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Prof. Thállius Moraes DIREITO ADMINISTRATIVO
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18. (FGV) João cumpria pena privativa de deverá responder em ação regressiva, caso haja
liberdade em regime fechado em estabelecimento condenação da referida Secretaria e João tenha
prisional do Estado Alfa. Um dia, João foi agido com culpa ou dolo.
encontrado morto, sendo certo que a investigação b) da Secretaria de Segurança Pública do Estado
realizada e a prova técnica produzida Alfa, com base em sua responsabilidade civil
comprovaram, de forma inequívoca, que se tratou objetiva, sendo desnecessário se comprovar o
de suicídio e que não houve inobservância pelo elemento subjetivo na conduta de João, que não
Estado do dever específico de proteção previsto está sujeito à ação regressiva, pela teoria do risco
no Art. 5º, inciso XLIX, da Constituição da administrativo.
República. c) de João, diretamente, com base em sua
Mesmo sendo incontroverso o fato de que, no responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário
caso em tela, houve causa impeditiva da atuação se comprovar o elemento subjetivo em sua
estatal protetiva do detento, os filhos de João conduta, e o Estado Alfa está sujeito à ação
ajuizaram ação indenizatória em face do Estado regressiva, pela teoria do risco administrativo,
Alfa. Levando em consideração a jurisprudência caso João seja condenado.
dos Tribunais Superiores sobre o tema, a d) do Estado Alfa, com base em sua
pretensão reparatória dos filhos de João responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário
a) merece prosperar, com base da se comprovar o elemento subjetivo na conduta de
responsabilidade civil objetiva do Estado Alfa, sem João, que não está sujeito à ação regressiva, pela
necessidade de comprovação de dolo ou culpa de teoria do risco administrativo.
agentes públicos. e) do Estado Alfa, com base em sua
b) merece prosperar, com base da responsabilidade civil objetiva, sendo
responsabilidade civil subjetiva por omissão do desnecessário se comprovar o elemento subjetivo
Estado Alfa, sem necessidade de comprovação de na conduta de João, que deverá responder em
dolo ou culpa de agentes públicos. ação regressiva, caso haja condenação do referido
c) merece prosperar, com base da Estado e o agente tenha agido com culpa ou dolo.
responsabilidade civil objetiva por omissão do
Estado Alfa, com necessidade de comprovação de
dolo ou culpa de agentes públicos.
d) não merece prosperar, pois rompeu-se o nexo 20. (FGV) Maria, ocupante do cargo efetivo de
de causalidade entre a suposta omissão do Estado Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado
Alfa e o resultado danoso consistente na morte de Alfa, exerce suas funções auxiliando o Juiz Diretor
João. do fórum na parte administrativa. Diante da
e) não merece prosperar, pois o Estado Alfa, em interrupção do fornecimento de energia elétrica
qualquer hipótese, não pode ser responsabilizado no fórum, Maria entrou em contato com a
por morte decorrente de suicídio. sociedade empresária prestadora do serviço e
solicitou o reparo. O empregado Marcelo da
19. (FGV) José é servidor público ocupante do concessionária Beta compareceu ao local e, ao
cargo efetivo de Técnico de Nível Superior da realizar manutenção e conserto no poste, deixou
Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa e, uma ferramenta cair de seu bolso, atingindo o
no exercício da função, praticou ato ilícito que, rosto de Maria, que sofreu graves lesões. Em razão
com nexo causal, causou danos materiais a Davi, dos danos sofridos, Maria contratou advogado e
usuário do serviço público, inexistindo qualquer ajuizou ação indenizatória em face:
causa de exclusão da responsabilidade. a) do Poder Judiciário do Estado Alfa, que possui
No caso em tela, eventual ação indenizatória responsabilidade civil objetiva em relação à sua
deverá ser ajuizada por Davi em face servidora pública estadual;
a) da Secretaria de Segurança Pública do Estado b) do Estado Alfa diretamente, que possui
Alfa, com base em sua responsabilidade civil responsabilidade civil subjetiva em razão da
subjetiva, sendo necessário se comprovar o delegação do serviço público à concessionária;
elemento subjetivo na conduta do agente, que
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c) do Estado Alfa, que possui responsabilidade civil e) devem ajuizar ação indenizatória em face do
objetiva em relação à sua servidora pública Estado Alfa, por sua responsabilidade civil
estadual, assegurado o direito de regresso contra subjetiva, diante da omissão específica no
a concessionária; cumprimento do dever previsto no citado artigo
d) da concessionária Beta, que possui 5º, inciso XLIX,da Constituição da República de
responsabilidade civil objetiva, assegurado o desde que comprovada a existência do elemento
direito de regresso contra Marcelo, caso tenha subjetivo.
