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ILUMINE
O MUNDO PARA

DEUS
Um Manual Dinâmico de Evangelismo Para Envolver Sua
Igreja em um Poderoso Ministério de Estudos Bíblicos.

Ernestine e Mark Finley

Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista


S U M Á R I O

I N T R O D U Ç Ã O ....................................................................................................................................................................... 4

C A P Í T U L O 1 – CINCO CHAVES PARA OSUCESSO NO EVANGELISMO.................................7

C A P Í T U L O 2 – LEVAR PESSOAS A CRISTO: UMA SÁBIA DECISÃO.....................................18

C A P Í T U L O 3 – O PODER DO ESPÍRITO SANTO E A


ORAÇÃO INTERCESSÓRIA.................................................................................................24

C A P Í T U L O 4 – O PODER DA PALAVRA DE DEUS............................................................................... 38

C A P Í T U L O 5 – CHAVES PARA ENCONTRAR E DESENVOLVER


INTERESSADOS..........................................................................................................................48

C A P Í T U L O 6 – UM PLANO EFICAZ PARA DAR ESTUDOS BÍBLICOS................................. 58

C A P Í T U L O 7 – PASSOS PARA INICIAR UM MINISTÉRIO DE


ESTUDOS BÍBLICOS............................................................................................................... 69

C A P Í T U L O 8 – COMO PREPARAR O SEU CADERNO DE ESTUDOS


BÍBLICOS E A CAIXA-ARQUIVO.....................................................................................73

C A P Í T U L O 9 – SOPA E SALVAÇÃO UM PROGRAMA DE ESTUDOS


BÍBLICOS ORGANIZADO.....................................................................................................81

C A P Í T U L O 1 0 – LIDANDO COM AS OBJEÇÕES....................................................................................92

C A P Í T U L O 1 1 – TRABALHANDO PARA ALCANÇAR DECISÕES.............................................. 101

C A P Í T U L O 1 2 – COLHENDO OS FRUTOS...............................................................................................109

C A P Í T U L O 1 3 – COMO OBTER ÊXITO NA OBRA DE DAR


ESTUDOS BÍBLICOS.......................................................................................................... 116

C A P Í T U L O 1 4 – NUTRIR, ENSINAR, CUIDAR E ACOMPANHAR........................................... 123

A P Ê N D I C E S .........................................................................................................................................................................139
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I N T R O D U Ç Ã O

D ezenas de milhares de membros voluntários adventistas


do sétimo dia ao redor do mundo estão redescobrindo
a alegria de partilhar sua fé. Possuem uma nova compre-
ensão de seu papel como cristãos. A verdade bíblica do chamado de
Deus para serem Suas testemunhas elevou seu pensamento e trans-
formou sua vida. A percepção e o entusiasmo pelo que Deus está
operando através deles elevou sua própria experiência espiritual.
Onde a igreja está crescendo ao redor do mundo, membros vo-
luntários estão ativamente envolvidos. O sucesso no evangelismo
depende grandemente da atividade dos membros.
Membros voluntários, distribuindo literatura, compartilhando o
amor de Cristo com seus amigos, visitando os vizinhos e dando es-
tudos bíblicos, estão causando um enorme impacto no avanço da
Causa de Deus.
Esses consagrados membros participam da maior campanha
evangelística da história. Presenciam milhares de pessoas aceitan-
do a verdade divina para esta hora. Mais de 2.800 pessoas, todos os
dias, – ou um milhão por ano – tornam-se adventistas do sétimo dia.
A maioria desses novos conversos ligam sua conversão ao amorável
testemunho de um membro da igreja.
Os membros voluntários adventistas percebem que estão vivendo
no limiar do Reino de Deus. Possuem uma convicção cada vez maior de

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que a vinda do Senhor está bem perto. Os membros doam seu tempo,
usando seus dons e ativamente testemunhando pelo seu Senhor.
Há dois mil anos, Jesus fez um chamado ao serviço para a igreja
do Novo Testamento. Suas palavras foram muito claras para serem
mal compreendidas:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-
-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os
a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século.”

MATEUS 28:19-20
Ellen G. White, a mensageira de Deus para os últimos dias, clara-
mente descreve como a obra da grande comissão evangélica pode
ser finalmente cumprida.
“Isto pode ser feito melhor por esforços pessoais, pelo introdu-
zir a verdade em seus lares, orando com eles e abrindo-lhes as Es-
crituras” (Review and Herald, 8 de dezembro de 1885).
“Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de nos-
so Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la” (Parábolas de
Jesus, p. 69).
“Longamente tem Deus esperado que o espírito de serviço se
apodere de toda a igreja, de maneira que cada um trabalhe para Ele
segundo sua habilidade” (Atos dos Apóstolos, p. 111)
O envolvimento voluntário é a chave para o cumprimento da
grande comissão evangélica. Observe o conselho inspirado por Deus:
“A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser
que os homens e as mulheres que constituem a igreja concorram
ao trabalho e unam os seus esforços aos dos pastores e oficiais da
igreja” (Obreiros Evangélicos, p. 352)
Deus está reunindo os membros de Sua igreja ao redor do mun-
do para um movimento único no clímax da história deste planeta.
Ele derramará Seu Espírito sobre eles ao utilizarem os dons para a
proclamação das boas-novas.
O evangelismo é o coração da igreja do Novo Testamento. O livro
de Atos é revivido quando os membros voluntários testemunham

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por seu Senhor. Jesus chamou Pedro, um pescador, Mateus, um cole-
tor de impostos, e Lucas, um médico, para serem Suas testemunhas.
Membros voluntários, homens e mulheres, foram chamados para
partilhar sua fé. No dia do Pentecostes, três mil foram batizados em
um só dia.
Alguns meses depois, a igreja cresceu para cinco mil homens,
sem contar mulheres e crianças. A igreja cristã chegou ao número
de quinze a vinte mil pouco tempo depois do Pentecostes.
O que provocou essa explosão evangelística sem precedentes?
A igreja toda estava focada no objetivo central de ganhar os per-
didos para Cristo. Cada membro tinha paixão por ganhar pessoas
para o Reino de Deus. Suas energias estavam direcionadas para a
salvação dos perdidos.
O livro de Atos está se repetindo hoje. Uma vez mais, membros
voluntários estão se entusiasmando em compartilhar sua fé. Agora
os cristãos sabem qual trabalho devem fazer.
“Nossa obra foi-nos designada por nosso Pai celeste. Devemos
tomar a Bíblia e sair para advertir o mundo. Somos a mão ajudadora
de Deus no salvar almas – condutos pelos quais Seu amor deve fluir
dia a dia para os que perecem” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 150).
Este manual apresentará passos simples e práticos para o en-
volvimento ativo em muitos ministérios diferentes, mas particular-
mente em como partilhar a Palavra de Deus através do ministério
de estudos bíblicos. Embora haja muitas maneiras de partilhar a fé,
Deus chama alguns especialmente para abrir Sua Palavra com ou-
tras pessoas. Ao aplicarmos os princípios deste manual em nossa
vida, seremos grandemente abençoados. Nossa igreja crescerá e o
Reino de Deus avançará. Portanto, vamos começar.

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C A P Í T U LO 1

C I N C O C H AV E S P A R A O

S U C E S S O N O E V A N G E L I S M O

 MA GRANDE ESTRATÉGIA BASEADA EM CINCO


U
PRINCÍPIOS DE CRESCIMENTO DE IGREJA

As “Cinco Chaves Para o Sucesso no Evangelismo” são princípios bíbli-

cos, centralizados em Cristo, que testificam de Seu poder ao proporcio-

narem igrejas que crescem.

Um estudo meticuloso do livro de Atos revela que o sucesso dos


discípulos baseava-se em cinco princípios universais. Os princípios
evangelísticos eternos cruzam barreiras culturais e garantem o su-
cesso no ganho de pessoas para o Reino de Deus. Foram testados
em campo ao redor do mundo. Pela compreensão dessas “Cinco
Chaves”, pastores e membros voluntários obtiveram maior sucesso
em levar pessoas a Cristo. Ao serem implantados esses princípios
nas congregações locais, o Espírito Santo opera poderosamente para
produzir um crescimento extraordinário para o Reino de Deus.

CHAVE 1 – REAVIVAMENTO
As igrejas crescem quando há um genuíno reavivamento espiritual
entre os membros e uma correspondente renovação da vida espiritual.
A igreja cristã do Novo Testamento cresceu em grande parte por-
que cada membro teve a experiência de um encontro pessoal com

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Jesus Cristo. O livro de Atos testifica do dinâmico poder de Deus
operando através dos crentes convertidos. Note como essas claras
passagens revelam a promessa de Cristo para o reavivamento espi-
ritual e seu efeito impressionante na vida dos discípulos:
Atos 1:8 – “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e sereis Minhas testemunhas.”
Atos 4:20 – “pois nós não podemos deixar de falar das coisas que
vimos e ouvimos.” (O testemunho dos discípulos provinha do íntimo
de sua experiência pessoal.)
Atos 4:31 – “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reu-
nidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez,
anunciavam a palavra de Deus.”
Atos 4:33 – “Com grande poder, os apóstolos davam testemunho
da ressurreição do Senhor Jesus.”
O apóstolo João descreve os discípulos cheios do Espírito Santo
e o poder de seu testemunho da seguinte maneira:
“O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos
visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas
mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se mani-
festou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anun-
ciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada),
o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para
que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa
comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1 João 1:1-3).
- Os discípulos apresentaram um Jesus que conheciam.
- Proclamaram um Cristo com que tiveram experiência.
- Testemunharam de um Cristo que os havia transformado.
No dia do Pentecostes, os discípulos experimentaram um rea-
vivamento espiritual (Veja Atos 2:1-4).
Os discípulos recém-convertidos, cheios do Espírito Santo, tinham
o coração transbordando com o desejo de proclamar o amor de Deus
a todos com quem se encontravam. Quando temos uma experiência
com Jesus, também termos o mesmo desejo.
“Tão depressa uma pessoa se chegue para Cristo, nasce-lhe no
coração o desejo de revelar aos outros que precioso amigo encontrou

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em Jesus; a salvadora e santificante verdade não lhe pode ficar en-
cerrada no coração” (Caminho a Cristo, p. 78).
Há uma grande necessidade de reavivamento entre o povo de
Deus. Ele anseia por derramar sobre nós o Seu Espírito. Ele aguarda
até que O aceitemos.
“Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior
e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve
ser nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço para
obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a
outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para
recebê-la. Nosso Pai celeste está mais disposto a dar Seu Espírito
Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar
boas dádivas a seus filhos” (Mensagens Escolhidas, p. 121).

TRÊS MANEIRAS DE EXPERIMENTAR O REAVIVAMENTO ESPIRITUAL


As igrejas são reavivadas quando há uma ênfase renovada no
estudo da Bíblia.
“Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento
de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Visto como, pelo Seu divino po-
der, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e
à piedade, pelo conhecimento completo dAquele que nos chamou
para a Sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas
as Suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos
torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da cor-
rupção das paixões que há no mundo” (2 Pedro 1:2-4).
“Nada há mais apropriado para fortalecer o intelecto do que o
estudo das Escrituras. Nenhum outro livro é tão poderoso para ele-
var os pensamentos, para dar vigor às faculdades, como as amplas
e enobrecedoras verdades da Bíblia” (Caminho a Cristo, p. 90).
“Demos mais tempo ao estudo da Bíblia. Não compreendemos a
Palavra como devemos. O livro de Apocalipse abre com uma ordem para
compreendermos a instrução que ele contém. ‘Bem-aventurado aquele
que lê e os que ouvem as palavras desta profecia’, declara Deus, ‘e guardam
as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.’ Apo-
calipse 1:3. Quando nós, como um povo, compreendermos o que este

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livro para nós significa, ver-se-á entre nós grande reavivamento” (Tes-
temunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 113).
As igrejas são reavivadas quando há uma ênfase renovada na
oração intercessora.
Paulo orou pelos santos e fiéis irmãos em Cristo de Colossos.
Veja o exemplo de intercessão de Paulo em Colossenses 1:3 e 9 e Fi-
lipenses 1:3-5.
“Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
quando oramos por vós... Por esta razão, também nós, desde o dia
em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que
transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sa-
bedoria e entendimento spiritual” (Colossenses 1:3 e 9).
“Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo
sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas
orações, pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia
até agora” (Filipenses 1:3-5).
“Há necessidade de diligência na oração; que coisa alguma dela
vos detenha. Fazei todos os esforços para conservar aberta a comu-
nhão entre Jesus e vossa própria alma” (Caminho a Cristo, p. 98).
As igrejas são reavivadas quando há uma ênfase renovada no
testemunho.
Ao partilharem sua fé, os discípulos notaram que ela crescia mais
e mais. Testificando de seu compromisso pessoal com Cristo, torna-
ram-se poderosos instrumentos. Quanto mais der, mais receberá.
“Se vos puserdes a trabalhar como Cristo determina que Seus dis-
cípulos o façam, e conquistar pessoas para Ele, sentireis a necessidade
de uma experiência mais profunda e um maior conhecimento das coi-
sas divinas, e tereis fome e sede de justiça” (Caminho a Cristo, p. 80).
Em suas palavras, faça um resumo dos princípios essenciais para
o reavivamento em sua congregação local.
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Depois de passar tempo com Jesus e estar espiritualmente reno-


vado, o desejo do coração é ser treinado e equipado para o serviço.

CHAVE 2 – PREPARO E APERFEIÇOAMENTO


As igrejas crescem quando cada membro é treinado e aperfei-
çoado para o serviço.
Nosso Senhor incentivou os discípulos a seguirem-nO com as
seguintes palavras: “Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de
homens” (Mateus 4:19).
Os discípulos foram treinados e preparados pelo maior professor
do mundo. Jesus passou três anos e meio treinando e aperfeiçoando
Seus discípulos. No livro de Atos, eles aplicaram as lições que Jesus
havia ensinado. Eles saíram no nome de Jesus, procurando atender
as necessidades de homens e mulheres e alcançando-os para o Rei-
no de Deus.
Ao participarem deste treinamento prático com a instrução
pessoal e a experiência prática de campo, gradualmente foram se
tornando testemunhas mais eficazes nas mãos de Cristo para revo-
lucionar o mundo.

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O apóstolo Paulo incentiva cada pastor a preparar os crentes
para o desempenho do seu serviço.
“E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profe-
tas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do Seu
serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4:11-12).
“Muitos teriam boa vontade de trabalhar, se lhes ensinassem a
começar. Necessitam ser instruídos e animados.
“Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos.
Seus membros devem ser instruídos em dar estudos bíblicos, em dirigir
e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os
pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos não-convertidos. Deve
haver cursos de saúde, de arte culinária, e classes em vários ramos de
serviço no auxílio cristão. Não somente deve haver ensino, mas trabalho
real, sob a direção de instrutores experientes. Que os mestres vão à frente
no trabalho entre o povo, e outros, unindo-se a eles, aprenderão em seu
exemplo. Um exemplo vale mais que muitos preceitos” (A Ciência do Bom
Viver, p. 149). Um obreiro que foi treinado e aperfeiçoado para o serviço
pode alcançar muito mais do que aqueles que não foram treinados.
“Um obreiro que tenha sido preparado e instruído para a obra,
que seja regido pelo Espírito de Cristo, efetuará incomparavelmen-
te mais que dez obreiros que saiam deficientes no conhecimento e
fracos na fé” (Evangelismo, p. 474).
Se cada membro deveria estar envolvido em alguma linha do
serviço para o Mestre, por onde devemos começar? Ellen White nos
diz, no livro Evangelismo:
“Em nossas igrejas, formem-se grupos para o trabalho. ... A for-
mação de pequenos grupos, como uma base de esforço cristão, é
um plano que tem sido apresentado diante de mim por Aquele que
não pode errar” (Evangelismo, p. 115).
Quando os membros são preparados para o serviço e formam
pequenos grupos para alcançar suas comunidades através de estu-
dos bíblicos, a igreja explodirá em crescimento. Uma igreja reavi-
vada, cheia de membros e aperfeiçoada para o serviço, é uma igreja
que está preparada para alcançar sua comunidade.

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CHAVE 3 – EVANGELISMO COMUNITÁRIO
As igrejas crescem quando há um processo planejado de evan-
gelismo comunitário que atenda as necessidades físicas, mentais,
sociais e espirituais das pessoas.
O ministério de Cristo era voltado às pessoas. Ele buscava ir ao
encontro das suas necessidades. Preocupava-Se com elas.
“Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pre-
gando o evangelho do Reino e curando toda sorte de doenças e en-
fermidades entre o povo” (Mateus 4:23).
Com amor buscava atender suas necessidades. Quando os cora-
ções se abriam, apresentava-lhes os princípios do Reino eterno.
Seguindo o exemplo do Salvador, a igreja do Novo Testamento aten-
dia as necessidades das pessoas em nome de Jesus. Esses primeiros
discípulos demonstravam um interesse por toda a pessoa, nos aspec-
tos físicos, mentais, sociais e espirituais (veja Atos 3:6 e Atos 6:1-4).
“Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no
aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens
como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia
por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a con-
fiança. Ordenava então: ‘Segue-Me’” (A Ciência do Bom Viver, p. 143).
As igrejas que crescem possuem vários programas que atendem
as necessidades dos mais variados grupos de pessoas. Tal como
Cristo buscava saciar as necessidades físicas, mentais, emocionais
e espirituais, Seu povo, imbuído do Seu amor, fará o mesmo.
“A obra médico-missionária oferece oportunidade de promover
bem-sucedida obra evangélica. É na proporção em que estes ramos
de serviço se acham unidos, que podemos esperar colher o mais
precioso fruto para o Senhor” (Evangelismo, p. 516).
Tanto o mundo natural quanto o espiritual possuem leis de co-
lheita. Uma das leis mais básicas é: “Se deseja ter uma colheita, é
necessário semear.” Nenhum agricultor espera que Deus opere o
milagre de germinar a semente que não foi semeada.
As únicas visitas que Deus pode abençoar são as que fazemos.
A única literatura que Deus pode abençoar é aquela que distribuí-
mos. As únicas orações que Deus pode atender em favor dos perdidos

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são aquelas que oferecemos. Os únicos estudos bíblicos que Deus
pode abençoar são aqueles que damos. Os únicos seminários evan-
gelísticos que Deus pode abençoar são aqueles que promovemos.
É presunção achar que poderá ter uma grande colheita sem o adequa-
do esforço para semear a semente da Palavra de Deus. Na realidade,
é justamente no processo de semear que nosso próprio coração é
regado pelo Espírito Santo e preparado para a colheita. Ao partici-
parmos com Cristo em tocar a vida das pessoas com a semente do
evangelho, o Espírito Santo transforma nosso próprio coração, tor-
nando nossas igrejas centros de Sua graça restauradora.
Quando o interesse pelo evangelho é desenvolvido através de
estudos bíblicos e em atender as necessidades das pessoas, a quar-
ta chave é uma sequência lógica.

