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SP 1.3 - QUE SEU REMÉDIO SEJA SEU ALIMENTO, E QUE SEU ALIMENTO SEJA SEU REMÉDIO. ( HIPÓCRATES) 1
Para garantir a saúde ideal da criança em desenvolvimento, cuidados
pediátricos, evoluíram para consultas programadas regularmente a fim de
assegurar nutrição adequada, detectar e imunizar contra doenças infecciosas
e observar o desenvolvimento da criança. Avaliação de imunizações, nutrição
e estado de desenvolvimento continuam sendo elementos essenciais da
consulta de puericultura para supervisão de saúde da criança.
→ Se por um lado o objetivo da puericultura é fazer crescer fisicamente
saudável, ela se completa na busca de elementos que possam dar a criança o
desenvolvimento social, emocional e psíquicos para formação de um ser
humano confiante de si, solidário e em harmonia com outro para se sentir feliz,
assim a puericultura busca o crescimento integral nos aspectos físicos,
mentais, afetivos, sociais e espirituais do ser humano desde suas experiência
iniciais de vida, e ao respeitar os horizontes culturais, conhecer o perfil
epidemiológico e os risco de saúde na vida da criança, apresentar
oportunidade para ações apropriada e diversa para diferentes população. A
puericultura, tem, portanto, influencias concretas nas diferentes fases da
construção do ser humano, no planejamento família, na concepção, no pré-
natal, no nascimento, no crescimento e desenvolvimento infantil, durante as
quais os processos de construção de vida humano, saudável se somam, pode-
se concluir que a atenção para promover saúde e prevenir doenças começa
muito cedo, de modo que sejam obtidos os melhores resultados sobre
crescimento e desenvolvimento da criança. Aconsulta de puericultura deve ser
realizada segundo calendário de saúde da criança e tem como principal
objetivo promover a saúde da criança por meio de seu acompanhamento e das
orientações as mães, alimentação, higiene e prevenção de acidentes, além de
estimula mais adequadamente o desenvolvimento infantil, vai atuar
identificando doenças e sinais de alarme para tratamento e encaminhamento
adequado das crianças para atenção apropriada.
As tarefas de cada consulta de puericultura incluem:
Detecção de doenças
Prevenção de doenças
Promoção da saúde
Orientação antecipatória
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→ LACTENTES E PRÉ-ESCOLARES
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distúrbios relativos ao desenvolvimento
Por ser voltada à detecção precoce de problemas, a puericultura se distingue
tanto do diagnóstico quanto do tratamento clínico. Afinal, por meio dela, um
indivíduo é acompanhado de 0 a 19 anos de modo integral. Assim, a partir da
observância do histórico de crescimento, torna-se viável reconhecer atrasos
ou falhas em aspectos específicos.
Isso permite que ocorra uma intervenção logo que as alterações são
identificadas. Em geral, é possível dizer que a puericultura desempenha um
papel essencial no apoio à amamentação, no suporte vacinal, na introdução
alimentar e no monitoramento dos elementos de risco que surgem ao longo da
vida do paciente.
Puericultura consiste em um acompanhamento periódico visando a promoção
e proteção da saúde das crianças e adolescentes, por meio dela acompanha-
se integralmente o ser humano de 0 a 19 anos, sendo possível identificar
precocemente qualquer distúrbio de crescimento, desenvolvimento físico e
mental, nutricional, dentre outros, compreendendo a criança e o adolescente
como um ser em desenvolvimento com suas particularidades.
Cuidar de uma criança é uma missão desafiadora, que demanda atenção plena
e grande dedicação. Para que a tarefa não seja “solitária”, essa especialidade
médica dentro da pediatria realiza uma espécie de avaliação 360º. Ou seja, de
todo o processo, abrangendo alguns aspectos, como:
a saúde oral;
o rendimento escolar;
a audição;
a visão;
o desenvolvimento intelectual;
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a cobertura vacinal;
o histórico alimentar;
o estado nutricional;
o desenvolvimento neuropsicomotor.
A frequência
Quanto à frequência, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que as
consultas de puericultura ocorram com a seguinte regularidade:
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É fundamental que o acompanhamento da evolução infantil se estenda até o
fim do período da adolescência, mas a frequência recomendada não é tão
grande quanto nos meses iniciais de vida. Durante o período, são observadas
algumas questões, como:
higiene geral;
nutrição apropriada;
imunização;
prevenção da obesidade;
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Desnutrição não é falta de alimentação. É a falta de alimentação saudável!
A desnutrição infantil acontece quando há deficiência de nutrientes no
organismo da criança, o que pode acontecer devido à alimentação incorreta,
privação de alimentos ou alterações no trato gastrointestinal, como doença de
Crohn e colite ulcerativa, por exemplo, em que a absorção dos nutrientes pode
ser prejudicada.
Principais causas
As principais causas de desnutrição infantil são:
Desmame precoce;
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A desnutrição infantil é, erroneamente, associada à magreza. Porém, é uma
situação causada pela falta de vitaminas e minerais essenciais para o bom
funcionamento do corpo. É possível que crianças estejam acima do peso para
sua idade e, ainda assim, sofram de desnutrição. Uma alimentação pode ser
rica em açúcar e gorduras e pobre nos alimentos essenciais, aqueles que
realmente fornecem os nutrientes fundamentais para o organismo.
