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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPROJEÇÃO

ADENALDO RODRIGUES COIMBRA
DYOVANA CORDEIRO DA SILVA
HELISSON RAFAEL CARVALHO SANTOS
JHONATA OLIVEIRA SILVA FERNANDES
SANDRA MARIA DOS SANTOS

ADESÃO AO TRATAMENTO

Trabalho de Psicologia apresentado ao Centro


Universitário Uniprojeção, como requisito
parcial para a obtenção de média na disciplina
de Psicologia da Saúde e Hospitalar.

Orientador(a): profª. Carolina Ribeiro Seabra

BRASÍLIA
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................2
2 O CASO DA ADESÃO AO TRATAMENTO.............................................................3
3 PLANO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA...........................................................3
4 INTERVENÇÃO AO LONGO PRAZO PARA O BEBÊ.............................................4
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................7
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1 INTRODUÇÃO

A adesão ao tratamento é definida pela Organização Mundial de Saúde (2003), “o grau


com que o paciente segue as instruções médicas”. Sabe-se que diversos profissionais da saúde
seguem as diretrizes estabelecidas pela OMS e as orientações do Ministério da Saúde que
define a falta de adesão ao tratamento por parte do paciente como um problema de saúde
pública sendo denominada de “epidemia invisível”, fazendo-se necessários as medidas
estratégicas, quando se fala de mãe e filho, o pré-natal como prevenção tem ser dobrada por
existir duas ou mais vidas em risco, o pré-natal faz parte de uma das medidas estratégicas que
visa reduzir os riscos.
A assistência pré-natal é focada na prevenção, podendo essa ser a geradora da
promoção de saúde e dando o tratamento adequado para cada indivíduo que venha a
apresentar algum tipo de problema que ocorra na gestação. Faz necessário a importância a
adesão ao tratamento do pré-natal desde o início quando identificado a gravidez, sendo que
desta forma pode-se identificar fatores de risco a saúde da mãe e da criança e a equipe a
planejar da melhor forma a saúde de ambos, quando empregado desde o início da gravidez os
índices de mortalidade diminuem.
Os índices de mortalidade e doenças na primeira infância podem ter diversas causas,
desde fatores socioeconômicos, culturais, ausência de saneamento básico, doenças
hereditárias dos pais. Todos esses e outros fatores podem afetar a saúde da criança. De toda
forma, a prevenção é a melhor forma de combater os diversos riscos e surgimento de doenças
posteriormente em outras faixas etárias. Muitos pais não têm orientações dos cuidados com
sua saúde e também com as dos filhos, principalmente aqueles que se tornam pais a primeira
vez.
Entende-se que essas informações são necessárias para o melhor desempenho do papel
do psicólogo, como apresentado anteriormente, muitos indivíduos não realizam o pré-natal de
seus filhos, por não terem informações, conhecimentos e instruções em duas vidas. Muitos
desses indivíduos poderão colocar a suas vidas e do neném como também a saúde em risco.
Esses indivíduos podem desenvolver ansiedades e desespero por não saberem o que devem
fazer, fazendo-se necessário o papel do psicólogo para entender o contexto e realizar
intervenções.
Nessa obra iremos apresentar o caso de Paula, João e seu bebê. Ela com 16 anos e ele
18 anos. Esses indivíduos estão com dificuldades na maternidade, apresentando ansiedades,
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preocupações, a ausência da realização dos exames pré-natais a falta de instrução acadêmica,


mudança, se distanciaram dos membros da família e ausência de orientações do cuidado com
a saúde da mãe e do neném. Todos esses diversos aspectos que esse casal de jovens está
passando, eles necessitam de um profissional instruído, com conhecimento sobre esses
contextos para realizar intervenção psicológica por parte do psicólogo para haver melhor
qualidade de vida.

