Você está na página 1de 5

Melanie Klein

Biografia

Nascimento 30 de março de 1882 em Viena

Morte 1960 em Londres

Pai, Médico Clínico Geral

4 filha e caçula, do casal

Mãe, tirana, possessiva e distribuidora

Vida de luto

Aos 4 anos de idade, irmã Sidone (com 8 anos) morre de tuberculose.

Aos 18 anos, seu pai morre.

Aos 20 anos, irmão Emmanuel morre de doença, drogas e desespero

Biografia

Em 1896 aos 16 anos se preparou para o exame de admissão ao liceu feminino, visando cursar
medicina.

Após o casamento com Arthur Klein em 1903, aos 21 anos de idade e logo após o casamento, 2
meses depois engravidou do primeiro filho, e abandonou o curso de medicina. Depois mudou
de área, cursou artes e história na faculdade, porém não se formou.

Teve três filhos, após o nascimento do segundo filho, ficou com depressão pós-parto e foi para
uma clínica de reabilitação, seus filhos foram criados pela sua mãe, depois de um ano da morte
de sua mãe, nasce o terceiro filho.

Fez tratamento psicanalítico com Sánder Fereczi em 1916, e tem contato com os textos
psicanalíticos de Freud sobre a interpretação dos sonhos.

Em 1919, publica seu primeiro texto em psicanalise de uma criança, Sociedade Húngara de
Psicanálise

Jaques Lacan, Foi expulso da sociedade psicanalítica internacional (Criada e idealizada por
Freud)

Carl Gustav Jung, faz uma abertura, uma dissidência da psicanálise de Freud.

No início de suas publicações, Melanie sempre citava Freud, e como ele apenas teorizou
algumas hipóteses sobre as crianças e nunca analisou uma, Melanie decide fazer analise de
crianças, aplicando a psicanalise que Freud utilizava em adultos.

Fase 1, expandindo conceitos freudianos, onde Freud teorizou que o superego era construído
entre os 3 à 4 anos de idade, nos estudos Melanie observou a construção do superego desde a
amamentação, onde através de comparações chegou ao resultado que o superego era
construído a partir dos 2anos e meio de idade.

Klein

- Superego, meses, constituído a partir dos 2 anos e meio de idade.

- Posição esquisso paranoide

- Posição depressiva

- Psicanalise em crianças

- Seio bom, Seio Mau

Fase 1 – 1932

Psicanálise de crianças, analise em crianças, complexo de édipo, super ego, são coisas
primitivas do desenvolvimento.

Fase 2 – 1934 (ainda presa aos conceitos Freudianos)

Posição depressiva, Mecanismos de defesa maníaca.

Em 1940, publica Psicogênese, Luto e suas relações com estados maníacos e depressivos .

Uma reformulação da teoria de Freud, e da psicanalise em crianças, Freud Faleceu em 1939,


tudo leva a crer que esses estudos de Melanie já estavam prontos, ela esperou 1 ano para sua
publicação e os publicou em 1940, provavelmente em respeito a Freud, onde teve que
expandir conceitos, refutar hipóteses e abrir o leque da pesquisa de analise em crianças para
outro leque de opções observadas. Seus textos incluem posição estrutura real do ego e do
superego.

Fase 3 – 1946

Estadia mais primitiva da posição esquizo-paranoide, mecanismos esquizoides.

Em 1947, publica o livro Inveja e gratidão.

Em sua teoria de psicanálise em crianças, utiliza a técnica de brincar, no momento de brincar a


criança poderia representar suas “ansiedades” e suas “fantasias”.

A associação livre para Melanie era diferente, da associação libre estudada por Freud em
adultos, em sua técnica “Sala de Recreio” ela começa a estudar e trabalhar os conflitos
inconscientes daquelas crianças, processo de transferência, o saber certo e errado, bom e mau,
e a reprodução das fantasias que as crianças tinham eram reproduzidas no processo de brincar.
Processos de defesa: negação, divisão ou expliting, projeção e introjeção.

Antes que a própria repressão se organize no inconsciente, nasce a teoria objetal como a
criança constrói um complexo mundo interno.
O Superego é construído gradualmente nesse mundo interno, estágios genitais(anal, fálico) o
ultimo estagio de uma construção das fantasias sexuais que as crianças criam em relação aos
seus pais.

Hipótese do Seio bom, Seio Mau.

Oral – sádica

Atacar o ceio da mãe, machucar, sugar ferozmente o leite de sua mãe.

Ele se percebe mau, e esse é o processo normal do desenvolvimento do ser humano.

Seio Bom, certo e errado, correto e incorreto, é como vamos vivenciar nossas fantasias internas
ao longo do processo.

Essa produção produz o seguinte processo na fase adulta

Seio Mau, um mundo fantasiado, idealizado.

