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Um guia seguro para o céu, Joseph Allein

Notas
05 – 16 de Fevereiro de 2020 (as primeiras anotações)
Judas 23
O crente deve labutar fervorosamente pelas almas perdidas, deve muito orar, muito estudar e
meditar a fim de cada vez mais estar pronto e apto a falar e chamar as almas não convertidas…
reconhecendo sempre a sua própria incapacidade e total dependência de Deus, o Espírito Santo.
Jo 9.32; Hb 12.14; Sl 2.12; Rm 10.1; 1Rs 22.8; Pv 7.21-23; 6.26

1Co 4:20 Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.

Ats 3.19; Mt 19.28; 7.13,1


1Pd 4.18; Mt 11.12; Lc 13.24
Mt 22.14
Rm 9.27
1Cor 5.11; 6.9,10
A conversão se nota numa mudança total e poderosa da pessoa…
Um convertido é um cristão santo, cuidadoso e abnegado…
Pv 13.20; Hb 12.14; Mt 15.14
2Tm 3.5
2Rs 12.2,7
O convertido afasta-se do pecado pela justificação, refugia-se em Cristo e anda com Ele em
santidade, porque somente dEle provém a graça perdoadora e renovadora.
Pv 1.23; 9.6; Tt 2.12; Tg 4.8; Is 1.16,17

A Natureza da Conversão
1. O autor da conversão é o Espírito Santo
“A conversão então, em resumo, consiste na mudança completa do coração e da vida”.
Apesar de a conversão envolver a trindade, “contudo, esta obra é principalmente atribuída ao
Espirito Santo… somos “nascidos do Espírito””.
2Ts 2.13; Tt 3.5; 1Pd 1.3; Ats 5.31; Is 9.6; Hb 2.13; Jo 3.5,6
“A conversão é algo que supera o poder humano…”
Jo 1.13; Ef 2.1; Gl 6.15; Ef 2.10; 1.19
Sendo a conversão uma obra exclusivamente de Deus, o Espírito Santo, só nos resta buscar e
clamar por Ele, a fim de se compadecer, reconhecendo nossa incapacidade e miséria.
2. A causa eficaz da conversão é tanto interna como externa
I – A causa interna é somente a livre graça
Tt 3.5; Tg 1.18; Ef 1.4
Não há nada no homem que atrai a Deus, mas há, sim, tudo que Lhe trás repugnância… tudo
pela graça! É triste e é uma grande pena quando os crentes se esquecem da graça, de louvar a
Deus e agradecer a Deus a cada dia, pela Sua graça salvadora, seu amor tão especial…
2Pd 2; Jó 9.31; Zc 4.7; 1Pd 1.3; Ef 2.4,5
II – A causa externa é o mérito e a intercessão do bendito Jesus
“Todas as dores que Ele sofreu na cruz foram as dores no nosso nascimento espiritual.”
O ser uma nova criatura é devido “é devido às agonias e as orações de Cristo.”
Para um crente buscar a Cristo deve ser a coisa mais natural do mundo, que nem um bebé
buscando o seio materno.
Sl 68.18; Hb 13.21; Ef 1.3; Jo 17.20; 1Ct 1.30; Jo 17.19; Hb 10.10

3. O instrumento da conversão é pessoal e real


(1) O instrumento pessoal é o ministro
1Ct 4.15; Ats 26.18;
Is 37.23
Ats 16.17
Dt 32.6
(2) O instrumento real é a palavra
Sl 19.7,8; 2Tm 3.15; 1Pd 1.23; Ef 5.26; Jo 17.17; Rm 10.17; Tg 1.18
Pv 6.21,22; Sl 119.93

4. A causa final ou o fim da conversão é a salvação do homem e a glória de Deus


2Ts 2.13; Rm 8.30; Is 60.21; 1Pd 2.9; Cl 1.10
Sl 1.3; Fp 1.20
5. O assunto da conversão é o pecador eleito
Isto [abrange] todas as suas partes e poderes, membros e mente.
“Você está começando pelo lado errado se argumentar, em primeiro lugar, a respeito de sua
eleição. Prove sua conversão, e daí jamais duvide de sua eleição. Se você ainda não pode prova-
la, inicie uma volta actual e completa. Quaisquer que sejam os propósitos de Deus, os quais são
secretos, estou certo de que Suas promessas são fieis… não fique discutindo sobre a eleição,
mas, disponha-se a se arrepender e a crer. Clame a Deus pela graça da conversão. As coisas
reveladas lhe pertencem; ocupe-se com elas… Quaisquer que sejam os decretos do céu, estou
certo de que se eu me arrepender e crer, serei salvo; e se não me arrepender, serei condenado.
Isto não é um chão seguro para você? Ou você ainda quer se perder?”

