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MINISTERIAIS
BELO HORIZONTE
2010
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Bacharel em Teologia (STEB-HOKEMÃH), Especialista em Docência e Gestão do Ensino Superior (PUC-
MINAS)- Especialista em Psicanálise (NEPP-UNIDA) – Especialista em Ciências da Religião (UNIDA)-
Especialista em psicopatologia psicanalista (CESP)- Mestrado em Teologia Pastoral (FTSA).
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SUMÁRIO
I - GESTÃO
1 -INTRODUÇÃO............................................................................................. .........04
4 - O LÍDER DO PASSADO...................................................................................... 09
1- INTRODUÇÃO ......................................................................................................19
3- CASAMENTO ....................................................................................................... 23
4- BATISMO ..............................................................................................................25
12-ORDENAÇÃO DE MINISTROS............................................................................47
13-BODAS................................................................................................................ 48
14- ANIVERSÁRIOS..................................................................................................49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................50
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1- INTRODUÇÃO
(Joyce Meyer)
Líderes e pastores não são sinônimos. Podem às vezes significar a mesma coisa,
mas põem também representar realidades distintas. Um líder cristão não deve se
posicionar como um micro-pastor.
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A arte de saber delegar é cada vez mais uma necessidade dentro de uma
instituição, principalmente no que se refere à sua gestão.
Para habilitar uma pessoa para fazer um determindado trabalho, você deve
assegurar que:
4- O LÍDER DO PASSADO
Ser um chefe
Controlar as pessoas
Centralizar a autoridade
Estabelecimento de objetivos
Dirigir com regras e regulamentos
Confrontar e combater
Mudar por necessidade e crise
Ter um enfoque ―eu e meu‖ departamento
5 O LÍDER CONTEMPORÂNEO
No Ambiente estável
Papel do líder
Nas instituições
Papel do Líder
―Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e
paciência herdam as promessas‖. Hebreus 6.12
Seres humanos são muito diferentes entre si na maneira de pensar, agir e expressar
seus sentimentos. E muitas vezes, diferente de si mesmo, conforme o momento que
está vivendo. Diversos fatores interferem no estado físico e psicológico do indivíduo.
Tais influências refletem diretamente no desempenho do trabalho dessa pessoa e
conseqüentemente no resultado final do grupo.
―E, acabada a ceia, tendo o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de
Simão, que o traísse‖, João 13.2
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No entanto, sabemos que é muito difícil definir e identificar quais fatores são
motivacionais ou não para determinado indivíduo, ou para um grupo. O que motiva
uma pessoa pode desmotivar outra.
―E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um
espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de
não me exaltar‖. 2ª Coríntios 12.7
―E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã ficou leprosa como a neve; e
olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa‖. Números 12.10
Por isso que administrar pessoas é tão desafiante. Quanto mais preparado estiver o
líder e seus colaboradores, maiores as chances de se obter os resultados
esperados.
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Entre tantos desafios precisamos nos atentar para a capacidade de agregar valores
à nossa liderança. John C. Maxwell considerado hoje um dos maiores treinadores de
líderes da atualidade, aponta alguns aspectos importantes para a nossa reflexão
quanto líderes. Segundo Maxwell desenvolver liderança é exigente e complexo. No
processo da construção de um líder devemos entender que liderança é:
É inspirar outras pessoas com uma visão clara da contribuição que elas podem
oferecer.
O perfil ideal para a liderança cristã deve ser encontrado em Cristo. Imitar Cristo
continua sendo a opção de todo cristão comprometido com o Reino.
―(...) Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração (...)‖ (Mateus.
11.28).
Não temos permissão para alterar este modelo de liderança na vida da Igreja.
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Cada um de nós tem potencial porque Deus compartilha a sua própria essência
conosco, colocando dons e alentos em nós. Mas, assim como a mistura para o bolo
precisamos pegar esses dons e talentos e trabalhá-los para que se desenvolvam.
Para permanecer estável, simplesmente continue fazendo a obra para qual Deus o
chamou. Não somente para um bom líder, mas para qualquer pessoa, é
indispensável que estabilidade seja desenvolvida.
1) O coração de um líder
Deus sempre demonstrou preocupação com o nosso ―homem interior‖, o nosso
coração. Este deve ser belo, pois isto é valioso diante do Senhor (I Pedro.3.3,4). O
coração de um líder precisa priorizar:
Como líderes, devemos saber para onde estamos indo e o que estamos querendo.
