Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ano 3/Semestre 6
Grupo 7
Quelimane
2023
Grupo 7
Quelimane
2023
2
Índice
Capítulo I...........................................................................................................................4
1. Introduçao..................................................................................................................4
1.1 Objetivos.............................................................................................................5
1.1.1 Geral............................................................................................................5
1.1.2 Específicos...................................................................................................5
1.2 Metodologia........................................................................................................5
Capítulo II..........................................................................................................................6
2 Revisão de literatura...................................................................................................6
Capítulo III......................................................................................................................18
3 Conclusão.................................................................................................................18
4. Referências Bibliográficas...........................................................................................19
3
Capítulo I
1. Introduçao
O presente trabalho de pesquisa falar-se-à sobre as Psicoterapias com bases
Humanista e Fenomenológica Existencial.
4
fundamentos e conceitos chaves que caracterizam as Psicoterapias Humanistas e
Fenomenológico-Existenciais.
1.1 Objetivos
1.1.1 Geral
Compreender os fundamentos Psicoterapias com bases Humanista e
Fenomenológica Existencial.
1.1.2 Específicos
1.2 Metodologia
Neste trabalho, a descrição do tema , foi método de recolha de dados mais
predominantes para a elaboração deste trabalho. Para comentar e argumentar algumas
descrições, usamos como auxilio algumas fontes bibliográficas e documentos
normativos de educação (plano curricular) além das fontes dos sites da internet.
5
Capítulo II
2 Revisão de literatura
6
onda de crescimento econômico e bem-estar social, vivia de dentro uma revolução de
seus costumes e aspirações. O corpo, submetido nas décadas anteriores à repressão
sexual e militar, rebelou-se, livre de tabus, desejoso de novos estímulos sensoriais
internos e externos. As pessoas podiam se encontrar livremente, se conhecer e se amar,
através de divisões raciais, políticas e de classe. Abraham Maslow é geralmente
considerado o inspirador da psicologia humanista, no entanto, ele mesmo nos lembra
que o movimento da Psicologia Humanista "não é obra de um único líder, mas de
muitas pessoas", como Erich Fromm, Kurt Goldstein, Karen Horney, Gordon Allport e
Henry Murray entre seus antecessores e Car1 Rogers, Rol1o May, Gardner Murphy ou
Erik Erikson entre seus contemporâneos.
A psicologia humanista, mais do que uma escola, é uma nova orientação para a
psicologia, um modo de pensar o homem. Os principais proponentes dessa orientação –
Abraham Maslow, Carl Rogers, Gordon Allport, Charlotte Bühler, Rollo May, Viktor
Frankl, Wilhelm Dilthey, Edward Spranger, William Stern, Kurt Lewin, Kurt Goldstein,
Gardner Murphy, Erich Fromm, Fritz Perls, bem como um grande número de outros
psicólogos hoje – não podem ser considerados como tendo uma ideologia básica
comum, mas eles e outros psicólogos humanistas simpatizam ou compartilham muitas
posições ocupadas pelo Psicologia da Gestalt, Psicologia Adleriana, Junguiana,
Neofreudiana, Psicologia do Eu, Fenomenológica, Existencial, Autoteoria, Transacional
e Proativa. Maslow estudou os "mais altos alcances" dos potenciais humanos em seu
estudo dos auto-atualizadores. Rogers lidou com estudantes universitários que
experimentaram problemas de adaptação à vida, bem como estudou uma grande
variedade de problemas adultos normais em seu trabalho em grupo. Allport e Fromm
focaram em pessoas normais que lutam para se destacar. Psicólogos humanistas e
existenciais incluíram em suas teorias a ideia do self como agente livre. Eles
argumentam que podem controlar nossos próprios destinos, se as condições não forem
muito restritivas. Eles também vêem os seres humanos como possuidores da capacidade
de examinar a si mesmos e provocar mudanças auto-induzidas.
7
de escolha; Daí o conceito de cliente, que substitui o conceito de paciente, pois o cliente
tem a capacidade de decidir e assumir a responsabilidade pelas decisões que toma.
8
problemas da perspetiva do seu cliente, não julgar as pessoas e aceita-las
incondicionalmente, e é congruente com o que pensam, dizem e fazem.
