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Aula 2
MELANIE KLEIN
TÉCNICA DO BRINCAR
Se Freud usou a terapia por meio da palavra, a criança vai brincar para
se expressar. Brincar corresponde à associação livre. A criança brinca com
objetos e dramatiza (muitas vezes com a analista). O brincar possibilita a
interpretação de ansiedades e defesas. A linguagem simbólica do brincar é
similar a linguagem do sonho.
O paciente tem de sentir a análise como algo separado de sua vida
familiar cotidiana para superar as resistências.
Aceitar os instintos destrutivos e integrar os objetos. A gente tende a
cindir o bem e o mal, e aos poucos juntamos isso.
Inibição no brincar
Agressividade
Introjeção e projeção
Ansiedades psicóticas
Relações objetais
Nos meninos: troca posição oral e anal pela genital, ele muda sua
posição libidinal e o objetivo, que passa a ser a penetração, mantendo
seu objeto amoroso, a mãe. (mantém a mãe)
Nas meninas: passar da fase oral para a genital e não muda o objetivo
(receptiva). A menina desenvolve a receptividade para o pênis e se volta
ao pai como objeto amoroso. (muda da mãe para o pai). Menina
continua receptiva.
Superego:
- Identificações contraditórias: bondade excessiva e severidade desmedida.
- Fantasias de pais que devoram, cortam e mordem. O medo de ser devorada e
destruída é consequência do desejo da criança de destruir o objeto libidinal,
mordendo-o, devorando-o e cortando-o em pedaços. A criança espera a
punição, castigo que corresponda à ofensa. (superego falando pro ego que ele
é mau)
- O superego se forma quando as fases sádico-oral e sádico-anal estão em
ascendência, por isso seu rigor sádico e o sentimento de culpa.
Estágio sádico-anal:
- A mãe tira o seio e agora não pode fazer coco etc. Desejos frustrados.
- Deseja tomar posse das fezes da mãe, penetrando no seu corpo, cortando-o
em pedaços, devorando-o.
- Quanto mais cruel o superego, mais cruel é a figura do pai castrador.
Brincar:
- Ajuda a dominar os medos pulsionais e os perigos internos pela projeção
destes no mundo exterior.
- Projetando se vence o medo e se prepara contra eles.
- Possibilitada que o mundo interno angustiante seja projetado e, assim,
aliviado.
Relações objetais:
- A criança encontra uma refutação de seus temores, projetando-os no mundo
exterior e, introjetando seus bons objetos reais, também alivia sua angústia.
- É necessário a presença de um objeto real para combater o medo do
superego e seus aterrorizantes objetos introjetados.
- Há uma constante oscilação entre objetos introjetados e reais, entre fantasia e
realidade: projeção, refutação e introjeção.
Período de latência:
- Ego e superego unem-se sujeitando o id e adaptando-se aos objetos reais, do
mundo exterior.
- Aparentemente o ideal é o menino bonzinho e bem comportado que
proporciona satisfação a seus pais e professores.