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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL

ANALICE BRUNHARI BATISTA


DÁLIA O. JARA MILIAN
JULIANA RENATA PAIVA RIBEIRO
RICARDO RODRIGUES
THIAGO LUIZ VEIGA MELO

TRATAMENTO PARA TEA (TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA)

Campo Grande
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL

ANALICE BRUNHARI BATISTA – 091.963


DÁLIA O. JARA MILIAN – 098.891
JULIANA RENATA PAIVA RIBEIRO - 091.459
RICARDO RODRIGUES – 091.1097
THIAGO LUIZ VEIGA MELO – 091.991

TRATAMENTOS PARA TEA (TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA)

Campo Grande
2021
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição proeminente na infância que
se caracteriza por dificuldades sociais, interesses restritos, problemas na comunicação e
no repertório comportamental, que afetam a qualidade de vida em todas as fases de seu
desenvolvimento, tendo em vista que é cientificamente estabelecido como resultado de
fatores biológicos, ou seja, tem maior influência da hereditariedade ou mutação
genética.
É categorizado Espectro, pois este transtorno agrupa diversos sintomas que podem ser
apresentados de diferentes maneiras a depender de cada sujeito autista. O DSM-5
caracteriza os principais sintomas, como: indiferença; déficit no desenvolvimento da
linguagem, social e cognitivo; comportamento restrito e repetitivo; inicia durante a
primeira infância.
Atualmente existem diversos tratamentos para este quadro, contudo sabe-se que o
trabalho multidisciplinar é a melhor forma de atender a essa demanda. Neste estão
incluídos psiquiatras, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais,
pedagogos, nutricionistas, além dos psicólogos que têm função essencial para
desenvolvimento adequado do paciente.
Tendo isso em vista, a Psicologia contribui com diferentes acompanhamentos, que
visam a melhora dos sintomas e o bem-estar daquele que é tratado, por diferentes linhas
teóricas da área. Algumas destas são: a Psicanálise, a Neuropsicologia e a Análise do
Comportamento.
Pelo viés psicanalítico o sujeito autista não tem uma doença, apesar de buscar por um
processo de cura subjetivo que é o mesmo que tratamento, isto é, eliminar ou melhorar
os sintomas. Portanto, como propósito deste trabalho os psicanalistas buscam
oportunizar a nomeação das experiências individuais dos autistas a fim de que aprendam
a se relacionar saudavelmente com suas emoções e com seus comportamentos atípicos.
O segundo momento do tratamento irá depender da subteoria psicanalítica escolhida
para as intervenções clínicas utilizadas. Em diversos estudos foi evidenciado que a
preocupação e atendimento com os pais é de fundamental importância para o bom
relacionamento da criança com os cuidadores e com o mundo. E ainda, apontam que é
extremamente necessário atentar-se à prevenção primária, possibilitando uma relação
calorosa com a mãe desde os primeiros meses, isto porque, favorece a linguagem e
comunicação do afeto do sujeito para com os demais.
Por outro lado, de acordo com a visão neuropsicológica, o papel do psicólogo é
rastrear as habilidades cognitivas fundamentais que a criança já apresenta, como atenção
compartilhada, rastreamento visual e auditivo, memória, linguagem, humor e nível de
inteligência, e aquelas que necessitam de aprimoramento, sem levar-se pela
sintomatologia do diagnóstico de autismo por si. Procuram ajudar a entender como
funciona a cognição do autista e suas dificuldades, a partir de exames e instrumentos de
avaliação neuropsicológicas. Ainda, buscam estimular as funções cognitivas em
declínio com intuito de ativar a capacidade de neuroplasticidade do sistema nervoso,
muito mais fácil de ser atingido na infância.
Em síntese, os estudos com base na perspectiva neuropsicológica apontam maior
preocupação na detecção precoce do risco para autismo, inclusive como uma
possibilidade para intervenção e minimização dos prejuízos ao paciente.
Por sua vez, conforme a teoria da Análise do Comportamento, o tratamento para o
TEA deve-se basear em um planejamento de programas pré-estabelecidos da Análise do
Comportamento Aplicada (ABA), com objetivo de realizar um treinamento das
habilidades desfavoráveis do paciente. A ABA coloca que os comportamentos humanos
obedecem uma lei do reforçamento oferecido pelo ambiente, dessa forma, o
comportamento autista também acompanha esse ideal. Sendo assim, o trabalho

Campo Grande
2021
psicológico deve ser voltado à modificação dos comportamentos e a reforçar, com os
interesses do indivíduo, as novas respostas de habilidades sociais, cognitivas e
comportamentais que venha a apresentar. Igualmente, evitar que os comportamentos
inadequados comumente presentes nesse quadro voltem a acontecer com frequência.
Portanto, deve o psicólogo educar o ambiente (pais, educadores, cuidadores e
profissionais) a extinguir essas ações optando pela retirada do reforço, e nunca por
punições. Assim, possibilitando que a frequência de comportamentos positivos
aconteçam em todos os ambientes por meio da generalização espontânea.
Como as outras abordagens, a ABA segue a mesma premissa de dar prioridade ao
diagnóstico precoce para que os comportamentos possam ser modificados e estimulados
desde cedo, e que se mantenham ao longo da vida, mesmo que seja necessário contínuo
treinamento. Cabe ressaltar que a terapia ABA é a que mais tem apresentado resultados
eficazes e positivos de tratamento, no desenvolvimento e adequação do sujeito com
Autismo a todos os ambientes que convive.

· REFERÊNCIAS
ZANINI, Andressa Rigo de Queiroz. AUTISMO: COMPREENSÃO E
TRATAMENTO A PARTIR DE DIFERENTES ABORDAGENS TEÓRICAS.
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, 2019.
Link em:
https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/6668/Andres
sa%20Rigo%20de%20Queiroz%20Zanini.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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