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ADIMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

PR. ELMANO PIO

BELO HORIZONTE
2011
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SUMÁRIO

I PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO ......................................................................03

II FASES DO PLANEJAMENTO NA IGREJA .......................................................... 05

III ESTABELECENDO CONTROLES ........................................................................07

IV CONCEITO DINÂMICO DE ORGANIZAÇÃO ECLESIÁSTICA ...........................08

V A ORGANIZAÇÃO E O TRABALHO ..................................................................... 09

VI AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE ..............................................................10

VII RESPONSABILIDADE PASTORAL .............................................................. ......14

VIII A IGREJA E O SEU MODO DE TRABALHAR .................................................. 15

IX TIPOS DE GOVERNO ........................................................................................17

X TIPOS DE DISCIPLINA ........................................................................................ 18

XI A IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA ................................................................21

XII MODELOS DE ESTATUTOS ............................................................................. 23

XIII SECRETARIA DA IGREJA .................................................................................47

XIV ARQUIVO DA IGREJA .......................................................................................52


XV TESOURARIA .................................................................................................56

XVI CONTABILIDADE ECLESIÁSTICA ....................................................................60

IMPLICAÇÕES FISCAIS .................................................................................... 58

ZELADORIA E ZELADOR .................................................................................. 63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 64
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I PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO

O planejamento é a primeira grande função do processo de gestão compartilhada na


igreja e pode ser identificada como um processo exercido sobre determinado grupo
de trabalho – pode ser a igreja toda ou apenas um departamento – visando obter,
espontaneamente, de seus membros, a máxima eficiência do esforço conjugado
com vistas à consecução das metas propostas a esse mesmo grupo.

Antes de ser uma função, o planejamento constitui-se uma atitude, um estado de


espírito! Planejar é, pois, dar corpo às idéias e aos propósitos, de maneira a
localizar, identificar e estruturar as atitudes e atividades que nos levarão à
consecução das metas que nos propusemos a atingir.

Segundo o Dicionário Aurélio, PLANEJAMENTO é o “trabalho de preparação para


qualquer empreendimento, segundo o roteiro e métodos determinados”.

No livro de Gênesis, encontramos um exemplo do planejamento como um processo


dinâmico, identificando os acontecimentos e transformando-os em decisões. Lemos
que Deus criou o universo e tudo o que nele existe de forma seqüenciada, por
etapas sucessivas.

Quando Jesus andava pelas estradas, cidades e aldeias da Palestina, um grupo de


seguidores, a começar pelos 12 apóstolos (Mt 4.18-22; Mc 1.16-20; Lc 5.1-11), o
acompanhava para onde quer que fosse. Nascia, assim, a comunidade cristã. Nessa
época não havia, pois, necessidade de qualquer tipo de planejamento, organização
e controle das atividades dos discípulos de Cristo, que estabeleceu para si mesmo e
para os apóstolos, três grandes objetivos interdependentes, ou seja:

1 – Preparar os apóstolos para a missão que iriam desempenhar;


2 – anunciar a todo povo a chegada do Reino de Deus entre os homens;
3 – Ensinar as verdades a respeito de Cristo a todas as pessoas que dele se
aproximassem, atendendo a seu convite.
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Surge assim, a necessidade de Jesus distribuir tarefas e encargos aos apóstolos (Mt
10.5-15; Mc 6.7-13; Lc 9.1-6) para que pudesse atingir o maior número possível de
pessoas (Mt 9.35-38). Assim, os seguidores aumentavam a cada dia, fazendo com
que Jesus designasse 70 discípulos para que, indo à frente, de dois em dois,
preparassem o terreno para a semeadura que o Filho de Deus iria fazer no
cumprimento de sua missão (Lc 10.1-12). O crescimento da igreja fez com que
surgisse, embora em caráter incipiente e embrionário, o planejamento das atividades
dos seguidores de Jesus.

De uma forma ou de outra, todos nós planejamos nossas atividades, como por
exemplo:
a) Programar uma viagem: disponibilidade de tempo e de dinheiro, roteiro a seguir,
meios de transporte utilizados (carro próprio ou alugado, ônibus, trem, avião,
navio, etc);
b) Dar uma palestra: definir o tema, duração, ilustrações, número e nível dos
participantes, etc.;
c) Escrever um artigo: titulo e subtítulos, tipo de linguagem, número de páginas, etc.

Por que será que o Todo-Poderoso agiu dessa forma, quando poderia ter criado o
mundo de uma só vez? Pode-se inferir da leitura do texto de Gn 1.27-31 que o
Senhor fez o que fez com uma finalidade: criar o homem à sua imagem e
semelhança, para viver no Paraíso. Ai, o pecado instalou-se no coração do primeiro
casal e Deus, novamente, reprogramou a redenção do ser humano na promessa de
que, um dia, o Messias estaria entre nós!

Dessa forma, podemos identificar o planejamento eclesiástico como sendo a função


administrativa da igreja, compreendendo a utilização de processos, diretrizes e
programas com vistas à consecução dos mandamentos de Jesus Cristo (Mt 28.18-
20; Mc 16.15-18; Lc 24.44-49).
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II FASES DO PLANEJAMENTO NA IGREJA

Primeiro passo:

O estabelecimento de objetivos. A fixação de metas tem a máxima importância em


virtude de serem reflexos dos resultados a serem alcançados pelos membros da
comunidade.

Diferentemente da empresa comercial, onde o objetivo central é o lucro, as metas


principais da igreja já foram determinadas por Jesus Cristo (Mt 28.18-20; Mc 16.15-
18; Lc 24.44-49):
a) Salvação em Jesus Cristo;
b) Ensinar as verdades do Evangelho aos novos convertidos.

Esses dois objetivos centrais – anunciar e ensinar – devem ser os parâmetros de


todos os ministérios (serviços), departamentos e atividades de uma igreja local.

Não podemos perder de vista o fato de que a igreja local com seus ministros, líderes
e membros, constitui meios e instrumentos de que Deus dispõe para anunciar e
ensinar a Sua Palavra.

O estabelecimento de objetivos claros, definidos e coerentes, tem extrema


importância em virtude dos mesmos serem reflexos da fé, criando decisões e metas
de planejamento eclesiástico.

Dessa forma, pregar e ensinar só são possíveis numa comunidade viva, presidida
pelo Espirito do Deus vivo. Comunidade viva é a igreja que é mantida pelo Espirito
Santo, mantendo-se livre, vigilante, pronta a responder aos desafios que lhe são
impostos pelo meio onde vive e atua.

Segundo passo:

A indicação de como a igreja deve proceder para atingir seus objetivos centrais,
sendo bastante instrutivo o ensinamento de Jesus contido nas instruções aos 12
apóstolos (Mt 10.5-15; Mc 6.7-13; Lc 9.1-6). São bem claros os procedimentos
dados por Cristo, a saber:

1 – Dar preferência às cidades de Israel;


2 – Pregar a proximidade do Reino de Deus;
3 – Exercer ministério de cura;
4 - Evitar o recebimento de pagamentos e posses materiais;
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5 – saudar as casas onde moram pessoas de bem;


6 – Sacudir o pó dos pés ao sair de uma casa ou cidade onde há pessoas ímpias.

Os procedimentos adotados pela igreja mostram um caminho ou caminhos em


direção aos objetivos e, envolvem, entre outros aspectos:

A – distribuição de tarefas e atribuições de responsabilidades;


B – metodologia operacional (como fazer isso?).

Na verdade, os procedimentos são mais guias de ação do que de raciocínio, e


especificam a maneira correta pela qual uma atividade possa ser realizada.

Terceiro passo:

A locação de recursos financeiros. Um orçamento é essencialmente um plano, uma


declaração de resultados esperados, expresso em termos numéricos.

Os orçamentos são concebidos como meios de controle administrativo de qualquer


organização, inclusive na igreja. Não se deve aceitar um relatório financeiro baseado
apenas em números. É preciso insistir na sua avaliação crítica, acompanhada de
prognósticos.

A fonte primeira de arrecadação de fundos de uma igreja provém da contribuição


espontânea de seus membros, conforme diz Paulo em Romanos 12.8; 2ª Co 9.7 e
12.13. quando for possível, deve haver outras formas de obter recursos financeiros –
aluguel de imóveis doados à igreja, aplicações financeiras, etc. – mas é no dia-a-dia
da contribuição individual que a obra de Deus é sustentada e se expande.

A tesouraria de qualquer comunidade cristã deve trabalhar com variáveis internas


(poder aquisitivo dos membros, motivação para a contribuição, etc.) e externas
(conjuntura econômica e social) na elaboração de seu orçamento. Sendo um Dom
Espiritual (Rm 12.8), o princípio da contribuição ou do dízimo deve permear toda a
congregação como um fator de aferição de sua saúde espiritual.

Com essa visão em mente, a locação de recursos financeiros é uma fase


extremamente importante e decisiva para que os planos da igreja se tornem
realidade em função dos objetivos principais do povo de Deus: proclamar e instruir
acerca da mensagem remidora de Jesus Cristo.
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III ESTABELECENDO CONTROLES

No planejamento devem ser estabelecidos os vários tipos de controles


administrativos da igreja. Antes de ser um documento chato, difícil de ser lido e
interpretado, o controle constitui uma função administrativa para verificar e corrigir o
desempenho da igreja, assegurando que suas metas sejam plenamente atingidas.

O controle é a função pela qual a liderança da comunidade certifica-se de que o que


está sendo feito (procedimentos) está de acordo com os fundamentos éticos,
teológicos e sociais da igreja.

Henri Fayol diz que “Em um empreendimento o controle consiste em verificar se tudo
corre de conformidade com o plano adotado, as instruções emitidas e os princípios
estabelecidos. Tem por objeto apontar as fraquezas e erros para retificá-los e evitar
sua ocorrência. Funciona para tudo: pessoas, coisas e atos”.

Dessa forma, o controle implica a existência de metas e planos. Nenhum dirigente


pode controlar a não ser que haja planos. Entre os requisitos de um sistema
adequado de controles, se destacam:
a- O controle deve refletir a natureza e as necessidades da atividade. Exemplos de
controles: orçamentos, relatórios setoriais das atividades da igreja, gráficos, etc.
b- o controle deve mostrar rapidamente os desvios dos planos. Como o dirigente
eclesiástico não pode fazer nada com o passado, o melhor sistema de controle é
o que mostra de imediato o desvio dos planos;
c- O controle precisa ser flexível, em face das modificações de planos,
circunstâncias imprevistas ou puros fracassos;
d- O controle deve refletir o padrão da organização eclesiástica. Como os
acontecimentos devem ser controlados através de pessoas, é necessário que o
controle reflita a organização da igreja;
e- O controle deve ser econômico, isto é, deve valer e compensar o seu custo.
Uma igreja pequena não pode ter o mesmo sistema extenso de controle de uma
comunidade de grande porte;
f- O controle deve ser perfeitamente compreendido por todos os que dele fizerem
uso;
g- O controle deve apresentar como resultado uma ação corretiva para manter o
plano e seus objetivos no rumo certo.
Mt 28.18-20 Rm 12.8
Mc 16.15-18 2ª Co 9.9;12-13
Lc 24.44-49

Fases do
planejamento
Determinação Escolha dos A locação de Estabelecimento
eclesiástico
dos objetivos procedimentos recursos de controles
financeiros

Mt 10.5-15
Mc 6.7-13
Lc 9.1-6
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IV CONCEITO DINÂMICO DE ORGANIZAÇÃO ECLESIÁSTICA

Enquanto a organização do mundo dos negócios visa, antes de qualquer coisa,


resultados traduzidos em lucros monetários, a igreja não tem, e nem podia ser de
outra forma, a finalidade no sentido comercial do termo.

Muitas igrejas estão invertendo a equação divina, a saber: suas metas estão mais
voltadas para maiores ganhos financeiros, embora digam que tudo é para a glória de
Deus. Ao mesmo tempo, tais comunidades fazem da proclamação e ensino do
Evangelho simples meios para atingir seus fins. É a chamada mercantilização da fé.

Paulo em 1ª Tm 6.10 não está condenando o dinheiro, o qual é neutro por natureza
e absolutamente necessário à sociedade. O que ele censura é a sua finalidade, o
seu uso pelo homem.

Muitos procedimentos ( métodos e técnicas) de organização aplicados aos negócios


podem ser adaptados à igreja. Contudo, o uso desses instrumentos administrativos
só podem caracterizar a organização eclesiástica como sendo um conjunto de
relações baseadas no vínculo de ordem espiritual, moral e ético (1ª Co 12.12-31).
Dessa forma, a igreja deve dispor, sempre, de uma estrutura leve, ágil e versátil,
Adaptando-se ao meio ambiente quanto aos procedimentos, mas não de princípios,
sem deixar abrir mão de sua origem divina, conforme o ensino de Jesus em sua
oração sacerdotal: “Não peço que os tire do mundo; e, sim, que os guarde do mal”
(Jo 17.15). na verdade, a igreja, como Corpo Vivo de Cristo, é o instrumento que
Deus conta para a divulgação de seu plano de redenção do homem. Ela é,
essencialmente, luz do mundo (Mt 5.14) e sal da terra (Mt 5.13).
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VA ORGANIZAÇÃO E O TRABALHO

A filosofia grega e o pensamento medieval consideravam o trabalho uma atividade


produtiva material, indigna da condição humana. Platão, filósofo grego (428 – 347
a.C.), ensinava que os escravos não possuíam alma – nem essência humana –
razão por que pertenciam a uma categoria fronteiriça entre os animais e os cidadãos
livres.

Essa postura era o produto das formas e ideologias dominantes na sociedade


escravocrata grega e no sistema feudal baseado no trabalho servil.

As duas primeiras profissões que aparecem na Bíblia (Gn 2.15) foram: agricultor e
administrador (guardador do Jardim do Éden). Constituíam tipos de trabalho
abençoados por Deus. Contudo, veio a queda do homem e o trabalho passou a ser
objeto de muita dor, fadiga e dificuldades (Gn 3.17-19).

O texto bíblico (Gn 30.27-36) retoma o prazer do trabalho que é abençoado por
Deus no diálogo entre Jacó – que oferece seus serviços – e seu patrão, Labão. O
próprio Jesus declara: “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também” (Jo 5.17).
Cristo em várias de suas memoráveis parábolas, fala das temáticas do trabalho e
dos trabalhadores ( Mt 20.1-16; Mc 12.1-12; Lc 16.1-13; 19.11-27).

A história do trabalho confunde-se com as origens do próprio homem. A idéia de


trabalho é vazia em si mesma na medida em que não é específica. Como atividade
social, o trabalho exige uma organização que, condiciona a estrutura de toda a
sociedade. É esse o enfoque que será dado a partir do momento em que, do ponto
de vista administrativo, a organização é considerada como sendo a distribuição de
tarefas para garantir a realização dos objetivos propostos por qualquer
empreendimento humano, inclusive da igreja.
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VI AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE

O texto de Mateus 8.5-13 e de Lucas 7.1-10, projeta luz para um problema do dia-a-
dia: a questão de autoridade e responsabilidade no exercício de suas tarefas. O
centurião era comandante de uma centúria (companhia do exercito romano formada
por 100 soldados). Os centuriões constituíam a espinha dorsal do exercito romano.
Casa legião contava 6.000 homens divididos em 60 centúrias de 100 homens cada
uma, comandadas por um centurião, verdadeiro soldado profissional.

O centurião era dotado de autoridade hierárquica, isto é, fazia-se obedecer


formalmente por seus soldados. Ao mesmo tempo, tornava-se responsável pela
disciplina da centúria perante o general comandante da legião. Assim, o centurião
possuía o poder de comandar. A autoridade do centurião tinha origem,
primeiramente, na instituição hierárquica do exercito romano. Esse é o chamado
princípio da autoridade formal. Isso leva à definição padrão do que seja autoridade:
poder legítimo, ou o direito de comandar.

Os termos autoridade e responsabilidade, na visão administrativa, sempre andam


lado a lado, mas são tão diferentes quanto as duas faces de uma mesma moeda.
Ainda recordando o exemplo do centurião conversando com Jesus, conclui-se que
estava subordinado ao general da legião, dado seu posto militar na época, a quem
devia prestar contas sobre a disciplina e a estratégia de combate da centúria.
Responsabilidade é, desse modo, a prestação de contas do subordinado ao seu
superior hierárquico.

A autoridade do centurião caracterizava a tomada de decisões militares e a adoção


de medidas disciplinares para impor disciplina aos soldados. Conversando com
Jesus, o centurião chamou a atenção para o fato de que tinha autoridade formal
sobre seus soldados e seu criado (Mt 8.9). E essa autoridade só poderia ser
completa, à medida que igualmente fosse responsável por seus subordinados
perante o general da legião a que pertencia. Entretanto, a responsabilidade por toda
legião era do general o qual, por sua vez, respondia perante seu comandante e
assim, sucessivamente, até ao imperador romano.

Contudo, na prática a teoria administrativa da autoridade formal é bem diferente no


dia-a-dia organizacional de muitas empresas. O que se vê no mundo da
administração é um crescente emprego abusivo da autoridade formal, gerando
muitos conflitos nas relações entre capital e trabalho. Essa situação fez com que
muitos estudiosos, executivos, dirigentes e psicólogos organizacionais evitem o
emprego do termo autoridade, geralmente associado a uma forte conotação de
poder centralizador.
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A teoria da aceitação da autoridade só passa a existir quando o subordinado,


espontaneamente, acata as ordens e instruções de seu gerente. Desse modo, o
gerente só exerce plenamente essa autoridade se seus colaboradores a assim
concederem.