CHAVE 4 - COLHEITA
As igrejas crescem quando a Palavra de Deus é pregada pela
proclamação do evangelho. Igrejas evangelísticas são igrejas
que crescem.
A igreja do Novo Testamento tinha o evangelismo como priori-
dade. Confiantemente pregaram o evangelho e receberam a bênção
do Espírito.
Atos 4:31 – “Com intrepidez, anunciavam a Palavra de Deus.”
Atos 5:42 – “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não
cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.”
Atos 8:4 – “Entrementes, os que foram dispersos iam por toda
parte pregando a Palavra.”
Quando a semente do evangelho foi semeada, é tempo de co-
lheita. Deus promete conceder uma colheita para o evangelismo
público e pregações com estudo da Bíblia. Os discípulos eram po-
derosos evangelistas. Milhares atenderam ao sermão de Pedro e de
Paulo. Lucas assim descreve o crescimento da igreja:
Atos 6:7 – “Crescia a Palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multi-
plicava o número dos discípulos.”
A palavra pregada transforma vidas. A pregação evangelística
muda vidas.

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“As mensagens mais surpreendentes serão proclamadas por
homens designados por Deus, mensagens capazes de advertir o
povo para o despertar. E conquanto alguns sejam irritados pela
advertência, e levados a resistir à luz e a evidência, devemos ver
daí que estamos apresentando a decisiva mensagem para este
tempo. ... Precisamos, também, ter em nossas cidades evange-
listas consagrados, por cujo intermédio se tem de apresentar
uma mensagem, tão decididamente que sacudamos os ouvintes”
(Evangelismo, p. 168).
Ao redor do mundo, pastores, administradores e membros
voluntários estão aceitando atualmente o desafio e a oportuni-
dade de partilhar a verdade através do evangelismo público. Há
um interesse renovado da parte dos membros de pregarem por
si mesmos a Palavra de Deus. Têm sentido o chamado. Com a
utilização dos vários recursos disponíveis, proclamam a Palavra
poderosamente.
A quinta chave era uma parte significativa da estratégia evange-
lística dos discípulos. Quando as pessoas aceitavam a Cristo, enten-
diam Sua Palavra e eram batizadas, passavam a fazer parte de a um
corpo de crentes que cuidava de suas necessidades. O livro de Atos
descreve essa experiência com as seguintes palavras:
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no
partir do pão e nas orações” (Atos 2:42).

CHAVE 5 – ENSINO E ACOMPANHAMENTO


As igrejas crescem quando novos conversos são ensinados a
testemunhar.
As igrejas que crescem nutrem seus novos crentes. O acompa-
nhamento do interesse gerado pelo evangelismo público é uma con-
tinuação do trabalho missionário da igreja.
“Quando homens e mulheres aceitam a verdade, não devemos
retirar-nos e deixá-los, sem sentir mais nenhuma responsabilidade
por eles. Eles devem ser velados.”
Não basta mergulhá-los e deixá-los. É necessário imergi-los e
instruí-los.

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Jesus disse a Pedro: “Quando estiver convertido, fortalece seus
irmãos.” Ele também perguntou a Pedro: “Amas-Me”? Então, “apas-
centa Minhas ovelhas.”
Nosso amor por Jesus nos leva a uma preocupação maior com
o crescimento espiritual de novos crentes. Ao desenvolverem sua
própria vida de oração e devoção pessoal pelo estudo da Bíblia
e tornam-se ativamente envolvidos no testemunho, continuarão a
crescer espiritualmente. Um dos métodos mais efetivos de auxiliar
novos crentes a crescer em Cristo é ensiná-los a partilharem sua fé.
“Depois de as pessoas se haverem convertido à verdade, cumpre
sejam cuidadas. ... Os novos conversos necessitam ser atendidos – vi-
gilante atenção, auxílio, animação. Não devem ser deixados a si mes-
mos, presa das mais poderosas tentações de Satanás; eles precisam
ser instruídos com relação a seus deveres, ser bondosamente tratados,
conduzidos e visitados, orando-se com eles” (Evangelismo, p. 351).
Identifiquemos os princípios que ancorarão novos conversos
em sua fé:
- Novos conversos crescem na fé quando desenvolvem vida de-
vocional significativa.
- Novos conversos crescem quando são preparados para o serviço.
- Novos conversos crescem quando se envolvem ativamente em
partilhar a Palavra de Deus com outras pessoas.
- Novos conversos crescem quando desenvolvem uma rede de
amizade com a igreja.
Quando Jesus encontrou Nicodemos naquela noite, o Salvador
chocou o fariseu ao declarar: “Importa-vos nascer de novo.” Assim
como indivíduos com uma visão espiritual complacente necessitam
de um renascimento, congregações inteiras necessitam igualmente
de um renascimento para a visão evangelística.

CONGREGAÇÕES INTEIRAS NECESSITAM DE UM REAVIVAMENTO.


As igrejas renascem quando ensinam, acompanham e implementam:

CHAVE 1 – Reavivamento com estratégias para oração, estudo da


Bíblia e testemunho

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CHAVE 2 – Preparar e aperfeiçoar os membros da igreja para al-
cançar suas comunidades através de ministérios de
estudos bíblicos
CHAVE 3 – Programas evangelísticos na comunidade
CHAVE 4 – Colheita através de reuniões evangelísticas
CHAVE 5 – Eventos de ensino e acompanhamento para novos
conversos

Ao estudar cuidadosamente cada lição deste manual, descobrirá


como colocar em prática cada um desses princípios para o crescimen-
to explosivo das igrejas e sua igreja viverá um renascimento radical.

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C A P Í T U LO 2

L E V A R P E S S O A S A C R I S T O :

U M A S Á B I A D E C I S Ã O

A vida é cheia de decisões importantes. A direção que é dada


à nossa vida depende das escolhas que fazemos. Direcio-
namos os caminhos da vida pelas nossas escolhas. Infe-
lizmente, muitas pessoas fazem escolhas apenas pensando naquilo
que lhes trará prazer imediato. Assim, perdem as maiores alegrias da
vida por tomarem decisões superficiais.
Há duas escolhas importantes que causarão impacto em nossa
vida aqui e por toda a eternidade.

DECISÃO 1 - COMPROMISSO COM DEUS


A primeira escolha, e a mais séria, é entregar a vida a Deus. Jesus
desafiou as pessoas que O ouviam:
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça...”
(Mateus 6:33).
A prioridade que deve estar acima de todas as outras é colocar
Deus em primeiro lugar. Josué, um gigante espiritual do Antigo Tes-
tamento, afirmou:
“Escolhei, hoje, a quem sirvais... Eu e a minha casa serviremos ao
Senhor” (Josué 24:15).
Agostinho orou: “Senhor, nossos corações jamais encontrarão
descanso até que encontrem descanso em Ti.”

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A decisão de entregar a vida a Deus é a mais importante que
poderemos fazer em toda a vida. Intimamente ligada à decisão de
entregar a vida a Deus é a decisão de viver para Deus. Ele nos chama
a viver para o serviço. Essa decisão está ligada à questão das prio-
ridades que regem nossa vida, as coisas que consideramos impor-
tantes, levando-nos à próxima decisão mais importante.

DECISÃO 2 - PRIORIDADES
A segunda decisão importante está relacionada às prioridades.
Nossas prioridades irão:

Impactar nossos RELACIONAMENTOS


Afetar nossos OBJETIVOS
Determinar como será usado nosso TEMPO
Influenciar nossas ATITUDES

A decisão de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar nos levará


a reajustar nossas prioridades para promover o avanço do Seu Reino.
O nosso compromisso com Cristo e a compreensão do princípio
de buscar em primeiro lugar o Reino de Deus leva-nos a reavaliar a
forma como é empregado o nosso tempo. Quando o coração é trans-
formado pela graça de Deus, o resultado natural é partilhar Seu amor
com outras pessoas. Há um profundo anseio para que sejam salvos
também. Nossa maior satisfação surge quando outros partilham da
alegria que Jesus trouxe à nossa vida.

Pergunta 1: De acordo com a Bíblia, o que é uma decisão sábia?


Provérbios 11:30 (última parte).
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O trabalho mais belo do mundo é o de ganhar pessoas para o
Reino de Deus. O maior chamado que qualquer um pode ter é o de
ganhar alguém para Jesus. Assim, desfrutam da companhia de Deus
em sua vida e terão a alegria de viver com Ele por toda a eternidade.

Pergunta 2: Que promessa Deus fez àqueles que tomarão a sábia


decisão de se tornarem ganhadores de pessoas para o Seu Reino?
Daniel 12:3.
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Astros de Hollywood, estrelas do esporte e outras celebridades vêm


e vão, mas aqueles que ganham pessoas para Cristo desfrutarão dos
resultados de seu trabalho por toda a eternidade. Os resultados são
eternos. Pessoas redimidas para o Reino de Deus como resultado de
nossa cooperação com Cristo serão gratas a nós por toda a eternidade.
Algum dia você poderá encontrar alguém na Nova Terra que irá
dizer: “Muito obrigado por me levar ao encontro de Jesus. Estou aqui
porque você orou por mim. Você me visitou e estudou a Bíblia comigo.”
Não há nada mais importante que possamos fazer em nossa vida.
Ellen White poderosamente afirma isso com as seguintes palavras:
“A maior obra, o mais nobre esforço em que se possam homens
empenhar, é encaminhar pecadores ao Cordeiro de Deus” (Obreiros
Evangélicos, p. 18).

Pergunta 3: De que maneira Jesus resume o tema central do Seu


ministério? Lucas 19:10.
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Jesus, o ganhador-mestre de pessoas para o Reino, colocou em
primeiro lugar o Reino de Deus em Sua própria vida. Sua priorida-
de concentrava-se em apenas uma coisa – a salvação eterna para a
humanidade. Mesmo na cruz Ele fez uma das mais sábias escolhas.
O Filho Único de Deus era um ganhador de pessoas para o Reino de
Deus. Não há chamado maior do que partilhar o amor de Deus com
nossos semelhantes.

A mensagem de salvação é a mensagem da Bíblia toda.


A Bíblia foi escrita com dois propósitos:
Para ensinar como podermos ser salvos.
Para mostrar aos outros como podem ser salvos.

“Salvar almas deve ser a obra vitalícia de todo aquele que profes-
sa seguir a Cristo. Somos devedores ao mundo pela graça que nos foi
dada por Deus, pela luz que brilhou sobre nós, e pela beleza e poder
que descobrimos na verdade. (Testemunhos para a Igreja, v. 4, pág. 53.)
William Carey, o grande missionário que viveu na Índia, disse:
“Conserto sapatos para pagar minhas despesas, mas ganhar almas é
o meu negócio.” A dedicação de William Carey é um poderoso exem-
plo para nós. A obra de sua vida era ganhar pessoas para Cristo. No
livro O Desejado de Todas as Nações, Ellen White apresenta o mesmo
pensamento:
“‘O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: vem’
Apocalipse 22:17. Todo aquele que ouve deve repetir o convite. Seja
qual for a vocação de uma pessoa na vida, seu primeiro interesse
deve ser ganhar almas para Cristo... Cristo quer que Seus servos
ajudem as almas enfermas de pecado” (O Desejado de Todas as
Nações, p. 822).
“Conserto sapatos para pagar minhas despesas, mas ganhar al-
mas é o meu negócio.”

Pergunta 4: Qual é o resultado natural de entregar nossa vida a


Cristo? O que aconteceu quando os endemoniados submeteram sua
vida ao Salvador? Lucas 8:35-39.

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Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Quando os endemoniados consagraram-se a cristo, imediata-


mente começaram a partilhar Seu amor com as outras pessoas. Con-
taram o que Cristo tinha feito por eles aos seus amigos e vizinhos.
Há um comentário poderoso de Ellen White sobre esse episódio no
livro Serviço Cristão:
“Os dois possessos curados foram os primeiros missionários en-
viados por Cristo a pregar o evangelho na região de Decápolis. Só
por poucos momentos tinham esses homens tido o privilégio de
escutar os ensinos de Cristo. Nem um dos sermões de Seus lábios
lhes caíra jamais ao ouvido. Não podiam ensinar o povo, como os
discípulos, que se achavam diariamente com Cristo, estavam aptos
a fazer. Apresentavam, porém, em si mesmos o testemunho de que
Jesus era o Messias. Podiam dizer o que sabiam; o que eles próprios
tinham visto e ouvido, e experimentado do poder de Cristo. É o que
a todo aquele cujo coração foi tocado pela graça de Deus, é dado
fazer” (Serviço Cristão, p. 17).
Por onde começar? No lugar em que está. Peça a Deus para co-
locar em seu coração a responsabilidade por uma pessoa em es-
pecial. Busque oportunidades de mostrar o que Jesus fez por você.
Abra seu coração e mostre como Cristo o perdoou e transformou
sua vida.

NESTE PROGRAMA VOCÊ DESCOBRIRÁ:


• Como usar seus talentos dados por Deus para se tornar um efi-
ciente ganhador de pessoas para o Seu Reino.
• Como partilhar o amor de Cristo de forma eficaz.
• Como encontrar novos interessados em estudos bíblicos.
• Como dar estudos bíblicos e levar pessoas a tomarem a deci-
são ao lado de Cristo.

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Levar pessoas a Cristo é muito mais do que a arte de passar uma
informação. É a arte de alcançar o coração. Isso pode ocorre somen-
te se estivermos totalmente consagrados a Deus.
“Lembrem-se de que é unicamente através da consagração diá-
ria a Deus que poderão se tornar ganhadores de almas... Deus pode
trabalhar unicamente com os que aceitem o convite: ‘Vinde a Mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde
de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o
Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve’ Mateus 11:28-30” (Testemu-
nhos para a Igreja, v. 6, p. 318).
Não há como apresentarmos de forma eficiente um Jesus que
não conhecemos. Teremos um pequeno impacto na vida de outros
se Cristo causou um impacto pequeno em nossa vida. Será difícil le-
var alguém a Cristo se nós mesmos ainda não tivemos um encontro
com o Salvador.
Se ainda não se entregou inteiramente a Cristo, por que não
iniciar esse seminário fazendo essa entrega agora mesmo? E se
já entregou sua vida a Cristo, por que não fazer uma entrega mais
profunda ainda, mais do que já tenha feito antes? Por que não abrir
o coração completamente a Jesus? Por que não pedir a Ele que tire
tudo aquilo que possa atrapalhar ou impedir que seja o mais efi-
ciente em ganhar pessoas para Cristo?
Nas lições a seguir, poderá descobrir passos práticos que o aju-
darão a se tornar um grande ganhador de pessoas para Cristo. Ore
neste momento: “Senhor, mostra-me alguém em meu coração para
que eu seja um veículo do Seu amor. Que eu faça a minha parte para
ganhar essa pessoa para o Senhor.” Faça hoje a escolha certa: SEJA
UM GANHADOR DE PESSOAS PARA CRISTO!

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C A P Í T U LO 3

O P O D E R D O E S P Í R I T O S A N T O

E A O R A Ç Ã O I N T E R C E S S Ó R I A

C onta-se a história de uma mulher que durante muitos me-


ses guardou todas as suas economias para comprar uma
geladeira. Ela ficou extremamente desapontada quando
descobriu que não funcionava. O leite estragou, as frutas ficaram ve-
lhas e os vegetais apodreceram. Embora aquele fosse o seu primeiro
refrigerador, sabia que alguma coisa devia estar muito errada. Como
poderia ter investido tanto em um produto que não funcionava?
A pobre mulher ligou para a fábrica da geladeira e fez a reclamação.
Eles enviaram um técnico para tentar consertar. O técnico ficou im-
pressionado ao ver que todo o problema era apenas um mau conta-
to na tomada. Na realidade, a tomada estava mal fixada. O problema
era a falta de energia. A coisa mais importante que o refrigerador
precisava era energia. Precisava estar conectado à fonte de energia.
Há muitos cristãos com “mau contato”. Se desejam se tornar
grandes ganhadores de pessoas para Cristo, precisam conectar-se
à Fonte de todo o poder. Precisam de poder, do poder do Espírito
Santo.
Ellen White revela que um reavivamento do poder do Espírito
Santo é nossa maior necessidade.
“Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior
e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve
ser nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço para

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obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a
outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para
recebê-la. Nosso Pai celeste está mais disposto a dar Seu Espírito
Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar
boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão,
humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condi-
ções estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua
bênção” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121).
É impossível ser uma testemunha de sucesso para Deus sem o
poder do Espírito Santo fluindo em nossa vida. Nesta lição você irá
descobrir como poderá receber o poder do Espírito Santo para tor-
nar-se verdadeiramente um ganhador de pessoas para o Seu Reino.
Aprenderemos também a arte da oração intercessória que transfor-
ma vidas. Vamos começar.

RECEBENDO O ESPÍRITO
A Bíblia descreve alguns passos práticos que também podem
preparar o nosso coração para receber o Espírito Santo. Poderíamos
chamar de ABC para receber o Espírito.

Pergunta 1: Qual é a primeira condição para receber o dom do


Espírito Santo? Lucas 11:13.
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Deus nos convida a “clamar pelo dom do Espírito”. O motivo


pelo qual devemos pedir não é porque Deus esteja relutante em nos
dar o Seu Espírito, mas porque estamos despreparados para rece-
bê-Lo. Nosso pedido nos prepara para receber e é o primeiro passo
no processo de preparo para Sua chegada.

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Pergunta 2: Depois de pedirmos a Deus pelo Espírito Santo, qual
é o próximo passo essencial? Marcos 11:24.
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Crer é ter fé de que Deus cumprirá Suas promessas sempre que


atendermos as condições. Crer é confiar em Deus que Ele fará tudo
o que prometeu. As primeiras duas condições para receber o Espí-
rito Santo são pedir a Deus o Seu Espírito e crer que Ele cumprirá a
Sua palavra.
“Pedi, crede, recebei. Há demasiado escarnecer do Senhor, mui-
ta oração que não é oração e que cansam os anjos e desagradam a
Deus, muita petição vã, sem significado. Primeiro precisamos sentir
a necessidade, e então pedir a Deus exatamente o que necessita-
mos, crendo que Ele nos dá. Já mesmo quando estamos pedindo; e
então nossa fé crescerá, todos serão edificados, o fraco será forta-
lecido e o desanimado e desalentado é levado a olhar para cima e
crer que Deus é o galardoador de todo que diligentemente O busca”
(Primeiros Escritos, p. 115).