Cansaço excessivo;
Maior facilidade para ter infecções, já que o sistema imune é mais fraco;
Irritabilidade;
Queda de cabelo;
Falta de força;
Tipos de desnutrição
A desnutrição pode ser classificada de acordo com o nutriente que está em
falta na alimentação.
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Marasmo: Carência de calorias.
Marasmo
O marasmo é uma deficiência grave de calorias e proteínas. A deficiência tende
a surgir em lactentes e crianças pequenas. Geralmente, ela causa perda de
peso, perda de músculo e gordura e desidratação. A amamentação geralmente
protege contra o marasmo.
Kwashiorkor
Kwashiorkor é uma deficiência grave mais de proteínas do que de calorias.
Kwashiorkor é menos comum que marasmo. O termo deriva de uma palavra
africana que significa “primeiro filho-segundo filho”, já que um primogênito
muitas vezes desenvolve Kwashiorkor quando nasce o segundo filho e o afasta
do aleitamento materno. Visto que as crianças desenvolvem Kwashiorkor
depois de terem sido desmamadas, normalmente, são mais velhas do que as
que apresentam marasmo.
O Kwashiorkor tende a ocorrer em determinadas regiões do mundo, onde os
alimentos e as refeições nativas destinadas aos bebês desmamados são
deficientes em proteínas, ainda que suficientes em calorias e carboidrato.
Exemplos de tais alimentos são o inhame, a tapioca, o arroz, as batatas e a
banana verde. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolver Kwashiorkor, se
a sua alimentação for essencialmente composta por carboidratos. As pessoas
com Kwashiorkor retêm líquidos, conferindo-lhes um aspecto inchado. Se o
Kwashiorkor for grave, o abdômen poderá ficar distendido.
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Causas da desnutrição
As causas da desnutrição podem apresentar caráter primário ou secundário:
Como é o tratamento
O tratamento para desnutrição infantil deve ser orientado pelo pediatra e pelo
nutricionista e tem com objetivo combater os sintomas da desnutrição,
fornecer os nutrientes necessários para o crescimento saudável da criança e
promover a sua qualidade de vida.
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Nos casos de desnutrição grave, pode ser necessário que a criança fique
internada no hospital para que a alimentação possa ser feita por meio de sonda
e sejam prevenidas complicações.
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Para entender a desnutrição, é preciso lidar com o conceito de insegurança
alimentar, criado em 1996 pela FAO (Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura), entidade que lida com disponibilidade,
estabilidade, acesso e utilização de alimentos. O IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) mede a insegurança alimentar em uma escala de três
níveis:
→ GLOSSÁRIO
INSEGURANÇA LEVE
→GLOSSÁRIO
DESNUTRIÇÃO CRÔNICA
Quando as crianças param de crescer e se tornam atrofiadas, o que faz com
que tenham baixa estatura para sua idade.
DESNUTRIÇÃO AGUDA
Quando a criança apresenta baixo peso em relação à altura. Se esse for inferior
a 30% do normal, as funções corporais são alteradas e há elevado risco de
morte.
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A questão do sobrepeso
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tem dificuldade de aprendizagem tem maiores chances de ir mal na escola ou
de abandonar os estudos, o que afeta suas perspectivas profissionais no
futuro.
A “fome oculta” afeta a saúde e vitalidade e pode ter consequências sérias
como carência de iodo, vitamina D, vitamina A e anemia por deficiência de
ferro. A carência de ferro pode comprometer o desenvolvimento intelectual e
psicomotor da criança. Já a falta de vitamina D pode afetar a visão, podendo
até causar cegueira total, e debilita o sistema imunológico. O iodo pode evitar
vários problemas de saúde, como retardo do crescimento e comprometimento
do desenvolvimento cerebral.
A importância da amamentação
A saúde do embrião durante o primeiro trimestre gestacional depende da
condição nutricional da mãe antes da fecundação. No segundo e terceiro
trimestres, depende da situação da mãe (ganho de peso, ingestão de caloria e
nutrientes, fator emocional, estilo de vida).
Quando uma mãe está mal nutrida durante a gestação, isso repercute na saúde
dela, na saúde do feto que está se desenvolvendo e, possivelmente, na saúde
até de seu neto. Ou seja, os problemas decorrentes da mal nutrição podem se
refletir por até três gerações.
“A mãe mal nutrida tem uma alteração da sua composição corporal, o que faz
com que se altere as respostas embrionárias, provocando modificações
epigenéticas e mudanças na expressão gênica dessa mãe e do feto. Isso pode
provocar desnutrição, neurodesenvolvimento prejudicado, obesidade, doenças
cardiovasculares, doenças crônicas e agudas como um todo. Se eu tenho uma
mãe mal nutrida, eu tenho uma criança com predisposição para doenças
crônicas não transmissíveis”, afirma a nutricionista materno-infantil Marina
Bonelli.
Uma grávida desnutrida com baixo peso pode ter alterações na placenta,
comprometendo o fluxo sanguíneo e o metabolismo de nutrientes. Isso pode
levar o bebê a se tornar um adulto com maiores riscos de hipertensão, com
resistência insulínica, aumento da adiposidade e diminuição das células beta
com predisposição a diabetes.
No caso de uma grávida desnutrida com sobrepeso, as alterações na placenta
podem gerar um feto mais estressado e grande demais para a idade
gestacional. Na fase adulta, ele poderá ter problemas como predisposição a
doenças cardíacas, derrames e diabetes, além da obesidade.
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QUEM mais sofre com desnutrição infantil?
