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APROVADO EM

09-08-2019
INFARMED

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

1. NOME DO MEDICAMENTO
Azitromicina Aurovitas 250 mg comprimidos revestidos por película
Azitromicina Aurovitas 500 mg comprimidos revestidos por película

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA


Cada comprimido revestido por película contém 250 mg de azitromicina (na forma di-
hidratada).
Excipiente com efeito conhecido: Cada comprimido revestido por película contém 5,40
mg de lactose mono-hidratada.
Cada comprimido revestido por película contém 500 mg de azitromicina (na forma de di-
hidratada).
Excipiente com efeito conhecido: Cada comprimido revestido por película contém 10,80
mg de lactose mono-hidratada.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Azitromicina Aurovitas 250 mg comprimidos revestidos por película:
Comprimidos revestidos por película biconvexos, oblongos, de cor branca a
esbranquiçada, gravados com “66” num dos lados e “D” no outro. O tamanho é 13,5 mm
x 6,6 mm.
Azitromicina Aurovitas 500 mg comprimidos revestidos por película:
Comprimidos revestidos por película biconvexos, de forma oval e cor branca a
esbranquiçada, gravados com “6” e “7”, separados por uma ranhura, num dos lados e
“D” no outro. O comprimido pode ser dividido em doses iguais. O tamanho é 17,1 mm x
8,5 mm.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
A azitromicina está indicada no tratamento das seguintes infeções bacterianas causadas
por microrganismos sensíveis à azitromicina (ver secção 4.4 e 5.1):
Sinusite bacteriana aguda (adequadamente diagnosticada)
Otite média bacteriana aguda (adequadamente diagnosticada)
Faringite, tonsilite
Exacerbação aguda da bronquite crónica (adequadamente diagnosticada)
Pneumonia ligeira a moderadamente grave adquirida na comunidade
Infeções da pele e tecidos moles de gravidade ligeira a moderada, p.e. foliculite, celulite,
erisipela
Uretrite e cervicite não complicadas provocadas por Chlamydia trachomatis
Devem ser tidas em consideração as normas orientadoras sobre a utilização adequada de
agentes antibacterianos.
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4.2 Posologia e modo de administração


