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OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO

O tema que estaremos discorrendo neste estudo versa sobre o que se


considera o cerne da doutrina calvinista: os cinco pontos do calvinismo. Tais pontos
são considerados a espinha dorsal de todo arcabouço teológico defendido pela
Igreja Reformada ao longo destes quase cinco séculos de protestantismo.
Uma nota importante a ser dita é que nenhum sistema pode se arvorar como
infalível e inerrante; no calvinismo isso também é verdade. Entretanto, cremos que
dentro de nossas limitações humanas, este é o sistema que mais se aproxima
plenamente daquilo que as Escrituras Sagradas nos ensinam sobre a graça
redentora do Senhor nosso Deus.
Os cinco pontos do calvinismo seguem uma lógica bem orquestrada na qual,
pode-se dizer que um ponto está atrelado ao outro e todos fecham o círculo de ouro
da doutrina da redenção.
Infelizmente não é pelo fato destas doutrinas serem lógicas que podem ser
completamente compreendidas pela razão e nem tampouco encontramos respostas
a todas as dúvidas e “brechas” deixadas por ela. Devemos ter a humildade de
entendermo-nos limitados na compreensão de tantos mistérios da Palavra de Deus.
Há mistérios não revelados pelo Senhor (Dt 29.29; 1 Co 13.2).

Os cinco pontos do calvinismo são identificados através de um acróstico, em


língua inglesa, que forma a palavra TULIP. As palavras e expressões que formam
esse acróstico são as seguintes:

Total depravation
Unconditional Election
Limited Expiation
Irresistible grace
Perseverance of Saints.

Traduzindo, temos:

Depravação total do ser humano.


Eleição incondicional
Expiação limitada.
Graça irresistível.
Perseverança dos santos.

Abaixo, segue o significado destes pontos.

1) A depravação total do ser humano.

Infelizmente, este termo é mal compreendido em nossa língua. Ele não


significa que todo ser humano é sexualmente depravado ou que vive em
imoralidades sexuais. O significado primário versa sobre a incapacidade do ser
humano em praticar qualquer bem espiritual que seja completamente agradável ao
Senhor e que, como conseqüência, possa dar-lhe o direito à salvação. Ele, em si
mesmo e por si mesmo é propenso a todo o mal e capaz de cometer as maiores
crueldades e pecados.
Berkhof ainda explica melhor ao apresentar uma lista do que o termo não
significa e do que ele realmente significa1.
Primeiro, o que não significa:

• Não significa que todo homem (ser humano) é tão completamente depravado
como poderia chegar a ser;
• Não implica que o pecador não tem nenhum conhecimento inato de Deus,
nem tampouco tem uma consciência que discerne entre o bem e o mal.
• Não implica que o homem (ser humano) pecador raramente admira o caráter
e os atos virtuosos dos outros, ou que é incapaz de afetos e atos
desinteressados em suas relações com os seus semelhantes.
• Não implica que todos os homens (ser humano) não regenerados, em virtude
de sua pecaminosidade inerente, se entregarão a todas as formas de pecado
e degradação.

No aspecto positivo, a doutrina da depravação total do ser humano significa:

• Que a corrupção inerente abrange todas as partes da natureza do ser


humano, todas as faculdades e poderes da alma e do corpo.
• Que absolutamente não há no pecador bem espiritual algum, isto é, bem com
relação a Deus, mas somente perversão.

Falando sobre a queda de nossos pais, a confissão de fé de Westminster


afirma que “desta corrupção original, pela qual ficamos totalmente indispostos,
incapazes e adversos a todo o bem e inteiramente inclinados a todo o mal é que
procedem todas as transgressões atuais” (cap 6, parágrafo IV).
Abaixo, seguem os textos bíblicos que falam acerca desta depravação total
bem como da incapacidade do ser humano de praticar qualquer bem, por si mesmo,
que seja completamente agradável a Deus.

• Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra, e que


era continuamente mau todo o desígnio do seu coração...Gn 6.5
• Eu nasci na iniqüidade e em pecado me concebeu minha mãe – Sl 51.5
• Não há um justo, nem um sequer; não há quem entenda, não há quem
busque a Deus; todos se extraviaram, a uma se fizeram inúteis; não há quem
faça o bem, na há um sequer – Rm 3.10-12.
• Porque eu sei que em mim, isto é, em minha carne, não habita bem nenhum,
pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetua-lo – Rm 7.18.