Pergunta 3: Qual é o terceiro passo para receber o dom do Espí-


rito Santo? Atos 3:19.
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O arrependimento é um aspecto da confissão. Na verdadeira


confissão, abrimos completamente o coração a Deus, reconhecendo
nossos pecados e expressando profunda tristeza por eles. O arre-
pendimento está ligado à mudança do coração ou da mente. Essa
tristeza da alma, a tristeza por termos quebrado o coração de Deus,
abre o caminho para sermos testemunhas verdadeiras. Antes do

26
Pentecostes, o local em que os discípulos se reuniram tornou-se um
lugar de genuíno arrependimento e confissão. Antes do Pentecos-
tes, os discípulos clamaram pelo Espírito. Creram na promessa de
Deus, clamaram com fé e abriram o coração para receber o Espírito
através da confissão e do arrependimento genuínos.
“Há grande necessidade da influência do Espírito Santo em nosso
meio. É preciso realizar um trabalho individual a fim de abrandar os
corações obstinados. É necessário haver um profundo esquadrinhar
do coração que resulte na confissão dos pecados. Os crentes neste
tempo devem ter o coração abrandado, santificado, quebrantado,
não deixando de confessar em arrependimento um pecado sequer”
(Refletindo a Cristo, p. 102).

Pergunta 4: Qual será o resultado de dar esses três primeiros


passos?
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Assim como o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos


que estavam em atitude de oração e confissão, será também derra-
mado em nossos dias. Uma vez mais o poder de Deus emanará de Seu
trono. Deus suscitará uma geração de testemunhas nos últimos dias.
Quando as condições forem cumpridas, a promessa se concretizará.
Quanto mais conhecemos a Cristo, mais desejamos mostrar Seu
amor às outras pessoas. Quando mais partilhamos Seu amor, mais
desejamos conhecê-Lo melhor. Quanto mais testemunhamos, mais
O amamos.O testemunho está ligado ao crescimento espiritual.
“Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores
sem o nosso auxílio; mas a fim de desenvolvermos caráter seme-
lhante ao de Cristo, é-nos preciso partilhar de Sua obra. A fim de
participar da alegria dEle – a alegria de ver almas redimidas por Seu
sacrifício – devemos tomar parte em Seus labores para redenção
delas” (O Desejado de Todas as Nações, p. 142).

27
O derramamento do Espírito Santo foi prometido àqueles que
estão buscando em Deus o poder para testemunhar.
“O Espírito Santo virá a todos os que suplicam pelo pão da vida
com o intento de reparti-lo com os semelhantes” (Testemunhos para
a Igreja, v. 6, p. 90).

 ESPÍRITO SANTO, A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA


O
E O TESTEMUNHO
Pergunta 5: Quais são os dois ingredientes essenciais para a con-
quista de pessoas para Cristo? 1 João 5:14-16.
1:............................................................................................................................................................................................................................................
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2:............................................................................................................................................................................................................................................
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Quando buscamos a Deus em profunda atitude de oração inter-


cedendo por nosso próximo, Ele promete nos tornar canais de Seu
poder que emana vida. O rio de água da vida do trono de Deus é
derramado através de nós para tocar outros corações. Nossas ora-
ções e nossa fé provocam um impacto na vida de outras pessoas.
Ellen White esclarece o papel desses dois ingredientes essenciais.
“A oração e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá
realizar” (A Ciência do Bom Viver, p. 509).
“Faz parte do plano de Deus conceder-nos, em resposta à ora-
ção da fé, aquilo que Ele não outorgaria se o não pedíssemos assim”
(O Desejado de Todas as Nações, p. 525).
Há mais de 130 estudos sobre a eficiência da oração intercesso-
ra e a cura na literatura médica.
Pessoas que receberam orações recuperam-se mais rápido, têm
menos complicações, necessitam de menos medicamentos e voltam
menos vezes ao hospital. No âmbito físico, há uma impressionante
diferença na vida das pessoas quando alguém ora por elas. Se isso
pode ser constatado em aspectos físicos, certamente será uma rea-
lidade no aspecto espiritual também.

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Conquistar pessoas para Cristo não é como consertar um carro
ou fazer um bolo, ou qualquer outra coisa com uma receita certa.
Qualquer um que queira seguir uma receita não terá sucesso. Cada
pessoa é diferente e embora possam ser definidos princípios básicos
para a conquista de pessoas, que se aplicam a todas as situações,
necessitamos da sabedoria de Deus para aplicá-los. De outra forma,
a mente não serão impressionada e vidas não serão transformadas.
Nada pode substituir a oração por uma pessoa. Ninguém pode
ser ganho para Cristo sem oração. A conversão é um milagre. Missio-
nários que ganham pessoas para Cristo não são simplesmente ven-
dedores convincentes empurrando um produto. Lidam com o artigo
mais precioso do mundo – pessoas.

QUATRO RAZÕES PARA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA


Por que é necessário orar intercessoramente? Deus já não sabe
que queremos alcançar pessoas para o Seu Reino? Será que Ele não
fará todo o possível sem nossas orações?
Há muitas coisas a respeito da ciência da oração que a mente
humana não pode compreender. Não deveríamos nos desanimar
por causa disso. Não saber tudo a respeito da eletricidade não nos
impede de desfrutar dos benefícios da luz, do aquecimento e da
energia elétrica.
Embora nunca compreendamos inteiramente a ciência da ora-
ção, há pelo menos quatro motivos para orarmos pela conversão
das pessoas.

MOTIVO 1
A oração permite que Deus fale conosco a respeito dos pecados
em nossa vida que impedem o sucesso na conquista de pessoas
para o Seu Reino.
Pergunta 6: Pelo que Davi orou em Salmo 51:10-12?
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Davi desejava ter um coração puro. Tinha profundo anseio pela
presença de Deus em sua vida. Queria alcançar a plenitude do Espí-
rito de Deus.

Pergunta 7: O que Davi declara ser o resultado de uma experiên-


cia renovada com Jesus? Salmo 51:13.
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Uma experiência renovada com Deus leva ao desejo de partilhar


essa experiência com outras pessoas. Uma vida cheia do Espírito de
Deus leva-nos a sermos fontes do amor divino. Antes de Deus fazer
qualquer coisa conosco, precisa fazer algo por nós. Antes de Deus
poder fazer algo através de nós, precisa realizar algo em nós. Seu
poder fica limitado quando temos pecados acariciados no coração.
Geralmente, quando oramos por outras pessoas, Jesus impressiona
nosso coração com a necessidade de experimentarmos uma intimi-
dade maior com Ele.

MOTIVO 2
A oração aprofunda nosso desejo por aquilo que estamos orando.
Pergunta 8: Pelo que Jesus orou no Getsêmani? Mateus 26:39.
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Um dos modelos de oração intercessora na Bíblia é a oração de


Jesus por nossa salvação no Getsêmani. Enquanto o Salvador orava,
travou um conflito com os poderes do mal. Ajoelhado, clamou: “Meu
Pai, se não é possível passar de Mim este cálice sem que Eu o beba,
faça-se a Tua vontade” (Mateus 26:42).

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Lá no jardim, Cristo venceu a batalha. Seu desejo pela nossa sal-
vação foi intensificado enquanto orava. O motivo de Sua oração –a
nossa salvação – tornou-se o objetivo máximo de Sua vida. Certa-
mente desejava nossa salvação antes de orar, mas depois Seu dese-
jo de nos salvar tornou-se ainda maior.
Quanto mais oramos pela salvação de uma pessoa, mais a de-
sejamos. Quanto mais a desejamos, mais buscaremos oportunida-
des de alcançá-la.

MOTIVO 3
A oração nos coloca em ligação com a sabedoria divina.
Pergunta 9: O que Tiago promete àqueles que necessitam de sa-
bedoria? Tiago 1:5.
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O único que é sábio o bastante para conquistar pessoas é Deus.


Jesus é Quem revela as palavras certas para serem ditas às pessoas.
Sem Sua sabedoria podemos até ter as chaves, mas não sabemos
qual delas irá servir. Somente quando Cristo nos der a Sua sabedo-
ria saberemos qual é a chave certa que abrirá o coração para rece-
ber os tesouros do evangelho.

MOTIVO 4
A oração permite que Deus opere muito mais poderosamente
do que se não orássemos.
Pergunta 10: O que Deus promete àqueles que O buscarem em
intercessão pelo próximo? Daniel 10:12 e Tiago 5:16 (última parte).
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Como declara o apóstolo Tiago, a eficácia da súplica do justo
pode realizar grandes coisas. Como o anjo anunciou a Daniel, “foram
ouvidas as tuas palavras”. Quando intercedemos, flui vida do trono
de Deus, através de nós, para tocar outras vidas. No grande conflito
entre o bem e o mal, tornamo-nos canais das bênçãos de Deus.
Daniel 10 conta a história de como a sua oração subiu ao Céu por
três semanas sem aparente reposta. Mas ao final das três semanas,
Gabriel explicou a Daniel que uma grande batalha tinha ocorrido na
mente de Ciro. Anjos bons tentavam afastar os anjos maus para que
Ciro tomasse a decisão correta. Anjos maus tentavam destruir os
anjos bons para que Ciro ficasse em trevas. Enquanto Daniel orava,
ocorria essa batalha. Finalmente, veio Jesus, afastou os anjos maus
e deu a Ciro a oportunidade de fazer uma escolha clara e inteligen-
te – uma decisão que permitiu a Israel sair em liberdade. A oração
intercessora de Daniel provou sua eficácia.

Pergunta 11: Qual modelo de intercessão o apóstolo Paulo nos


dá? Colossenses 1:3 e Filipenses 1:3-4.
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O apóstolo Paulo lembrou-se das igrejas que fundou em suas


viagens missionárias. Diariamente orava pelas igrejas na Galácia,
Éfeso, Filipos, Colosso e Tessalônica.
Paulo tinha sua lista de oração. Orava individualmente pelos no-
mes. Orava pelas igrejas e pelas cidades. Você já tem uma lista de
oração? Costuma orar pelos seus queridos individualmente? Colo-
ca sua comunidade diante de Deus? A obra de conquistar pessoas
para Cristo necessita do poder de Deus para fazer a Sua obra.

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Pergunta 12: Além da oração pessoal, qual instrução Jesus nos
dá sobre a oração com outras pessoas? Mateus 18:19-20.
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Os laços de oração são a base para o sucesso no evangelismo.


A obra da conversão não é natural. É sobrenatural. Um vendedor po-
der ser hábil para persuadir uma pessoa a comprar um carro novo.
Empresas de propaganda podem instigar o consumidor a comprar
uma roupa nova. Um corretor de imóveis pode fazer com que alguém
se interesse por ter uma bela casa nova. Esses vendedores podem
alcançar resultados seguindo determinadas técnicas. Podem vender
seus produtos. Pode até ser possível que um ministro cristão consi-
ga persuadir uma pessoa a se unir à igreja.
Mas somente Deus pode trazer genuína conversão ao coração
da pessoa. O sucesso na obra de evangelizar deve envolver um mi-
nistério de oração.
“Por que não se reúnem dois ou três e instam com Deus pela
salvação de determinada pessoa, e, em seguida, oram a respeito de
outra?” (Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 21).
Aproveite este momento agora e escreva nas linhas abaixo os nomes
das pessoas que imagina que poderiam estar abertas ao evangelho.
Essas pessoas podem ser membros da sua família, colegas de trabalho,
amigos, vizinhos ou pessoas que tenha encontrado casualmente.

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3:............................................................................................................................................................................................................................................
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4:............................................................................................................................................................................................................................................

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Entregue a Deus cada um desses nomes todos os dias. Escreva
o nome delas e clame ao Céu a salvação de cada um. Se possível,
tenha um companheiro de oração. Juntos, bombardeiem o Céu com
suas orações. Deus responderá. Você se tornará um canal de abun-
dantes bênçãos.
A oração faz com que sejamos sensíveis à liderança do Espíri-
to Santo. A oração nos permite enxergar com os olhos de Deus. Se
vamos alcançar pessoas para Cristo, devemos entender como nos
aproximarmos delas, como responder às suas perguntas e como
apelar ao seu coração. Somente Deus pode nos levar às pessoas
que teremos melhores condições de alcançar.
Para ser a testemunha mais eficiente na Causa de Deus, procura-
mos aqueles que Deus especialmente preparou para trabalharmos
com eles. Veja aqui alguns pontos que devemos ter em mente:

• Você não é responsável por todas as pessoas do mundo!


• Ore para que Deus o guie à pessoa que Ele deseja que você
testemunhe.
• Concentre-se primeiramente na pessoa que Deus traz à sua
vida cada dia.
• Busque oportunidades para partilhar o amor de Deus e obser-
ve Sua resposta.

“Começai a orar por almas, achegai-vos a Cristo, bem próximo a


Seu lado ensanguentado. Seja vossa vida adornada por um espíri-
to manso e quieto, e ascendam a Ele vossas fervorosas, contritas e
humildes petições em busca de sabedoria a fim de terdes êxito em
salvar, não somente a própria alma, mas a de outros” (Testemunhos
para a Igreja, v. 1, p. 513).
Pedindo, recebemos. A razão de muitas vezes não recebemos
é porque não pedimos. Começaremos a ter êxito na conquista de
pessoas para Cristo quando começarmos a orar por elas. Você se
tornará parte do cumprimento dessa maravilhosa declaração:
“Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo pe-
rante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo

34
poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína
conversão” (Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 126).
Como estamos vivendo nos dias da colheita final da Terra, é
essencial que nos consagremos ao serviço de Deus. O sucesso de
qualquer estudo bíblico ou campanha evangelística depende to-
talmente da atuação do Espírito Santo.
Quando pastores e membros se unem em um movimento inte-
grado e coordenado para ganhar pessoas para Cristo, orando pelo
poderoso derramamento do Espírito Santo, Deus proporcionará re-
sultados incomuns. O Espírito Santo será derramado e muitos se-
rão alcançados.

 ANEIRAS PRÁTICAS DE INICIAR UM MINISTÉRIO DE ORAÇÃO EM


M
SUA IGREJA
•E
 scolha um líder e um vice-líder para o ministério de oração.
• O líder e seu vice oram para escolher duas pessoas cada um
para se unirem a eles.
•E
 scolha pessoas que sentem o dever da oração intercessora.
• Selecione pessoas que estarão dispostas a se reunirem uma
vez por semana para orar.
• Peça que cada uma das quatro pessoas convide mais uma para
se unir ao grupo com o mesmo compromisso. (Dez pessoas
compõem o grupo agora.)
•O
 re por nomes específicos.
•U
 se o Guia de Oração Intercessora.
• Faça uma lista com três a cinco nomes por quem deseja orar
dentro do Guia de Oração Intercessora.
•O
 re diariamente por eles.
•U
 na-se ao programa Soup & Salvation [Sopa e Salvação].
•E
 ncontrem-se semanalmente durante doze semanas.
• Estude o Prayer Warriors [Guerreiros da Oração] ou outro ma-
terial sobre o poder da oração.
• Ore! Ore! Ore! (Use os princípios da “Oração Conversacional”
encontrados no Apêndice C).

35
PROMESSAS DE ORAÇÃO

“Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16).

“Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e

Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte” (1 João 5:16).

“Pedi, e dar-se-vos-á” (Mateus 7:7)

“A oração e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá reali-

zar” (A Ciência do Bom Viver, p. 509)

“Faz parte do plano de Deus conceder-nos, em resposta à oração da fé,

aquilo que Ele não outorgaria se o não pedíssemos assim” (O Desejado

de Todas as Nações, p. 525).

GUIA DE ORAÇÃO INTERCESSORA


Experimente em sua vida o poder transformador da oração in-
tercessora.

POR QUE TER UM PLANO DE ORAÇÃO INTERCESSORA?


No grande conflito entre o bem e o mal, Deus estabeleceu al-
gumas regras básicas. Ele não viola a liberdade de escolha, mas faz
todo o possível para que cada um seja salvo. Ele envia seus anjos,
o Espírito Santo impressiona os corações, promove circunstâncias
na vida que levam a um contato com Ele, mas vai apenas até onde
a oração intercessora abre o caminho para o poder celestial. Deus
respeita nossa escolha em favor de outras pessoas. Somos assim
usados como veículos do Seu amor transformar vidas.
A oração intercessora é também um canal para a sabedoria de
Deus. Ele nos concede o conhecimento para partilhar o amor divino
com nossos semelhantes. Ele nos dá as chaves que abrirão os corações.

COMO UTILIZAR ESSE GUIA DE ORAÇÃO?


• Escolha três a cinco pessoas por que irá interceder diariamente
no próximo mês.

36
• Peça ao Senhor sabedoria para demonstrar carinho por essas
pessoas em até duas semanas.

“Se nos humilhássemos perante Deus, e fôssemos bondosos e corteses,

compassivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade

onde agora há apenas uma” (Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 189.)

• Peça sabedoria a Deus para saber qual a melhor maneira de


alcançar os corações.
• Duas semanas antes da cruzada evangelística, entregue o fo-
lheto e convide as pessoas para as reuniões. Prepare um lugar
reservado para elas na igreja.
• Participe das programações evangelística regularmente com
seus convidados.

. . .

37
. . .
C A P Í T U LO 4

O P O D E R D A P A L AV R A

D E D E U S

H á muitos anos, o renomado pregador inglês George Whi-


tfield passou a noite como convidado na casa de uma
família aristocrata, muito rica. Eles tinham tudo, exceto
Aquele que é o principal Convidado. Eram muito amáveis, hospita-
leiros, mas não conheciam Jesus. Whitfield estava ansioso em lhes
apresentar o Cristo que tanto amava.
Quando acordou na manhã seguinte, os raios do sol entravam
pela janela. Whitfield notou um lindo anel de diamantes ao lado da
sua cama. Ele pegou o anel e escreveu nas janelas as palavras fami-
liares da história do jovem rico: “Uma coisa te falta.” Não falou nada
com a dona da casa. Depois do desjejum, ele bondosamente agra-
deceu seus anfitriões e se despediu.
Quando aquele homem e sua esposa descobriram o que Whi-
tfield havia feito, ficaram irados. Mas logo a raiva se tornou em curio-
sidade. Eles foram procurar aquelas palavras na Bíblia. Descobriram
a história do jovem rico. Seus coração foi tocado. Essas quatro pala-
vras abriram o caminho ao seu coração.
“Uma coisa te falta.” Juntos se ajoelharam e entregaram a vida
a Cristo. A Bíblia é poderosa. Ela transforma vidas, transforma as
pessoas. A Bíblia é uma agência dinâmica de Deus para conquistar
pessoas para Cristo.