CAPURRO
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→ Como calcular o escore de Capurro?
Para determinar a GI com base neste método somático, é necessário avaliar
cada um dos itens com cuidado, assinalando a pontuação correspondente a
eles. Apontuação (P) somada dos fatores deve ser acrescida de 204. O
resultado desse cálculo será dividido por 7, obtendo assim o número de
semanas da idade gestacional.
IG = ( P + 2 0 4 ) / 7
NEW BALLARD
Fundamental para as áreas médicas de obstetrícia e neonatologia, o New
Balard Score (NBS) é um dos métodos utilizados para determinar a idade
gestacional (IG) de um recém-nascido. Essa estimativa baseia-se na análise de
determinadas características físicas e neurológicas do neonato, com possível
margem de erro de duas semanas.
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→ Como funciona o New Ballard?
Para obter um resultado com maior precisão, o exame físico do bebê deve ser
realizado entre 21 e 20 horas após o nascimento. Para determinar a idade
gestacional, o New Balard avalia seis parâmetros neurológicos e seis físicos.
Oprofissional responsável pelo exame atribui uma nota para cada indicador,
conforme a tabela de parâmetros, cuja somatória determina a GI do recém-
nascido.
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Para cada um dos parâmetros, se atribui uma pontuação que na somatória
determinará a estimativa da idade gestacional. Permite a avaliação do recém-
nascido a partir de 20 semanas e pode ser realizado até 96 horas de vida.
Neste método, se deve ter atenção aos quadros de asfixia do RN, os quais
podem mascarar a análise pelo Ballard.
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Adicionamos nove se corresponder aos meses de janeiro a março.
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3. Detecção Precoce de Anormalidades: O uso da curva de crescimento na
caderneta da criança permite que os profissionais de saúde identifiquem
precocemente possíveis problemas de crescimento ou desenvolvimento.
Isso possibilita intervenções precoces e adequadas para corrigir ou tratar
essas condições antes que se tornem mais graves.
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orientação nutricional.
Os nutricionistas e pediatras se baseavam nas curvas de crescimento
elaboradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Porém, ainda existem duas outras curvas: uma do ano 2000 e publicada pelo
Centers for Disease Control and Prevention (CDC), e a primeira delas, do ano
de 1977, do National Center for Health Statistics (NCHS).
A OMS resolveu lançar, em 2006 e 2007, novas curvas para avaliar o
crescimento de crianças e adolescentes devido a divergências das outras duas
curvas, como: procedência do banco de dados, idade das crianças avaliadas,
tipo de alimentação, entre outros fatores, apontados por diversos estudos.
Assim, hoje temos disponíveis as curvas de crescimento que contêm medidas
antropométricas de peso, comprimento (estatura medida com a criança
deitada, que pode ser tomada e crianças até 2 anos de idade) e estatura.
Partindo dessas três medidas foram criados os seguintes indicadores, para
meninos e meninas:
→ Peso/ Idade
→ Peso/ Estatura
→ Estatura/ Idade
→IMC/ Idade
Para avaliar o estado nutricional de uma criança a partir das curvas de
crescimento, podem ser utilizados dois parâmetros: percentil e score-z. Os
pontos de corte definidos por percentil e score-z servem para investigar
situações de normalidade e de risco nutricional (peso e estatura inadequados
para sexo e idade). Para utilizá-los é preciso saber o objetivo da avaliação, para
que ocorram erros no diagnóstico nutricional.
No momento da avaliação antropométrica da criança, assume-se que suas
medidas antropométricas devem seguir uma distribuição normal, ou seja, de
uma população com o crescimento saudável.
As medidas de percentil tendem a ser mais sensíveis, ou seja, mais
abrangentes. Em outras palavras, crianças classificadas como risco nutricional
a partir do percentil podem estar apenas próximas de uma situação de risco,
mas não necessariamente em risco nutricional.
As medidas de score-z, também chamado de escore-z, são mais específicas,
ou seja, elas detectam com mais precisão os casos mais graves de risco
nutricional. Em outras palavras, crianças classificadas como risco nutricional a
partir do score-z certamente estão com déficit de peso e/ou estatura. Porém,
se a criança estiver classificada como próxima da classificação de risco, pode
ser que ela já esteja fora dos padrões de normalidade.
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A avaliação deve ser um processo contínuo de acompanhamento das
atividades relativas ao potencial de cada criança, com vistas à detecção
precoce de desvios ou atrasos. Essa verificação pode ser realizada de forma
sistematizada por meio de testes.
A Caderneta de Saúde da Criança fornecida pelo Ministério da Saúde dispõe
do instrumento de vigilância para o acompanhamento dos marcos do
desenvolvimento de zero a 3 anos de vida. Além disso, com base na presença
ou ausência de alguns fatores de risco e de alterações fenotípicas, a caderneta
orienta para tomadas de decisão. É fundamental o conhecimento do contexto
familiar e social (se gestação planejada ou não, fantasias da mãe durante a
gestação, quem é o cuidador, como é a rotina e quais mudanças nas relações
familiares ocorreram após o seu nascimento), dos fatores de risco para
distúrbios do desenvolvimento, da opinião da mãe em relação ao
desenvolvimento do filho e observar durante todo o atendimento o
comportamento da família e da criança (quem traz, como é carregada, sua
postura, seu interesse pelo ambiente e interação com as pessoas e o vínculo
com a mãe). Na primeira etapa de vida, a avaliação deve ser feita mês a mês,
seguindo as instruções de como pesquisar o marco do desenvolvimento por
faixa etária. Caso aconteça falha em alcançar algum marco, deve-se antecipar
a consulta seguinte, e iniciar uma investigação quanto ao ambiente em que a
criança vive e a sua relação com os familiares. O objetivo inicial é orientar a
família a estimular a criança, com foco em atividades que a ajudem a superar
as dificuldades observadas. A persistência de atrasos do desenvolvimento por
mais de duas consultas, indica a necessidade de encaminhar a criança para
um serviço de maior complexidade e estimulação precoce neuropsicomotora,
essenciais ao prognóstico favorável.
