nos tribunais.
Diante desse quadro, você avalia a possibilidade de apresentar uma petição à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos.
Tendo em vista o que dispõe a Convenção Americana sobre Direitos Humanos e seus respectivos
protocolos, assinale a afirmativa correta.
Questões – XXII Exame
A) Considerando a demora injustificada da decisão na jurisdição interna, você pode peticionar à Comissão, pois o
direito à Educação é um dos casos de direitos sociais previstos no Protocolo de São Salvador, que, uma vez violado,
pode ensejar aplicação do sistema de petições individuais.
B) Não obstante a demora injustificada da decisão final do Poder Judiciário brasileiro ser uma condição que admite
excepcionar os requisitos de admissibilidade para que seja apresentada a petição, o direito à educação não está
expressamente previsto nem na Convenção, nem no Protocolo de São Salvador como um caso de petição
individual.
C) Apenas a Corte Interamericana de Direitos Humanos pode encaminhar um caso para a Comissão. Portanto,
deve ser provocada a jurisdição da Corte. Se esta entender adequado, pode enviar o caso para que a Comissão
adote as medidas e providências necessárias para garantir o direito e reparar a vítima, se for o caso.
D) Em nenhuma situação você pode entrar com a petição individual de seu cliente na Comissão Interamericana de
Direitos Humanos até que sejam esgotados todos os recursos da jurisdição interna do Brasil.
Resposta – XXII Exame
Comentários:
a) Embora não estejam previstos na Convenção Interamericana de Direitos Humanos, os direitos humanos de 2ª
geração estão previstos no Protocolo de São Salvador, que pode fundamentar a petição perante a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos, tendo em vista estar satisfeita a condição de demora injustificada do
julgamento.
b) O direito à educação é um dos direitos de 2ª geração, e está previsto no Protocolo de São Salvador.
c) A competência para apreciar a petição da parte é da Comissão Interamericana, e não da Corte, que somente
pode ser acessada pela própria Comissão ou por Estados-Partes.
d) Pode-se prescindir do esgotamento dos recursos internos se demonstrada a demora injustificada do Estado-
Parte na apreciação da demanda.
Você, na condição de advogado(a) comprometido com os Direitos Humanos, foi procurado por José, que é
paraplégico e candidato a vereador. A partir de denúncia feita por ele, você constatou que um outro candidato e
desafeto de José, tem afirmado, em programa de rádio local, que não obstante José ser boa pessoa, o fato de ser
deficiente o impede de exercer o mandato de forma plena, razão pela qual ele nem deveria ter a candidatura
homologada pelo TRE.
Com base na hipótese apresentada, assinale a opção que apresenta a resposta que, juridicamente, melhor
caracteriza a situação.
Questões – XXI Exame
A) O problema é político e não jurídico. José deve ser aconselhado a reforçar sua campanha, a apresentar suas
propostas aos eleitores e mostrar que sempre foi um cidadão ativo, de maneira a demonstrar que tem plena
condição para o exercício de um eventual mandato, apesar de sua deficiência.
B) A análise jurídica revela um problema restrito ao campo do Direito Civil. O fato é que o desafeto de José não o
impediu de candidatar-se, assim não houve discriminação. O procedimento deve ser caracterizado apenas como
dano moral, uma vez que José teve sua dignidade atacada.
C) O fato evidencia crime de incitação à discriminação de pessoa em razão de deficiência, com o agravante de ter
sido cometido em meio de comunicação, independentemente da caracterização ou não de dano moral.
D) O caso é típico de colisão de princípios em que, de um lado, está o princípio da dignidade da pessoa humana e,
do outro, o princípio da liberdade de expressão. Mas não há caracterização de ilícito civil nem de ilícito penal.
Resposta – XXI Exame
Comentários:
a) Trata-se de problema jurídico, pois o fato está tipificado como crime na Lei Brasileira de Inclusão.
b) Embora a conduta praticada pelo outro candidato possa gerar responsabilidade no campo civil, o
fato não se restringe a esse ponto, pois envolve também a responsabilidade criminal.
c) A incitação à discriminação de pessoa em razão de deficiência é crime tipificado na Lei Brasileira
de Inclusão (Lei 13.146/2015), no artigo 88.
d) O direito à liberdade de expressão é limitado pela lei e pela Constituição, que veda a veiculação e
expressão de ideias discriminatórias.
• EIA/RIMA.
I ao XXIX
Exame de Ordem Unificado • Responsabilidade civil ambiental.
(FGV) • SNUC (alteração de UCs e desapropriação).
• Exemplos:
- indústrias;
- portos;
- aeroportos;
- rodovias;
- hidrelétricas;
- atividades minerárias;
- etc.
Licenciamento ambiental
A sociedade empresária Xique-Xique S.A. pretende instalar uma unidade industrial metalúrgica de grande porte
em uma determinada cidade. Ela possui outras unidades industriais do mesmo porte em outras localidades.
Sobre o licenciamento ambiental dessa iniciativa, assinale a afirmativa correta.
A) Como a sociedade empresária já possui outras unidades industriais do mesmo porte e da mesma natureza,
não será necessário outro licenciamento ambiental para a nova atividade utilizadora de recursos ambientais, se
efetiva ou potencialmente poluidora.
B) Para uma nova atividade industrial utilizadora de recursos ambientais, se efetiva ou potencialmente
poluidora, é necessária a obtenção da licença ambiental, por meio do procedimento administrativo
denominado licenciamento ambiental.
C) Se a sociedade empresária já possui outras unidades industriais do mesmo porte, poderá ser exigido outro
licenciamento ambiental para a nova atividade utilizadora de recursos ambientais, se efetiva ou potencialmente
poluidora, mas será dispensada a realização de qualquer estudo ambiental, inclusive o de impacto ambiental, no
processo de licenciamento.
D) A sociedade empresária só necessitará do alvará da prefeitura municipal autorizando seu funcionamento,
sendo incabível a exigência de licenciamento ambiental para atividades de metalurgia.
Estudos ambientais
(...) que responde penal (art. 69-A, Lei nº 9.605/1998) e administrativamente (art. 82, Decreto nº
6.514/2008) se elaborar laudos, relatórios e estudos total ou parcialmente falsos ou enganosos,
inclusive por omissão.
Resolução de questão
XVIII Exame de Ordem Unificado/FGV
Determinada sociedade empresária consulta seu advogado para obter informações sobre as exigências ambientais
que possam incidir em seus projetos, especialmente no que tange à apresentação e aprovação do Estudo Prévio
Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório (EIA/RIMA). Considerando a disciplina do EIA/RIMA pelo
ordenamento jurídico, assinale a afirmativa correta.
A) O EIA/RIMA é um estudo simplificado, integrante do licenciamento ambiental, destinado a avaliar os impactos
ao meio ambiente natural, não abordando impactos aos meios artificial e cultural, pois esses componentes,
segundo pacífico entendimento doutrinário e jurisprudencial, não integram o conceito de “meio ambiente”.