38
O mesmo Espírito Santo que inspirou os escritores da Bíblia
transforma a vida daqueles que leem a Palavra de Deus. Na Cria-
ção, a voz audível de Deus levava consigo o poder de criar a matéria.
“Os céus por Sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de Sua boca,
o exército deles” (Salmo 33:6).
O que Deus fala é real, ainda que nunca tenha existido antes,
porque Deus tem o poder de cumprir o que ele declara. Ellen White,
no livro Educação, afirma que o poder da Palavra de Deus transfor-
ma vidas.
“A energia criadora que trouxe à existência os mundos, está
na Palavra de Deus. Essa Palavra comunica poder e gera vida. Cada
ordenança é uma promessa; aceita voluntariamente, recebida na
alma, traz consigo a vida do Ser infinito. Transforma a natureza, res-
taurando-a à imagem de Deus” (Educação, p. 126).
Que maravilhosa verdade! O poder criativo de Deus está em Sua
Palavra. Quando partilhamos a Palavra de Deus com nossos seme-
lhantes, o poder criativo de Deus flui para a vida de cada um deles.
Mark Finley, em seu livro Persuasion [Persuasão], comenta:
“As promessas e princípios cheios de vida da Palavra de Deus
carregam em si o poder para realizar o que eles declaram. Como a
Palavra de Deus é viva, não apenas apresenta a maneira de viver, mas
leva consigo o poder de tornar real uma vida justa” (Persuasion, p. 13).
Não há outro livro que tenha tanto poder quanto a Palavra de
Deus. Quando abrimos a Bíblia e lemos um texto contendo as pala-
vras de Deus para nós, estamos diante de um poderoso agente que
transformará vidas, a nossa vida e a de quem nos ouve.

Pergunta 1: Em que lugar os conquistadores de pessoas para


Cristo que alcançam êxito encontram sua força? Mateus 4:4 e Jere-
mias 15:16.
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

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Jesus enfrentou as tentações de Satanás com a Palavra de Deus.
Jeremias declarou que a Palavra de Deus é nutrição para a alma.
Quando nos alimentamos da Palavra de Deus, é Ele Quem nutre
nossa vida espiritual. A Palavra de Deus nos dá coragem, fé e renova
nossas forças.
O que aconteceria se a árvore da vida, do Jardim do Éden, esti-
vesse presente em um lugar remoto, pouco conhecido, a algumas
centenas de quilômetros de distância da sua casa? Você faria algum
esforço para comer o fruto e ser revigorado? E se os ramos da árvo-
re da vida viessem do Céu até o seu quintal? Estaria interessado em
pegar alguns desses frutos celestiais com poder de trazer vida?
Esta é uma verdade quase inacreditável:
“O mesmo se dá quanto a todas as promessas da Palavra de
Deus. Por meio delas, Ele nos está falando a nós, individualmen-
te; falando tão diretamente, como se Lhe pudéssemos ouvir a voz.
É por intermédio dessas promessas que Cristo nos comunica Sua
graça e poder. Elas são folhas daquela árvore que é ‘para a saúde
das nações’ (Apocalipse 22:2). Recebidas, assimiladas, elas serão a
fortaleza do caráter, a inspiração e o sustentáculo da vida. Nenhuma
outra coisa pode possuir tal poder restaurador. Nada além delas
pode comunicar o ânimo, e a fé que dá energia vital a todo o ser”
(A Ciência do Bom Viver, p. 122).

Pergunta 2: De onde vem o poder que transforma vidas? Tiago


1:21-22, 2 Pedro 1:2-4.
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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.................................................................................................................................................................................................................................................

Onde quer que formos, nos lares de nossos amigos e vizinhos,


e abrirmos a Palavra de Deus, compartilhamos os princípios que
transformam vidas.

40
A palavra de Deus é tão poderosa que pode mudar pessoas ain-
da que sejamos inexperientes em dar estudos bíblicos, que come-
tamos erros ou tropecemos em algum ponto no processo.
Ernestine Finley conta uma história fascinante a respeito de Mark,
seu esposo, que é evangelista:
Mark era um estudante do último ano de Teologia no Atlantic
Union College. Uma das exigências do seu curso era encontrar alguém
para dar um estudo bíblico completo. Para se formar em Teologia,
deveria cumprir o requisito. Procurou, procurou, até que encontrou
uma bondosa senhora chamada Mae, que o toleraria enquanto es-
tudava com ela.
Mark estava nervoso e muito inseguro. Porém, semana após se-
mana ele ia até a casa daquela senhora e juntos estudavam a Pa-
lavra de Deus. Algumas vezes ele se atrapalhava durante as lições,
mas conseguiu terminar a série de 29 estudos. Sentia que aquele
primeiro estudo completo que tinha dado tinha sido um fracasso.
Aquela senhora tinha feito algumas perguntas, mas não tinha toma-
do nenhuma decisão aparente. Sua vida parecia continuar a mesma.
Embora Mark tivesse terminado a série de estudos e cumprido
os requisitos para o curso de Teologia, estava um pouco desaponta-
do com o resultado do estudo bíblico.
Depois de se formar, iniciou o ministério na Southern New En-
gland Conference. Dez anos depois, retornou ao Atlantic Union Col-
lege como evangelista para realizar uma série de conferências.
A série ocorreria no novo prédio recém-construído no campus.
Foram distribuídos convites para várias localidades ao redor do
colégio. Muitas pessoas vieram. Na realidade, mais de mil pessoas
estavam presentes na primeira noite. Depois do sermão, ele viu um
rosto familiar vido pelo corredor. Era a mesma bondosa senhora que
tinha estudado a Bíblia com ele dez anos antes. Ela o cumprimentou
e disse: “Como você mudou em dez anos!”
Sim, ele havia mudado bastante. De um tímido aluno para um
dinâmico pregador para Cristo! Naquela noite, Mark e eu oramos
intensamente por ela. Ele disse a Deus que aquela senhora havia
esperado por dez anos, mas a semente da Sua Palavra tinha sido

41
plantada. Ele pediu que as sementes que haviam sido tão debilmen-
te lançadas dez anos antes pudessem agora produzir bom fruto.
E realmente frutificaram. Mae foi uma das primeiras a serem ba-
tizadas naquela campanha realizada no Atlantic Union College. Ha-
via chegado a hora. O coração de Mae estava aberto e ela se apegou
firmemente às verdades bíblicas.

HÁ PODER NA PALAVRA DE DEUS


Deus pode nos usar mesmo quando não nos sentimos prepa-
rados. O poder não está em nós, mas na Palavra de Deus. Se co-
meçarmos a partilhar nossa fé com nossos semelhantes, mesmo
com nossas limitações, Deus ainda operará de maneira poderosa
por nosso intermédio. Os corações serão tocados. Vidas serão trans-
formadas. O poder da Palavra de Deus restaura e transforma vidas.

Pergunta 3: Por que a Palavra de Deus tem tanto poder para


transformar vidas? Hebreus 4:12.
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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A Palavra de Deus é viva e poderosa. O mesmo Espírito Santo


que inspirou a Bíblia transforma a vida daqueles que a leem.
As promessas de Deus são verdadeiras. Ele cumprirá a Sua pala-
vra. Sempre que partilharmos a Palavra de Deus, levamos aos outros
os princípios que transformam e saram vidas.
O Pastor Mark Finley conta essa experiência em seu livro Persu-
asion [Persuasão], p. 13-14:
Uma ex-adventista do sétimo dia foi a uma série de conferências
na região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos. Quando o pastor
foi visitá-la em sua casa, conversou com ela sobre a importância de
voltar a fazer parte da família de Deus. Seus olhos se encheram de
lágrimas ao responder:

42
– Eu gostaria muito, pastor, mas não posso. Eu sou fumante.

Chamando-a pelo nome, e ele a desafiou:


– Você crê que Jesus quer que alcance a vitória sobre esse
hábito?

– Claro que sim. Mas não consigo. Sou muito fraca.

Ele continuou:
– Posso ler um verso bíblico para você? – e abriu a Bíblia em 1
João 5:14 – “E esta é a confiança que temos para com Ele: que, se
pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve.” Mary,
você crê que pode parar de fumar? – ele perguntou.

– Não – ela respondeu.

– Muito bem, a Bíblia diz que “esta é a confiança que temos para
com Ele”. Portanto, onde está a nossa confiança?

– NEle – ela respondeu.

O pastor leu o verso novamente.


– “Se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, exceto pa-
rar de fumar, Ele nos ouve.”

Olhando para Mary, perguntou:


– Posso escrever isso na sua Bíblia? Por favor, poderia me dar a
sua Bíblia para que possa escrever assim?

– Não, não – ela falou – eu não quero mudar a Bíblia.

– Parar de fumar está de acordo com a vontade de Deus?

– Sim, está – ela falou.

43
– Então, você pode pedir isso a Deus confiando no poder que Ele
prometeu?

– Claro que sim – foi a resposta direta. –Eu creio que posso.

Em seguida, o pastor abriu a Bíblia em João 1:12 e leu:


– “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no Seu nome.” Receber
Jesus é receber o poder. Hoje você viu que pode confiar em Jesus.
Vimos que tudo o que pedirmos de acordo com a vontade dEle, Ele
nos ouve. Nós sabemos que é da vontade de Deus que pare de fu-
mar. Também lemos que se O recebermos, receberemos o Seu poder.

Mary ficou em silêncio. Uma nova luz brilhou em seus olhos.


O pastor Finley falou:
– Nesta noite, você gostaria de se ajoelhar e dizer a Jesus que
crê nEle e que Seu poder fará tudo aquilo que não consegue fazer
sozinha? Gostaria de dizer a Deus que está confiante de que é da
vontade dEle que pare de fumar? Gostaria de receber poder neste
momento, crendo pela fé que Ele lhe concederá? Que, apesar de
qualquer desejo contrário, pelo poder de Deus obterá a vitória, por-
que assim diz a Sua Palavra? Pela fé, está disposta a confiar na Pa-
lavra de Deus?

Juntos se ajoelharam e Mary orou. Naquela noite, Deus conce-


deu a Mary a vitória sobre o hábito de fumar mais de três maços de
cigarro por dia. O pastor Finley também deu orientações práticas e
alguns princípios para ajudá-la a parar de fumar, mas ao clamar as
promessas da Palavra de Deus, ela encontrou a verdadeira liberta-
ção em Cristo.
Ela precisava de alguém que a ajudasse a crer na Palavra de Deus
e a clamar Suas promessas pela fé para que pudesse ter a vitória
sobre o fumo.

44
A BÍBLIA TRANSFORMA VIDAS, POR QUÊ?

A PALAVRA DE DEUS DURA ETERNAMENTE


Ela passa de geração a geração.
Isaías 40:8 – “Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de
nosso Deus permanece eternamente.”
Mateus 24:35 – “Passará o Céu e a Terra, porém as Minhas pala-
vras não passarão.”

A PALAVRA DE DEUS TEM APLICAÇÃO UNIVERSAL


A Palavra de Deus se aplica a toda nação, tribo, língua e povo.
Mateus 24:24 – “E será pregado este evangelho do reino por todo
o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.”
Apocalipse 14:6 – “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo
um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Ter-
ra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo.”

A PALAVRA DE DEUS TRANSFORMA VIDAS


A Palavra de Deus tem o poder de converter mentes e corações.
1 Pedro 1:23 – “Pois fostes regenerados não de semente corrup-
tível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive
e é permanente.”
Salmo 119:11 – “Guardo no coração as Tuas palavras, para não
pecar contra Ti.”

A PALAVRA DE DEUS É DIVINAMENTE INSPIRADA


Muitos livros podem ser inspiradores, mas a Palavra de Deus é
inspirada.
2 Timóteo 3:16 – “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação
na justiça.”
João 17:17 – “Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade.”

45
A PALAVRA DE DEUS DÁ VIDA
A Palavra de Deus contém do poder divino do Espírito Santo
para dar a vida.
Salmo 119:50 – “O que me consola na minha angústia é isto: que
a Tua Palavra me vivifica.”
Deuteronômio 8:3 – “Mas de tudo o que procede da boca do Se-
nhor viverá o homem.”

A PALAVRA DE DEUS AMOLECE CORAÇÕES ENDURECIDOS


A Palavra de Deus tira as impurezas de nossa vida pela presen-
ça purificadora do Espírito Santo.
Jeremias 23:29 – “Não é a Minha Palavra fogo, diz o Senhor, e
martelo que esmiúça a penha?”
A Palavra de Deus é fogo consumidor. Ela consome o pecado.
Derrete corações endurecidos. Comprometa-se hoje mesmo a par-
tilhar os princípios transformadores da Palavra de Deus com seus
semelhantes. Corações serão tocados. Ficará, então, impressionado
em como a Palavra de Deus penetra mentes obscurecidas. Ficará
maravilhado em como a Palavra de Deus pode quebrar os corações.
Ficará maravilhado ao ver como a Palavra de Deus inspira os ho-
mens a levantarem os olhos para o Céu.
As promessas de Deus dadas em Sua Palavra são verdadeiras.
Ele fará o que declarou em Sua Palavra. Precisamos de um reavi-
vamento do estudo da Bíblia. O conhecimento da Palavra de Deus
cobrirá toda a Terra e quando isso ocorrer, corações e vidas serão
transformados ao redor do mundo.
“Necessita-se um reavivamento no estudo da Bíblia em todo o
mundo. Cumpre chamar-se a atenção, não para as afirmações dos
homens, mas para a Palavra de Deus. À medida que se fizer isto, re-
alizar-se-á poderosa obra. Quando Deus declarou que Sua Palavra
não voltaria para Ele vazia, queria dizer tudo quanto disse. O evan-
gelho deve ser pregado a todas as nações. A Bíblia deve ser aberta
perante o povo. O conhecimento de Deus é a mais alta educação,
e encherá a Terra com suas maravilhosas verdades, como as águas
cobrem o mar” (Evangelismo, p. 456).

46
Este programa o ajudará a experimentar em primeira mão o po-
der da Palavra de Deus.
A Palavra tem o poder de dar e transformar vidas. Trabalhe para
plantar as sementes da verdade na mente das pessoas e haverá
uma abundante colheita de pessoas para Cristo em seu ministério.
Com isso, você também crescerá em sua vida espiritual.

A PALAVRA DE DEUS É PODEROSA!

FATOS FASCINANTES SOBRE A BÍBLIA


• Quarenta autores escreveram a Bíblia durante um período de
mais de 1.500 anos (de 1500 a. C. até o ano 100 d. C.
• Os 40 autores diferiam em suas culturas e educação, em sua
personalidade e percepções intelectuais, mas os livros que es-
creveram não entram em contradição!
• Há 39 livros no antigo Testamento. Se multiplicar esses dois dí-
gitos (3x9), terá o número de livros do Novo Testamento, 27.
• A Bíblia foi dividida em capítulos na metade do século 13.
• A divisão em versículos ocorreu em 1551.

. . .

47
. . .
C A P Í T U LO 5

C H AV E S P A R A E N C O N T R A R E

D E S E N V O LV E R I N T E R E S S A D O S

E m cada comunidade, Deus está trabalhando para abrir cora-


ções ao evangelho. Antes de começarmos a buscar interes-
sados, Deus opera nos corações para criar um interesse nas
coisas divinas. A arte de buscar interessados para o estudo da Bíblia
é a arte de descobrir pessoas em quem Deus já criou um interesse.
Há algumas formas bastante práticas de cooperarmos com Deus para
encontrar pessoas que estejam interessadas no estudo da Palavra.
Muitas pessoas estão famintas pelo conhecimento da verdade.
Esperam por alguém que lhes explique a Bíblia. Ellen White nos es-
creve essas inspiradoras palavras:
“Muitos há que estão lendo as Escrituras sem compreender-lhes
o verdadeiro significado. Em todo o mundo homens e mulheres
olham atentamente para o Céu. De almas anelantes de luz, de graça,
do Espírito Santo, sobem orações, lágrimas e indagações. Muitos es-
tão no limiar do reino, esperando somente serem recolhidos” (Atos
dos Apóstolos, p. 109).
É o desejo do Céu ligar esses corações que anelam pela luz e
pela verdade com as testemunhas de Cristo.
Neste capítulo, conheceremos uma variedade de maneiras para
descobrir novos interessados. Esses métodos nos ajudarão a en-
contrar a fonte de pessoas interessadas em aprender mais sobre a
Palavra de Deus.

48
PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA A BUSCA DE INTERESSADOS
O salmista Davi apresenta três princípios vitais para encontrar
interessados:
“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai
andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo
os seus feixes” (Salmo 126:5-6).

Pergunta 1: Qual é o primeiro princípio vital que o salmista nos


dá para descobrir interessados?
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O primeiro princípio para descobrir interessados para o Reino


de Deus é sair para semear. Antigamente, as pessoas moravam em
cidades muradas para ficarem protegidas. Os campos ficavam do
lado de fora das cidades. Cada manhã, quando os portões se abriam,
os agricultores saíam para o trabalho nos campos. Para ter êxito na
conquista de pessoas para Cristo, é necessário “sair para os cam-
pos”. Essa saída tem duas dimensões.
Há a “saída psicológica”. Certo pensador afirmou: “Qualquer um
embrulhado em si mesmo é um pacote bem pequeno.” O motivo
para haver tão poucos ganhadores de pessoas para Cristo é porque
poucas pessoas estão desejosas de procurar por si mesmas manei-
ras de atender as necessidades do próximo. Peça a Deus que o aju-
de a “sair para os campos”. Peça que abra seus olhos para aquelas
pessoas que Ele preparou para partilhar Seu amor com elas.
O segundo aspecto de “sair para os campos” é o físico. Pessoas
não serão ganhas a menos que nos coloquemos onde elas estão. Je-
sus se misturava com as pessoas. Os discípulos se misturavam com
as pessoas. Os que desejam levar pessoas a Cristo “saem”. Estão
no meio das pessoas, batendo às portas, visitando lares, buscando
cada oportunidade para testemunhas.

49
“Há famílias que jamais serão alcançadas pelas verdades da Pala-
vra de Deus a menos que os mordomos de Sua graça entrem em seus
lares e lhes indiquem o mais alto caminho” (Atos dos Apóstolos, p. 363).

 ANEIRAS PRÁTICAS DE APLICAR O PRINCÍPIO


M
DE “SAIR PARA OS CAMPOS”
Eis algumas formas práticas de aplicar o princípio de “sair para
os campos”:

• Dedique semanalmente um tempo para testemunhar para o Senhor.


• Apesar de o testemunho ser parte do nosso estilo de vida diá-
rio, dedique tempo para buscar aquelas pessoas com quem não
entraria em contato em suas atividades cotidianas.
- Pelo ministério da visitação.
- Pelo evangelismo com literatura.
• Desenvolva novos meios de descobrir interessados.

Na maioria das vezes, as pessoas não virão bater às nossas por-


tas buscando a verdade; precisamos bater às suas portas. Elas não
entrarão em nossas igrejas; precisamos entrar em suas casas. Não
seremos procurados. Devemos procurá-las. Não virão até nós. Deve-
mos ir até elas.
A igreja é o local em que as pessoas são nutridas espiritualmente e
onde somos preparados para o serviço. O mundo é o local em que nosso
testemunho torna o evangelho autêntico. Vamos à igreja para receber
forças espirituais e treinamento para o evangelismo para podermos ir
ao mundo como Jesus fazia e ganhar pessoas para o Seu Reino.