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→ CRESCIMENTO
O crescimento da criança é o melhor indicador de saúde em qualquer fase da
vida. Por isso, pais devem estar constantemente atentos à altura e peso dos
filhos desde seu nascimento até o período final do crescimento, conhecido
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como puberdade. Para ajudar os pais e médicos nessa percepção existe a
curva de crescimento infantil.
Os valores deste conjunto de gráficos e tabelas são cuidadosamente
elaborados por meio de dados coletados de amostras de crianças e
adolescentes saudáveis, com o objetivo de auxiliar na identificação de
possíveis distúrbios de crescimento.
→ O que é curva de crescimento?
A curva de crescimento infantil é um padrão internacional que foi desenvolvido
pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como forma de acompanhar o
estado nutricional das crianças. As curvas deste sistema são obtidas por meio
do cálculo entre a idade da criança e as variáveis, como peso, altura e
perímetro da cabeça.
Com a padronização dos parâmetros é possível avaliar a curva de crescimento
infantil em qualquer país, independente da etnia, condição socioeconômica e
alimentação. A única variável deste padrão é o sexo da criança.
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criança. Isso porque, essa medida permite a detecção precoce de inúmeras
doenças neurológicas que interferem no crescimento craniano.
Para entender os percentis e como funciona a curva de crescimento infantil,
podemos seguir o exemplo: em um grupo com 100 meninos saudáveis de 6
meses vivendo em distintos locais do mundo, a OMS mapeou o mais leve e o
mais pesado deles, colocando esse peso em um gráfico.
A partir desses dados, foram estabelecidas réguas intermediárias, chamadas
de percentis. São elas 3, 15, 50 (média), 85 e 97. Portanto, se um bebê está no
percentil 85 em relação a seu peso e altura, significa que ele é maior e mais
pesado que 85% dos bebês de sua idade. O importante na curva de
crescimento infantil é que a criança mantenha a linha sempre ascendente no
crescimento, seja qual for o percentil.
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→ Como posso saber se a curva de crescimento está adequada?
Grande parte dos bebês e crianças atingem certos marcos em sua vida no
mesmo período, por esse motivo, existe a curva de crescimento infantil.
Entender como eles funcionam permite que os pais acompanhem e ajudem os
filhos em seu crescimento e desenvolvimento de novas habilidades, atingindo
todo potencial.
→ Qual o crescimento típico infantil?
O crescimento da criança não segue obrigatoriamente as mesmas regras em
todos os casos. Contudo, a curva de crescimento infantil deve ser
acompanhada. As curvas e os gráficos de crescimento são informações
padronizadas que se baseiam no desenvolvimento da maioria das crianças.
Junto dele, é possível avaliar a taxa de crescimento de uma pessoa
comparando-a com grupos da mesma idade e sexo, tornando possível
identificar algo de errado no amadurecimento da criança.
O crescimento do ponto de vista físico corresponde ao aumento de altura,
peso, membros, órgãos e quaisquer outras mudanças que podem ocorrer no
corpo das crianças. Cabelos crescem, dentes nascem, caem e tornam a
nascer, hormônios começam a ser produzidos, tudo fazendo parte do
desenvolvimento infantil dividido em 3 etapas.
→ Lactante
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As crianças de 0 a 3 anos de vida fazem parte do período lactante. Logo após
ao nascimento, o recém-nascido perde cerca de 5 a 10% de seu peso,
recuperando-o por volta de 2 semanas, quando seu crescimento é iniciado.
Entre 4 a 6 meses, o peso do bebê deve ser o dobro do apresentado ao nascer,
e seu crescimento pode chegar até 25cm. Aos 2 anos, é natural que o bebê
diminua o ritmo de crescimento.
→ Pré-puberal
A fase de crescimento pré-puberal ocorre entre 3 aos 13 anos, com a criança
crescendo em ritmo constante. Entretanto, muitas crianças costumam não
crescer de forma contínua ao longo do período. É importante perceber se há
um padrão de meses ou semanas em que a criança apresenta crescimento
lento. Espera-se que a criança apresente uma média de crescimento de 5 cm
ao ano nessa etapa.
→ Puberdade
No período da puberdade, os pais podem observar um surto de
desenvolvimento que dura entre 2 a 5 anos, e o padrão de crescimento deve
estar em torno de 8 a 14 cm ao ano. Esse surto é associado à sexualidade, com
o desenvolvimento de pelos púbicos, axilares, crescimento de órgãos sexuais,
e o início da menstruação nas meninas. Ao atingir entre 15 e 17 anos, o
crescimento se encerra, devido ao fim do desenvolvimento físico.
→ Quais fatores podem interferir na curva de crescimento infantil?
São muitos os fatores que podem contribuir para que a criança tenha
problemas de crescimento e desenvolvimento, desde alterações na produção
hormonal até herança genética.