B) O EIA/RIMA é exigido em todas as atividades e empreendimentos que possam causar impactos ambientais,
devendo ser aprovado previamente à concessão da denominada Licença Ambiental Prévia.
C) O EIA/RIMA, além de ser aprovado entre as Licenças Ambientais Prévia e de Instalação, tem a sua metodologia e
o seu conteúdo regrados exclusivamente por Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
podendo a entidade/o órgão ambiental licenciador dispensá-lo segundo critérios discricionários e
independentemente de fundamentação ainda que a atividade esteja prevista em Resolução CONAMA como
passível de EIA/RIMA.
D) O EIA/RIMA é um instrumento de avaliação de impactos ambientais, de natureza preventiva, exigido
para atividades/empreendimentos não só efetiva como potencialmente capazes de causar significativa
degradação, sendo certo que a sua publicidade é uma imposição constitucional (CRFB/1988).
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Responsabilidade
Responsabilização do infrator
Tríplice responsabilidade ambiental
● Administrativa
● Penal
● Civil
Resolução de questão
XIX Exame de Ordem Unificado/FGV
Pedro, em visita a determinado Município do interior do Estado do Rio de Janeiro, decide pichar e deteriorar a
fachada de uma Igreja local tombada, por seu valor histórico e cultural, pelo Instituto Estadual do Patrimônio
Histórico-Cultural – INEPAC, autarquia estadual. Considerando o caso em tela, assinale a afirmativa correta.
A) Pedro será responsabilizado apenas administrativamente, com pena de multa, uma vez que os bens
integrantes do patrimônio cultural brasileiro não se sujeitam, para fins de tutela, ao regime de
responsabilidade civil ambiental, que trata somente do meio ambiente natural.
B) Pedro será responsabilizado administrativa e penalmente, não podendo ser responsabilizado civilmente,
pois o dano, além de não poder ser considerado de natureza ambiental, não pode ser objeto de simultânea
recuperação e indenização.
C) Pedro, por ter causado danos ao meio ambiente cultural, poderá ser responsabilizado
administrativa, penal e civilmente, sendo admissível o manejo de ação civil pública pelo Ministério
Público, demandando a condenação em dinheiro e o cumprimento de obrigação de fazer.
D) Pedro, além de responder administrativa e penalmente, será solidariamente responsável com o INEPAC
recuperação e indenização do dano, sendo certo que ambos responderão de forma subjetiva, havendo
necessidade de inequívoca demonstração de dolo ou culpa por parte de Pedro e dos servidores públicos
responsáveis.
RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL
Responsabilidade civil ambiental
Características principais:
● Reparação: integral.
● Prioridade: reparação in natura.
● Na impossibilidade de reparação in natura (dano
ambiental irreversível): indenização.
● Destinação da indenização: Fundo de Defesa dos
Direitos Difusos (Lei nº 7.347/85 - Lei da Ação Civil
Pública - LACP).
SNUC – SISTEMA NACIONAL DAS UNIDADES
DE CONSERVAÇÃO - LEI Nº 9.985/2000
Unidades de Conservação
Grupo de Grupo de
Proteção Integral Uso Sustentável
(exemplos: Estação (exemplos: APA, Reserva
Ecológica, Parque, Extrativista, Reserva de
Reserva Biológica etc.) Desenvolvimento
Sustentável etc.)
Criação, ampliação e mudança de grupo
União, Estados, DF e Municípios podem, por LEI ou DECRETO
(art. 225, §1º, III, CR/88 c/c art. 22, caput e §§ 5º e 6º, SNUC):
Mudar de uso
sustentável (grupo
Criar Ampliar os limites menos restritivo) para
proteção integral
(grupo mais restritivo)
Desafetação, redução e mudança de grupo
União, Estados, DF e Municípios podem, SOMENTE POR LEI
(art. 225, §1º, III, CF/88 c/c art. 22, § 7º, SNUC):
Mudar de proteção
integral (grupo mais
Desafetar Reduzir os limites
restritivo) para uso
sustentável (grupo
menos restritivo)
Resolução de questão
XVII Exame de Ordem Unificado/FGV
Determinado Município, por intermédio de lei que contemplou questões como potencial construtivo,
zoneamento de bairros e complexos esportivos, reduziu os limites de uma determinada Unidade de
Conservação. Considerando o caso hipotético em tela, assinale a opção que se harmoniza com a
legislação ambiental:
A) A lei municipal em questão será considerada válida e eficaz, pois a redução dos limites de uma
Unidade de Conservação pode ser feita até mesmo por Decreto.
B) A redução de limites, assim como a desafetação de uma Unidade de Conservação, não demanda lei
específica, exigindo apenas a necessária e prévia aprovação de Estudo de Impacto Ambiental e
respectivo relatório (EIA-RIMA).
C) A redução operada pela lei, para produzir efeitos, dependerá da aprovação do Conselho Gestor da
Unidade de Conservação impactada, garantindo-se a participação pública direta no referido
procedimento de deliberação e aprovação.
D) A redução dos limites da Unidade de Conservação, conquanto possa evidenciar os efeitos
concretos da lei, somente poderá ser feita mediante lei específica, regra esta que também se
aplica à desafetação.
Titularidade e desapropriação
UCs que só podem ser criadas em áreas públicas (e que, quando criadas em áreas privadas,
devem obrigatoriamente ser desapropriadas):
• Estação ecológica.
• Reserva biológica.
• Parque.
• Floresta.
• Reserva extrativista.
• Reserva de fauna.
• Reserva de desenvolvimento sustentável.
Resolução de questão
XIX Exame de Ordem Unificado/FGV
A) Paulo deverá aguardar a elaboração do plano de manejo do parque para verificar a viabilidade de
seu empreendimento.
B) Paulo poderá ajuizar ação com o objetivo de ser indenizado pelo lucro cessante decorrente da
inviabilidade do empreendimento.
C) Caso seu terreno não seja desapropriado, Paulo poderá ajuizar ação de desapropriação
indireta em face da União.
D) Paulo não poderá implementar seu loteamento, mas poderá explorar o ecoturismo na área com
cobrança de visitação.
FLORA – CÓDIGO FLORESTAL
LEI Nº 12.651/2012
Área de Preservação Permanente - APP
Art. 3º, II, Código Florestal
● Infração penal.
● Infração administrativa.
João, militante ambientalista, adquire chácara em área rural já degradada, com o objetivo de
cultivar alimentos orgânicos para consumo próprio. Alguns meses depois, ele é notificado pela
autoridade ambiental local de que a área é de preservação permanente. Sobre o caso, assinale a
afirmativa correta:
A) João é responsável pela regeneração da área, mesmo não tendo sido responsável por
sua degradação, uma vez que se trata de obrigação propter rem.
