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A CONSTRUÇÃO SOCIAL DO CONCEITO DE INFÂNCIA:

A infância ou a preocupação com a criança são inexistentes antes do século XVI.De acordo
com Aries: não há relatos históricos que evidencie uma preocupação-reconhecimento da
criança como parte do construto social
A infância é uma construção histórica
1º moviemento após sec XVII com características da heteronomia (ausência de autonomia),
reconhecia sua existência biológica e negava-se sua autonomia: Eram expostas a violência /
Não tinham poder sobre seus corpos / Ausência de autonomia(heteronomia-perdura até hoje),
depende do cuidador / Compartilham os mesmos lugares, festas / Sem reconhecimento
social... sem espaço. /Incapacidade plena-precisam de cuidado.
2ºmovimento Sec XIX XX, novo pensamento positivista Descartes, o dualismo corpo-alma
Importância a necessidade de proteção, amparo e dependência / Rígida disciplina e controle
de seus corpos / Irracional – imcapacidade cognitiva, até Rosseau(1ºpedagogo), eliminar
prisões propõe uma educação sem juízes exércitos. / A partir da Revolução Francesa o
Estado passa a se preocupar com a criança e o interesse por ela./ controlar "os humores
endoidecidos" das crianças, Durkheim: três elementos da moralidade:
DISCIPLINA(obediência a autoridade), ESPÍRITO DE ABNEGAÇÃO(abrir mãos de suas
necessidades) E AUTONOMIA DA VONTADE(submeter as regras impostas como se fossem
sua vontade).
Conceito contemporâneo Escolarização das crianças / Espaços segregados e
definidos(playground) / Papeis definidos / Família – criticada como incapaz de educar,
socializar, cuidar / Família nuclear – poucas gerações, casal e dois filhos. Distanciamento
afetivo / O crescimento uma sucessão de fases
A criança sob psicanálise: Freud com a Psicanálise abre um campo de investigação antes
desconhecido. Introduz a noção de inconsciente e abala a confiança que a cultura ocidental
deposita na razão.
“Descobre” a sexualidade infantil e contesta a ideia da “inocência” da criança
A infância era encarada como “inocente” e isenta dos intensos desejos do sexo... poucos dos
achados da Psicanálise tiveram tanta contestação universal ou despertaram tamanha
explosão de indignação como a afirmativa de que a função sexual se inicia no começo da
vida. Freud
A criança que Freud descortina é um sujeito desejante, ela está submetida às leis da
linguagem que a determinam, demandando amor e não só os objetos que satisfaçam as
necessidades. Não é a criança “inocente”, aquele ser em quem o “demônio da sensualidade”
não provoca abalos, inquietações e perturbações.
A construção criança começa antes mesmo de ela nascer biologicamente. ela já é falada
pelos outros, já é marcada pelo desejo inconsciente dos pais e ocupa um lugar no
imaginário desses pais. lugar marcado simbolicamente pelo fato de o ser humano pertencer a
uma dada filiação, a uma dada sociedade, a uma dada cultura
Freud acentua é a importância das impressões nos primeiros anos de vida para a
compreensão dos distúrbios no adulto.
Os pais idealizam a criança, Esperam que ela seja inteligente, educada, obediente, boa
aluna, asseada, ordeira, etc., enfim, uma supercriança que se transformará num superadulto.
A Psicanálise sublinha que idealizar o outro (criança, aluno, amigo, cônjuge, etc.) é inevitável,
na medida em que qualquer relação com o outro traz a marca do narcisismo, que faz parte da
constituição do sujeito humano, e ninguém se livra dele ou se “cura” dele
amnésia infantil. conhecida e explicada pela ciência por uma imaturidade funcional da
criança para registrar as suas impressões. ela resulta do recalcamento. Psicanálise afirma
que a criança é sempre um enigma para o adulto
O que Freud afinal descortina é: a criança visada pelo gozo, gozo que deixa seus traços no
adulto, em seus sucessos e seus fracassos, suas perversões ou suas sublimações / sujeito
que escapa ao controle da educação ao propor uma criança dotada de uma sexualidade
perverso-polimorfa(toda criança - minimamente saudável - seria capaz de experienciar
