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Aprovação: Conselho Doutrinario Mapiá Criação e Correção: Regina Pereira

Agradecimentos: Clara, Maria Eugênia, Isabel, seu Alex, Sonia ...


A todos os fiscais que com muita calma e tranquilidade, mediante grandes debates e
dialogos de grande sabedoria, tornaram tudo isso possivel!
Boa evolução a todos!
INDICE
INTRODUÇÃO
Princípios de um (a) bom (a) fiscal- Marcelo Beozo
1.
(Céu da Montanha, Visconde de Mauá)

2. DEFINIÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
A preparação do fiscal
Setores básicos da fiscalização
Orientações Básicas da Corrente
Escalas
Dicas Importantes
Defumação
3. PERGUNTAS E RESPOSTAS

4. RELATOS DE FISCALIZAÇÃO

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 Confidencial
5.2 Recado
5.3
6. ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES – ANEXOS
Prefácio do Livro Verde de Normas e Rituais – Alex Polari
 INTRODUÇÃO

Este livro foi idealizado no Céu do Mapiá em 2011, por Dona Regina Pereira,
moradora da comunidade e uma das zeladoras mais ativas da herança material e
espiritual do Padrinho Sebastião. Com o passar dos anos, vários irmãos foram se unindo a
esse projeto que visa equalizar as ações dos Fiscais da Doutrina do Santo Daime (ICEFLU),
para que todos tenham atitudes padrão diante de situações similares.

Mais do que obediência, é importante que o participante do ritual respeite as


orientações do fiscal de turno. Esse sentimento de respeito, entretanto, é construído
através da compreensão do papel exercido pelo fiscal, que é um papel de extrema
importância para a garantia, por exemplo, da segurança do ritual. Assim, aconselhamos
que cada participante saiba quem é o fiscal de turno em cada trabalho, especialmente os
visitantes aos quais o fiscal deve se apresentar. No caso dos visitantes neófitos o fiscal
deve explicar-lhes qual é a sua função e quais são os regramentos básicos do ritual que
deverão ser respeitados. Nesse sentido o fiscal pode ser considerado um “redutor de
danos”, se compreendermos a redução de danos como uma chave de entendimento de
ultima geração sobre o trabalho de cuidado e respeito ao individuo em contextos de
consumo controlado de substâncias psicoativas. Esse aspecto faz com que este livro possa
cumprir um importante papel no que se refere ao compromisso do ICEFLU com o governo
brasileiro de zelar pelo uso religioso da bebida definida pelas instituições governamentais
como ayahuasca, mas a qual consideramos nosso sacramento e nomeamos de Santo
Daime.
1. DEFINIÇÃO DE FISCALIZAÇÃO

Princípios de um (a) bom (a) fiscal: Leia o texto até o fim com muita atenção e se no final
você entender tudo... Já pode Iniciar seu treinamento!

Ser amoroso (a), caridoso (a) Ter prazer em ser fiscal (boa vontade). Não se envolver além
do necessário ou solicitado. Não seja insistente seja educado (a), gentil e calmo (a).
Cumprir com as normas do ritual, ter discernimento e humildade.
Ter flexibilidade com os (as) visitantes. Ter iniciativa para com o trabalho e com a
corrente. Seja pontual o trabalho do fiscal começa antes de todos envolvidos no trabalho.
Evite conversa excessiva, no salão ou no terreiro.
A fim de equalizar as ações dos fiscais lembremos que: o ritual tem por meta contribuir
para o encaminhamento da todos e que todos tenham as mesmas atitudes diante de
situações similares.
O trabalho é algo vivo - regras são com o balizas indicando o caminho e procedimento a
serem seguidos, mas o trabalho é algo vivo, que tem sua própria dinâmica, e apenas o
olhar atento e sem preconceitos de um bom fiscal pode nos dar flexibilidade e sabedoria
para agirmos de acordo com cada situação que se apresenta.

A mediunidade dos fiscais - os fiscais devem se manter informados e estudar para poder
confiar na sua mediunidade e em sua intuição, para atender aos irmãos de modo a
cumprir a contento sua função de facilitadores. Isto significa aparelhar-se da suavidade e
da sutileza, buscando evitar de todo modo interferir de forma brusca nos processos que
esteja vivenciando o irmão necessitado.

Ouvir muito e falar pouco - isto significa falar apenas o necessário, seja para dar uma
orientação, quando ela se fizer absolutamente necessária, ou um esclarecimento se lhe
for solicitado. Sempre cuidando para não entrar nas armadilhas das palavras, que acabam
por não auxiliar em nada e sobrecarregam ainda mais as dificuldades do atendido. A hora
para explicações e destrinchamentos é outra, e não durante o processo. Para a suavização
das negatividades, muito mais valiosas são as emanações de confiança, carinho e
amorosidade que podem ser transmitidas no máximo silêncio possível.
O fiscal deve ser praticamente invisível*
Não tocar - da mesma forma, evitar tocar nos irmãos em processo, salvo se solicitado ou
quando seja evidente a necessidade de assistência corporal (para evitar uma queda, por
exemplo). Nesta mesma positividade devemos nos aparelhar e evitar expressões como
“não pode”, preferindo sempre “seria bom”, ou “pode ser melhor para você”. Não nos
esqueçamos o quanto tem incrustada em nós a resistência à repressão, fazendo o possível
quando na função de fiscal para evitarmos ser confundidos com “polícias”. Com sabedoria
podemos nos acercar do irmão de modo que ele nos veja como “ajudantes”, baixando a
resistência e a guarda e permitindo que o auxiliemos. Sempre lembrando da necessária
humildade, que faz reconhece o processo e necessidades do outro, e não a nossa projeção
do que o outro “deveria” precisar.

Fora da corrente - quando um irmão está fora da corrente, a função do fiscal é orientar e
aconselhar sobre a volta ao salão, mas nunca forçar. No Salão é onde acontece o trabalho
e é sempre mais seguro...

Rebeldia e resistência - existem de fato as situações em que o irmão está ali,


descumprindo as orientações gerais do trabalho não por dificuldades maiores ou
desconhecimento, mas sim por rebeldia e resistência do ego. Ainda neste caso é melhor
que prevaleça a suavidade e até mesmo a tolerância com aquilo que também é um a
dificuldade travestida de outras faces do irmão rebelde. Nestas situações é preferível a
não - ação, deixando às vezes que a própria força o leve para o trilho de atuação correto;
ou esperando o momento apropriado para a conversa e orientação – que pode ser até
mesmo depois do trabalho. Um eventual endurecimento da situação é mais prejudicial
que o deixar passar, tanto para o sujeito, como para o fiscal e para a corrente. Isto não
significa absolutamente uma situação de passividade: o irmão deverá ser orientado e
deverá ser definido para ele com firmeza no momento adequado.

Vestimentas - é pedido aos fiscais atenção com relação às normas relativas às


vestimentas, como as que definem o não uso das cores vermelhas e pretas nos rituais, ou
roupas muito transparentes, ou cavadas, ou curtas. Mas nunca de um a posição
antipaticamente beata e sim de esclarecimento, quando necessário, explicar que esta é
uma tradição da doutrina nos deixada pelo mestre, que visa evitar os desvios da atenção
tão necessária ao bom cumprimento dos objetivos do trabalho.
Posicionamento dos fiscais - o fiscal de salão deve buscar se posicionar de frente para o
comando, de modo a facilitar a comunicação quando se fizer necessária. Igualmente todos
os fiscais devem buscar essa conexão, de modo a que se obtenha o ideal de constituirmos
a corrente como um corpo único durante o trabalho. Treinem a telepatia pois funciona!

Posicionamento dos membros da mesa – os irmãos fardados que sentam à mesa central
durante as sessões espirituais, devem manter sempre uma postura ereta e calma,
concentrados e firmados nos hinos que estão sendo cantados, procurando evitar ao
máximo se ausentar do seu posto. Procurar sempre evitar movimentos bruscos que tirem
a atenção das pessoas (bater os pés, falar alto...). Lembrar sempre do compromisso da sua
apresentação da doutrina perante os novatos e visitantes dentro do ritual, com espírito de
respeito e harmonia pelos guias espirituais da casa – Mestre Raimundo Irineu Serra e
Padrinho Sebastião Mota.