agido com dolo ou culpa;
e) do empregado Marcelo, que possui 22. (FCC) Analise as seguintes situações:
responsabilidade civil objetiva, assegurado o I. Uma chuva torrencial provocou enchente em
direito de regresso contra a concessionária, caso bairro da Cidade, e constatou-se que o sistema de
seja condenado. drenagem pluvial não sofria manutenção há
meses.
II. Um policial envolve-se em troca de tiros com
assaltantes e acaba baleando um pedestre que
passava próximo ao local.
21. (FGV) João cumpria pena em Considerando as teorias vigentes sobre
estabelecimento prisional do Estado Alfa quando responsabilidade extracontratual do Estado e no
foi morto por estrangulamento praticado por entendimento dominante da doutrina e
outro apenado, sendo certo que, durante o jurisprudência,
homicídio, praticado no horário de banho de sol, a) na situação I, haverá responsabilidade estatal na
não interveio qualquer agente penitenciário, modalidade subjetiva, com base na teoria da falta
presente no local,para tentar impedir a morte de do serviço, uma vez patenteado o mau
João. A família do falecido João procurou a funcionamento do serviço que deveria evitar ou
Defensoria Pública, que lhe esclareceu que a minorar o evento danoso.
Constituição da República de 1988,em seu artigo b) em ambas as situações será aplicado o regime
5º, inciso XLIX, assegura aos presos o respeito à de responsabilidade objetiva, baseado na teoria
integridade física e moral. Assim, seguindo a do risco administrativo.
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os c) na situação I, o ente estatal não será
filhos de João: responsabilizado, pois se trata de situação de força
a) não devem ajuizar ação indenizatória em face maior, não imputável à atuação do Poder Público.
do Estado Alfa, porque o caso trata de culpa d) em ambas as situações será aplicado o regime
exclusiva de terceiro, qual seja, o detento que de responsabilidade subjetiva, desde que
praticou o homicídio; comprovada a culpa dos agentes públicos
b) não devem ajuizar ação indenizatória em face envolvidos nas atividades.
do Estado Alfa, porque não incide a e) na situação II, o ente estatal não será
responsabilidade civil objetiva, e sim devem responsabilizado, pois o nexo causal decorreu de
manejá-la em face diretamente dos agentes comportamento de terceiro, no caso, o assaltante.
penitenciários que foram omissos;
c) devem ajuizar ação indenizatória em face do
Estado Alfa, por sua responsabilidade civil 23. (FCC) Considere a seguinte situação.
subjetiva, sendo inaplicável ação de regresso pelo Em uma determinada metrópole, há duas linhas
ente federativo em face dos agentes públicos, de trem metropolitano: uma é operada por uma
diante da ausência de culpa ou dolo; empresa privada, mediante regime contratual de
d) devem ajuizar ação indenizatória em face do concessão, e o sistema de condução dos trens é
Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva totalmente automatizado, sem maquinistas ou
pela inobservância do seu dever específico de operadores manuais; na outra linha, gerida por
proteção previsto no citado artigo inciso da empresa estatal, os trens são conduzidos por
Constituição da República de 1988; maquinistas.
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