prazer de múltiplas maneiras, em múltiplas zonas do corpo e com múltiplos objetos).
3 ABORDAGENS A psicoterapia infantil representa um investimento na promoção e na
legitimação da escuta e do protagonismo da criança. Ludoterapia, chefe na maioria das
psicoterapias o brincar no setting terapêutico não se resume à diversão, mas serve de
suporte para que a criança elabore e desenvolva as situações conflitantes que fazem
parte de seu desenvolvimento. um constante recriar de situações.
PSICANÁLISE O principal instrumento de cura da psicanálise é a fala do paciente, o
inconsciente pode se manifestar e mesmo quando o paciente não fala, o psicanalista busca
em seu comportamento aquilo que pela palavra não foi declarado.
o sintoma na criança é diferente do sintoma no adulto: estruturação simbólica está se
constituindo / sua interação com o mundo externo é nova / depende fundamentalmente de
outra pessoa. /O sintoma na criança trata-se de um apelo ao outro, um pedido de socorro.
brincar corresponde ao princípio fundamental da psicanálise, ou seja, a associação livre
e as interpretações correspondem aos outros dois princípios fundamentais: a investigação do
inconsciente e a análise da transferência.
ANNA FREUD: importância de considerar fatores externos e a própria realidade. participação
dos pais, oferecer-lhes orientações acerca da educação do filho.
M Klein Supremacia dos processos internos / na necessidade de orientações para os pais,
encaminhados para outro analista, evitando contato do analista com os pais. / o analista não
pode ser ao mesmo tempo analista e educador / o brincar vem substituir o falar /a
interpretação só pode ocorrer quando a criança repete a expressão do material psíquico em
diferentes versões
Winnicott. Sua teoria foi desenvolvida acerca do brincar, enfatizando que a brincadeira é
primária e não resultado de sublimação de instintos, brincar juntos / próprio brincar, por si só,
tem função de terapia / brincar precisa ser livre, espontâneo e não submisso
PSICOTERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL Busca a promoção da autonomia e do
autoconhecimento e o aprimoramento da relação da pessoa com seu ambiente. uma
agência de controle
Características mais relevantes 1 as atitudes científicas de objetividade, empirismo e
parcimônia 2 consideração de que os comportamentos dos indivíduos são determinados por
variáveis ambientais próximas e pertencentes ao contexto social mais amplo a analise
pautada nos pressupostos behavioristas propõe: descrever as modificações sucessivas nas
interações entre o fazer humano e o ambiente no qual este fazer ocorre.
Na prática clínica analítico-comportamental persiste o paradigma da aprendizagem
operante, de que todo comportamento é aprendido e, como tal, pode ser modificado,
descarta-se deste modo a noção de um “eu interno” iniciador de ações.
Assim, criança e ambiente constituem um conjunto que precisa ser analisado na relação que
se estabelece entre eles. É trabalho do terapeuta comportamental analisar esta relação de
influências entre pessoa e ambiente e propor alterações com base nos princípios
behavioristas de análise e intervenção.
Na premissa de que os comportamentos são variáveis do ambiente e no estabelecimento de
uma aliança terapêutica bem-sucedida, é possível a manipulação e discriminação de
contingências.
Aliança terapêutica é estabelecida quando o comportamento do terapeuta se mostra jovial e
dinâmico,
O setting terapêutico necessita de adaptações para um ambiente reforçador
Antes buscava-se a mudança do comportamento sem a presença da criança. Hoje a
participação é considerada importante. O terapeuta também pode ampliar e buscar entrevista
com professores. O núcleo familiar está incluído, no processo de investigação e intervenção.
o terapeuta faz uso de brincadeiras, jogos, encenações e desenhos enquanto ferramentas
lúdicas que auxiliam o processo de expressão da criança. O psicoterapeuta analítico-
comportamental infantil tem como característica singular a busca por formas diversificadas
de obtenção de informações, visitas aos familiares, à escola, aos demais profissionais