Rm 8.30; Jo 6.37,44; 2Pd 1.10; Ats 3.19; Rm 8.13; Ats 16.31

“Mais particularmente, esta mudança de conversão estende-se ao homem na sua totalidade. Uma
pessoa carnal pode ter alguns fragmentos de boa moralidade, mas, jamais será completamente
boa. A conversão não é um simples reparo de um velho edifício; mas, ela o derruba por
completo e edifica uma nova estrutura. Não se trata de um remendo de santidade; mas, no caso
do verdadeiro convertido, a santidade é tecida em todas as suas capacidades, princípios e
práticas… ele é um novo homem, todas as coisas se tornaram novas… ”
2Ct 5.17
“A conversão é uma obra profunda, é uma obra no coração… ela se estende ao homem
inteiro: à mente, aos membros, e a todos os aspectos da sua vida.”
(1) A mente (O julgamento, a vontade e os sentimentos)
A conversão modifica a balança do julgamento de forma que Deus e Sua glória excedem o
peso de todos os interesses carnais e mundanos…

Ats 2.37; Rm 7.15; Jó 42.6; Ez 36.31; Sl 14.3; Mt 7.17,18; Is 64.6; Rm 7.18

“Agora, de acordo com esta nova luz, o homem possui outra mente, outro julgamento, diferente
daquilo que ele possuía anteriormente…”
Sl 4.6,7; Lm 3.24; Sl 73.25,26

A conversão modifica a inclinação da vontade tanto quanto aos meios como quanto ao fim…
Fp 1.23; Sl 119.173; 1Jo 5.3; Sl 119.14, 16, 47;

2Ct 7.9,10
Jó 23.12
Cl 4.6
Mt 23.27
Ef 2.2,3; Fp 3.20
Dn 4.27
Ml 2.9
Tg 1.26

Notas gerais:
1. Um homem convertido é uma nova e completa estrutura, e não um edifício velho
apenas reparado. O edifício velho foi destruído completamente;
2. Um homem convertido não é santo apenas em algumas partes, mas em todas as
suas capacidades, princípios e práticas;
3. A conversão abrange todo o homem, à mente, aos membros e todos os aspectos da
sua vida. Uma nova criatura, santa;
4. Um homem convertido considera Deus e Sua Glória sempre como superior em
relação a todos os interesses mundanos;
5. O homem convertido vê o pecado como o pior dos males;
6. O homem convertido consegue ver a irracionalidade, a injustiça, a deformidade e a
imundícia do pecado;
7. O homem convertido foge do pecado, sente aversão por ele e um grande horror,
inclusive abomina a si mesmo por causa dele;
8. O homem convertido deixa de ignorar os “pequenos” e “poucos” pecados, que
antes não precisavam ser confessados,
9. Cristo é o mais desejável e o mais belo para o homem convertido;
10. O homem convertido almeja Deus acima de tudo;
11. O homem convertido almeja profundamente chegar a Deus;
12. O homem convertido sabe que só pode chegar a Deus por meio de Cristo e da
santidade;
13. A escolha e a obediência a Cristo do homem convertido, é espontânea, não por
obrigação;
14. O jugo de Cristo é sua liberdade e felicidade, e não sua escravidão;
15. Os momentos mais doces para ele são os gastos nos exercícios da santidade,
especialmente na presença do Altíssimo;

Amar a Deus acima de tudo e aspirar e trabalhar mui arduamente no alvo, a saber: que o
nome de Jesus possa ser engrandecido no mundo – Este é o alvo, a aspiração, o deleite, a
alegria, a vida, a força e a glória do homem convertido.
Para publicar
Os sentimentos do homem convertido – I

Enquanto carnal, dizia: “Oh, se eu pudesse ser considerado em grande estima, estar
rolando em riquezas e nadando em prazeres; se minhas dividas fossem pagas, nada
faltando a mim e à minha família – então eu seria um homem feliz!” Mas agora a
linguagem é outra; “Oh,” diz o convertido, “se eu pudesse subjugar todos os meus
pecados, se tivesse a graça numa tal medida e a comunhão com Deus – ainda que fosse
pobre e desprezado, não me importaria, mas me consideraria um homem abençoado”.
Leitor, esta é a linguagem de sua alma? [Você é de facto convertido?] Joseph Allein

Os sentimentos do homem convertido – II

“O homem convertido teme mais pecar do que sofrer”. Outrora ele não temia nada senão
a perda de sua posição ou de sua reputação; nada lhe parecia tão terrível quanto a dor, ou
a pobreza, ou a desgraça. Agora, isto nada representa para ele em comparação com a
desonra ou a insatisfação de Deus. Com que cuidado ele anda, para não cair numa cilada!
Olha para todos os lados; tem seu olhar sobre o seu coração e está constantemente
vigiando para não cometer pecados. Pensar em perder o favor de Deus quebranta o seu
coração; isto o aterroriza como sua maior desgraça. Nenhum pensamento o machuca tanto
como o da possibilidade de ficar separado de Cristo. [Você é de facto convertido?] Joseph
Allein

