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Biografia
Vida de luto
Biografia
Em 1896 aos 16 anos se preparou para o exame de admissão ao liceu feminino, visando cursar
medicina.
Após o casamento com Arthur Klein em 1903, aos 21 anos de idade e logo após o casamento, 2
meses depois engravidou do primeiro filho, e abandonou o curso de medicina. Depois mudou
de área, cursou artes e história na faculdade, porém não se formou.
Teve três filhos, após o nascimento do segundo filho, ficou com depressão pós-parto e foi para
uma clínica de reabilitação, seus filhos foram criados pela sua mãe, depois de um ano da morte
de sua mãe, nasce o terceiro filho.
Fez tratamento psicanalítico com Sánder Fereczi em 1916, e tem contato com os textos
psicanalíticos de Freud sobre a interpretação dos sonhos.
Em 1919, publica seu primeiro texto em psicanalise de uma criança, Sociedade Húngara de
Psicanálise
Jaques Lacan, Foi expulso da sociedade psicanalítica internacional (Criada e idealizada por
Freud)
Carl Gustav Jung, faz uma abertura, uma dissidência da psicanálise de Freud.
No início de suas publicações, Melanie sempre citava Freud, e como ele apenas teorizou
algumas hipóteses sobre as crianças e nunca analisou uma, Melanie decide fazer analise de
crianças, aplicando a psicanalise que Freud utilizava em adultos.
Fase 1, expandindo conceitos freudianos, onde Freud teorizou que o superego era construído
entre os 3 à 4 anos de idade, nos estudos Melanie observou a construção do superego desde a
amamentação, onde através de comparações chegou ao resultado que o superego era
construído a partir dos 2anos e meio de idade.
Klein
- Posição depressiva
- Psicanalise em crianças
Fase 1 – 1932
Psicanálise de crianças, analise em crianças, complexo de édipo, super ego, são coisas
primitivas do desenvolvimento.
Em 1940, publica Psicogênese, Luto e suas relações com estados maníacos e depressivos .
Fase 3 – 1946
A associação livre para Melanie era diferente, da associação libre estudada por Freud em
adultos, em sua técnica “Sala de Recreio” ela começa a estudar e trabalhar os conflitos
inconscientes daquelas crianças, processo de transferência, o saber certo e errado, bom e mau,
e a reprodução das fantasias que as crianças tinham eram reproduzidas no processo de brincar.
Processos de defesa: negação, divisão ou expliting, projeção e introjeção.
Antes que a própria repressão se organize no inconsciente, nasce a teoria objetal como a
criança constrói um complexo mundo interno.
O Superego é construído gradualmente nesse mundo interno, estágios genitais(anal, fálico) o
ultimo estagio de uma construção das fantasias sexuais que as crianças criam em relação aos
seus pais.
Oral – sádica
Seio Bom, certo e errado, correto e incorreto, é como vamos vivenciar nossas fantasias internas
ao longo do processo.
A unificação desses dois objetos, todo mundo tem momentos bons e momentos maus, e é
normal no desenvolvimento das crianças.
Posição depressiva, você vai perder esse objeto pois um dia você o detestou.
Ana Freud afirma que a análise do adulto tropeça com dificuldades maiores já que diz respeito
a objetos amorosos mais arcaicos e mais importantes do individuo (os seus pais, que
introjetaram por meio da identificação e cuja lembrança é protegida pela piedade filial).
Melanie Klein
Já Melanie Klein acredita que, apesar de muito semelhante, a técnica analítica com crianças
tem suas diferenças com as técnicas analíticas de adultos, uma vez que no psiquismo das
crianças ainda não existe a associação verbal plenamente estruturada, portanto, dificultando o
processo de associações livres.
Por outro lado, não somente acredita que a criança seja capaz de realizar transferência, como
também que a criança o faz espontaneamente, e que a mesma deve sim ser interpretada.
Sua solução se dá com o decorrer da sua experiência clínica com as crianças, e sugere a técnica
analítica do brincar para analisar as mesmas, uma vez que na situação do brincar as crianças
representam simbolicamente suas fantasias, seus desejos e suas experiências, o que
verbalmente ainda não conseguem fazê-lo com tanta perfeição.
Durante a brincadeira, o paciente projeta tanto no analista quando nos brinquedos as suas
tendências destrutivas e as tendências amorosas. Klein esforça-se para diferenciar a técnica
psicanalítica do brincar de ludoterapia, uma vez que a intenção da técnica psicanalítica do
brincar não é tão-somente a observação ou ainda o extravasamento de energias tensionantes.
A interpretação se dará, então, através da observação dos papéis que as crianças assumem nos
jogos, durante as sessões, assim como a gradativa modificação da excessiva severidade do
superego.
Outra diferença que também é marcante na teoria de M. Klein e de A. Freud está no início da
fase edipiana. Para Klein, tal fase inicia-se já com o desmame, por volta dos seis meses de
idade, e daí também surge um “supereu arcaico”, que desembocará na fase edipiana clássica
sugerida por Sigmund Freud em torno dos 4 a 5 anos de idade.
Anna Freud considera o brincar uma questão secundária no marco de sua teoria e técnica em
Psicanálise de Crianças. Sua preocupação é a entrada do pequeno sujeito no dispositivo
analítico, a partir de um “treinamento” no qual o analista opera enquanto educador. Quando a
criança entra no trabalho de análise, sua técnica consiste na interpretação dos sonhos, dos
devaneios e dos desenhos.
O brincar e a colocação de brinquedos, fundamentais na teoria kleiniana, são para ela métodos
substitutivos e contingentes na análise com uma criança. Ela marca sua discordância do
simbolismo que utiliza Melanie Klein com relação ao brincar na sessão. O importante para
Anna Freud é o fato da criança estar em transferência, ou seja, numa vinculação tal com o
analista que possibilite sua intervenção e a interpretação.
Anna Freud entendia o brincar como atividade expressiva e não simbólica (pois o simbólico
estava ligado ao reprimido) e Melanie Klein via o brincar como alocução e destinado ao
analista, pressupondo diferentes níveis de simbolização conforme idade, nível de
funcionamento mental, quantidade e qualidade das angústias da criança.
Técnica do Brincar
Nessa técnica Melanie Observou que o brincar das crianças poderia representar sua ansiedade
e fantasias.
Ela defendia que como as crianças não são capazes de utilizar diretamente as técnicas da
psicanálise, através do jogo estas poderiam associar livremente e assim expor seus sentimentos
e conflitos.
A brincadeira era a maneira que a criança expressava seu mundo interno, por onde as
fantasias infantis eram expressas. Então, interpretá-la era a forma de interpretar os conteúdos
inconscientes das crianças.