Quando um líder não sabe o que quer perde a confiança dos seus liderados.
Quando um líder não sabe para onde vai não terá que deseje segui-lo. Um bom
líder respeita o trabalho de outro líder.
A ética na liderança
Desenvolver a autodisciplina.
Exercitar a paciencia.
A ética cristã deve passar pelo exercício de uma nova mente renovada nos valores
(Romanos 12.1,2), razão esta que nos levará a provar coisas boas e agradáveis a
Deus, dentro do ambiente da sua boa e perfeita vontade.
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PRÁTICAS MINISTERIAIS
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1. INTRODUÇÃO
2. TEOLOGIA PASTORAL
Na Bíblia, ―pastor‖ pode ser alguém que literalmente cuida de ovelhas. A forma
singular acha-se no Antigo testamento somente em Jr.17:16. A forma plural aparece
por dezessete vezes, dentre os quais os trechos de Jr.2:8 ; 3:15 ; 10:21 ; 23:1-2
servem como exemplo. No hebraico a palavra corresponde a raah, baseada na idéia
de ―cuidar dos rebanhos‖, ―dar pasto‖. Já no Novo testamento, o termo grego
correspondente é poimén, um substantivo que figura somente em Ef. 4:11, onde o
pastor aparece como alguém que Deus deu à Igreja como um dom. Jesus é o
principal pastor segundo se vê no décimo capítulo do evangelho de João; sendo que
todos os demais pastores são na realidade subpastores. Uma palavra grega
correlata é poimaine, ―pastar‖ ( Jo.21:15 ) e outra forma verbal, poimanate significa
―pastoreai‖, ―dai o pasto‖ ( I Pe. 5:2 ).
Esse pastoreio espiritual deve incluir um ensino sério, além do trabalho de cuidar
das ovelhas em todos os sentidos. Jesus é chamado de ―o grande pastor‖ em Hb.
13:20. Pedro, por sua vez, chamou-o de ―Pastor e Bispo (supervisor) das vossas
almas‖ (I Pe. 2:25 ). Assim, os bons pastores são imitadores de Jesus Cristo e da
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parte dele recebem sua inspiração e orientação. Ele é o Bom Pastor que deu a sua
vida pelas suas ovelhas ( Jo. 10:2,11,14,16 ).
O termo aparece pela primeira vez em Gn.4:7 afim de descrever a ocupação de Abel
que junto com a de agricultor de seu irmão Caim constitui-se na mais antiga
profissão do mundo. Abraão, Isaque e Jacó foram identificados como pastores
(Gn.13:7; 26:20; 30:36; 37:22). Os filhos de Jacó foram isolados dos egípcios por
serem considerados abominação por serem pastores (Gn. 46:34). Alimentavam e
protegiam seus rebanhos (Jr.31:10 ; Ez.34:2), procuravam ovelhas perdidas
(Ez.34:12) e as livravam dos animais ferozes (Amós 3:12). Moisés (Ex.3:1), Davi (I
Sm.16:11) e Amós (Amós 1:1) eram pastores antes de serem levantados pelo
Senhor para liderança dentre o povo de Israel como libertador, rei e profeta.
CARÁTER DO PASTOR
1. Vida íntegra;
2. Justiça prática;
DOM PASTORAL
A palavra ―cuidado‖ resume bem o estímulo que nasce sempre num coração que
possua o dom pastoral.
OBRA PASTORAL
5-Acepção de pessoas
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3. CASAMENTO
Ministro (a) deve estar atento à realidade que envolve um casamento, pois o se trata
de uma instituição civil e religiosa, o que o coloca sujeito a regulamentos jurídicos.
A cerimônia pode ser celebrada em um templo o que exige uma liturgia mais solene.
Em uma casa onde se respeita o ambiente de privacidade. Num sítio permitindo uma
liturgia menos ortodoxa ou em um salão. Mas sempre deverá ser realizado na
presença de testemunhas.
O (a) Celebrante (e) precisa estar consciente das leis vigentes que regulam o
matrimônio. Faz-se necessário manter um livro de registros com todos os dados
necessários e as assinaturas dos cônjuges, testemunhas e do (a) ministro (a)
oficiante.