B) João somente teria a obrigação de regenerar a área caso soubesse do dano ambiental
cometido pelo antigo proprietário, em homenagem ao princípio da boa-fé.
C) O único responsável pelo dano é o antigo proprietário, causador do dano, uma vez que João
não pode ser responsabilizado por ato ilícito que não cometeu.
D) Não há responsabilidade do antigo proprietário ou de João, mas da Administração Pública, em
razão da omissão na fiscalização ambiental quando da transmissão da propriedade.
Reserva Legal
Amazônia Legal
● 80% no imóvel situado em área de florestas.
● 35% no imóvel situado em área de cerrado.
● 20% no imóvel situado em área de campos gerais.
Supressão irregular
CAR: registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis
rurais, independentemente do seu tamanho, com a finalidade de integrar as informações
ambientais das propriedades e posses rurais.
Prazo para inscrição do imóvel rural no CAR: era até 31 de dezembro de 2018 mas a
Medida Provisória 884/2019 eliminou este prazo (até outubro/2019 a MP ainda não havia
sido convertida em lei).
Resolução de questão
XXVI Exame de Ordem Unificado/FGV
Gabriela, pequena produtora rural que desenvolve atividade pecuária, é avisada por seu vizinho
sobre necessidade de registrar seu imóvel rural no Cadastro Ambiental Rural (CAR), sob pena de
perder a propriedade do bem. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.
A) Gabriela não tem a obrigação de registrar o imóvel no CAR por ser pequena produtora rural.
B) Gabriela tem a obrigação de registrar o imóvel no CAR, sob pena de perder a propriedade do
bem, que apenas poderá ser reavida por ação judicial.
C) Gabriela tem a obrigação de registrar o imóvel no CAR; o registro não será considerado
título para fins de reconhecimento do direito de propriedade ou posse.
D) Gabriela tem a obrigação de registrar o imóvel no CAR; o registro autoriza procedimento
simplificado para concessão de licença ambiental.
TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA
TAC
Principais características
Art. 5º, §6º, Lei nº 7.347/1985 (Lei da Ação Civil Pública - LACP)
• Legitimados: entes públicos listados no art. 5º, LACP (exemplos: Ministério Público,
Defensoria Pública).
• Por ser um acordo, a celebração do TAC não é obrigatória para nenhuma das partes.
ESTATUTO DA CRIANÇA
E DO ADOLESCENTE
Noções introdutórias: o Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/1990)
Características: instrumento legal interdisciplinar, que reconhece crianças e adolescentes como
sujeitos de Direito (alinhamento à Constituição Federal de 1988, arts. 226 e 227; e à Convenção
dos Direitos da Criança da ONU, em vigor a partir de 1990).
Lei nº 13.441/2017
Prevê a possibilidade de
Lei nº 13.431/2017 infiltração de agentes
Estabelece o sistema de policiais na internet com Lei nº 13.798/2019
garantia de direitos da o fim de investigar crimes Lei nº 13.715/2018 Institui a Semana
criança e do adolescente contra a dignidade sexual Prevê novas hipóteses Nacional de Prevenção
vítima ou testemunha de de criança e de de perda de poder da Gravidez na
violência. adolescente. familiar. Adolescência.
Noções introdutórias
Últimas alterações
Lei nº 13.840/2019
(alteração do Sistema
Lei nº 13.812/2019 Nacional de Políticas Lei nº 13.845/2019
Instituiu a Política Públicas Sobre Drogas) Altera a redação ao
Nacional de Busca de Lei nº 13.824/2019 Incluiu o artigo 53-A no inciso V do art. 53,
Pessoas Altera o artigo 132 do ECA, tornando obrigatórias obrigando à
Desaparecidas e criou ECA, retirando o limite para escolas, clubes e garantia de vagas no
o Cadastro Nacional de 01 (uma) agremiações recreativas mesmo
de Pessoas recondução de medidas de estabelecimento a
Desaparecidas. conselheiros tutelares conscientização, irmãos que
Alterou no ECA a regra ao cargo mediante prevenção e frequentem a
de autorização para novos processos de enfrentamento ao uso de mesma etapa ou
viajar escolha. drogas ciclo de ensino da
educação básica.
Noções introdutórias
A doutrina da proteção integral
ECA, Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Estatuto da Criança e do Adolescente: alinhada aos tratados internacionais sobre direitos das crianças e
adolescentes, especialmente a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (1990),
rompendo com a doutrina da “situação irregular” (Código de Menores de 1979).
• Premissa da proteção integral: crianças e adolescentes são sujeitos de Direito perante a família, a
sociedade e o Estado, aos quais, por sua vez, são respectivamente atribuídos deveres.
• Criança e adolescente sujeitos de Direito: ruptura com a ideia de crianças e adolescentes como
objeto de intervenção e tutela do mundo adulto. Titulares dos direitos inerentes a qualquer pessoa
e dos direitos especificamente decorrentes de sua condição de pessoa em processo de
desenvolvimento.
ECA, Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença,
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social,
região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em
que vivem.
• Crianças e adolescentes como titulares de direitos iguais aos de qualquer pessoa, observadas
sua peculiar condição de pessoa em desenvolvimento.
• Parágrafo único inserido pelo Marco Legal da 1ª Infância, consignando de forma expressa a
vedação a todo tipo de discriminação.
Noções introdutórias – Fundamentos constitucionais
ECA, Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
ECA, Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado,
por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do
bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do
adolescente como pessoas em desenvolvimento.
• A interpretação do ECA é teleológica: eventuais omissões, contradições e lacunas da lei devem ser
interpretadas em consonância com a finalidade da norma de assegurar proteção integral e
prioridade absoluta à criança e ao adolescente.
Direitos humanos de 1ª e 2ª
geração em interdependência:
direito à vida e à saúde (arts.
7º ao art. 14 do ECA) -
Alterações feitas pelo Marco
Legal 1ª Infância.
• CRFB/88, arts. 226 e 227: a partir de 1988, há maior ênfase nos laços de consanguinidade e
afetividade que apenas o casamento; adoção de isonomia entre os membros (entre filhos
sem distinção de origem; entre cônjuges e companheiros).
• Família natural (ECA, art. 25): comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus
descendentes.
• Família extensa (ECA, art. 25, parágrafo único): parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
• Família substituta (ECA, art. 28): formada mediante guarda, tutela ou adoção.
Todas as formas de família e de responsáveis têm deveres jurídicos para com crianças e adolescentes.
Dever de assegurar os direitos de crianças e adolescentes:
deveres dos pais/responsáveis inerentes ao poder
familiar
• Fundamento constitucional (arts. 227 e 229, CRFB/88) e legal (art. 22, ECA).
• Seu descumprimento pode gerar responsabilização civil e penal (art. 133, CP - abandono
de incapaz; art. 244, CP - abandono material; art. 246, CP - abandono intelectual) e pode
ainda dar causa à suspensão ou destituição do poder familiar (art. 129, X, ECA).