Posologia
Azitromicina Aurovitas deve ser administrada numa toma única diária. A duração do
tratamento para as diferentes doenças infeciosas é apresentada abaixo.
Crianças e adolescentes com um peso corporal superior a 45 kg, adultos e idosos
A dose total é de 1500 mg, administrada em tomas de 500 mg, uma vez por dia, durante
3 dias. Em alternativa, a mesma dose total (1500 mg) pode ser administrada ao longo de
um período de 5 dias, 500 mg no 1º dia e 250 mg do 2º ao 5º dia.
No caso de uretrites e cervicites não complicadas provocadas por Chlamydia trachomatis,
a posologia é de 1000 mg administradas em dose oral única.
Crianças e adolescentes com um peso corporal inferior a 45 kg
Os comprimidos de azitromicina não são adequados para doentes com peso corporal
inferior a 45 kg. Para este grupo de doentes, estão disponíveis outras formas
farmacêuticas.
Doentes idosos
Em doentes idosos, pode ser administrada a mesma dose que em adultos. Dado que os
doentes idosos podem ser doentes com potenciais condições proarrítmicas, recomenda-
se particular precaução devido ao risco de desenvolvimento de arritmias cardíacas e
torsades de pointes (ver secção 4.4).
Doentes com compromisso renal
Não é necessário ajuste da dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado
(TFG 10-80 ml/min). Recomenda-se precaução quando a azitromicina é administrada a
doentes com insuficiência renal grave (TFG <10 ml / min) (ver secção 4.4 e secção 5.2).
Doentes com compromisso hepático
Não é necessário ajuste de dose em doentes com disfunção hepática ligeira a moderada
(ver secção 4.4).
Modo de administração
Azitromicina Aurovitas deve ser tomado numa única toma diária. Os comprimidos podem
ser tomados com ou sem alimentos.
Os comprimidos devem ser tomados com ½ copo de água.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa, à eritromicina, a qualquer macrólido ou quetólido,
ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Hipersensibilidade
Tal como acontece com a eritromicina e outros macrólidos, foram notificadas reações
alérgicas graves raras, incluindo edema angioneurótico e anafilaxia (raramente fatais),
reações dermatológicas, incluindo pustulose exantémica generalizada aguda (PEGA),
síndrome de Stevens Johnson (SSJ), necrólise epidérmica tóxica (NET) (raramente fatal)
e reação a fármaco com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS). Algumas destas
reações com a azitromicina resultaram em sintomas recorrentes e foi necessário
prolongar o período de observação e tratamento.
Caso ocorra uma reação alérgica, o medicamento deve ser descontinuado e deve ser
instituída uma terapêutica apropriada. Os médicos devem estar cientes que os sintomas
alérgicos podem reaparecer quando a terapêutica sintomática é interrompida
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Insuficiência hepática:
Dado que a principal via de eliminação de azitromicina é a via hepática, a azitromicina
deve ser utilizada com precaução em doentes com doença hepática significativa. Foram
notificados casos de hepatite fulminante, que poderiam estar na origem de insuficiência
hepática com risco de vida associado, em doentes a tomar azitromicina (ver secção 4.8).
Alguns doentes podem ter uma doença hepática pré-existente ou estar a tomar outros
medicamentos hepatotóxicos.
Em caso de sinais ou sintomas de disfunção hepática, como desenvolvimento rápido de
astenia associada a icterícia, urina escura, tendência para hemorragia ou encefalopatia
hepática, devem ser realizados análises/exames ao fígado imediatamente. Deve ser
interrompido o tratamento com azitromicina caso surja disfunção hepática.
Alcaloides ergotamínicos e azitromicina:
Em doentes a receber derivados de ergotamina, a administração concomitante de alguns
antibióticos macrólidos precipitou o aparecimento de ergotismo. Não existem dados
relativos à possibilidade de interação entre os derivados de ergotamina e a azitromicina.
Contudo, devido à possibilidade, em teoria, de ergotismo, a azitromicina e os derivados
de ergotamina não devem ser coadministrados (ver secção 4.5).
Sobreinfeções:
Tal como acontece com qualquer antibiótico, recomenda-se uma observação atenta dos
sinais de sobreinfeção com microrganismos não sensíveis ao antibiótico, tais como os
fungos. Em caso de sobreinfeção, pode ser necessário interromper o tratamento com a
azitromicina e aplicar medidas adequadas.
Foi notificada diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD) com a utilização de quase
todos os antibióticos, incluindo azitromicina, cuja gravidade pode variar de diarreia ligeira
a colite fatal. O tratamento com antibióticos altera a flora normal do cólon, permitindo o
desenvolvimento excessivo de C.difficile.
C. difficile produz as toxinas A e B, que contribuem para o desenvolvimento de CDAD. As
estirpes de C. difficile produtoras de hipertoxina provocam um aumento da morbilidade e
mortalidade, uma vez que estas infeções podem ser refratárias à terapêutica
antimicrobiana e pode haver necessidade de colectomia. Deve ser considerada a
possibilidade de diarreia associada a C. difficile em todos os doentes que apresentam
diarreia após a utilização de antibióticos. É necessária uma análise cuidadosa da história
clínica, dado que foram notificados casos de diarreia associada a C. difficile mais de dois
meses após a administração de antibióticos. Em caso de CDAD os antiperistálticos estão
contraindicados.
Insuficiência renal
Em doentes com insuficiência renal grave (TFG < 10 ml/min) verificou-se um aumento
de 33% na exposição sistémica à azitromicina (ver secção 5.2).
Eventos cardiovascularesFoi observado um prolongamento da repolarização cardíaca e do
intervalo QT, conduzindo a um aumento do risco de desenvolvimento de arritmias
cardíacas e torsades de pointes, em doentes tratados com outros macrólidos, incluindo a
azitromicina (ver secção 4.8). Por conseguinte, uma vez que as situações descritas
abaixo podem conduzir a um aumento no risco de arritmias ventriculares (incluindo
torsade de pointes), o que pode conduzir a paragem cardíaca, a azitromicina deve ser
utilizada com precaução em doentes com ptenciais condições pró-arrítmicas
(especialmente mulheres e idosos), tais como:
Com prolongamento do intervalo QT congénito ou adquirido documentado.
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A receber tratamento concomitante com outras substâncias ativas conhecidas por