Apresentamos algumas vantagens da aceitação da autoridade:

1 – contribuição para a realização dos objetivos da empresa, os quais o funcionário


considera vantajosos;
2 – aprovação dos colegas de trabalho;
3 – recompensa por parte do superior hierárquico;
4 – atividade de acordo com os padrões morais do auxiliar;
5 – a não-necessidade de aceitar responsabilidades;
6 – sensibilidade às qualidades e liderança do superior hierárquico.

Além das teses formais e aceitação da autoridade, há a chamada autoridade por


confiança, quando os liderados aceitam a autoridade com base na reputação e nos
conhecimentos do executivo. A competência profissional é a principal característica
do dirigente que possui a autoridade por confiança.

Outra teoria estudada é a autoridade por legitimação, baseada no condicionamento


social, isto é, os colaboradores a aceitam por ser o modo aparentemente normal de
proceder. É o caso da substituição de um determinado gerente (por aposentadoria,
afastamento temporário, demissão, etc.) pelo seu substituto formal da organização.

Na prática administrativa, todas as teorias acima mencionadas têm aplicação. Isso


vai depender de outros fatores: a) da cultura organizacional; b) dos objetivos a
serem atingidos; c) da natureza do empreendimento; d) da mobilidade da estrutura
organizacional; e) do nível de motivação; f) do estilo de liderança e g) de um bom
sistema de comunicações da empresa.

Os conflitos religiosos, sociais, econômicos e políticos que se manifestam em vários


pontos do mundo, inclusive aqui no Brasil, constituem modelos de crítica à
autoridade constituída, seja esta o Estado, um presidente da Republica, ou qualquer
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outro homem público ou instituição oficial; onde os contestadores querem mudar os


detentores da autoridade, muitas vezes de forma violenta, até.

A crítica à autoridade tem um fundamento de natureza psicológica bastante


arraigado, pois essa autoridade seria expressão de uma ordem exterior
transformando o ser humano – aquele que está sujeito à autoridade – num objeto.
Para os críticos da autoridade, aquele que comanda é, de fato, um ser estranho para
aquele que recebe ordens.
Do ponto de vista psicológico pode-se dizer que a autoridade, centralizada no
binômio “dar ordens x obedecer”, está relacionada com aquilo que os estudiosos
das relações humanas chamam de o desejo de dominar.

A análise das críticas contra a autoridade formal possibilita separar confusões


conceituais. Em princípio, podemos afirmar que a sociedade não é repressiva em si
mesma. Dessa maneira, numa gestão democrática e participativa, não basta a um
determinado gerente ser nomeado ou ter poder por causa de sua posição na
empresa. Para ser eficiente, ele precisa contar com o apoio de seu grupo de
trabalho, sem o que a sua autoridade formal será uma abstração.

A autoridade não pode ser reduzida a uma simples relação entre um superior e seu
auxiliar. Na verdade, o que faz com que haja autoridade é a aceitabilidade da ordem
dada.

A autoridade administrativa, aceita ou imposta, é o recurso que você necessita para


cumprir suas responsabilidades. Não é viável, nas relações de trabalho, inclusive na
igreja, alguém receber responsabilidade, sem a autoridade suficiente para cumpri-la.
Do mesmo modo, o pastor da igreja detém geralmente dois tipos de autoridade: a
que lhe é conferida pelo Espirito Santo, sendo, portanto, uma autoridade espiritual (
Rm 12.7-8; Ef 4.11-12; 1ª Tm 3.1-7); e a autoridade administrativa, incluindo-se aí a
liderança participativa no âmbito da igreja (1ª Tm 3.4-5; 5.1-16).

Acontece que, enquanto a autoridade espiritual é delegada pelo Espirito de Deus,


sendo portanto de caráter íntimo entre o ministro do Evangelho e o Senhor, na
autoridade administrativa é preciso que o pastor utilize instrumentos e recursos
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humanos (gerência) para melhor coordenar e liderar a igreja em seus aspectos


institucionais. Ambas as autoridades marcham juntas no exercício das atividades
pastorais.

Todo o dirigente eclesiástico, seja ele um pastor ou um leigo, deve praticar a


delegação de autoridade e responsabilidade como é feita em qualquer empresa. Por
outro lado, a Igreja como Corpo de Cristo na Terra, tem características peculiares
que a distinguem de outras organizações.

Fica então, a pergunta: “Qual seria o método mais indicado para a delegação de
autoridade e responsabilidade na Igreja?” o próprio Jesus, em face da expansão de
seu ministério, delegou tarefas missionárias primeiramente aos apóstolos (Mt 10.5-
15; Mc 6.7-13; Lc 9.1-6). Logo em seguida, delegou mais tarefas e
responsabilidades aos setenta discípulos (Lc 10.1-12). Em ambos os tipos de
delegação, Jesus mostrou a seus seguidores as tarefas a executar: o que deveriam
providenciar e o comportamento a adotar.

Vimos que a autoridade formal é necessária para a organização funcionar à base do


binômio: mandar x obedecer. Esse modelo, não é o mais indicado para uma
comunidade de fé agir de forma participativa. É preciso buscar um modelo
organizacional eclesiástico que seja, ao mesmo tempo, estruturando formalmente,
sem esquecer-se do aspecto interativo fundado na motivação.

A igreja é, essencialmente, um sistema organizacional orgânico, possibilitando uma


interação espiritual e social entre seus integrantes, permitindo uma conscientização
maior em função de seus objetivos centrais: pregar e ensinar o Evangelho de Cristo.
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VII RESPONSABILIDADE PASTORAL

Todos nós sabemos que a maior parte dos nossos seminários dão uma ênfase
quase exclusiva à manifestação da autoridade espiritual (vocação ou Dom de Deus)
na formação de pastores, dedicando muito pouco tempo à administração
eclesiástica. E o resultado é que muitos pastores delegam autoridade administrativa
total a outras pessoas. Contudo, por mais qualificados que esses irmãos possam
ser, é de responsabilidade final do pastor da igreja o planejamento, organização,
controle e coordenação das funções administrativas eclesiásticas.

Desse modo, cabe ao pastor da igreja parte de suas responsabilidades (financeiras,


administrativas, educacionais, etc) para outros irmãos plenamente qualificados. São
os centuriões do exemplo citado; entretanto, a responsabilidade total pelo
funcionamento da igreja é do pastor, o qual, responde perante o Conselho
Administrativo local ou regional (caso de estruturas conciliares do tipo episcopal,
metodista, etc).

Assim, o pastor da igreja é o general da legião romana, conforme o exemplo citado


anteriormente. A esse respeito, é interessante o ensino de Paulo (1ª Co 12.27-31),
quando o próprio Deus estabeleceu uma série de funções, incluindo administrativas
(governos, v. 28), para fazer com que a igreja (corpo de Cristo, v. 27) funcione a
contento, enfrentando os desafios rumo à consecução de seus dois objetivos
centrais.

O executivo da igreja local precisa saber quais são suas atividades básicas e
complementares, quem o ajudará, com quem vai colaborar, quais são os canais de
distribuição disponíveis, quais os relacionamentos entre membros da comunidade e
entre os vários grupos de trabalho.

Na verdade, a organização existe porque o trabalho numa igreja é demasiado para


um só gerente controlar. Por essa razão, o Espirito de Deus suscita líderes nas
comunidades, os quais, juntamente com o pastor, somam cérebros, mãos e
experiências para fazer a congregação funcionar plenamente.

Resumindo, a organização pode ser encarada como uma distribuição racional de


tarefas, relacionadas entre si, e que tem por pressuposto a constituição de equipes
de trabalho harmônicas e fundamentadas no espirito de servir com amor, e o amor
só pode frutificar quando Cristo é o seu alicerce e razão de ser ( 1ª Co 3.11).

É preciso levar em conta, quando analisamos a organização da igreja, que ninguém


é cristão sozinho. Na igreja todos os seus membros são chamados a exercer,
segundo a vocação de cada um ( Rm 11.29; 1ª Co 1.26; 7.20; 2ª Ts 1.11; 2ª Tm 1.9),
a missão que Cristo confiou para seu povo cumprir no mundo. Os membros da
congregação estão unidos entre si, formando um corpo, cuja cabeça é Cristo (Ef
4.15-16). Por esse motivo, a igreja diferencia-se substancialmente de outras
sociedades puramente jurídicas, políticas, econômicas e sociais.
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VIII A IGREJA E O SEU MODO DE TRABALHAR

Organograma da Igreja Batista Nacional:

JESUS CRISTO É O CABEÇA

PASTOR OU CORPO MINISTERIAL

CORPO DIRETORIA CONSELHO DE


DIACONAL OBREIROS

CONSELHO DE
EDUCAÇÃO
RELIGIOSA

ESCOLA BÍBLICA ESCOLA DE ESCOLA DE ESCOLA DE


DOMINICAL TREINAMENTO MISSÕES MÚSICA

DIRETORIA DIRETORIA DIRETORIA DIRETORIA

ADULTOS ADULTOS DPTº MASCULINO DEPTº FEMININO

CORAL DE MOCIDADE
MOCIDADE MOCIDADE SOC. COOPERADORA S OC. FEMININA
ADOLESCENTES
ADOLESCENTES ENTES DE HOMENS MISSIONÁRIA JUNIORES
JUNIORES RES GRUPO DE AÇÃO SOC. MOÇAS
CRIANÇAS
INFANTIL CRIANÇAS MISSIONÁRIA (MOÇOS) MENSAGEIRAS DO REI
BERÇÁRIO EMBAIXADORES DO REI (ADOLESCENTES)
(ADOLESCENTES) MENSAGEIRAS DO REI
EMBAIXADORES DO REI (JUNIORES)
(JUNIORES) SOC. DE CRIANÇAS

Requisitos essenciais para um líder da igreja:


a – Ser fiel à sua igreja, ao Pastor e nos Dízimos e Ofertas;
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b – Ser assíduo às reuniões da igreja e pontual nos horários;


c – Ser cuidadoso com a doutrina, vida cristã no lar, o testemunho, a vida de oração,
estudo bíblico, pureza no vestir e no falar;
d – Demonstrar amor e preocupação na salvação dos pecadores;
e – Ser consagrado: Amor ao serviço e desprendimento para servir;
f – Não ressentir-se nem escandalizar-se com problemas da igreja;
g – Não transferir os problemas pessoais e familiares para os liderados;
h – Estar sempre atento à orientação do Espirito Santo, enfrentando os desafios
rumo à consecução de seus dois objetivos centrais.

CARACTERÍSTICAS DOS BATISTAS

A Igreja Batista tem algumas características próprias que a distinguem das demais
denominações evangélicas, que são:

A) Congregação local. Somos congregacionais, isto é, a Igreja local é independente


em sua administração;
B) Cristo é o Cabeça. Não nos submetemos a autoridades humanas;
C) A Bíblia como regra de fé e o Novo Testamento como regra de prática. Não
aceitamos outros meios de orientação senão a Palavra de Deus;
D) Liberdade e Independência. Cada Igreja é livre em sua administração para
realizar aquilo que ela entende ser certo;
E) Competência própria para gerir-se. Não aceitamos interferência de qualquer
organização;
F) Governo democrático. Somos democratas pôr excelência;
G) Separada do Estado. Não aceitamos a participação do Estado nem sua
interferência;
H) Direitos e privilégios iguais a todos os membros. Não fazemos distinção entre os
membros, a votação tem o mesmo peso, os direitos e privilégios também;
I) O crente é o seu próprio sacerdote. Não aceitamos alguém que nos apresente a
Deus, embora preguemos a intercessão;
J) Liberdade de consciência. Cada um é responsável pela sua própria alma;
K) Ordenanças. Não aceitamos como um sacramento, mas sim, como um memorial
que tem seu significado próprio;
L) Oficiais. Aceitamos apenas os oficiais apresentados no Novo Testamento.
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IX TIPOS DE GOVERNO

1) MONARQUIA: Um chefe geral que comanda toda a igreja. Neste caso há apenas
uma igreja = IGREJA ROMANA.
Vantagens deste sistema: Facilidade de decisão – Autoridade centrada de poderes –
Emissão de opiniões.
Desvantagens deste sistema: Autoridade maior que a Bíblia.

2) EPISCOPAL: O bispo e seus auxiliares = IGREJA METODISTA, ANGLICANA,


EPISCOPAL, CATÓLICA ROMANA.
Vantagens deste sistema: As mesmas do item 1
Desvantagens deste sistema: A igreja perde a motivação e o Evangelho é
prejudicado.

3) OLIGARQUIA OU REPRESENTATIVO: Um pequeno grupo ou elite controla a


congregação = IGREJA PRESBITERIANA.
Vantagens deste sistema: Facilidade de quorum e decisões mais rápidas.
Desvantagens deste sistema: Tira da congregação o poder de discutir e decidir seus
problemas.

4) DEMOCRACIA OU CONGREGACIONAL: Onde a vontade da maioria é sempre


respeitada.
Democracia Congregacional: A congregação é independente = IGREJA BATISTA,
IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA, IGREJA CONGREGACIONAL.
Definição deste regime de governo: “Todas as decisões são tomadas nas sessões
ou assembléias pela maioria de votos”.
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X TIPOS DE DISCIPLINA

Uma Igreja pode ser disciplinada num sentido e não em outro.

DISCIPLINA MILITAR: Obediência à hierarquia e às ordens dadas;


DISCIPLINA ESCOLAR: Os alunos se submetem ao conhecimento do
professor, o respeitam
e empregam suas energias em aprender;
DISCIPLINA FAMILIAR: É mantida em amor, e todos lutam por manter a
unidade do lar.
DISCIPLINA ECLESIÁSTICA: É o conjunto dos conceitos acima.

Hierarquia: Cristo é o Cabeça. Seguem a organização ou a estrutura


denominacional.
Obediência às ordens dadas: Emanadas da Palavra de Deus.
Obediência aos lideres: Pelo conhecimento e prática da Palavra.
Obediência em amor e respeito e busca da Unidade.
Práticas da disciplina: Para edificação: 2ª Co 13.10 - Em amor: 2ª Co 2.8.

TIPOS DE DISCIPLINA:

A) FORMATIVA: Mt 28. 20A; At 8.35


Admoestação: Ensino: 1ª Tm 1.3,
Pusessem em boa ordem: Ensinassem: Tt 1.5; 2ª Tm 4.2

B) ASPECTOS IMPORTANTES PARA APLICAR A DISCIPLINA


A lei do amor: Jo 15.12
A lei da confissão dos pecados: Tg 5.16
A lei do perdão: Lc 17.3,4
Ofensa particular: Mt 18.15,16
Ofensa pública: 2ª Ts 3.6; 1ª Co 5.3-5.
19

A) EXCLUSÕES
Estatística: Para cada 100 (cem) batismos, temos 42 (quarenta e duas) exclusões.
Fatores que a determinam:

1) Fator sócio-econômico:
 Migrações e/ou mudanças: Falta de adaptação, desajustamento familiar,
rompimento de
vínculos comunitários.
 Ascensão econômica e/ou social: Mudança para bairros de elite, freqüência a
ambientes
sofisticados, novos costumes.
 Casamentos mistos/ problemas conjugais: religião, cultura social econômica.

2) Fatores religiosos: 1ª Jo 2.19


 Falta de conversão genuína: catequese eclesiástica ou aprendizado mental;
preparação para
batismo e não evangelização.
 Apelos emocionais: Apelo apenas ao sentimento (emotivo).

3) FATORES DOUTRINÁRIOS:
 Medo de preparação contra proselitismo;
 Medo de abordar temas controvertidos;
 Falta de posicionamento.

4) FATORES ECLESIÁSTICOS:
 Visão distorcida da disciplina eclesiástica: vingança ou intimidação
 Disciplina por interesse da liderança
 Disciplina por preconceito humano (cultural)
 Falta de organização (fichário com endereço atualizado)
 Falta de cuidados pastorais: falta de visitação / preferência.

5) SOLUÇÃO PARA ALGUNS PROBLEMAS DE EXCLUSÕES


20

A) Comunicação entre pastores, procurando relacionar a família com a igreja mais


próxima;
B) Preparação melhor do pastor, para aconselhamento;
C) Maior atenção no programa de educação religiosa: descobrir talentos e utilizá-los
para não ficarem marginalizados;
D) Organização e atualização fichário da igreja;
E) Promover elevação do padrão cristão em oposição ao liberalismo;
F) Não ter preocupação com crescimento quantitativo, quando não há orgânico e
qualitativo;
G) Maior dedicação dos pastores ao estudo e visitação.

1) RECUPERAÇÃO DOS EXCLUÍDOS


A) Criar na igreja um ambiente sadio, receptivo e de perdão;
B) Manter o nível espiritual da igreja elevado;
C) Usar todo apelo para conversão, também para reconciliação;
D) Trabalhar em visitação aos excluídos. Fazer deles um desafio para o seu
ministério.
21

XI A IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA

Não obstante ser uma entidade religiosa, a igreja é também uma “PESSOA
JURÍDICA”, e como tal, tem seus deveres e obrigações que devem ser cumpridos. A
Pessoa Jurídica de Fato é uma Igreja devidamente organizada e estabelecida; e
uma Pessoa Jurídica de Direito, é reconhecida quando cumpre os preceitos legais
para comprovar juridicamente sua existência.