Pergunta 2: No segundo princípio, que emoção Davi descreve


como sendo essencial para ganhar pessoas? Salmo 126:6.
Resposta:................................................................................................................................................................................................................
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50
Assim como a semente precisa de água para germinar e cres-
cer, a conquista de pessoas para Cristo demanda a água de nossas
lágrimas. Que tipo de choro é esse? Certamente não é um choro
meramente emotivo. O choro de que a Bíblia fala é de um coração
que sente o fardo de buscar os perdidos e que leva à incessante in-
tercessão. É uma preocupação genuína pelos perdidos. É uma pai-
xão divinamente santificada pelos perdidos.
Quando William Booth, fundador do Exército da Salvação, foi
convidado para visitar a rainha no Palácio de Buckingham, em Lon-
dres, Inglaterra, ele escreveu essas palavras no livro de visitas:
“Sua Majestade, a ambição de alguns homens é a fama, a ambi-
ção de alguns homens é o poder, a ambição de alguns homens é o
dinheiro, mas a minha ambição são as almas dos homens.”
Essa é a paixão que motiva os verdadeiros conquistadores de
pessoas para o Reino de Deus.

Pergunta 3: Qual é o terceiro princípio para a busca de interes-


sados? (Salmo 126:6 - última parte).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Todo agricultor sabe da importância de semear. Qual agricultor


esperaria uma colheita sem ter semeado qualquer semente? Quanto
mais semearmos, mais colheremos. Esse mesmo princípio se aplica
ao campo espiritual de Deus. Nosso Senhor não pode abençoar a lite-
ratura que não distribuímos. Não pode abençoar os folhetos que não
demos, os estudos bíblicos não oferecidos e as campanhas evangelís-
ticas que não foram feitas. Algumas igrejas esperam levar pessoas a
Cristo sem despender tempo lançando as sementes. Estão apenas se
enganando. Deus nos convida a semear a semente distribuindo lite-
ratura, visitando lares, batendo às portas, dirigindo pequenos grupos,
distribuindo vídeos, dando livros, matriculando pessoas nos cursos
bíblicos e uma variedade de outras maneiras de partilhar a verdade.

51
Pergunta 4: Na parábola do semeador, o que Jesus diz que re-
presentam as sementes? Lucas 8:11.
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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.................................................................................................................................................................................................................................................

A semente é a Palavra de Deus. Quando saímos para a comu-


nidade com o nosso coração cheio de amor pelas pessoas, parti-
lhando a Palavra de Deus, Ele promete que haverá resultados.

Pergunta 5: Que promessa Deus fez para aqueles que seguirem


Seus princípios para a conquista de pessoas para o Seu Reino? Sal-
mo 126:6.
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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Como está na versão Almeida Revista e Corrigida, a expressão


“sem dúvida” é maravilhosa. Mostra algo em que realmente podemos
confiar. Sigamos esses simples princípios e Deus nos dará os resultados.
Quando “sairmos para os campos”, teremos resultados. A Bíblia
ensina assim em Salmo 126:5-6. Ao semearmos com lágrimas e con-
tinuarmos com choro, sem dúvida voltaremos com alegria trazendo
nossos feixes.

MANEIRAS PRÁTICAS DE DESENVOLVER A ATITUDE DE UM CON-


QUISTADOR DE PESSOAS PARA CRISTO
Eis algumas maneiras práticas de se desenvolver como um con-
quistador de pessoas para o Reino de Deus:

1. Peça a Deus que lhe conceda o desejo de testemunhar.


- Passe um tempo sozinho pedindo a Deus que lhe dê um
desejo maior de ser uma testemunha para Ele.

52
- Peça a Deus para lhe dar oportunidades para testemunhar
especificamente a algumas pessoas.

2. Peça especificamente para colocar o desejo em Seu coração


de testemunhar para determinadas pessoas.

3. Ore por essas pessoas.


- Ore apresentado os nomes dessas pessoas a Deus. Peça
sabedoria para saber como se aproximar delas e ter opor-
tunidades para testemunhar.

MANEIRAS PRÁTICAS DE DESCOBRIR E DESENVOLVER INTERESSADOS


Há muitas formas de encontrar os interessados. Cada método
abaixo irá ajudar a descobrir candidatos em potencial para recebe-
rem estudos bíblicos. Usando métodos variados, aumentaremos as
chances de descobrir muitos outros candidatos. Quanto mais opor-
tunidades dermos ao Espírito Santo para levar pessoas ao contato
com a verdade, mais interessados poderemos levar para a igreja.

1. FAÇA UMA RELAÇÃO DE INTERESSADOS


É importante criar um banco de dados de interessados. Eles po-
dem surgir de vários lugares. Primeiro, faça uma relação com todos
os familiares, amigos e colegas de trabalho dos membros da sua
igreja. Os interessados podem também surgir de campanhas evan-
gelísticas anteriores. Aqueles que visitam sua igreja e que não são
membros também devem fazer parte dessa lista.
O objetivo é visitar tantas pessoas quanto possível da relação
que foi feita, desenvolvendo relacionamentos que levarão aos estu-
dos bíblicos.

2. FAÇA O ACOMPANHAMENTO DE TODOS OS INTERESSADOS QUE


SURGIRAM PELO MEIO DA MÍDIA EM SUA COMUNIDADE.
Os ministérios de mídia da Igreja Adventista do Sétimo Dia po-
derão fornecer nomes de interessados em sua área. Faça envio sis-
temático de mala-direta.

53
O uso sistemático de mala-direta produzirá novos interessados.
Esse meio fornecerá uma excelente base para novos interessados.

3. FAÇA PESQUISAS DE PORTA EM PORTA


Esse é um excelente método de encontrar pessoas desejosas de
estudar a Bíblia.
Visita com entrega do livro oferecido pelo Está Escrito
Pesquisa religiosa comunitária

4. FAÇA PROGRAMAS QUE ATENDAM AS NECESSIDADES PERCE-


BIDAS PELA COMUNIDADE.
Programas que estão voltados aos interesses da comunidade
são excelentes para atrair novos interessados. É importante ligar es-
ses programas com as séries de colheita ou oferecer aos participan-
tes a oportunidade de receber estudos bíblicos. Veja algumas idéias
de programas voltados aos interesses das comunidades que podem
ser dirigidos antes das campanhas evangelísticas.

• Controle do Estresse
• Escolas de Culinária
• Feira de Saúde

Construindo elos: De programas voltados aos interesses da co-


munidade para a dimensão espiritual.

• Desenvolva novas amizades


Durante os programas voltados aos interesses da comunidade, pode-
rá desenvolver muitas amizades. Relacionamentos pessoais são um ca-
minho para apresentar Jesus aos seus amigos. Conforme os participantes
desenvolvem confiança no que têm a dizer sobre saúde, eles desenvol-
verão maior credibilidade no que terão a dizer sobre temas espirituais.

• Seja um observador das portas que se abrem


Durante os programas comunitários, um grupo de membros da
igreja deve estar atento às oportunidades que podem surgir.

54
• Apresente ciclos de programação
Ciclos de programação são seminários de saúde dirigidos de
uma forma planejada. Nesse sistema, os participantes de um pro-
grama são convidados a participar da série seguinte de reuniões e
são imediatamente inscritos, caso tenham interesse.

• Conceda oportunidades
Dê aos participantes de cada programa a oportunidade de se
inscrever para outros programas, seminários ou estudos bíblicos.

5. FAÇA ESTUDOS BÍBLICOS NOS LARES


Estudos bíblicos nos lares geralmente estimulam o interessado
para mais estudos bíblicos. Assim, poderá ser aberto o caminho para
que você convide os participantes para fazerem estudos regulares.

Como iniciar um grupo de estudos em casa

• Escolha um líder – escolha um líder e um vice-líder para o se-


minário de estudos bíblicos.

• Convide os membros da igreja – convide quatro outros mem-


bros para participarem do grupo.

• Convide pessoas que não são adventistas – cada um dos seis


membros da igreja convida um membro não adventista para
participar. (Assim é formado um grupo de 12 pessoas).

• Faça uma programação – o programa semanal abaixo é um for-


mato que tem dado bons resultados.
- 19h30-19h45 – Confraternização
- 19h45-19h50 – Momentos de oração antes do estudo da
Palavra de Deus
- 1 9h50-20h35 – Apresente o estudo em vídeo (Unsealing
Daniel’s Mysteries [Abrindo o Selo dos Mistérios de Daniel])
- 20h50-21h00 – Encerramento / Despedida

55
• Faça pré-inscrições – Dê a cada participante a oportunidade de
fazer a inscrição para as séries de evangelismo. Na décima sema-
na, distribua folhetos e reservas para as reuniões evangelísticas.
Você poderá marcar a vida de muitas pessoas ao convidá-las
para irem à sua casa a fim de estudarem a Palavra de Deus num
ambiente familiar.

6. INICIE UM MINISTÉRIO DE EVANGELISMO COM LITERATURA


Distribuir literatura irá estimular um interessado para um futu-
ro estudo bíblico. O ministério da literatura é um método testado e
aprovado para incentivar os estudos bíblicos nos interessados.
“O prelo é um poderoso meio para impressionar a mente e o
coração do povo... Se homens que se acham sob a influência do es-
pírito do mundo e de Satanás são diligentes na circulação de livros,
folhetos e jornais, de natureza corruptora, deveríeis ser mais dili-
gentes em pôr diante do povo leitura de natureza enobrecedora e
salvadora. Deus colocou à disposição de Seu povo, no uso do prelo,
vantagens que, combinadas com outros fatores, difundirão com êxi-
to o conhecimento da verdade. Folhetos, revistas e livros, conforme
exigir o caso, deverão circular em todas as cidades e vilas do país”
(Vida e Ensinos, p. 226-227).

7. INICIE UM MINISTÉRIO DE EMPRÉSTIMO DE MÍDIA


O ministério de empréstimo de mídia tem a função de distribuir
palestras em formatos de áudio e vídeo. É um método muito interes-
sante para atrair interessados, por ser de uso fácil para os membros
voluntários usarem a fim de partilharem sua fé com outras pessoas.

Como começar
Divulgue – O centro de mídia deve ser bem divulgado. Distribua
um folheto com todas as informações essenciais a respeito do ma-
terial disponível.
Faça o acompanhamento – Volte à área em que foi feita a divulgação.
De porta em porta, pergunte se as pessoas receberam o folheto (essa
é uma boa oportunidade para descobrir quais são os interessados).

56
Deixe os materiais – Quando alguém demonstrar interesse, dei-
xe com a pessoa algum material de áudio ou vídeo. Informe que o
material está sendo deixado em forma de empréstimo e que em
uma semana você retornará para pegá-lo.
Retorne em uma semana – Diga às pessoas que voltará em uma
semana para pegar o material e trazer outro. Assim poderá ser ini-
ciada uma nova amizade que levará a um estudo bíblico.

8. FALE DE CRISTO ESPONTANEAMENTE


Deus muitas vezes prepara pessoas que receberão nosso teste-
munho muito antes de termos contato com elas. Busque durante o
dia oportunidades de testemunhar do amor de Crist. Ao estar com
seus colegas de trabalho, na escola ou durante suas atividades de
lazer, peça a Deus que abra seus olhos para enxergar pessoas como
possíveis candidatos ao Reino de Deus. Ao estar espontaneamente
partilhando o amor de Cristo, as portas se abrirão para os estudos
bíblicos. O testemunho se tornará parte de sua vida diária. Deus já
está trabalhando para abrir os corações ao evangelho. Ao usar as
chaves para buscar e desenvolver interessados, Deus lhe concederá
resultados maravilhosos.

. . .

57
. . .
C A P Í T U LO 6

U M P L A N O E F I C A Z P A R A D A R

E S T U D O S B Í B L I C O S

O s cristãos primitivos tinham grande alegria em partilhar as


verdades bíblicas com outros. O apóstolo Pedro foi à casa
de Cornélio para compartilhar a verdade sobre Cristo. Filipe
teve um encontro particular com o etíope para explicar-lhe as verdades
da profecia. Paulo assentou-se nas ruínas da prisão de Filipos, após o
terremoto, e apresentou a verdade sobre Jesus ao carcereiro filipense e
a toda sua família. Áquila e Priscila, membros da igreja de Corinto, apro-
veitaram cada oportunidade para explicar a verdade a outros. Através do
ministério desse casal, Apolo aceitou a nova luz da verdade sobre Jesus.
O livro de Atos descreve uma das razões mais importantes para
a existência de milhares de conversos no primeiro século. “E todos
os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de
anunciar a Jesus, o Cristo” (Atos 5:42). Os discípulos da igreja primitiva
pregavam tanto em prédios públicos como nas sinagogas. Eles tam-
bém ensinavam as pessoas de forma particular em seus lares. Cada
cristão, homem ou mulher, partilhava com seus amigos e vizinhos as
verdades que haviam aprendido. Esse ministério da Palavra, pregado
de casa em casa, gerou uma explosão de crescimento na igreja.
Todo reavivamento da história do cristianismo foi acompanhado
por um reavivamento correspondente do testemunho voluntário. Isso
ocorreu na Reforma, no Reavivamento Wesleyano e certamente no
Movimento Adventista.

58
Os adventistas almejavam partilhar sua fé. O Senhor conduziu
a Igreja Adventista do Sétimo Dia a enfatizar o método de estudos
Bíblicos, no formato de pergunta e resposta, através de uma sequ-
ência maravilhosa de circunstâncias.
No congresso realizado em 1882 no estado da Califórnia, uma
forte tempestade caía enquanto o Pr. S. N. Haskell pregava. O pode-
roso barulho da chuva e o ribombar dos trovões fizeram tanto ruído
que a congregação não conseguia ouvir o Pr. Haskell. O culto teve
que ser interrompido. Nesse momento, o Pr. Haskell reuniu um grupo
de pessoas ao seu redor. Como era impossível pregar, o Pr. Haskell
distribuiu textos da Bíblia para serem lidos por pessoas diferentes
e começou a fazer perguntas a respeito das verdades contidas nas
passagens lidas.
O Espírito do Senhor estava presente, e de forma extraordinária
as verdades bíblicas impressionaram a mente do povo. Como re-
sultado dessa experiência, o Pr. Haskell concluiu que esse plano de
estudo da Bíblia seria uma maneira excelente de apresentar a ver-
dade a famílias e pequenos grupos.
Ellen White esteve presente nesse congresso e, apesar de não
ter participado da reunião conduzida pelo Pr. Haskell, ela tomou
conhecimento da experiência e ficou muito interessada. No dia se-
guinte, em entrevista com o Pr. Haskell, a Sra. White afirmou que o
plano de estudo da Bíblia que foi seguido naquela reunião estava
em harmonia com a luz que ela recebera. Ela estava convicta de que
o próprio Deus havia conduzido o Pr. Haskell a responder, direta-
mente da Bíblia, as perguntas feitas pelas pessoas.

Pergunta 1: Qual é o plano eficaz para dar estudos bíblicos? Isa-


ías 28:9-10
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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.................................................................................................................................................................................................................................................
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59
Deus revelou em Sua Palavra todas as verdades necessárias
para a salvação. A Bíblia é a biblioteca da verdade. Estudos bíbli-
cos eficazes relacionam passagens-chave com um único tema que
apresenta verdades bíblicas específicas sobre o assunto.
É muito importante utilizar uma série de lições elaboradas dentro
de uma mesma sequência lógica. Há poder nas instruções que parti-
lhamos quando empregamos esse método. Ele ajuda os estudantes
a perceberem que a verdade é muito mais do que apenas outra ideia
de uma igreja cristã, mas que provém diretamente da Bíblia.
“A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar. Onde quer
que se vos depare uma oportunidade de assim fazer, sentai-vos com
alguma família, e deixai que vos façam perguntas. Respondei-lhes
então pacientemente, humildemente... Tomai a Bíblia, e exponde-
-lhes as grandes verdades da mesma. Vosso êxito não dependerá
tanto de vosso saber e realizações, como de vossa habilidade em
chegar ao coração das pessoas” (Obreiros Evangélicos, p. 193).

Pergunta 2: De quem buscamos sabedoria ao dar estudos bíblicos?


Como descobrimos a sabedoria do Espírito Santo?” 1 Coríntios 2:13
A:...........................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
B:...........................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

É muito importante buscar o Espírito Santo ao estarmos envolvidos


com o ministério de estudos bíblicos. O método de estudos bíblicos
no formato de pergunta e resposta, comparando as coisas espirituais
com as coisas espirituais, é uma ideia de origem celeste. Ao utilizar
esse método, obreiros são preparados para se tornarem poderosos
homens de Deus. O livro Obreiros Evangélicos confirma isso:
“O plano de se darem estudos bíblicos foi uma idéia de ori-
gem celeste. Muitos há, tanto homens como mulheres, que se po-
dem empenhar nesse ramo de obra missionária. Podem-se assim

60
desenvolver obreiros que se tornem poderosos homens de Deus.
Por este meio a Palavra de Deus tem sido proporcionada a milhares;
e os obreiros são postos em contato pessoal com o povo de todas
as línguas e nações” (Obreiros Evangélicos, p. 192).
Nenhum outro livro possui tanto poder quanto a Palavra de Deus
para capacitar homens e mulheres a tomar decisões; nenhum outro
método é tão poderoso quanto extrair textos da Bíblia e aplicá-los
a situações da vida real. Podemos apresentar nossas opiniões e até
dizer: “Eu acho...” ou “Minha igreja ensina...”, mas sentenças assim têm
pouquíssimo peso. No entanto, ao abrirmos a nossa Bíblia e lermos
uma passagem que revela às pessoas o que Deus diz, despertamos
ações poderosas para que ocorra uma mudança em sua vida.

Pergunta 3: Na ocasião em que Jesus quis convencer os dois dis-


cípulos na estrada de Emaús de que Ele era o Messias, o que Ele fez?
Lucas 24:27, 44
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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Jesus não operou um milagre para convencer os dois discípu-


los de que Ele era o Messias. Ele lhes deu um estudo bíblico. Jesus
começou com os primeiros cinco livros da Bíblia – os escritos de
Moisés – e fez referência às profecias do Antigo Testamento, texto
por texto, que provavam que Ele era o Messias.
Um dos métodos mais eficazes para ensinar a verdade bíblica é
o plano de estudo bíblico em casa, no formato de pergunta e res-
posta. As visitas semanais aos lares dos interessados desenvolvem
uma confiança por parte da família no obreiro e na Bíblia e lançam
o fundamento para a apresentação e aceitação das verdades estu-
dadas. O plano de estudos bíblicos no formato pergunta e resposta
é um método simples, fácil e extremamente poderoso.

61
PRINCÍPIOS GERAIS PARA DAR ESTUDOS BÍBLICOS

 RINCÍPIO 1: UTILIZE UMA SÉRIE DE ESTUDOS BÍBLICOS


P
BOA E SIMPLES
Não é necessário criar sua própria série de estudos bíblicos. Exis-
tem muitas séries de estudos boas, sólidas e aprovadas que já foram
testadas em campo. Recomendamos a série Search for Certainty [Em
Busca de Segurança] do Pr. Mark Finley.
“Deus está guiando um povo e o estabelecendo sobre a grande pla-
taforma da fé, os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus. Ele
deu a Seu povo uma cadeia reta de verdade bíblica, clara e coerente. Esta
verdade é de origem celestial e tem sido procurada como um tesouro
escondido. Foi extraída mediante pesquisa cuidadosa das Escrituras e
mediante muita oração” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 447).