prolongarem o intervalo QT, tais como os antiarrítmicos das classes IA (quinidina e
procainamida) e III (dofetilida, amiodarona e sotalol), cisaprida e terfenadina; agentes
antipsicóticos como a pimozida; antidepressivos como o citalopram; e fluoroquinolonas
como a moxifloxacina e levofloxacina.
Com distúrbios eletrolíticos, especialmente no caso de hipocaliemia e hipomagnesemia;
Com bradicardia clinicamente relevante, arritmia cardíaca ou insuficiência cardíaca grave.
Estudos epidemiológicos que investigam o risco de efeitos adversos cardiovasculares com
os macrólidos demonstraram resultados variáveis. Alguns estudos observacionais
identificaram riscos de curto prazo de arritmia, enfarte do miocárdio e mortalidade
cardiovascular associada com macrólidos incluindo a azitromicina. Deve-se ter em
consideração o balanço entre estas evidências e os benefícios do tratamento quando se
prescrever azitromicina.
Miastenia gravis
Foram notificadas exacerbações dos sintomas de miastenia gravis e novo aparecimento
de síndrome miasténica em doentes a receber tratamento com a azitromicina (ver secção
4.8).
População pediátrica
A segurança e eficácia na prevenção e tratamento de infeções causadas pelo Complexo
Mycobacterium Avium (MAC) não foram estabelecidas em crianças.
Antes de prescrever a azitromicina deve-se considerar o seguinte:
Azitromicina Aurovitas não é adequada para o tratamento de infeções graves, onde é
rapidamente necessária uma alta concentração do antibiótico no sangue.
A seleção da azitromicina para tratar um doente individual deve ter em consideração o
uso apropriado de um agente antibacteriano macrólido com base num diagnóstico
adequado para averiguar a etiologia bacteriana da infeção nas indicações aprovadas e a
prevalência de resistência à azitromicina ou outros macrólidos.
Em áreas com elevada incidência de resistência à eritromicina A, é especialmente
importante considerar a evolução do padrão de suscetibilidade à azitromicina e outros
antibióticos.
Tal como para outros macrólidos, foram relatadas taxas elevadas de resistência do
Streptococcus pneumoniae à azitromicina (> 30%) em alguns países europeus (ver
secção 5.1). Isto deve ser tido em consideração no tratamento de infeções causadas por
Streptococcus pneumoniae.
Faringite/Amigdalite
A azitromicina não é a substância de primeira escolha para o tratamento de faringite e
amigdalite causadas por Streptococcus pyogenes. Para estas e para a profilaxia de febre
reumática aguda, a penicilina é o tratamento de primeira escolha.
Sinusite
Frequentemente, a azitromicina não é a substância de primeira linha para o tratamento
da sinusite.
Otite média aguda
Frequentemente, a azitromicina não é a substância de primeira linha para o tratamento
da otite média aguda.
Infeções da pele e dos tecidos moles
O principal agente causador de infeções dos tecidos moles, Staphylococcus aureus, é
frequentemente resistente à azitromicina. Portanto, o teste de sensibilidade é
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considerado uma condição prévia para o tratamento de infeções de tecidos moles com
azitromicina.
Feridas de queimadura infetadas:
A azitromicina não é indicada para o tratamento de feridas de queimadura infetadas.
Doenças sexualmente transmissíveis:
No caso de doenças sexualmente transmissíveis, uma infeção concomitante por T.
pallidium deve ser excluída.
Doenças neurológicas ou psiquiátricas:
A azitromicina deve ser usada com cautela em doentes com distúrbios neurológicos ou
psiquiátricos.
Lactose
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência total
de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Sódio
Azitromicina Aurovitas contém menos de 1 mmol (23mg) de sódio por comprimido, ou
seja, é praticamente “isento de sódio”
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Antiácidos:
Num estudo farmacocinético em que se investigou o efeito da administração em
simultâneo de antiácidos com azitromicina, não foram observados efeitos na
biodisponibilidade global, embora se tenha verificado uma redução de cerca de 25% nos
níveis séricos máximos. Em doentes medicados com azitromicina e antiácidos, os dois
fármacos não devem ser administrados em simultâneo A azitromicina deve ser tomada
pelo menos 1 hora antes ou 2 horas após a administração de antiácidos.
A administração concomitante de azitromicina grânulos de libertação prolongada para
suspensão oral com uma dose única de 20 ml de co-magaldrox (hidróxido de alumínio e
hidróxido de magnésio) não afeta a velocidade nem a extensão de absorção da
azitromicina.
A administração concomitante de uma dose única de 600 mg de azitromicina e de 400
mg de efarivenz diariamente durante 7 dias não resultou em interações farmacocinéticas
clinicamente relevantes.
Cetirizina:
Em voluntários saudáveis, não se observaram interações farmacocinéticas nem
alterações significativas no intervalo QT com a coadministração de azitromicina e
cetirizina 20 mg durante 5 dias em estado estacionário.
Didanosinas (Dideoxinosina):
A coadministração de 1200 mg/dia de azitromicina com 400 mg/dia de didanosina em 6
indivíduos positivos para VIH não pareceu afetar a farmacocinética da didanosina em
estado estacionário, comparativamente ao placebo.
Digoxina (substratos da P-gp) e colquicina:
Foi notificado que a coadministração de antibióticos macrólidos, incluindo a azitromicina,
com substratos da glicoproteína-P, como a digoxina e colquicina, resulta no aumento dos
níveis séricos do substrato da glicoproteína-P. Por conseguinte, deve ser considerada a
possibilidade de um aumento nos níveis séricos de substrato quando a azitromicina é
administrada concomitantemente com substratos da gp-P, como a digoxina.
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Zidovudina:
Doses únicas de 1000 mg e doses múltiplas de 600 mg ou 1200 mg de azitromicina
demonstraram um efeito reduzido na farmacocinética plasmática ou excreção urinária da
zidovudina ou do seu metabolito glucuronido. No entanto, a administração de
azitromicina aumentou a concentração da zidovudina fosforilada, o metabolito
clinicamente ativo, nas células mononucleares do sangue periférico. O significado clínico
desta descoberta não é claro, mas pode ser benéfico para o doente.
A azitromicina não interage significativamente com o sistema hepático do citocromo
P450. Pensa-se que não sofre as mesmas interações farmacocinéticas que se verificam
com a eritromicina e outros macrólidos. A indução ou inativação do citocromo hepático P
450 através do complexo citocromo-metabolito não ocorre com a azitromicina.
Derivados de ergotamina:
Devido à possibilidade, em teoria, da ocorrência de ergotismo, a utilização de
azitromicina com derivados de ergotamina não é recomendada (ver secção 4.4).
Foram realizados estudos farmacocinéticos entre a azitromicina e os seguintes fármacos
cujo metabolismo é reconhecidamente mediado de forma significativa pelo citocromo
P450.
Astemizole, alfentanilo
Não existem dados conhecidos sobre interações com astemizole ou alfentanilo.
Recomenda-se precaução na administração concomitante destes medicamentos com
azitromicina, devido ao efeito potenciador conhecido destes medicamentos quando
utilizados concomitantemente com o antibiótico macrólido eritromicina.
Atorvastatina:
A coadministração de atorvastartina (10 mg por dia) e azitromicina (500 mg por dia) não
alterou a concentração plasmática de atorvastatina (com base num ensaio de inibição da
HMG-CoA-redutase). Contudo, foram notificados casos pós-comercialização de
rabdomiólise em doentes tratados concomitantemente com azitromicina e estatinas.
Carbamazepina:
Num estudo de interação farmacocinética realizado em voluntários saudáveis, não se
observaram efeitos significativos nos níveis plasmáticos de carbamazepina ou do seu
metabolito ativo em doentes que receberam tratamento concomitante com azitromicina.
Cisaprida:
A cisaprida é metabolizada no fígado pela enzima CYP 3A4. Dado que os macrólidos
inibem esta enzima, a administração concomitante de cisaprida pode resultar num
aumento do intervalo QT, arritmias ventriculares e torsades de pointes.
Cimetidina:
Num estudo farmacocinético que investigou os efeitos da administração de uma dose
única de cimetidina, 2 horas antes da azitromicina, não se observaram alterações na
farmacocinética da azitromicina.
Anticoagulantes orais do tipo cumarínico:
Num estudo de interação farmacocinética, a azitromicina não alterou o efeito
anticoagulante de uma dose única de 15 mg de varfarina administrada a voluntários
saudáveis. Durante o período de pós-comercialização, foram recebidas notificações de
potenciação do efeito anticoagulante após a administração concomitante de azitromicina
e de anticoagulantes orais do tipo cumarínico. Embora não tenha sido estabelecida uma
relação causal, a frequência de monitorização do tempo de protrombina deve ser tida em
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consideração quando a azitromicina é utilizada em doentes que tomam anticoagulantes


