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Proce s s os Ps íquicos
São processos co gnit ivos q ue te m co mo carac ter íst icas ma is sa lie nte repre se nta r o
suje ito, um ob jecto o u fe nó me no, e m gera l, e xt er io r ao própr io s uje ito.
Segundo BE RN A RDIN O (2006 :94), Ps iq uis mo é de finido co mo o co nj unto de
caracte r ís t ica s ps ico ló gic as de um ind ivíd uo, o u co nj unto de fe nó me nos ps íq uico s e
processos de e vo lução me nta l de um ind ivíd uo. O ps iq uis mo é fo rça inte lige nt e q ue
co ma nda o u pode co ma ndar e or ie nt ar a e ne r gia ma gnét ica q ue poss uímo s ass im,
qua ndo e m har mo nia, o ps iq uis mo ger ê nc ia e coo rde na o nosso ma gne t is mo, de for ma a
rea lizar nosso s dese jos, a par t ir dos pe nsa me nto s q ue gera mos.
2.1. Ti pos de Proce s s os Ps íquicos B ás icos
As F unções me nta is co mo se nsação, p ercepção, a te nção, me mor ia, pe nsa me nto,
lingua ge m, mot ivação e ap re nd iza ge m, são carac ter izados na ps ico lo gia co mo
proce s s os ps icológicos bás icos . Essas funções de r iva m ta nto das interac ções de
processos inatos q ua nto de pr ocessos adq uir idos, j unto as re laçõe s do ind ivíd uo de
expe r iê nc ia e vive nc ia co m o me io. Ape sar das d ist inções de sses p rocesso s e por me io
de sua re la ção e influê nc ia q ue se pode co mpree nd er a d inâ mica da me nte, po is e les
intera ge m e a te depe nde m de o utro s proces sos.
Se ns ação
A se nsação e a respo sta se nsor ia l o u obj ect iva ao es t ímulo do me io e e la dete cta a
expe r ie nc ia se nso r ia l bás ica por me io de so ns, objec tos t a is co mo a cor, luz, c he iro e
estados or gâ nicos (se nsac ao de dor, fo me). São re flet ido s no nosso cé rebro. Es tes
orgao s per mite m re ceber. Se lec io na r,ac umular infor maco es e tra ns mit i- la pa ra o or gao
centra l(cér ebro). Ess a tra ns missão e fe ita at ra vés de imp ulsos ner vo sos q ue são
respo nsá ve is pe la re gula cao da te mpera t ura do co rpo, do me tabo lis mo, d as ga ld ulas de
secrecao.
A percepção corre spo nde ao acto o r ga nizado de dados se nsor ia is pe lo q ua l co nhe ce mos
a prese nça ac t ua l de um obje cto e x ter io r. Te mos co nsc iê nc ia da e xistê nc ia do ob jecto e
sua s q ua lidades. Por e ssa ra zão M onte i ro e Fe rre ira versão q ue a p ercepção e
prec isa me nte um proce sso co gnitivo a tra vé s do q ua l ca racter iza mos o mundo q ue se
caracte r iza pe lo fac to de e xigir ap rese nta m de ob jecto, d a rea lidade a co nhecere m.
Ti pos de pe rce pção
A co nd ição e sse nc ia l pa ra q ue a perc epção ocor ra e a e xistê nc ia de um ob jec to e xte r ior
para ser cap tado. Se isso não ocor rer e sta mos pera nte uma a luc inação. D e acordo co m
objectos pe rceb ido s, e xis te m trê s tip os de percep ção.
Pe rce pção re al o u pe rce pção do o b je cto f ís ico – por e xe mp lo, perc epção de
uma ca neta, d e um láp is, d uma casa.
Pe rce pção pe s s oal ou pe rce pção de uma pe ss oa – por exe mp lo, percebe r o
Iva n.
Pe rce pção s ocial o u pe rce pção de grupos ou re alida de s s ócias – por exe mp lo,
percepção dos moça mb ica nos, pe rcepção da igrej a cató lica.
A percepção soc ia l e o proce sso de co mo co nhece mo s os o ut ros e co mo interpre ta mo s o
seu co mpor ta me nto. A pe rcepção e sta muito re la c io nada co m os gr upo s soc ia is, co m o
conte xto soc ia l q ue a pessoa e sta inser ida.
I mpo rtâ ncia da pe rce pção – a percepç ão no PEA es ta re lac io nad a co m a
co mpree nsão e int erpre tação, a ná lis e int e lec t ua l do obs er vado e ap re nd ido. A
percepção aj ud a a co mp ree nsão, a ná lis e pro funda do fe nó me no e a c he gar a
conc lusão sob re o mes mo.
Me mo ria
A capac id ade de le mbra r o q ue fo i d e a lgum modo vivido. Ela co rrespo nd e as se guintes
operações o u proc essos : a aq uis ição, a fixação, a e vocação. O reco nhec ime nto e a
lo ca lização das infor mações res ulta ntes de percepções e ap re nd iza ge m. A me mór ia
fa c ilita a or ga nização, fixação, e r ete nção do ap re nd ido, a ss im co mo a s ua e vocação,
qua ndo es sa infor ma ção for ne cessá r ia.