Caso o casamento não seja com efeito civil o (a) ministro (a) deve requerer dos
noivos antecipadamente a certidão de casamento civil. Em casos de efeitos Civis
deve se exigir a certidão de habilitação para eles poderem se casar. Essa certidão
será requerida junto ao cartório do distrito de residência de um dos noivos.
Cerimônia:
4. BATISMO
O batismo é uma das ordenanças que o Senhor deixou para sua Igreja. A palavra
―batizar‖, empregada na forma do batismo significa literalmente ―submergir‖. O
batismo por imersão está de acordo com o significado simbólico, ou seja, morte,
sepultamento e ressurreição (Rom.6.1-14).
Só devem ser batizadas as pessoas que tiverem reconhecido seu pecado, tiverem
se arrependido e aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal. É importante
se certificar de que os candidatos ao batismo tenham tais convicções e demonstrem
mudança de vida perante a Igreja e a Sociedade.
É importante que o (a) Ministro (a) tenha consciência de ter ensinado as doutrinas
cristãs para os candidatos ao batismo e que estes dêem sua pública profissão de Fé
perante a Igreja e se comprometam em manter fidelidade aos princípios e valores da
Fé. A cerimônia de batismo lembra nossas obrigações para com Deus e para com os
demais.
O batismo deverá ser ministrado após o batizando declarar perante todos a sua Fé
no Senhor Jesus como seu único e suficiente salvador.
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Batistério
Rio
Lagoa
Praia
Onde haja água suficiente para imergir.
5. A CEIA DO SENHOR
O Senhor Jesus instituiu duas ordenanças para serem observados pela igreja.
Vamos dissertar sobre a ceia do Senhor, ordenança que deve ser observada
repetidamente ao Longo de toda a nossa vida cristã como sinal de continuidade na
comunhão com Cristo.
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus
discípulos dizendo:
―Tomem e comam; isto é o meu corpo‖. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o
ofereceu aos discípulos, dizendo:
Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado
em favor de muitos, para perdão de pecados. Eu lhes digo que, de agora
em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei
o vinho novo com vocês no Reino de meu Pai (Mt 26.26-29)
Paulo acrescenta as seguintes frases da tradição que recebeu (lCo 11.23): ―Este
cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isso, sempre que o beberem em
memória de mim‖ (1 Co 11.25).
1. A morte de Cristo.
―Jesus ordenou aos discípulos: Tomem e comam; isto é o meu corpo‖ (Mt 26.26).
Quando fazemos isso, estamos fornecendo um símbolo do fato de que participamos
ou partilhamos dos benefícios obtidos pela morte de Cristo por nos.
Quando os cristãos participam juntos da ceia do Senhor, também dão um sinal claro
de sua unidade um com o outro. De fato, Paulo diz: ―Como há somente um pão, nós,
que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão‖ (1
Co 10.17). Quando participo, venho à presença de Cristo, lembro que ele morreu por
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mim, participo dos benefícios de sua morte, me sinto unido com todos os outros
crentes que participam dessa ceia. Que grande motivo de ação de graças e alegria
deve ser achado nessa ceia do Senhor!
5. Cristo afirma que todas as bênçãos da salvação estão reservadas para mim.
O fato de que sou convidado à sua presença me assegura de que ele tem bênçãos
abundantes para mim. Nessa ceia, estou realmente comendo e bebendo um
antepasto do grande banquete do Rei. Venho a essa mesa como membro de sua
família eterna. Quando o Senhor me dá boas-vindas a essa mesa, ele me assegura
que me receberá com todas as demais bênçãos da terra e do céu, e especialmente
para a grande ceia das bodas do Cordeiro, na qual um lugar foi reservado para mim.
Finalmente, enquanto como o pão e bebo o cálice, com essas ações estou
proclamando: ―Preciso de ti e confio em ti, Senhor Jesus, para perdoar os meus
pecados e dar vida e saúde para a minha alma, porque somente pelo teu corpo
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partido e pelo teu sangue vertido eu posso ser salvo‖. De fato, quando participo do
partir do pão e o como e quando participo do verter do sangue e o bebo, proclamo
repetidamente que os meus pecados foram parte da causa dos sofrimentos e morte
de Jesus. Desse modo a tristeza, a alegria, a ação de graças e o profundo amor por
Cristo são ricamente misturados na beleza da ceia do Senhor.