envolvidos com o tratamento
outro foco da terapia comportamental: a promoção de comportamentos autônomos no
repertório da criança. O terapeuta enfraquece aos poucos o seu controle, mas prossegue
acompanhando o progresso do cliente por um longo tempo, prestando atenção nas perdas e
nos ganhos das mudanças realizadas e nos resultados.
FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL INFANTIL: A COMPREENSÃO DA CRIANÇA COMO
SER-NO-MUNDO o método fenomenológico investiga o sentido da experiência pela escuta e
fala através das reduções fenomenológicas. As reduções fenomenológicas consistem na
busca do sentido partindo do significado. É responsabilidade do psicoterapeuta realizar as
reduções fenomenológicas e as pontuações que possibilitam ao cliente ampliar suas
perspectivas. No caso específico das crianças, alguém acha que ela precisa tratamento e é
necessário questionar de quem é essa crise
MAICHIN (2004) psicoterapia infantil enfatizará a compreensão na perspectiva da criança,
então caberá ao psicólogo retomar com a criança a queixa inicial, para poder oportunizar o
posicionamento da razão de ela estar em tratamento psicológico. compreensão só será
possível através da rede de relações familiares e interpessoais da criança e, para isso, é
necessária a participação ativa dos pais é preciso primeiro entrevistar os pais, sozinhos ou
acompanhado da criança. Os atendimentos infantis são feitos com a caixa lúdica, Através dos
jogos e brinquedos a criança se expressa, ela consegue revelar seu modo de ser-no-mundo.
profissional fará a análise durante a brincadeira como, por exemplo, a criança escolhe o
brinquedo, como o manuseia, e como ela se movimenta durante a brincadeira. é importante
não interpretar e sim questionar a criança não são utilizados testes seguindo seus manuais
permite ao profissional realizar visitas domiciliares, com autorização prévia dos pais e da
criança; com isso, busca-se o maior entendimento do vínculo familiar. nessa abordagem, a
infância não determina a personalidade porque novas configurações ao longo da vida darão
diferentes contornos a essa personalidade
CONCLUSÃO PSICANÁLISE: objetivo: Desvelar do inconsciente TECNICA Associação livre
e na análise da transferência do brincar a cura pela fala uma vez que o inconsciente se
manifesta pela linguagem. Terapeuta Mais ou menos diretiva – depende do autor que optar.
Comportamental: Objetivo: Investigar os determinantes da relação sujeito-ambiente.
TECNICA Análise das contingências que atuam nas interações mais significativas do cliente,
assim, busca-se investigar as variáveis que mantêm o seu padrão comportamental. Terapeuta
Pode ser mais diretivo Caráter educativo (modelagem na sessão, atendimento aos pais)
Estende o atendimento e a investigação para a família
Fenomenologia Objetivo Obter o sentido da existência do cliente enquanto ser-no-mundo.
Tecnica Interpretação é evitada, em seu lugar surgem questionamentos. Terapeuta Menos
diretivo (educador) evita assumir este papel. Estende o atendimento e a investigação para a
família
CONVERGE Sujeito que se constitui nas relações Busca que o cliente seja capaz de alcançar
autonomia e bem-estar Dar voz à criança, O possível ao trabalhar com o autoconhecimento
do cliente e ao possibilitar condições não punitivas para a livre expressão. Preocupam-se em
fazer uso do modo de expressão particular da criança: o brincar Preocupam-se em fazer uso
do modo de expressão particular da criança: o brincar
Diverge Determinantes da condição atual do cliente que o traz à psicoterapia Diferem na
compreensão acerca do sujeito e da problemática Características do conteúdo
WINICOTTEnfatizou a importância das primeiras relações no desenvolvimento da
personalidade.
Maternagem (a importância do acolhimento materno para um desenvolvimento integrado da
criança). Introduziu o olhar cuidadoso e interessado para os pais na análise da criança.
Introduziu a noção de espaço transicional, fundamental para entender o processo de
diferenciação da criança / O objeto transicional (o brinquedo)

