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“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o
tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a
vontade do Senhor.” (Ef 5.15-17)
“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” (Col 4.5)
» Em Efésios 4 e 5 o apóstolo ensina sobre a santidade que se requer dos crentes contra a
perversidade dos ímpios, as quais perversidades um dia dominaram os nosso pensamentos e
os nossos membros, porém, hoje não mais, e não convém à nós, santos no Senhor e do
Senhor. É neste mesmo contexto que o Espírito Santo lhe inspira a escrever sobre a
necessidade de remirmos o tempo. Isso deve, desde já, levarmos a pensar com seriedade
sobre esta questão, e passar a ver o exercício de remir o tempo como sendo santo, sim, um
santo e importantíssimo exercício sobre o qual somos aqui exortados. E não apenas isso, mas,
em Colossenses 4.5 o apóstolo nos ensina que, o modo como tratamos o nosso tempo pode
dar bom ou mau testemunho aos que estão de fora, isto é, pode fazer com que eles
blasfemem ou glorifiquem ao nosso Bom Deus, “que nos remiu com tanto amor” (hino 125
(Redenção) do Cantor Cristão). Uma outra nota muito importante, é que, as duas passagens
deixam claro que remir o tempo é uma questão de sabedoria, isto é, é um tolo e insensato
aquele faz mau uso do precioso tempo que o Senhor lhe dá diariamente, mas, é sábio quem
faz diferente, quem faz bom e melhor uso.
» Remir é regatar ou libertar ou salvar algo ou alguém mediante certo pagamento. Nós fomos
resgatados da maldição da lei, da condenação eterna. Cristo nos libertou e nos salvou dos
nossos pecados, mediante o Seu santo sacrifício. Ele, Cristo, a Sua vida, o Seu precioso sangue,
foi o preço ou o pagamento necessário para que fossemos libertos, pudéssemos ter paz com
Deus, ser santos, justos e termos a esperança da vida eterna, em felicidade eterna na
companhia e presença de Cristo mesmo, o nosso Remidor. AquEle que nos remiu, nos ordena
a fazermos bom uso do tempo, isto é, a remirmos o tempo.
» A expressão “remir o tempo” deve ser levada com muita seriedade, dado o significado da
palavra “remir”, pois, não foi debalde que o Espírito Santo inspirou exactamente esta palavra,
dando assim a ideia de “resgate”, e certamente nos lembrando o que o Senhor Jesus fez
connosco. Isso indica que, aproveitar bem o tempo e fazer bom uso dele (que é remi-lo), não é
uma missão simples ou fácil, tão-pouco é uma missão sem honra e sem glória; antes, é uma
nobre e grande missão que o Senhor nos dá. Se temos que, diariamente, remir ou resgatar o
tempo. Podemos sempre ver o tempo como o nosso bem precioso e recurso indispensável que
está preso no maligno, desperdiçado na vaidade mundana, preso na preguiça e na má gestão
de nossas actividades e, por isso, somos chamados a, com a graça do alto, tomar de assalto
este tempo, resgatá-lo das mãos desses inimigos, e empregar ele para as coisas santas, à favor
do Reino de Deus, para a glória de Deus, que é o doador dele, sim, é Deus quem nos dá o
tempo, portanto, ao remirmos ele, devemos emprega-lo na obra do Senhor, fazendo tudo para
o Senhor.
» Saber remir o tempo é sinónimo de:
– Temor e amor ao Senhor, pois, Ele é quem nos dá o mandamento e o poder de resgatar o
tempo, a fim de ser glorificado;
– Remir o tempo também é sinónimo de que temos a consciência de que os dias são realmente
maus, pois, o mundo está no maligno e, por isso, devemos sempre vigiar;
» Muitos de nós e muitas vezes, temos feito mau uso do tempo e, ao fazermos isso, estamos:
– A desrespeitar profundamente ao Senhor, que deve ser temido, reverenciado e amado acima
de tudo. Sendo Deus o provedor ou dador do tempo, pecamos contra Ele quando usamos mal
o tempo;
– Reconhecer, com santo temor, que é uma ordenança do Senhor, sim, Deus nos manda remir
o tempo, resgatar o tempo diariamente, não desperdiçar ele com futilidades, sendo pecado
gastar tempo com coisas infrutíferas, que não promovam edificação e glória a Deus;
– Reconhecer com toda a humildade que somos humanamente e por nós mesmos incapazes
de cumprir esta ordenança, de maneira que, se olharmos para nós mesmos, e tentarmos fazê-
lo do nosso jeito, iremos fracassar completamente;
– Reconhecer profundamente e com santo temor, que somente Deus nos pode dar esta
capacidade e conduzir eficiente e eficazmente por este caminho;
– Ler, estudar e meditar a fim de aprendermos profundamente sobre esta questão e podermos
aplicar tais conhecimentos na prática, no dia-a-dia;
– Render-nos a Deus e suplicarmos a Ele, diariamente, que nos dê esta graça, pois, sem Cristo,
nada podemos fazer, Ele é o nosso provedor, e nos dá diariamente, pelo que, diariamente
deve haver uma renovação deste zelo. A cada novo dia, um novo resgate do tempo, para Deus,
no poder e na graça de Cristo;
– A quarta missão é saber o que realmente quer (objectivo/s) e saber efectuar os trabalhos
segundo a importância, urgência e prioridade;
– A primeira e a principal missão é temer a Deus, e confiar esta missão nEle o tempo todo.
» É sempre bom, de vez em quando, se perguntar e pensar: se hoje fosse o meu último dia,
como o viveria? É verdade que hoje pode ser o meu ou o teu último dia. Como o viveremos?
Por outro lado, olhemos para a vida do Senhor, e respondamos: como Ele usou o Seu tempo?
Seja Cristo o nosso alvo e modelo em tudo.
» Façamos resoluções, a fim de remirmos realmente o tempo, de hoje para frente, fazendo uso
racional do tempo, vendo-o como ele é, um presente de Deus, sobre o qual iremos prestar
contas na presença do Senhor. Como temos usado o nosso tempo? Avaliemos e, na presença
do Senhor, resolvamos fazer mais e melhor uso dele. Amém!
» Resolução:
– Resolvi, de hoje para frente, aproveitar melhor o meu tempo, para a glória de Deus, olhando
ele como um bem muito precioso que Deus, meu Pai, me dá, mas, que precisa ser resgatado
todos os dias, pelas manhãs, das mãos da minha carne, do mundo e do diabo, para ser
empregado no serviço do Reino, promovendo a edificação, e a glória de Deus.