Em resposta ao ensino da Igreja Católica Romana sobre a ceia do Senhor, deve ser
dito primeiramente que ele falha em reconhecer o caráter simbólico das afirmações
de Jesus quando declarou ―isto é o meu corpo, ou isto é o meu sangue‖. Jesus falou
de modo simbólico muitas vezes quando se referiu a si mesmo. Ele disse, por
exemplo: ―Eu sou a videira verdadeira‖ (Jo 15.1), ou ―Eu sou a porta; quem entra por
mim, será salvo‖ (Jo 10.9), ou ―Eu sou o pão que desceu do céu‖ (Jo 6.4 1). De
modo similar, quando Jesus diz ―isto é o meu corpo‖, ele está falando de modo
simbólico, não de modo literal, físico. De fato, quando ele estava junto aos discípulos
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segurando o pão, o pão estava na sua mão, mas esse pão era distinto do seu corpo,
e isso, é claro, era evidente para os discípulos. Eles naturalmente teriam entendido a
afirmação de Jesus de modo simbólico. Semelhantemente, quando Jesus disse:
―Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês‖ (Lc
22.20), ele certamente não quis dizer que o cálice era realmente uma nova aliança,
mas que o cálice representava a nova aliança.
―Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois
disso enfrentar o juízo, assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única
vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o
pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam‖ (Hb 9.24-28).
Dizer que o sacrifício de Cristo continua ou é repetido na missa tem sido, desde a
Reforma, uma das doutrinas católicas mais questionáveis de acordo com a
perspectiva protestante. Quando percebemos que o sacrifício de Cristo pelos nossos
pecados está terminado e completo (―Está consumado‖, Jo 19.30; cf. Hb 1.3), isso
nos dá a grande certeza de que os nossos pecados foram todos pagos e que não
permanece nenhum sacrifício a ser pago. Mas a idéia da continuação do sacrifício
de Cristo destrói a segurança de que o pagamento foi feito por Cristo, aceito por
Deus Pai e de que ―já não há condenação‖ (Rm 8.1) sobre nós.
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2. Posição luterana:
―em, com e sob‖. Martinho Lutero rejeitou a posição católica sobre a ceia do Senhor,
todavia insistiu em que a frase ―isto é o meu corpo‖ tinha de ser tomada em algum
sentido como afirmação literal. Sua conclusão não foi que o pão realmente se
transforma no corpo físico de Cristo, mas que o corpo físico de Cristo está presente
―em, com e sob‖ o pão da ceia do Senhor. Os elementos não são transformados em
corpo e sangue de Cristo, mas estes estão presentes com os elementos. O exemplo
algumas vezes sugerido é dizer que o corpo de Cristo está presente no pão como a
água está presente em uma esponja — a água não é a esponja, mas está presente
―em, com e sob‖ a esponja, e está presente onde quer que a esponja esteja. Outros
exemplos dados são o do magnetismo no magneto ou o da alma no corpo. Uma
passagem que pode ser usada para dar apoio a essa posição é l Coríntios 10.16:
―Não é verdade que [...] o pão que partimos é uma participação no corpo de Cristo?‖.
Em resposta à posição luterana pode ser dito que ela também falha em perceber
que Jesus está falando de uma realidade espiritual, más usando objetos físicos para
ensinar-nos, quando trata da expressão ―isto é o meu corpo‖. Devemos tomá-la não
mais literalmente que tomamos a frase correspondente: ―Este cálice é a nova aliança
no meu sangue, derramado em favor de vocês‖ (Lc 22.20). De fato, Lutero realmente
não faz justiça às palavras de Jesus em um sentido literal. Berkhof corretamente
objeta que Lutero de fato faz com que as palavras de Jesus signifiquem ―isto
acompanha o meu corpo‖. Sobre esse assunto ajudaria ler novamente João 6.27-59,
onde o contexto mostra que Jesus está falando em termos literais e físicos sobre o
pão, mas o está explicando continuamente em termo; de realidade espiritual.
3. O restante do protestantismo:
Todavia, Calvino foi cuidadoso em diferir tanto do ensino católico romano (que dizia
que o pão se tornava o corpo de Cristo) como do ensino luterano (que dizia que o
pão continha o corpo de Cristo).
...‖Porém, nos importa na Ceia tal presença de Cristo [estabelecer] que [...] nem O
afixe ao elemento do pão, nem no pão [O] encerre, nem de qualquer modo [O]
circunscreva, [cousas estas] todas que manifesto é derrogarem-1he à celeste
glória‖...