Dever de assegurar os direitos de crianças e adolescentes:
família substituta
Disposições gerais (arts. 28 a 32, ECA)
Hipóteses de cabimento:
• Crianças e adolescentes em situação de risco (ameaça ou lesão a direito).
• Crianças autoras de ato infracional (art. 105, ECA).
Autoridades competentes: juiz da infância e juventude tem competência exclusiva para o acolhimento
institucional e colocação em família substitua; todas as demais podem ser aplicadas pelo Conselho Tutelar.
ATENÇÃO
Medidas de acolhimento: sempre provisórias e excepcionais; transição para reintegração familiar ou
colocação em família substituta.
A prática de ato infracional: direitos individuais e
garantias processuais do adolescente
Noções introdutórias
Art. 103 - Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.
A prática de ato infracional: direitos individuais e
garantias processuais do adolescente
Adolescentes Crianças
Medidas socioeducativas. ECA, Art. 105. Ao ato infracional
praticado por criança
corresponderão as medidas
previstas no art. 101.
A prática de ato infracional: direitos individuais e
garantias processuais do adolescente
As medidas socioeducativas (art. 112, ECA)
Observação: medidas de proteção (art. 101, ECA) também podem ser aplicadas como medida
socioeducativa ao adolescente autor de ato infracional.
Maria, aluna do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola que não adota a obrigatoriedade do
uso de uniforme, frequenta regularmente culto religioso afro-brasileiro com seus pais.
Após retornar das férias escolares, a aluna passou a ir às aulas com um lenço branco enrolado na
cabeça, afirmando que necessitava permanecer coberta por 30 dias. As alunas Fernanda e Patrícia,
incomodadas com a situação, procuraram a direção da escola para reclamar da vestimenta da aluna.
O diretor da escola entrou em contato com o advogado do estabelecimento de ensino, a fim de
obter subsídios para a sua decisão.
Questões – XXIV Exame
A partir do caso narrado, assinale a opção que apresenta a orientação que você, como advogado da
escola, daria ao diretor.
A) Proibir o acesso da aluna à escola.
B) Marcar uma reunião com os pais da aluna Maria, a fim de compeli-los a descobrir a cabeça da
filha.
C) Permitir o acesso regular da aluna.
D) Proibir o acesso das três alunas.
Resposta – XXIV Exame
Comentários:
A) Tanto o Estatuto da Criança e do Adolescente quanto a Constituição Federal asseguram o direito à
liberdade religiosa. Por isso, seria ilegal e inconstitucional proibir o acesso da aluna à escola.
B) Em respeito ao direito à liberdade religiosa assegurado pela Constituição Federal e pelo ECA, o
diretor não pode compelir os pais a descobrir a cabeça da filha.
C) O ECA garante o direito à liberdade de religião em seus artigos 3º, § único (vedação a todo tipo de
discriminação contra crianças e adolescentes, inclusive por motivo de religião) e 16, inciso III (direito
à liberdade de crença e de culto religioso), tudo em consonância com o artigo 5º, VI da Constituição
Federal. Portanto, a decisão correta é permitir o acesso regular da aluna, portando o lenço branco
enrolado na cabeça se for sua vontade.
D) Em respeito ao direito à liberdade religiosa assegurado pela Constituição Federal e pelo ECA, seria
ilegal e inconstitucional proibir o acesso da aluna praticante da religião afro-brasileira à escola. Não
há fundamento legal nem constitucional para proibir o acesso das outras duas alunas.
Os irmãos Fábio (11 anos) e João (9 anos) foram submetidos à medida protetiva de acolhimento
institucional pelo Juízo da Infância e da Juventude, pois residiam com os pais em área de risco, que se
recusavam a deixar o local, mesmo com a interdição do imóvel pela Defesa Civil.
Passados uma semana do acolhimento institucional, os pais de Fábio e João vão até a instituição para
visitá-los, sendo impedidos de ter contato com os filhos pela diretora da entidade de acolhimento
institucional, ao argumento de que precisariam de autorização judicial para visitar as crianças. Os pais
dos irmãos decidem então procurar orientação jurídica de um advogado.
Considerando os ditames do Estatuto da Criança e do Adolescente, a direção da entidade de
acolhimento institucional agiu corretamente?
Questões – XXIII Exame
Comentários:
O acolhimento institucional é medida de proteção (art. 101, VII, ECA) de natureza
provisória e excepcional (§ 1º do mesmo artigo), e que não implica automaticamente
na perda ou suspensão do poder familiar. Nesse caso, o direito de visitação dos pais
não pode ser impedido.
- Para alguns, é elemento constitutivo do Estado. Mas sua natureza é meramente declaratória.
- Ato unilateral, discricionário, irrevogável e incondicional de cada Estado, mesmo que atualmente admita
condicionantes.
- Guerra é ato ilegal, especialmente após a Carta da ONU (Artigo 2º, Parágrafo 4º, da Carta da ONU).
- Privilégio dos meio alternativos de solução de conflitos (Negociação, Mediação, Bons Ofícios, Arbitragem)
e, por fim, a Corte Internacional de Justiça.
A) Legítima defesa, individual ou coletiva, em resposta a um ataque armado (Artigo 51 da Carta da ONU).
B) Ameaça à paz, ruptura da paz ou um ato de agressão (Artigo 39 da Carta da ONU), mas APÓS autorização do
Conselho de Segurança.
- A ideia de legítima defesa preventiva (Guerra dos 6 dias, Segunda Guerra do Iraque).
- A inercia do caso da Síria.
Domínio Público Internacional:
O Direito do Mar (Bens da União – CR/88, art. 20)
Direito do mar
MIGRANTE - pessoa que se desloque de país ou região geográfica ao território de outro país ou região
geográfica, em que estão incluídos o imigrante, o emigrante e o apátrida (não se utiliza mais a palavra
ESTRANGEIRO, embora ainda esteja na Constituição em partes de seu texto).
IMIGRANTE
EMIGRANTE
APÁTRIDA
VISITANTE
REFUGIADO
Direitos e Deveres dos Migrantes
CR/88, Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade. (INDEPENDENTE DA FORMA DE INGRESSO NO BRASIL – PACOTE MÍNIMO = DIREITOS HUMANOS
FUNDAMENTAIS)
DISTINÇÕES FUNDAMENTADAS
a) NÃO TÊM DIREITOS POLÍTICOS.
b) PARTICIPAÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS NÃO REGULAMENTADA (SALVO UNIVERSIDADES – ART. 207, CR/88).
c) LIMITES NA AQUISIÇÃO E ARRENDAMENTO DE PROPRIEDADE RURAL (ART. 190, CR/88).
d) LIMITES NA PARTICIPAÇÃO EM EMPRESAS FINANCEIRAS (ART. 192, CR/88) DE SAÚDE (ART. 199, CR/88), DE MÍDIA
(ART. 222, CR/88), DE NAVEGAÇÃO E AVIAÇÃO (ATÉ MP 863/2018, CONVERTIDA NA LEI 13.842/2019).
e) ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR ESTRANGEIROS TAMBÉM TEM LIMITES (ART 227, CR/88).
f) DEVER DE COMUNICAR MUDANÇA DE ENDEREÇO EM 30 DIAS.