Os sentimentos do homem convertido – III

[O homem convertido] ferve seu ódio e queima sua ira contra o pecado. Não tem paciência
consigo mesmo. Acusa a si mesmo de tolo, de animal e considera qualquer qualificação
boa demais para si próprio, toda vez que sua indignação se levanta contra o pecado (Sl
73.22; Pv 30.2). Outrora poderia espojar-se [ou deleitar-se] no pecado com muito prazer;
mas, agora abomina o pensamento de voltar a ele tanto quanto abomina o pensamento de
ajuntar o vómito nojento. [Você é de facto convertido?] Joseph Allein
As coisas que deixamos ao sermos convertidos são: pecado, Satanás, o mundo e nossa
justiça própria

“Nós nos afastamos do mundo”

Antes de ter uma fé verdadeira, o homem é dominado pelo mundo. Inclina-se a Mamom ou
idolatra a sua [própria] reputação; ou ama os prazeres mais do que a Deus. Aqui está a raiz da
miséria do homem na queda. Ele se volta à criatura e lhe dá a estima, confiança e afeição que
são devidas somente a Deus.

Ó homem miserável, que monstro deformado o pecado fez de você! Deus o fez “um pouco
menor que os anjos”; o pecado o fez um pouco melhor que os demónios, um monstro que tem a
cabeça e o coração no lugar dos pés, e estes, esperneando contra o céu – tudo fora do lugar. O
mundo, que foi formado para servir você, está prestes a dominá-lo – a meretriz enganosa o
enfeitiçou com seus encantos e o fez inclinar-se diante dela e servi-la.

Mas a graça que converte põe tudo em ordem novamente e coloca Deus no trono, e o mundo aos
Seus pés; Cristo está no coração e o mundo sob os pés. “… o mundo está crucificado para mim
e eu para o mundo”. (Gálatas 4.14). Antes dessa mudança, todo o clamor era: “quem nos
mostrará algum bem (mundano)?”, mas, agora ele ora: “Senhor, exalta sobre mim a luz do Teu
rosto”, e quem quiser fique com o trigo e o vinho (Salmo 4.6,7). Anteriormente o prazer e o
contentamento de seu coração estavam no mundo; então, sua canção era: “Alma, tens em
depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga”. Mas, agora, tudo isso já
perdeu sua importância e já não tem graça para que o deseje; e ele se afina com o doce salmista
de Israel: “O Senhor é a porção da minha herança; as linhas me caem em lugares deliciosos;
sim, coube-me uma formosa herança”. Nada pode deixá-lo mais contente. Escreveu: “vaidade”
e “tormento” para todos os prazeres mundanos; e “perda” e “imundícia” sobre todas as virtudes
humanas. Está em busca, agora, da vida e da imortalidade. Anseia por graça e glória, e tem uma
coroa incorruptível em vista. Seu coração está empenhado em buscar ao Senhor. Busca primeiro
o reino de Deus e Sua justiça, e a religião não se trata mais de um assunto casual para ele, mas é
a sua principal preocupação. Outrora o mundo tinha domínio sobre ele. Ele faria mais para obter
lucro do que para obter santidade – mais para agradar seu amigo ou sua carne, do que a Deus
que o fez; e Deus precisava esperar enquanto o mundo era servido em primeiro lugar. Mas
agora, tudo precisa esperar; ele odeia pai, mãe, a vida e tudo o mais em comparação a Cristo.

Bem, bem, leitor, pare um pouco e olhe para dentro de si mesmo. Isso não o preocupa? Você
finge ser de Cristo, mas o mundo o domina? Você não sente gozo e contentamento mais reais no
mundo do que nEle? Você não se sente mais à vontade quando o mundo está na sua mente e
quando está rodeado de prazeres carnais do que quando a sós, em seu quarto, para orar e
meditar, ou, assistindo ao culto adorando ao Senhor? Não há evidência mais segura do estado de
falta de conversão, do que ter as coisas do mundo em primeiro plano, no que se refere aos
nossos interesses, amor e estima.
Para o verdadeiro convertido, Cristo tem a supremacia. Quão querido é o Seu nome para ele!
Quão preciosa é a Sua graça! O nome de Jesus está gravado em seu coração. Para ele, a honra
[dos homens] é simples aparência; o riso é apenas loucura; e Mamom caiu por terra como
Dagom diante da arca, com as mãos e a cabeça quebradas na soleira, quando Cristo é revelado
de maneira salvadora. Aqui está a pérola de grande preço para o verdadeiro convertido; aqui
está o seu tesouro; aqui está a sua esperança. Esta é a sua glória: “Meu amado é meu, e eu sou
dele”. Oh, é mais doce para ele ser capaz de dizer: “Cristo é meu”, do que se ele pudesse dizer:
“O reino [dos homens] é meu; as Índias são minhas”.

Joseph Allein, em : “Um guia seguro para o céu”

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