Marcelo Beozo (Céu da Montanha, Visconde de Mauá)


2. PREPARAÇÃO

A preparação do fiscal - Sabemos que somente a experiência consolida os aprendizados


do fiscal, por isso é importante que todos os fardados exerçam essa função a fim de
melhor se prepararem para os momentos em que sejam convocados para trabalhar nessa
parte importante do ritual.
Na escola do Santo Daime a preparação do fiscal é constante, portanto as regras e
orientações transmitidas para sua formação não devem se constituir em obstáculo para o
exercício pleno dos princípios doutrinários de harmonia, amor, verdade e justiça. Sendo
assim, o bom fiscal está conectado tanto com o conhecimento quanto com a intuição,
com o diálogo entre a sua mente e seu coração, sempre ligado na calma, na paciência e na
bondade, sem abrir mão da orientação firme em certos casos.

Setores básicos da fiscalização - Ao todo o fiscal pode exercer suas funções em seis
setores. Dependendo do tamanho da Igreja e do número de fardados treinados, um
mesmo fiscal pode ter que exercer diversas funções ao mesmo tempo, do setor que mais
precisar da sua atenção, seja no salão, no atendimento ou no terreiro. Existindo
possibilidade, é indicado que cada setor conte com um fiscal. Pode acontecer de certos
fardados se especializarem em exercer seu papel em determinadas funções conforme
suas habilidades e afinidades. Nestes casos, os especializados podem orientar os novatos
na atividade que lhes é mais familiar, bem como exercer com maior frequência essa
atividade, desde que isso seja acordado com a Igreja e não atrapalhe o desenvolvimento
dos demais.

Comando da fiscalização (feminina e masculina): comandam e organizam os setores de


fiscalização, a distribuição de atividades e o período de fiscalização. Orientam, por
exemplo, qual fiscal irá socorrer um irmão em passagem e qual ficará responsável pelo
incenso.

Salão: o fiscal de salão é responsável pela organização desse espaço, arruma as alas, cuida
das velas e da água na mesa. Deve sempre estar atento ao andamento do trabalho, tanto
no que diz respeito ao bailado, quanto no que se refere à situação de cada irmão.
Responsável também por receber bem, com amor e alegria, principalmente os visitantes
que chegam pela primeira vez, orientando-os com relação às normas da casa, o bailado, os
hinos, dentre outras informações pertinentes. Devem sempre estar atentos a tudo dentro
do salão: toque dos maracás, filas, alas, irmãos em passagem, quem está dentro ou fora.
É o braço direito do comando do trabalho.
Atendimento: o fiscal de atendimento é como um Anjo da Guarda de cada participante,
pois ele é responsável por zelar os participantes que necessitam de auxílio na sua
experiência espiritual, em virtude de uma alteração ou de uma passagem vivenciada
durante o ritual.

Terreiro: encarregado do movimento e atendimento no terreiro da Igreja. Também


recebe pessoas encaminhadas pelo fiscal de salão para o terreiro e vice-versa. O fiscal de
terreiro deve sempre estar atento a todos que saem do salão durante o trabalho e saber
onde estão.

Porta: responsável por zelar a porta, os acessos e a saída da Igreja. Controla a direção de
cada um que sai do trabalho e, quando necessário, indaga os motivos da saída. É o
intermediário entre os fiscais do salão e do terreiro.

Reforço/ronda: considera-se reforço todo o efetivo da escala de fiscais que, mesmo não
estando em seu turno, pode ser convocado para alguma emergência, assim como para
realizar ronda nas imediações do templo.

Orientações básicas da corrente: todos os participantes devem se manter na corrente,


pois é nela que recebemos todos os primores e cura que buscamos. Isso serve
primordialmente à prática do fardado que compõe a força espiritual criada a partir da
soma de energias coletivas. Por isto é de suma importância que o Fardado cuide de seu
posto, para não necessitar mudanças de lugar. Lembrando sempre que o fiscal deve seguir
a regra de esperar 3 hinos para movimentar a corrente, pois temos que ter cuidado sobre
mudança de lugar na força do Daime, para não comprometer o trabalho do irmão, que
muitas vezes mudando de lugar constantemente termina esmorecendo-se. É sempre
válido lembrar a todos que avisem ao fiscal se for demorar a voltar para corrente, para ele
o substituir.

- Sobre os lugares na mesa (Estrela), não é necessário substituir o lugar caso o irmão não
vá demorar. Mesmo o lugar vazio continua emanado da nossa energia, e por isto está
preenchido.

- É sempre bom explicar ao visitante, de forma serena, a importância da presença na


corrente, na composição do bailado. Quando a fiscalização perceber que isso não está
acontecendo durante o trabalho. Cabe ao fiscal total equilíbrio, firmeza e clareza ao
relembrar sobre essa importância.
- Algumas vezes é necessário que o fiscal mude o participante de lugar, devido a sua
conduta na corrente, independente do motivo. Mas sempre bom lembrar ao irmão a
necessidade de se compor no salão dourado, se mantendo na corrente e se harmonizando
com ela, pois para um bom fiscal a corrente deve ser sempre 100%.

- O fiscal deve sempre ser o mais discreto possível na sua atuação, cheia de atenção e boa
vontade, principalmente com aqueles irmãos que estejam passando alguma disciplina ou
qualquer outro tipo de dificuldade.

- Havendo algum problema mais grave que fuja do seu controle e autoridade, deve dar a
ocorrência ao comando do trabalho, tanto masculino quanto feminino.

- O ritual tem por meta contribuir para o encaminhamento da cura dos participantes, seja
qual for à questão que o leva ao Trabalho. As normas de ritual são constituídas para esse
zelo.

-A conscientização é um percurso que jamais pode ser obstáculo para que o participante
alcance seus objetivos. E normas como essa ao fardado da Casa, nesse sentido são
direções, setas que nos indicam o procedimento a ser seguido, respeitando a dinâmica do
ritual e do trabalho vivo. O olhar de um fiscal atento sem preconceitos pode nos dar
agilidade e sabedoria para que de acordo com cada situação que nos apresenta agirmos
com compaixão e coerência.

- Aos visitantes, principalmente se nunca participaram de bailados, os ficais do inicio do


trabalho poderá instruir sobre os ritmos da marcha, valsa e mazurca. Instruções sobre a
sicronicidade da corrente. E explicar que o bailado não é uma dança do corpo.

O Fiscal E Sua Ação Frente A Situação De Aparelhamento - No caso de um irmão que


estiver trabalhando mediunicamente, irradiado ou incorporado, o fiscal sempre procurar
estar conectado com o comando maior dos nossos guias maiores, Mestre Irineu, o
Padrinho sebastião e Jesus Cristo, que estão conectados ao comando da casa. Se a
incorporação for de um irmão sofredor, atender de forma serena e amorosa verbalmente,
para conduzi-lo a luz. E se necessário, atender com a dose de daime, fazendo o sinal da
cruz com o daime na testa e oferecendo o daime. O aparelho deve tomar o daime com
suas próprias mãos, se não for possível ajudar na consagração do Santo Daime. Caso o
sofredor tenha atitude brusca, necessário ajuda dos fardados da casa para conte-lo,
sempre em silêncio, deixando o fiscal atender verbalmente. Se necessário solicitar a ajuda
do corpo de fiscal mais apto para esse tipo de atendimento. Caso o irmão aparelhe de
guia, apenas ficar por perto caso seja necessário abrir espaço para atuação. Se ocorrer
vários aparelhamentos ao mesmo tempo, o fiscal deve manter a calma e vigiar o salão
todo. Geralmente são necessários dois ficais, um para atender e outro para vigiar.
Se houver manifestações mediúnicas em trabalhos com banca fechada, primeiramente
deve-se observar se a manifestação atrapalhará o trabalho (se for uma concentração, por
exemplo), se sim, com muito cuidado e educação solicitar ao médium que se dirija para
um lugar mais apropriado para a manifestação uma vez que o trabalho está com a banca
fechada. Se não, o fiscal deve se manter por perto para emanar a firmeza da fiscalização.

A Fiscalização nas Cerimonias: Os cerimoniais dentro da nossa Doutrina são:

Casamentos:

Batizados:

Fardamentos:

3. ABERTURA DA FISCALIZAÇÃO/ESCALAS

Quando se abre uma Igreja/ponto, precisa se abrir também a Fiscalização junto com os
pontos da casa. Reuna todos os interessados e de inicio as reuniões mensais da
fiscalização. Com ajuda de alguém com mais experiência ou pode usar os conhecimentos
deste Livro para dar inicio as reuniões.
O quadro de fiscalização deve funcionar em base de turno de duas horas ou por
quantidade de hinos. Recomendamos a troca de fiscal a cada 20 ou 30 hinos. Durante a
troca o fiscal de turno deve passar para o próximo fiscal todas as informações do
andamento de seu turno. Conforme o tamanho da Igreja e o numero de fiscais, esses
números podem variar.

4. DICAS IMPORTANTES PARA OS PONTOS E IGREJAS

 Ter disponível um Livro de Ocorrência para registrar as possíveis alterações e dificuldades de


lidar com elas.