Direitos e Deveres dos Migrantes
B) a todos os migrantes, exceto os refugiados, que são regidos por legislação especial.
Justificativa: embora os Refugiados sejam objeto de lei especial, a Lei de Migração também se aplica a
eles naquilo em que não conflitar com a Lei nº 9.474/1997.
REPATRIAÇÃO Autoridades locais Não há indicação da Situação de impedimento de Não são indicadas quaisquer
ingressar no território consequências pela Lei de
autoridade competente na brasileiro (Art. 45 da Lei de Migração. Obs. Não se repatria
Migração) quem está em condição de
refugio
Lei de Migração. Mas o site
do MJ indica o DPF
Crimes incluídos na
Poder Executivo, após Ser julgado pelo Tribunal Penal
ENTREGA AO TPI TPI competência do Tribunal
autorização do STF Internacional
Penal Internacional
Questão
Tema: Extradição de Brasileiros
(XIX Exame de Ordem Unificado/FGV) Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após
deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em
curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com
brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro,
o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime
praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Essa extradição:
A) não poderá ser concedida, porque o Brasil não extradita seus nacionais.
B) não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob sua dependência
econômica.
C) poderá ser concedida, porque o extraditando não é brasileiro nato.
D) poderá ser concedida se o país de origem do extraditando tiver tratado de extradição
com a França.
Gabarito Comentado
A) não poderá ser concedida, porque o Brasil não extradita seus nacionais.
Justificativa: no inciso LI do art. 5º da CR/88 indica-se os casos em que a extradição do brasileiro pode
acontecer.
B) não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob sua dependência econômica.
Justificativa: inexistem exceções às hipóteses de extradição pautadas na existência de dependentes.
D) poderá ser concedida se o país de origem do extraditando tiver tratado de extradição com a França.
Justificativa: a França não é parte do pedido de extradição. Em casos de extradição de brasileiro, pelo Brasil,
deve-se observar a existência de tratado entre o Brasil e o país que a solicitar. No caso da Colômbia, temos o
Tratado de Extradição entre o Brasil e a Colômbia, de 1938, promulgado pelo Decreto nº 6.330, de 1940.
Homologação de sentença estrangeira
STJ - Delibação: contenciosidade limitada – análise formal e respeito à ordem pública.
(XXVIII Exame de Ordem Unificado / FGV) Uma das funções da cooperação jurídica
internacional diz respeito à obtenção de provas em outra jurisdição, nos termos das
disposições dos tratados em vigor e das normas processuais brasileiras. Para instruir
processo a ser iniciado ou já em curso, no Brasil ou no exterior, não é admitida, no
entanto, a solicitação de colheita de provas.
Asilo Diplomático
Tema explorado no exame XXVI. Embora historicamente tenha sido concedido em Consulados, a FGV entende que só
deve ser concedido em Embaixadas.
CONSUMIDOR FORNECEDOR
PRODUTO OU SERVIÇO
Elemento subjetivo: o consumidor
Art. 2º, caput, do CDC: consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final.
Finalista
Maximalista: Finalista:
aprofundada:
destinatário destinatário
observar a
Fático. Econômico.
Vulnerabilidade.
Elemento subjetivo: o consumidor
Art. 2º, caput, do CDC: consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final.
Para tanto, deverão ser atendidos os princípios constantes dos oito incisos do art. 4º do CDC,
sendo o primeiro deles o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor:
Dentre elas:
Repetitivos STJ:
https://scon.stj.jus.br/SCON/recrep/
Cobrança de dívidas
Nesse caso, com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC), assinale a afirmativa correta.
Direito do Consumidor Resolução de Questões
CORRETA: C) Existe, entre a concessionária e a montadora, relação jurídica regida pelo CDC,
mesmo que ambas sejam pessoas jurídicas, no que diz respeito ao veículo adquirido pela
concessionária para uso próprio, e não para venda.
D) Somente há relação jurídica protegida pelo CDC entre o consumidor e a concessionária, que
deverá ingressar com ação de regresso contra a montadora, caso seja condenada em ação
judicial, não sendo possível aos consumidores demandarem diretamente contra a montadora.
Direito do Consumidor Resolução de Questões
(XVIII Exame de Ordem Unificado/FGV) João da Silva, idoso, ingressou com ação judicial para
revisão de valores de reajuste do plano de saúde, contratado na modalidade individual. Alega que
houve alteração do valor em decorrência da mudança de faixa etária, o que entende abusivo. Ao
entrar em contato com a fornecedora, foi informado que o reajuste atendeu ao disposto pela
agência reguladora, que é um órgão governamental, e que o reajuste seria adequado.
Sobre o reajuste da mensalidade do plano de saúde de João, de acordo com entendimento do STJ
firmado em Tema de Recurso Repetitivo, bem como à luz do Código do Consumidor, assinale a
afirmativa correta.
Direito do Consumidor Resolução de Questões
A) Somente seria possível se o plano fosse coletivo, mesmo que isso não estivesse previsto em
contrato, mas se encontrasse em acordo com percentual que não seja desarrazoado ou aleatório,
portanto, não sendo abusivo.
CORRETA: B) Poderia ser alterado por se tratar de plano individual, mesmo que em razão da faixa
etária, desde que previsto em contrato, observasse as normas dos órgãos governamentais
reguladores e o percentual não fosse desarrazoado, o que tornaria a prática abusiva.
C) É possível o reajuste, ainda que em razão da faixa etária, sendo coletivo ou individual, mesmo que
não previsto em contrato e em percentual que não onere excessivamente o consumidor ou
discrimine o idoso.
D) Não poderia ter sido realizado em razão de mudança de faixa etária, mesmo se tratando de plano
individual, sendo correto o reajuste apenas com base na inflação, não havendo interferência do
órgão governamental regulador nesse tema.
Direito do Consumidor Resolução de Questões
A concessionária se negou a efetuar a troca ou devolver o dinheiro, alegando que isso não
descaracterizaria o veículo como novo e que o custo financeiro de faturamento e outras
medidas administrativas eram altas, não justificando, por aquele motivo, o desfazimento do
negócio.
No mesmo dia, Osvaldo procura você, como advogado, para orientá-lo. Assinale a opção que
apresenta a orientação dada.
Direito do Consumidor Resolução de Questões
CORRETA: A) Cuida-se de vício do produto, e a concessionária dispõe de até trinta dias para
providenciar o reparo, fase que, ordinariamente, deve preceder o direito do consumidor de
pleitear a troca do veículo.
D) Trata-se de fato do produto, e o consumidor não tem interesse de agir, pois está no curso do
prazo para o fornecedor sanar o defeito.