"Na medida em que o terapeuta está realmente vivendo cada momento, de uma
forma congruente consigo mesmo, ele será capaz de ser um modelo vivo e não um
modelo de 'olhar' para seus clientes." E é necessário estar bem consigo mesmo para
poder ajudar os outros, daí a importância de o psicoterapeuta primeiro passar por um
processo psicoterapêutico para estar bem consigo mesmo, para se entender primeiro e
depois para entender as outras pessoas. Dentro da atitude de congruência, há um
elemento que me chama a atenção: a "autorevelação", também chamada de
"autodescoberta".
É muito importante sermos nós mesmos em todos os momentos e não ter medo
de nos mostrarmos como somos para o cliente e evitar o uso de máscaras. O
psicoterapeuta humanista ajuda a pessoa a se autoexplorar, mas não toma as decisões
por ela ou resolve diretamente os problemas. Ajuda a pessoa a assumir a
responsabilidade de tomar as suas decisões e a ser aquele que dirige a sua própria
existência e a libertar-se de todo o tipo de laços. Isso permite que o cliente veja uma
situação de outro ponto de vista, dá sua própria interpretação e, desta forma, o terapeuta
não precisa adotar uma atitude paternalista de dar conselhos.
9
visto de uma perspectiva positiva e a doença é encarada como resultado do bloqueio das
forças que o impulsionam à realização.
Gestalt Terapia
Psicoterapia Centrada na Pessoa
Logoterapia
I. Gestalt Terapia
Para Baumgarder (2006); consiste em atender outro ser humano da forma que lhe
permita ser o que realmente é. É uma terapia existencialista, que lida com os problemas
causados pela nossa aversão a aceitar a responsabilidade por quem somos e pelo que
10
fazemos. Fritz Perls é listado como o fundador da Gestalt-terapia. Sua visão é que a
pessoa média pode temer a vida e experimentar o aqui e agora; Por causa disso, ele
geralmente vive principalmente no passado, através de memórias obsessivas, e no
futuro, com expectativas ansiosas de catástrofe.
Como Freud e Jung, Perls prestava muita atenção aos sonhos de seus pacientes e
Pedi-lhe que interpretasse cada parte dos seus sonhos durante a sessão terapêutica; Sua
ideia era que qualquer aspeto de um sonho representa certas facetas da experiência de
uma pessoa, muitas das quais são repudiadas. Ao identificar-se com as diferentes partes
do sonho, a pessoa poderia aumentar a autoconsciência, o que, por sua vez, aumentaria a
sensação de vitalidade e incentivaria o crescimento pessoal contínuo; (Lafarga, 1992).
11
mesmo relações internacionais – o nome foi alterado para uma expressão tão ampla
quanto possível: centrada na pessoa. Esta abordagem da psicoterapia não se trata de
fazer algo à pessoa ou induzi-la a fazer algo em relação a si mesma, mas é libertá-la
para que possa ter crescimento e desenvolvimento a nível pessoal, que ela própria
remova os obstáculos que a impedem de avançar, (Armenta, 1996).
Para Freire (2010), a abordagem centrada na pessoa prevê uma relação terapêutica
entre duas pessoas em contacto humano, para que ninguém saiba mais sobre si do que
sobre si próprio; ou seja, o terapeuta será como um espelho que terá de refletir o que vê
na outra pessoa, mas não pode fazer as coisas por ela; não é dado qualquer
aconselhamento; as pessoas que consultam o psicoterapeuta não são chamadas de
pacientes, mas de clientes, uma vez que estão em um estado de transtorno interno de
vulnerabilidade ou medo, mas não doentes; o terapeuta oferece ao indivíduo dedicação
positiva incondicional e oferece compreensão empática a partir do ponto de referência
interno do cliente. Esta abordagem baseia-se numa premissa que, a princípio, parecia
arriscada e incerta: uma visão do homem como um organismo basicamente confiável.
Existe no homem uma tendência natural para o desenvolvimento completo. O termo que
tem sido mais usado para designar este fato é a tendência atualizadora (a base sobre a
qual a abordagem centrada na pessoa é construída), e é algo que está presente em todos
os organismos vivos.