orais de tipo cumarínico.
Ciclosporina:
Num estudo de farmacocinética em voluntários saudáveis a quem foi administrada uma
dose oral de 500 mg/dia de azitromicina durante 3 dias e posteriormente administrada
uma dose oral única de 10 mg/kg de ciclosporina, observou-se um aumento significativo
da Cmax e da AUC0-5 da ciclosporina. Consequentemente, é necessária precaução antes
de considerar uma utilização simultânea destes medicamentos. Se for necessária a
coadministração destes medicamentos, os níveis de ciclosporina devem ser
monitorizados e a dose ajustada em conformidade.
Efavirenz:
A coadministração de uma dose única diária de 600 mg de azitromicina e de 400 mg de
efavirenz durante 7 dias não resultou em qualquer interação farmacocinética
clinicamente significativa.
Fluconazol:
A coadministração de uma dose única de 1200 mg de azitromcicina não alterou a
farmacocinética de uma dose única de 800 mg de fluconazol. A exposição total e a
semivida da azitromicina não foram alteradas pela coadministração de fluconazol, mas foi
observada uma diminuição na Cmax (18%) da azitromicina sem significado clínico.
Indinavir:
A coadministração de 800 mg de indinavir, três vezes por dia durante 5 dias, e de uma
dose única de 1200 mg de azitromicina não revelou um efeito estatisticamente
significativo na farmacocinética do indinavir.
Metilprednisolona:
Num estudo de interação farmacocinética realizado em voluntários saudáveis, a
azitromicina não teve efeito significativo na farmacocinética da metilprednisolona.
Midazolam:
Em voluntários saudáveis, a administração concomitante de uma dose diária de 500 mg
de azitromicina durante 3 dias não causou alterações clinicamente significativas na
farmacocinética e farmacodinâmica de uma dose única de 15 mg de midazolam.
Nelfinavir:
A administração concomitante de azitromicina (1200 mg) e nelfinavir no estado
estacionário (750 mg três vezes ao dia) originou um aumento das concentrações de
azitromicina. Não foram observados efeitos adversos clinicamente significativos e não
foram necessários ajustes posológicos.
Rifabutina:
A administração concomitante da azitromicina e rifabutina não alterou as concentrações
séricas de qualquer um dos fármacos. Foi observada neutropenia em indivíduos que
receberam tratamento concomitante com azitromicina e rifabutina. Embora a neutropenia
tenha sido associada ao uso de rifabutina, não foi estabelecida uma relação causal na
associação com azitromicina (ver secção 4.8).
Sildenafil:
Em voluntários saudáveis do sexo masculino, não foi demonstrado um efeito da
azitromicina (500 mg diários durante 3 dias) na AUC e Cmáx do sildenafil ou do seu
principal metabolito em circulação.
Terfenadina:
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Estudos de farmacocinética não evidenciaram qualquer interação entre a azitromicina e a