De acordo com a Lei, todas as entidades religiosas, para poderem exercer suas
atividades, são obrigadas a estarem registradas, para que tenham sua existência
legal. A grande maioria das nossas Igrejas são inadimplentes com a legislação por
falta de conhecimento da mesma.

Hoje estamos vivendo em um regime em que há liberdade, mas não estamos


garantidos com relação ao futuro, por isso devemos nos precaver. Lembrem-se: “OS
FILHOS DAS TREVAS SÃO MAIS PRUDENTES QUE OS FILHOS DA LUZ”.

1 - OBJETIVO E MISSÃO DA IGREJA:

Igreja, do grego EKLESSIA e do hebraico KAHAL dignificando “uma assembléia dos


chamados para fora”; tendo uma tradução mais clássica como: “Um grupo de
pessoas regeneradas, batizadas, organizadas que se reúnem em um determinado
lugar, para louvor e proclamação do Reino de Deus ou do Seu Evangelho”.

O objetivo principal da igreja é a glorificação de Cristo, mas para que isto seja
possível, ela se desenvolve em cinco pontos básicos:

A – BASE : JESUS CRISTO = Supremo Pastor: Jo 10.11 e 1ª Pe 5.4


Cabeça da Igreja: Ef 5.23 e Cl 1.18
Fundamento: 1ª Co 3.11 e 1ª Pe
2.4,5

B – MINISTÉRIO DA LIDERANÇA = Muitos Líderes: At 14.23 e Ef


4.11,12
Homens Espirituais: 1ª Tm 3.1 a 13
Servindo de Exemplo: 1ª Pe 5.2,3
Estabelecendo Estrutura: Hb 13.17; Ez 33.6;
1ª Tm 5.21
22

Mantendo Disciplina: 1ª Ts 5.14; 1ª Co


5.9-13;
Gl 6.1; 2ª Co 2.5-11

C – MINISTÉRIO INTERNO = ADORAÇÃO E ORAÇÃO: Fp 4.6


ADORAÇÃO E LOUVOR: Hb 13.15
ADORAR E COMPARTILHAR: At 2.44-47
INTERDEPENDÊNCIA: 1ª Pe 4.10
EDIFICAR INDIVIDUALMENTE: Fp 4.9 e 3.17
EDIFICAR CORPORATIVAMENTE: 1ª Co 14.26

D – MINISTÉRIO EXTERNO: EVANGELIZAÇÃO: Mt 28.18-20; At


1.8; 2ª Co 5.18-20
COMPAIXÃO: Lc 4.18-19; Jo
20.21; 9.5; Mt 5.14
Rm 11.36; 1ª Co
10.31; Ef 3.20-21

E – ALVO GERAL: A GLORIA DE DEUS:

O que devemos fazer para alcançarmos os objetivos e a missão da Igreja?

Quando a igreja reconhece a Jesus como Senhor (Fp 2.9-11) e quando os membros
desempenham suas funções (Ef 4.15-16).

Exemplo: IGREJA PRIMITIVA (At 2.42-47= Ensinamento: v.42; Comunhão:


v.42,44,46; Serviço: v. 45; Evangelismo: v.47).
2 - MISSÃO DA IGREJA:
ANUNCIAR O Evangelho como Novas de Alegria: Mc 6.7 e Lc 10
EVANGELISMO = MISSÃO = BENEFICÊNCIA = MISSÃO DA IGREJA

3 - FORMAS DE EVANGELIZAÇÃO:
INDIVIDUAL: Jo 1.43-46
EM DUPLAS: Mc 6.7
TODA A IGREJA: At 2.1
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XII MODELOS DE ESTATUTOS

O Estatuto é o documento fundamental constitutivo do grupo, isto é, o conjunto de


normas que estabelece a estrutura e a organização da sociedade ou do grupo.

Uma igreja sem Estatuto é com se fosse um fantasma, não existe juridicamente e
está sujeita a muitos perigos. Não pode ser representada juridicamente; não pode
ser proprietária de bens nem reclamar quaisquer direitos, muito menos inscrever-se
no CNPJ.

Um Estatuto bem elaborado é uma segurança para a igreja. Sem Estatuto, a igreja
corre o perigo de desvios doutrinários e patrimoniais e fica mais sujeita a caprichos
de lideranças mal informadas ou mal intencionadas.

ESTATUTO DE FUNDAÇÃO:

ESTATUTO DA COMUNIDADE CATEDRAL DA


ESPERANÇA

CAPÍTULO I

DA FUNDAÇÃO, DENOMINAÇÃO, SEDE, DURAÇÃO E FINS

Artigo 1º - No dia 1º de Outubro de 2005 foi constituída uma Associação Civil de natureza
Religiosa, sem fins lucrativos, sob a denominação de COMUNIDADE CATEDRAL DA
ESPERANÇA, também designada pela sigla CCE que terá duração por tempo indeterminado e
com número ilimitado de associados-membros, com sede na Avenida Belo Horizonte, nº. 1210 –
CEP 32664-020, Bairro Jardim Teresópolis, na Cidade de Betim, Estado de Minas Gerais.

Artigo 2º - É obrigatória a utilização da razão social COMUNIDADE CATEDRAL DA


ESPERANÇA, de sua sigla, além dos seus símbolos.

Artigo 3º - A sigla CCE equivalerá à razão social para todos os fins de direito.

Artigo 4º - A CCE é filiada à Convenção Batista Nacional e à sua Seccional, Convenção Batista
do Estado de Minas Gerais; ao CPEMG - Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos do
Estado de Minas Gerais, para fins de cooperação no cumprimento de sua finalidade, sendo, no
entanto, autônoma e soberana em todos os seus atos.
24

Artigo 5º - No desenvolvimento de suas atividades, a CCE não fará qualquer discriminação de


raça, cor, sexo ou condição social.

Artigo 6º - O Pastor Presidente será sempre o Pastor Titular da CCE.


Artigo 7º - A CCE tem por finalidade:
1. A celebração de culto de adoração a Deus;
2. Pregar e divulgar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os recursos ao
seu alcance, inclusive através da palavra escrita, falada, televisada, além da rede de
internet;
3. Fomentar o estudo da Bíblia Sagrada;
4. Cooperar com outras igrejas e instituições que tenham as mesmas finalidades.
5. Promover o aprimoramento de seus membros através de seminários, palestras,
confraternizações, simpósios e congressos sobre todos os assuntos pertinentes às suas
finalidades;
6. Promover assistência educacional aos seus membros e às comunidades onde estiverem
localizadas, através da criação de creches, escolas profissionalizantes e de educação
não formal.

Artigo 8º - Conforme estabelecido nas Escrituras Sagradas do Antigo e Novo Testamento, a


única regra de fé e prática da CCE é a aceitação de Nosso Senhor Jesus Cristo como Único
Salvador da humanidade, pugnando pelo avivamento espiritual e crendo no batismo no Espírito
Santo e dos espirituais como realidades para o tempo presente.

Artigo 9º - Para facilitar a consecução de suas finalidades, poderá a CCE, criar e organizar, com
autonomia jurídica ou não, estabelecimentos educacionais, sociais, filantrópicos, ou cooperar
com instituições congêneres, ou ainda, estabelecer, interna e/ou externamente, tantos
departamentos, comissões, organizações e congregações quantos forem necessários, de acordo
com o presente Estatuto.

Parágrafo Único - As entidades e departamentos mencionados neste artigo poderão reger-se por
estatutos próprios, desde que os mesmos não contrariem os dispositivos deste estatuto.

CAPÍTULO I I

DAS INSÍGNIAS

Artigo 10º - São insígnias da CCE: a Bandeira e os Emblemas.

Parágrafo 1º – O pavilhão é representado por um escudo dividido em quatro partes nas cores
azul, verde, cinza e amarelo. Este escudo é dividido em quatros partes e verticalmente por um
espada que trás em seu centro uma Bíblia aberta com um coração vermelho e uma cruz branca
e em sua base encontra-se uma faixa com os dizeres COMUNIDADE CATEDRAL DA
ESPERANÇA. A espada representa a Palavra de Deus conforme Hebreus 4.12; a Bíblia
representa o Evangelho, a revelação de Deus para o homem, conforme João 3.16-17 e 8.32. O
coração é o coração do homem, conforme Mateus 5.8. A cruz é a salvação contida em Lucas
23.33-34 e Mateus 1.21. A cor azul representa a glória de Deus conforme o livro de Salmos 19.1
tendo em seu centro duas mãos significando o evangelismo contido em Mateus 28.19-20. A cor
verde representa a esperança contida em Tito 3.7 e trás em seu centro um ramo de oliveira
significando a volta de Cristo, conforme Mateus 24.29-31 e Gênesis 8.10-11. A cor branca
significa a paz conforme João 14.27 e Marcos 9.3 e trás em seu centro um casal significando a
família, conforme Efésios 5.1-31 e 6. 1-4. A cor amarela representa a prosperidade e trás dois
objetos, sendo um deles uma pomba representando o Espírito Santo conforme Atos 2.1-4 e
Lucas 3.21-22 e o outro, o cálice, representando o azeite conforme João 2.27, Salmos 23.56 e
Marcos 14.23
25

Parágrafo 2º - A CCE terá como emblema, desenhos com as mesmas características do


Pavilhão já descrito.

Parágrafo 3º - O uso das Insígnias da CCE, não podem ser imitadas, é de caráter exclusivo.

CAPÍTULO I I I

DA CATEGORIA DE ASSOCIADOS

Artigo 11º - A CCE é constituída por um número ilimitado de associados, que serão
admitidos a juízo da diretoria, dentre pessoas idôneas, sendo composta pelas seguintes
categorias:

I- Fundadores;
II- Honorários;
III- Beneméritos;
IV- Ministros;
V- Associados-membros.

Dos Fundadores

Artigo 12º – São considerados Fundadores aqueles cujos nomes constam da Ata de sua
primeira Assembléia, realizada por ocasião de sua organização em 01 de Outubro de 2005.

Dos Honorários

Artigo 13º – São considerados Honorários aqueles que se fizerem credores desta
homenagem por serviços de notoriedade prestados à CCE, por proposta da Diretoria à
Assembléia Geral.

Dos Beneméritos

Artigo 14º – São considerados Beneméritos aqueles aos quais a Assembléia Geral conferir esta
distinção, espontaneamente ou por proposta da Diretoria, em virtude dos relevantes serviços
prestados à CCE.

SEÇÃO I – DA ATUAÇÃO PASTORAL

Artigo 15º - Para execução de suas finalidades a CCE consagrará Ministros Evangélicos para os
cargos de Pastor, Pastora, Missionário, Missionária, Evangelistas, Diáconos e Obreiros, todos
regulamentados pelo Regimento Interno.

Artigo 16º - A CCE ordenará Ministros, desde que sejam vocacionados e preencham os
requisitos morais, espirituais e teológicos em conformidade com as Sagradas Escrituras.
26

Parágrafo Único - Os Ministros serão consagrados pelo Pastor Presidente, podendo ser
solicitados por este quantos pastores se fizerem necessários para o bom desempenho da
missão da CCE.

Artigo 17º - A CCE concederá carteiras de identidade aos Ministros Evangélicos que tenham
sido, por ela, consagrados ou recebidos de outras igrejas co-irmãs conforme previsto no
presente Estatuto.

Parágrafo Único - Os que provierem de outras denominações, onde serviram como Pastores, e
já são ordenados, serão recebidos sob jurisdição, ficando em experiência por um período de 01
(um) ano.

Artigo 18º - Perderão a condição de Ministro da CCE, aqueles que forem condenados em
sentença transitada e julgada, por crimes previstos no Código Penal Brasileiro, Código Civil
Brasileiro ou Lei das Contravenções Penais ou andar em desacordo com as Sagradas
Escrituras, conforme previsto no Regimento Interno.

Parágrafo 1º - Durante o período em que o inquérito, processo administrativo ou judicial estiver


em curso, o Ministro poderá ser suspenso temporariamente de suas funções até a conclusão
definitiva dos mesmos.

Parágrafo 2° - A suspensão será decidida pela Diretoria e homologada pela Assembléia Geral.

Artigo 19º - Os Ministros, em conformidade com a legislação da Previdência Social, são


autônomos e como tal deverão providenciar suas inscrições e pagamento mensal assíduo, junto
ao INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social.

Parágrafo Único - A falta de inscrição ou o não pagamento mensal assíduo do Ministro junto ao
INSS, não gera qualquer direito do mesmo junto a CCE.

Artigo 20º - O Ministro da CCE responderá, subsidiariamente, pelas obrigações contraídas ou


autorizadas por ele na sua jurisdição, em nome da CCE, com seu patrimônio pessoal.

Artigo 21º - Os Ministros da CCE sujeitar-se-ão às decisões da Diretoria da CCE.

Artigo 22º – Ficam sujeitos à pena de admoestação ou exoneração de suas funções e/ou
cargos, o Ministro que, contra seu colega, provocar indisposição entre os membros da CCE,
divisão entre os membros, ou que não cumprir as funções específicas que lhe cabem, conforme
entendimento com o Pastor Presidente e aprovação da Igreja em Assembléia Deliberativa.

Artigo 23º – São deveres e atribuições do Pastor Presidente: todas as funções de presidência
em todas as áreas da Igreja; convocar e presidir as reuniões do Ministério, quando julgar
necessário; designar, em harmonia com a Igreja, áreas de atividade específicas para cada um
dos demais pastores.

Artigo 24º – Aos demais pastores cabem: o direito de realizar qualquer ato pastoral, desde que
em harmonia com o Pastor-presidente; o direito de receber a prebenda, que poderá ser de até
2/3 da prebenda destinada ao Pastor Presidente, de acordo com a deliberação da Igreja em
Assembléia Deliberativa; o dever de antes de atender a qualquer convite extra à Igreja local
entender-se com o Pastor Presidente; o dever de submeter-se ao disposto neste Estatuto.

SEÇÃO II – DA COMISSÃO DE MEMBROS

Artigo 25º - Serão considerados membros da CCE:


27

I- As pessoas de qualquer nacionalidade, sexo, cor, ou idade, que mediante profissão


de fé em Jesus Cristo perante a Igreja em Assembléia Geral, e devidamente
batizadas por imersão nas águas, aceitarem voluntariamente as suas doutrinas e
disciplinas;
II- Os crentes, membros de outras Igrejas da mesma Fé, e que tenham se unido à CCE,
mediante carta de apresentação (ou recomendatória);
III- Os crentes que havendo sido excluídos desta Igreja ou de outra, sejam aceitos
mediante sua reconciliação;
IV- Os crentes que, por motivo de força maior, forem recebidos por aclamação ou
declaração da Igreja.

Parágrafo 1º - Os associados-membros da CCE tampouco a CCE não responde por quaisquer


compromissos ou obrigações assumidos por quaisquer de seus membros.

Parágrafo 2º - A qualidade de membro é intransmissível, devendo exercer seus direitos e cumprir


seus deveres pessoalmente, não podendo o mesmo fazer-se representado por procuração, seja
por instrumento público ou particular.
Dos Direitos

Artigo 26º - São direitos dos associados-membros:

I- Receber orientação e assistência espiritual;


II- Participar dos cultos e demais atividades desenvolvidas pela igreja;
III- Tomar parte das assembléias ordinárias e extraordinárias, nos termos do Regimento
Interno;
IV- Votar e ser votado, nomeado ou credenciado, nos termos do Regimento Interno;
V- Requerer Assembléia Geral Extraordinária, nos termos do Regimento Interno.

Dos Deveres

Artigo 27º - São deveres dos associados-membros:

I- Freqüentar a Igreja e cultuar com habitualidade;


II- Cumprir o presente Estatuto, o Regimento Interno, as decisões ministeriais, pastorais
e das Assembléias;
III- Contribuir com seus dízimos e ofertas, para as despesas gerais da Igreja,
manutenção pastoral, atendimentos sociais, socorro aos comprovadamente
necessitados, missionários, propagação do Evangelho, cooperadores a serviço da
Igreja e aquisição de patrimônio e sua conservação, não podendo exigir sua
restituição;
IV- Comparecer às Assembléias, quando convocados;
V- Exercer com zelo as funções que lhe foram confiadas;
VI- Zelar pelo patrimônio moral e material da Igreja;
VII- Prestigiar a Igreja, contribuindo voluntariamente com serviços para a execução de
suas atividades espirituais e seculares;
VIII- Rejeitar movimentos ecumênicos discrepantes dos princípios bíblicos adotados pela
Igreja.

Da Demissão e Exclusão

Artigo 28º - Perderá sua condição de associado-membro, inclusive seus cargos e funções, se
pertencente à Diretoria ou ao Ministério, aquele que:
28

I– Solicitar seu desligamento ou transferência para outra Igreja;


II – Abandonar a Igreja;
III – Não cumprir seus deveres expressos neste estatuto e as determinações da
administração geral;
IV – Não pautar sua vida conforme os preceitos bíblicos, negando os requisitos
preliminares de que trata o art. 18 deste Estatuto;
V – Promover dissidência manifesta ou se rebelar contra a autoridade da Igreja,
Ministério e das Assembléias;
VI – Não abster-se da prática de ato sexual, antes do casamento ou extraconjugal;
VII – Litigar contra a Igreja;
VIII – Vier a falecer.

Artigo 29º - A demissão dar-se-á unicamente a pedido do associado, mediante carta dirigida ao
Pastor Presidente, a qual não poderá ser negada.

