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UNIVERSIDADE DE GUARULHOS

CURSO PSICOLOGIA

Integrantes

Katy Lívia da Silva RA28259525


Regiane C P Santos RA 28244840
Catia C. A. Santana RA 28215484
Leandro R. X. Casarini RA 28268425
Marelyza S.de Oliveira RA 28256448
Isis Antunes da Silva RA 28292488
Eduarda Melo Brito RA 28291598
Gabriel H. P. Fonseca RA 28299839

PSICOTERAPIA INFANTIL

ESTUDO DE CASO DIBS EM BUSCA DE SI MESMO

GUARULHOS-SP

2021
Integrantes

Katy Lívia da Silva RA 28259525


Regiane C P Santos RA 28244840
Catia C. A. Santana RA 28215484
Leandro R. X. Casarini RA 28268425
Marelyza S.de Oliveira RA 28256448
Isis Antunes da Silva RA 28292488
Eduarda Melo Brito RA 28291598
Gabriel H. P. Fonseca RA 28299839

PSICOTERAPIA INFANTIL

ESTUDO DE CASO DIBS EM BUSCA DE SI MESMO

Trabalho de Psicologia da
Universidade de Guarulhos com requisito à
Avaliação da disciplina
Psicoterapia infantil da Professora Sônia
Maria.

GUARULHOS-SP

2021
DIBS: EM BUSCA DE SI MESMO CASO CLÍNICO

1. QUEIXA

A principal queixa de Dibs era referente à escola, ele não participava das aulas, se
isolava, não interagia com os colegas de classe em casa, ele também não interagia
com sua família e nem conversava a partir disso o corpo docente da escola de Dibs,
decidiu procurar sua mãe e pedir o encaminhamento dele a um psicólogo.

No início de suas sessões, ele ficava muito quieto e introspectivo, mas com o decorrer
ao passar das sessões, ele foi ficando mais a vontade e evoluindo aos poucos com os
objetos que lhe eram disponíveis durante o tempo de sua terapia e foi demonstrando o
quanto não gostava de sua família, sendo eles o pai, a mãe e sua irmã caçula, a
Dorothy. Na sessão de ludoterapia, Dibs começa a relatar em forma de brincar
algumas questões importantes, como em uma de suas primeiras falas na sessão;
portas trancadas, não. Portas trancadas, não. Portas trancadas, não. Sua voz trazia
um apelo de desesperada urgência. (AXLINE, 1973, p. 39) Ao brincar com a casinha
de bonecas, Dibs descobre que as paredes são removíveis, então começa a afastá-
las uma a uma e então diz: - Não gosto de paredes. Dibs não gosta de paredes. Joga
fora, bem longe, todas as paredes, Dibs.

Ele então começa a libertar-se das paredes que parecem estar o asfixiando. (AXLINE,
1973, p.40)

Ele aprendeu a entender seus sentimentos e relacionar-se com os outros através da


ludoterapia (técnica do brincar) que fazia em suas sessões.
2. HISTÓRICO FAMILIAR E DINÂMICA DAS RELAÇÕES
FAMILIARES.

Dibs um menino de cinco anos de idade que não falava e tinha um comportamento
agressivo com os pais, colegas, professores e todos que o cercavam.

Seus pais eram da alta sociedade, o pai era cientista e a mãe cirurgiã. Após descobrir
a gravidez os pais os rejeitaram, pois diziam que ele tinha arruinado a carreira da mãe
que fluía, e a gravidez não foi planejada.

Quando Dips nasceu a mãe deixou de trabalhar para cuidar do filho e em seguida
engravidou novamente de sua outra filha, Dorothy. Seu pai era um conhecido
cientista, e com eles também morou sua avó, que após um tempo mudou-se para
outra cidade.

3. SAÚDE / DOENÇAS

 Trata se do desabrochar de uma criança com personalidade forte e saudável,


portanto marcado por profundos traumatismos. Porém Dibs apresentava
comportamentos diferenciados, era silencioso ou gritava, lutava, engatinhava, tinha
avesso de raiva, sempre quando alguém tentava estabelecer um diálogo com ele,
todos se sentiam desafiados pelo garoto. Suspeitavam de retardo mental, lesão
cerebral, autismo ou problemas emocionais.

4. VIDA ESCOLAR

Dibs frequentava uma escola particular, destinada exclusivamente a crianças de três a


sete anos de idade, que ficava instalada em uma bela mansão.

Os professores demonstravam preocupação com Dibs, pois apesar de apresentar


inteligência em alguns momentos, em outros achavam que ele tinha
comprometimento cognitivo, pois ele agredia seus colegas de classe e chegando ao
ponto de que os professores pedissem para os pais dele procurar ajuda com um
psicólogo para que pudessem entender melhor o que acontecia com a criança, que
entre outras coisas, não interagia e por várias vezes ficava isolado das atividades em
sala de aula, permanecia em algum lugar da sala ou ficava andando de um canto a
outro, engatinhando, sempre sozinho e aparentava estar sempre ausente de tudo que
o rodeava.