terfenadina. Foram notificados casos raros em que a possibilidade de uma interação
deste tipo não pode ser totalmente excluída; no entanto, não existem evidências
específicas de que tal interação tenha ocorrido.
Teofilina:
Não há evidência de interação farmacocinética clinicamente significativa entre a
azitromicina e a teofilina quando coadministradas a voluntários saudáveis. Uma vez que
foram notificadas interações de outros macrólidos com a teofilina, recomenda-se uma
observação atenta de sinais que possam indicar um aumento dos níveis de teofilina.
Triazolam:
Em 14 voluntários saudáveis, a administração concomitante de 500 mg de azitromicina
no Dia 1 e de 250 mg no Dia 2 com 0,125 mg de triazolam no Dia 2 não teve efeito
significativo em qualquer das variáveis farmacocinéticas do triazolam, comparativamente
à administração conjunta do triazolam e placebo.
Trimetoprim/ Sulfametoxazol:
Não foram observados efeitos significativos nas concentrações máximas, na exposição
total ou na excreção urinária, tanto do trimetropim como do sulfametoxazol, quando a
associação trimetoprim/sulfametoxazol DS (160 mg/800 mg), durante 7 dias, foi
coadministrada com 1200 mg de azitromicina no 7º dia. As concentrações séricas da
azitromicina foram similares às observadas noutros estudos.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem dados adequados relativos à utilização de azitromicina em mulheres
grávidas. Em estudos de toxicidade reprodutiva realizados em animais, verificou-se que a
azitromicina atravessava a placenta, mas não foram observados efeitos teratogénicos
(ver secção 5.3). A segurança da azitromicina, no que se refere à utilização da
substância ativa durante a gravidez, não foi confirmada. Assim, a azitromicina apenas
deve ser utilizada durante a gravidez se os benefícios forem superiores aos riscos.
Amamentação
Foi notificado que a azitromicina é excretada no leite materno, embora não existam
estudos clínicos adequados e bem controlados realizados em mulheres a amamentar que
tenham caracterizado a farmacocinética da excreção da azitromicina no leite humano.
Uma vez que não se sabe se a azitromicina pode ter efeitos adversos no lactente, a
amamentação deve ser interrompida durante o tratamento com a azitromicina. É possível
que ocorram nos lactentes diarreia, infeções fúngicas das membranas mucosas bem
como sensibilização, entre outras. É recomendada a rejeição do leite durante o
tratamento e até 2 dias após a interrupção do tratamento. A amamentação pode ser
retomada após esse período.
Fertilidade
Em estudos de fertilidade realizados em ratos, foi observada uma redução da taxa de
gravidez após a administração de azitromicina. A relevância destes dados no ser humano
é desconhecida.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não estão disponíveis dados relativos à influência da azitromicina na capacidade de
conduzir ou de operar máquinas.
No entanto, a possibilidade de efeitos indesejáveis, tais como tonturas ou convulsões,
deve ser considerada quando estas atividades são realizadas. A visão turva e
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perturbações visuais podem ter efeito na habilidade do doente para conduzir ou operar
máquinas (secção 4.8).
4.8 Efeitos indesejáveis
Na tabela abaixo é apresentada uma lista das reações adversas identificadas através dos
ensaios clínicos e de vigilância pós-comercialização, por classe de sistemas de órgãos e
por frequência. As reações adversas identificadas através da experiência pós-
comercialização são incluídas em itálico.
O grupo de frequências é definido utilizando a seguinte convenção: muito frequentes
(≥1/10); frequentes (≥1/100 a <1/10); pouco frequentes (≥1/1.000 a <1/100); raros
(≥1/10.000 a <1/1.000); muito raros (<1/10.000); desconhecida (não pode ser
calculada a partir dos dados disponíveis).
Dentro de cada grupo de frequências, os efeitos indesejáveis são apresentados por
ordem decrescente de gravidade.
Reações adversas possivelmente ou provavelmente relacionadas com a azitromicina, com
base nos ensaios clínicos e na vigilância pós-comercialização:
muito frequentes pouco raros muito desconhecida
frequente ≥1/100, a frequentes ≥1/10.000 a raros a frequência não
s <1/10 ≥1/1.000 a <1/1000 < pode ser
≥ 1/10 <1/100 1/10.00 calculada a partir
0 dos dados
disponíveis
Infeções e infestações
Candidíase Colite
Candidíase oral pseudomembrano
Infeções sa (ver secção
vaginais 4.4)
Pneumonia
Infeções
fúngicas
Infeções
bacterianas
Faringite
Gastroenterite
Perturbação
respiratória
Rinite
Doenças do sangue e do sistema linfático
Leucopenia Trombocitopenia
Neutropenia Anemia
Eosinofilia hemolítica
Doenças do sistema imunitário
Angioedema Reação anafilática
Hipersensibilidad (ver secção 4.4)
e
Doenças do metabolismo e da nutrição
Anorexia
Perturbações do foro psiquiátrico
Nervosismo, Agitação Agressividade
Insónias Ansiedade
Delírio
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Alucinações
Doenças do sistema nervoso
Dor de Síncope
cabeça Hipoestesia Convulsões
Tonturas Sonolência Hiperatividade
Disgeusia psicomotora,
Parestesia Anosmia,
Ageusia,
Parosmia,
Miastenia gravis
(ver secção 4.4)
Afeções oculares
Perturbaçõe Visão turva
s visuais
Afeções do ouvido e do labirinto
Surdez Afeção do
ouvido
Vertigens
Deficiência
auditiva,
acufenos
Cardiopatias
Palpitações Torsades de
pointes (ver
secção 4.4)
Arritmia (ver
secção 4.4)
incluindo
taquicardia
ventricular
Prolongamento do
intervalo QT no
eletrocardiograma
(ver secção 4.4)
Vasculopatias
Afrontamentos Hipotensão
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Dispneia
Epistaxe
Doenças gastrointestinais
Diarreia Vómitos Obstipação Pancreatite,
Dor Dispepsia Disfagia Descoloração da
abdomina Gastrite língua e dos
l, Distensão dentes
Náuseas, abdominal
Flatulênci Boca seca
a Eructação
Ulceração da
boca
Hipersecreção
salivar
Afeções hepatobiliares
Hepatite Função Insuficiência
hepática hepática (que
anormal raramente
Icterícia resultou em
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colestática morte) (ver