Segundo (M onte iro e Fe rre i ra, 2006 :64) me mor ia e um p rocesso co gnit ivo q ue
cons ist e na re te nção e na e voca ção das infor mações, co nhec ime ntos e e xpe r ie nc ias
Repare q ue o ind ivid uo esco lhe o no m e, s ina l q ue me lhor ac ha para ide nt if icar o
docume nto.
N esta persp ect iva a cod ificação co ns iste na t rad ução de dados d e um cód igo q ue pode
ser ac ús t ico, vis ua l o u se mâ nt ico.
Q ua ndo le mos um te xto a infor macao lida pode ser cod ificada co mo dese nho, co mo
pa la vras o u ide ias s ignif ica t ivas. So depo is d iso e ar ma ze nada. Esse ara mze na me nto
ocorre , a s ve zes, se m muito e s forço cosc ie nte e per ma nece d ura nte um de ter minado
te mpo.
Ar ma ze na me nto
Envo lve a ma nute nção da info r maç ão cod ificada pe lo te mpo necessá r io pa ra q ue possa
ser rec upe rada e ut ilizada q ua ndo e voc ada;
A me mo r ia se nso r ia l e a que se pre sta ao nosso or gao s dos se nt idos . um no s pode mos
me mor izar so ns , ima ge ns, c he iros, pa ladar es graça s a esse t ipo de me mor ia.
A info r macao gua rdada pode desap arece r se não fo re m t ras fer ida s para o s ist e ma de
me mor ia a c ur to pra zo.
R e cupe racao
A recordac ao e acapac idad e de um ind ivido le mbra r se da info r macao des ejada q ua ndo
nece ssár io co mo mo str a Mo nte iro e Ferr e ira (2006 :46) ne sta e tapa , rec upe ra - se a a
infor macao : le mb ra mo- nos, e voca mos uma infor macao.
Eque ci me nto
O esquec ime nto e o fra casso do es forço e voc at ivo o u impo ss ib lidade d e reprod uzir o
passado qua ndo o a luno não a r ma ze na o mater ia l apa rece o esq uec ime nto. Eis aba ixo
a lguns fac tores d e esq uec ime nto :
Vestidao da matér ia
Irre le vâ nc ia do co nte údo
Falta de inter esse
C ansaço
Pe ns ame nto
O processo cognit ivo q ue per mit e a reso lução de tar e fas (pro cesso de a na lise e s ínt ese).
Per mite re flec t ir de fo r ma ge nera lizada a rea lidad e objec t iva sob fo r ma d e co nce itos,
le is, teor ias e s ua s re lações.
Pensa me nto é um proce sso ps íq uico, soc ia lme nte co nd ic io nado e ligado
ind isso luve lme nte a lingua ge m a b usca e de scober ta do ess e nc ia lme nte no vo. E um
processo re fle xo ind irecto e s int et izado da rea lidade no c urso da s ua a ná lise e s ínte se.
Ti pos de pe ns a me nto
O processo de pe nsa me nto a ct ua de d ivers as for mas. D ifere ntes ind ivíd uo s pode m
ta mbé m e vide nc iar d ifere ntes tipos de pe nsa me nto. Pa ra se perceb er co mo deco rre
impor ta re fer ir os t ipos de pe nsa me ntos;
Pe ns ame nto vis ua l f ig urado
Est e t ipod pe nsa me nto basea se nas rep rese ntacoes ( gr a vuras, mode los) e per mite a que
o ind ivid uo possa re flet ir de uma fo r ma d iverc if icada a rea lidade dos obj ectos. E ste
pensa me nto e ma is co mum e m cr ia nças na idade pré esco la r ( e ntre os q ua tro a se t e a nos
de idad e). As c r ia nça s ne ssa idade a inda não do mina m as nocoes e o pe nsa me nto
enco ntra se a inda ligado a acoes pr at icas uma c arec ter ist ica pec uliar de
desenvo lvime nto da s cr ia nças e m idade p ré esco lar.
Opensa me nto cr iador o u ino vador e muito impo rta nte porq ue p er mite ima ginar sobre
co isas no vas q ue não e xiste m no fe nó me no obje cto do nosso pe nsa me nto. O s c ie nt is tas
usa m o pe nsa me nto c r iado r para fabr ic ar no vos ob jectos.