Artigo 30º - O associado-membro será disciplinado e / ou excluído, através de processo


disciplinar regulamentado no Regimento Interno.

Artigo 31º - Em qualquer caso de desligamento do associado-membro da CCE, seja por


demissão ou exclusão, não serão devolvidas as contribuições, quais sejam, dízimos e ofertas ou
bens móveis e imóveis, valendo a presente regra inclusive para o caso de dissolução da Igreja.

De o Processo Disciplinar

Artigo 32º - Ao associado-membro acusado da prática de atos que importem em disciplina ou


exclusão, é assegurado o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ele
inerentes.

Artigo 33º - Instaurar-se-á o procedimento disciplinar mediante denúncia que conterá a falta
praticada pelo denunciado, a indicação das provas e a assinatura do denunciante dirigida ao
Pastor Presidente da Igreja que, ato contínuo, determinará pela abertura do procedimento
disciplinar.
Artigo 34º - Instaurado o procedimento disciplinar, o acusado será notificado do ato, para,
querendo, exercer o seu direito de ampla defesa.

Artigo 35º - Não serão objeto de prova os fatos notórios, incontroversos ou confessados.

Artigo 36º - O associado-membro só será considerado culpado após o trânsito em julgado da


decisão devidamente apurada em todas as instâncias cabíveis.

Artigo 37º - Por decisão da Assembléia Geral, será permitida a readmissão do associado,
mediante pedido de reconciliação e nova proposta de aceitação das normas do presente
Estatuto.

Artigo 38º - Compete à Comissão Disciplinar apurar as faltas e aplicar a pena cabível,
assegurando ao acusado a ampla defesa.

Parágrafo Único - Da decisão da comissão caberá, no prazo de 05 (cinco) dias, recurso à


Assembléia Geral, que deverá ser convocada no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO I V

DO PATRIMÔNIO E DA GESTÃO FINANCEIRA


29

Artigo 39º - Juntamente com a Diretoria Executiva da Igreja, será eleita uma Comissão de
Exame de Contas, constituída de 05 (cinco) membros efetivos e 02 (dois) suplentes, eleitos pela
Assembléia Administrativa, dentre os seus Ministros.

Artigo 40º - Compete à Comissão de Exame de Contas analisar a escrituração da tesouraria e


verificar todos os lançamentos de receitas e despesas, bem como a origem dos documentos.

Artigo 41º - A Comissão de Exame de Contas poderá ser assessorada por técnicos e peritos
para aprovação das peças contábeis.

Artigo 42º - A Comissão de Exame de Contas será eleita por um período de 03 (três) anos e
presta relatórios à Assembléia Geral, anualmente, para análise e decisão.
Parágrafo Único – A presente Comissão reunir-se-á, ordinariamente, no mês de janeiro e,
extraordinariamente, quando convocada pelo seu Relator ou pelo Pastor Presidente.

Artigo 43º - A receita da CCE será constituída das contribuições, dos dízimos e ofertas
voluntárias, de seus associados-membros ou não, incluindo-se subvenção ou auxilio de
entidades privadas.

Artigo 44º – Constituem patrimônio da CCE os bens móveis, imóveis, títulos ou papéis de renda
ou contas bancárias, e semoventes que possua ou venha a possuir, seja a título oneroso ou
gratuito.
Parágrafo Único – Os associados-membros não participam do patrimônio da Igreja como
propriedade, não constituindo suas contribuições quotas-partes passíveis de restituição ou
devolução.

Artigo 45º - Todas as receitas e bens serão aplicados na realização dos fins designados no
presente Estatuto.

Artigo 46º - Os valores arrecadados pela Igreja serão depositados em estabelecimentos


bancários e serão movimentados por cheques assinados pelo Pastor da Igreja e pelo 1°
Tesoureiro ou o seu substituto legal.

Parágrafo Único – As receitas arrecadadas nas Igrejas locais, serão enviadas as Igrejas
regionais, que ficarão responsáveis pela escrituração das mesmas em livros próprios e
remeterão ao Supremo Concílio os 10% (dez per cento) devidos e os relatórios financeiros, nos
prazos estipulados no presente Estatuto.

Artigo 47º – A aquisição onerosa, a alienação ou agregação de ônus de imóveis dependerá da


decisão da Diretoria Executiva, convocada especificamente para tratar destes assuntos.

Artigo 48º – Os bens de qualquer natureza doados à CCE, bem como as contribuições que lhe
forem feitas, por seus membros ou terceiros, não serão devolvidos ou restituídos em nenhuma
hipótese.

CAPÍTULO V

DAS CONGREGAÇÕES

Artigo 49º - A CCE adotará a seguinte estrutura de Igrejas:

I - A Igreja Sede : localizada na Avenida Belo Horizonte nº. 1210, Bairro Jardim
Teresópolis, Betim/MG.;
30

II - Igrejas Locais, denominadas Congregações: Vinculadas diretamente à Igreja Sede e


terão seus Pastores (indicados ou eleitos, mediante o Estatuto e Regimento Interno).

Artigo 50º - As Congregações considerar-se-ão em extensão dos trabalhos da Igreja Sede, onde
seus membros reunirão para atividades espirituais atinentes ao Reino de Deus, inclusive
atendendo às finalidades do artigo 6º deste Estatuto, sendo em tudo subordinadas à Igreja Sede.

Artigo 51º - As Congregações terão quadros próprios de Pastores, Missionários, Evangelistas,


Diáconos, Diaconisas e Obreiros, que exercerão o ministério local de Auxiliar dos Ministros
Evangélicos e servirão à mesma, em conformidade com os princípios das Sagradas Escrituras;
sendo o seu dirigente por ela eleito, “ad referendum” da Igreja Sede (ou a opção de ser o mesmo
indicado pelo Pr Presidente da Igreja Sede).

Parágrafo único Os Pastores, Missionários, Evangelistas, Diáconos e Obreiros serão indicados


pelos Pastores Locais, sendo consagrados por estes.

Artigo 52º - A representação das Congregações, judicial quanto extrajudicial, será feita pelo
Pastor Dirigente da mesma.

Artigo 53º - A organização de qualquer das Congregações em Igreja somente se fará com o
acorde da Diretoria Executiva.

Parágrafo Único - Os bens móveis, imóveis e semoventes que comporão as Congregações, bem
como os adquiridos no decorrer da existência da mesma, seja a título gratuito ou oneroso, serão
de propriedade da Igreja Sede, não podendo ser disponibilizados sem a autorização desta, nos
termos do presente Estatuto.

Artigo 54º – A organização em Igreja de qualquer Congregação, em oposição à decisão da


Igreja Sede, implicará na imediata retirada dos infratores da propriedade desta, sem direito a
reclamação ou indenização dos bens ali existentes, quer tenham sido adquiridos pela Igreja
Sede ou pela própria Congregação e, os membros que se incorporarem a essa Igreja assim
organizada, serão automaticamente excluídos do rol de membros da Sede, por constituir-se justa
causa, caracterizada pela rebeldia e infração ao disposto no presente Estatuto.

CAPÍTULO V I

DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS E SUAS DECISÕES

Artigo 55º - A Assembléia Administrativa é constituída pelos membros da CCE, sendo


considerada seu órgão máximo.

Artigo 56º – Somente poderão exercer o direito a voto os membros maiores de 18 (dezoito)
anos, inclusive; e aqueles que não estejam respondendo a processo disciplinar, ou já estejam
sendo disciplinados pela Igreja.

Artigo 57º - A CCE se reunirá, mensalmente, em Assembléia Administrativa Ordinária, em dias e


horários fixos, anualmente estabelecidos pela Igreja em Assembléia Deliberativa Anual para
deliberar sobre assuntos de interesse da mesma, inclusive para eleição dos administradores e
aprovação das contas, e, sempre que necessário, em Assembléia Administrativa Extraordinária,
todas convocadas pelo Presidente ou seu substituto legal.

Parágrafo 1º – Será convocada Assembléia Geral Extraordinária para tratar de assuntos


urgentes e emergenciais, além dos seguintes assuntos: eleição e exoneração de pastor ;
transigir, alienar, hipotecar, alugar, doar ou vender bens móveis ou imóveis; dissolução da Igreja;
31

mudança de sede da Igreja; mudança de denominação religiosa; mudança de nome jurídico e


para reforma do presente Estatuto.

Parágrafo 2º - As Assembléias Gerais Extraordinárias serão convocadas pelo Presidente, por


escrito, em Edital ou através de boletim, com prazo mínimo de 08 (oito) dias, sendo que os
assuntos deverão constar obrigatoriamente da convocação, não sendo permitida a inclusão de
qualquer outro.

Artigo 58º – Todas as deliberações da CCE que tratem de destituição de administradores e


alteração do estatuto deverão ser tomadas por votação concorde de 2/3 dos presentes à
assembléia especificamente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira
convocação, sem a maioria absoluta dos associados-membros que exerçam direito a voto, ou
com menos de 1/3 destes nas convocações seguintes.

Parágrafo Único – Todas as demais deliberações, entre elas a eleição de administradores e


aprovação de contas, serão tomadas pela votação da maioria simples dos membros presentes à
Assembléia Administrativa, com exceção do disposto em contrário neste Estatuto.

Artigo 59º - Fica garantido aos associados-membros o direito de requererem Assembléia Geral,
para deliberarem sobre quaisquer assuntos, sendo o quorum mínimo para esta convocação de
1/5 (um quinto) dos membros com direito a voto.

Artigo 60º - As Assembléias Administrativas para serem válidas, serão realizadas na sede da
Igreja, salvo motivo de força maior ou caso fortuito, ou por determinação da Igreja em
Assembléia Ordinária (ou a critério da maioria dos membros da Igreja).

Artigo 61° - A administração dos negócios temporários da Igreja será exercida por uma
Diretoria Executiva, composta de:

I - Presidente;
II – Vice-Presidente;
III – Primeiro e Segundo Secretários;
IV – Primeiro e Segundo Tesoureiros;

Parágrafo Único - Os membros da Diretoria Executiva serão eleitos em Assembléia Geral


Ordinária Anual, por escrutínio secreto, entre os Ministros e Obreiros da CCE, para um mandato
de 01 (um) ano, sendo permitida a reeleição. Com exceção do Presidente que exercerá o cargo
por tempo indeterminado em conformidade com o presente Estatuto.

Artigo 62º - Os membros da Diretoria não serão remunerados, ressalvando-se o caso do Pastor
Presidente que receberá sustento da CCE pelas funções pastorais exercidas, denominada
prebenda, não sendo, portanto, remunerado, a qualquer título, pelo exercício da função de
Presidente.

Artigo 63º - Compete aos membros da Diretoria, especificamente ao:

Parágrafo 1º - Presidente:

a) Exercer as funções espirituais da CCE;


b) Representar a CCE ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente a nível nacional;
c) Convocar e presidir as Assembléias Administrativas e Deliberativas, bem como abri-las e
encerrá-las;
d) Assinar atas juntamente com o Secretário;
e) Assinar escrituras, contratos, e outros documentos que demandam ônus para a Igreja, tais
como compra e venda de bens, hipoteca, alienação, doação juntamente com o Tesoureiro
em exercício, em concordância com a Diretoria Executiva;
f) Abrir, movimentar e encerrar contas bancárias, juntamente com o Tesoureiro em exercício.
32

Parágrafo 2º - Vice-Presidente: substituir o Presidente em seus impedimentos e eventuais


ausências, e quando autorizados por este, nos ocasionais e temporários.

Parágrafo 3º - Primeiro Secretário:

a) Lavrar e assinar, em livro próprio, as Atas das Assembléias Administrativas;


b) Manter em ordem as correspondências, documentação administrativa, inclusive o livro de
Atas, e fichário de membros, devendo este último ser atualizado anualmente através de
listagem-balanço;
c) Assinar juntamente com o Presidente e tesoureiro os documentos de que trata o §1º deste
artigo; delegar atividades ao 2º Secretário.

Parágrafo 4º - Segundo Secretário: auxiliar o Primeiro Secretário na execução de suas


atividades e substituí-lo em seus impedimentos ocasionais e temporários.

Parágrafo 5º - Primeiro Tesoureiro:

a) Ter sob sua guarda e responsabilidade os valores da CCE;


b) Receber as ofertas e dízimos;
c) Fazer os pagamentos autorizados pela Igreja em suas Assembléias Administrativas;
d) Abrir, movimentar e liquidar contas bancárias em nome da CCE, juntamente com o
Presidente, sempre que por ela for autorizado nos termos do presente Estatuto
e) Apresentar balancetes mensais e balanço anual nas Assembléias Deliberativas da Igreja;
f) Assinar juntamente com o Presidente e o 1º Secretário os documentos de que trata o
Parágrafo 1º deste artigo;
g) Dirigir a tesouraria e delegar atividades ao 2° Tesoureiro.

Parágrafo 6º - Segundo Tesoureiro: Auxiliar o 1° Tesoureiro, e substituí-lo em sua falta e


impedimento.

Artigo 64º - A Mesa Administrativo-Executiva da CCE é composta do Presidente, Primeiro


Secretário e Primeiro Tesoureiro, aos quais competem assinar os documentos consignados na
última parte do Parágrafo 1º do Artigo 53.

Das Vacâncias

Artigo 65º - Nos casos de vacância de um ou mais cargos das Diretorias, os associados-
membros remanescentes reunir-se-ão e escolherão seus substitutos, que deverão ser
homologados pela Assembléia Geral dos Ministros pertencentes ao seu ministério, convocada
extraordinariamente para tal fim, com antecedência mínima de 08 (oito) dias através de carta
registrada e remetida aos Ministros pelo correio.

Artigo 66º - Nos casos de vacância do cargo de Presidente, assumirá o Vice-Presidente que
deverá ser sempre um Ministro Evangélico até o final do mandato da Diretoria.

Artigo 67º - Nos casos de impedimento do exercício da presidência pelo Vice-Presidente,


assumirá a presidência o 1º Secretário, sucessivamente, que convocará no prazo máximo de 10
(dez) dias a Assembléia Geral dos Ministros pertencentes ao ministério para eleição, no prazo
máximo de 30 (trinta) dias do novo pastor e presidente, que deverá ser homologado pela
Assembléia Extraordinária.

Artigo 68º - Só poderão concorrer ao cargo de pastor presidente da Igreja, os Pastores que
estejam arrolados no rol de membros da CCE, pelo prazo mínimo de 10 (dez) anos.
33

CAPÍTULO V I I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 69º - A reforma do presente estatuto poderá ser feita por proposta do Presidente da CCE,
ou por maioria simples dos Ministros, em Assembléia extraordinária da Convenção nacional,
convocada especialmente para este fim, com antecedência mínima de 08 (oito) dias, por Edital
remetido aos convencionais através do correio.

Artigo 70º - Para o disposto no artigo anterior, será exigido o voto concorde de 2/3 dos
presentes convocados especificamente para este fim, não podendo ela deliberar, em primeira
convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de 1/3 (um terço) nas
convocações seguintes.

Das Disposições Gerais

Artigo 71º - A CCE poderá ter um Regimento Interno, aprovado em Assembléia Geral
Extraordinária, cujo teor não poderá contrariar os termos do presente Estatuto.

Artigo 72º - Havendo impasse entre o Pastor Presidente e a Comunidade Catedral da


Esperança, ficam indicados como conselheiros, desde que solicitados por uma das partes.

Parágrafo Único – Fica a critério da CCE e do seu Pastor acatar ou não o parecer dos referidos
órgãos, não estando vinculados ao mesmo.

Artigo 73º- A CCE para facilitar a consecução de suas finalidades, poderá criar, por proposta da
Diretoria, departamentos, secretarias ou comissões que julgar necessário.

Artigo 74º - A CCE poderá criar, a critério da Diretoria, Instituições para implantar e administrar
Institutos Bíblicos, Escolas seculares em todos os níveis educacionais, Serviço de Ação Social, e
Entidades para aquisição e administração de empresas de divulgação escrita, falada e
televisada.

Artigo 75º - Todo e qualquer movimento de reforma doutrinária, ainda que surja por 01 (um) ou
pela maioria dos membros da CCE ou de seus Ministros, que atinja os preceitos bíblicos
desposado pela Igreja, será considerado ilegal, dando este Estatuto amparo aos que
permanecerem fiéis aos princípios bíblicos e a tradição da CCE, bem como todos os direitos
sobre os bens móveis e imóveis a seu cargo.

Artigo 76º - Em caso de cisão da CCE, por questões doutrinárias, seu patrimônio líquido e seus
saldos remanescentes ficarão sob posse e domínio da parte que constituir 2/3 da totalidade dos
membros da Comunidade Catedral da Esperança.

Artigo 77º - A CCE só poderá ser dissolvida por decisão de 2/3 (dois/terços) de seus
associados-membros, reunidos em Assembléia Geral, convocada especialmente para este fim.

Parágrafo único – A Assembléia Geral que resolver a dissolução da CCE depois de solvido seus
compromissos financeiros, destinará o patrimônio remanescente à Sociedade Bíblica do Brasil,
situada no Edifício da Bíblia, Avenida L-2 Norte, GA/N – Quadra 603-E, Brasília/DF, que deverá
aplicá-lo em impressão e distribuição de bíblias.
34

Artigo 78º - Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pela Assembléia Deliberativa da
CCE.