secção 4.4)
Hepatite
fulminante
Necrose hepática
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Prurido Síndrome de Reações Necrólise
Erupção Stevens- alérgicas epidérmica tóxica
cutânea Johnson, incluindo Eritema
reações de edema multiforme
fotossenssibilida angioneuróti DRESS (reação a
de co medicamentos
Urticária com eosinofilia e
Dermatite pustulose sintomas
Pele seca exantemátic sistémicos)
Hiperidrose a
generalizada
aguda
(PEGA)
Afeções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Artralgia Osteoartrite
Mialgia
Dores nas
costas, Dores no
pescoço
Doenças renais e urinárias
Disúria Insuficiência
Dor renal renal aguda
Nefrite
intersticial
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Metrorragia
Anomalia
testicular
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Fadiga Edema
Astenia
Mal-estar
Edema da face
Dor no peito
Pirexia
Dor periférica
Exames complementares de diagnóstico
Diminuição Aumento da Prolongamento do
da aspartato intervalo QT no
contagem aminotransferas eletrocardiograma
de linfócitos e Aumento da (ver secção 4.4)
Aumento bilirrubina no
da sangue
contagem
de Aumento da
eosinófilos ureia no sangue
Diminuição Aumento da
da creatinina no
concentraçã sangue
o de Valores
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09-08-2019
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bicarbonato anormais de
no sangue potássio no
Aumento sangue
da Aumento da
contagem fosfatase
de alcalina no
basófilos, sangue
Aumento Aumento dos
da cloretos
contagem Aumento da
de glucose
monócitos, Aumento das
Aumento plaquetas
da Diminuição do
contagem hematócrito
de Aumento do
neutrófilos bicarbonato
Valores
anormais de
sódio
Lesões e intoxicações
Complicações
pós-intervenção
Reações adversas possivelmente ou provavelmente relacionadas com a profilaxia do
Complexo Mycobacterium Avium e tratamento baseado na experiência dos ensaios
clínicos e vigilância pós-comercialização. Estas reações adversas são diferentes das
notificadas com as formulações de libertação imediata ou de libertação prolongada, seja
em tipo ou frequência:
Classes de Sistemas de Reações Adversas Frequência
órgãos
Doenças do metabolismo e Anorexia Frequentes
da nutrição
Doenças do sistema Tonturas Frequentes
nervoso Dor de cabeça
Parestesia
Disgeusia
Hipoestesia Pouco frequentes
Afeções oculares Distúrbios visuais Frequentes
Afeções do ouvido e do Surdez Frequentes
labirinto Deficiência auditiva Pouco frequentes
Acufenos
Cardiopatias Palpitações Pouco frequentes
Doenças gastrointestinais Diarreia Muito frequentes
Dor abdominal
Náuseas
Flatulência
Desconforto abdominal
Fezes soltas
Afeções hepatobiliares Hepatite Pouco frequentes
Afeções dos tecidos Erupção cutânea Frequentes
cutâneos e subcutâneos Prurido
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Síndrome de Steven- Pouco frequentes


Johnson
Reação de
fotossensibilidade
Afeções Artralgia Frequentes
musculoesqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Perturbações gerais e Fadiga Frequentes
alterações no local de
administração Astenia Pouco frequentes
Mal-estar
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco
do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Os efeitos adversos que ocorreram com doses superiores às doses recomendadas foram
similares aos observados com as doses normais.
Sintomas
Os sintomas típicos de sobredosagem com antibióticos macrólidos incluem a perda
reversível da audição, náuseas graves, vómitos e diarreia.
Tratamento
Em caso de sobredosagem, são recomendadas medidas gerais de suporte e tratamento
sintomático, consoante necessário.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 1.1.8 Medicamentos anti-infeciosos. Antibacterianos.
Macrólidos, código ATC: J01FA10
A azitromicina é um antibiótico macrólido pertencente ao grupo dos azalidos.
A molécula é formada pela adição de um átomo de azoto ao anel lactónico da
eritromicina A. O nome químico da azitromicina é 9-deoxi-9a-aza-9a-metil-9a-
homoeritromicina A. O seu peso molecular é de 749,0.
Mecanismo de ação
A azitromicina é um azalido, uma subclasse dos antibióticos macrólidos. Através da
ligação à subunidade 50S do ribossoma, a azitromicina evita a translocação das cadeias
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peptídicas de um lado do ribossoma para o outro. Como consequência, a síntese das