 Ter disponível próximo ao salão um “kit limpeza” composto por balde, pano, vassoura, rodo,
pá e serragem fina para uso durante os trabalhos, caso necessário.

 Ter sempre em mãos a lista de medicamentos cujo uso associado ao Santo Daime não é
recomendado, e conferir cada ficha de anamnese antes de assinar. Qualquer suspeita ou
dúvida sobre esse processo é aconselhado procurar o comando e relatar o caso antes que se
inicie o trabalho.
 Cuidar para que as anamneses sejam bem feitas, bem estudadas e bem guardadas em
arquivo confidencial que possa ser consultado posteriormente se necessário.

 Realizar reuniões de fiscalização periodicamente, especialmente antes dos trabalhos de Cura,


Mesa Branca e São Miguel. Se possível sempre antes para definir as escalas e depois para
fazer um balanço.

 Dar atenção ao treinamento constante dos irmãos da casa para exercerem a função de fiscal.
É aconselhável que o fiscal iniciante seja sempre acompanhado por um fiscal mais experiente.
Convide a todos os fardados para passar por treinamento, afinal, você nunca sabe quando vai
precisar de muita ajuda.

 Estude muito sobre as dimensões dos espíritos, dos Anjos, de São Miguel, São Francisco e
principalmente sobre Jesus de Nazaré

5. DEFUMAÇÃO

A principal função da defumação é modificar a energia existente no ambiente para


equilibrá-lo de acordo com a necessidade.

Defumar não serve só para a limpeza energética da casa, mas também para atrair as
energias contidas em determinado elemento que está sendo queimado e revertê-las para
o ambiente carente daquelas energias.

(Foto: Padrinho Sebastião - 1985 Padrinho Sebastião e Sr. Chagas)

A mensagem que nos chega através do hino nos revela o que é a defumação. Ela é
um meio de purificação do templo seja este o corpo ou a casa espirita aonde se desenrola
o ritual. As vibrações emanadas por meio da fumaça das ervas e resinas queimadas no
braseiro têm a capacidade de equilibrar as vibrações atômicas gerando sensações de
calma e alivio. Dessa maneira, a fumaça atinge o plano material e o plano mais sutil da
existência. Os elementos que compõem a defumação, especialmente o fogo e as ervas,
por serem elementos da natureza possuem suas divindades protetoras e canalizadoras da
limpeza, da transmutação que se busca promover com essa manipulação energética. A
Rainha da floresta dona das folhas sagradas, junto com a Jurema e com Oxóssi comandam
os elementos vegetais, enquanto Yansã e Xangô comandam o vento e o fogo. Diversas
divindades podem ser louvadas e convidadas para a defumação da casa. Iemanjá, Ogum e
Oxalá são outras referências muito comuns, em virtude da vibração que elas trabalham.
Os elementos da natureza como as resinas, madeiras e folhas possuem moléculas
aromáticas que se desprendem no ar durante a queima, por isso sentimos o perfume de
cada fumaça. Ao serem captadas pelos poros e pela respiração as moléculas aromáticas
detonam efeitos físicos e químicos característicos de cada espécie.
Na ritualística nos cultos do Santo Daime alguns trabalhos já possuem seu
momento de Defumação determinado, como nas Concentrações onde a defumação é
feita no hino 12 da Oração e novamente no hino 126 do Cruzeirinho. Recomenda-se
sempre se fazer uma defumação antes e depois de todos os trabalhos. Nos Hinários
longos defuma-se o salão antes do início do primeiro e do segundo tempo do trabalho.
Nos trabalhos de Cura, Mesa Branca e São Miguel canta-se os pontos de defumação em
momento propicio e é feita a defumação em todo salão. Os defumadores devem adquirir
a sensibilidade de perceber a necessidade de uma defumação para aliviar e transmutar
determinadas forças que se instalam em médiuns e/ou no ambiente durante os trabalhos
de Cura, Mesa Branca e São Miguel
Quanto ao recipiente utilizado para fazer a defumação se turibulo de alumínio ou
de barro, existe uma interpretação segundo a qual o calor do carvão interage com o
alumínio dissipando gazes tóxicos juntamente com a fumaça da defumação, embora não
haja comprovação desse fato é preciso estar atento a possíveis maus odores vindos da
queima da defumação, os quais podem ter origem em algum material estranho em
contato com o calor. A recomendação é a utilização de um turibulo barro com brasa de
preferência de fogueira, para a queima das ervas secas e/ou resinas. Utiliza- se o turibulo
de barro por ser um filtro natural que capta essas energias baixas e as descarregam na
brasa fixando-as no carvão.
Tudo com muito bom senso, então se preferir utilizar o turibulo de alumínio tome
cuidado com as fardas das meninas.

Não existe uma regra fixa que delimite quais ervas ou a quantidade de ervas
usadas numa defumação. Aconselhamos que seja feito um estudo sobre as ervas e resinas
disponíveis à Igreja e sobre as funções de cada elemento: benjoim, alfazema, copaíba,
mescla, jasmim, louro, alecrim e etc. A quantidade de ervas e/ou resinas a serem
utilizadas na defumação pode variar, existe uma tradição que afirma que para as
defumações de descarrego é bom utilizar um número impar de elementos, já para uma
defumação que energize e harmonize se poderia utilizar qualquer quantidade par ou
ímpar.
A defumação é feita de dentro para fora do salão a começar dos próprios
defumadores se conectando com as ervas e resinas que serão utilizadas, se equilibrando
com a força delas e acendendo a defumação já vibrando e emanando a força que
precisamos naquele momento, no salão se inicia a defumação no fundo, em seguida
defuma-se a mesa, as fileiras, entradas do salão, entorno do salão, banheiros, terreiro e os
pontos. Secretaria, banheiros e por último a porteira. O fardado responsável pela
defumação deve-se atentar a importância do que seu ser estará vibrando no momento da
defumação, buscar pensamentos positivos e emanar a força que esta sendo necessária no
momento. Se atentar a quantidade de fumaça a ser gerada para não causar incômodos,
sutileza e delicadeza, cuidado com as vestimentas dos irmãos.

6 . OS VIVAS TEM REGRAS

Os vivas sempre são dados pelo presidente da mesa, comandante do trabalho ou pessoa
previamente designada para tal função. Quem os dá deve estar de pé, preferencialmente
de frente ao Cruzeiro. Durante os vivas recomenda-se que todos permaneçam em seus
lugares até seu término.

Todos podem responder aos vivas, mas a tradição é que apenas a ala masculina conteste.
Seu uso nos Trabalhos de Cura e Concentração ficam a critério do presidente da mesa.
Deve ser evitado durante o hinário do Mestre Irineu, antes de ser cantada a Confissão , na
Quinta-feira Santa e no Dia de Finados.

Podem ser dado vivas ainda no Dia de Todos os Santos, antes da meia noite. Pode-se
saudar ainda os elementos da natureza, o dono do hinário que esteja sendo cantado,
igrejas ou comunidades, visitantes e aniversariantes.
Cada Hinário tem a sua tradição sobre os hinos que devem ter vivas. Mesmo fora destas
marcações, em alguns momentos especiais do trabalho o dirigente pode puxar os vivas.

Porém usualmente a sequência dos vivas é:

O Divino Pai Eterno, a Rainha da Floresta, Jesus Cristo Redentor, o Patriarca São José,
todos os Seres Divinos, o Nosso Mestre Império, toda a Irmandade, o Santo Cruzeiro.

Resalvas:

 No Mapia só não dá viva dia de Finados, depois de meia noite, porque para todos
Santos ainda da viva sim.

 Passagem do Mestre e do padrinho da viva sim, e canta a missa.

7. PERGUNTAS E RESPOSTAS

Apresentaremos a seguir um conjunto de perguntas e respostas acerca do oficio de fiscal


que foram sintetizadas e organizadas a partir de uma fonte comum de informações que é
o grupo virtual oficial de Fiscalização no Santo Daime sediado na maior rede social do
planeta, o Facebook. Durante anos de vigência esse foi um dos espaços mais democráticos
e acessíveis para troca de experiência, saneamento de dúvidas e debates entre a
irmandade daimista acerca do papel do fiscal.

6.1 Qual a postura física do fiscal no salão?


O fiscal deve ser o mais discreto possível, uma vez em pé, deve se movimentar apenas se
necessário. É importante que tenha uma visão panorâmica do salão, sendo um bailado
estar sentado dificulta essa visão. Entretanto, E fiscal sentado em trabalho bailado não
tem uma visão panorâmica da sua parte do salão. Em trabalhos sentados é dever do fiscal
se levantar e assim permanecer nos momentos de despacho do Sacramento chamando, se
necessário, as filas para tomarem o Daime. No mais, é ficar de olho nas velas, incensos e
na corrente.