Artigo 79º - O presente Estatuto, aprovado em Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia
27 de Janeiro de 2007, entra em vigor na data de seu registro no Cartório das Pessoas Jurídicas,
revogadas as disposições em contrário.

Cristal do Norte (ES), 27 de Janeiro de 2007.

____________________ _________________________ _____________________


mmmmmmmmmmmmmmmmm cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
Pastor Presidente Primeiro Secretário OAB/MG nº.

REFORMA DE ESTATUTO DA IGREJA

ESTATUTO DA IGREJA BATISTA RENOVADA DE CRISTAL DO NORTE

CAPÍTULO I

DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FINS E FUNDAMENTOS

Artigo 1º - A IGREJA BATISTA RENOVADA DE CRISTAL DO NORTE, neste instrumento


denominada simplesmente BATISTA RENOVADA, pessoa jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, fundada no dia 02 de janeiro de 1983, é uma organização religiosa, cujos fins
não econômicos constam do presente instrumento de Estatuto Social. Seu Estatuto Social
foi registrado inicialmente no Cartório Adolfo Serra , 1º Ofício, sob o n° 589, em 17 de janeiro
de 1983 e posteriormente reformado e registrado sob o nº. 45.545 em 11 de setembro de
1979. Está inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda
sob o nº. 27.559.277/0001-05 e tem sua sede à Avenida Francisco Porfírio de Souza, 46 –
Centro – Cristal do Norte – Pedro Canário, Estado do Espírito Santo. .

Artigo 2º - A BATISTA RENOVADA tem por finalidade:


a) Congregar seus membros para adoração a Deus, instruindo-os quanto aos temas
espirituais;
b) Difundir o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme o ensino da
Bíblia Sagrada;
c) Incentivar a obediência às leis do País e às Autoridades constituídas, cooperando
com elas naquilo que seja compatível com a boa ordem, fama e disciplina, tudo
dentro dos preceitos bíblicos;
d) Prestar, à medida do possível, assistência espiritual às pessoas enfermas;
e) Auxiliar na assistência social aos seus membros e, quando possível, aos demais
necessitados, prestando-lhes serviços médicos, psicológicos, odontológicos,
jurídicos e de outras especialidades, através de profissionais devidamente
habilitados;
f) Para realizar as atividades previstas na letra “e” supra, poderão ser criadas e
mantidas entidades filantrópicas, fundações, associações, policlínicas e outras
35

instituições, colaborando assim com os poderes públicos no desenvolvimento da


solidariedade humana, como decorrência implícita da própria atividade religiosa, a
qual irá auxiliar os problemas de ordem espiritual do homem, para que, não só
estabeleça a sua relação com Deus através de Jesus Cristo mas também que seja
útil à própria sociedade em que vive;
g) Expandir a obra de Deus através de congregações, envios de missionários e
desenvolvimento de ministérios;
h) Desenvolver projetos culturais e educacionais tais como: alfabetização,
musicalização, estudos bíblicos, teológicos e outros, através da realização de cursos,
palestras, eventos, congressos, seminários e “workshops”, podendo criar e manter
instituições culturais e educacionais que concorram para a formação moral,
intelectual e religiosa dos indivíduos, de acordo com a Bíblia Sagrada;
i) Divulgar, por meio de sistemas de comunicação, próprios ou de terceiros, seus
objetivos e as atividades desenvolvidas, através de órgãos de imprensa, emissoras
de rádio e televisão, internet, discos, fitas de vídeo e áudio, livraria e distribuidora de
livros.

Artigo 3º - A BATISTA RENOVADA é autônoma e soberana em suas decisões e não está


subordinada a qualquer outra igreja ou autoridade eclesiástica, reconhecendo, apenas,
como seu único Chefe e suprema autoridade o Senhor “JESUS CRISTO” e, para seu
governo em matéria de fé, culto, disciplina e conduta, rege-se unicamente pela Bíblia,
reconhecendo e respeitando as autoridades constituídas no país, na forma da lei, conforme
ordena a própria Bíblia Sagrada.

Parágrafo Único - A BATISTA RENOVADA é filiada à Convenção Batista


Nacional e à sua Seccional do Estado de Espírito Santo, para fins de cooperação no
cumprimento de sua finalidade, sendo, no entanto, autônoma e soberana em todos os
seus atos.

Artigo 4º - A BATISTA RENOVADA está organizada de acordo com a legislação pertinente,


estando suas atividades reguladas e amparadas especificamente nos termos do artigo 5º,
incisos VI, VII, VIII, XVI e artigo 19, incluso I da Constituição da República Federativa do
Brasil, de 1988 e de acordo com os artigos 53 a 61 do Novo Código Civil Brasileiro / Lei
10406 / 2002.

CAPÍTULO II

DA COMPOSIÇÃO DA BATISTA RENOVADA

Artigo 5º - A BATISTA RENOVADA compõe-se de número ilimitado de membros civilmente


capazes, membros relativamente incapazes e membros absolutamente incapazes, nos
termos da legislação civil vigente, dos sexos masculino e feminino, que se declaram
possuidores de uma experiência pessoal de regeneração por meio da fé em Jesus Cristo, e
submissos a Ele como Salvador e Senhor de suas vidas, e que aceitam e se submetem
voluntariamente às Doutrinas da Bíblia Sagrada, à disciplina aplicada pela BATISTA
RENOVADA, à sua estrutura administrativa e seu governo.

Artigo 6º - A inclusão de novos membros será feita pela “Comissão de Membros” eleita na
Assembléia Geral Ordinária, após avaliação de candidatos que se apresentam através do
batismo em água, ou por carta de transferência oriunda de outras igrejas evangélicas, ou
por reconciliação ou por aclamação.
36

Parágrafo 1o – Somente será admitido como membro da BATISTA RENOVADA aquele que
apresentar, por escrito, o seu pedido de ingresso, mediante preenchimento e assinatura de
formulário próprio onde conste, no mínimo, os dados pessoais, e declaração que afirme
conhecer a aceitar os termos deste estatuto, os princípios, as doutrinas, os critérios de
disciplina da BATISTA RENOVADA, e as práticas da BATISTA RENOVADA definidas por
ela em suas decisões.

Parágrafo 2o – A qualidade de membro é intransmissível e ele não poderá ser representado


por procuração, uma vez que sua vinculação está condicionada à sua aliança pessoal de fé,
convicção, e conduta compatível com os ensinos extraídos da Bíblia, bem como com as
práticas e costumes ministrados pela BATISTA RENOVADA aos seus membros.

Artigo 7º - São direitos dos membros:


a) Participar de todas as atividades da BATISTA RENOVADA, colaborando assim para
que ela atinja seus objetivos;
b) Participar das Assembléias da BATISTA RENOVADA , votar e ser votado para
cargos e funções, desde que esteja em plena comunhão com a BATISTA
RENOVADA e tenha capacidade civil exigida por lei;
c) Receber assistência espiritual por meio dos ministérios oferecidos pela BATISTA
RENOVADA;
d) Ser notificado de qualquer denúncia ou documento que a BATISTA RENOVADA vier
a receber sobre sua pessoa que comprometa a sua condição de membro.
Artigo 8o – São deveres do membro da BATISTA RENOVADA:
a) Participar regularmente dos cultos, reuniões e demais atividades;
b) Informar A BATISTA RENOVADA, por escrito à Secretaria da Igreja, suas possíveis
ausências por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias;
c) Contribuir voluntária e regularmente com seus dízimos e ofertas para prover a
BATISTA RENOVADA de recursos que facultem o cumprimento dos seus deveres,
objetivos e missão, responsabilizando-se, pessoalmente, pela origem lícita de sua
contribuição;
d) Zelar pelo bom nome da BATISTA RENOVADA, divulgando-a e prestigiando-a em
todas as suas realizações;
e) Manter uma vida de devoção particular e familiar conforme as Sagradas Escrituras;
f) Fazer válidas para si e para os outros membros da BATISTA RENOVADA as
normas deste;
g) Exercer os dons e talentos recebidos de Deus bem como os cargos e funções para
os quais for eleito ou nomeado com zelo, dedicação e submissão à liderança
conforme determina a Bíblia Sagrada;
h) Ser correto em suas transações, fiel em seus compromissos e exemplar na sua
conduta, regendo a sua vida de acordo com os princípios da Palavra de Deus;
i) Cooperar, por todos os meios, para o fiel cumprimento das finalidades e dos
programas da BATISTA RENOVADA;
j) Manter sua disciplina cristã pessoal e acatar a disciplina da BATISTA RENOVADA,
bem como os princípios bíblicos por ela ensinados, não sendo indisciplinado nem
insubordinado;
k) Evitar e combater todos os vícios;
l) Evitar a participação em demandas judiciais contra a BATISTA RENOVADA, irmãos
na fé, pastores e líderes espirituais, conforme princípios ético-cristãos estabelecidos
pela Bíblia registrados em I Coríntios 6.1-11;
m) Aceitar e observar as doutrinas da BATISTA RENOVADA conforme preceitua a
Declaração Doutrinária por ela adotada;
n) Não detratar, difamar, caluniar, injuriar ou cometer qualquer outro ato que seja lesivo
à honra ou à boa fama de qualquer membro da BATISTA RENOVADA;
o) Não praticar qualquer ato de ofensa física, salvo em caso de legítima defesa, própria
ou de outrem;
37

p) Não praticar jogos de azar;


q) Não praticar qualquer ato contra a segurança nacional.

Artigo 9o – O membro que não cumprir as decisões da BATISTA RENOVADA e agir de


forma a violar os preceitos deste Estatuto estará sujeito às seguintes penalidades:
a) Disciplina pastoral;
b) Censura pública;
c) Suspensão ou exoneração de cargos ou funções que exerça por eleição ou
nomeação;
d) Desligamento do rol de membros;

Parágrafo Primeiro: As penalidades previstas nas alíneas deste artigo não têm caráter
progressivo e serão aplicadas nos termos dos artigos 10 ao 18 deste Estatuto.

Parágrafo Segundo: Disciplina pastoral, mencionada na alínea “a” deste artigo é aquela
aplicada pelo Pastor Titular a todo e qualquer membro conforme artigo 44.

Artigo 10 - O desligamento de um membro se dará por:


a) Solicitação, por escrito, do próprio membro, ao Pastor Titular, protocolada na
secretaria da igreja;
b) Apresentação de pedido de carta de transferência feito por outra igreja
reconhecidamente evangélica;
c) Morte;
d) Ausência ou abandono por mais de 180 dias sem comunicação por escrito;
e) Por qualquer outra razão que a Comissão de Membros venha deliberar.
Artigo 11 - São consideradas justa causa e motivam a exclusão do rol de membros,
observado o Processo Disciplinar, as seguintes práticas:
a) Insubordinação ou rebeldia contra a Administração ou contra os líderes legalmente
constituídos como autoridades pela BATISTA RENOVADA;
b) Promoção de dissidência manifesta ou rebelião contra as autoridades da BATISTA
RENOVADA e a das Assembléias;
c) Desobediência ao determinado no presente Estatuto, bem como no Regimento
Interno da BATISTA RENOVADA;
d) Atitudes que ofendam os princípios bíblicos recomendados e aceitos como regra e
ensinamento;
e) Atitudes que impliquem em ato ilícito penal, com condenação com trânsito em
julgado na justiça comum, após decisão da comissão de membros;
f) Atitudes que impliquem em escândalo ou prejuízo à imagem e ao bom nome da
BATISTA RENOVADA ou de seus pastores;
g) Práticas de imoralidade e sexualismo reprováveis pela Bíblia Sagrada, conforme
descreve I Coríntios, capítulo 6, versículos 9 e 10; a Epístola aos Romanos, capítulo
1, versículos 27 e 28; 1 Tessalonicenses capítulo 4, versículos 3 e 4 e Apocalipse
capítulo 21, versículo 8.

Artigo 12 – Aquele que perder a condição de membro da BATISTA RENOVADA não


poderá, sob qualquer alegação, reivindicar qualquer privilégio ou direito, inclusive de cargos
ou funções para os quais tiver sido nomeado ou eleito.

Artigo 13 – As decisões a respeito do que trata os Art. 9 o, 10 e 11 serão tomadas pela


“Comissão de Membros”, exceto quando se tratar de disciplina pastoral, definido na alínea
“a”, do artigo 9.

Parágrafo Primeiro: Todo membro passível das decisões da “Comissão de Membros” tem
amplo direito de defesa perante ela.
38

Parágrafo Segundo: Os casos de disciplina não discriminados neste Estatuto e


contrários à Bíblia Sagrada, serão tratados pela Comissão de Membros.

Artigo 14 - Instaurar-se-á o procedimento disciplinar mediante denúncia que conterá a falta


praticada pelo denunciado, a indicação das provas e a assinatura do denunciante dirigida ao
pastor da igreja que, ato contínuo, determinará pela abertura do procedimento disciplinar.
Artigo 15 - Instaurado o procedimento disciplinar, o acusado será notificado do ato, para,
querendo, exercer o seu direito de ampla defesa.

Artigo 16 - Não serão objeto de prova os fatos notórios, incontroversos ou confessados.

Artigo 17 - Por decisão da Comissão de Membros, será permitida a readmissão do


membro, mediante pedido de reconciliação e nova proposta de aceitação das normas
do presente estatuto.

Artigo 18 - os membros não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelas obrigações da


BATISTA RENOVADA.

CAPÍTULO III

DAS CONGREGAÇÕES

Artigo 19 - As Congregações serão consideradas como extensão dos trabalhos da Igreja


Sede, onde seus membros reunir-se-ão para atividades espirituais atinentes ao Reino de
Deus, inclusive atendendo às finalidades do artigo 2º deste Estatuto, sendo em tudo
subordinadas à Igreja Sede, não podendo decidir sobre assuntos relacionados à Sede.

Artigo 20 - As Congregações terão quadros próprios de Evangelistas, Diáconos, Diaconisas


e Obreiros, que exercerão o ministério local de auxílio dos ministros evangélicos e servirão à
mesma, em conformidade com os princípios das Sagradas Escrituras; sendo o seu dirigente
indicado pelo Pastor Titular, “ad referendum” do Conselho Administrativo.

Parágrafo Único: Os Evangelistas, Diáconos e Obreiros serão indicados pelo Dirigente Local
e referendados pelo Pastor Titular.
Artigo 21 - A representação das Congregações, judicial e extrajudicialmente, será feita pelo
Presidente.

Artigo 22 - A organização de qualquer das Congregações em Igreja somente se fará com a


votação favorável da maioria absoluta do Conselho Administrativo da Igreja Sede, não
podendo votar os que forem fazer parte da Congregação a ser organizada.

Parágrafo Único - Os bens móveis, imóveis e semoventes que comporão as Congregações,


bem como os adquiridos no decorrer da existência da mesma, seja a título gratuito ou
oneroso, serão de propriedade da Igreja Sede, não podendo ser disponibilizados sem a
autorização desta, nos termos do presente Estatuto, podendo somente ser considerados
patrimônio próprio da Congregação se esta se constituir em Igreja independente e com a
aprovação da emancipação pelo voto favorável da maioria absoluta do Conselho
Administrativo da Igreja Sede.

Artigo 23 – A organização em Igreja de qualquer Congregação, em oposição à decisão da


Igreja Sede, implicará na imediata retirada dos infratores da propriedade desta, sem direito a
reclamação ou indenização dos bens ali existentes, quer tenham sido adquiridos pela Igreja
Sede ou pela própria Congregação e, os membros que se incorporarem a essa Igreja assim
39

organizada, serão automaticamente excluídos do rol de membros da sede, por constituir-se


justa causa, caracterizada pela rebeldia e infração ao disposto no presente Estatuto.

CAPÍTULO IV

DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS E SUAS DECISÕES

Artigo 24 – A Assembléia Geral é o poder soberano para decidir assuntos de ordem


administrativa e espiritual da BATISTA RENOVADA, não contrários às leis vigentes e a este
Estatuto, sendo composta pelos membros da mesma, respeitando o disposto no artigo 6° e
na alínea “b” do artigo 7° deste Estatuto.

Artigo 25 – A Assembléia Geral poderá ser Ordinária ou Extraordinária e se realizará por


convocação do Presidente, em qualquer uma das dependências da BATISTA RENOVADA,
salvo impossibilidade absoluta de utilização da mesma, caso em que outro local será
designado quando da convocação da Assembléia.

Artigo 26 – A Assembléia Geral Ordinária se instalará no mês de dezembro de cada ano, em


dia e hora marcados pelo Presidente, com a presença de metade mais um dos membros
civilmente capazes, em primeira convocação e com a presença de qualquer número,
decorridos 30 (trinta) minutos da primeira convocação, podendo tratar de qualquer assunto,
cujas decisões serão válidas se aprovadas pelo voto de maioria simples, desde que não
contrarie o disposto nos Artigos 27, 28 e 29.
Artigo 27 - É de competência exclusiva da Assembléia Geral Ordinária:
a) Eleger a Diretoria Executiva da BATISTA RENOVADA, exceto o Pastor Titular;
b) Eleger o Conselho Fiscal;
c) Eleger a Comissão de Membros;
d) Eleger os vogais do Conselho Administrativo.

