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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE OLINDA

CURSO DE PSICOLOGIA

Débora Elen Victoria Gouveia Gomes

Resenha do Capítulo 5 Breve histórico da técnica do livro Ludodiagnóstico.

Olinda,
2023.
O ludodiagnóstico é um instrumento de investigação clínica no qual, por meio da
utilização de brinquedos, estruturados ou não, o profissional procura estabelecer um vínculo
terapêutico com a criança, visando ao diagnóstico de sua personalidade.
O capitulo 5 aborda uma breve história da técnica ludodiagnóstica, que tem como
fundamentos teóricos trabalhos de psicanalistas como Melanie Klein, Ana Freud, Winnicott,
entre outros estudiosos da psicanalise. É um instrumento de investigação clinica incluído nas
técnicas expressivas como uma ferramenta por meio do qual o brincar, permite o estudo e
diagnostico do funcionamento mental da criança. É importante enfatizar que Freud descobriu
a psicologia infantil a partir da sua psicanalise com adultos, sem nunca ter atendido crianças.
Ao analisar os adultos, identificou que as demandas estavam quase sempre interligadas a
infância. Deve-se considerar o comportamento da criança em uma manifestação lúdica como
a expressão desses vários tipos e vínculos afetivos, manifestação de dependência ou completa
desorganização ou ausência de prazer na relação.

Em 1908, Hermine von Hug-Hellmuth começou a ser analisada por uma psicanalista
que a apresentou para Freud. Desde então começou a estudar a psicanalise e a aplicar
conhecimentos psicanalíticos no atendimento de crianças e adolescente. Ela reconhecia a
importância da comunicação desde a primeira sessão terapêutica e a importância do brincar
como forma de permitir a expressão da problemática. Hermine abstinha-se de aprofundar
questões do édipo para não despertar tendências reprimidas que a criança era incapaz de
assimilar e ela acreditava que o papel do analista era o de exercer uma influência negativa.

Ana Freud realizou várias contribuições como: fase preparatória, situação analítica
modificada, transferência nas crianças e ao brincar e a associação livre. Ela acreditava que a
criança começava sem entendimento do processo terapêutico. Defendia uma postura afetuosa
entre cliente e analista como forma de vincular ambos. Acreditava que o analista deveria se
colocar quanto educador. Além disso Klein afirmava que os pacientes desejam ver no analista
uma figura de autoridade, amada odiada. De acordo a teoria de transferência na época, Ana
Freud acreditava que a criança ainda se acha sob os cuidados de seus objetos primários., ou
seja, mãe e pai.

Ana Freud não acreditava no brincar e é equivalente a associação livre do adulto, na


medida que também não considerava a existência da neurose de transferência. Klein viu no
brinquedo a linguagem de expressão da criança. Os analistas da época costumavam encarar o
brincar como uma atividade inocente, porém tanto Klein como Anna um interesse pelo estudo
da natureza da simbolização. Apoiavam Freud, de que por meio do brinquedo a criança
expressa e elabora sua angustia.

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