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adoecimento
Data: ________________
( ) Aprovada
( ) Reprovada
BANCA AVALIADORA
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Profa. Prof. Ms. Mônica Domingos Bandeira.
(Orientadora - UNIPÊ)
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Prof. Dr. Kay Francis Leal Vieira
(Membro – UNIPÊ)
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Profa. Ms. Jaqueline Vilar Greco Ramalho
(Membro – UNIPÊ)
RESUMO
Among the numerous professionals who provide care to children with cancer is the
hospital psychologist, who, in front of the patient, aims to make it demonstrate their
emotions, fears and anxieties, where they are able to truly participate in their disease
procedure and thus can portray and prepare, through the word, the process of falling ill in
the least harmful way possible. The present study aimed to analyze the psychologist's
action in the family's illness process in the process of illness of children with cancer,
describing how the psychologist works with the family in this process, as well as
identifying ludotherapy in the psychotherapeutic process in children with cancer. In the
methodological aspects, the research is presented as exploratory, field, and the collected
data are analyzed qualitatively. The study was conducted considering the ethical aspects
pertinent to research involving human beings, according to Resolution 466/12.
For data analysis, descriptive statistics were calculated, processed using the SPSS
program. The results show that, finally, it was concluded that most children with cancer
are female, aged between 10 and 19 years (46.7%). Regarding the feeling that parents and
family members had when they discovered the diagnosis of cancer in their children, most
of the evaluated parents stated that it was a very difficult and desperate situation. Parents
(53.3%) stated that their children did not receive psychological counseling during the
hospitalization process.
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento infantil é um processo de aprendizado pelo qual as crianças
passam para alcançar e melhorar inúmeras capacidades nos âmbitos cognitivo, motor,
emocional e social. Quando conseguem vencer determinados âmbitos, começam a ter
comportamentos e ações esperadas a partir de determinada idade. Essa etapa da vida de
todo ser humano acaba por ser um conjunto de aprendizados que, pouco a pouco, vai
transformando a criança cada vez mais independente e autônoma (CHIATTONE, 2014).
Entretanto, se faz necessário ressaltar que desde criança todo indivíduo pode
passar por situações adversas, como é o caso do enfretamento de algumas doenças.
Trazendo essa reflexão para as crianças acometidas pelo câncer no processo de
hospitalização, a criança se sente bastante afastada da família, podendo tal situação causar
uma sensação de desamparo. Mas, decorre da idade, as crianças tem percepções
diferentes. Os pacientes de zero a seis meses de idade, choram bastante até o momento
que alguns ficam com resultados desse sentimento, como não querer aproximação.
Agravando assim o quadro.
As crianças de seis meses a um ano de idade apresentam a mesma característica
anterior, porém com o passar dos dias, explicitam comportamentos regressivos, perdendo
contato com o ambiente, tornando-se deprimidas. A partir dos três anos de idade, verifica-
se que a sensação de abandono causada pela privação materna e pela nova realidade de
hospitalização, acaba sendo mais contornada e amenizada com mais clareza, pois os
pacientes conseguem, compreender melhor a situação de hospitalização, doença e
separação, com a ajuda da família e da equipe multidisciplinar.
O diagnóstico do câncer infantil é muito temeroso e com poder de mobilização
pelas famílias, associado a isso, tem a hospitalização, onde nesse momento acontece uma
série de mudanças e questionamentos dos procedimentos durante o tratamento. Assim
como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já retrata a primeira causa de morte
por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões
(INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2020).
Durante a fase de adoecimento a criança hospitalizada precisa vislumbrar a sua
realidade de outra forma, dentro deste contexto cita-se as atividades lúdicas como aliadas
durante esse processo, o brincar pode ser analisado para permitir oportunidade de
desenvolvimento humano, pois é uma forma de relacionar-se com o meio; a criança
interage com seu meio à medida em que oportunidades são oferecidas, causando
modificações no seu repertório comportamental e na natureza funcional do meio, como
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células, que invadem tecidos e órgãos, de forma bastante rápida e costumam ser muito
agressivas e incontroláveis, ocasionando a formação de tumores, que podem espalhar-se
para outras regiões do corpo.
Para tratar da temática proposta, faz-se necessário entender como se dá o processo
de adoecimento do câncer infantil. Quando é dado o diagnóstico de câncer a uma criança,
é frequente que a família aprenda a lidar com as questões médicas da doença, mesmo com
todo temor. Normalmente, uma pessoa da família, é vista como a “principal” no cuidado
da criança doente (ANGELO; MOREIRA; RODRIGUES, 2010).
O dito diagnóstico de câncer infantil acompanha uma significativa crise na
família, por ser um novo momento, tanto de transformação, definir e redefinir os papéis,
de quem vai acompanhar a criança, o entendimento sobre o processo e consigo, um misto
de sentimentos que é preciso saber lidar, pois são vistos como a principal fonte de apoio
para o paciente.
O sofrimento e deterioração do ser quando se está com câncer, deve ser enxergado
muito além das expressões físicas que a doença traz, onde requer dos familiares
compreensão e apoio emocional dentro das necessidades. O sofrimento vem desde o
diagnóstico, por isso, a importância dos cuidados paliativos, pois permite que o núcleo
familiar participe de forma ativa no processo e atuem juntamente, em relação ao
tratamento e decisões direcionadas ao paciente.