I mpo rtâ ncia do pe ns a me nto
Aj uda o ind ivid uo a s upe rar as s uas d ific uldades desde as ma is t r iva is a te a s ma is
co mp le xas ;
Pla nif ica e or ga niza a ló gica do s oroced ime ntos a te r e m co nta na a ula
U m fa ctor de liga cao e nt re o co ncre to e o abs tra to
Re fle xão sobre uma t are fa p ara e nco ntrar as ma is adeq uada s so luco es
I magi nacao
A ima ginacao e um dos e le me ntos inte gra ntes dos proces sos co gnitivos q ue o se u
func io na me nto não se est abe lece de um modo iso lado, pe lo q ue se a lia a outras
estr ut uras e m cos ideracao. Es ta es tr ut ura e co nceb ida co mo se ndo :
U m proce sso ps íq uico co gnit ivo, e xc lus ivo ao ho me m , med ia nte o qua l se cr ia m
ima ge ns e nocoes q ue não e xist ia m na e xper ia mc ia a nter ior o u seja, a hab ilidad e q ue os
ind ivíd uo s poss ue m pa ra for mar repr ese nta coes, co nstr uir ima ge ns me nta is a cerca do
mundo re la o u mes mo de s ituacoe s não d ie rcta me nte vive nc ia das.( Da vido ff, 1987 :476 )
Ano rmal i da de
O conce ito de a no r ma lidade só é co mpree ns íve l e m re laçã o a uma nor ma ; mas ne m toda
var iação e m re lação a uma nor ma adquire car ácte r pato ló gico. A ss im uma pessoa
supe rdotada o u um cr im inoso e stão a mbos "fo ra da nor ma ", se m q ue no e nta nto se u
estado te nha um car ácte r pato ló gico. Ass im, para se co mpree nde r o ter mo t ra nsto r no é
nece ssár io te r- se prese nt e q ua is no r mas são re le va nte s para e ssa de finição :
N ormas
D es crição
1.N orma
s ubje ctiva
A próp r ia pessoa se nte- se doe nt e. N o e nt a nto, esta nor ma não é
sufic ie nte para uma de finição, porq ue e la e nvo lve uma percep ção
sub ject iva do prob le ma, q ue pode d ife r ir de uma pe rcepção e xte r na,
object iva : a lé m dos ca sos e m q ue as d ua s perspec t iva s estão de aco rdo,
há caso s e m q ue a pesso a está s ub jec t iva me nte doe nte, mas e sse es tado
é exter na me nte não ob ser vá ve l, o u vice - vers a;
2.N orma
a nor ma é dada pela freq uê nc ia do fe nó me no na população. A ss im
es tatís tica
todas as pesso as q ue estão ac ima o u aba ixo de um de ter minado va lor de
corte e stão fora da nor ma. N o e nta nto ess a nor ma não le va e m co nta o
va lor dado às caract er íst icas le vadas e m co nta. As s im uma pessoa q ue
nunca te ve cár ies es tá tão fora da nor ma co mo uma pes soa q ue tê m
muit íss imas - aq ui se vê ta mbé m se u lim ite ;
3.N orma
func io nalis ta
Aq ui a nor ma é d itada pe lo prej uízo das funções re le va nt es. A ss im,
se a lgué m não co nse gue mo ver a mão está fora da no r ma, porq ue a
mão não pode c umpr ir s ua função de pe ga r. Enq ua nto a nor ma
func io na l é muit o impo rta nte para os tra ns tor nos e doe nça s
so mát icas (o u corpora is), não o é semp re no caso dos tra nstor no s
me nta is, porq ue a função ne m s e mpre é objec t ivá ve l. As s im a
sexua lidad e poss ui inúmeras funções - reprod ução, pra ze r,
co municação, interp essoa l… - de for ma q ue se tor na d ifíc il de finir
os tra ns tor nos ne ssa ár ea;
4.N orma
s ocial
Aq ui o t ra ns tor no é de finido a p art ir de no r mas e va lore s de finido s
soc ia lme nte. A persp ect iva da e ti que tação (labe ling) de Sc he ff po st ula
o se guint e dese nvo lvime nto pa ra t a is no r ma s : (a) Des vio pr imár io - a
pessoa desr espe ita um dete r minada nor ma soc ia l e isso pode le va r a
duas re acções : o u o co mpor ta me nto é "nor ma lizado " (atr a vés de
to lerâ nc ia, rac io na lização, d isc us são)e ass im o co nflito é so luc io nado,
ou o co nflito não se so luc io na de ma ne ira pos itiva e a pesso a rec ebe
uma "et iq uet a " (e x. u m d ia gnós t ico, uma co nde nação j ur íd ica… ) e
recebe ass im uma ate nção espec ia l. Esse est igma le va a um (b) des vio
secund ár io - a pessoa, e m reacç ão à e t iq ue tação, co meça a co mpor tar - se
de ma ne ira d ifere nte e m co nfor midade co m o no vo pape l
soc ia l receb ido : a pesso a co meça a co mpor tar- se de acordo co m a
et iq ue ta rec eb ida. Es se é um dos gra ndes prob le mas ligados a todos o s
t ipos de c lass if icação e d ia gnóst ico
5. N orma
dos
es pe cialis tas
esta é uma for ma espec ia l de nor ma so c ia l, de finida por uma
cate gor ia espec ia l de pes soas - os espec ia lis tas ( méd ico s,
ps icó lo gos, etc. ). C o mo as nor mas soc ia is, ta mbé m esta s es tão
suje itas a uma ce rta dose de arb it rar iedade. O s act ua is s is te mas de