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Trabalho de conclusão
de curso apresentado
como requisito parcial
à obtenção do título
especialista em
NEUROPSICOLOGIA.
ARUJÁ
2022
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro
também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo
sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma
fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim
realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis,
penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o
crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do
Contrato de Prestação de Serviços).
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Katylivia2020@gmail.com
RESUMO
O Transtorno do Espectro Autista, que pode ser identificado pela sigla TEA, é
um dos Transtornos Globais do Desenvolvimento descritos no DSM-5 (2014).
Caracteriza-se pelo comprometimento severo de habilidades sociais, como a
comunicação, a interação e a aprendizagem de comportamentos. O paciente
diagnosticado com TEA geralmente apresenta, acumuladamente com as
dificuldades sociais, comportamento repetitivo e estereotipado. Suas características
e o impacto direto e indireto destas sobre os indivíduos e o convívio social estão
diretamente relacionadas aos estímulos advindos dos vínculos familiares e sociais.
Devido à consequência de o grau de comprometimento necessariamente estar
ligada aos estímulos percebidos pelo indivíduo, o melhor convívio social e
desenvolvimento do indivíduo diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista
passa pela otimização do convívio familiar e acompanhamento pelos profissionais da
saúde, ambos são possíveis quando ocorre diagnóstico preciso e o mais precoce
possível. A partir disto, este estudo se propõe, por meio de uma revisão bibliográfica,
apresentar a importância da avaliação neuropsicológica do autismo, bem como
quais instrumentos vêm sendo utilizados para avaliação do TEA. Como resultado,
nota-se que, entre os recursos disponíveis para avaliação neuropsicológica, ganha
destaque a Escala de Avaliação de Autismo na Infância (CARS), PDDBI e Bayley. A
avaliação neuropsicológica tem importante contribuição para identificar o autismo,
pois a avaliação conta com instrumentos diagnósticos precisos. Todavia, os estudos
acerca das nuances da aplicação da Avaliação Neuropsicológica, suas vantagens,
desvantagens, fatores facilitadores e complicadores, tem apresentado conclusões
diversas as quais indicam a necessidade de um maior aprimoramento destas
ferramentas bem como a necessidade da máxima acuidade dos profissionais de
saúde envoltos no diagnóstico e tratamento do indivíduo. O presente trabalho,
através de revisão de literatura, intenta ofertar singelas contribuições à discussão,
bem como refletir acerca dos trabalhos que versam sobre esta temática
Quando essa criança almejada acaba não interagindo com os pais e com
todos que a cercam, e o seu desenvolvimento frustra as expectativas de seus
cuidadores, ela, então, necessitará de uma avaliação com especialista para avaliar
seu andamento. Se na consulta é verificado que há um atraso que compromete o
neurodesenvolvimento da criança, e que ela está no espectro do autismo, a família
vivencia um impacto advindo desse diagnóstico. A partir desse resultado um
sentimento de frustração é experienciado pelos responsáveis, gerando um
sentimento de perda. Segundo estudos receber o diagnóstico de uma deficiência
representa uma perda significativa, que afeta o equilíbrio emocional da família e
dependendo de como cada familiar lidará com a situação, o luto vivenciado pode ser
ressignificado ou se tornar patológico.
2 METODOLOGIA
Não havendo uma causa específica determinada até hoje, estudos realizados
atualmente, classificam o TEA como um transtorno do neurodesenvolvimento e de
várias etiologias, que vem sendo estudadas cada vez mais, manifestando-se desde
do início da infância. Algumas delas indicam que o transtorno tem uma contribuição
hereditária, tendo como bioindicadores a interação de genes e fatores ambientais.
Outros estudos apontam, de que a incompatibilidade imunológica resulta em
crianças com TEA; uma grande incidência é notada nas complicações pré-natais e
perinatais, como idade avançada dos pais, hemorragias, diabetes, desconforto fetal,
peso baixo do feto, distúrbios convulsivos, dentre outros problemas (KAPLAN;
SADOCK, 2017).
Perceber que seu filho sofre preconceitos por conta das suas características
pessoais provoca em alguns responsáveis uma angústia, pois estes acabam
assumindo para si o julgamento ou ofensa direcionada à sua criança. Segundo Pinto
(2016) essa situação provoca em algumas mães uma atitude superprotetora em
relação ao filho, tipificando-o como alguém indefeso e incapaz. Daí a importância
das intervenções se ampliarem para além da criança, mas para a família, também,
pois a forma como ela compreende e trata o TEA implica, diretamente, no seu
desenvolvimento.
Sendo assim, o psicólogo com uma formação especifica deve ser inserido no
contexto familiar, usando de sensibilidade e escuta qualificada para contribuir com a
elaboração das questões trazidas pela família, caracterizando-se enquanto um
profissional capacitado para lidar com os sentimentos, emoções, expectativas e
muitas vezes, as frustações dos sujeitos quem vivenciam esse contexto. Pois, o
espaço de cuidado psicológico ofertado ajuda os responsáveis a ressignificar o
diagnóstico, assim os pais tendem a se sentir seguros, obtendo um equilíbrio nas
relações internas e externas, e no resgate da vida com uma maior possibilidade de
uma relação saudável com a criança e podendo recuperar a autoestima, a confiança
e acreditar que a criança quanto mais estimulada e acompanhada for, mais
resultado no seu desenvolvimento terá.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos estudos realizados, foi possível identificar que o autismo é um
transtorno do neurodesenvolvimento, que possui implicações severas na
comunicação social, nos comportamentos e interesses restritos e estereotipados. É
devido a esses sintomas que comprometem o desenvolvimento da criança, que ao
saber do diagnóstico os genitores o recebem como um desafio e o enfrentam em um
processo de luto. Pois, estigmas e preconceitos são direcionados às pessoas com
TEA. E após o diagnóstico, há uma adaptação no núcleo familiar, na vida
profissional e social do casal. Os pais das crianças com este transtorno costumam
apresentar elevados níveis de estresse, ocasionando uma sobrecarga física e
mental, mediante os cuidados com os filhos.