Os fatores psicológicos têm total influência no entendimento do câncer, onde a
depressão crônica e o estresse diminuem a reação imunológica. O processo de cura
depende fundamentalmente do paciente, o mesmo se apresenta como agente capaz de
mudar as qualidades essenciais da sua doença, o prognóstico não depende apenas de
fatores fisiológicos (GARCIA et al., 2012).
No processo de adoecimento, existem dificuldades: dúvida sobre o futuro, sobre
a cura, tratamentos, recaídas, o porquê de estar doente, o que aconteceu para “merecer”
tais diagnósticos; desvio no controle de suas decisões, e em alguns casos à família passa
a excluir o paciente de seu próprio tratamento e o rotula, o que acabam se tornando sinais
psicológicos que acabam atrapalhando o processo (BUCHER-MALUSCHKE et al.,
2014).
Muitas vezes, as famílias têm os sentimentos de tabus em relação ao silêncio de
determinadas informações não podem ser ditas. Quando isso acontece, e de uma forma
desordenada, o membro da família acaba adoecendo e isso se torna motivo de exclusão.
A dor e o sofrimento podem mover os membros da família a se isolarem, o que pode
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2 METODOLOGIA
O estudo se apresenta como exploratório, de campo, sendo os dados coletados
analisados de forma quantitativa. A pesquisa de campo é definida por ser realizada no
próprio local, onde enfatiza uma experiência direta com a situação na qual está sendo
estudada, e sendo qualitativa, pois prioriza a compreensão dos fatores subjetivos dos
objetos de pesquisa interagindo em seu grupo (CAJUEIRO, 2015).
No que se refere ao lócus da pesquisa a mesma foi realizada com os responsáveis
de crianças atendidas em uma casa de apoio à Criança com Câncer no Município de João
Pessoa, que tem como missão desenvolver o potencial humano na população assistida,
despertando-lhe para a importância das relações interpessoais, e do estabelecimento e
manutenção de uma rede social saudável. Para isso, a instituição presta assistência de
caráter filantrópico, composta por uma rede multidisciplinar de profissionais que
trabalham de forma voluntária.
Para compor a amostra foram selecionadas 15 mães/pais que já passaram ou estão
passando pelo processo de adoecimento de câncer infantil, como amostra da pesquisa, por
meio da técnica de amostragem não probabilística, usando a estratégia chamada bola de
neve (snowball sampling). Onde os indivíduos selecionados para serem estudados,
indicam outras pessoas para a pesquisa. Foram incluídos responsáveis que passaram ou
estão passando pelo processo de adoecimento de câncer infantil em sua família, crianças
com faixa etária de 2 a 12 anos. Foram excluídos, responsáveis que não passaram pelo
processo de adoecimento de câncer infantil com seus parentes/filhos, e maiores de 12
anos. Serão excluídos, responsáveis que não passaram pelo processo de adoecimento de
câncer infantil com seus parentes/filhos, e maiores de 12 anos.
No que diz respeito ao instrumento utilizou-se de um questionário sócio
demográfico e um roteiro de entrevista semiestruturada, que compõe de 8 perguntas,
sendo 2 fechadas e 6 abertas. O questionário sócio demográfico, tem como características
básicas do participante, como: idade, sexo, quando descobriu o diagnóstico. Já o roteiro
de entrevista semiestruturado contem quatro perguntas especificas sobre o objeto, que
abordarão o processo de adoecimento do câncer infantil e a importância do apoio
psicológico.
Após a aprovação do comitê de ética e do Centro Universitário de João Pessoa –
UNIPÊ, serão iniciados o processo de coleta dos dados. Esse procedimento aconteceu de
forma individual, autoaplicável, por meio da plataforma on-line Google Forms, em uma
duração em média de 15 minutos. Os dados serão obtidos após a informação de que a
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3 RESULTADOS
Os dados do presente estudo foram analisados no pacote estatístico
computadorizado Statistical Package for the social Science (SPSS) versão 21.0. Utilizou-
se o teste de distribuição de frequência absoluta e relativa para descrição de dados
sociodemográficos e variáveis relacionadas ao câncer infantil.
Em relação as características sociodemográficas da amostra, observou-se que a
maior parte das crianças com câncer são do sexo feminino (60%), com idade entre 10 e
19 anos de idade (46,7%).
Tabela 1 - Características sociodemográficas da amostra
VARIÁVEL FREQUÊNCIA
Idade (anos) n %
Entre 2 e 5 3 20,0
Entre 6 e 8 5 33,3
Entre 10 e 19 7 46,7
Sexo n %
Feminino 9 60,0
Masculino 6 40,0
Legenda: n = Frequência absoluta; % = Frequência relativa.
Fonte: Dados da pesquisa (2020).
Em relação ao período em que ocorreu a descoberta do diagnóstico de câncer nos
filhos, a maioria dos pais avaliados (66,7%) afirmaram que descobriram a doença do
câncer dos filhos quando estes possuíam entre 1 e 3 anos de idade.