Fiscais não tocam maracá não sentam não bailam, a menos que sintam que a ala precisa
de força então bailam na ultima fileira para corrigir bailado de iniciantes ou a corrente.

Em algumas igrejas é regra em pé mas uma vez perguntei a uma fiscal experiente do
Mapia e lá algumas são senhoras e sentam sim... e a instrução é que se pode sentar mas
ficar atenta! Se começar a ficar desatenta da fiscalização levanta pra voltar!
6.2 Como orientar a presença do participante na corrente?

Em primeiro lugar, é importante que cada fardado, ocupando um posto no batalhão ou na


estrela, cuide do seu posto, formando um elo forte na corrente do trabalho espiritual. A
ausência do posto por mais de três hinos consecutivos leva à necessidade de o fiscal
preencher o lugar com outro fardado, causando assim, movimentação na corrente e
influenciando o trabalho coletivo. O fiscal, por sua vez, zela pela corrente com equilíbrio,
firmeza e clareza relembrando ao participante, quando necessário, sobre a importância do
elo que o mesmo constitui para o bom andamento do ritual e dos diversos benefícios que
podem ser gerados na saúde global de cada individuo. Discretamente, atenciosamente e
cheio de boa vontade sem preconceitos o fiscal poderá orientar o fardado ou o visitante
que por ventura se alterem na corrente a se recomporem em seus lugares, alertando para
a importância do perfilamento com a corrente divinal dos guias espirituais do Santo
Daime. Perfilado dentro da sua individualidade e em respeito ao trabalho coletivo. No
relativo à presença dos visitantes na corrente e a produção de um ambiente de segurança
e compreensão da experiência é fundamental que os mesmos sejam previamente
orientados sobre o funcionamento do ritual, sobre os ritmos de bailado e a diferença
deste para com a dança livre e sobre os locais mais adequados para limpeza e descanso.
Havendo algum problema mais grave que fuja do seu controle e autoridade, é
aconselhado ao fiscal dar a ocorrência ao comando do trabalho, tanto masculino quanto
feminino.

6.3 Como orientar a participação de gestantes, mães lactantes e crianças?

Os fiscais devem cuidar para que as mães possam amamentar seus filhos dentro dos
trabalhos onde elas se sentirem melhor. Se houver um local específico, oferecer para que
tanto mãe como o bebê se sintam confortáveis e protegidos.
A participação de grávidas deve receber mais atenção e a mesma deve ter mais liberdade
para sentar-se para descansar. Assumir a fiscalização gestante é uma opção da mulher.
Importante lembrar que pode haver uma fragilidade maior durante os primeiros três
meses de gestação, então a mãe e o bebê devem ser protegidos conforme se sintam mais
à vontade. O decreto do Mestre já diz as mães deverão primeiramente agasalhar seus
filhos isso engloba tudo desde a gestação ate depois da criança nascer.
No entanto, em conversa com o Padrinho Nonato, ele disse que não há problema algum
em se trabalhar de fiscal na gravidez, que lá no norte tinha/tem muitas mulheres com
barrigão ajudando na fiscalização, mas que iria de cada uma estar disposta ou a vontade
de exercer essa função.
6.4 Como formar a equipe de fiscalização?

Acredito que vocação é um dos critérios, mas deve haver revezamento pra não
sobrecarregar ninguém. É interessante que todos vivenciem essa função para ampliar seu
olhar e compreensão e também assumir responsabilidade nas diversas frentes de trabalho
de uma igreja. Cabe aos dirigentes organizar a escala de fiscalização da forma mais
adequada possível.

Sendo fardado, todos tem obrigação de passar por todas as frentes de trabalho da casa.
Inclusive a fiscalização. Se tiver bastante gente, da pra esperar 1 aninho de farda.

Caso contrário, bota pra aprender antes mesmo. Isso é fato! Iniciando no estudo, o fiscal
novato não deve ficar sozinho, porque pode se perder muito no início. Tem que ter um
treinamento. Um irmão mais experiente que acompanha uns turnos. Passar a teoria da
coisa apenas com palavras é perder um bom tempo. O lance é o tempo real e a prática.

6.5 Organizo na minha igreja a fiscalização e estou recebendo muitas ocorrências de


interferência na fiscalização de outro fardado! Pergunto, qual o conselho que os
fardados antigos dariam aos fiscais novos para se impor e evitar estas interferências?

Fiscal fiscaliza e o bom fardado se compõe em seu lugar. Um bom fardado respeita a
fiscalização. Bom a regra é clara fiscal fiscaliza e os demais contribui para se manter a
ordem na igreja. Os palpites na fiscalização devem ser evitados pelos fardados a menos
que seja solicitado. Um bom fardado/fiscal vai visitar outras igrejas e senta na corrente e
faz seu trabalho. Se precisam de ajuda te chamam senão aproveita a miração sem
preocupação. Interferência no trabalho do fiscal por outro fardado é alteração, e toda
alteração no andamento do trabalho é uma manifestação mesmo que inconsciente de um
espírito sofredor (doente) que está aparelhando o fardado desavisado, então entendo que
nesse momento o fiscal deve escuta-lo com amor encaminha-lo de volta à e continuar
fazendo o seu trabalho...

Mais se a interferência for além de ir falar o que o fiscal deve fazer, aí é caso de informá-lo
educadamente que já tem um fiscal no salão agradecer e pedir pra ele ficar tranquilo e
não se preocupar, se virar tumulto aí já vira alteração mesmo no andamento do trabalho
então ao final do trabalho deve se ter aquela conversinha de leve da primeira vez de
segunda, dependendo do caso, já pode ser afastamento temporário o que pode vir a
desencadear um futuro afastamento definitivo.
6.6 Alguém poderia me elucidar sobre a questão legal que envolve o registro fotográfico
das pessoas durante uma sessão de Daime ?

Creio que sem autorização, qualquer registro fotográfico, em qualquer outra situação,
além das sessões do Santo Daime, pode ser contestado na justiça. É a questão do uso
indevido de imagem.

Muito séria essa questão... e, já que estamos no terreno da espiritualidade, vale a pena
pensar na ética, antes até da legalidade.

6.7 Tenho uma dúvida quanto as velas. Se o trabalho estiver acabando e a vela da mesa
acabar nos últimos hinos, coloca outra ou deixa terminar sem vela?

Entenda o seguinte: enquanto não fechar com "Em nome de Deus pai..." o trabalho está
aberto. E enquanto o trabalho estiver aberto é importante manter as velas acesas

Dependendo da situação mesmo após o fechamento do trabalho, importante manter os


pontos acessos se tiverem pessoas na força ainda, em concentração pelo salão ou em
passagem no terreiro.

6.8 O que o fiscal deve fazer com as velas da confissão??

Pode apagar e guardar para o próximo trabalho (como se faz no Mapiá) ou encaminhar ao
Cruzeiro para queimar até o fim. Pode levar acesa ou apagada e acender lá no Cruzeiro.

6.9 Sobre a quantidade de velas? Velas na mesa; Velas no Terreiro; Velas no banheiro;
Velas nos pontos. Gostaria de uma resposta que prima a Doutrina do Santo Daime, não
de outras Doutrinas! Há significados para cada vela na mesa? Existe uma instrução para
a ordem de acendimento das mesmas?

Os pontos com velas nos terreiros acabam servindo a distração, além de aumentar o custo
por trabalho. Depois da derradeira visita do Padrinho em nossa casa, tiramos as velas dos
pontos, no terreiro temos apenas a do Cruzeiro e a da entrada da porteira da nossa sede,
e vejam: Não tivemos mais gente saindo da Igreja para fazer qualquer atuação em frente a
estes pontos, as pessoas saem apenas para fazer sua limpeza e logo voltam para o seu
lugar. Cada vez mais percebo que a distração não faz parte do nosso Trabalho e sim
atenção, apesar da distração estar presente em nós, na vida, etc. Velas demais acabam
dando um trabalho danado aos fiscais que estão ali para dar suporte ao Ritual, conforto
ao irmão ou irmã e por muitas vezes vimos irmãos tendo passagem e o fiscal fora do lugar
para trocar velas, buscar lenha, etc... Resumindo, colocamos as 4 da mesa e quando
fazemos um Trabalho de Estrela uma no chão e uma no Altar. Me parece que o que dá Luz
e ilumina não é a quantidade de velas e sim o propósito de cada uma. Mas importante é
sempre o bom senso, cada Igreja tem seus guias e protetores e seus pontos específicos.