proteínas dependente de RNA em organismos sensíveis é inibida.
Relação farmacocinética/farmacodinâmica
Relativamente à azitromicina, a relação AUC/CIM é o principal parâmetro
farmacocinético/farmacodinâmico que apresenta uma melhor correlação com a eficácia
da azitromicina.
Mecanismo de resistência
A resistência à azitromicina pode ser natural ou adquirida. Existem três mecanismos
principais de resistência por parte das bactérias: alteração do sítio alvo, alteração do
transporte do antibiótico e modificação do antibiótico.
Existe uma resistência cruzada completa entre o Streptococcus pneumoniae, o
streptococcus beta-hemolítico do grupo A, o Enterococcus faecalis e o Staphylococcus
aureus, incluindo o S. aureus resistente à meticilina (MRSA), à eritromicina, à
azitromicina, a outros macrólidos e lincosamidas.
Breakpoints
EUCAST (Comité Europeu de Avaliação da Sensibilidade Antimicrobiana)
Limite crítico CIM (mg/l)
Agentes patogénicos Sensíveis (mg/l) Resistentes (mg/l)
Staphylococcus spp. ≤1 >2
Streptococcus spp. ≤ 0,25 > 0,5
(Grupos A, B, C, G)
Streptococcus ≤ 0,25 > 0,5
pneumoniae
Haemophilus influenzae Nota1 Nota1
Moraxella catarrhalis ≤ 0,25 > 0,5
Neisseria gonorrhoeae ≤ 0,25 > 0,5
Nota1: Evidência clínica para a eficácia dos macrólidos nas infeções respiratórias por H.
influenzae gera conflito devido a altas taxas de cura espontânea. Caso seja necessário
testar qualquer macrólido contra esta espécie, limites epidemiológicos (ECOFFs) devem
ser usados para detetar estirpes com resistência adquirida. O ECOFF para cada agente é
: azitromicina 4 mg/l.
Sensibilidade:
A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e ao longo do tempo
para as espécies selecionadas e é desejável que existam informações sobre as
resistências a nível local, especialmente no tratamento de infeções graves. Sempre que
necessário, deve procurar-se aconselhamento especializado quando a prevalência da
resistência a nível local é tal que coloque em causa a utilidade do agente, pelo menos
para alguns tipos de infeções.
Agentes patogénicos relativamente aos quais podem existir problemas de resistência: a
prevalência da resistência é igual ou superior a 10% em pelo menos um país da União
Europeia.
Tabela de sensibilidade
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Espécies frequentemente suscetíveis


Microrganismos aeróbios Gram-negativos
Haemophilus influenzae*
Moraxella catarrhalis*
Outros microrganismos
Chlamydophila pneumoniae
Chlamydia trachomatis
Legionella pneumophila
Mycobacterium avium
Mycoplasma pneumonia*
Espécies relativamente às quais podem existir problemas de resistência adquirida
Microrganismos aeróbios Gram-positivos
Staphylococcus aureus*
Streptococcus agalactiae
Streptococcus pneumoniae*
Streptococcus pyogenes*
Outros microrganismos
Ureaplasma urealyticum
Organismos com resistência inerente
Microrganismos aeróbios Gram-positivos
Staphylococcus aureus – estirpes resistentes à meticilina e à eritromicina
Streptococcus pneumoniae – estirpes resistentes à penicilina
Microrganismos aeróbios Gram-negativos
Escherichia coli
Pseudomonas aeruginosa
Klebsiella spp.
Microrganismos anaeróbios Gram-negativos
Grupo dos bacteroides fragilis
* A eficácia clínica foi demonstrada em organismos isolados sensíveis para as indicações
clínicas aprovadas.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A biodisponibilidade da azitromicina após a administração oral é de aproximadamente
37%. As concentrações plasmáticas máximas são atingidas após 2-3 horas. O valor
médio das concentrações máximas observadas (Cmax) após uma dose única de 500 mg
é de aproximadamente 0,4 µg/ml.
Distribuição
A azitromicina administrada por via oral distribui-se extensamente por todo o organismo.
Estudos de farmacocinética demonstraram que as concentrações de azitromicina medidas
nos tecidos são visivelmente mais elevadas do que as concentrações medidas no plasma
(podendo atingir 50 vezes o valor máximo de concentração observado no plasma). Isto
indica que o agente se liga fortemente aos tecidos (volume de distribuição em estado
estacionário de aproximadamente 31 l/kg).
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Nas doses recomendadas, não se verifica uma acumulação de azitromicina no soro.