Hoje a maioria dos protestantes diria, em adição ao fato de que o pão e o vinho
simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, que Cristo está também presente
espiritualmente de modo especial quando participamos do pão e do vinho. De fato,
Jesus prometeu estar presente onde quer que os crentes adorassem:
―Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles‖ (Mt
18.20). E se ele está especialmente presente quando os cristãos se reúnem para
adorar, então devemos esperar que ele estivesse presente de modo especial na ceia
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do Senhor. Nós o encontramos na sua mesa, à qual ele vem para dar-se a si mesmo
a nós. À medida que recebemos os elementos do pão e do vinho na presença de
Cristo, assim participamos dele e de todos os seus benefícios. Nós nos
―alimentamos dele em nosso coração‖ com ação de graças. De fato, mesmo uma
criança que conhece Cristo vai entender isso sem que lhe seja dito e vai esperar
receber uma bênção especial do Senhor durante a cerimônia, porque o significado
dela está bastante implícito nas simples ações de comer e beber. Todavia, não
devemos dizer que Cristo está presente independentemente de nossa fé pessoal,
mas somente nos encontra e nos abençoa de acordo com a nossa fé nele.
De que modo, então, Cristo está presente? Certamente há uma presença simbólica
de Cristo, mas ela é também uma presença espiritual genuína e há bênção espiritual
genuína nessa cerimônia.
A despeito das diferenças sobre alguns aspectos da ceia do Senhor, a maioria dos
protestantes haverá de concordar, primeiro, que somente os que crêem em Cristo e
o seguem devem participar dela, porque ela é um sinal de que a pessoa é cristã e
continua firme na vida cristã. Paulo adverte que quem come e bebe indignamente
enfrenta conseqüências sérias: ―Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do
Senhor, come e bebe para sua própria condenação. Por isso há entre vocês muitos
fracos e doentes, e vários já dormiram‖ (1 Co 11. 29,30).
então coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir o corpo
do Senhor, come e bebe para sua própria condenação‖(l Co 11.27-29). No contexto
de l Coríntios 11, Paulo repreende os coríntios por seu egoísmo e conduta irrefletida
quando eles se reuniam como igreja: ―Quando vocês se reúnem, não é para comer a
ceia do Senhor, porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros.
Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga‖ (1 Co 11.20,21). Isso nos
ajuda a entender o que Paulo quer dizer quando fala a respeito daqueles que
comem e bebem ―sem discernir o corpo‖ (l Co 11.29). O problema em Corinto não
era uma falha em entender que o pão e o cálice representavam o corpo e o sangue
do Senhor — eles certamente sabiam disso. Ao contrário, o problema era o egoísmo
deles, a conduta irrefletida que uma pessoa tinha para com a outra enquanto
estavam diante da mesa do Senhor. Eles não estavam entendendo ou ―discernindo‖
a verdadeira natureza da igreja como corpo. Essa interpretação de ―sem discernir o
corpo‖ é apoiada pela menção que Paulo faz da igreja como o corpo de Cristo
exatamente um pouco antes, em l Coríntios 10.17: ―Como há somente um pão, nós,
que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participaram de um único pão‖.
Assim, a frase ―sem discernir o corpo‖ significa ―o não entendimento da unidade e
interdependência das pessoas na igreja, que é o corpo de Cristo‖. Significa
negligenciar nossos irmãos e irmãs quando vamos à ceia do Senhor, diante da qual
devemos refletir o caráter dele.
Com relação a isso, o ensino de Jesus a respeito de vir para adorar também deveria
geralmente ser mencionado: ―Portanto, se você estiver apresentando sua oferta
diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua
oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e
apresente sua oferta‖ (Mt 5.23,24). Jesus aqui nos diz que onde quer que venhamos
a adorar devemos estar certos de que os nossos relacionamentos com os outros
estão corretos e se não estão, devemos agir rapidamente para corrigi-los e, então,
vir para adorar a Deus. Essa admoestação deveria ser especialmente verdadeira
quando nos apresentamos para a ceia do Senhor. A ceia é para aqueles que já
assumiram a condição real de servos perante o corpo e a sociedade, ou seja, se
batizaram.