6.10 Sobre perfilamento, a escadinha na altura. Mais velhos num batalhão, mais novos
em outro. Já aprendi que quando alguém puxa a fila, seja uma puxadora ou a Madrinha
da casa, a questão da altura pode ficar em segundo plano.

Qual a orientação certa?

Penso eu que a orientação certa seja o bom senso e a harmonia. Ao pé da letra, por
exemplo, no batalhão dos jovens "deveriam" estar apenas virgens. Mas como a realidade
urbana não é igual a da floresta ou comunidades grandes (onde há bastante crianças
envolvidas no dia a dia da Doutrina), o bom senso e o zelo pela harmonia geral do salão
passa por colocar nem tão jovens nos jovens, casados no meio, solteiros nos casados etc.
Na minha opinião, mais importante do que a "regra", é manter o salão bem distribuído e
harmonizado. A corrente fluindo e harmonia geral.

Então temos adolescentes mais velhos, no Mapiá, tem vários que bailam na ala dos
jovens. A regra é virgens no batalhão das moças e no dos moços. Não tendo vai se
compondo com o que se tem. Fica lindo demais quando temos meninos e meninas nas
primeiras filas, dá uma leveza na sessão, mas se não tiver o importante é manter as
primeiras fileiras das alas completas!

6.11 Tenho uma dúvida quanto a um remédio em específico, que uma irmã faz uso, ela
quer conhecer o Daime, mas gostaria de saber se esta medicação teria de ser
interrompida uns dias antes...

É um ansiolítico e chama-se: desvenlato de desvalexina, ou nome comercial Pristic

Sim, para se preparar para o Daime é recomendável que ele pare o ansiolítico, de
preferência 3 dias antes pelo menos. Mas pode variar o caso! Segundo as recomendações
do Dr. Dartiu Xavier da Silveira — psiquiatra que é a principal autoridade científica no
assunto neste país — a única contra-indicação está nos antidepressivos do tipo ISRS:
Quem estiver usando um desses remédios, deve parar 15 dias antes de tomar Daime,
lembrando que interromper um tratamento desses nunca pode ser feito sem orientação
do psiquiatra que receitou o antidepressivo.

PRINCÍPIOS ATIVOS 1 Amitriptilina (cloridrato) 2 Buprenorfina 3 Bupropiona* (cloridrato) 4


Buspirona (cloridrato) 5 Carbamazepina 6 Citalopram (bromidrato) 7 Clemastina (fumarato) 9
Clomipramina (cloridrato) 10 Clorfeniramina (maleto) 11 Codeína (fosfato) 12 Desvenlafaxina
(succinato) 13 Dexclorfeniramina (maleto) 14 Dextrometorfano (bromidrato) 15 Difenidramina
(cloridrato) 16 Dopamina (cloridrato) 17 Duloxetina (cloridrato) 18 Efedrina (sulfato) 19
Escitalopram (oxalato) 20 Fenilefrina (cloridrato) 21 Fluoxetina** (cloridrato) 22 Fluvoxamina
(maleato) 23 Furazolidona 24 Imipramina (cloridrato) 25 Levodopa 26 Lidocaína (cloridrato) 27
Lisdexanfetamina (dimesilato) 28 Lítio (carbonato) 29 Maprotilina (cloridrato) 30 Meperidina
(cloridrato) 31 Metadona (cloridrato) 32 Metildopa 33 Metilfenidato (cloridrato) 34
Metoclopramida (cloridrato) 35 Mianserina (cloridrato) 36 Mirtazapina 37 Moclobemida 38
Modafilina* 39 Morfina (sulfato) 40 Naratriptana 41 Nortriptilina (cloridrato) 42 Olanzapina* 43
Oxicodona* (cloridrato) 44 Paroxetina (cloridrato) 45 Petidina (cloridrato) 46 Primidona 47
Pseudoefedrina (cloridrato) 48 Reboxetina (mesilato) 49 Rizatriptana 50 Sertralina (cloridrato) 51
Sibutramina (cloridrato) 52 Sumatriptana 53 Tramadol (cloridrato) 54 Tranilcipromina 55
Trazodona* (cloridrato) 56 Venlafaxina (cloridrato) 57 Vortioxetina (bromidrato) * Não há estudos
conclusivos, mas evitar a interação. ** No mínimo 5 (cinco) semanas sem uso.

NOMES COMERCIAIS Agasten® (7) Alcytam® (6) Aldomet® (32) Alenthus XR® (56) Alergaliv D® (47)
Allegra D® (47) Amytril® (1) Anafranil® (9) Anangor® (53) Ansial® (4) Ansitec® (4) Aristopramida®
(34) Aropax® (44) Arotin® (44) Assert® (50) Astrale® (19) Aurorix® (37) Axonium® (42) Benalet TSC®
(14) Benegrip Multi® (20) Benegrip® (10) Biomag® (51) Brintellix® (57) Bup® (3) Bupium® (3)
Bupogran® (3) Buspar® (4) Caladryl® (15) Calamyn® (15) Carbidol® (25) Carbolim® (28)
Carbolitium® (28) Carlit® (28) Cebrilin® (44) Cefalium® (34) Cefelic® (50) Celapram® (6) Celerg® (13)
Celergelin® (13) Celestamine® (13) Celetil® (13) Cimegripe® (10, 20) Cipramil® (6) Citaforin® (6)
Citagran® (6) Città® (6) Claritin D® (47) Clo® (9) Codaten® (11) Codein® (11) Codex® (11) Codylex®
(11) Neulox® (17) Neupine® (42) Neurolithium® (28) Neuropram® (19) Neurotrypt® (1) Nexipram®
(19) Nolipo® (51) Noprosil® (34) Noradop® (3) Nortrip® (41) Novativ® (50) Olanexyn® (42)
Olazofren® (42) Opinox® (42) Otosynalar® (26) Oxycontin® (43) Paco® (11) Pamelor® (41)
Parkidopa® (25) Parnate® (54) Parox® (44) Paroxiliv® (44) Paxan® (44) Paxil CR® (44) Paxtrat® (44)
Plasil® (34) Plavom® (34) Plenitus® (19) Polaramine Expectorante® (47) Polaramine® (13) Pondera®
(44) Pondix® (44) Praxetina® (44) Primid® (46) Pristiq® (12) Procimax® (6) Prolift® (48) Prolopa®
(25) Protanol® (1) Prozac® (21) Prozen® (21) Psiquial® (21) Rafex D® (47) Rapitram® (53) Razapina®
(36) Reconter® (19) Reductil® (51) Remeron Soltab® (36) Remis® (19) Resfenol® (13, 20) Restiva®
(2) Rethera® (17) Revange® (53) Revivan® (16) Revoc® (22) Ritalina® (33) Roxetin® (44) Saciette®
(51) Scitalax® (19) Sedopran® (19) Sensitram® (53) Sercerin® (50) Sered® (50) Serenata® (50)
Seroblock® (44) Serolex® (19) Sertero® (44) Seth® (3) Sibran® (51) Sibuctil® (51) Síbus® (51)
Slenfig® (51) Stavigile® (38) Stelapar® (54) Stilgrip® (10, 20) Sumax® (52) Sutriptan® (52) Tabilis® (3)
Tegretard® (5) Tegretol® (5) Tegrex® (5) Tegrezin® (5) Tensiopax® (6) Teucarba® (5) Tofranil® (24)
Tolrest® (50) Tolvon® (35) Tramadon® (53) Tramal® (53) Tramaliv® (53) Trimedal Tosse® (14)
Trimedal® (20) Tryptanol® (1) Tylenol Sinus® (47) Tylex® (11) Ultracet® (53) Uni-Carbamaz® (5)
Unidol® (53) Vazy® (51) Velija® (17) Venlaxin® (56) Venlift OD® (56) Venopressin® (32) Venvanse®
(27) Verotina® (21) Vick Xarope 44E (14) Vicodil® (11) Vidapram® (19) Vomistop® (34) Wellbutrin®
(3) Xylestesin® (26) Xylocaína® (26) Zap® (42) Zetron® (3) Zispin® (36) Zoloft® (50) Zopina® (42)
Zopix® (42) Zoxipan® (6) Zyban® (3) Zycitapram® (6) Zyfloxin® (21) Zyolan® (42) Zypilanz® (42)
Zyprexa® (42) Zysertin® (50)

Substâncias simpatomiméticas (descongestionantes nasais e energéticos, p. ex.) e


alimentos que contenham alta concentração de tiramina (monoamina derivada da tirosina
que controla a pressão sanguínea) ou triptofano (aminoácido precursor da serotonina)
podem causar efeitos adversos como hipertensão, náuseas e vômitos. Segue lista de
outras substâncias que devem ser evitadas no dia da ingestão da Ayahuasca:

descongestionantes nasais (fenilefrina, pseudoefedrina, oximetazolina); chocolate e


cafeína em excesso; alimentos muito fermentados; cocaína; anfetaminas; MDMA
(ecstasy); LSD (ácido lisérgico dietilamínico); álcool etílico.