Prof. Clodomiro Bannwart
FILOSOFIA DO DIREITO
Paradigmas JUSNATURALISMO POSITIVISMO PÓS-POSITIVISMO
do Direito
Natureza Sistema Jurídico Princípios
DIREITO
MORAL
POLÍTICA
ÉTICA
RELAÇÃO DIREITO E MORAL
JUSNATUALISMO
POSITIVISMO
JURÍDICO PÓS-POSITIVISMO
DIREITO E MORAL DIREITO E MORAL
DIREITO E MORAL
JUNTOS JUNTOS
SEPARADOS
RAZÃO RAZÃO
TEÓRICA PRÁTICA
CONHECIMENTO AÇÃO
VERDADE JUSTIÇA
ÉTICA/MORAL
EPISTEMOLOGIA POLÍTICA
DIREITO
XI Exame de Ordem Unificado / FGV – RAZÃO PRÁTICA
POLIS
(Política)
ETHOS
(Ética)
NOMOS
(Lei)
MODERNIDADE
Deslocamento
Explicação da dos Direitos
sociabilidade Naturais
...só a vontade geral pode dirigir as forças do Estado de acordo com a finalidade de suas instituições, que é o bem
comum...
Jean-Jacques Rousseau
A ideia de vontade geral, apresentada por Rousseau em seu livro Do Contrato Social, foi fundamental para o
amadurecimento do conceito moderno de lei e de democracia.
Assinale a opção que melhor expressa essa ideia conforme concebida por Rousseau no livro citado.
B) A vontade de todos.
Escola
Histórica
POSITIVISMO
JURÍDICO
Escola da
Exegese
HANS KELSEN – 1881-1973
Utilitarismo
ESCOLA HISTÓRICA - HISTORICISMO
DIREITO COMO
VALORIZAÇÃO DO
CONSTRUÇÃO
PASSADO
HISTÓRICA
OPOSIÇÃO AO CRÍTICA AO
HISTORICISMO ILUMINISMO JUSNATURALISMO
SAVIGNY
ESCOLA DA EXEGESE
Valorização da
Desvalorização dos norma imposta pelo
Direitos Naturais Estado
(Legislador)
EXEGESE
Valorização do
argumento de
autoridade
UTILITARISMO
NORMA SOBERANO
UTILITARISMO Mandamento,
dever e sanção
Poder
incondicional
Benthan
e Austin
POSITIVISMO JURÍDICO – HANS KELSEN
SEPARA O DIREITO DO
PODER (POLÍTICA) E DA
MORAL
HANS NORMATIVIDADE
(DEVER SER)
POSITIVISMO REALISMO
DECISIONISMO DECISIONISMO
FORMALISTA FACTUAL
IDEALISTA EMPÍRICO
O fim (telos) da Afirma que o
NORMA é a sua Normativismo
aplicação e nega o político. LEGISLADOR TRIBUNAL
esta impõe
DECISÃO.
OBJETIVISMO SUBJETIVISMO
HART
Regras Jurídicas = textura aberta
Regras Jurídicas:
1) Regras de conduta (primárias)
2) Regras de Reconhecimento (secundárias)
NORBERTO BOBBIO
ORDENAMENTO JURÍDICO
1) Norma de comportamento
2) Normas de estrutura
ORDENAMENTO JURÍDICO
LACUNAS
ANTINOMIAS
XXIX Exame de ordem Unificado / FGV – NORBERTO BOBBIO
Costuma-se dizer que o ordenamento jurídico regula a própria produção normativa. Existem normas de comportamento ao lado de normas de
estrutura... elas não regulam um comportamento, mas o modo de regular um comportamento...
BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico. São Paulo: Polis; Brasília EdUnB, 1989.
A atuação de um advogado deve se dar com base no ordenamento jurídico. Por isso, não basta conhecer as leis; é preciso compreender o
conceito e o funcionamento do ordenamento. Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico, afirma que a unidade do ordenamento
jurídico é assegurada por suas fontes.
Assinale a opção que indica o fato que, para esse autor, interessa notar para uma teoria geral do ordenamento jurídico, em relação às fontes do
Direito.
A) No mesmo momento em que se reconhece existirem atos ou fatos dos quais se faz depender a produção de normas jurídicas, reconhece-se
que o ordenamento jurídico, além de regular o comportamento das pessoas, regula também o modo pelo qual se devem produzir as regras.
B) As fontes do Direito definem o ordenamento jurídico como um complexo de normas de comportamento referidas a uma dada sociedade e a
um dado momento histórico, de forma que garante a vinculação entre interesse social e comportamento normatizado.
C) Como forma de institucionalização do direito positivo, as fontes do Direito definem o ordenamento jurídico exclusivamente em relação ao
processo Formal de sua criação, sem levar em conta os elementos morais que poderiam definir uma norma como justa ou injusta.
D) As normas, uma vez definidas como jurídicas, são associadas num conjunto específico, chamado de direito positivo. Esse direito positivo é o
que comumente chamamos de ordenamento jurídico. Portanto, a fonte do Direito que institui o Direito como ordenamento é a norma,
anteriormente definida como jurídica.
MIGUEL REALE: TEORIA TRIDIMENSIONAL DO
DIREITO
NORMAS
DIREITO FATOS Dialética Nomogênese
“Implicação
VALORES polaridade”
Prof. Biela Junior
@bielajr
ÉTICA PROFISSIONAL
#quemacreditasemprealcança
@bielajr
#bielajr
#éticanaOABBielaJr
#SaraivaAprovaBielaJr
“Mais uma vez
Art. 29. Os atos de advocacia, previstos no art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos
por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público.
SUPLEMENTAR
+ de 5 CAUSAS em OUTRO ESTADO.
CANCELAMENTO E LICENCIAMENTO
CANCELAMENTO LICENCIAMENTO
I. REQUERIMENTO
I. REQUERIMENTO
II. EXCLUSÃO JUSTIFICADO
REGRA EXCEÇÕES
• HC;
• Revisão criminal;
I. Postulação em juízo; • JEC até 20 SM, JEF e JEFZ; salvo na
II. Consultoria, assessoria e interposição de recursos
direção jurídica; * Propositura da ação de alimentos.
III. Atos constitutivos de PJ. • Justiça do Trabalho 1º e 2º, EXCETO
para ação rescisória, cautelar, MS e
recursos para o TST.
* Ato constitutivo de ME, EPP e
EIRELI.
DA INEXISTÊNCIA DE HIERARQUIA – PRERROGATIVAS - LIBERDADE
Retirar-se do recinto
quando o juiz estiver
atrasado após 30 De permanecer ou retirar-se - inc. VII
min– inc. XX
PRERROGATIVAS DOS ADVOGADOS
Questão da inviolabilidade de escritório
Quebra da inviolabilidade
Decisão Motivada:
Mandado de Busca e Apreensão, específico e pormenorizado
a ser cumprido na presença de representante da OAB.