Se pudermos exemplificar a idéia da depravação diríamos que ela é


semelhante a um homem cujo nome encontra-se “sujo na praça” e que precisa
saldar uma dívida de um trilhão de euros. Ele procura bancos e empresas e não
consegue nada, pois não tem como conceder nenhuma garantia que conseguirá
saldar o empréstimo. Ele não tem dinheiro ou capacidade de saldar sua divida.
Simplesmente não consegue!

1
Louis Berkhof, Teologia Sistemática, p. 248.
2) Eleição incondicional.

Ato subsequente à constatação da depravação total do ser humano, ou seja,


seu estado impotente de praticar qualquer bem que seja completamente santo e
capaz de agradar a Deus e conseqüentemente ser salvo, deparamo-nos com a
doutrina da eleição.
A eleição e a predestinação são explícitas nas Escrituras. Geralmente,
aqueles que não conhecem a doutrina segundo o entendimento calvinista e que
possuem uma influência arminiana costumam ter verdadeiro horror a ela. Afirmam
que se é assim, Deus é arbitrário e injusto. Geralmente tais pessoas se esquecem
que, primeiro, Deus não tinha nem tem a obrigação de salvar qualquer pessoa;
segundo, dentre toda a humanidade perdida, Ele exerce misericórdia e graça sobre
quem deseja (Rm 9.15, 16, 18). As razões do porque ele escolhe uns e não outros,
não é revelado. Ele assim age dentro de sua sabedoria e propósitos.
Berkhof define a eleição como “o ato eterno de Deus pelo qual Ele, em seu
soberano beneplácito (consentimento; aprovação; aprazimento), e sem levar em
conta nenhum mérito previsto nos homens, escolhe certo número deles para
receberem a graça especial e a salvação eterna”.2
A nossa confissão de fé assevera que

todos aqueles a quem Deus predestinou para a vida, e só esses, é


Ele servido chamar eficazmente pela sua Palavra e pelo seu
Espírito, no tempo por Ele determinado e aceito, tirando-os daquele
estado de pecado e morte em que estão por natureza para a graça e
salvação, em Jesus Cristo. Isto Ele o faz, iluminando o seu
entendimentos, espiritual e salvificamente, a fim de compreenderem
as coisas de Deus, tirando-lhes os seus corações de pedra e dando-
lhes coração de carne, renovando as suas vontades e
determinando-as, pela sua onipotência, para aquilo que é bom, e
atraindo-os eficazmente a Jesus Cristo, mas de maneira que eles
vem mui livremente, sendo para isto dispostos pela sua graça.
(confissão de fé de Westminster, cap. X, art I).

Abaixo, seguem-se textos que falam acerca da eleição do Senhor.

• Porquanto amou seus pais, e escolheu a sua descendência depois deles, e te


tirou do Egito, ele mesmo presente...Dt 4.37.
• Porque tu és povo santo do Senhor teu Deus: o senhor teu Deus te escolheu
para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a
terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fosseis mais
numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas
porque o Senhor vos amava... Dt 7.7-8.
• Não fostes vós que vos escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a
vós outros e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto
permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-
lo conceda. Jo 15.16

2
Louis Berkhof, Teologia Sistemática, p. 115.
• Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não
sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso o mundo vos odeia –
Jo15.19.
• ...assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos
santos e irrepreensíveis perante Ele...Ef 1.4.

Não somente diz que o Senhor nos elegeu, mas também nos predestinou
para a vida eterna. Deus não é um Deus de reações, mas sim de ações, sempre
tomando a iniciativa. Ele não pode ser pego desprevenido. Ele, em sua soberania e
presciência coordena e preordena todas as coisas. Ele não apenas nos elegeu, mas
de antemão nos destinou para a salvação eterna, segundo os seus decretos,
segundo à sua augusta e soberana vontade. A Bíblia é contundente neste ponto.
Vejamos: (Rm 8.29,30; Ef 1.5, 11).

3) Expiação Limitada.