Jourard (2001), destaca que o indivíduo tem dentro de si muitos recursos para
compreender a si mesmo, para modificar seu autoconceito, suas atitudes e seu
comportamento autodirigido, e esses recursos podem ser tomados se um clima definido
de atitudes psicológicas facilitadoras for fornecido. Estas três atitudes ou
comportamentos básicos, facilitadores do processo, e que todo psicoterapeuta humanista
deve ter são: autenticidade ou congruência, aceitação incondicional e empatia. Rogers
entende por autenticidade ou congruência, em primeiro lugar a coincidência consigo
mesmo. Parte-se do facto de que "o desenvolvimento pessoal é favorecido desde que o
terapeuta viva o que realmente é, quando na sua relação com o cliente se mantém
autêntico, sem fachada, ou seja, vive abertamente as sensações e posturas que o movem
naquele momento. Significa que ele é ele mesmo e que não se nega a si mesmo."
Segundo Reynolds (2014); o terapeuta e o cliente são ambos seres humanos, isso
não pode ser apagado por diferenças de conhecimento e graus académicos, ambos são
12
iguais na medida em que são seres humanos e isso deve lançar as bases para a terapia.
Quando o psicoterapeuta percebe e aceita o cliente como ele é, quando deixa de lado
toda avaliação e entra no quadro percetivo de referência do mesmo, liberta-o para
explorar novamente a sua vida e a sua experiência, liberta-o para perceber nessa
experiência novos significados e novos objetivos. A atitude positiva incondicional pode
ser descrita como um ato de manifesto interesse e apreço por tudo o que a pessoa é, por
todos os seus comportamentos e pela sua comunicação.
III. A Logoterapia
13
Para Goble (1977), a logoterapia considera a autotranscendência como o nível
supremo de desenvolvimento da existência humana. É o potencial especificamente
humano de pensar e agir além de si mesmo no âmbito da existência para algo ou para
alguém de dedicação a uma tarefa ou dedicação a outros seres humanos. Enquanto a
psicologia tradicional essencialmente descobre "dependências psíquicas", a logoterapia
traz à luz a "independência espiritual" e, enquanto a psicoterapia convencional analisa
"arranjos neuróticos", a logoterapia registra o "engajamento existencial. "Uma situação
externa excepcionalmente difícil é o que dá ao homem a oportunidade de crescer
espiritualmente além de si mesmo." "A salvação do homem está no amor e através do
amor." "A tensão interna é um pré-requisito para a saúde mental." "Quem tem uma
razão para viver pode suportar quase tudo. De acordo com Frankl (1990), ter uma vida
muito tranquila e sem preocupações é muito difícil de suportar, também é muito chato e
acaba nos deixando com um "vazio existencial", com uma "vida sem sentido ou
propósito".
14
haviam feito uma série de revisões. Rogers (1980, p. 46) afirma que “seria um erro
identificar o movimento existencial em psicoterapia simplesmente como mais um na
linha de escolas que derivaram do freudianismo, ou de Jung, Adler e daí por diante”.
Esclarece que, em pelo menos dois pontos, o existencialismo difere dessas correntes:
primeiro porque não é criação de nenhum líder isolado, tendo se desenvolvido,
espontaneamente, em diversas partes da Europa; em segundo lugar, a psicoterapia
existencial não se propõe a fazer acréscimo ou revisão da Psicanálise, mas se apresenta
como uma outra maneira de conceber e, portanto, de compreender clinicamente o ser
humano. Tal maneira prioriza a existência concreta do homem, saindo de concepções
teóricas que são muitas vezes abstratas e distantes da realidade do paciente; (Penha,
2014).
Esse ramo da psicologia conduz a uma perspectiva ao mesmo tempo humanista
(embora histórica e crítica) e fenomenológica (mas, de uma fenomenologia mundana,
existencial e experiencial). A psicologia pensada sob a perspectiva fenomenológica-
existencial apresenta-se como uma busca à prática do método fenomenológico,
compreendendo o existir com base na filosofia existencial. Ou seja, as pessoas
experimentam o mundo de forma diferente e única. Por mais que procuremos encontrar
uma correlação, por menor que seja, que nos surpreenda com a possibilidade de
vivenciarmos algo idêntico ao outro, nos decepcionamos, pois as percepções
continuarão únicas. Esta sensação pode nos trazer a experiência de que estamos sós,
porém, pode também, contribuir em perceber o universo de possibilidades que o ato de
viver nos presenteia. Assim, a pessoa não consegue conceber a atitude de enquadrar
alguém em um modelo teórico que pode fornecer algumas explicações técnicas, pois
não consegue abarcar a unicidades das experiências; (Freire, 2010)
Nesse sentido, o psicólogo fenomenológico-existencial não considera o paciente como
um conjunto de pulsões, fantasmas e mecanismos de defesa psíquicas, mas como uma
pessoa que procura um significado para a sua existência. É a pessoa que dá sentido aos
mecanismos e não o contrário; ((Penna, 2014).