Atividades físicas em excesso
A atividade física em excesso pode ser um dos fatores que afetam a curva de
crescimento infantil. Pesquisadores da Universidade de Utah mostraram que
crianças que gastavam mais tempo e energia em atividades físicas excessivas
eram significativamente menores, mais leves e com baixos níveis de gordura
corporal.
É fundamental que a criança tenha equilíbrio com a prática de atividades
físicas. Ela é de extrema importância e deve ser incentivada desde as menores
idades, visto que as atividades estimulam o desenvolvimento de células que
formam tecido ósseo e muscular. No entanto, as doses devem ser equilibradas,
para que não ocorra prejuízo de crescimento e desenvolvimento.
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Hormônios do crescimento
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, esse processo se inicia por
volta dos 30 minutos após o adormecimento da criança. O pico da produção do
GH é alcançado a partir das 22 horas e segue até o início da manhã. Podemos
concluir que crianças que dormem pouco durante a noite são mais suscetíveis
a apresentar déficits de crescimento, além de outros prejuízos à saúde.
→ Qual o papel do médico diante da curva de crescimento infantil?
O médico é o profissional responsável por realizar o diagnóstico e tratamento
de distúrbios no crescimento da criança. Da mesma forma, o endocrinologista
é o especialista responsável por transtornos endocrinológicos na infância e
adolescência, tratando do crescimento, tireoide, diabetes, obesidade,
distúrbios de diferenciação sexual e alterações no metabolismo.
Disfunções como as hormonais podem ser identificadas desde o período
neonatal e seu diagnóstico e tratamento são feitos pelo endocrinologista, com
interação constante com pediatras.
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O acompanhamento com pediatra é fundamental para detectar qualquer
alteração dessa velocidade de crescimento de forma precoce, permitindo o
diagnóstico antecipado de doenças que podem afetar o desenvolvimento.
Assim que é notado o crescimento menor que o esperado, o ideal é procurar
ajuda de um especialista, como o endocrinologista. Quanto mais cedo
percebido o problema, melhores as chances de recuperação.
Na avaliação clínica da criança, o endocrinologista realiza a medição de peso e
altura, para determinar a velocidade do crescimento, e também avaliações
laboratoriais conforme as possíveis suspeitas, como anemia, doenças renais,
doenças endócrinas em crianças, e deficiência hormonal.
Por fim, o médico avalia por meio de exame radiológico a idade óssea da
criança, permitindo a medição da reserva de crescimento. É importante que o
diagnóstico seja realizado rapidamente, iniciando quanto antes o tratamento,
garantindo que a estatura final alcance seu melhor potencial.
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Crianças com desenvolvimento puberal precoce;
Alterações de peso;
Alterações da tireoide;
Alterações da puberdade;
Ambiguidade genital.
Desenvolvimento neuropsicomotor
O desenvolvimento neuropsicomotor se dá no sentido craniocaudal, portanto,
em primeiro lugar a criança firma a cabeça, a seguir o tronco e após os
membros inferiores. A maturação cerebral também ocorre no sentido postero-
anterior, portanto, primeiro a criança fixa o olhar (região occipital), a seguir leva
a mão aos objetos, etc.
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A avaliação do desenvolvimento deve ser baseada nos marcos definidos pela
escala de desenvolvimento Denver II. Deve-se avaliar o desenvolvimento
social, motor e linguagem.
1. Desenvolvimento social
2. Desenvolvimento motor
3. Desenvolvimento da linguagem
4. Desenvolvimento do desenho
Desenvolvimento social
Desenvolvimento Motor
Desenvolvimento da Linguagem
Lalação = 6 meses
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Fatores de risco para atrasos no desenvolvimento
Complicações obstétricas, pré-natal inadequado, gestação indesejada, baixo
peso ao nascer e prematuridade são os principais fatores associados ao DNPM
atrasado no recém-nascido.
Os bebês apresentam sequência de amadurecimento neuropsicomotor crânio-
caudal, das porções mais proximais para as digitais e com atividades mais
simples para complexas.
#Ponto importante: Pode haver discretas variações no desenvolvimento de
acordo com os estímulos que são dados às crianças.
Reflexos primitivos
Reflexo tônico-cervical assimétrico (a): O examinador deve realizar
rotação da cabeça para um lado, e observar consequente extensão do
membro superior e inferior do lado facial e flexão dos membros
contralaterais. Este reflexo dura até os 4 meses de vida.
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Preensão plantar (d): quando o examinador pressiona o polegar na face
plantar dos pés ocorre flexão dos dedos. É o reflexo primitivo que mais
perdura, geralmente até 11 meses, sendo patológica acima disso.
Reflexo de sucção: Estímulo leve com os dedos nas comissuras labiais leva
ao movimento de busca pela boca para sucção. Até no máximo 6 meses.
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Outro marco importante é a possibilidade de levar a mão à linha média,
associado agora e, assim, elevar até a boca. Há também a preensão voluntária
das mãos.
#Ponto importante: Desta forma, a criança consegue levar objetos até a boca,
uma fase de maior risco para engasgos.
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Marcos do desenvolvimento: 1 ano e 6 meses
Já realiza atividades muito complexas, como comer sozinha com colher,
colocar o próprio calçado, subir escadas e correr. Em relação a cognição e
fala, pronuncia mais de 10 palavras, aponta partes do próprio corpo e objetos.
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O que é aleitamento materno?