M.MANNONI – Escola Francesa. - A noção de que: “a criança não é a doente”. Começa a


interessar pelo que está sendo pedido quando se traz a criança para o tratamento, e de quem
é o pedido. Percebe-se aqui a importância da família no processo terapêutico. -Questiona a
função pai e mãe biológico nas primeiras relações. Introduz o papel de cuidador. Função
materna de acolhimento e cuidado. Função paterna como limite e separação. Telma
Fulgêncio C.C.Melo

A perspectiva humanista existencial fenomenológica


surgiu pós-guerra com a publicação dos livros de Virginia Axline: Ludoterapia e Dibs em
busca de si mesmo. Mudança de paradigma,Saiu da livre associação e interpretação para a
busca do sentimento através da Reflexão de Sentimentos. Processo terapêutico centrado na
criança: - Aceitação da criança como ela se apresenta. - Intervenções descritivas - Postura
não diretiva - Respeito pelo seu tempo. - Reflexão de sentimentos. Movimento de ir ao
encontro da criança, encontra-lá em seu mundo e envolver-se em sua brincadeira durante as
sessões é a base da condução do processo terapêutico.
Denominamos saudável o indivíduo que relaciona criativamente com o meio enquanto
indivíduo único, com vistas à expressão e atendimento de necessidades, mantendo, ao
mesmo tempo, uma relação respeitosa com o outro em sua unicidade. Frazão, 1997.
funcionamento não saudável um fenômeno interativo que ocorre na fronteira do contato e
que se refere à inabilidade de relacionar criativamente com o meio

TEXTO: A filosofia da existência consiste em não partir de pressupostos de que a


constituição do homem já está apriori dada, seja pela constituição biológica, psíquica ou
pelos condicionamentos ambientais.
É no existir, em sua articulação homem/mundo que a existência acontece. Este modo de
articular à existência humana é expressa na máxima de Sartre (1943/1997) de que “a
existência precede a essência”
Heidegger: ser-aí da criança: suspender toda e qualquer pressuposição teórica - seja da
Psicologia ou da Biologia
Husserl (1952/ 2007) vai denominar este posicionamento referente àquilo que se mostra de
atitude antinatural. Reduções fenomenológicas

como acontece esse constituir-se, já que a criança ao nascer já se constitui na relação com o
mundo. Cabe perguntar como isto é possível, se a criança nada sabe, nada conhece. Não
haveria uma determinação biológica, que a levaria a sobreviver, conduzindo-a a alimentar-se?
Ou ela não sobreviria caso não tivesse a presença de outros homens? Estas questões foram
amplamente debatidas na década de 50 e 60, quando o menino Victor, abandonado em uma
selva, nos primeiros anos de vida, foi encontrado em Eveyron, na França.
é na relação que a existência se constitui
Para Heidegger, pensar no ser-aí das crianças requer, primeiramente, esclarecer de que
modo se dá este ente em seu primeiro momento de vida. Em uma interpretação existencial,
partimos da noção de que, desde o início, a criança, ser-aí, é um ente que tem o caráter de
indeterminado, exposto, jogado, lançado para fora dele. Ao tomar a existência como se
constituindo pela indeterminação, deslocamo-nos de qualquer tentativa de posicionar o
homem a partir de determinações biológicas ou sociais para aproximarmo-nos assim da
existência mesma
Em síntese, a clínica psicológica infantil com fundamentos existenciais requer primeiramente
uma postura fenomenológica, suspendendo todos os posicionamentos teóricos – seja da
psicologia do desenvolvimento, da personalidade, da aprendizagem ou qualquer outro. Em
segundo lugar, cabe dizer que liberdade e responsabilidade na perspectiva existencial dizem
respeito ao caráter de indeterminação da existência e ao fato de que, qualquer que seja a
etapa da vida, cada um tem de cuidar de sua existência. Tomar a existência como se
constituindo pela indeterminação, consiste em deslocar-se de qualquer tentativa de posicionar
o homem, no caso, a criança, a partir de determinações biológicas ou sociais. E, por fim, para
pensar em uma clínica fenomenológicoexistencial infantil, é preciso partir da ideia de que
desde o início a criança é este ente que, por se constituir pela indeterminação, exposto,
jogado, lançado para fora dele, livre de determinações, é marcada pelo caráter de poder ser e
ter de ser.