Outras interrogações
Quem deve administrar a ceia do Senhor? A Escritura não traz nenhum ensino
explícito sobre essa matéria, de forma que somos encarregados, de decidir, de
forma sábia e apropriada para o benefício dos crentes na igreja. Para guardar-se do
abuso da ceia do Senhor, o pastor deve assumir o encargo de administrá-la, mas
não parece que a Escritura requeira que somente os ministros ordenados ou os
oficiais escolhidos pela igreja possam fazer isso. Em situações normais é natural
que o pastor ou outro líder delegado de tal autoridade que em geral dirige os cultos
de adoração da igreja oficie a cerimônia da comunhão.
A Escritura não nos diz nada a respeito disso. Jesus simplesmente disse: ―sempre
que comerem deste pão e beberem deste cálice. ’ (lCo 1 l.26).A orientação de Paulo
aqui com respeito ao culto deveria também ser levada em consideração: ―Tudo seja
feito para a edificação da igreja‖ (lCo 14.26). Na realidade, tem sido a prática da
maioria da igreja através de toda sua história celebrar a ceia do Senhor
semanalmente, quando os crentes se reuniam. Contudo, em muitos grupos
protestantes desde a Reforma tem havido uma celebração menos freqüente da ceia
do Senhor — normalmente uma vez por mês ou duas vezes, ou, em muitas igrejas
reformadas, somente quatro vezes por ano. Se a ceia do Senhor for planejada,
explicada e levada a efeito de tal modo que seja um tempo de auto-exame, de
confissão, de ação de graças e de louvor, então não parece que celebrá-la uma vez
por semana seja um exagero, e certamente ela poderia ser observada de forma
mais freqüente ―para a edificação da igreja‖.
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Receber novos membros em nossos ministérios se tornou uma rotina devido à alta
rotatividade da nossa sociedade. Os passos nesta situação devem primar pelo bom
senso e respeito. É importante que os novos congregados sejam apresentados à
frente da Igreja para que todos possam identificá-los afim evitar constrangimentos
como não reconhecê-los fora do ambiente do templo.
7. DEDICAÇÃO DE CRIANÇAS
Talvez esta seja uma das cerimônias mais agradáveis de ministrar na Igreja. Espera-
se do ministro que este tenha carinho e paciência ao receber a criança levando em
consideração que o ambiente é novo para a criança e ela irá estranhar a situação
podendo chorar por causa de: barulho do microfone, instrumentos, luminosidade etc.
Normalmente os pais convidam parentes, querem fotografar. É de bom tom que faça
deste momento um momento único para a família. A honra é um princípio cristão e
sempre será lembrada com alegria.
Cerimônia
A ministração aos enfermos é algo que requer todo cuidado e atenção. Quando
enfermos os crentes esperam que seus pastores (as) os visitem. O Senhor requer
com amor que seus ministros (as) visitem os enfermos, demonstrando-lhes
compaixão e oferecendo-lhes a ajuda espiritual de que necessitam. O (a) pastor (a)
indiferente à dor alheia não é digno (a) representante daquele que levou as suas
enfermidades sobre si, e olha para nós com compaixão eterna (João 21.15-17; João
3.11-16; 4.7-21).
O serviço de Deus é também o do (a) ministro (a) como embaixador (a) do grande
Rei (2 Coríntios 5.20). O (a) ministro (a) deve ajudar o enfermo a aproximar-se de
Deus (Salmo 34.18; 145.18).
É importante que o (a) ministro (a) ajude o enfermo a aprender a lição que Deus
procura lhe ensinar através da enfermidade. É possível que Deus queira lhe dar uma
lição de disciplina ou mostrar-lhe sua fidelidade na prova. O enfermo deve ser
ajudado a discernir o que pode estar acontecendo recebendo o amor e carinho do
pastor (a) (Jó 23.10; Daniel 3.19-28).
O (a) pastor (a) não deve censurar os enfermos de sua congregação que consultam
médicos, muito menos retirar prescrição médica. O (a) pastor (a) deve crer na cura,
orar para que o enfermo seja curado; porém não deve motivar o enfermo a
abandonar os remédios, deve sim, esperar que o médico ateste a cura e retire a
medicação. Quando o Senhor cura o milagre se torna público e é atestado por todos.
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É função do (a) ministro (a) visitar os enfermos e aflitos (Tiago 1.27), e ler para eles
passagens bíblicas que certamente o Espírito Santo usará para confortá-los e
fortalecê-los. É prudente escolher com bom senso e direção de Deus a Palavra a ser
ministrada.