DIREITOS DO ADVOGADO (PRISÃO)
Crimes inafiançáveis -> tortura, o
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e tráfico ilícito de entorpecentes e
reservadamente, mesmo sem procuração, quando drogas afins, o terrorismo e os
estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em definidos como crimes hediondos
estabelecimentos civis ou militares, ainda que
considerados incomunicáveis;
IV - ter a presença de representante da OAB,
quando preso em flagrante, por motivo ligado ao Se a OAB não enviar um representante em
exercício da advocacia, para lavratura do auto tempo hábil será mantida a validade da
prisão em flagrante. Todavia, se a OAB não
respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais for avisada, haverá a nulidade do auto.
casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
V - não ser recolhido preso, antes de sentença
transitada em julgado, senão em sala de Estado
Maior, com instalações e comodidades Sala de Estado Maior ≠ Cela
condignas, e, na sua falta, em prisão domiciliar;
EXAME XXIX
b) João tem direito a ser preso em sala de Estado Maior durante o cumprimento integral
da pena que se inicia. Apenas na falta desta, em razão de suas atividades profissionais,
terá direito à prisão domiciliar.
c) João tem direito a ser preso em sala de Estado Maior durante o cumprimento
integral da pena que se inicia. Apenas na falta desta, em razão de suas atividades
profissionais, terá direito à prisão domiciliar.
d) João tem direito a ser preso em sala de Estado Maior apenas durante o transcurso de
seu mandato como conselheiro, mas não terá direito, em decorrência de suas atividades
profissionais, à prisão domiciliar.
LEI 13.245/16. PRERROGATIVAS
Nos casos de urgência e notoriedade (p. ex. da advogada Valéria Santos do RJ),
a Diretoria do Conselho competente, poderá conceder imediatamente o pedido
de desagravo, ad referendum do órgão competente do Conselho.
Direitos do Advogado – Desagravo Público
Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público:
* de Conselheiro Federal ou do Presidente de Conselho Seccional, quando
ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos;
* de advogado, quando a ofensa se revestir de relevância e grave violação às
prerrogativas profissionais, com repercussão nacional.
Ofensa ocorrida no território da Subseção em que esteja vinculado, a sessão de
desagravo pode ser promovida pela Diretoria ou Conselho da Subseção, com
representação do Conselho Seccional.
Na sessão de desagravo o Presidente lê a nota a ser publicada na imprensa, essa
nota é encaminhada ao ofensor e às autoridades, e registrada nos assentamentos
do inscrito e no Registro Nacional de Violações de Prerrogativas.
O advogado pode depor como testemunha?
I – Gestante:
III – Gestante, lactante, adotante ou que
a) entrada em tribunais sem ser
der à luz , preferência na ordem das
submetida a detectores de metais e
sustentações orais e das audiências a
aparelhos de raios X;
serem realizadas a cada dia, mediante
b) Reserva de vaga em garagens dos
comprovação de sua condição;
fóruns dos tribunais;
c) Os honorários assistenciais são aqueles fixados pelo juiz ao advogado indicado para
patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da
Defensoria Pública no local da prestação do serviço.
c) Marcelo não pode cobrar de Eduardo metade dos honorários, pois na ausência de
estipulação sobre a forma de pagamento, os honorários somente são devidos após a
decisão de primeira instância.
d) Marcelo não pode cobrar de Eduardo metade dos honorários, pois na ausência de
estipulação sobre a forma de pagamento, apenas um terço é devido no início do
serviço.
DOS HONORÁRIOS ADVOCÁTICOS
PERMITIDA
Exercida em favor de instituições
sociais sem fins econômicos e pessoa
Advocacia PRO BONO
física sem recursos para contratar
implica a prestação de advogado, sem prejuízo do próprio
serviços jurídicos: sustento.
• Gratuita
• Eventual
• Voluntária PROIBIDA
* Para fins político-partidários ou
eleitorais, ou instituições que visem a
(Art. 30 do CED)
tais fins;
Para fins de publicidade e captação de
clientes.
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
INCOMPATIBILIDADE IMPEDIMENTO
INCOMPATIBILIDADES
E Proibição total do exercício Proibição parcial do
IMPEDIMENTOS da advocacia exercício da advocacia
(Artigos. 27 a 30
EAOAB)
Membros do
Fazenda legislativo contra ou a
favor.
INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
EXCLUSÃO
Art. 35. As sanções disciplinares consistem em:
F.I.C (Falsa prova;
I - censura; SUSPENSÃO Inidoneidade;
II - suspensão; F.R.I.C $ (Fraude Crime infamante)
a lei; Retenção
III - exclusão; de autos;
ou 3 Suspensões
IV - multa. Inépcia + 2/3
Profissional;
CENSURA Conduta
Art. 34, EOAB, incisos I
a XVI e XXIX; incompatível; $
* Violação ao CED; ou
* Violação ao EOAB
quando não houver Reincidência)
Multa sanção mais grave Suspensão
prevista.
1 a 10
anuidades
Preventiva
a) De exclusão, para a qual é necessária a manifestação da maioria absoluta dos membros do Conselho
Seccional competente.
b) De suspensão, que o impedirá de exercer o mandato e implicará o cancelamento de sua inscrição na
OAB.
c) De exclusão, ficando o pedido de nova inscrição na OAB condicionado à prova de reabilitação.
d) De suspensão, que o impedirá de exercer o mandato e o impedirá de exercer a advocacia em todo o
território nacional, pelo prazo de doze a trinta meses.
EXAME XXVIII
Gabriel, advogado, teve aplicada contra si penalidade de suspensão, em razão da prática
das seguintes condutas: atuar junto a cliente para a realização de ato destinado a fraudar a
lei; recusar-se a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele e incidir em erros
reiterados que evidenciaram inépcia
profissional.
Antes de decorrido o prazo para que pudesse requerer a reabilitação quanto à aplicação
dessas sanções e após o trânsito em julgado das decisões administrativas, instaurou-se
contra ele, em razão dessas punições prévias, novo processo disciplinar.
Com base no caso narrado, assinale a opção que indica a penalidade disciplinar a ser
aplicada.
a) De exclusão, para a qual é necessária a manifestação da maioria absoluta
dos membros do Conselho Seccional competente.
EOAB, art. 43
Prescrição = 5 anos
PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE
d) não está prescrita, tendo em vista que não decorreram cinco anos entre
cada uma das etapas de constatação, instauração, notificação e julgamento.
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
CONSELHO CONSELHOS
FEDERAL SECCIONAIS
SÃO ÓRGÃOS
DA CAIXAS DE
OAB SUBSEÇÕES ASSISTÊNCIA AOS
ADVOGADOS
EOAB, art. 45 § 6º os atos, as notificações e as decisões dos órgãos da OAB, salvo quando reservados
ou de administração interna, serão publicados no Diário Eletrônico da Ordem dos Advogados do
Brasil, a ser disponibilizado na internet, podendo ser afixados no fórum local, na íntegra ou em
resumo.