Seio Bom, um mundo em que todos o perseguem.

A unificação desses dois objetos, todo mundo tem momentos bons e momentos maus, e é
normal no desenvolvimento das crianças.

Posição depressiva, você vai perder esse objeto pois um dia você o detestou.

Relação com a Mãe, namorada, ou Pai, namorado, e seu complexo de édipo.

Melanie Klein x Anna Freud

Ana Freud afirma que a análise do adulto tropeça com dificuldades maiores já que diz respeito
a objetos amorosos mais arcaicos e mais importantes do individuo (os seus pais, que
introjetaram por meio da identificação e cuja lembrança é protegida pela piedade filial).

Melanie Klein

Já Melanie Klein acredita que, apesar de muito semelhante, a técnica analítica com crianças
tem suas diferenças com as técnicas analíticas de adultos, uma vez que no psiquismo das
crianças ainda não existe a associação verbal plenamente estruturada, portanto, dificultando o
processo de associações livres.

Por outro lado, não somente acredita que a criança seja capaz de realizar transferência, como
também que a criança o faz espontaneamente, e que a mesma deve sim ser interpretada.

Sua solução se dá com o decorrer da sua experiência clínica com as crianças, e sugere a técnica
analítica do brincar para analisar as mesmas, uma vez que na situação do brincar as crianças
representam simbolicamente suas fantasias, seus desejos e suas experiências, o que
verbalmente ainda não conseguem fazê-lo com tanta perfeição.
Durante a brincadeira, o paciente projeta tanto no analista quando nos brinquedos as suas
tendências destrutivas e as tendências amorosas. Klein esforça-se para diferenciar a técnica
psicanalítica do brincar de ludoterapia, uma vez que a intenção da técnica psicanalítica do
brincar não é tão-somente a observação ou ainda o extravasamento de energias tensionantes.

A interpretação se dará, então, através da observação dos papéis que as crianças assumem nos
jogos, durante as sessões, assim como a gradativa modificação da excessiva severidade do
superego.

Através da análise tanto da transferência positiva quanto da transferência negativa, o analista


deve esforçar-se para eliminar a “idealização” que a criança faz de sua figura, o que é
dificultado pelo fato das análises infantis apresentarem resistências tanto quanto as análises de
adultos.

Outra diferença que também é marcante na teoria de M. Klein e de A. Freud está no início da
fase edipiana. Para Klein, tal fase inicia-se já com o desmame, por volta dos seis meses de
idade, e daí também surge um “supereu arcaico”, que desembocará na fase edipiana clássica
sugerida por Sigmund Freud em torno dos 4 a 5 anos de idade.

Entre a fase de supereu arcaico e o complexo de édipo, a criança desenvolve mecanismos de


introjeção e projeção, em que, dentre outras coisas, fragmenta o objeto de desejo em “bom” e
“mau”, introjetando-o e posteriormente projetando-o no mundo exterior, fragmentação esta
que também gera tensão. Surge então, na teoria de Klein, a fase “esquizo-paranóide” e a
“posição depressiva”.

Anna Freud considera o brincar uma questão secundária no marco de sua teoria e técnica em
Psicanálise de Crianças. Sua preocupação é a entrada do pequeno sujeito no dispositivo
analítico, a partir de um “treinamento” no qual o analista opera enquanto educador. Quando a
criança entra no trabalho de análise, sua técnica consiste na interpretação dos sonhos, dos
devaneios e dos desenhos.

O brincar e a colocação de brinquedos, fundamentais na teoria kleiniana, são para ela métodos
substitutivos e contingentes na análise com uma criança. Ela marca sua discordância do
simbolismo que utiliza Melanie Klein com relação ao brincar na sessão. O importante para
Anna Freud é o fato da criança estar em transferência, ou seja, numa vinculação tal com o
analista que possibilite sua intervenção e a interpretação.
Anna Freud entendia o brincar como atividade expressiva e não simbólica (pois o simbólico
estava ligado ao reprimido) e Melanie Klein via o brincar como alocução e destinado ao
analista, pressupondo diferentes níveis de simbolização conforme idade, nível de
funcionamento mental, quantidade e qualidade das angústias da criança.

Técnica do Brincar

Nessa técnica Melanie Observou que o brincar das crianças poderia representar sua ansiedade
e fantasias.

Ela defendia que como as crianças não são capazes de utilizar diretamente as técnicas da
psicanálise, através do jogo estas poderiam associar livremente e assim expor seus sentimentos
e conflitos.

A brincadeira era a maneira que a criança expressava seu mundo interno, por onde as
fantasias infantis eram expressas. Então, interpretá-la era a forma de interpretar os conteúdos
inconscientes das crianças.

Você também pode gostar