Como temos afirmado, um ponto da TULIP está, necessariamente, ligado ao


próximo. Eles formam uma corrente cujos elos não são e não podem ser separados.
Ou, usando outra figura, um edifício cujos andares necessitam não somente de um
bom fundamento, mas dos andares anteriores para construir o grande arranha céu.
Segue-se que, por expiação limitada, compreende-se que Jesus morreu pelos
seus eleitos, e somente por eles. Isto não significa que a morte de Cristo não seja
suficiente ou poderosa para perdoar o pecado de todos os seres humanos que já
viveram – e viverão - neste mundo.
Cristo não morreu em vão por pecadores que jamais entrariam em pacto com
ele, arrependendo-se dos seus pecados e seguindo-O como Senhor e salvador de
suas vidas. Todo o pecador para receber a graça salvífica necessita de
arrependimento e fé, os quais Deus capacita o homem a responder. Desta forma,
não se isenta as atitudes que o ser humano toma, mercê da atuação divina, para a
obtenção do perdão e da vida eterna.
Berkhof assim define esta doutrina: “A posição reformada é que Cristo morreu
para o propósito de real e seguramente salvar os eleitos, e somente os eleitos. Isso
equivale a dizer que ele morreu com o propósito de salvar somente aqueles a quem
ele de fato aplica os benefícios de sua obra redentora”.3
Como prova bíblica, podemos perceber que as Escrituras acentua o fato de
que Cristo morreu pelas suas ovelhas, Igreja e povo. Vejamos:

• Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas – Jo 10.11.


• ...Assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha
vida pelas ovelhas – Jo 10.15.
• Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas – Jo 10.26.
• Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual Ele comprou
com o seu próprio Sangue – At 20.28.
• Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si
mesmo se entregou por ela...Ef 5.25
3
Louis Berkhof, Teologia Sistemática, p. 395.
• Ela dará a luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu
povo dos seus pecados – Mt 1.21.

4) Graça Irresistível.

A doutrina da graça irresistível também é conhecida como vocação eficaz.


Isto significa que não somente Deus escolheu desde a eternidade aqueles que Ele
bem quis a fim de serem herdeiros da salvação, como também efetivou Sua escolha
na história concreta “deste mundo”. Na eternidade, Deus já havia preordenado todas
as coisas relativas a salvação dos seus eleitos e os meios de efetivá-la.
Apenas para exemplificarmos, Jesus não morreu há dois mil anos, mas sim,
desde a eternidade sua morte já havia sido realizada (Ap 13.8). No entanto, Jesus
veio na plenitude dos tempos, quando todas as coisas confluíam para a
manifestação do Filho de Deus (Gl 4.4).
O documento chamado “Os Cânones de Dort” falam sobre esta vocação
quando diz:

Esta eleição é um propósito imutável de Deus pelo qual Ele, antes


da fundação do mundo, de entre todo o gênero humano caído por
sua própria culpa de seu primitivo estado de retidão no pecado e a
perdição, predestinou em Cristo para a salvação, por pura graça e
segundo o beneplácito de Sua vontade, a um certo número de
pessoas, não sendo melhores ou mais dignas do que as demais,
senão achando-se em igual miséria que as outras, e posto Ele
(Jesus), também desde a eternidade, por mediador e cabeça de
todos os predestinados, e por fundamento da Salvação. E, a fim de
que fossem salvos por Cristo, Deus decidiu também dar-lhes a Ele,
chamando-os e atraindo-lhes poderosamente a Sua comunhão por
meio de Sua Palavra e Espírito Santo...4 (tradução livre).

Ela é irresistível porque é operação do próprio Senhor, pelo Espírito Santo.


Os decretos e o querer de Deus naquilo que Ele determina, não podem ser
frustrados. Neste aspecto, Deus conduz a história e os acontecimentos, de tal forma,
que Seus eleitos ouvirão a Palavra de Deus e receberão a poderosa e irrecusável
operação do divino Espírito Santo (Jo 16.8-11).

Não há contradição entre a eleição e o chamado divino com a nossa


responsabilidade em pregar o evangelho a toda criatura. É obrigação nossa; Deus
nos deu este mandamento. Paulo é o mesmo que fala sobre a predestinação,
eleição livre e soberana, vocação eficaz e, também, sobre o dever de pregar o
evangelho a toda criatura (Rm 10.11-15; 1 Co 9.16; 2 Co 2.12). No entanto, somente
os eleitos responderão a ele. Na soberania de Deus, o Senhor capacita seus eleitos
a atenderem ao Chamado do Senhor e serem persuadidos pelo Espírito Santo a
Crer.
Todos devem ouvir o evangelho. Nós não sabemos quem é e quem não é
eleito do Senhor. Isto não nos compete! Também não nos compete elucubrar acerca
4
Los Cânones de Dort, cap. I, par VII, p. 18
de fatos que já passaram e que não temos como mudar. Por exemplo: o que
aconteceu com a América pré-colombiana? Foram todos para o inferno? Se foram
ou não, Deus continua sendo justo, santo e misericordioso. De fato, o passado
passou. As gerações passadas dos fiéis prestarão contas diante de Deus. Quanto a
nós, devemos nos preocupar com as 2700 etnias que necessitam ouvir as boas
Novas do Evangelho de Jesus. Nós somos responsáveis pelo hoje, em pregar o
evangelho hoje, em sermos cooperadores de Deus hoje.