Parágrafo Único: O mandato de todos os cargos de que trata este artigo é de um ano,
coincidindo com o ano civil, com exceção de o Pastor Titular, que exercerá o cargo por
tempo indeterminado, salvo se excluído ou demissionado.
Artigo 28 - É de competência exclusiva da Assembléia Geral Extraordinária:
a) Eleição e exoneração do Pastor Titular;
b) Exoneração dos demais membros da Diretoria Executiva, dos vogais do Conselho
Administrativo, do Conselho Fiscal ou da Comissão de Membros;
c) Decisão de recursos impetrados por membros;
d) Reforma deste Estatuto;
e) Transferência da sede da BATISTA RENOVADA;
f) Deliberar sobre dissolução da BATISTA RENOVADA;
g) Resolver os casos omissos neste Estatuto.

Artigo 29 – As Assembléias Gerais Extraordinárias realizar-se-ão sempre que necessário,


por convocação do Presidente durante os cultos regulares da BATISTA RENOVADA, com a
antecedência mínima de 07 (sete) dias, observando o mesmo quorum da Assembléia
Ordinária e poderão tratar de quaisquer assuntos de interesse da BATISTA RENOVADA,
em plena consonância com este Estatuto, desde que mencionados no Edital de Convocação
que estará afixado no quadro de avisos da BATISTA RENOVADA.

Parágrafo Primeiro: Todas as deliberações da BATISTA RENOVADA de que tratam as


alíneas “a”, “b” e “d” do artigo 28, deverão ser tomadas, por votação concorde de 2/3 dos
presentes à Assembléia especificamente convocada para esse fim, não podendo ela
40

deliberar, em primeira convocação, sem a presença de 2/3 dos membros que exerçam
direito a voto, ou em 2ª convocação, após 30 minutos decorridos da 1ª convocação, com
pelo menos metade mais um dos membros que exerçam direito a voto ou com 1/3 dos
membros nas convocações seguintes.

Parágrafo Segundo: Em caso de exoneração ou falta do Pastor Titular, deverá ser


convocada, no prazo máximo de 90 dias, Assembléia Geral para eleição de seu
substituto, respeitando o disposto no parágrafo anterior.

Parágrafo Terceiro: No que trata a alínea “f” do Artigo 28, a BATISTA RENOVADA só
poderá ser dissolvida pelo voto unânime dos membros com direito a voto, em duas
Assembléias Gerais Extraordinárias consecutivas, convocadas expressamente para
esse fim, realizadas com um intervalo de 30 (trinta) dias entre ambas, observada a
antecedência de 30 (trinta) dias da primeira convocação.

Artigo 30 – Fica assegurado aos membros o direito de requererem Assembléia Geral


Extraordinária, devendo o referido requerimento ser elaborado por no mínimo 1/5 dos
membros.

CAPÍTULO V

DA ADMINISTRAÇÃO DA CRISTAL DO NORTE

SEÇÃO I – DA DIRETORIA EXECUTIVA

Artigo 31 – Ressalvadas a competência e as prerrogativas da Assembléia Geral e do


Conselho Administrativo, a administração da BATISTA RENOVADA será exercida por uma
Diretoria Executiva composta de Presidente, Vice-Presidente, 1° e 2° Secretários e 1° e 2°
Tesoureiros, os quais não serão remunerados pelo exercício dessas funções.

Parágrafo Primeiro: O Presidente será sempre o Pastor Titular da BATISTA RENOVADA.

Parágrafo Segundo: Compete ao Presidente:


a) Dirigir e orientar todas as atividades da BATISTA RENOVADA, representando-a em
juízo ou fora dele, podendo nomear, para tanto, competentes procuradores;
b) Convocar e dirigir as reuniões da Diretoria Executiva, do Conselho Administrativo e
as Assembléias Gerais;
c) Atuar como presidente ex ofício de qualquer ministério ou órgão da BATISTA
RENOVADA;
d) Abrir, movimentar e liquidar contas bancárias, sempre em conjunto com um dos
Tesoureiros;
e) Assinar contratos, escrituras de compra e venda, hipoteca, alienação, oneração e
financiamento de bens móveis e imóveis, sempre em conjunto com um dos
Tesoureiros;
f) Assinar as Atas das reuniões da Diretoria, do Conselho Administrativo e das
Assembléias da BATISTA RENOVADA juntamente com um dos Secretários;
g) Admitir e demitir funcionários, de acordo com as necessidades dos serviços da
BATISTA RENOVADA;
h) Nomear e exonerar quaisquer líderes e assistentes para os Ministérios da BATISTA
RENOVADA;
i) Cumprir e fazer cumprir este Estatuto e as decisões da BATISTA RENOVADA;
j) Exercer o voto de desempate nas reuniões da Diretoria Executiva, do Conselho
Administrativo e nas Assembléias da BATISTA RENOVADA.
41

Parágrafo Terceiro: Compete ao Vice-Presidente:


Substituir o Presidente nas ausências ou nos seus eventuais impedimentos e, ainda,
desempenhar as funções ou missões específicas que lhe forem solicitadas.

Parágrafo Quarto: Compete ao 1º Secretário:


a) Redigir, lavrar em livro próprio ou por meio eletrônico, as Atas das reuniões da
Diretoria Executiva, do Conselho Administrativo e das Assembléias Gerais,
assinando-as juntamente com o Presidente;
b) Arquivar e manter em ordem e em boa guarda os documentos administrativos da
BATISTA RENOVADA e,
c) Organizar, manter atualizado e apresentar o rol de membros da BATISTA
RENOVADA quando solicitado pelo Presidente, pela Diretoria Executiva ou pela
Assembléia.

Parágrafo Quinto: Compete ao 2° Secretário:


Auxiliar o 1º Secretário nas suas funções, substituindo-o em suas ausências ou nos
seus eventuais impedimentos e, ainda, desempenhar as funções específicas da Secretaria
que lhe forem solicitadas pelo 1º Secretário.

Parágrafo Sexto: Compete ao 1º Tesoureiro:


a) Receber e registrar os valores monetários da BATISTA RENOVADA;
b) Abrir, movimentar e liquidar contas bancárias em nome da BATISTA RENOVADA,
em conjunto com o Presidente;
c) Movimentar contas bancárias em nome da BATISTA RENOVADA, em conjunto com
o Presidente ou com o 2º Tesoureiro;
d) Efetuar pagamentos das despesas da BATISTA RENOVADA;
e) Elaborar e apresentar ao Presidente, o relatório semanal do fluxo de caixa, com o
respectivo boletim financeiro;
f) Elaborar e apresentar ao Conselho Fiscal, os relatórios do movimento financeiro,
bem como os balancetes mensais e o balanço anual;
g) Promover a aplicação dos eventuais saldos, para compor fundos para projetos
futuros.

Parágrafo Sétimo: Compete ao 2º Tesoureiro:


Auxiliar o 1º Tesoureiro nas suas funções, substituindo-o em suas ausências ou nos
seus eventuais impedimentos e, ainda, desempenhar as funções específicas da Tesouraria,
que lhe forem solicitadas pelo 1º Tesoureiro.
Artigo 32 - Os membros da Diretoria Executiva não serão remunerados, ressalvando-se o
caso do Presidente, que receberá sustento da BATISTA RENOVADA pelas funções
pastorais exercidas, denominado prebenda, não sendo, portanto, remunerado, a qualquer
título, pelo exercício da função de Presidente.

Artigo 33 – A Diretoria Executiva será eleita na Assembléia Geral Ordinária, com exceção do
Presidente, conforme referido no Parágrafo Único do artigo 27 deste Estatuto.

Artigo 34 – A Diretoria Executiva reunir-se-á tantas vezes quantas forem necessárias,


mediante convocação do Presidente ou, na ausência ou impedimento deste, pelo Vice-
Presidente.

Artigo 35 – O mandato da Diretoria Executiva terá a duração de um ano, coincidindo com o


ano civil,com exceção do mandato do Presidente, o qual permanecerá no cargo enquanto
bem servir A BATISTA RENOVADA, sendo que os demais membros da Diretoria Executiva
poderão ser reeleitos para tantas gestões quantas a Assembléia Geral achar conveniente.
42

Artigo 36 - Um membro da Diretoria Executiva somente poderá ser destituído do cargo a seu
pedido ou pelo voto de 2/3 dos membros que compõem a Assembléia.

Artigo 37 - Caberá à Diretoria Executiva decidir quanto a salários, honorários ou prebendas


daqueles que servem A BATISTA RENOVADA, sempre dentro dos limites estabelecidos
pelo orçamento, conforme parágrafo 1°, do artigo 29.

SEÇÃO II – DO CONSELHO ADMINISTRATIVO

Artigo 38 – A BATISTA RENOVADA contará com um Conselho Administrativo, constituído


pela Diretoria Executiva e mais sete vogais dentre os membros civilmente capazes, com
mais de 5 anos de membresia, indicados pelo Pastor Titular e eleitos pela Assembléia Geral
Ordinária, juntamente com a Diretoria Executiva.

Artigo 39 - São Atribuições do Conselho Administrativo:


a) Indicar à Assembléia Geral nomes para a composição da Diretoria Executiva;
b) Encaminhar à Assembléia Geral Extraordinária o pedido de desligamento de
membros da Diretoria Executiva;
c) Encaminhar à Assembléia Geral Anteprojeto de Reforma deste Estatuto;
d) Aprovar o Parecer do Conselho Fiscal, “ad referendum” da Assembléia Geral.
e) Preparar a pauta das Assembléias Gerais;
f) Alienação ou oneração de bens da BATISTA RENOVADA;
g) Aprovar operações de compra, venda, hipoteca e financiamento de bens móveis,
imóveis e semoventes;
h) Outras atividades que não descumpram o presente Estatuto;
Parágrafo Primeiro: O Conselho Administrativo se reunirá ordinariamente nos meses de
fevereiro, maio, agosto e novembro ou extraordinariamente, sempre que necessário, por
convocação do Presidente BATISTA RENOVADA, e, no seu impedimento, do Vice-
Presidente, respectivamente, ou, na omissão dos mesmos, pela metade mais um dos seus
membros.

Parágrafo Segundo: O quorum para as reuniões do Conselho Administrativo será de maioria


absoluta e suas decisões serão válidas pela aprovação de maioria simples dos presentes na
reunião.

Parágrafo Terceiro: O membro civilmente capaz que entende que a BATISTA RENOVADA
foi prejudicada por qualquer decisão do Conselho Administrativo terá prazo de trinta (30)
dias após essa decisão para recorrer junto ao mesmo.

Parágrafo Quarto: O mandato do Conselho Administrativo será de um ano, coincidente com


o ano civil, podendo haver reeleição no todo ou em parte para tantas gestões quantas a
Assembléia Geral achar conveniente.

Parágrafo Quinto: As deliberações das reuniões do Conselho Administrativo serão


registradas em Ata.

SEÇÃO III – DO CONSELHO FISCAL


43

Artigo 40 – Por ocasião da eleição da Diretoria Executiva será eleito, também, um Conselho
Fiscal, formado por 5 membros da BATISTA RENOVADA, (sendo 3 efetivos e 2 suplentes),
civilmente capazes dentre os que possuem mais de 03 (três) anos de membresia, se
possível, com experiência contábil e financeira, cabendo-lhe examinar os relatórios do
movimento financeiro, bem como os livros de registros contábeis, os balancetes mensais, o
balanço anual e demais livros e documentos apresentados pelo Tesoureiro.

Artigo 41 - O Conselho Fiscal será eleito por um período de 01 (um) ano e prestará
relatórios ao Conselho Administrativo, em suas reuniões ordinárias, para análise e decisão.
O Conselho Fiscal poderá ser convocado pelo Presidente em caráter extraordinário.

Parágrafo Primeiro: O Conselho Fiscal poderá ser assessorado por técnicos e peritos para
aprovação das peças contábeis.

Parágrafo Segundo: As contas somente poderão ser rejeitadas com base em critérios
comprovadamente objetivos.

SEÇÃO IV – DA COMISSÃO DE MEMBROS

Artigo 42 - Por ocasião da eleição da Diretoria Executiva será eleita, também, uma
Comissão de Membros formada por 02 (dois) pastores indicados pelo Presidente ou 05
(cinco) membros da BATISTA RENOVADA, civilmente capazes dentre os líderes de
departamento e /ou diáconos, com mais de 03 (três) anos de membresia.

Parágrafo Primeiro: A Comissão de Membros reunir-se-á mensalmente para deliberar sobre


ingresso, desligamentos, exclusões e disciplina de membros de acordo com os artigos 6° e
9° ao 17, com anuência do Pastor Titular e registrará suas deliberações em Ata
SEÇÃO V – DA ATUAÇÃO PASTORAL

Artigo 43 – A orientação da BATISTA RENOVADA, bem como a direção dos atos de culto,
caberá ao Pastor Titular. Seu mandato será por tempo indeterminado e enquanto bem
servir, a critério da BATISTA RENOVADA, e mantiver vida consagrada e regrada, devendo
receber remuneração financeira pelo exercício de seu ministério como Pastor Titular.

Artigo 44 – A aplicação de toda e qualquer disciplina pastoral de que trata a alínea “a” do
artigo 9° deste Estatuto, é prerrogativa do Pastor Titular, preservando assim o sigilo e a ética
pertinentes à sua função, conforme o texto de Hebreus 13.17 da Bíblia Sagrada, podendo o
Pastor Titular delegar a autoridade para exercer disciplina a outro Pastor Auxiliar ou Líder.

Artigo 45– Considerando o crescimento natural da BATISTA RENOVADA e,


conseqüentemente, a necessidade da colaboração ativa de mais Obreiros, o Pastor Titular
poderá admitir e demitir Pastores Auxiliares, os quais exercerão as suas atividades sob a
plena orientação administrativa, doutrinária e espiritual do Pastor Titular.

Parágrafo Primeiro: A admissão ou demissão de Pastores Auxiliares será homologada pelo


voto da maioria dos membros do Conselho Administrativo.

Parágrafo Segundo: Os Pastores Auxiliares poderão exercer suas funções em tempo


integral, por prazo determinado ou indeterminado e, enquanto bem servirem A BATISTA
44

RENOVADA, a critério de o Pastor Titular, podendo receber prebenda pelo exercício de


suas funções.

Artigo 46- Os Pastores, em conformidade com a legislação da Previdência Social, são


autônomos e, como tal, deverão providenciar suas inscrições e pagamento mensal assíduo
junto ao INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social, não possuindo vínculo
empregatício com a BATISTA RENOVADA pelo desempenho de suas funções vocacionais.

Parágrafo Único - A falta de inscrição ou o não pagamento mensal assíduo das pessoas
especificadas no caput deste artigo junto ao INSS não gera qualquer direito do mesmo junto
a BATISTA RENOVADA.

Artigo 47- O Pastor Titular deverá obrigatoriamente ser filiado à ORMIBAN – Ordem de
Ministros Batista Nacional do Estado do Espírito Santo.

CAPÍTULO VI

DO PATRIMÔNIO E DA GESTÃO FINANCEIRA

Artigo 48 – O Patrimônio da BATISTA RENOVADA é constituído por doações, legados,


direitos e bens móveis, imóveis e semoventes, que deverão ser registrados em nome da
BATISTA RENOVADA e somente poderão ser aplicados na consecução de seus fins, onde
se fizer necessário, nos termos deste Estatuto e em conformidade com o que for deliberado
em Assembléia Geral.

Artigo 49 – A BATISTA RENOVADA, como pessoa jurídica sem finalidade lucrativa, não
distribuirá lucros, bonificações e vantagens advindas de seu patrimônio, sob qualquer forma
e pretexto a seus membros, dirigentes e mantenedores.
Artigo 50 – Aos membros não se atribuirá titularidade de cota ou de fração ideal do
patrimônio da BATISTA RENOVADA;

Artigo 51 – Nenhum bem, móvel ou imóvel de propriedades da BATISTA RENOVADA,


poderá servir de fiança às dívidas ou obrigações estranhas à sua própria finalidade.

Artigo 52 – A Receita da BATISTA RENOVADA se constitui da arrecadação de dízimos e


ofertas entregues voluntária e espontaneamente por seus membros, e de donativos,
doações, subvenções ou auxílios recebidos dos poderes públicos, entidades privadas
nacionais ou internacionais, ou por quaisquer outras pessoas físicas ou jurídicas que
deverão ser aplicadas nos seus fins.

Parágrafo Único: Não caberá, ao membro, sob qualquer título ou pretexto, a devolução de
valores ou bens que tenha doado voluntariamente a BATISTA RENOVADA.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS


45

Artigo 53 – A BATISTA RENOVADA poderá ter um Regimento Interno, a ser elaborado e


aprovado pelo Conselho Administrativo, o qual dará imediato conhecimento A BATISTA
RENOVADA, cujo teor não poderá contrariar os termos e nem o escopo deste Estatuto.

Artigo 54 – Em caso de dissolução da BATISTA RENOVADA, seu patrimônio líquido


remanescente será destinado à Convenção Batista Nacional ou, no seu impedimento, à
Sociedade Bíblica do Brasil.

Artigo 55 – Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos em Assembléia Geral.

Artigo 56 – O presente Estatuto reforma e consolida o Estatuto da BATISTA RENOVADA


em vigor, a partir de 10 de maio de 2007, tendo sido aprovado por unanimidade dos
membros presentes a esta Assembléia Geral Extraordinária, e entrará em vigor, quando
registrado no Cartório das Pessoas Jurídicas.

Cristal do Norte (ES), 17 de junho de 2007.

______________________________ _________________________ ___________________________________


MMMMMMMMMMMMMMMMMMMM VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
PASTOR PRESIDENTE PRIMEIRO SECRETÁRIO ADVOGADO - OAB/MG Nº.