Surge uma acumulação nos tecidos onde os níveis são muito superiores aos do soro. Três
dias após a administração de 500 mg de uma dose única ou divididos em doses parciais
foram medidas concentrações de 1,3-4,8 µg/g, 0,6-2,3 µg/g, 2,0-2,8 µg/g e 0-0,3 µg/ml
nos pulmões, próstata, amígdala e soro, respetivamente.
Em estudos experimentais in vitro e in vivo verificou-se uma acumulação de azitromicina
nos fagócitos. A libertação é estimulada pela fagocitose ativa. Em modelos animais, este
processo contribui para a acumulação da azitromicina nos tecidos.
A ligação da azitromicina às proteínas séricas é variável, variando de 50% com 0,05 mg/l
a 18% com 0,5 mg/l, consoante a concentração sérica.
Eliminação
A semivida de eliminação terminal plasmática é um bom reflexo da semivida de
eliminação dos tecidos em 2-4 dias.
Aproximadamente 12% de uma dose administrada por via intravenosa é excretada na
forma inalterada na urina ao longo de um período de 3 dias, a maior parte nas primeiras
24 horas. Foi detetada a presença de azitromicina na bílis, podendo atingir concentrações
máximas de 237 µg/ml de azitromicina, 2 dias após um período de 5 dias de tratamento.
Foram identificados 10 metabolitos (formados por N- e O-desmetilação, por hidroxilação
dos anéis desosamina e aglicona e através da separação do conjugado clandinose). Os
estudos indicam que estes metabolitos não contribuem para a atividade microbiológica
da azitromicina.
Farmacocinética em populações especiais:
Insuficiência renal:
Após uma dose oral única de 1 g de azitromicina, a Cmax e a AUC0-120 médias
aumentaram em 5,1% e 4,2% respetivamente, em doentes com insuficiência renal
ligeira a moderada (taxa de filtração glomerular de 10-80 ml/min), comparativamente às
pessoas com uma função renal normal (TFG> 80 ml/min). Em doentes com insuficiência
renal grave, os valores médios de Cmax e AUC0-120 aumentaram 61% e 33%
respetivamente, comparativamente às pessoas com uma função renal normal.
Insuficiência hepática:
Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada, não existem indícios de
alterações acentuadas nos parâmetros farmacocinéticos séricos da azitromicina,
comparativamente a indivíduos com uma função hepática normal. Nestes doentes, a
recuperação urinária da azitromicina parece aumentar, talvez para compensar a redução
na depuração hepática.
Idosos
A farmacocinética da azitromicina observada em indivíduos idosos do sexo masculino foi
semelhante à de adultos jovens; contudo, em mulheres idosas, embora tenham sido
observadas concentrações máximas superiores (aumento de 30 - 50 %), não ocorreu
acumulação significativa.
Foram obtidos valores mais elevados na AUC (29%) em voluntários idosos (> 65 anos)
após um período de tratamento de 5 dias comparativamente aos obtidos em voluntários
mais jovens (< 45 anos). Estas diferenças não são consideradas clinicamente relevantes,
não sendo, por isso, recomendados ajustes posológicos.
Lactentes, crianças e adolescentes
A farmacocinética da azitromicina foi estudada em crianças entre os 4 meses e os 15
anos de idade, tratadas com cápsulas, grânulos ou suspensão. Com uma dose de 10
mg/kg no 1º dia de tratamento seguida de 5 mg/kg do 2º ao 5º dia, a Cmax conseguida
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é ligeiramente inferior à dos adultos, com concentrações de 224 µg/l em crianças entre
0,6-5 anos, após uma administração durante 3 dias, e de 383 µg/l nas crianças com
idades entre 6-15 anos. A semivida de 36 horas nas crianças mais velhas encontrava-se
dentro do intervalo esperado para os adultos.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Em estudos com animais utilizando exposições 40 vezes mais elevadas do que as
atingidas com as doses clínicas terapêuticas, verificou-se que a azitromicina provocou
uma fosfolipidose reversível, não se verificando, em geral, consequências toxicológicas
associadas. Desconhece-se a relevância destas observações para os humanos a quem é
administrada azitromicina de acordo com as recomendações.
Estudos eletrofisiológicos demonstraram que a azitromicina prolonga o intervalo QT.
Potencial carcinogénico:
Não foram efetuados estudos para avaliar o potencial carcinogénico a longo prazo em
animais.
Potencial mutagénico:
Não existem evidências de mutações genéticas e cromossómicas potenciais em modelos
testados in vivo e in vitro.
Toxicidade reprodutiva
Não foram observados efeitos teratogénicos em estudos de toxicidade reprodutiva em
ratos. Em ratos, doses de azitromicina de 100 e 200 mg/kg de peso/dia conduziram a um
ligeiro atraso na ossificação fetal e num aumento do peso materno. Em estudos peri e
pós-natais realizados em ratos, foram detetados atrasos ligeiros no desenvolvimento
físico e dos reflexos, na sequência de um tratamento com doses de azitromicina iguais ou
superiores a 50 mg/kg/dia.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido:
Hidrogenofosfato de cálcio anidro
Amido pré-gelificado (amido de milho)
Croscarmelose sódica
Laurilsulfato de sódio
Estearato de magnésio
Revestimento do comprimido:
Lactose mono-hidratada
Hipromelose
Dióxido de titânio (E 171)
Triacetina
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos
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6.4 Precauções especiais de conservação


O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Os comprimidos revestidos por película de Azitromicina Aurovitas estão disponíveis em
embalagens blister transparentes de PVC-Alumínio.
Embalagens blister: 2, 3, 4, 6 e 12 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO


Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal

8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO


Registado no Infarmed I.P. com o nº 5693742, 500 mg blister 2 comprimidos
Registado no Infarmed I.P. com o nº 5693759, 500 mg blister 3 comprimidos

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO


NO MERCADO
Data da primeira autorização: 10 de outubro de 2016

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

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