PRINCÍPIO 2: TENHA UM PLANO DISTINTO


Ao dar estudos bíblicos, certifique-se de traçar um plano distinto
antes de apresentar qualquer assunto. É importante que você com-
preenda por si mesmo cada tema, assim, você será capaz de ensinar
com clareza essas verdades bíblicas a outros.
“Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em seu espírito
um plano distinto, e saber o que precisamente deseja conseguir. Não
deve ficar satisfeito com a apresentação de qualquer assunto antes
que o estudante compreenda os princípios nele envolvidos, perceba
a sua verdade, e esteja apto a referir claramente o que aprendeu”
(Educação, p. 233-234).

Dicas Práticas
 iga a mesma sequência básica com todos os interessados.
•S
• Não pule nenhuma lição, mesmo se o estudante disser que já
conhece o assunto.
• Certifique-se de que a pessoa compreendeu o assunto clara-
mente antes de passar para outro tema.

62
O “princípio claro e solidificado” que o Pastor Mark Finley apresen-
ta em seu livro Persuasion [Persuasão] ajudará a ilustrar a importân-
cia do conhecimento do estudante da Bíblia sobre o tema estudado.
O “princípio claro e solidificado” ensina que futuras verdades po-
derão ser recebidas e aceitas unicamente depois de verdades previa-
mente estudadas estarem claras e solidificadas na mente do ouvinte.
O expositor da verdade precisa verificar, a cada novo passo, se o
ouvinte aceita ou rejeita a mensagem, e como ele decidiu incorporar
os novos conceitos estudados em sua estrutura atual de valores. Se
isso não for feito, a resistência continuará a aumentar até chegar à
rejeição. A verdade, bem como a aceitação da verdade, é progressiva.
“Muitos obreiros fracassam em sua obra, porque não se põem
em contato íntimo com aqueles que mais necessitam de seu auxílio.
Com a Bíblia na mão, deveriam buscar, da maneira mais delicada,
conhecer as objeções que há na mente dos que estão começando
a indagar: ‘Que é a verdade?’ (João 18:38). Cuidadosa e suavemen-
te ele os deveria conduzir e educar, como discípulos numa escola”
(Obreiros Evangélicos, p. 190).

Eis um exemplo de como aplicar o “princípio claro e solidifica-


do” em um estudo bíblico sobre a salvação.

Pergunta: “Você já tinha estudado sobre o plano da salvação


antes ou esse assunto é novo para você?”
Resposta: “Sim, já tinha ouvido falar de Cristo, mas nunca tinha
estudado o plano da salvação na Bíblia.”
Pergunta: “Você tem alguma dúvida sobre esse assunto? Está
claro para você?”
Resposta: “Sim, ficou muito mais claro depois do estudo de hoje.
Antes de estudar sobre isso na Bíblia, pensava que tinha que ga-
nhar minha salvação, quero dizer, pensava que se eu fosse bom o
suficiente, poderia ser salvo.
Pergunta: “Agora você entende que a salvação é um dom que
você pode aceitar agora mesmo pela fé?”
Resposta: “Sim”

63
Pergunta: “É seu desejo aceitar Jesus agora mesmo e permitir
que Ele entre em sua vida?

Solidifique os pontos e os textos principais na mente de seus


estudantes da Bíblia. Permita que façam perguntas e responda-as
da maneira mais clara e simples possível para que eles possam en-
tender as verdades apresentadas.

 RINCÍPIO 3: FAÇA DE CRISTO E DA SALVAÇÃO O


P
TEMA CENTRAL DE CADA ESTUDO BÍBLICO
Os assuntos apresentados em cada estudo bíblico devem ter
Cristo como tema central. É o Cristo crucificado que atrai o coração
a Si. Ao ouvirem uma nova verdade, pode ser que os interessados
enfrentem alguma tensão ao considerarem a mudança de estilo de
vida que aquilo requer. Mas se sua vida foi totalmente entregue a
Jesus, eles sentirão o desejo de mudar. O objetivo da obra de con-
quistar outros é levar as pessoas a Cristo – mostrar-lhes o que Ele
deseja que Elas façam.
“Jamais deveria ser pregado um sermão, ou apresentada instrução
bíblica sobre qualquer assunto, sem que os ouvintes fossem enca-
minhados ao ‘Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’ (João
1:29). Toda verdadeira doutrina torna a Cristo o centro, todo preceito
recebe força de Suas palavras” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 54).

PRINCÍPIO 4: APRESENTE TEXTO APÓS TEXTO


O estudo bíblico mais eficaz e poderoso é aquele que apresenta
texto após texto. Isaías 28:10 ensina: “Pois é preceito sobre precei-
to, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um
pouco aqui, um pouco ali.”
“É o desígnio de Deus que não se decidam por impulso, mas
pelo peso da evidência, comparando cuidadosamente escritura com
escritura” (O Desejado de Todas as Nações, p. 458).
Para alguns, o Guia de Marcação da Bíblia é especialmente útil nas
ocasiões em que surge a oportunidade de dar estudos bíblicos espon-
tâneos. Os textos podem ser facilmente encontrados ao ter a sua Bíblia

64
marcada através do Plano de Marcação da Bíblia. Esse sistema é sim-
ples e fácil de ser seguido. Ter a sua Bíblia marcada também o ajudará
a responder perguntas mesmo que não houver lições disponíveis.

 RINCÍPIO 5: APRESENTE AS VERDADES DIFÍCEIS DE


P
SEREM ACEITAS APENAS APÓS A CONVERSÃO
Os assuntos que contêm verdades mais difíceis de serem acei-
tas devem ser estudados depois de Jesus ter sido apresentado. Ao
experimentar a genuína conversão, o coração está aberto para rece-
ber mais da verdade de Deus.
“Não deveis pensar que tendes o dever de introduzir argumentos
sobre o assunto do sábado ao encontrar-vos com as pessoas. Se as pes-
soas mencionam o assunto, dizei-lhes que não é esse o vosso encargo
presente. Mas ao entregarem a Deus o coração, a mente e a vontade,
então estão sinceramente preparados para julgar as provas relaciona-
das com estas verdades solenes e decisivas” (Evangelismo, p. 228).

PRINCÍPIO 6: NÃO APRESENTE MUITOS ARGUMENTOS


Não apresente muitos textos e notas a despeito do assunto que
for ensinar. O excesso tende a desgastar a mente.
“Não é o melhor método ser tão explícito, e dizer sobre um ponto
tudo quanto se pode dizer, quando alguns argumentos abrangerão o
assunto, sendo suficientes, para todos os fins práticos, para conven-
cer e reduzir a silêncio o adversário” (Obreiros Evangélicos, p. 376).

PRINCÍPIO 7: RESPONDA AS PERGUNTAS


Incentive a exposição de opiniões e observações informais. Res-
ponda as perguntas de seus alunos, mas mantenha-os dentro do
assunto que está sendo estudado. Perguntas sinceras, feitas de for-
ma ponderada, podem ser atendidas das seguintes maneiras:

• Dê a resposta completa no momento em que a pergunta for feita.


• Prometa responder ao final do estudo.
• Prometa dar a resposta completa em um estudo futuro relacio-
nado com a pergunta.

65
“A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar... sentai-vos com
alguma família, e deixai que vos façam perguntas. Respondei-lhes
então pacientemente, humildemente” (Obreiros Evangélicos, p. 193).

PRINCÍPIO 8: DÊ EXPLICAÇÕES SIMPLES


Mantenha a simplicidade dos estudos bíblicos dando explica-
ções simples. É muito importante evitar que o estudo fique muito
complicado. Siga o estudo como ele é. Simplesmente leia as pergun-
tas e permita que o aluno leia o texto bíblico e responda a pergunta.
Não é necessário fazer muitos comentários adicionais.
“Nunca, no entanto, procureis palavras que dêem a impressão
de serdes eruditos. Quanto maior for vossa simplicidade, mais bem
compreendidas serão vossas palavras” (Obreiros Evangélicos, p. 89).

PRINCÍPIO 9: TRABALHE COM O AMOR DE DEUS EM SEU CORAÇÃO


Sempre demonstre amor pelos estudantes da Bíblia. Eles reagi-
rão de forma positiva se souberem que você se importa com eles.
“O amor enternecedor de Deus no coração dos obreiros será re-
conhecido por aqueles em cujo benefício eles trabalham. As almas
estão sedentas da água da vida. Não sejais cisternas vazias. Caso
lhes reveleis o amor de Cristo, podereis levar os sedentos e famin-
tos a Jesus, e Ele lhes dará o pão da vida e as águas da salvação”
(Evangelismo, p. 485).

PRINCÍPIO 10: ENCONTRE AS PESSOAS ONDE ELAS SE ACHAM


É importante encontrar as pessoas onde elas se acham. Cada
pessoa é diferente. Elas se acham em lugares diferentes em sua ex-
periência espiritual. Leve em consideração a experiência de cada
um de seus interessados.
“Nós também [como Cristo] devemos aprender a adaptar nossas
atividades às condições do povo – para encontrar os homens onde
eles se acham. Conquanto os requisitos da lei de Deus devam ser
apresentados ao mundo, não obstante nunca nos devemos esquecer
de que o amor, o amor de Cristo, é o único poder capaz de abrandar
o coração e levá-lo à obediência” (Evangelismo, p. 57).

66
 RINCÍPIO 11: RELATE A SUA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA
P
DE CONVERSÃO
Partilhe o seu próprio testemunho! Conte o que Jesus fez em sua
vida. Isso será uma bênção àqueles com quem você está estudando
a Bíblia.
“Diga-lhes como encontrou a Jesus, e como você foi abençoado
desde que se colocou ao Seu serviço. Conte-lhes sobre a felicidade
de sentar-se aos pés de Jesus e aprender preciosas lições de Sua
Palavra. Fale a eles da alegria, da satisfação que existe na vida cris-
tã. Que suas palavras sejam calorosas, cheias de fervor, para que
possam convencê-los de que você encontrou a pérola de grande
preço. Suas palavras alegres e animadoras devem demonstrar que
foi achada com certeza a estrada melhor. Isso é trabalho missioná-
rio genuíno, e se ele for realizado, muitos acordarão como de um
sonho” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 38).

PRINCÍPIO 12: ORE ANTES DE CADA ESTUDO


A oração deve sempre preceder a abertura da Bíblia. O espírito
de oração faz toda a diferença. Conduza o estudo em atitude de hu-
mildade e oração.
“Nunca deve a Bíblia ser estudada sem oração. Antes de abrir
suas páginas, devemos pedir a iluminação do Espírito Santo, e ser-
-nos-á dada” (Caminho a Cristo, p. 91).

PRINCÍPIO 13: LEVE O ESTUDANTE A TOMAR UMA DECISÃO


Cada lição é planejada para ao final dar a oportunidade de o es-
tudante tomar uma decisão. Ao chegar ao final do estudo, faça um
apelo para que uma decisão seja tomada. Ao chegar o momento de
apresentar verdades mais difíceis, como o sábado, a igreja verda-
deira, o batismo, etc., você já estará habituado e terá mais facilidade
de levar o estudante a tomar uma decisão.
“Em todo sermão, deve-se fazer um fervoroso apelo ao povo,
para que deixem seus pecados e se voltem para Cristo” (Testemu-
nhos Para a Igreja, v. 4, p. 396).

67
Lembre-se de Três Conceitos Básicos Importantes:

1. Irradie – Irradie o amor de Jesus – Sua compaixão e interesse.


2. Conduza – Conduza o aluno a dedicar sua vida a Jesus
3. Solidifique – Solidifique o aluno no firme fundamento da San-
ta Palavra de Deus.

Dependa de Cristo – não de seu próprio conhecimento, sabedo-


ria e força. Jesus disse: “Sem Mim nada podeis fazer” (João 15:15).

. . .

68
. . .
C A P Í T U LO 7

P A S S O S P A R A I N I C I A R U M

M I N I S T É R I O D E E S T U D O S B Í B L I C O S

D eus concedeu a cada cristão o maravilhoso privilégio de


partilhar o que Jesus fez em sua vida. Uma das maiores
alegrias da vida é falar aos outros a respeito do amor de
Cristo. Deus poderia ter escolhido anjos sem pecado para pregar o
evangelho a esse planeta rebelde. Mas, ao invés disso, Ele nos esco-
lheu. Que privilégio, que oportunidade e que responsabilidade!
Embora Deus tenha chamado cada cristão para testemunhar, cha-
mou especialmente alguns com o dom especial de ensinar outras pes-
soas em seus lares. Esses instrutores bíblicos voluntários são parte
essencial do plano de Deus para revelar Sua verdade ao mundo.
A grande comissão dada por Jesus à igreja cristã encontra-se no
fechamento do livro de Mateus:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a guar-
dar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco
todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28:19-20).

Pergunta 1: Qual verbo descreve a ordem de Cristo a Seus discí-


pulos? Mateus 28:19 (a primeira palavra).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

69
Jesus continuamente incentiva Seus discípulos: “Ide”. Ide é a pe-
quena grande palavra da Bíblia. Ele diz a Seus discípulos: “Ide, tra-
balhai na Minha vinha. Ide, chamem-nos para entrar. Ide, pregai o
evangelho.” Esse ide tem ecoado pelos séculos até nós para que,
como os discípulos do Novo Testamente, também devemos obede-
cer ao ide.

Pergunta 2: Quais são as três grandes ordens envolvidas na gran-


de comissão?
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Ensinar a Palavra de Deus é parte vital do plano divino. Quando


ensinamos Sua Palavra, discípulos são formados. Quando transmiti-
mos Sua Palavra, pessoas aceitam a Cristo e são batizadas. Quando
continuamos ensinando Sua Palavra depois de terem sido batiza-
das, continuam a crescer em força, maturidade e sabedoria cristã.
Por isso, Ellen White nos incentiva:
“Levai a Palavra de Deus à porta de todo homem, insisti em suas
positivas declarações junto da consciência de todo homem, repe-
ti a todos a ordem do Salvador. ‘Examinai as Escrituras.’ João 5:39”
(Evangelismo, p. 434).
Você também pode fazer parte do grandioso plano de Deus para
finalizar esta obra. No final, Deus usará humildes membros voluntá-
rios. A profetiza de Deus, em visão, testemunhou um poderoso mo-
vimento voluntário:
“Em visões da noite, passaram perante mim representações de
um grande movimento de reforma entre o povo de Deus... Viam-se
centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Pa-
lavra de Deus... Portas se abriam por toda parte para a proclamação
da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial”
(Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 126).

70
PLANEJAMENTO BÁSICO PARA DAR
ESTUDOS BÍBLICOS

Serão apresentadas a seguir algumas formas práticas para que


sua igreja se envolva no cumprimento do plano de Deus para levar
o evangelho ao mundo através do ministério voluntário de estu-
dos bíblicos.

MÉTODO 1: ESCOLA BÍBLICA POSTAL


Correio
A Escola Bíblia Discover [Descubra] pode ser utilizada por pesso-
as que desejam dar estudos bíblicos por correspondência.
Escola Discover [Descubra] – através de escritórios da Voz da
Profecia.
Escola Discover [Descubra] – através das igrejas locais.

Computador
A página na Internet do Está Escrito pode ser utilizada por aque-
les que desejam dar estudos bíblicos online.
Página do Está Escrito: http://novotempo.com/estaescrito/

Dois tipos de Escolas Bíblicas Postais

Escolas Bíblicas centralizadas: Nesse modelo de escola bíblica,


os alunos recebem os estudos bíblicos pelo correio. Eles encami-
nham as lições de volta à central, onde são corrigidos e devolvidos
aos alunos.
Escolas Bíblicas localizadas nas igrejas: Nesse modelo de es-
cola bíblica, um grupo de membros dirige o ministério com a visão
de alcançar as pessoas em sua comunidade e envolvê-las através
dos estudos bíblicos por correspondência. Os membros da igreja
aceitam o desafio e estabelecem uma organização para auxiliar o
projeto a alcançar o objetivo proposto. O ministério missionário de
estudos bíblicos é um convite para a classe bíblica.

71
Objetivos e propósito de uma classe bíblica

• Estabelecer amizade com cristãos e pessoas não ligadas a ne-


nhuma religião que vivem em sua comunidade.
• Apresentar o Senhor Jesus e a Bíblia àqueles que não perten-
cem a nenhuma igreja.
• Ensinar às pessoas as verdades bíblicas.
• Mostrar que a Bíblia apresenta lições para a vida diária.
• Ajudar os alunos a terem uma experiência de conversão duran-
te o estudo da Bíblia.
• Auxiliar os cristãos a terem uma compreensão contínua da Bí-
blia e apresentar-lhes as Três Mensagens Angélicas.
• Levar os alunos a finalmente tomarem a decisão de serem ba-
tizados e tornarem-se parte da igreja remanescente de Deus.

MÉTODO 2: ESTUDOS BÍBLICOS PESSOAIS NO LAR


Um dos métodos mais espiritualmente gratificantes é dar estu-
dos bíblicos pessoalmente. Muitos membros da igreja que são hesi-
tantes a princípio, desenvolvem verdadeiras habilidades na arte de
estudar a Bíblia com as pessoas em seus lares. No processo, esses
membros de igreja crescem de forma impressionante tanto em seu
conhecimento de Cristo, como da Bíblia.

. . .

72
. . .
C A P Í T U LO 8

C O M O P R E P A R A R O S E U C A D E R N O

D E E S T U D O S B Í B L I C O S E A

C A I X A - A R Q U I V O

J esus usava frequentemente métodos simples para alcan-


çar resultados incomuns. Multiplicou cinco pães e dois
peixes para alimentar cinco mil pessoas. Cinco pães e
dois peixes não parecem ser muito, mas o pouco nas mãos de Jesus
é muito. Quando usamos o que temos, nosso Senhor multiplica nos-
sos esforços para realizar coisas maravilhosas.
Um dos principais métodos praticados pelo Senhor Jesus para
alcançar as pessoas é o de começarmos onde estamos e com o que
temos. Se fizermos isso, certamente Deus vai nos surpreender. Os
métodos apresentados na lição de hoje parecem simples. E real-
mente são. Siga, porém, cuidadosamente essas sugestões, e obser-
ve Deus em ação.
Nesta seção, vamos ensinar como preparar um caderno de estu-
dos bíblicos. Um caderno pessoal que será um bem de valor inesti-
mável no ensino da Palavra de Deus aos outros.
O caderno de estudos bíblicos e o fichário com materiais para
estudos bíblicos tornar-se-ão recursos muito úteis e confiáveis para
se consultar regularmente. Ao tomarmos tempo para preparar o ca-
derno e o fichário, estaremos lançando as bases do sucesso perma-
nente em nosso ministério de dar estudos bíblicos.
“Em toda cidade penetrada, deve-se lançar sólido fundamento
para uma obra permanente. Cumpre seguir os métodos do Senhor.