OBS.:
Após a elaboração do Estatuto, faz-se uma Assembléia para sua aprovação, que
deverá ser transcrita em sua íntegra no livro de Atas, não incluindo as discussões
sobre o assunto, somente o preâmbulo e o texto do Estatuto, devendo conter
assinatura do presidente, 1º secretario e do advogado registro na OAB.

Para reformar o Estatuto, devemos convocar a Assembléia em caráter Extraordinário


e somente para esta finalidade, nos termos do Estatuto em vigor.

Após a aprovação da reforma e da respectiva Ata, deverá ser providenciado o seu


registro o mais rápido possível, enviando ao Cartório competente o novo Estatuto em
03 (três) vias digitadas, anexando o requerimento solicitando seja registrada a
reforma do Estatuto e que deverá ser assinada pelo Presidente.

Após o registro em Cartório, deverá ser encaminhado ao Ministério da Fazenda para


inscrição no CNPJ (para o primeiro registro).

A igreja não inscrita no CNPJ não poderá apresentar declaração de rendimento ao


Imposto de Renda, não poderá registrar empregados, não poderá fazer transação
comercial, não poderá movimentar conta bancária.

O Cartório de REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS em Belo Horizonte, é o


Cartório Jero Oliva, situado à Av. Afonso Pena 732 – 2º andar. Devemos levar para
registro:
a) Original e cópias (03) dos Estatutos, assinados pelo(s) seu(s) representante(s)
legal(is);
b) Três cópias digitadas da Ata de Organização, Ata de aprovação dos Estatutos,
eleição e posse da Diretoria Executiva, Edital de convocação (especialmente
para este fim); Lista de presença dos membros e uma declaração assinada pelo
46

Presidente e 1º Secretario de que as Atas conferem com o original (quando


copiadas de livro manuscrito).
c) Oficio assinado pelo Pastor Presidente solicitando o registro das Atas ou Estatuto
(toda vez que for realizar um registro, é solicitado o oficio, que é fornecido pelo
Cartório).

ILMO. SR. OFICIAL DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS

O abaixo assinado, representante legal da IGREJA BATISTA......................, vem requerer a V. Sa.,

anexando os documentos exigidos por lei, o registro (averbação) das Atas da referida Entidade.

Termos em que,

P. deferimento.

Belo Horizonte, ....... de .............. de .............

Assinatura: ____________________________________

Nome por extenso: .........................................................................

Cargo: PASTOR PRESIDENTE

Identidade: .............................. SSPMG Expedida em: ............/............/.............

Endereço Residencial: RUA ..................................................................................... Nº ............

Bairro ................................... Cidade .................................... Estado ...........................

CEP: .......................................
47

XIII SECRETARIA DA IGREJA

A organização e administração das igrejas locais, deve acompanhar o ritmo de seu


desenvolvimento. A secretaria é um órgão de grande importância para o bom
funcionamento de uma igreja organizada, e para tal, deve a igreja dispor de um local
apropriado e acolhedor para a secretaria, de fácil acesso aos membros, gerando
boa impressão.

Um dos problemas que a igreja têm enfrentado, é a pequena freqüência dos


membros às reuniões deliberativas. Dentre os motivos para a ausência, destacamos
os seguintes:

A) Falta de uma pauta contendo a ordem dos assuntos;


B) Falta de uma data específica para a sessão;
C) Falta de tempo na convocação de sessão extraordinária, bem como a
comunicação sobre o assunto a ser tratado;
D) Falta de domínio dos dirigentes, com relação a regras parlamentares,
provocando discussões desnecessárias e perdendo muito tempo.

Modelo de uma Pauta de Sessão:

A – Devocional;
B – Expediente;
C – Movimento de membros: Comunicação de batismos
Profissão de fé
Chegada de Cartas de Transferência
Pedido de Cartas de Transferência
Disciplina
D – Relatórios de Comissões
E – Assuntos Deliberativos

OBS.: Havendo assunto sobre a mesa para ser discutido na oportunidade, ele tem
preferência sobre as deliberações.

LIVROS ADOTADOS PELA SECRETARIA:

1. ATAS:

Ata é a narração por escrito das decisões de uma sociedade, e o que está
assentado faz história e gera direito. Embora todas as atas possam servir parta fins
legais, existe uma categoria delas em que essas implicações são mais evidentes,
como é o caso das que tratam de posse da Diretoria Executiva, resoluções sobre a
alienação de imóveis e assuntos similares. As Atas que tratam de Estatutos,
Regimento Interno, dissolução de sociedade, têm igualmente, relevante importância
jurídica.
48

1.1 O LIVRO DE ATAS:


O livro de ATAS é o maior documento da Igreja, pôr este motivo ele deve ser
guardado em lugar seguro e conservado com todo cuidado, sendo manuseado
somente pelo Secretário.

É nas Atas que se farão os registros das ocorrências verificadas durante as


reuniões, e, por terem valor legal, devem ser redigidas em livros próprios ou
digitadas em folhas avulsas.

Quando a Ata é encaminhada ao Cartório para registro, deverá ser enviada em 03


(três) vias datilografadas ou digitadas.

Para se ter uma idéia de sua importância na guarda do livro, podemos demonstrar
da seguinte maneira: “Um pastor após 35 anos de ministério pastoral, entra com um
processo de aposentadoria no IAPAS e não tendo todos os carnês de recolhimento,
indicaria a Igreja onde foi ordenado e as Igrejas que pastoreou, então as mesmas
seriam visitadas por um fiscal que pediria uma xerox autenticada das Atas que
documentaram tais fatos.

1.1.2 TERMO DE ABERTURA:


Livro de Nº .......................
Este livro contém 100 (cem) folhas numeradas tipograficamente de 001 a 100,
consecutivamente rubricadas, detina-se exclusivamente ao registro das Atas das
Assembléias Geral Ordinária e/ou Extraordinária da Igreja
........................................... , com sede à Rua ............................................ ,
Nº ................. , Bairro ......................................... , Cidade .................................. ,
Estado .............. ,

Belo Horizonte, .......... / .......... / ..........

_______________________________
Nome:
Pastor Presidente

1.2 - ROTEIRO DE UMA ATA:

Uma Ata deverá seguir o seguinte roteiro:

1.2.1 - CABEÇALHO: nele deve constar o nome da instituição, o local (rua, bairro,
cidade, estado)a hora e a data, o “quorum”, se em primeira ou Segunda convocação.
Deve constar ainda se é uma sessão Ordinária ou Extraordinária. Se for
Extraordinária deve constar quem convocou e qual a finalidade ou o assunto.

1.2.2 - CORPO: Contém a mateira deliberativa que vai sendo tratada, a saber:
ordem do dia. Não é preciso transcrevê-la, basta ir anunciando os assuntos, à
medida que vão sendo tratados, frisando títulos, que devem, de preferência, vir em
letra de forma.
49

A Ata não deve ser extensa. Nela deve constar apenas as resoluções e não toda a
discussão do assunto. É necessário, igualmente, que seja fiel, de linguagem bem
cuidada, isentas de palavras que possam envergonhar o autor dos termos em dias
futuros.
Às vezes, trata-se na Igreja de assuntos que exigem linguagem técnica. Quando isto
ocorrer, ou quando o debate envolver polêmicas em que os contendores estão
vivamente interessados, o secretário deverá pedir, através da presidência, que o
proponente encaminhe moção à mesa, fazendo-a por escrito.

1.2.3 - ENCERRAMENTO OU FECHO: O secretário deve encerrar a Ata fazendo


referencia à sua lavratura e assinando-a em seguida. A assinatura deve vir em linha
seguinte, superposta, na ordem: secretário e presidente.
1.2.4 - MODELOS DE ATA, EDITAL DE CONVOCAÇÃO E LISTA DE PRESENÇA:

Ata da Assembléia Deliberativa Extraordinária Especial da Igreja ......................., situada à


Rua ........................... nº .........., Bairro ..........................., Belo Horizonte/MG., realizada em
Primeira Convocação no dia ........ de .................... de .............. . Às 08h57 foi proposto e
apoiado o início desta Assembléia, com a finalidade de reforma do Estatuto e aprovação da
mudança da sede da Igreja para a Rua ................... nº........ bairro ............. cidade
..................... estado ................ . O pastor ....................., presidente da Igreja
............................., através de uma oração e da leitura do livro de ............. capítulo .............
verso .............. , declarou aberta a Assembléia Deliberativa Extraordinária. Ele explicou que
a Reforma do Estatuto de faz necessária em virtude do novo Código Civil, e que a Reforma
e mudança da sede já estavam previstas no Capitulo 18 do Estatuto anterior. Ato contínuo,
foi feita a contagem dos membros presentes e, como não houve quorum (presença de 99
membros), a Assembléia Deliberativa Extraordinária foi adiada por 15 (quinze) dias, sendo
anunciada a Segunda Convocação para o dia ......... de .................... de ........., „as 19h30, no
endereço acima mencionado. Nada mais havendo a tratar, foi proposto e apoiado o
encerramento desta Assembléia. Eu, ......................................., 1º Secretário, lavrei a
presente Ata, que vai assinada por mim e pelo Pastor Presidente.

_____________________ __________________________

PRIMEIRO SECRETÁRIO PASTOR PRESIDENTE

Ata da Assembléia Geral Ordinária da Igreja ...................., situada à Rua ..............................


nº ........., Bairro .............., Belo Horizonte/MG., realizada no dia 31 de Dezembro de ............ .
Às 10H40 foi proposto e apoiado o início desta Assembléia, com a finalidade de eleger e dar
posse à Diretoria Executiva da Igreja ............................. Após as discussões de praxe e não
havendo nenhuma outra sugestão, foi proposto e apoiado por unanimidade a seguinte
Diretoria Executiva para o período de 01/01/2004 a 31/12/2004: PRESIDENTE: PASTOR
.................................; VICE – PRESIDENTE..............................; PRIMEIRO SECRETÁRIO:
..................................; 2º SECRETÁRIO: ............................; PRIMEIRO TESOUREIRO:
.................................; 2º TESOUREIRO: ............................ . Não havendo mais nada a
tratar, foi proposto e apoiado o encerramento desta Assembléia. Eu, 1º Secretário, lavrei a
presente Ata, que vai assinada por mim e pelo Pastor Presidente.

____________________ ____________________

PRIMEIRO SECRETÁRIO - PASTOR PRESIDENTE –


50

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

PELO PRESENTE FICAM CONVOCADOS TODOS OS


MEMBROS DA IGREJA .............................

PARA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA A SER

REALIZADA NO DIA 31 DE DEZEMBRO DE .......,

PARA A ELEIÇÃO E POSSE DA DIRETORIA

EXECUTIVA PARA O PERÍODO DE 01/01/2003 A

31/12/2003

BELO HORIZONTE, 20 DE DEZEMBRO DE 2002

_______________________

PASTOR PRESIDENTE

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

PELO PRESENTE FICAM CONVOCADOS TODOS OS MEMBROS DA


IGREJA ............................................. PARA ASSEMBLÉIA
DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA A SER REALIZADA NO
DIA ...... DE ............................. DE ..........., „AS 08H00, „A RUA
.......................... Nº ......., BAIRRO .................... PARA A REFORMA DO

ESTATUTO E MUDANÇA DE ENDEREÇO DA SEDE.

BELO HORIZONTE, 02 DE NOVEMBRO DE 200


__________________

PASTOR PRESIDENTE
51

LISTA DE PRESENÇA DA ASSEMBLÉIA DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA ESPECIAL DA


IGREJA..................................................... SITUADA „A RUA ....................................... Nº ..........,
BAIRRO ...................................., B. Hte./MG., REALIZADA „AS 08H00 DO DIA .. DE
.....................................................DE 2003.

NOME LEGÍVEL Nº CART. IDENTIDADE

01) -
_________________________________________________________________________________
__________

02)
________________________________________________________________________________

1.2.5 – LIVRO DE PRESENÇA: De acordo com o disposto no Estatuto sobre as


Assembléias, que podem ser Ordinária ou Extraordinária, é indispensável a adoção de um
Livro de Presença em qualquer Assembléia da Igreja ou até mesmo nas reuniões do
Conselho ou Diretoria.

1.2.6 – MATRIMÔNIO: A Igreja deve adotar um Livro próprio para registro de todos os
matrimônios, independente se é civil ou religioso.

1.2.7 – FORMULÁRIOS DIVERSOS: Ficha de membro, cartão, carta (recomendação),


envelopes diversos, cartão de decisão, recibos, ficha de comissão de visitas, etc.

1.2.8 – CORRESPONDÊNCIA: O volume de correspondência de uma secretaria varia de


acordo com o tamanho da Igreja, seu relacionamento com as demais e, também, o seu
envolvimento social.

1.2.9 – OFÍCIO: Embora na função publica seja o mais comum tipo de redação oficial, o
encontramos em uso em outras organizações, sindicatos, companhias, igrejas, etc., cuja
importância e complexidade de funções exijam contato diuturno com entidades de outras
espécies.

1.2.10 – CARTAS: É uma conversa longa entre pessoas ausentes; porém, uma conversa
escrita. Podem ser de cortesia, amizade ou negócio.

1.2.11 – CIRCULARES: É o documento que tem por finalidade transmitir determinada


ordem superior, e que não pressupõe respostas.

1.2.12 – COMUNICAÇÃO INTERNA: É o documento emitido por funcionário graduado,


endereçado a um superior, subordinado ou de nível equivalente, contendo informações
sobre o andamento do trabalho. Destina-se a uma pessoa apenas.

1.2.13 – DECLARAÇÃO: A declaração é uma afirmação de existência ou não de uma


situação de fato ou de direito, com valor jurídico e sujeita a sanções previstas em lei.

1.2.14 – EDITAL: Trata-se de um documento expedido por órgão ou empresa privada com o
objetivo de difundir uma informação, aviso ou convocação.

1.2.15 – PROCURAÇÃO: É o documento que uma pessoa tem o direito legal de conceder a
outra de confiança, para agir em seu nome.

1.2.16 – RELATÓRIO: É o papel pelo qual um funcionário dá conta de sua atividade em


função permanente ou missão Extraordinária.
52

XIV ARQUIVO DA IGREJA

Toda documentação da Igreja deve ser mantida em um arquivo, para ser exibida ou
consultada, quando for necessário.

CUIDADOS ESPECIAIS:

a) Por se tratar de livros históricos, o Livro de Atas e de Tesouraria, devem ser


guardados em cofres às prova de fogo;
b) A documentação de pagamento de I. R deve ser mantida por um prazo No
inferior a 05 (cinco) anos.
c) A documentação pertinente ao INSS deve ser arquivada por um prazo não
inferior a 30 (trinta) anos, embora a exigência seja de 25 (vinte e cinco) anos.

Além destes documentos, a Igreja deverá manter em arquivo:


1 – Todos os documentos de comprovação de pagamentos (tesouraria);
A tesouraria de uma Igreja não deve ter a sofisticação de uma agencia bancaria,
mas,
também não deve ter a desorganização de uma gaveta de botequim.
2 – Uma boa organização, partindo de um relatório lógico, bem apresentado e em
ordem, vem
com o arquivamento das peças, que devem estar na seguinte ordem:
A) Documentos arquivados na mesma seqüência do Livro Caixa, facilitando em
qualquer oportunidade sua localização;
B) Manter o arquivo pelo menos 03 (três) anos;
C) Arquivar os documentos de IAPAS, FGTS, PIS, IR, CONTRIBUIÇÃO SINDICAL,
FOLHA DE PAGAMENTO E RPA, em separado, por ordem cronológica e
mantendo-os por períodos diferenciados, de acordo com a legislação;
D) Arquivar também em pasta separada e em ordem cronológica os documentos de
IMPOSTO PREDIAL e SEGUROS;
E) Os documentos devem ser hábeis, isto é, devem ter as seguintes características:
RECIBOS: Nome endereço, o fato que originou o pagamento e o CPF. Se for
pagamento autônomo, exigir o RPA e o valor do recolhimento ao IAPAS;
53

NOTAS FISCAIS: Para compras efetuadas, as notas simplificadas devem estar


com o nome da firma e o CNPJ, ou então, com o carimbo padronizado. Todos os
documentos devem Ter o RECEBIDO;
PAGAMENTOS EM CHEQUES: Os pagamentos de valores maiores, deverão
ser efetuados em CHEQUES NOMINAIS;
CORRESPONDÊNCIA: Todas as correspondências recebidas ou expedidas,
especialmente as cartas de transferência, deverão ESTAR EM PASTAS
ESPECIAIS;
RELATÓRIOS: Os relatórios da EBD e MISSÕES, deverão estar arquivados pôr
um período não inferior a 05 (cinco) anos e, se possível, encadernados.

O arquivo deverá obedecer sempre a ordem cronológica, exceto o fichário de


membros, que deverá ter a ordem alfabética.

A Administração Eclesiástica trás a nós a importante e necessária presença da


organização em uma Igreja. É diante desta ampla visão que podemos alertar a
outros sobre a seriedade deste assunto. Assim a Igreja primitiva se mantinha unida,
e devemo-nos unir e lutarmos por este ideal. Cristo quer que sejamos organizados,
para que Sua Igreja cresça de maneira assustadora, e sejamos vencedores em Seu
Nome.