15
Forghieri (2019), não há apenas uma abordagem de psicoterapia que utiliza como base o
existencialismo e a fenomenologia, mas diversas, entre elas a Psicoterapia Experiencial,
a Psicoterapia Vivencial, a Daseinsanalyse, a Logoterapia, a Psicoterapia Existencial-
Humanista, a Psicoterapia Existencial, entre outras. Essas distintas vertentes de
psicoterapia não se apresentam com o objetivo de “curar” as “perturbações mentais”, tal
como é a proposta do modelo médico-científico tradicional, mas possuem como intuito
“facilitar o encontro do indivíduo com a autenticidade da sua existência, de forma a
assumi-la e projectá-la mais livremente no mundo” (Teixeira, 2006, 289p.), onde o foco
principal é a existência da pessoa e não suas “perturbações”. Os sofrimentos emocionais
trazidos pelas pessoas que procuram a psicoterapia são entendidos enquanto resultantes
de “dificuldades do indivíduo em fazer escolhas mais autênticas e significativas”
(Lenna, 2006, 289p.). Por conta disso, o processo psicoterapêutico enfatiza a
compreensão dos afetos da pessoa, para que esta possa se aproximar da realidade de sua
experiência e existência, de modo a fazer escolhas mais significativas para sua vida.
16
abertura com relação ao outro, de modo a captá-lo em seus afetos e desafetos, suas
vivências e seus sentidos, enfim, se aproximando da totalidade de suas experiências,
inclusive da relação que estabelece com sua história de vida. Por meio dessa abertura, é
possível desvelar suas características existenciais, compreendendo seu papel nas
decisões e escolhas de sua vida, promovendo uma maior autonomia consigo mesmo e
com os outros. Estes pressupostos existencialistas tornam-se fundamentais na
construção da postura do psicólogo e dos objetivos de um processo diagnóstico. Dentro
dessa abordagem, o psicólogo não tenta explicar e enquadrar a pessoa examinada em
categorizações e parâmetros arbitrariamente teorizados, pois ele acredita que a vivência
dessa pessoa é sua própria explicação, sendo ela a melhor interprete de si mesma.
(Barreto, 2006, 41p.)
17
Capítulo III
3 Conclusão
Chegado à conclusão do trabalho, pudemos perceber que a psicologia, como
muitas outras ciências, evolui inevitavelmente dia a dia. A psicologia humanista tem
como principal virtude não desacreditar completamente o trabalho realizado pelas outras
forças da psicologia antes dela, mas criticar o que considerava não ser aplicável ao ser
humano e partir do que poderia ser resgatado dessas correntes para fazer uma ciência
que pudesse ajudar a desenvolver o potencial humano e dar alívio e sentido ao
sofrimento dos seres humanos.
A vida sem problemas não teria sentido, se nascêssemos com a vida resolvida,
isso eliminaria nosso poder de decisão, de escolha. A vida muito fácil e rotineira cria
um vazio existencial o sentido da vida se perde, uma saída para esse estado é encontrar
uma ilusão, um objetivo que deve ser difícil de obter, de modo que nos proporcione uma
enorme satisfação quando o alcançamos, mas não o impossível de alcançar, porque isso
nos causaria uma terrível decepção, com o qual também aprenderíamos, mas é
necessário experimentar o sucesso. A psicoterapia fenomenológico existencial entende
que grande parte das dificuldades emocionais se desenvolvem por conta de uma relação
inautêntica consigo mesmo e com os outros.
Por isso, sua prática pretende possibilitar o contato da pessoa com sua própria
existência de maneira mais autêntica e própria, alinhada com seus afetos, livre para
fazer escolhas e ir de encontro ou criar o que faça sentido para si, a cada momento. Para
tanto, o psicoterapeuta necessita de um grande preparo teórico e experiência prática para
se dedicar a este modo de fazer psicoterapia, que não é nada simples, pois parte muito
18
mais da filosofia do que da técnica científica. Além de conhecer os pressupostos,
demanda uma postura de abertura para os distintos modos de ser de cada pessoa.
4. Referências Bibliográficas
Afonso, F (2006); Para uma História da Psicologia e psicoterapia
Fenomenológico Existencial. Maceió: Pedang
20
Outras fontes:
21