O aleitamento materno é o ato de alimentar um bebê com o leite produzido
pelos seios da mãe. É uma prática fundamental para a saúde e o
desenvolvimento da criança, pois o leite materno contém todos os nutrientes
necessários para o crescimento adequado, além de anticorpos que o protegem
contra doenças.
Além disso, o ato de amamentar fortalece o vínculo afetivo entre a mãe e o
filho, promovendo um elo emocional importante para o bem-estar de ambos. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno
exclusivo até os seis meses de idade, seguido da introdução de alimentos
complementares após este período, e mantendo a amamentação até, pelo
menos, os dois anos.
A importância do aleitamento materno
O aleitamento materno oferece benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê
que recebe a amamentação.
Qual a importância do aleitamento materno para o bebê?
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sensível dos bebês, reduzindo a ocorrência de problemas digestivos, como
cólicas.
Após os seis meses, a introdução de alimentos complementares de forma
gradual e a continuação do aleitamento materno até pelo menos os dois anos
de idade são recomendadas para garantir uma nutrição adequada e um
desenvolvimento saudável.
Quando o leite materno não é recomendado?
Mulheres que têm o vírus HIV não devem amamentar seus bebês, pois há
risco de transmissão;
Mães com infecções graves: se a mãe estiver com uma infecção grave que
possa ser transmitida por meio do leite materno, é recomendado
interromper a amamentação temporariamente para proteger o bebê;
É válido ressaltar que a maioria das mulheres pode amamentar com segurança
e que a orientação de um profissional de saúde é essencial para determinar a
melhor forma de alimentação para cada bebê, especialmente em situações de
saúde específicas, como uso de medicamentos, infecções, entre outras.
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→ Benefícios:
Menor custo financeiro: Para uma família com pouca renda, não amamentar
e comprar fórmulas infantis pode representar grande parte da renda desta
família. Em 2004, o gasto médio mensal para alimentar um bebê nos
primeiros 6 meses variou de 38-133% do salário mínimo, dependendo da
marca da fórmula infantil. Além de gastos com mamadeiras e gás de
cozinha, acrescenta-se os gastos com problemas de saúde que crianças
não amamentadas costumam ter com maior frequência.
Evita diarreia: Fortes evidências mostram que o leite materno protege conta
diarreia. Tal proteção diminui quando o aleitamento materno deixa de ser
exclusivo, assim como diminui com o avançar da idade da criança.
Inclusive, crianças não amamentadas apresentam um risco 3 vezes maior
de desidratarem e virem a óbito em decorrência da diarreia, quando
comparadas com crianças amamentadas.
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primeiros dias de vida parece aumentar o risco de alergia ao leite de vaca,
por isso a importância de evitar o uso de fórmulas infantis.
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em aleitamento materno exclusivo. ATabela 1 apresenta opadrão de sono dos
lactentes, segundo aclassificação do Aleitamento Materno.
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custas de uma intensa neurogênese, acompanhada de dois processos chaves
no neurodesenvolvimento: a mielinização e a sinaptogênese, com uma média
de 700 sinapses por segundo. Esse período crítico do neurodesenvolvimento é
dependente da oferta de nutrientes específicos, cuja deficiência pode afetar a
habilidade cognitiva e aumentar o risco para a ocorrência de doenças crônico-
degenerativas em longo prazo, a chamada programação metabólica.
Intervenções nesse período são fundamentais para garantir
a oferta nutricional ideal para uma vida saudável e produtiva.
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Dentro desse contexto, ressaltamos a importância do profissional apto e
capacitado a orientar e prescrever sobre uma alimentação adequada e ideal de
acordo com as necessidades de cada pessoa, visando uma boa formação de
hábitos alimentares, que é o nutricionista.
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Portanto, a introdução alimentar no tempo certo desempenha um papel crucial
no crescimento, desenvolvimento e saúde geral do bebê, estabelecendo as
bases para uma vida saudável e nutricionalmente equilibrada. É importante
seguir as recomendações e orientações do pediatra ou de um profissional de
saúde especializado em nutrição infantil ao introduzir alimentos sólidos na
dieta do bebê.
1. ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE
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aquele me que oleite materno é complementado por alimentos sólidos ou
semissólidos. Idealmente deve ser iniciado aos 6 meses.
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• 3 vezes/dia, se em aleitamento materno
(4 vezes/dia após 7meses);
• 5 vezes/dia, se criança não estiver sendo amamentada;
• É importante evitar sucos! Se for ofertar, que seja no máximo 100 mL/dia. Isso
porque a capacidade gástrica da criança é pequena e o suco, por ocupar
grande volume, leva a criança a rejeitar outros alimentos, fazendo com que o
aporte calórico fique abaixo do ideal;
•Os alimentos devem ser oferecidos em colher, para que acriança comece
atreinar amanipulação dos utensílios e do alimento.
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• Evitar: açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos:
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VITAMINA K
Avitamina Kéadministrada ao nascer, como forma de prevenção àdoença
hemorrágica, na dose de 1mg por via intramuscular.
VITAMINA D
Preconiza-se que a vitamina Dsuplementar seja administrada para todos os
recém-nascidos a termo, independentemente de estar em aleitamento materno
exclusivo ou fórmula infantil, desde a primeira semana até os 3 anos de vida.
VITAMINA A
Asuplementação de vitamina Aé recomendada para crianças em áreas com alta
prevalência de deficiência de vitamina Ae que tenham o diagnóstico de
hipovitaminose. Entretanto, na prática, a suplementação é feita para todas as
crianças.