Fontes:

https://azarius.pt/encyclopedia/18/Inibidores_da_MAO/
https://naturezadivina.org.br/ciencia/a-interacao-da-ayahuasca-com-o-organismo/

6.12 Temos recebido irmãs trans em alguns trabalhos (bailados e concentrações) e as/os
aceitamos como se apresentam. Gostaria de saber como flui em outras igrejas !

Na Igreja que frequento quando questionamos nosso Patrono sobre esse assunto ele nos
falou que o Centro é Livre e que cada um cuida si, que devemos receber a todos com
carinho, amor e respeito. E que fica a critério da pessoa em qual batalhão deseja ficar,
sempre seguindo as normas de cada batalhão. Dê preferência de acordo com suas
vestimentas, vestidos e saias na ala feminina, por exemplo.

A um tempo recebemos um rapaz que sempre ficava na ala masculina, por escolha
própria. Um dia ele resolveu ir de saia e foi bailar lá no batalhão com essa vestimenta o
fiscal do dia educadamente se dirigiu ao irmão e informar que conforme as normas o
batalhão masculino usa calças e o feminino saias e então ele precisaria trocar a saia por
uma calça para bailar naquela ala. Ele prontamente atendeu ao pedido do fiscal, colocou
uma calça e o trabalho seguiu normalmente. Depois desse episódio o rapaz nunca mais foi
de saia para as sessões, por vezes ele chegou até a igreja de saia e quando ia se iniciar os
trabalhos colocava a calça para compor o batalhão masculino.
Eu particularmente creio que realmente deve ficar a critério da pessoa, mas sempre
respeitando os preceitos de cada ala!

E nós precisamos desde sempre nos prepararmos para esses tipos de situações! Para
sempre agirmos com amor, verdade, justiça e sabedoria! Lembrando sempre que ao vestir
a farda e adentrar ao salão somos parte daquele todo.

Relato: Eu sou homem trans e sou fiscal do batalhão masculino. Nunca tive problema
nenhum na igreja em que sou fardado.

6.13 O uso de estantes entre as filas e objetos no chão é legal?

Lembrando que o ideal é cantar com ou sem o hinário na mão, batendo o maracá na
posição correta, então é necessário estudar muito e deixar as puxadoras com estantes.

Penso que pode utilizar só se o espaço disponível for favorável, se houver um bom
espaçamento entre as fileiras; caso contrário, estantes só na primeira fila. Questão de
bom senso mesmo.

6.14. Água ou papel higiênico ?

O uso do papel higiênico no atendimento era proibido nos trabalhos de cura e nos
atendimentos. O que se usava era água. Padrinho Sebastião me disse que o uso do papel
higiênico era muito ruim. Uma vez num trabalho de Estrela, eu ia saindo para provocar
(vomitar) e ao passar na porta para sair, um fardado me estendeu um tanto de papel
higiênico, e ao olhar pro papel na mão estendida, vi logo acima da pessoa o sr, João Baé,
com um jarro de água na mão, olhando pra mim para que não pegasse o papel higiênico.
Foi eu sair e o Sr, João Baé desceu comigo com o jarro de água e eu ia provocando e o Sr.
Baé colocando a quantidade exata para eu me livra. Nesta hora da limpeza e o trato do
fiscal com o atendido a água se torna fundamental e parte da cura. Então na limpeza das
pessoas o atendimento deve ser feito com água no auxílio da pessoa se limpar, nunca usar
o papel higiênico. Mas hoje em dia em várias igrejas se usa papel higiênico para o auxílio
da pessoa que está se limpando. Mas não deve ser usado. Só água.

Tudo dentro do bom senso e do material disponível. Se não tiver como usar sempre água
pode se usar papel higiênico que deve ser descartado no local correto.
6.15 ANAMNESE*** gente gostaria de tirar uma dúvida. No caso de entrevista com
visitantes, além da ficha de anamnese, quais pontos mais essenciais referente a
doutrina devem ser tocados durante a conversa.

Acho interessante pontuar detalhes do ritual. Por exemplo a separação entre homens e
mulheres no salão, onde ela vai tomar o Daime, quantos despachos serão previstos, onde
a pessoa pode descansar (informar no caso de quarto de Cura), a necessidade de
permanecer na corrente sempre que possível, a necessidade de acompanhar o hinário e
caso o visitante não possua um é muito importante providênciar um.

Onde a pessoa pode fazer a limpeza (banheiros e lugar designado para limpeza fisíca) e
apontar o Cruzeiro como uma possível limpeza espiritual - cuidado ao detalhar uma
limpeza espiritual, nem sempre é fácil explicar pra quem chega e não é bom darmos
muitos pontos de vista pessoal nesse aspecto, dar alguns detalhes do bailado e o mais
importante frisar e deixar que a pessoa se sinta a vontade durante todo o ritual!!

Só complementando tudo que já foi dito, acho sempre interessante conhecer o que levou
cada uma a procurar o Santo Daime, atentando sempre para o propósito pessoal. Gosto
de primeiramente ouvir cada um. Conhecer o que cada um traz na sua bagagem, bem
como o que eles já sabem ou já ouviram falar sobre a doutrina. Gosto muito de
abordagens grupais por permitirem a troca de conhecimentos e a discussão saudável.
Após essa primeira rodada complemento, esclareço e explico tudo que considero
necessário para um primeiro contato com a doutrina: um pouco de sua história, normas e
ritual. Após essa primeira discussão, aplico a anamnese e avalio as peculiaridades de cada
pessoa!

6.16 Há números definidos de fiscais por trabalho? Em trabalhos longos, como exemplo
em festivais, que pode durar até 12 horas, é sensato o rodizio de até quantos fiscais?
Devo imaginar que cada igreja tem a sua dinâmica, claro, mas gostaria de saber se há
uma orientação especifica para esse caso.

Depende do tamanho da Igreja e do numero de iniciantes. Turnos por quantidade de


hinos ( a cada 25 ou 30 hinos ) ou por dose de Daime ou ainda por hora.

Sempre lembrando das escalas e de passar o plantão com detalhes para o próximo fiscal.

* Em Camanducaia ja tivemos trabalhos com mais de 150 iniciantes e 25 fiscais


trabalhando direto, então tude depende da situação e da disponibilidade dos fiscais.
6.17 Como funciona a liderança de fiscalização feminina e masculina? Qual o nome
dessa posição? Quais suas atribuições? Quem decide (uma votação imagino)? vejo que é
importante ter um líder masculino e outro feminino para organizar melhor as coisas.
Procede?

Coordenador dos fiscais. Daí uma coordenadora do lado feminino e um do masculino.


Decide-se por votação sim, mas tem que considerar fator tempo de fardamento, se é
presente na casa, se cumpre bem a função...

Organizar escala, ficar a frente caso der algum problema ou tiver alguma dúvida de outros
fiscais em relação a posição de organização das filas. Tirar dúvidas ou comunicar coisas ao
comando.

O coordenador(a) atuar junto aos fiscais caso a coisa "desande" no trabalho. Por exemplo
na minha igreja temos os chefes de fiscal fazendo o trabalho sentado enquanto tem 2
ficais trabalhando, caso as coisas saiam do normal, ou os fiscais precisem de ajuda é
obrigação do coordenador levantar e ir averiguar, ver o que esta passando, ajudar. é
importante todos participarem.

6.17 Sobre fileiras. Quantos hinos deve-se esperar para avançar no lugar vazio à
frente? E quando se está compondo a última fila e nessa fila só tem duas pessoas pode
se sair e deixar outro sozinho sendo que este é fardado também? Ou vai do bom senso
de cada irmao? E o lado do bailado para se puxar ( e posicionar) quando se tem poucas
pessoas nas fileiras é do lado esquerdo para o direito. Certo?

Se vc perceber que a pessoa que saiu esta passando mal e vai demorar já pode recompor
a fila não precisa esperar os 3 hinos de praxe. Para ocupar o espaço vazio deixado por
quem saiu se coloca quem está na sequencia tipo a fila anda. Não tem regra definida mas
procura se completar a fileira com uma fardada da altura da que saiu ou próxima para não
mexer demais na fileira. Atenção para arrumar a fileira levando em consideração os mais
velhos e fardados da casa.