1. PSICOTERAPIA

I. Contato com a família


Rejeitado pela mãe como portador de deficiência mental. Aqui é apresentado os este
reótipos eestigmas familiares e sociais que as crianças estão sujeitas, estão sujeitas
e podem alterar seu desenvolvimento, bloqueando sua expressão, tornando-a
isolada e agressiva, incapaz de aprender. A mãe de Dibs, afirma que seu filho está
infeliz, sai do quarto com frequência e se mantém silencioso, diz que é um menino
difícil, é sempre muito frisado que sua gravidez não foi planejada e que carrega um
fardo, pois destruiu sua vida em todos os âmbitos. Em dado momento a mãe diz que
sentia vergonha de ter um filho com deficiência mental, e se ofende quando o
psiquiatra diz que Dibs é uma criança rejeitada e que seus pais necessitam de
ajuda. Em contrapartida, fala de sua filha mais nova como perfeita evidenciando que
o problema não está nos pais, mais que ela foi enviada para o internato devido à
convivência difícil de Dibs. Ou seja, todos os problemas da família são atribuídos ao
Dibs.

II. Psicoterapia da criança

É possível analisar a Ludoterapia como uma técnica não-diretiva que da


oportunidade à criança de relacionar-se, falar e agir livremente, emanar seus
recalques e traumas e, através do carinho e aceitação do psicoterapeuta, superá-los
e construir o seu Eu, relacionando e reintegrando à escola e à sociedade. No caso
de Dibs, pode-se inferir que a falta do relacionamento afetivo com os pais, e não-
aceitação destes para com o filho prejudicaram o desenvolvimento "natural" da
personalidade de Dibs, tornando-o cativo em si mesmo. Durante o processo
terapêutico ele aprendeu a entender seus sentimentos e relacionar-se com os outros
através da ludoterapia (técnica do brincar) que fazia em suas sessões.
2.  ANÁLISE CRÍTICA DO CASO

A análise foi pautada nos pressupostos da Abordagem Centrada na Pessoa, a


Ludoterapia como prática interventiva. A autora foi uma das psicólogas pioneiras no
uso da ludoterapia. Na década de 1940, começou a desenvolver ludoterapia não
diretiva, cujos princípios foram baseados na obra de Carl Rogers, a recém-emergente
abordagem centrada na pessoa (ACP). por fim, buscou-se realizar uma reflexão
acerca da prática clínica e da postura do profissional diante do cuidado ao humano.

De acordo com a visão Rogeriana, as influências exteriores, principalmente a


qualidade dos relacionamentos, são determinantes para o desenvolvimento da
personalidade do sujeito. As relações interpessoais são assim cruciais para a
expressão máxima para a tendência natural para atualização, a primeira condição é
gostar de crianças, respeitá-las e tratá-las com sinceridade, atitude diferente daquela
dos outros adultos, deve ser permissivo e aceitador, não dar ordens, não apressar a
criança por impaciência. Assim, a absoluta permissividade, construída sobre
absoluta ausência de sugestões, é mais produtiva para a terapia e requer do
terapeuta extrema atenção para que essa atmosfera de permissividade seja mantida
O terapeuta se mantém alerta para manter uma postura de neutralidade, intervindo
minimamente na situação terapêutica. Já a terapia cognitivo-comportamental tem
como foco o relacionamento entre os seguintes elementos:
• cognições (o que pensamos)
• afeto (como nos sentimos)
• comportamento (o que fazemos)

A terapia cognitivo-comportamental demonstrou efeitos positivos no tratamento de


uma série de problemas psicológicos infantis comuns.

O comportamento é influenciado por eventos e processos cognitivos, mudar os


processos cognitivos que pode levar a mudanças no comportamento, preocupa-se
em entender como os eventos e as experiências são interpretados e como identificar
e mudar as distorções ou déficits que ocorrem no processamento cognitivo, supõe
que a psicopatologia resultada de anormalidades no processamento cognitivo. Em
particular, presume-se que as dificuldades sejam associadas com déficits ou
distorções cognitivas.
REFERENCIAS:

Costa, Maria Ivone Marchi e Dias, Cristina Maria Souza BritoA prática da


psicoterapia infantil na visão de terapeutas nas seguintes abordagens: psicodrama,
Gestalt terapia e centrada na pessoa. Estudos de Psicologia (Campinas) [online].
2005, v. 22, n. 1 [Acessado 6 Setembro 2021],pp. 43-51. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0103-166X2005000100006>. Epub 07 Nov 2007. ISSN
1982-0275. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2005000100006.

DIBS: EM BUSCA DE SI MESMO Virginia M. Axline DIBS: EM BUSCA DE SI


MESMO CÍRCULO DO LIVRO CÍRCULO DO LIVRO S.A. Caixa postal 7413 São
Paulo, Brasil Edição integral Título do original:

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