2 O CASO DA ADESÃO AO TRATAMENTO

Em visita domiciliar a uma família que tem um bebê de seis meses, o agente
comunitário de saúde encontra uma adolescente, Paula, de 16 anos, conversando com a mãe
do bebê, Helena, sobre suas dúvidas com relação à gravidez. Paula está grávida de três meses
e mudou-se para esta comunidade há um mês. Paula morava anteriormente com os pais e
cinco irmãos numa cidade próxima. Após a descoberta da gravidez, ela e João, seu namorado
de 18 anos, decidiram se casar. Depois do casamento, os dois resolveram mudar-se para esta
localidade, porque João encontrou trabalho como ajudante de cozinha. Paula acabou tendo
que abandonar a escola onde já cursava a segunda série do segundo grau. Ela está preocupada
com as mudanças corporais que estão ocorrendo.
Quando indagada sobre sua nova vida, mudança de cidade e a perspectiva de ser mãe,
Paula fala que está participando de um grupo de bordado na comunidade, onde faz roupinhas
para o bebê. Recebeu notícias da família, cartas das colegas do bairro e da escola. Todos estão
curiosos para saber o sexo do bebê. A enfermeira pergunta a João como está vivendo este
momento, e ele fala da grande mudança e da preocupação com o sustento da sua nova família,
pois, com seu salário atual, acredita não conseguir arcar com todos os gastos envolvendo o
bebê.
Paula nega ter realizado exames pré-natais, pois afirma necessidade de muitas
mudanças desde que descobriu a gravidez, o que dificultou a busca por Unidade Básica de
Saúde até o momento. Atualmente, é a maior responsável pelos cuidados domésticos. João
apresenta cerca ansiedade relacionada aos cuidados com Paula: questiona sobre
endurecimento da barriga em alguns momentos, apresenta dúvidas relacionadas à
possibilidade de sua presença durante parto e preocupa-se com alimentação de Paula, pois, de
acordo com ele, ambos não possuem hábito de alimentar-se com comidas saudáveis, mas
ouviu falar que uma alimentação adequada pode ser importante para o bebê. Em determinado
momento, Paula afirma não desejar ter outro filho imediatamente após o parto, referindo
desejo de ser mãe novamente quando “as coisas estiverem melhores” (sic).

Perguntas norteadoras:
1. Quais as demandas identificadas no caso?
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2. Quais seriam as intervenções psicológicas possíveis pensando na adesão a cuidados de


saúde dos envolvidos, bem como cuidados ao bebê a longo prazo?

3 PLANO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA.

Conhecendo as demandas é importante buscar por medidas que deixem a adolescente


compreender melhor todos os meandros evolutivos da gestação e toda essa compreensão por
parte do profissional e da gestante. Para se obter sucesso neste período de vulnerabilidade da
vida da adolescente é indispensável que exista uma relação de confiança entre a paciente, seus
médicos, psicólogos e outros profissionais envolvidos, para que a empatia necessária neste
momento venha a beneficiar um trabalho a fim de controlar e explicar várias das fantasias que
ocorrem naturalmente na gestação.
Durante o processo de intervenção podemos iniciar com um grupo psicoeducativo,
temático e fechado serão realizadas seis palestras, uma vez por semana com um tempo de
2horas de duração colocando em destaque os seguintes temas:
1. Você sabe quais as doenças que acontecem com a mãe e a criança na gravides
na adolescência?
2. Quais são os métodos anticoncepcionais que você conhece?
3. Quais as medidas você conhece para se evitar uma gravidez na adolescência?
4. Você sabe quais os primeiros cuidados devemos ter com o bebê?
5. Você sabe quais os riscos da gravides na adolescência?
As intervenções serão realizadas em pequenos grupos, encontros temáticos, de modo a
integrar aspecto informativos e vivencias com o proposito primordial de gerar conhecimentos,
discussões e reflexões relativas a gravides, ao parto e a maternidade.
*Atuar de maneira interdisciplinar (contexto de família, saúde e socioeconômico)
*Prestar um auxílio psicoterapêutico.
Oferecer uma escuta qualificada e diferenciada sobre o processo da gravidez,
fornecendo assim um espaço em que a mãe possa expressar seus medos e suas ansiedades e
ainda favorecer a troca de experiências, descobertas e informações com extensão a família,
em especial ao conjugue, pois neste momento tão delicado, é de suma importância um
acompanhamento até mesmo para o casal em si, para ali trocarem diálogos , assumir medos e
receios e assim aprenderem juntos a como enfrentar tudo o que vier pela à frente.
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4 INTERVENÇÃO AO LONGO PRAZO PARA O BEBÊ