73
Fazendo trabalho de casa em casa, dando instruções bíblicas às fa-
mílias, o obreiro pode obter acesso a muitos que estão buscando a
verdade. Abrindo as Escrituras, fazendo oração, exercendo fé, deve
ele ensinar ao povo o caminho do Senhor” (Testemunhos Para a
Igreja, v. 7, p. 38).

PREPARANDO UM CADERNO DE ESTUDOS BÍBLICOS

Definir qual série de lições bíblicas será usada.


Utilizar as lições bíblicas impressas proporciona pelo menos qua-
tro vantagens do que simplesmente abrir a Bíblia para dar um estudo.

1. O aluno faz as lições com mais rapidez, gravando a verdade


em sua mente.
2. Ler a pergunta e escrever a resposta causa um impacto duplo.
A verdade é fixada de maneira mais sólida na mente.
3. Ouvir a lição apresentada pelo instrutor oferece uma terceira
oportunidade para o interessado melhor compreender a verdade.
4. Os alunos podem voltar e rever as lições sempre que deseja-
rem recapitular as verdades que aprenderam.

Cada lição abrange um tópico da Bíblia e está planejada para


servir de base para a próxima. Deve-se estudar cada lição pessoal-
mente. É difícil ensinar os outros sem conhecer bem a lição.

• Conseguir um pequeno caderno para as lições bíblicas. Colocar


cada lição no caderno.
• Responder cada lição.
• Ter sempre à mão esse caderno-mestre de controle das lições
e a Bíblia ao ir à casa de um interessado.

“É pecado da parte dos que tentam ensinar a Palavra a outros,


negligenciarem eles próprios o seu estudo... A vida de Deus, que dá
vida ao mundo, acha-se em Sua Palavra. Foi pela Sua Palavra que Je-
sus curava as enfermidades e expulsava demônios. Por Sua Palavra

74
acalmou o mar e ressuscitou os mortos; e o povo dava testemunho
de que Sua Palavra tinha autoridade. Ele falava a Palavra de Deus
como a tinha falado para todos os escritores do Antigo Testamento.
Toda a Bíblia é uma manifestação de Cristo. É nossa única fonte de
poder” (Obreiros Evangélicos, p. 249, 250).

MONTANDO UMA CAIXA-ARQUIVO DE ESTUDOS BÍBLICOS

1. Adquirir uma caixa-arquivo e pastas.


2. Separar uma pasta para cada lição.
3. Separar pastas para materiais como:
• Formulários de registro.
• Panfletos de seminários, programas de saúde ou reuniões
evangelísticas.
• Livretos ou outra literatura sobre a salvação, a segunda
vinda de Cristo, o sábado, o estado dos mortos, a verda-
deira igreja, etc.
• Arquivo alfabético para todos os alunos registrados no
curso bíblico.

ORGANIZANDO OS NOMES
Organizar os nomes antecipadamente é de extrema importân-
cia. Agiremos com maior competência e usaremos o tempo de ma-
neira mais eficiente se todos os nomes a serem visitados forem
mapeados com antecedência. Antes de iniciar a visitação, é necessá-
rio dedicar alguns minutos para encontrar cada endereço no mapa.
Deve-se montar uma estratégia para a visitação de tal forma que
primeiramente sejam visitados os nomes das pessoas que moram
mais perto umas das outras e, a seguir, os lares mais distantes.
Como a locomoção está se tornando cada vez mais fácil para a
sociedade, é difícil encontrar as pessoas em casa. Geralmente, é ne-
cessário voltar várias vezes à mesma casa.
Durante uma série evangelística em uma grande cidade da Nova
Inglaterra, um de nossos instrutores bíblicos voluntários visitou a
casa de uma senhora por seis vezes até encontrá-la. Quando conse-

75
guiu, pode perceber quão interessada ela estava, e logo iniciou os
estudos bíblicos. A persistência na visitação traz suas recompensas.
Vamos olhar por este lado: mesmo que não haja ninguém, pelo me-
nos localizamos a casa para fazermos uma futura visita.
“Esse trabalho de casa em casa, em busca de almas, à procura
da ovelha perdida, é o trabalho mais importante que se possa efe-
tuar” (Evangelismo, p. 431).

 ATERIAIS NECESSÁRIOS PARA OBTER ÊXITO


M
AO DAR ESTUDOS BÍBLICOS
As igrejas que possuem classes bíblicas ou um ministério de
estudos bíblicos bem-sucedido, elegem um coordenador de estu-
dos bíblicos. O coordenador de estudos bíblicos para interessados
é quem prepara os materiais necessários para alcançar as pessoas
através desse ministério.
A seguir, o que será necessário:

Mapas da região
• Cada dupla precisa ter um mapa.
Nomes e endereços
• Conseguir os nomes e endereços de todos os interessados.
• Preparar um cartão de visitação para cada dupla.
Cartões de inscrição para os estudos bíblicos
• Esses cartões podem ser enviados em massa através dos
correios ou distribuídos pessoalmente.
 oletar os cartões de resposta dos cursos bíblicos.
•C
•C
 lassificar s nomes por código postal (CEPs).
•O
 rganizar a visitação por áreas.
• Verificar se foi feita uma cópia geral de todos os interessados.
Tendo em vista que cada equipe visitadora levará consigo os
cartões recebidos, essa lista-mestra garantirá que os nomes
não se perderão. A lista-mestra é vital para futuros contatos
e envio de materiais por correio.
• O coordenador deverá manter o controle de todos os inte-
ressados.

76
• O coordenador deverá organizar um caderno de controle geral
com o registro de todos os instrutores de estudos bíblicos. Esse
registro deve ser sempre atualizado para mostrar o progresso de
cada aluno, indicando o número dos estudos que a pessoa já fez.
Bíblias
• Pode ser que algumas pessoas visitadas não tenham sua
própria Bíblia; é necessário, portanto, que se providencie um
exemplar das Escrituras para cada aluno.
Formulários de inscrição para os estudos bíblicos
• Cada pessoa que inicia os estudos bíblicos deve ser matricu-
lada no curso utilizando-se para isso o formulário de inscri-
ção. Essa é uma excelente maneira de se manter o controle
do seu progresso nas lições.
Livros e literaturas para a visitação
• Deve ser escolhida alguma literatura sobre a salvação, a se-
gunda vinda, o sábado, etc.
Material recomendado:
• Caminho a Cristo
- Para levar as pessoas a caminharem mais intimamente
com Deus.
Manual de Batismo
O Manual de Batismo faz uma revisão de todas as principais ver-
dades doutrinárias para o preparo do candidato ao batismo.
Quando nos preparamos conscientemente, organizamo-nos de
maneira eficiente e planejamos tudo de maneira sistemática, Deu
pode fazer muito mais por nosso intermédio. A organização não
substitui o poder do Espírito Santo, mas proporciona oportunidades
para que Ele trabalhe de forma mais poderosa.
A organização é como um sinal enviado a toda a igreja mostrando
que conquistar pessoas para Cristo é algo de grande importância. Se um
grupo de executivos se reúne para organizar estratégias abrangentes a
fim de garantir maiores lucros para as empresas, não deveria a igreja se
organizar cuidadosamente para promover o avanço do Reino de Deus?
Pode levar tempo. Exigirá esforços. Mas a igreja colherá ricos di-
videndos e as pessoas ganhas para o Reino também valerão a pena.

77
SIM! AGORA ESTAMOS PRONTOS PARA
COMEÇAR A DAR ESTUDOS BÍBLICOS
Respondemos a todas as lições bíblicas, temos todas elas em um
caderno próprio, montamos a nossa caixa-arquivo e preenchemos o
formulário de inscrição para cada aluno. Estamos prontos para começar.
Devemos iniciar dando a primeira série de estudos bíblicos a
um amigo, parente, vizinho ou colega de trabalho. Falemos sobre as
aulas que frequentamos e depois podemos perguntar se podemos
praticar apresentando-lhe as lições.

COMO DAR ESTUDOS BÍBLICOS


Verifique se o aluno do curso bíblico recebeu a Lição 1.

O Instrutor
• Faz uma breve oração
• Repassa toda a lição exatamente como ela é.
• Lê todas as notas e perguntas.

O aluno
• Lê os textos bíblicos e responde às perguntas.

O Instrutor
• Faz a pergunta de decisão no final de cada lição.
• Pergunta se o aluno tem alguma dúvida.
• Pergunta se a lição foi clara.
• Entrega ao aluno a próxima lição.
• Pergunta se deseja que faça uma simples oração de agrade-
cimento.
• Envolve-se em uma conversa pessoal com o aluno.
• Faz suas despedidas e sai.

SUGESTÕES ÚTEIS PARA DAR ESTUDOS BÍBLICOS


Orar com os alunos antes de cada estudo.
O espírito de oração faz toda a diferença. Passar para o estudo
em atitude de humildade.

78
Tornar o estudo bíblico o mais simples possível
É importante evitar que o estudo acabe se tornando muito com-
plicado. As lições devem ser utilizadas da maneira como estão. As per-
guntas simplesmente lidas, e então permitir que o aluno leia o texto
bíblico e as responda. Comentários extras devem ser minimizados.

Fazer com que o estudo seja curto e ao ponto


Cada estudo bíblico deve durar de 45 a 50 minutos. Não gastar
mais de uma hora em qualquer lição. Ficar no tema. Não vaguear para
assuntos fora da lição. Quando aparecerem perguntas sobre outros as-
suntos, deve-se responder algo assim: “Na próxima semana vamos ver
esse assunto em detalhes. Podemos responder à sua pergunta nessa
ocasião? Isso nos permite ficar dentro do tema da nossa lição hoje.”

Agir como aprendizes também


Não devemos nos julgar como sendo autoridades na Bíblia.
É importante não dar aos alunos a impressão de que achamos que
temos todas as respostas e de que eles não sabem nada.

Estudar as lições na ordem em que estão


Essas lições foram escritas de maneira a servirem de base para
os próximos temas mais difíceis no futuro. As lições devem ser se-
guidas na ordem dada. Os alunos compreenderão a Bíblia muito
mais facilmente.

Ser perseverante
A perseverança é muito importante. Deve-se fazer os estudos
sempre à mesma hora. Os alunos vão aguardar por esse momento
especial separado para o estudo da Bíblia.

Estudar uma lição de cada vez, duas no máximo


Os alunos podem ficar cansados e confusos se estudarem muitas
lições juntas. Uma por vez provavelmente seja o melhor; entretanto,
pode haver ocasiões em que o aluno consiga fazer duas lições de
uma vez com bastante aproveitamento.

79
Permitir que o aluno faça perguntas
Surgirão perguntas que talvez não estejamos preparados para
responder. Não devemos fingir que sabemos a resposta. Se não sou-
bermos, vamos dizer que não sabemos no momento: “Não tenho
certeza, mas vou procurar e lhe darei a resposta na próxima semana.”

Manter o aluno no foco


O aluno deve ficar dentro da lição que está sendo estudada e
não em diferentes assuntos. Quando um aluno faz perguntas sobre
um outro assunto, deve-se procurar trazê-lo de volta ao tema que
estão estudando.

Sempre perguntar qual é a decisão do aluno no final de cada lição


Cada lição dá ao aluno a oportunidade de no final fazer a sua deci-
são. Ao chegarmos ao final de cada estudo, peçamos por uma decisão.

Depender de Cristo
Não devemos depender do nosso próprio conhecimento e força.
Jesus nos diz: “Sem Mim, nada podeis fazer” (João 15:5).

UMA PROMESSA ESPECIAL QUE DEVE SER SEMPRE LEMBRADA


“Quem principia com pouco conhecimento, e de modo humilde
fala o que sabe, ao passo que procura diligentemente mais sabedo-
ria, achará todo o tesouro celestial aguardando seu pedido. Quanto
mais procurar comunicar luz, mais luz receberá. Quanto mais al-
guém experimentar explicar a Palavra de Deus a outros com amor,
mais clara ela se tornará para ele. Quanto mais usarmos nosso co-
nhecimento e exercitarmos nossas faculdades, maior conhecimento
e capacidade teremos” (Parábolas de Jesus, p. 354).

PARA OBTERMOS ÊXITO NESSE TRABALHO


DEVEMOS TER O PODER E A PRESENÇA
DO ESPÍRITO SANTO CONOSCO.

. . .

80
. . .
C A P Í T U LO 9

S O P A E S A LV A Ç Ã O

U M P R O G R A M A D E E S T U D O S

B Í B L I C O S O R G A N I Z A D O

J á nos passou pela mente por que muitas igrejas têm pouco
interesse em evangelismo? Já nos perguntamos: “Há algu-
ma coisa em que nossa igreja pode fazer a diferença para
o avanço do Reino de Deus em nossa comunidade? Como podemos
promover uma real mudança em nossos métodos para alcançar as
pessoas?” Muitos membros preocupados com tal situação têm feito
essas perguntas. O próprio Jesus nos dá algumas respostas.
Quando nosso Senhor chamou Seus discípulos, lhes disse: “Vin-
de após Mim e Eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:19). Os
discípulos aprenderam a ser eficientes em levar pessoas a Cristo ao
verem Jesus partilhar as verdades eternas com os perdidos. Ao es-
tarem com Jesus, aprenderam como levar pessoas a Ele. Depois de
estarem com Ele, mesmo por tão pouco tempo, Jesus os enviou em
busca de pessoas para o Seu Reino. Os discípulos aplicaram exata-
mente o que Jesus lhes havia ensinado.
Ninguém aprende a nadar numa sala de aula. É preciso entrar
na água. Da mesma forma, ninguém aprende a ganhar pessoas para
Cristo em classe, mas unicamente indo a campo. Devemos sair pela
fé. O Espírito Santo nos ensinará como fazê-lo da melhor maneira.
Quando partilhamos o que conhecemos, nós nos desenvolvemos.
Nesta seção, vamos compartilhar estratégias bem simples sobre
como levar pessoas a Cristo, mas que vão revolucionar as igrejas.

81
Nós a denominamos Sopa e Salvação. Esse é um programa semanal
de estudo da Bíblia que tem por objetivo dar maior suporte àqueles
que têm interesse em dar estudos bíblicos.

I NICIANDO A SÉRIE DE ESTUDOS BÍBLICOS PESSOAIS ATRAVÉS


DO PROGRAMA SOPA E SALVAÇÃO.
Vamos iniciar respondendo a algumas perguntas fundamentais que
podem ser feitas sobre como organizar o programa Sopa e Salvação.

 UANDO É O MOMENTO CERTO PARA INICIAR O PROGRAMA


Q
SOPA E SALVAÇÃO E QUANTO TEMPO DURA?
O programa Sopa e Salvação deve ser iniciado aproximadamente
10 a 12 semanas após as aulas de capacitação Iluminando o Mundo
Para Deus haverem terminado. (Isso dará aos instrutores bíblicos o
tempo suficiente para praticarem a arte de dar estudos bíblicos.) Os
instrutores bíblicos voluntários devem ser estimulados a responder
as lições Search for Certainty [Em Busca de Segurança], colocá-las
em um caderno, montar um caixa-arquivo e praticar dando alguns
estudos bíblicos antes de prosseguir para os interessados cadastra-
dos à partir da grande quantidade de cartões de inscrição prepara-
dos para o programa Sopa e Salvação.
O programa Sopa e Salvação deve ser agendado para começar
após o envio em massa dos cartões de inscrição para os estudos
bíblicos. Deve ser cronometrado de tal forma que os pedidos de es-
tudos bíblicos cheguem aproximadamente uma semana antes de o
programa começar.

A QUE HORAS O PROGRAMA É REALIZADO?


O programa Sopa e Salvação deve ser realizado uma vez por sema-
na, à noite, das 18h até às 21h, ou no sábado à tarde, das 14h às 17h.

QUAL É O TEMPO DE DURAÇÃO DO PROGRAMA?


Sopa e Salvação é realizado por aproximadamente 12 semanas,
o que dá aos instrutores voluntários a oportunidade de organizar os
estudos bíblicos de forma regular.

82
COMO É REALIZADO O PROGRAMA SOPA E SALVAÇÃO?
Os membros da igreja fazem a sua escolha para participar de
um destes quatro principais ministérios que têm por objetivo levar
pessoas a Cristo:

1. Ministério da Oração
2. Ministério da Literatura
3. Ministério da Visitação
4. Ministério de Estudos Bíblicos

Cada ministério tem o seu foco em uma área específica. Os mem-


bros que têm dons e interesses semelhantes podem se unir a um
ministério de cada sessão para alcançar as pessoas.
Quando um número significativo de membros se reúne na mesma
tarde para orar, visitar, distribuir literatura ou dar estudos bíblicos,
o Espírito Santo reconhece seu comprometimento concedendo-lhes
poder e ânimo em seus esforços para realizar o trabalho.
Examinemos então como cada grupo funciona. Vamos iniciar com
o ministério do grupo de oração.

1. MINISTÉRIO DA ORAÇÃO

Pergunta 1: Que instrução nos dá o Senhor através do clamor de


Jó? (Jó 16:21)
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Intercessão é rogar a Deus em favor de outra pessoa. O grupo


do ministério da oração dedica-se à oração fervorosa em favor de
pessoas específicas. O grupo de oração se reúne para orar quando
o grupo de estudos bíblicos está dando estudos, quando o grupo de
visitação está visitando e o grupo de literatura está distribuindo os
cartões de inscrição para os estudos. O grupo de oração ora tanto
pela equipe de visitação como pelos interessados.

83
Pergunta 2: No tempo da apostasia em Israel, que palavras de en-
corajamento foram pronunciadas pelo profeta Samuel? (1 Samuel 12:22)
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

O profeta Samuel tinha a esperança de que Deus trouxesse um


grande reavivamento ao Seu povo. Ele orou para não pecar contra
o Senhor, deixando de orar pelo povo de Israel, tão necessitado
espiritualmente. Novamente, em nossos dias, Deus apela para que
membros comprometidos da igreja se unam em intercessão.

Pergunta 3: Que compromisso Samuel fez para com Israel? (1 Sa-


muel 12:23)
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Samuel fez o compromisso de buscar a Deus em favor de Israel.


Em nosso grupo de oração, oramos por pessoas que podem não es-
tar orando por si mesmas. Intercedemos pelos perdidos. Buscamos
a Deus, reconhecendo que somente Ele pode transformar os cora-
ções e mudar vidas.
“Por que não sentem os crentes preocupação mais profunda, mais
fervorosa pelos que estão afastados de Cristo? Por que não se reúnem
dois ou três e instam com Deus pela salvação de determinada pessoa,
e, em seguida, oram a respeito de outra? Formemos em nossas igrejas
grupos para o serviço. Unam-se vários membros para trabalhar como
pescadores de homens” (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 21).