Adotar uma atitude fenomenológica na clínica psicológica implica em não fazer ou pensar o
que naturalmente se faz ou se pensa. Junto à criança, o profissional não assumirá no lugar
dela o seu cuidado, ou seja, a responsabilidade pelo seu existir.
o psicólogo pode questionar o que naturalmente se toma como verdade pronta e acabada.
Nisso consiste o seu ofício.
a atenção volta-se para a criança em seu modo próprio de comportar-se, deixando-a que ela
se mostre por si mesma. Mantê-la em liberdade, entregando-a a sua própria tutela, ou seja, à
sua responsabilidade, é a própria relação psicoterápica. Deixá-la caminhar por si mesma, sem
tentar desonerá-la desta tarefa de diferentes modos,

Articular uma proposta de clínica infantil com base na filosofia existencial torna-se possível ao
tomar a criança na mesma perspectiva em que se toma o adulto.

LUDOTERAPIA DESENVOLVIDA POR VIRGINIA MAY AXLINE


Axline trabalhou com Carl Rogers (19021987), fundador da Abordagem Centrada na Pessoa.
Adotando o método não diretivo no atendimento a crianças, Axline publicou, em 1947, a obra
Ludoterapia
os princípios que considera indispensáveis por Virginia May Axline.
a primeira condição é gostar de crianças / respeitá-las e tratá-las com sinceridade / atitude
diferente daquela dos outros adultos / deve ser permissivo e aceitador / não dar ordens / não
apressar a criança por impaciência
Assim, a absoluta permissividade, construída sobre absoluta ausência de sugestões, é mais
produtiva para a terapia e requer do terapeuta extrema atenção para que essa atmosfera de
permissividade seja mantida O terapeuta se mantém alerta para manter uma postura de
neutralidade, intervindo minimamente na situação terapêutica.

O MÉTODO DE VIOLET OAKLANDER: GESTALT-TERAPIA


Esta autora utiliza-se do brincar de situações, em terapia, da mesma maneira que poderia
utilizar uma história, um desenho, uma cena na mesa de areia, um teatro de bonecos ou uma
improvisação. Com relação à Gestalt-terapia, esta abordagem tem uma base existencial
fenomenológica e seus pressupostos teóricos básicos são: Psicologia da Gestalt, Teoria de
Campo e a Teoria Organísmica. Estes referenciais enfatizam os processos de percepção,
bem como as interações que a pessoa estabelece com o meio, a forma como se autorregula e
organiza a sua existência.

O PSICODRAMA DE MORENO Na origem do Psicodrama criado por J. L. Moreno, está o


Teatro Espontâneo, o treino da espontaneidade através do desempenho e inversão de
papéis. No teatro para a espontaneidade ou no teatro da espontaneidade, o jogo de criar
personagens é a base da proposta (Motta, 2002). Gonçalves (1988), quando diz que “o
psicodrama é, como outras, uma psicoterapia na qual a criança tem a oportunidade de se
expressar e de se relacionar por meio da brincadeira e do jogo. O que o caracteriza e o
diferencia tecnicamente de outras ludoterapias é o preparo do terapeuta para se
prontificar, muitas vezes, a propor cenas, jogos, procedimentos dramáticos e a dirigi-los,
algumas vezes, assim como contracenar com a criança.
Têm cenários, ação (drama), atores que desempenham papéis e direção.
Psicoterapia, favorece o brincar, o desenvolvimento da fala e o surgimento da palavra
inconsciente, da qual se põe à escuta.” Por fim, a prática da psicoterapia infantil ajuda a
desenvolver habilidades importantes na formação profissional do psicólogo, tais como
compreender outro padrão de comunicação através das múltiplas linguagens utilizadas pela
criança: brincar, dramatizar, desenhar, recortar; / lidar com outras pessoas ligadas à criança,
a fim de tê-las como aliadas no seu atendimento;/ atuar em diferentes momentos do
desenvolvimento psíquico (do nascimento à vida adulta), /e outras situações em que o ser
humano necessite de ajuda.