Visando a pouca idade de Paula preparamos algumas intervenções para que ela possa
ter um parto em paz, e cuidados pós-parto com ela e o bebê e ao longo da vida da criança,
após o parto pedimos que ela procurasse o Caps da sua região para poder ter acompanhamento
psicológico pois não teria condições de custear as despesas das sessões. Por morar longe da
família e não poder ter um auxílio de familiares, seria de suma importância ser assistida de
perto por um terapeuta, para ajudar nas orientações dos cuidados com sua família e
principalmente na educação e na saúde do seu filho.
Para a criança visando uma saúde mental saudável ao longo da vida, foi proposto que
desde o início da sua infância pudesse ter acompanhamento psicológico e para que os pais
também possa ser orientado pelo seu terapeuta no processo de educação e necessidades do
filho, e também propor atividades que envolvesse algum esporte para trabalhar a interação
social, rotina estabelecimento de limites, auxiliar na saúde física e mental e no
desenvolvimento psicomotor.
Desta forma, para que a criança crescesse com mais informações foi proposto que a
mãe escrevesse o filho em cursinhos que são oferecidos pelo Governo, com isso a longo prazo
a criança teria um futuro mais promissor, assim teria mais conhecimento do que seus pais e
não cometeria os mesmos erros, tendo mais chance na vida adulta.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vimos que a adesão ao tratamento se dar quando o paciente ajusta-se o seu


comportamento com as orientações para curar ou controlar a doença em que está acometido
naquele momento, sendo de grande importância para os resultados desejados, segundo a
Organização Mundial da Saúde a exemplo menos de 60% dos pacientes com diabetes e menos
de 40% dos pacientes com hipertensão seguem as prescrições médicas.
A adesão ao tratamento nas gestantes antes de tudo seria o pré-natal, onde o médico
verificaria a saúde da mãe e do bebê, quanto mais cedo esses exames forem realizados, mais
seguro será para esta mãe e também sobre o desenvolvimento do feto se está tudo dentro da
normalidade. O acompanhamento dessa gravidez se deve até o nascimento, assim podendo
serem feitos quaisquer intervenções dentro do prognóstico, evitando assim um possível parto
prematuro dentro de tantas possibilidades.
Conclui-se que para esta adesão aos cuidados pré-natais, alguns fatores devem serem
levados em questão, fatores socioeconômicos, instruções claras de fácil entendimento ao
paciente, riscos e benefícios, mudança no estilo de vida e hábitos saudáveis, e por fim trazer
ao paciente a importância de serem seguidas as orientações feitas pelos profissionais de saúde.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.


Departamento de Ciência e Tecnologia. Síntese de evidências para políticas de saúde :
adesão ao tratamento medicamentoso por pacientes portadores de doenças crônicas /
Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento
de Ciência e Tecnologia. Brasília : Ministério da Saúde, 2016.

FERNANDES, Lorena Stephany Lopes et al. Estratégias para a adesão das gestantes nas
consultas de pré-natal na pandemia de COVID-19. Estratégias para a adesão das gestantes
nas consultas de pré-natal na pandemia de COVID-19, [s. l.], 6 ago. 2022. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/362548696_Estrategias_para_a_adesao_das_gesta
ntes_nas_consultas_de_pre-natal_na_pandemia_de_COVID-19>. Acesso em: 16 maio 2023.

RANZI, Hugo Fernando. ESTRATÉGIA PARA MELHORAR A ADESÃO DAS


GESTANTES AO PRÉNATAL NA UNIDADE DE SAÚDE TRÊS LAGOAS EM FOZ DO
IGUAÇU. ESTRATÉGIA PARA MELHORAR A ADESÃO DAS GESTANTES AO
PRÉNATAL NA UNIDADE DE SAÚDE TRÊS LAGOAS EM FOZ DO IGUAÇU, [s. l.],
31 dez. 2021. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/72918. Acesso em: 16
maio 2023.

World Health Organization. Adherence to long-term therapies: evidence for action.


Geneva: World Health Organization; 2003.

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