Quando visitar um enfermo o (a) ministro (a) deve ser breve. Nos casos em que o
paciente estiver hospitalizado, o (a) ministro (a) deve averiguar junto ao hospital se é
possível visitar o enfermo.
9. CULTO FÚNEBRE
É de extrema importância que o (a) ministro (a) assim que saiba da notícia do óbito
vá para o lar do falecido para oferecer ajuda e consolo espiritual. Deverá o (a)
ministro (a) averiguar discretamente os planos da família para o sepultamento. Em
momentos como estes é muito comum infelizmente as pessoas aproveitarem dos
familiares abalados para levar vantagem.
O culto fúnebre sempre será uma oportunidade para evangelizar; porém neste
momento os cuidados deverão ser redobrados. A mensagem deverá ser breve e de
fácil entendimento, capaz de respeitar todos os presentes.
O local do culto fúnebre e horário do culto deverá ser acertado com a maior
antecedência possível para facilitar os avisos e a preparação da mensagem.
O (a) ministro (a) deverá ter o cuidado devido na hora de fazer a entrega do corpo
caso tenha ―ciência‖ da não salvação do falecido (a). O culto fúnebre é um dos mais
delicados que existe. As pessoas estão bastante alteradas e algumas aparecem em
condição inadequada para expressar a sua dor. Nem sempre as coisas seguem o
curso esperado e o (a) ministro (a) deverá estar atento aos acontecimentos e ter um
pouco de tolerância para preservar ao máximo as pessoas.
A liturgia deverá valorizar o ambiente solene. O (a) mensageiro (a) deverá estar
presente no horário determinado e deverá aguardar a autorização da família para
iniciar o culto.
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O (a) pastor (a) deverá perguntar aos líderes se eles aceitam de coração a
responsabilidade que têm recebido do Senhor. Após a resposta positiva o (a) pastor
(a) deverá enfatizar que esta posição nova requer zelo e amor preservados pelo
Reino de Deus. A fidelidade ao Senhor deverá receber ênfase e notoriedade.
ajoelharão, e o (a) pastor (a) pedirá ao superintendente da Escola Dominical que ore
por eles.
A cerimônia deverá ter assembléia aberta e redação de uma ata que será registrada
em cartório devidamente assinada por todos que comporem o conselho de pastores.
Cerimônia
Prelúdio musical
Apresentação do concílio ordenatório
Entrada dos candidatos ou do (a) candidato (a) com cônjuge.
Oração
Leitura de uma passagem bíblica de adoração
Louvor e adoração
Mensagem
Apresentação dos candidatos
Oração consagratória
Oração pela família dos candidatos
Benção ordenada pelo novo (a) ministro (a)
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13. BODAS
O (a) ministro (a) receberá o casal com alegria e orgulhoso por sua condição. É
importante enfatizar a permanência da benção do Senhor sobre o casal e o desejo
do casal em tornar público e notório tal situação. Faz-se necessário deixar clara a
importância da presença do Senhor na família, para que esta alcance tal condição
principalmente em dias como os nossos.
O (a) pastor (a) deverá se informar acerca das bodas e seu significado para a
família. O valor da permanência de um lar edificado e consolidado para a sociedade
deverá ser salientado. O propósito de Deus para a família e suas conseqüências de
bênçãos sobre os filhos daqueles que permanecem zelando por um amor verdadeiro
e cristão deverá ser também enfatizado.
Cerimônia
A cerimônia deverá ser solene por se tratar de uma ocasião de honra e ações de
graças.
14. ANIVERSÁRIOS
Esta também é uma festa solene, temos uma apresentação formal de uma nova
moça à sociedade. Não podemos nos esquecer que se trata de uma adolescente e
devemos ter cuidado com tudo o que iremos dizer. Adolescentes requerem de nós
todo carinho, é uma faze especial e maravilhosa; porém delicada e que requer
discernimento.
Cerimônia
Apresentação da moça
Oração de recepção
Leitura do texto bíblico
Mensagem
Apresentação do anel pelos pais (símbolo da mudança de fase de vida)
Palavra dos pais
Benção para os novos desafios
Benção final
50
THRALL, Bill. Mc Nicol, Bruce. Mc Elrath, Ken. A escalada de um líder, Ed. Mundo
Cristão.SP.2005.