TCC A terapia cognitivo-comportamental enfoco o relacionamento entre os seguintes


elementos: • cognições (o que pensamos) • afeto (como nos sentimos)
• comportamento (o que fazemos) A terapia cognitivo-comportamental demonstrou efeitos
positivos no tratamento de uma série de problemas psicol6gicos infantis comuns • O
comportamento é influenciado por eventos e processos cognitivos. • Mudar os processos
cognitivos pode levar a mudanças no comportamento.

os eventos ativadores (A) são avaliados em relação às crenças (B), o que resulta em
consequências emocionais (C). As crenças podem ser racionais ou irracionais, com os
estados emocionais negativos tendendo a surgir das crenças irracionais e sendo mantidos por
elas.

A terapia cognitivo-comportamental preocupa-se em entender como os eventos e as


experiências são interpretados e como identificar e mudar as distorções ou déficits que
ocorrem no processamento cognitivo.
A terapia cognitivo-comportamental supõe que a psicopatologia resultada de anormalidades
no processamento cognitivo. Em particular, presume-se que as dificuldades sejam associadas
com déficits ou distorções cognitivas.

A TCC é determinada teoricamente: baseada em modelos testáveis empiricamente, que


fornecem os fundamentos para a intervenção / baseada em um modelo colaborativo:
desenvolver uma parceria na qual o jovem é capacitado a atingir um melhor entendimento dos
seus problemas / tem uma duração limitada: é breve e de duração limitada, frequentemente
consistindo em não mais de 16 sessões/ é objetiva e estruturada: guia o jovem por meio de
um processo de averiguação, formulação de problemas, intervenção / tem um enfoque no
aqui e agora: enfocam o presente, lidando com problemas e dificuldades atuais / Baseada em
um processo orientado de autodescoberta e experimentação: encoraja o
autoquestionamento / é uma abordagem baseada nas habilidades: para aprender padrões
alternativos de pensamento e comportamento.
propósito geral da terapia cognitivo-comportamental é aumentar a autoconsciência, facilitar o
auto-entendimento e melhorar o autocontrole pelo desenvolvimento de habilidades cognitivas
e comportamentais mais apropriadas.
Ciclo PENSAMENTOS DISFUNCIONAL: Exageradamente negativos Autocríticos Seletivos e
enviesados FUNCIONAL Mais positivos Reconhecem o sucesso Equilibrados, reconhecem
capacidades
COMPORTAMENTO DISFUNCIONAL Evitativo Pouco determinado Inapropriado
FUNCIONAL Confrontador Persistente Adequado
SENTIMENTO DISFUNCIONAL Incomodado Ansioso Deprimido enraivecido FUNCIONAL
Contente Relaxado Feliz Calmo
o equilíbrio entre as intervenções cognitivas e comportamentais varia consideravelmente nos
programas de TCC.
• Os componentes essências de muitos programas de TCC incluem os seguintes:
monitoramento dos pensamentos, sentimentos e/ou comportamentos; psico-educação e
formulação de problemas; identificação, desafio e verificação de cognições; desenvolvimento
de habilidades cognitivas novas; aprendizado de maneiros alternativos de controlar a
ansiedade ou as emoções desagradáveis; aprendizado de comportamentos novos;
estabelecimento de alvos e designação de exercidos para coso; reforço positivo.

Crianças de pelo menos 7 anos poderão se engajar na TCC.


• A intervenção preciso ser projetada poro o nível de desenvolvimento cognitivo da criança.
• O desafio para o profissional é traduzir conceitos abstratos em exemplos cotidianos simples
e concretos, com os quais a criança pode se relacionar.

Em nível elementar, as crianças precisam ser capazes de acessar e comunicar seus


pensamentos.
Acessando e comunicando pensamentos Questionamento direto: descreva o que você esta
pensando. Abordagem indireta: descreva uma situação difícil. O que os outros podem estar
pensando Balões de pensamento

Para engaiar-se no TCC, os crianças têm que ser capazes de realizar tarefas como: • acessar
e comunicar seus pensamentos; • gerar atribuições alternativas paro os eventos• estar
conscientes de emoções diferentes; • fazer a ligação entre pensamentos, sentimentos e
eventos. isso pode ser avaliado de várias maneiras adequados à faixa etária, pela utilização
de jogos, quebra-cabeças, marionetes, desenhos e quadrinho.

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