Esa suplementação é realizada em megadoses por via oral, geralmente
administradas nos postos de vacinação em cada meses. Deve ser administrada
dos 6meses aos 6anos, sendo na dose ed 100.000 Ul para crianças entre 6 e
12 meses e 200.000 Ul para crianças entre 1 e 6 anos.
FERRO
Preconiza-se que a suplementação profilática de ferro seja universal, tendo em
vista a alta prevalência de anemia ferropriva entre crianças. Para crianças
nascidas a termo e com peso adequado para a idade gestacional (estando em
aleitamento atermo exclusivo ou não), a recomendação é de suplementação
oral com 1mg de ferro elementar/Kg/dia dos 3meses aos 2anos. Porém há
situações especiais em que a dose e a idade de início devem ser diferentes.
3. ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR
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ou premiar com comida.
Outra recomendação é que as refeições devem ser oferecidas em horários
fixos. Se a criança não aceitar, não deve haver substituição, deve-se esperar o
próximo horário para oferecer a refeição. Éfundamental também que não se
oferte alimentos fora de hora, principalmente doces e alimentos hipercalóricos.
O tamanho das porções deve ser compatível com a idade e deve-se evitar
líquidos durante as refeições (já que ocupa espaço no estômago e impede o
aporte adequado de calorias), bem como o consumo de guloseimas e
refrigerantes. Outra recomendação importante é eliminar a mamadeira noturna,
uma vez que é muito calórica e, por vezes, a criança passa o dia seguinte
inteiro sem comer. Deve-se ainda, ter bastante cuidado com engasgo
(principalmente com uva, pipoca e balas).
4. ALIMENTAÇÃO DO ESCOLAR
Nessa faixa etária, o ritmo de crescimento é constante, havendo maior ganho
ponderal do que ganho estatural, bem como necessidade de atividade física
mais intensa. Adespeito disso, na maioria das vezes, há excesso de alimentos
calóricos e pouco nutritivos e falta de incentivo à atividade física, além de
exposição excessiva às telas. Isso culmina no maior risco de obesidade deste
grupo. Portanto, éessencial que haja redução do tempo de tela, incentivo à
atividade física erestrição de alimentos ricos em açúcar, sal e gorduras, entre
eles: salgadinhos, fast foods, guloseimas e bolachas recheadas. Entretanto,
deve-se ter cuidado na condução do controle de peso, já que a preocupação
excessiva ou mal conduzida com peso nessa idade pode desencadear
distúrbios alimentares, entre eles bulimia e anorexia. Aalimentação dessa fase
deve ser variada, consistindo em:
• Peixe 2 vezes por semana;
• Verduras, legumes e frutas;
• Limitação do sal para < 6 g/dia;
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acompanhada de mielinização e sinaptogênese. Uma falha na oferta nutritiva
nesta fase de neurodesenvolvimento pode causar consequências a longo
prazo, como a ocorrência de doenças crônico-degenerativas.
Uma criança “saudável” (e com isso quero dizer sem causas aparentes de
desnutrição ou doença) teoricamente não necessitaria de suplementação, mas
existem outros fatores que influenciam suas indicações, como: tipo de dieta,
local onde vive e atividades diárias. O leite materno contém baixas
concentrações de vitamina K, vitamina D e ferro, sendo motivo para o
Departamento de Nutrologia da SBP fazer recomendações referentes a esses
nutrientes. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prioriza a
suplementação das vitaminas A e D e dos minerais iodo, zinco e ferro, os quais
estão associados à maior deficiência devido ao alto impacto social destes em
todo o mundo.
→ Recomendações
2.1. Vitamina D
A deficiência de vitamina D é muito frequente em todo o mundo e muito comum
em lactentes, crianças e adolescentes no Brasil. Apresenta papel crucial na
saúde óssea, e, além disso, estudos apontam que a hipovitaminose D pode
estar associada a várias comorbidades, como: diabetes melito tipo 1, asma,
dermatite atópica, alergia alimentar, doença inflamatória intestinal, artrite
reumatoide, doença cardiovascular, esquizofrenia, depressão e variadas
neoplasias (mama, próstata, pâncreas, cólon).
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Academia Americana de Pediatria
(AAP) e o Global Consensus Recommendations on Prevention and
Management of Nutritional Rickets recomendam a suplementação preventiva
universal de vitamina D da seguinte forma:
A termo:
400UI por dia para lactentes de 0-12 meses a partir da primeira semana de
vida (independentemente da alimentação);
Pré-termo:
400UI por dia, quando o peso for superior a 1.500 gramas e houver
tolerância à ingestão oral;
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600UI por dia dos 12 aos 24 meses.
2.2. Vitamina A
O Ministério da Saúde possui o Programa de Suplementação de Vitamina A e
preconiza a utilização de megadose única para:
2.3. Ferro
A anemia por deficiência de ferro é muito prevalente entre crianças,
principalmente nos países em desenvolvimento. Esta é considerada a carência
nutricional mais comum e exige conduta corretora, pois prejudica o
desenvolvimento mental e psicomotor da criança, reduz o desempenho
individual em tarefas diárias e afeta a resistência a infecções.
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A Sociedade Brasileira de Pediatria indica a suplementação preventiva nas
seguintes situações:
A termo
Pré-termo
Situação Posologia
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3-5mg de ferro elementar/kg de peso/dia, VO, por pelo menos 8 semanas
(até correção da anemia e normalização dos níveis de ferritina) – a duração
total pode durar até 3-6 meses.