6.18 Organização dos maracas, hinários e garrafas de água.

O ideal é cada coisa no seu lugar com a devida organização e respeito.

Se você esta bailando e não quiser mais tocar maracá espere o fim do hino e vá guarda-lo
em suas coisas. Se você esta sentado repouse o maracá sobre seu colo e se te incomodar
vá guarda lo em suas coisas.
Sugestão para o pessoal da estrela: banquinhos podem ser colocados para repousar
hinários maracás bolsinha aguinhas etc... Assim a estrela fica limpa.

6.19 Sobre a Jarra da água da mesa, qual o procedimento? Existe alguma instrução
sobre mante-la sempre cheia?

Acredito que deve manter - se cheia até próximo ao final do trabalho. Ao encerrar, esta
água fluidificada que sobrou, pode ser distribuída aos doentes ou necessitados, até
mesmo em garrafinhas, para levar para algum familiar ou irmão que não pode comparecer
no trabalho. Está aguinha é diamante puro. A água da mesa (estrela) é fluidificada e
precisa manter a jarra cheia sem deixar secar, pricipalmente em trabalho de Mesa Branca!
Se botar uma Jarra na Mesa, independente de qual Trabalho seja, ela será fluidificada. É
para ser bebida. Manter cheia é para que se mantenha a oferta da água. Acredito que
deve manter - se cheia até próximo ao final do trabalho. Ao encerrar, esta água
fluidificada que sobrou, pode ser distribuída aos doentes ou necessitados, até mesmo em
garrafinhas, para levar para algum familiar ou irmão que não pode comparecer no
trabalho. Está aguinha é diamante puro!

6.20 Já há algum tópico no grupo sobre tocar (encostar a mão, pegar, ou qualquer
coisa do gênero), durante o trabalho? Se não há, quais as orientações? As que recebi é
que não devemos tocar, salvo em caso de força maior, como amparar uma queda por
exemplo ou auxiliar o irmão/irmã que solicitar, idosos a caminhar e afins...

Não toque não pegue sem pedir. Se apresente na frente da pessoa e estenda a mão e
pergunte: eu posso te ajudar? A acho que isso é uma das regras mais faladas do Daime, a
gente tem que ter consciência que estamos num trabalho espiritual, o Daime nos abre pra
ter acesso a outros planos, de acordo com o grau de consciência e sensibilidade da pessoa
se acessa diversos campos sutis que no dia a dia não identificamos, acaba sendo muita
informação pra o aparelho, a pessoa está lidando com um grau de energia que já não é só
sua pq tem sempre muitos seres aos redor e se tocarmos é um choque energético, antes
de eu fardar ja aconteceu de uma colega estar em passagem e eu só fui pegar o caderno q
estava no colo dela pra ñ cair e absorvi o que estava com ela, assim como ja fui tocada na
força e de fato parecia que eu estava levando um choque, a segurança é pros dois lados,
importante sempre olhar no olho, falar pelo nome, passar o recado de forma direta, assim
evita acidente tipo aquele q eu cai no buraco, nossos sentidos estão alterados e corremos
o risco de estar em algum aparelhamento e nem sempre é a pessoa que ta a frente pode
ser uma entidade nem sempre boa guiando alguns irmãos fora da corrente, estando
presente e centrada nessa consciência a gente atinge a sutileza de entender a
movimentação de um trabalho espiritual, o que julgamos com os olhos que aparenta ser
normal na verdade ta acontecendo muitas vezes um universo de coisas dentro da pessoa
então é sempre bom a fiscalização estar atenta ao momento também e não só as regras,
deixar nossos guias e seguranças do Daime agir através da gente, ser instrumento ouvir a
intuição, as regras são importante mas no fim o trabalho espiritual é fluido, estudo fino.

6.21 O que fazer se alguém sai correndo e urrando como monstro do salão e entra na
mata?

Tem que ir atrás pra ver que historia é essa, pode não ser nada mas pode ser algo serio,
em caso de algo mais serio tem que ser informado o fiscal do salão e este o comando, por
isso é importante ter 2 no terreiro. Sim, um fiscal junto ao irmão atuado, evitando a
situação agravar-se. Comunicar ao comando para atendimento adequado ao caso

6.22 Como dominar uma atuação feroz sem controle e com perigo de ferimentos?

Se a atuação comprometer a integridade fisica do próprio ou de outros, sem duvida,


imobilizar. Amarar com lençol para não machucar.

6.23 Fiscal de terreiro tem que saber onde estão todos que saíram do salão?

Sim, tem que saber como está o irmão que saiu, se foi ao banheiro se está fazendo
limpeza, ou só tomando um ar, ou esticando as pernas etc. Caso alguém do salão procure
por ele deve saber dar noticias do irmão que saiu.

6.24 O que fazer quando um visitante decide querer ir embora no meio do trabalho ?

Em um trabalho apareceu um ser violento que queria bater, fazia careta, algo um tanto
assustador. Isso foi em um visitante. Eu conversei com ele, falei que ele estava numa
sessão do Padrinho Sebastião, que ele era bem vindo, que ele escutasse com atenção os
hinos. Dei Daime e fiz uma cruz com Daime na testa do médium, e o ser começou a
chorar, foi embora. Pouco tempo depois voltou de novo, firmei uma vela pra ele e pedi
ajuda ao povo da rua pra ajudar. O problema foi resolvido! Eu acredito que com educação
e muito amor vc consegue lidar melhor com esse tipo de ser. Sair no meio do trabalho não
é seguro, lembre o visitante que ele assinou um termo de responsabilidade de ficar até o
fim do trabalho. É extremamente perigoso!
6.25 A história de oferecer água na minha casa às vezes é conflitante. Pois tem
instruções para evitar a água durante o trabalho. O que sabem disso?

Muito delicado ser fiscal. No terreiro atua de uma forma. Dentro do Salão de outra. Mas
educação, paciência, firmeza e compromisso com a qualidade do trabalho devem ser
iguais. Eu só ofereço água depois que pessoa vomita, fardado ou não. Tio Chiquinho me
disse uma vez que a gente não deve beber água nas sessões porque "sujava o carburador
e atrapalhava a clareza". Após vomitar eu sirvo água, mas oriento para apenas lavar a
boca. Só depois quando estiver bem, indico que tome apenas um gole para molhar a
garganta. Tio Chiquinho também dizia que não adiantava tomar água porque a sede não
era da matéria e sim espiritual e que sede espiritual a gente matava tomando Daime. Sigo
há 26 anos essa orientação graças a Deus e ao nosso Tio querido.

6.26 Quanto tempo precisa para um fiscal fiscalizar no salão? No meu caso vai fazer 2
anos que sou fardado é só me colocam pra ficar na porta!

Pode ser que talvez não seja uma questão de tempo, é mais uma questão de afinidade
com a função. Como disse, não há regra, mais como se trata de uma igreja com 250
participantes a roda gira num ritmo mais lento que numa igreja com 25 onde o mesmo
fiscal de terreiro fiscaliza o salão e porta... geralmente a gente assume um posto na
fiscalização conforme falta contingente naquele posto... E vai firmando o ponto... o
principal é servir se der onde agente quer beleza se não vamos indo o de precisa.

6.27 Tenho uma dúvida sobre quando uma pessoa atua entidades. A casa que
frequento não é umbandaime, quando isso acontece, geralmente é com visitante. Eu
fico apenas ali parada pro caso da pessoa cair mas nesse momento alguém que não da
casa, sai do seu lugar e começa a dar passes. Sendo eu a fiscal devo acatar? Ou devo
aprender a dar passes? O que faço?

Quanto a quem esta dando passagem sua atitude esta correta em não interferir somente
cuidar para que não se machuque. Como nos trabalhos a interferência deve ser a menor
possível no trabalho do irmão, você pode orientar a pessoa que esta dando passe a não
faze-lo, pois a casa não permite esse tipo de trabalho e peça para que volte para a
corrente.

Como fiscal, primeiro tente identificar a manifestação do ser, que tipo de ser a pessoa está
atuando, por muitas vezes é somente manifestação de sua miração do que uma
manifestação de uma "Orixá" , dá para perceber pelo tipo de atuação, eu ajo da seguinte
maneira e sempre deu certo: caso seja somente manifestação de uma miração, deixe a
pessoa atuar até onde ela não se machuque ou caia, caso aconteça da pessoa cair, Com
delicadeza chame-a pelo nome, para que volte ofereça água e deixe voltar tranquila
pedindo sempre que respire. Geralmente muitos depois de miração intensa saem para
fazer limpeza. Se for um Orixá, seja qual for, pergunte se quer consagrar a bebida e se
deseja se apresentar ao Cruzeiro , eles gostam de se manifestar e entregar no Cruzeiro.