5) Perseverança dos Santos.

A doutrina da Perseverança dos Santos é o grande final deste conjunto de


doutrinas, chamadas de doutrinas da graça de Deus.
Nós não nos desviamos completa e finalmente porque a mesma graça que
operou em nós para a salvação e aceitação das verdades de Deus, também nos faz
perseverar.
A confissão de fé assim afirma: “Os que Deus aceitou em seu Bem-amado, os
que ele chamou eficazmente e santificou pelo seu Espírito, não podem decair do
estado da graça, nem total, nem finalmente; mas, com toda a certeza hão de
perseverar nesse estado até o fim e serão eternamente salvos”. (Fil. 1: 6; João 10:
28-29; I Pe. 1:5, 9).
A doutrina coloca mais uma vez a permanência na fé na graça, no amor e nas
misericórdias de Deus. A Obra que ele começou terminará. Assim diz a confissão de
fé: “Esta perseverança dos santos não depende do livre arbítrio deles, mas da
imutabilidade do decreto da eleição, procedente do livre e imutável amor de Deus
Pai, da eficácia do mérito e intercessão de Jesus Cristo, da permanência do Espírito
e da semente de Deus neles e da natureza do pacto da graça; de todas estas coisas
vêm a sua certeza e infalibilidade”. (II Tim. 2:19; Jer. 31:3; João 17:11, 24; Heb 7:25;
Luc. 22:32; Rom. 8:33, 34, 38-39; João 14:16-17; I João 2:27 e 3:9; Jer. 32:40; II
Tess. 3:3; I João 2:19; João 10:28).
Erroneamente, há pessoas que acham que uma vez salvas, e não havendo a
possibilidade de perder a salvação, elas podem fazer o que quiser, mesmo viver
profundamente comprometidas com o Pecado. Pensam também que podem se
afastar da presença de Deus por algum tempo sem qualquer problema. Porém não é
isso que a doutrina ensina. A confissão explica: “Eles, porém, pelas tentações de
Satanás e do mundo, pela força da corrupção neles restante e pela negligência dos
meios de preservação, podem cair em graves pecados e por algum tempo continuar
neles; incorrem assim no desagrado de Deus, entristecem o seu Santo Espírito e de
algum modo vêm a ser privados das suas graças e confortos; têm os seus corações
endurecidos e as suas consciências feridas; prejudicam e escandalizam os outros e
atraem sobre si juízos temporais. (Sal. 51:14; Mat. 26:70-74; II Sam. 12:9, 13; Isa.
64:7, 9; II Sam. 11:27; Ef. 6:30; Sal. 51:8, 10, 12; Apoc. 2:4; Isa. 63:17; Mar. 6:52;
Sal. 32:3-4; II Sam. 12:14; Sal. 89:31-32; I Cor. 11:32).
As conseqüências virão para aqueles que brincam com o pecado, mas não a
perda da salvação. Entretanto, vale ressaltar que quem é de Deus, quem foi
alcançado pela maravilhosa graça de Jesus, não amará o pecado, não se entregará
a ele nem tampouco “jogará” os dados para ver se é ou não salvo.
Quem age assim, pode dar provas de queestava entre nós, mas não era dos
nossos. Pode revelar que é apenas uma réplica moderna de Saul ou Judas, pois
amaram mais este mundo do que o Senhor.

Conclusão.

Em síntese, estes são os cinco pontos do calvinismo. Infelizmente, por razão


de falta de tempo, a doutrina foi posta de forma bem resumida. Aconselha-se a
leitura da confissão de fé, a leitura dos cânones de Dort e a leitura de uma boa obra
de teologia sistemática (Berkhof, Bavinck ou Hodge).
Sobretudo, aconselha-se a se humilhar diante de Deus, pois, a queda dos
nossos primeiros pais e o pecado que ainda hoje está neste mundo, são terríveis. O
conhecimento da doutrina correta é fundamental. Entretanto, não se pode confiar
que, se conhecendo a ortodoxia estaremos livres de pecar e entristecer ao Espírito
Santo do Senhor.
O conhecimento da doutrina não pode nos inchar ou nos fazer ensoberbecer.
Por isso, não se exalte contra o Senhor. Dê-lhe graças por ter lhe escolhido. Não se
vanglorie, pois não há méritos ou virtudes em você para se ostentar na presença de
Deus.
Viva humildemente diante do Senhor.

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