O prazo terá início no primeiro dia útil seguinte à publicação, assim considerada o primeiro dia útil
seguinte ao da disponibilização da informação no Diário.
OAB – CONSELHO FEDERAL
• Órgão supremo da OAB.
• Trata-se do último grau recursal da OAB.
• Dotado de personalidade jurídica própria.
• Sede na Capital Federal
a) Arthur tem direito a voz e voto. Daniel e Carlos têm direito somente a voz
b) Daniel tem direito a voz e voto. Arthur e Carlos têm direito somente a voz.
c) Daniel e Carlos têm direito a voz e voto. Arthur tem direito somente a voz.
d) Arthur, Daniel e Carlos têm direito somente a voz.
Art. 58. Compete privativamente ao Conselho Seccional:
II - criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados;
III - julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo
Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos
Advogados;
V - fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual;
VII - decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários;
X - participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na
Constituição e nas leis, no âmbito do seu território;
XI - determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional;
XIII - definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina, e escolher seus
membros;
XIV - eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais
judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho Federal,
vedada a inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB;
XV - intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados;
DAS ELEIÇÕES NA OAB
Mandato
Voto Obrigatório, sob é para 3 31 de janeiro do
pena de 20% de anos
Eleições: ano seguinte ao
multa. quando da eleição dos
ocorrem? Conselhos
Requisitos de Elegibilidade: Seccionais
•Ser advogado inscrito na respectiva Seccional da OAB.
•Exercer efetivamente a profissão, há mais de 3 anos para os Na segunda quinzena do
Cargos de Conselheiro Seccional e nas Subseções; e, para os mês de novembro do
demais cargos exige-se 5 anos como de diretoria e último ano do mandato
presidência do Conselho Federal (Lei n. 13.875, de 20 de
Conselho
setembro de 2019)
Federal
• Estar em dia com as anuidades – adimplente Conselho
•Não exercer atividade incompatível e nem ocupar cargos Seccional
ou funções exoneráveis ad nutum.
•Não ter representação disciplinar em curso, já julgada
procedente por Órgão do Conselho Federal. Subseções
•Não ter sido condenado em definitivo por qualquer infração
disciplinar, salvo se reabilitado pela OAB.
•Não integrar listas, com processo em tramitação, para
Caixa de Assistência
provimento de cargos nos tribunais judiciais ou
administrativos. dos Advogados
PROCESSO DISCIPLINAR
PROCESSO DISCIPLINAR
b) Não cabe recurso da decisão proferida no processo 1 ao Conselho Federal da OAB, com
fundamento na divergência com as decisões emanadas do Conselho Seccional Y. No entanto, cabe
recurso da decisão proferida no processo 2 ao Conselho Federal da OAB, com base na divergência
com a decisão anterior do Conselho Federal
c) Cabe recurso da decisão proferida no processo 1 ao Conselho Federal da OAB, com fundamento
na divergência com as decisões emanadas do Conselho Seccional Y. No entanto, não cabe recurso
decisão proferida no processo 2 ao Conselho Federal da OAB, com base na divergência com a
decisão anterior do Conselho Federal.
d) Não cabem recursos das decisões proferidas no processo 1 e no processo 2, tendo em vista a
definitividade das decisões emanadas do Conselho Seccional.
PUBLICIDADE PROFISSIONAL NA ADVOCACIA
PUBLICIDADE PROFISSIONAL
É FACULTATIVO:
Os títulos acadêmicos do advogado e as distinções
honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as
instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades
a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página
eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o Caiu no exame XXVIII
horário de atendimento e os idiomas em que o cliente
poderá ser atendido.
O QUE É PROIBIDO NA PUBLICIDADE DE ADVOGADOS
VII. responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de
comunicação social;
VIII. debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro
advogado;
IX. abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição
que o congrega;
X. divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
XI. insinuar-se para reportagens e declarações públicas.
XII. vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do
advogado,
XIII. bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou
pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.
SIGILO PROFISSIONAL
DO SIGILO PROFISSIONAL
Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome
conhecimento no exercício da profissão.
Rafaela, advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena, também regularmente
inscrita como advogada perante a OAB, exerce atualmente a função de
Ambas, no exercício de suas atividades, tomaram conhecimento de fatos relativos
às partes envolvidas. Todavia, apenas foi solicitado a Rafaela que guardasse sigilo
sobre tais fatos.
B) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de que tomou
conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa
causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa
própria.
C) Ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de
que tomaram conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que
configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em
caso de defesa própria.
D) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de que
tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem
justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra. Porém, não se admite a
relativização do dever de sigilo para exercício de defesa própria.
RELAÇÕES COM O CLIENTE
DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE
O advogado não deve aceitar procuração CED, Art. 17. A revogação do mandato judicial
de quem já tenha patrono constituído, por vontade do cliente não o desobriga do
REVOGAÇÃO
sem prévio conhecimento deste, salvo pagamento das verbas honorárias
por motivo plenamente justificável ou contratadas, assim como não retira o direito
para adoção de medidas judiciais do advogado de receber o quanto lhe seja
urgentes e inadiáveis. CED, art. 14 devido em eventual verba honorária de
sucumbência, calculada proporcionalmente
em face do serviço efetivamente prestado.
Sobrevindo conflito de interesses entre
seus constituintes e não conseguindo o
advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, EOAB, art. 5º§ 3º O advogado que renunciar
RENÚNCIA
com prudência e discrição, por um dos ao mandato continuará, durante os dez dias
mandatos, renunciando aos demais, seguintes à notificação da renúncia, a
resguardado sempre o sigilo profissional. representar o mandante, salvo se for
CED, art. 20 substituído antes do término desse prazo.
EXAME XXVIII
Maria Lúcia é parte em um processo judicial que tramita em determinada Vara da
Infância e Juventude, sendo defendida, nos autos, pelo advogado Jeremias,
integrante da Sociedade de Advogados Y.
No curso da lide, ela recebe a informação de que a criança, cujos interesses são
debatidos no feito, encontra-se em proeminente situação de risco, por fato que
ocorrera há poucas horas. Ocorre que o advogado Jeremias não se encontra na
cidade naquela data. Por isso, Maria Lúcia procura o advogado Paulo, o qual, após
analisar a situação, conclui ser necessário postular, imediatamente, medida de
busca e apreensão do infante.
d) Paulo não poderá aceitar procuração de Maria Lúcia e postular a busca e apreensão,
mesmo que seja promovido o prévio conhecimento de Jeremias e da Sociedade de
Advogados Y, sem antes ocorrer a renúncia ou revogação do mandato, sob pena de
cometimento de infração ética.
Valeu Pessoal!!!
Não se esqueçam: