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QUARTA-FEIRA
“Porque fez tão formosa a sua Mãe, que é também tua Mãe. – Porque criou
o Sol e a Lua e este animal e aquela planta. – Porque fez aquele homem
eloqüente e a ti te fez difícil de palavra...
O nosso diálogo com Jesus Cristo nesses minutos após a Comunhão deve
ser especialmente íntimo, simples e alegre. Não podem faltar os actos de
adoração, de agradecimento, de humildade, de desagravo, bem como os
pedidos. “Os santos têm-nos dito muitas vezes que a acção de graças
sacramental é para nós o momento mais precioso da vida espiritual”15.
“O amor a Cristo, que se oferece por nós, incita-nos a saber encontrar, uma
vez terminada a Missa, alguns minutos para uma acção de graças pessoal e
íntima, que prolongue no silêncio do coração essa outra acção de graças que
é a Eucaristia. Como havemos de nos dirigir a Ele, como falar-lhe, como
comportar-nos? A vida cristã não se compõe de normas rígidas [...]. Penso,
não obstante, que em muitas ocasiões o nervo do nosso diálogo com Cristo,
da acção de graças após a Santa Missa, pode ser a consideração de que o
Senhor é para nós Rei, Médico, Mestre e Amigo”16.
Rei, porque nos resgatou do pecado e nos transferiu para o reino da luz.
Pedimos-lhe que reine no nosso coração, nas palavras que pronunciarmos
nesse dia, no trabalho que lhe queremos oferecer, nos nossos pensamentos,
em cada uma das nossas acções.
Nenhuma criatura como a Virgem, que trouxe em seu seio durante nove
meses o Filho de Deus, poderá ensinar-nos a tratá-lo melhor na ação de
graças depois da Comunhão. Recorramos a Ela.
(1) Sl 17, 50; 12, 23; Antífona de entrada da Missa da quarta-feira da quarta semana do
Tempo Pascal; (2) Sl 102, 2; (3) cfr. Lc 17, 11 e segs.; (4) cfr. Lc 19, 44; (5) cfr. Mt 23, 37; (6)
cfr. São Tomás, Suma Teológica, 2-2, q. 101, a. 3; (7) 1 Tess 5, 17; (8) cfr. Rom 1, 18-32; (9)
São João Crisóstomo, Hom. sobre São Mateus, 25, 4; (10) ib.; (11) São Josemaría Escrivá,
Caminho, n. 268; (12) Mt 10, 42; (13) Lc 17, 19; (14) Ch. Journet, Meditações sobre a graça,
pág. 17; (15) R. Garrigou-Lagrange, Las tres edades de la vida interior, pág. 489; (16) São
Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 92.