ROL DE MEMBROS

Cada Igreja deverá ter uma FICHA DE IDENTIFICAÇÃO dos seus membros.
Algumas igrejas já desenvolveram um modelo próprio, outras adquirem diretamente
da JUERP. As fichas devem ser adequadas à necessidade da Igreja e devem
abranger alguns dados mínimos, tais como:

2) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL


Nome completo do membro, Número do rol de membros (seqüencial), Sexo,
Fotografia recente 3x4, Data e local de nascimento, Filiação: nome completo dos
pais, Número dos documentos de Identidade, Título de Eleitor e CPF.

3) RESIDÊNCIA
Rua, número e complemento, bairro, CEP, cidade, estado, telefones: residencial ou
de recados, celular e comercial (trabalho).
54

4) IDENTIFICAÇÃO FAMILIAR
Estado civil, nome completo do cônjuge e data de nascimento, data de casamento e
novo nome adotado, situação eclesiástica do cônjuge, nome, data de nascimento e
situação eclesiástica de cada filho.

5) IDENTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Grau de instrução, profissão, nome da empresa onde trabalha, endereço e telefone.

6) HISTÓRICO ECLESIÁSTICO
Data e local de batismo, nome do Pastor que efetuou o batismo, nome da(s) igreja(s)
onde já foi membro, cargos que ocupou na(s) igreja(s), cargos que ocupou na
denominação, data e modo da recepção, procedência, data, motivo da saída e
destino.

Algumas igrejas mantêm dois arquivos e dois tipos de fichas. Um arquivo mais
simples, para a secretaria, outro, mais completo no gabinete pastoral. A medida é
tomada pela confidencialidade de alguns dados, especialmente dados para o Pastor.
O pastor deverá ter bastante cuidado com suas anotações nas fichas, evitando
qualquer coisa que possa comprometer uma pessoa. O fichário do Pastor, ou
confidencial (quando houver) deve ser entregue pessoalmente ao sucessor.
Alguns dados da ficha deverão ser colocados de maneira que possam ser
modificados sem rasuras, tais como: endereço, telefone, local de trabalho, etc.

A Igreja Batista é composta de membros que expressam sua vontade de participar


dela, e que sejam aceitos por unanimidade de votos.

B) REQUISITOS E FORMAS PARA SER MEMBRO DE UMA IGREJA BATISTA


Requisito espiritual: Mt 3.1,2; At 16.31;
Requisito social: Prestar uma declaração ou profissão de fé, preencher os requisitos
necessários, ser solteiro ou civilmente casado, aceito por unanimidade.
Requisito formal: Obedecer a ordenação do batismo.
55

Formas de aceitação: Batismo, Carta de transferencia, Reconciliação, Aclamação


(declaração).
Formas de saídas: Carta de transferencia, Exclusão e morte.

OBRIGAÇÕES DA IGREJA PARA COM O MEMBRO:


Amor: Jo 15.12;
Oração: Tg 5.13;
Instrução: Mt 28.20;
Fortalecimento: Rm 14.1,13;
Auxilio: Gl 6.10;
Fraternidade: At 2.46,47; 1ª Ts 4.9-12.

C) OBRIGAÇÕES DO MEMBRO PARA COM A IGREJA:


Lealdade: Mt 16.24,25;
Generosidade: 2ª Co 9.5-7;
Serviço: 1ª Tm 4.12-16;
Amor: Jo 15.12;
Oração: Tg 5.13.
56

XV TESOURARIA

O relatório da tesouraria da igreja deve seguir algumas normas técnicas que


possam, não só, ordenar como também tornar claro o que ele apresenta; entre
essas normas destacamos:

1 – NOMENCLATURA:

a) Existem normas estabelecidas de caráter técnico e algumas de ordem legal;


b) O título da conta deve expressar claramente a operação efetuada;
c) Deve ser fácil de entendimento para os indoutos em contabilidade.

2 – AGRUPAMENTO DE CONTAS:

As contas de despesas devem estar relacionadas e agrupadas de acordo com o


relacionamento entre elas. Para melhor compreensão damos o seguinte exemplo:
Compra de literatura, compra de material didático, verbas para organizações, devem
pertencer ao grupo de DESPESAS COM EDUCAÇÃO RELIGIOSA ou CRISTÃ. Do
mesmo modo teríamos contas como: MINISTÉRIO DO CULTO – EVANGELISMO –
MISSÕES – BENEFICÊNCIA – ADMINISTRAÇÃO – etc.

3 – ORDENAÇÃO DE GRUPOS:

Deverá seguir um critério de prioridade, considerando na ordem decrescente o


significado vital para o ministério da Igreja, e que deverá exercer maior ou menor
influência e motivação na prática da liberalidade.
Naturalmente o relatório financeiro deve seguir a estrutura técnica de um PLANO DE
CONTAS, oferecendo assim as seguintes vantagens:
A) Facilita a análise da distribuição e uso dos bens da Igreja pelas suas áreas de
trabalho;
B) Agrupa os hiatos contábeis por área de atuação, permitindo assim aos membros
verificar corretamente o ministério que eles vêm desenvolvendo através de sua
Igreja;
C) Evita operações e fatos da mesma natureza classificados desordenadamente;
D) Facilita o estabelecimento de critérios e prioridades no programa da Igreja;
E) Fornece, com precisão, os elementos para o relatório anual;
F) Mantém uma padronização dos relatórios mensais e anuais.
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4 – QUESTÕES DE ÉTICA

Por princípios éticos, deve ser evitada no relatório financeiro a nomenclatura


SALÁRIO, seja pastoral ou de zeladoria ou ainda do pessoal administrativo.

5 – DEVERES DO TESOUREIRO:

1) Receber e distribuir o dinheiro da tesouraria para os fins específicos;


2) Liderar a discussão do plano financeiro da Igreja;
3) Ter sempre em mãos material para fornecer aos membros;
4) Liderar a campanha de mordomia;
5) Trazer os livros da tesouraria sempre em ordem;
6) Fornecer a quem de direito “DECLARAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES” para fins
específicos;
7) Fazer todos os depósitos necessários da Igreja e sempre que possível pagar em
cheque;
8) Assinar cheques com o pastor presidente ou outra pessoa nomeada para tal fim;
9) Um tesoureiro deve ter sempre em mente que ele está administrando o dinheiro
da Casa do Senhor e não dele; porque há tesoureiros que agem como se fossem
donos do dinheiro;
10) Um tesoureiro deve ser uma pessoa que se preocupa com as finanças do seu
pastor; sempre com o propósito de proporcionar ao mesmo uma remuneração
condigna;
11) Um tesoureiro deve saber quais são as despesas que a Igreja deve ter com o
pastor;
12) O tesoureiro deve levar a Igreja oferecer ao pastor:
a) Remuneração compatível;
b) Moradia digna, mais água, luz, telefone, combustível, e até mesmo um
veiculo;
c) 13º salário;
d) Férias acrescidas de 1/3;
e) Deposito mensal do FGTM (Fundo de Garantia por Tempo Ministerial);
f) Levar a Igreja a cumprir os seus compromissos com a denominação.
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XVI CONTABILIDADE ECLESIÁSTICA

A Igreja para satisfazer a legislação vigente, deverá ter sua escrituração feita por um
profissional (contador) devidamente habilitado.

Para facilitar o serviço de Contabilidade, a Igreja deverá ter o seu orçamento


padronizado, conforme modelo que estamos apresentando:

ORÇAMENTO

1. RECEITAS
1.1 – DÍZIMOS
1.2 – OFERTAS ESPECIAIS
1.3 – RENDAS EVENTUAIS
1.3.1 – CAMPANHAS ESPECIAIS
1.3.2 – PREVIDÊNCIA SOCIAL – INSS – (desconto em folha)
1.3.3 – RECUPERAÇÃO DE DESPESAS
1.3.4 – RECEITAS FINANCEIRAS
1.3.5 – OUTRAS RECEITAS
1.4 – FUNDO DE CONSTRUÇÃO
1.4.1 – EDUCAÇÃO MINISTERIAL
1.4.2 – BENEFICIÊNCIAS
1.4.3 – EVENTUAIS (campanhas, ofertas alcançadas, evangelismo, etc. ...)
1.5 – EMPRÉSTIMOS
1.5.1 – DA CONVENÇÃO
1.5.2 – DE BANCOS
1.5.3 – DE PARTICULARES
1.6 – RECEITA EXTRAORDINÁRIA
1.6.1 – JUROS BANCÁRIOS
1.6.2 – RENDIMENTOS DE POUPANÇA
1.6.3 – OUTROS RENDIMENTOS

TOTAL DE ENTRADAS: R$ ................

2. SAÍDAS (DESPESAS )
2.1 – MINISTÉRIO DO CULTO
2.1.1 – SUSTENTO PASTORAL (PASTOR, AUXILIARES DE MINISTÉRIO)
2.1.2 – PREVIDÊNCIA PASTORAL
2.1.3 – FGTM (FUNDO ESPECIAL DE TEMPO DE MINISTÉRIO)
2.1.4 – 13º SALÁRIO
2.1.5 – FÉRIAS ANUAIS
2.1.6 – RESIDÊNCIA PASTORAL (ALUGUEL E CONSERVAÇÃO)
2.1.7 – CEIA DO SENHOR
2.1.8 – PIS (Programa de Integração Social)
2.1.9 – INDENIZAÇÕES TRABALHISTAS
2.2 – APLICAÇÃO DENOMINACIONAL
2.2.1 – PLANO COOPERATIVO
2.2.2 – SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
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2.2.3 – ASSOCIAÇÃO BATISTA NACIONAL


2.2.4 – JUVENTUDE BATISTA NACIONAL
2.2.5 – UNIÃO MASCULINA MISSIONÁRIA
2.2.6 – UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA
2.2.7 – ASSOCIAÇÃO DOS DIÁCONOS
2.2.8 – LERBAN (Livraria Evangélica Batista Nacional)

2.3 – DESPESAS COM MISSÕES (promoções missionárias)


2.3.1 – DIA DE MISSÕES NO PODER DO ESPÍRITO
2.3.2 – DESPESAS COM CONGREGAÇÕES
2.3.3 – TRANSPORTES PARA OBREIROS DAS CONGREGAÇÕES

2.4 – DESPESAS EVANGELÍSTICAS


2.4.1 – LITERATURAS (Bíblias, folhetos, N. T.)
2.4.2 – LITERATURAS PERIÓDICAS
2.4.3 – BOLETIM SEMANAL
2.4.4 – DESPESAS COM CONFERENCISTAS E EVANGELISTAS (locomoção e
hospedagem)
2.4.5 – BOLSAS DE ESTUDOS TEOLÓGICAS (gratificações a seminaristas)
2.4.6 – ESCOLA DOMINICAL
2.4.7 – DEPARTAMENTO DE MÚSICA
2.4.8 – BIBLIOTECA

2.5 – CAIXA BENEFICENTE LOCAL


2.5.1 – INSTITUTO BATISTA NACIONAL (orfanato)
2.5.2 – VERBA PARA O NATAL (cestas)
2.5.3 – CENTRO COMUNITÁRIO

2.6 – DESPESAS GERAIS


2.6.1 – ÁGUA, LUZ, TELEFONE
2.6.2 – CONDOMÍNIO
2.6.3 – MATERIAL DE LIMPEZA

2.7 – INVESTIMENTOS
2.7.1 – AQUISIÇÃO DE MÓVEIS
2.7.2 – FUNDO DE CONSTRUÇÃO
2.7.3 – PLANO DE EXPANSÃO
2.7.4 – CONSÓRCIO

2.8 – DESPESAS DE ADMINISTRAÇÃO


2.8.1 – ALUGUÉIS
2.8.2 – CONDUÇÃO
2.8.3 – CONSERTOS E REPAROS
2.8.4 – DESPESAS POSTAIS
2.8.5 – MATERIAL DE ESCRITÓRIO
2.8.6 – ORNAMENTAÇÃO
2.8.7 – CONSERVAÇÃO DE VEÍCULOS
2.8.8 – FUNDO DE EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO

TOTAL DE SAÍDAS: R$ ..........


SALDO PARA O PRÓXIMO MÊS DE . . . (total de entradas menos o total de saídas)
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XVII IMPLICAÇÕES FISCAIS

A IGREJA E OS ATRIBUTOS:
Artigo 19 III – b da Constituição: “É vedado a União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, instituir impostos sobre os templos de qualquer
culto”.
DÚVIDAS:

a) Casa Pastoral e Casa da Zeladoria estão isentas?


b) A cantina também é isenta?
c) É necessário que o edifício tenha forma de templo?

“A palavra templo não deve ser interpretada restritivamente, atingindo a imunidade


também as dependências anexas, como salão paroquial, convento, residência do
pároco, desde que não empregadas em fins econômicos”.

IMPOSTO DE RENDA:

Embora esteja isenta do Imposto de Renda, a igreja deve apresentar a sua


declaração anual de rendimentos.
O que o Governo deseja, é a denuncia dos pagamentos efetuados e se os
recebedores declaram os mesmos, evitando assim a sonegação.

Eis a Instrução normativa a respeito:

“O Secretário da Receita Federal, no uso de suas atribuições, tendo em vista a


necessidade de disciplinar o cumprimento de obrigações acessórias por parte dos
templos de qualquer culto e de instruções de educação ou assistência social
esclarece:

1 – As entidades de natureza religiosa, que têm personalidade jurídica, estão


obrigadas a inscreverem-se no CONSELHO NACIONAL DE PESSOAS
JURÍDICAS (CNPJ), e a observarem as demais disposições que regulam o
assunto;
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2 – As entidades referidas no item anterior, mesmo as não alcançadas pela


tributação, estão sujeitas a apresentar declaração anual de rendimentos.

INSS

Artigo 2º Parágrafo 1º CLT: “Equipara-se ao empregador para efeitos exclusivos de


relação de emprego . . . as instituições beneficentes, as associações recreativas ou
outras instituições sem fins lucrativos que admitem trabalhadores como
empregados”.

Obrigações

A – promover a matricula no INSS, trinta dias após o início de suas atividades;


B – matrícula em separado para obra, quando estiver em obras;
C – tendo empregado, fazer a relação e preparar a folha de pagamentos;
D – descontar do empregado a parte que couber ao INSS e recolher no prazo de
competência a parte dele e do empregador, preenchendo formulário próprio;
E – manter em arquivo separado a documentação do INSS em ordem cronológica;
F – manter a contabilidade, um título próprio que identifique a contribuição com o
INSS.

FUNÇÃO PASTORAL E O INSS

Decreto lei nº 89.312 de 23/01/1984:

Artigo 3º - O ingresso em atividade abrangida pela Previdência Social urbana


determina a filiação automática a esse regime.

Artigo 6º - É obrigatoriamente segurado o trabalhador autônomo. É equiparado ao


trabalhador autônomo o ministro de confissão religiosa, se não estiver ligado à
Previdência Social Urbana em razão de outra atividade, nem a outro regime oficial
de previdência militar ou civil.
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MINISTRO DE CONFISSÃO RELIGIOSA – Resolução do INSS nº 86 de 01/12/1980:


“São aqueles que consagram suas vidas ao serviço de Deus e ao próximo, com ou
sem ordenação, dedicando-se ao anuncio de suas respectivas doutrinas e crenças,
à celebração dos cultos próprios, à organização das comunidades e à promoção e
observância das normas estabelecidas, desde que devidamente aprovados para o
exercício de suas funções pela autoridade religiosa competente”.

Como o PASTOR é comparado ao trabalhador autônomo, não há nenhum amparo


na legislação trabalhista para ele. Assim ele não tem direito a Carteira assinada, 13º
salário, Férias, FGTS, Salário Família.

Embora nada possa reclamar na Justiça do Trabalho, as Igrejas devem ser alertadas
para o sustento ministerial, de acordo com Mateus 10.10 e 1ª Co 9.14.

Assim eles deverão dar ao seu Pastor:


Remuneração à base de Salários Mínimos – 13º Salário – Férias – FGTM – Abono
Familiar – Residência Pastoral e Verba para locomoção.
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XVIII ZELADORIA E ZELADOR

A zeladoria é um dos serviços de grande importância na Igreja, diríamos que é um


ministério, e como tal, deve ser desempenhado por um membro consagrado. O
zelador é um empregado, deve ser registrado de acordo com a Lei, e deverá ter um
salário condigno, resultante da base acertada quando de sua admissão, com
revisões periódicas, conforme as normas legais e os méritos de seu trabalho. O
salário não poderá ser inferior ao da classe, no ato de admissão.

O pastor deverá manter constantes encontros com o zelador, para revisar o seu
desempenho e para ouvir o relatório dos seus trabalhos. Deverá também compor
uma lista de tarefas a serem executadas pelo zelador.

Algumas igrejas visando a contenção de despesas, procuram manter os seus


zeladores como autônomos, evitando dessa maneira o recolhimento das obrigações
sociais, férias, 13º salário, salário família, FGTS, PIS e indenização trabalhista.

O Artigo 3º da CLT diz que se considera empregado toda pessoa física que prestar
serviço de natureza não eventual a empregador. O serviço de zeladoria não tem
caráter de eventualidade, daí podemos afirmar que o zelador da igreja tem que ser
necessariamente, empregado regido pela CLT, com todos os direitos e obrigações.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Antônio Vieira de. Administração de Recursos Humanos.

CARVALHO, Antônio Vieira de. Planejando e Administrando as Atividades da


Igreja.

CUNNINGHAM, Loren e ROGERS, Janice. Fé e Finanças no Reino de Deus.

KESSLER, Nemuel e CÂMARA, Samuel. Administração Eclesiástica.

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