13
5
20%
13,3%
6
Muito difícil
Como foi a descoberta
33,3% 33,3%
Desespero
4 Pesadelo
20% Muito triste
13,3%
2
10
Acompanhamento familiar
Sim
53,3%
8 Não
46,7%
Sim
53,3%
8 Não
46,7%
6
8
Acompanhamento ajudou
Ajudou muito
40% Não ajudou
6
33,3% Não respondeu
26,7%
4
Observou-se que uma grande parte dos pais afirmaram que as atividades lúdicas
podem auxiliar na formação de crianças mais confiantes, tranquilas, alegres, dinâmicas e
participativas.
4 DISCUSSAO
A descoberta vinda pela incompreensão sobre as probabilidades da presença do
câncer na infância evidenciara-se, unindo os pais a um mundo ainda desconhecido, cheio
de incertezas relacionadas à cura e a própria doença, agravadas principalmente pelo fato
de confiarem que as crianças são inatingíveis e que o câncer pertence só aos adultos e
idosos. Mas de fato, ter o acompanhamento psicológico também com a família, que
precisa saber lidar com o momento delicado que se estar a viver. Se faz necessário, que a
criança também tenha esse acompanhamento, para conseguir desmistificar o câncer e
fazê-la entender o processo (CICOGNA; NASCIMENTO; LIMA, 2010).
A família e o paciente, segundo Farinhas, Wendling e Dellazzana-Zanon, (2013),
sentem com a mesma intensidade o impacto da doença, o que causa muitas vezes
mudanças psicológicas apropriado a não aceitação da doença.
Sempre que é dado o diagnóstico de câncer, e tendo em vista que, é um momento
bastante difícil para o paciente e seus familiares, muitas vezes a depressão acompanha
esse processo. No momento em que os sinais psicológicos aparecem, é necessária ajuda
profissional, para serem explorados e cuidados, e não causar danos maiores a quem está
sendo cuidado (BUCHER-MALUSCHKE, et al., 2014).
A família representa essencial fonte de informação de estruturação dos vínculos
afetivos, em relação ao apoio e segurança que são dados. O papel de decisão na adaptação
do paciente é da família, pois são eles quem ajudam no processo, estão por perto e que
auxiliam no processo médico, algumas decisões que são cruciais, são realizadas pela
família, que é um sistema de equilíbrio que funciona como uma balança, em que pode
acabar ficando para baixo, ou seja, ocasionando o desequilíbrio. Isso ocorre quando os
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limites da doença são impostos, pois é perdido um dos pontos de suporte, o que ameaça
à totalidade do sistema familiar (ALMICO; FARO, 2014).
Para a tomada de decisões no tratamento, a família durante o processo cria
inúmeras expectativas, onde quer adquirir um objetivo e até mesmo esperança para a cura.
O diálogo com o membro da família que está doente é muito importante, pois faz com
que entre si, fortaleçam os laços e criem confiança para lhe dar com o apoio entre eles
nesse processo que é muito importante.
Pode-se evidenciar a importância da presença do psicólogo no processo
terapêutico em pacientes oncológicos, aponta em seu estudo que pacientes submetidos ao
acompanhamento psicológico durante o tratamento apresenta ganhos significativos em
diversos aspectos como a melhora do estado geral de saúde; melhor tolerância aos efeitos
adversos da terapêutica oncológica, melhora da qualidade de vida além de proporcionar
uma melhor comunicação entre paciente, família e equipe.
Dentro do processo do câncer infantil, de acordo com as pesquisas que foram
feitas, pode-se constatar que o adoecer provoca reações emocionais bastante intensas,
tanto na criança quanto na família, que solicita acompanhamento psicológico disciplinado
para auxiliar e elaborar estratégias para lidar com a ansiedade vivenciada nas situações
que atravessam o processo do tratamento oncológico. Visto que, muitas vezes deixam de
lado o apoio à família, sendo que os mesmos também sofrem, em relação ao processo,
como também crianças pequenas, que não tem como serem de fato, muito assistidas pela
idade, a importância de buscar meios para fazer com que as mesmas consigam
desmistificar a doença/tratamento (BEZERRA, et al., 2017).
Pode-se evidenciar a importância da presença do psicólogo no processo
terapêutico em pacientes oncológicos. Pacientes submetidos ao acompanhamento
psicológico no decorrer do processo melhora o estado de saúde, a tolerância aos efeitos
adversos da psico-oncologia, melhora da qualidade de vida, além de proporcionar uma
melhor comunicação entre paciente, família e equipe (ALVES, et al., 2016).
De acordo com Mosimann e Lustosa (2004, p. 15), "a Psicologia hospitalar é a
área de concepção e tratamento das questões psicológicas em torno do adoecimento".
Segundo o autor, o foco da psicologia hospitalar se descreve, em relação aos aspectos
psicológicos e não às causas psicológicas. Para os autores citados a psicologia hospitalar
não trata apenas das doenças com causas psíquicas, mas sim das questões psicológicas de
toda e qualquer doença. Deste modo, toda doença apresenta aspectos psicológicos; toda
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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