Orientação nutricional
Exames solicitados para diagnóstico de anemia ferropriva de acordo com as
fases da anemia:
2.4. Zinco
O zinco é um elemento importante para o organismo, presente em abundância,
com atuação no sistema imunológico, crescimento, desenvolvimento cognitivo,
reparação tissular e replicação celular.
A dosagem sérica não reflete com precisão o real estado nutricional do mineral
e sua prova terapêutica é feita utilizando zinco na dosagem de:
A termo:
Pré-termo:
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Em casos de diarreia aguda:
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Quais são as principais vitaminas e suas
funções no organismo da criança?
Essa é uma pergunta muito ampla, mas podemos citar alguns dos
micronutrientes (vitaminas e minerais) mais importantes.
Ferro
Zinco
Vitaminas lipofílicas
Vitaminas do complexo B
Vitamina C
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Quais vitaminas estão presentes no leite
materno e qual sua importância?
O leite materno é a alimentação mais completa para um bebê. Trata-se de um
leite humano produzido naturalmente pelo organismo para outro humano. Ele é
rico em cálcio e em quase todas as vitaminas que o bebê precisa e que
citamos anteriormente.
Ele não é rico apenas em vitamina D e ferro, por isso o pediatra faz a indicação
de que o recém-nascido receba a vitamina D desde a primeira semana de vida.
Todas as outras necessidades são supridas pelo leite materno.
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Quando falamos nas vitaminas A e C, que citamos anteriormente, vale ressaltar
que elas estão mais presentes nas frutas e fazem parte da recomendação de
uma alimentação saudável. Porções de ao menos duas ou três frutas por dia
conseguem atingir as necessidades dessas vitaminas.
Com relação ao ferro e ao zinco, falamos principalmente do feijão, dos vegetais
escuros e da proteína animal (carnes). Quando montamos um prato equilibrado
que inclui uma fruta de sobremesa, teoricamente os nutrientes fundamentais
são atingidos.
Ao nos referimos a todos os grupos alimentares, pensamos não apenas nas
vitaminas, mas também em outros nutrientes, como cálcio, zinco e ferro.
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Vitaminas em excesso podem fazer mal à
saúde? A orientação médica é sempre
necessária?
A falta de vitaminas faz mal e pode causar doenças e sintomas, mas o
excesso também pode trazer um impacto negativo à saúde. Existem vitaminas
que nunca seriam consideradas um excesso pelo corpo, como é o caso da
vitamina C. Ela não acumula no corpo porque o excesso é eliminado pela urina
– mas, com o tempo, o acúmulo de doses elevadas pode causar pedras nos
rins.
Outras vitaminas não são eliminadas pela urina tão facilmente quando em
excesso, como é o caso da vitamina D. Em doses elevadas, ela pode causar
graves sequelas, principalmente neurológicas, acima de tudo em crianças
pequenas e bebês. A prescrição médica é sempre fundamental.
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Quando é necessário que uma gestante
faça a suplementação?
De modo geral, todas as gestantes precisam garantir a ingestão de todos os
nutrientes adequados. Durante a gestação, é necessário que o médico obstetra
avalie cada caso para receitar a suplementação ideal.
Para o pediatra, vale verificar se a mãe apresentou anemia durante a gravidez,
entre outros detalhes. Isso é um reflexo do bebê e de como será sua
suplementação.
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É fundamental avaliar a alimentação durante a consulta e, dependendo da faixa
etária, fazer exames. O ideal é que a suplementação seja feita de forma
individualizada para a criança de acordo com esses testes, levando em
consideração os nutrientes que ela precisa.
Não adianta, por exemplo, indicar um “pronto” de farmácia, que terá todas as
vitaminas em uma dose baixa. Pode ser que isso não seja suficiente para
aquele organismo. Quando os pais apresentam essa queixa, fazemos uma
avaliação do caso a fim de entender qual o melhor caminho.
Se uma criança se recusa a comer, também é fundamental avaliar qual a causa
para esse comportamento.
Considerações finais
Meu recado final é que a falta de micronutrientes, como baixos estoques de
ferro e baixa vitamina B12, pode ser silenciosa, ou seja, não manifestar
sintomas. Mesmo um bebê ou uma criança que se desenvolve bem, cresce,
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ganha peso em um ritmo adequado e se alimenta relativamente dentro do
esperado, tem necessidade de suplementação de pelo menos vitamina D e
ferro em doses mínimas (chamadas “profiláticas” ou “preventivas”), além de
muitas vezes serem necessárias doses maiores ou outros micronutrientes.
Por isso a suplementação individualizada é tão relevante. Com certeza um
“vidrinho” de vitaminas da farmácia não fornece todos os micronutrientes
necessários em doses adequadas para crianças de tamanho, idade e histórico
diferentes.
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7. Educação e Informação: Muitos pais podem não ter conhecimento
suficiente sobre nutrição infantil e podem precisar de orientação e
educação para implementar efetivamente um plano terapêutico nutricional
para seus filhos.
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5. Custos de Consultas Profissionais: Além dos custos de alimentos, os pais
podem precisar consultar profissionais de saúde, como nutricionistas ou
dietistas, para desenvolver e ajustar o plano nutricional da criança. Essas
consultas podem ter custos associados que podem ser um fardo financeiro
para algumas famílias.
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