Quanto a pessoa que chega para dar passes, se não for da casa , é só fazer o que disse que
está perfeito, e o trabalho seguirá com luz e Sabedoria, caso seja um zombeteiro, é
melhor não deixar sair pro terreiro, enquanto a manifestação não passar ,pois enquanto
está dentro do salão, o participante está protegido pela corrente, já no terreiro o
zombeteiro ganha força, eu faço da seguinte maneira com zombeteiros, ascendo um
incenso (cone espiritual) ao lado do Cruzeiro ofereço água, sempre dá certo., Não é fácil,
mas também não é difícil é só ter tranquilidade. Costumo dar esse aviso antes dos
trabalhos de Mesa Branca e Banca aberta: Os médiuns da casa que darão o passe, por
favor aguardem sentados até serem chamados no momento certo para dar atendimento
no quartinho de cura. Pronto bagunça organizada.

6.28 O iniciante apagou e foi ao chão no meio do trabalho. Como será nosso
procedimento padrão?

Deixar ele lá e mexer apenas se a respiração estiver comprometida ou se ele se machucou.


Se for bailado e estiver atrapalhando, fiscais retiram da corrente. Aguarde ele voltar
tranquilamente, chame baixinho pelo nome e acalme o quando voltar a si.

6.29 O iniciante não aterrissa e o trabalho está acabando. O que fazer?

Eu acredito que a fiscalização da casa deve ficar atenta e acompanhar o visitante até que
se sinta melhor. Já vi caso de todo mundo dispersar e a pessoa ficar lá isolada, sozinha no
frio, no terreiro. Fiscais temos que ter delicadeza e educação. Uma vez tive a arrumar uma
carona pra menina que foi de moto e passado já horas e não tinha condições de dirigir. Ela
deixou a moto na igreja e buscou no outro dia. Atenção e cuidado!

Geralmente eu fico com a pessoa como se estivesse de fiscal, levo ao Cruzeiro antes de
encerrar para encaminhar dependendo do caso... as vezes é só a força que tá grande
mesmo... ai eu fico junto até baixar.. e claro uma boa conversa e algo para se alimentar
ajuda aterrisar.
6.30 Como agir com um iniciante que está aflito por estar vendo e ouvindo coisas que
não são deste mundo?

Falar pouco, porque a pessoa quando está aflita não escuta direito na maioria das vezes,
mas ser direto e falar que vai passar, falar pra respirar fundo. Chamar Deus e Jesus pra
acompanhar nessa passagem. Se for o caso levar pro Cruzeiro... Se conseguir interagir com
ela explicar que é normal, sempre bom o fiscal ter conhecimento sobre dons mediúnicos,
se não conseguir cantar hino, uma coisa que observo aqui é as vezes fiscal que entra na
energia da pessoa e termina aflita também porque não conseguiu controlar ela, se tiver
atrapalhando o trabalho levar para o quarto de Cura e lá ter paciência com ela, confiar no
poder do Daime! As vezes quando não se consegui acalmar ela apenas estar perto é o fio
para a harmonia voltar!

6.31 Atendimento a entidades que incorporam em iniciantes que não eram médiuns
até agora?

Tratar com cuidado pra não machucar o aparelho e buscar sempre encaminhar pra
corrente... Aí cada casa tem seu proceder... na Baixinha costuma se levar pro Cruzeiro e
com um ou alguns médiuns atende o espírito no Céu do Mar da se uma homeopática dose
de 3 a 5 ml de Daime e diz que chegou na casa do Mestre e que daqui a pouco ele estará
trabalhado na casa e pede que não fique muito tempo ocupando o aparelho. Mais tem
lugar em que ninguém se mete e deixa a pessoa se entender com o Daime mesmo desde
que não atrapalhe o ritual. Sempre sob o olhar de um fiscal experiente.

6.32 Qual o dever do fiscal se algum se o irmão estiver numa sintonia fina com
espíritos sofredores mais de 3 hinos? Começo a defumar em volta da pessoa?

No meu ponto de vista, se meter na passagem alheia querendo interpretar o que está se
passando é muito delicado. A não ser que a pessoa esteja se machucando, machucando
alguém ou atrapalhando o bom andamento do serviço, não interfiro. São os processos de
cura de cada um e, se metendo, pode atrapalhar/cortar. E isso, com certeza, não é a ideia.

Mas se você for um fiscal experiente com conhecimento profundo e tiver certeza que é
um sofredor, deve se pedir para cantar um hino referente e falar baixinho no ouvido do
sofredor que ele agora está seguro que os Anjos estão aqui e vão ajuda lo!

6.33 Gente limpeza dentro do salão? No meio do salão. ..


Jogue serragem fina em cima da limpeza e depois com a vassoura e a pá vá recolhendo e
depois lá fora, depeje no local apropriado e jogue um pouco de água em cima da limpeza
mas lá fora do salão. Jamais puxe uma limpeza com rodo pelo salão todo.

Ensinamento de dona Baixinha. A água deve sempre ser jogada em cima das limpezas para
funcionar como espelho para ajudar a limpar.

6.34 Mais uma questão sobre a formação das alas: aprendi que não devemos colocar
uma irmã que já é mãe na ala das jovens, mesmo que este batalhão esteja mais vazio
que os outros. No entanto, ocorre de alguns fiscais entenderem que devem colocar uma
fardada que já é mãe nessa ala se precisar preencher, mesmo tendo visitantes para
compor a fileira, a fim de que fique só fardados na fila da frente ou que aquela ala não
fique tão vazia. Quando vejo isso, me preocupo com a questão energética nas alas e com
o sentido maior dessa instrução de divisão...

Aprendi que cada fardado deve firmar sua ala. No caso extremo da ala do meio (Visitante)
e a ala do comando por falta de fardado pode mudar por extrema necessidade mesmo,
mas a ala jovem, é mais viável colocar uma Fardada com mais de 30 sem filhos e solteira lá
se for o caso, mas também pode-se ficar Visitante de boa na primeira fila dos jovens se for
firmado e já tomar Daime há um tempo.

6.35 Troca das fiscais. Por exemplo quando eu passo o posto para a próxima fiscal e
vice versa, nós vamos até o cruzeiro? Quero saber se existe algum padrão para essa
parte do trabalho.

Sempre quando fazemos a troca de fiscais é muito importante a troca de informações


pertinentes sobre o trabalho em andamento. Informações sobre irmãos em passagem,
novatos, orientações do comando, velas, etc. Sobre ter que ir até o Cruzeiro para fazer a
troca, não é obrigado mas importante passar as informações no Cruzeiro pra evitar a
conversa na corrente não tem nada de errado, mas não é obrigatório!

6.36 Como lidar com certas rebeldias da irmandade como por exemplo ficar
quebrando a corrente numa constância pra fumar e cheirar rapé muitas vezes?

Sobre o fumo e o rapé, se a pessoa é da casa deve ser alinhada pelo próprio comando,
com as diretrizes da casa. Se é um visitante, basta passar as informações pertinentes
sobre a postura da casa em relação a tais substâncias.
7. RELATOS
As pessoas mais velhas possuem mais experiência e sabedoria que se compartilhadas
podem ensinar muito. Ao relatarem suas vivências criam um canal de conexão e
identificação com aqueles que vivenciam o mesmo contexto, no caso os rituais do Santo
Daime.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final desse empreendimento doutrinário
9. CONFIDENCIAL
Muitas de nossas batalhas são no invisível e muitos fiscais tem funções diferentes no
Exército do Céu que está sob o Comando de São Miguel. Fiscalização é um dom e tem
regras muito sérias no Astral. Somos Guardiões do Salão Dourado e de todos que
consagram o Santo Daime, do iniciante ao Comando Maior. Protegemos o Trabalho em
todas as Dimensões! Tudo é muito sério! Tenham cuidado e nunca considere seu nível de
amizade com quem esta passando mal em suas mãos no Astral!
Somos Guardiões! Sempre somos avaliados por nossos Superiores no Astral.
Se pudessem ver nossos avaliadores todos entenderiam por que tudo é tão sério!

10. RECADO
O que acontece no trabalho fica no Trabalho! Nunca usem a fraqueza do próximo contra
ele! Nunca zombem nunca riam sejam sérios, mas nunca se esqueçam do amor, da
paciência, do famoso bom senso e principalmente do bom humor!!!
O Fiscal que tem conhecimento dos trabalhando de desobsessão e exorcismo sabe o
quanto é importante a firmeza em São Miguel, na sua espada de Luz e em seu Escudo
onde esta escrito: Quem como DEUS, ninguém!

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