84
 QUE A EQUIPE DO MINISTÉRIO DA ORAÇÃO FAZ DURANTE O
O
PROGRAMA SOPA E SALVAÇÃO?
• Estuda “Guerreiros da Oração” – Sugerimos um breve estudo
sobre a oração intercessora utilizando o manual Guerreiros da
Oração, de autoria do pastor Ron Halvorsen. Esse manual apre-
senta 13 lições sobre o poder da intercessão. Mostra o poder da
oração na batalha entre o bem e o mal.
• Estuda a Bíblia (Livro de Atos) – Pode-se também usar o livro
de Atos como contexto para o ministério do grupo de oração.
Ler de cinco a dez versículos, fazer um breve comentário, en-
volver os membros do grupo na discussão sobre o papel do
Espírito Santo e então dedicar o restante do tempo em oração.
• Ora por aproximadamente 45 a 50 minutos.
• Ora especificamente pelos pedidos de estudos bíblicos.
• Ora pelos instrutores bíblicos que atenderão aos pedidos de
estudos bíblicos.
• Fala com Deus como a um Amigo, por meio da oração conver-
sacional.

INICIANDO O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO


• Eleger um coordenador para o ministério da oração.
• Convidar especificamente a algumas pessoas para se unirem ao
grupo. O grupo do ministério da oração é composto de mem-
bros da igreja que sentem ser encarregados por Deus para par-
ticipar da oração intercessora.
• Fazer o compromisso de se reunir uma vez por semana durante
as reuniões do programa Sopa e Salvação.
• Orar especificamente pelos nomes daqueles que estão sendo
visitados pela equipe visitadora.

2 – MINISTÉRIO DA VISITAÇÃO

Os membros encarregados do ministério da visitação devem


visitar as pessoas que constam na lista de interessados do pas-
tor. Essa lista atual de interessados do pastor abrange interessados

85
resultantes dos programas da mídia, contatos feitos através dos pro-
gramas de saúde, de reuniões evangelísticas anteriores, contatos
para estudos bíblicos feitos anteriormente, ex-adventistas, ou ad-
ventistas inativos e qualquer outra pessoa mais que o pastor tiver
em sua lista de interessados.
“Caso os mestres da Palavra sejam voluntários, o Senhor os porá
em íntimas relações com o povo. Guiá-los-á às casas dos que neces-
sitam e desejam a verdade; e ao se empenharem os servos de Deus
na obra de buscar as ovelhas perdidas, suas faculdades espirituais
são despertadas e dotadas de nova energia” (Evangelismo, p. 463).

INICIANDO O MINISTÉRIO DA VISITAÇÃO:


• Eleger um coordenador de visitação.
• Organizar a equipe de visitação.
• Comprometer-se em assistir ao programa Sopa e Salvação uma
vez por semana.
• Visitar as pessoas da atual lista de interessados do pastor.

Objetivo: O objetivo específico desse grupo é desenvolver re-


lacionamentos distribuindo literatura apropriada aos interessados.
Vidas são transformadas quando as pessoas estudam a Palavra de
Deus, assim, o principal objetivo é conseguir que elas se inscrevam
no curso de estudos
Exemplo de como proceder durante as visitas:

3. MINISTÉRIO DA LITERATURA

Há muitos membros da igreja que irão se envolver no ministério


da literatura. Essa é uma maneira de levar a mensagem divina de
porta em porta.
A literatura é parte vital do plano de Deus para salvar milhares
de pessoas. Em inúmeras ocasiões, pessoas há que encontraram pá-
ginas antigas da literatura jogada no lixo. Leram a mensagem nelas
contida avidamente e Deus as tem usado para transformar sua vida.
Uma página da literatura pode ser lida e relida várias vezes. Pode

86
ser passada de uma pessoa para outra durante anos. Temos, pois, a
responsabilidade de entregar folhetos, brochuras e livros ao povo
em todas as partes do mundo.
Atentemos para essa inspiradora declaração de Ellen White no
livro Evangelismo:
“O prelo é um poderoso meio para comover a mente e o coração do
povo. Os homens deste mundo lançam mão do prelo, e aproveitam ao
máximo toda oportunidade de apresentar ao povo literatura venenosa.
Se homens que se acham sob a influência do espírito do mundo e de
Satanás são diligentes na disseminação de livros, folhetos e revistas,
de natureza corruptora, devereis ser mais diligentes em pôr diante do
povo leitura de natureza enobrecedora, salvadora. Folhetos, revistas e
livros, conforme exigir o caso, deverão ser distribuídos e circular em
todas as cidades e vilas do país” (Evangelismo, p. 160, 161).
“As publicações devem ser multiplicadas e espalhadas como fo-
lhas de outono. Esses mensageiros silenciosos estão iluminando
e modelando a mente de milhares em todo país e em todo clima”
(O Colportor Evangelista, p. 5).
Pergunta 4: Que instruções específicas deu o Senhor a Habacu-
que? (Habacuque 2:2, 3)
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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Deus instruiu o profeta Habacuque a escrever a visão para que


as futuras gerações também fossem abençoadas. O ministério da
literatura amplia a influência da Palavra de Deus e tem potencial
para impactar multidões.

O PROPÓSITO DO MINISTÉRIO DA LITERATURA É:


• Distribuir literatura e folhetos.
• Distribuir cartões de inscrição para os cursos bíblicos.
• Distribuir os cartões de inscrição para os cursos Something

87
Wonderful [Algo Maravilhoso] e Search for Certainty [Em Busca
de Segurança].
• Dar início ao envio sistemático de correspondências. Iniciar o
envio de cartas que irão promover possíveis contatos para os
estudos bíblicos.
• Conduzir pesquisas de porta em porta (Ver Apêndice F).

Envios regulares para os nomes do arquivo de interessados po-


dem trazer um retorno de 25 por cento de respostas no período de
um ano, se os envios forem feitos com materiais variados.
Traz bons resultados também enviar materiais ao menos uma
vez no trimestre a toda a lista de interessados.

QUATRO FORMAS DE ENVIO QUE SERVEM COMO SUGESTÃO:


1. Um convite para iniciar os estudos bíblicos.
2. Oferecimento de um livro.
3. Convite para assistir a um culto.
4. Convite para as séries evangelísticas

Neste manual, estão incluídos quatro modelos de cartas. Esses


modelos podem ser adaptados para atender às necessidades locais.

COMO INICIAR O MINISTÉRIO DA LITERATURA:


• Eleger um coordenador para o ministério da literatura.
• O coordenador escolhe pelo menos cinco pessoas para faze-
rem parte do grupo.
• Comprometer-se em assistir ao programa Sopa e Salvação uma
vez por semana, por 12 semanas, distribuindo ou enviando lite-
ratura.
• Organizar as equipes – saírem de dois em dois.
• Organizar o território – adquirir mapas e entregar para cada
dupla. Cada dupla pode trabalhar na mesma rua ou na mesma
área. Montar também um mapa geral em um quadro.
• Usar marcadores – código de distribuição de literatura na cor
amarela e pesquisas de porta em porta na cor verde.

88
• Escolher os cartões de interessados nos estudos bíblicos apro-
priados, matérias de propaganda e literatura que contenha a
mensagem.
• Sair para distribuir literatura, folhetos, cartões de inscrição nos
cursos bíblicos, vender livros e literatura ou fazer pesquisas de
porta em porta.

4 – MINISTÉRIO DE ESTUDOS BÍBLICOS

Todos os participantes do programa de capacitação Iluminando o


Mundo Para Deus pertencem ao principal grupo do Sopa e Salvação
Devem se reunir uma vez por semana, durante 12 semanas, por aproxi-
madamente três horas, com o oferecimento de uma refeição leve nas
reuniões. Cada participante irá visitar os lares daqueles que solicita-
ram os estudos bíblicos. Depois de encontrarem as pessoas com quem
irão estudar a Bíblia, os estudos bíblicos continuarão semanalmente.
Há pessoas na comunidade que estão aguardando por alguém
que chegue à sua casa e estude a Bíblia com elas.

Pergunta 5: Quando Filipe perguntou ao etíope se ele havia en-


tendido o que estava lendo nas Escrituras, como o homem respon-
deu? (Atos 8:31).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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Pergunta 6: O que Filipe fez? (Atos 8:35).


Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Deus guiou Filipe providencialmente até onde estava o etíope, assim


como fez ao enviar Pedro a Cornélio. O etíope estava confuso quanto
à compreensão das Escrituras. Filipe lhe explicou cuidadosamente as

89
verdades da Palavra de Deus. Da mesma maneira, o Senhor vai guiar
cada instrutor bíblico àqueles que estão buscando a verdade.
“Em todo o mundo homens e mulheres olham atentamente para
o Céu. De almas anelantes de luz, de graça, do Espírito Santo, sobem
orações, lágrimas e indagações. Muitos estão no limiar do Reino, es-
perando somente serem recolhidos” (Atos dos Apóstolos, p. 109).

 QUE FAZEM OS PARTICIPANTES DO MINISTÉRIO


O
DE ESTUDOS BÍBLICOS?
• Sequenciam o atendimento aos cartões com os pedidos de ins-
crição nos estudos bíblicos.
• Dão estudos bíblicos semanalmente.

“Cumpre seguir os métodos do Senhor. Fazendo trabalho de casa


em casa, dando instruções bíblicas às famílias, o obreiro pode obter
acesso a muitos que estão buscando a verdade. Abrindo as Escritu-
ras, fazendo oração, exercendo fé,deve ele ensinar ao povo o cami-
nho do Senhor” (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 38).

COMO INICIAR O MINISTÉRIO DE ESTUDOS BÍBLICOS:


• Eleger um coordenador para o ministério de estudos bíblicos.
• Comprometer-se em assistir ao programa Sopa e Salvação uma
vez por semana, durante 12 semanas, dedicando uma tarde ou
algum horário à noite para dar estudos bíblicos.
• Organizar os materiais – mapas, Bíblias, lições do Search For
Certainty [Em Busca de Segurança] e cartões de inscrição para
os estudos bíblicos.
• Dar ao menos um estudo bíblico por semana.

 OMO FAZER UMA GRANDE COLHEITA COM OS


C
INTERESSADOS EM ESTUDOS BÍBLICOS?
A chave é acompanhar cada estudo bíblico com alguma série
evangelística de colheita. Reuniões de colheita podem ter uma am-
pla variedade de formas incluindo: a pregação evangelística, prega-
ção feita por um pastor ou obreiro voluntário, ou através do uso dos

90
recursos visuais de multimídia. Mais e mais pessoas estão se en-
volvendo ativamente na realização de reuniões evangelísticas hoje
utilizando séries em vídeo ou o YouTube.
Os membros da igreja convidam os interessados em estudos bí-
blicos para as reuniões evangelísticas, que podem ser realizadas em
uma casa, salão de reuniões de um hotel ou em uma igreja.
As reuniões evangelísticas públicas irão reforçar as verdades que
os alunos aprenderam durante os estudos bíblicos que fizeram. As
reuniões de colheita irão solidificar os interessados e levá-los à de-
cisão em favor de Cristo e da verdade.

IMAGINEMOS ESTA CENA

• As luzes estão todas acesas na igreja na terça-feira à noite.


O estacionamento está lotado. Os membros da igreja estão se
reunindo para uma noite de testemunhos.
• Os grupos de oração estão espalhados pela igreja. As pessoas
estão ajoelhadas buscando a Deus. Orações intercessoras fer-
vorosas e sinceras em favor dos perdidos ascendem até o tro-
no de Deus.
• As equipes de visitação deixam o recinto sagrado para visitar
ex-adventistas e animá-los a voltarem para a igreja.
• Pais e filhos saem para distribuir literatura nas áreas próximas
ao redor da igreja.
• Pastores e obreiros voluntários estão dando estudos bíblicos a
centenas de pessoas.
•  O Espírito Santo está sendo derramado. As chamas do reaviva-
mento estão ardendo. A igreja está flamejante, brilhando com
a glória de Deus.

Esse pode ser o quadro da sua e da minha igreja. Ela pode ser
assim! No Reino de Deus alguém irá se aproximar de você e dizer:
“Muito obrigado por dar-me aquele estudo bíblico. Por sua causa,
aleluia! Eu encontrei Jesus!”
. . .

91
. . .
C A P Í T U LO 1 0

L I D A N D O C O M A S O B J E Ç Õ E S

J esus foi mestre por excelência em responder perguntas.


Quando um escriba fez uma pergunta potencialmente
tendenciosa para testá-Lo, com respeito ao maior man-
damento da lei, Jesus lhe deu a clássica resposta descrita em Mar-
cos 12:30-31: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração e ao
próximo como a ti mesmo.” O que muitos cristãos não compreendem
é isto: Jesus estava citando o Antigo Testamento. “Amarás o Senhor
teu Deus de todo o teu coração” é uma citação direta, encontrada
em Deuteronômio 6:5. Sua resposta: “Amarás o teu próximo como a
ti mesmo” é citada em Levíticos 19:18.
Jesus encheu Sua mente com passagens das Escrituras. Ele es-
tava perfeitamente familiarizado com a Palavra de Deus. O Salvador
ouvia pacientemente as perguntas feitas pelas pessoas e bondo-
samente as respondia com base na Palavra de Deus.
Quando estamos dando uma série de estudos bíblicos, as pessoas le-
vantam questões relacionadas às novas verdades que estão aprendendo.
Por vezes, suas objeções podem ser extremamente fortes. Isso não signifi-
ca, porém, que não estão interessadas. Significa que o Espírito Santo está
convencendo-as profundamente e elas estão confusas. Assim, devemos:
• Lidar com elas bondosamente, de maneira amável e positiva.
• Ouvir as suas objeções.
• Buscar a sabedoria que vem de Deus.

92
• Responder às suas perguntas com base na Bíblia.
Muito poucas pessoas tomam a decisão de aceitar a verdade e
unir-se à igreja sem luta.
Sua decisão terá consequências pessoais, econômicas e sociais.
Elas necessitam de ajuda para fazer a decisão correta. Estão cons-
tantemente levando em conta as consequências pelas quais pode-
rão passar se fizerem o que Jesus deseja que elas façam.
Tendo em vista que são elas que deverão fazer uma avaliação
pessoal dessas consequências, somente elas sabem realmente o
que as está impedindo. Alguns obstáculos ou barreiras são verda-
deiramente reais. Por essa razão, aqueles que levam pessoas a Cristo
devem aceitar as objeções como uma extraordinária oportunidade
para ajudar a pessoa a se render completamente a Deus e à verdade.

DESCOBRINDO OBSTÁCULOS OU PROBLEMAS

PONTO 1 – DESCOBRIR O QUE AS IMPEDE


Se não sabemos o que está detendo a pessoa, impedindo-a de
aceitar a Cristo, guardar o sábado, frequentar a igreja, ser batizada,
etc., podemos dar estudos bíblicos continuamente e nunca levar a
pessoa a tomar sua posição e se unir à família de Deus. Primeira-
mente, precisamos descobrir qual é o obstáculo e então encontrar
uma maneira de ajudar a pessoa a se aproximar de Deus com fé,
pois Ele pode resolver o problema.
Ao fazer perguntas ao aluno, vamos descobrir o que o está im-
pedido de fazer a decisão em favor de Cristo. Não poderemos aju-
dar a pessoa a se render totalmente a Jesus se não soubermos o
que a está impedindo de fazê-lo. Não podemos ajudar a pessoa a
vencer os obstáculos se não soubermos quais são.
Pergunta 1: Que significativa pergunta fez Ananias ao apóstolo
Paulo com relação à sua decisão pelo batismo? (Atos 22:16).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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Pergunta 2: Que importante pergunta fez o apóstolo Paulo ao rei
Agripa? (Atos 26:27 – primeira parte).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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As perguntas mais importantes a serem feitas são:


“O que você está esperando? Você crê nessas verdades, não
crê? A vontade de Deus é que você siga em frente.”
“A sagrada responsabilidade de velar e cuidar das pessoas recai
sobre o ministro como alguém que delas deve dar conta. Ele próprio
deve se interessar pelas pessoas com quem trabalha, procurando
descobrir o que lhes traz perplexidades e perturba, impedindo-as de
andar na luz da verdade” (Review and Herald, 30 de agosto de 1892).
A seguir, estão alguns exemplos práticos de perguntas sobre de-
cisão, que podem ser feitas sobre os temas-chave:

SALVAÇÃO
• Você já entregou sua vida a Jesus em alguma outra ocasião?
• Gostaria de aceitar agora mesmo a vida eterna que Jesus lhe
oferece?
• Há alguma coisa que o impeça de fazê-lo?

SÁBADO
• É a doutrina do Sábado algo novo para você?
• Você tem alguma dúvida sobre o sábado bíblico?
• Há alguma coisa que o impeça de guardar o sábado?

BATISMO
• Você compreende o que significa o batismo bíblico por imersão?
• Você já pensou em ser batizado?
• O que poderia impedir você de dar esse passo e se decidir pelo
batismo?

94
 ONTO 2 – APROXIMAR-SE DAQUELES QUE FAZEM PARTE DOS
P
CONTATOS PARA ESTUDOS BÍBLICOS
Manter-se próximo dos que pertencem aos contatos para rece-
ber estudos bíblicos vai ajudá-los quando passarem por dificulda-
des ou enfrentarem obstáculos.

Pergunta 3: Que afirmações Jesus fez para quebrar o preconceito


e conquistar o coração das pessoas que o seguiam?
O Centurião – Mateus 8:10.
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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A mulher cananeia – Mateus 15:28.


Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Jesus confirmou a fé do centurião e da mulher cananeia. Ele dis-


se: “... nem mesmo em Israel achei fé como esta” e “Grande é a tua
fé”. Devemos estar sempre próximos às pessoas a quem damos es-
tudos bíblicos e reafirmar a sua fé.
“Muitos obreiros fracassam em sua obra, porque não se põem
em contato íntimo com aqueles que mais necessitam de seu auxílio.
Com a Bíblia na mão, deveriam buscar, da maneira mais delicada,
conhecer as objeções que há na mente dos que estão começando a
indagar: ‘Que é a verdade?’ João 18:38. Cuidadosa e suavemente ele
os deveria conduzir e educar, como discípulos numa escola” (Obrei-
ros Evangélicos, p. 190).
Ao nos aproximarmos das pessoas, ganharemos sua confiança.
Sentir-se-ão seguras para expressar seus sentimentos e falar sobre
seus problemas conosco. Devem ser encorajadas a dialogar. Pre-
cisamos ouvir o que elas têm a dizer e animá-las a expressar suas

95
opiniões quanto aos temas que estão sendo discutidos. Mesmos
que suas ideias pareçam ilógicas, devemos ouvi-las gentilmente e
fazer-lhes perguntas de forma discreta.
Podemos dizer: “Esse é um pensamento interessante. Tenho cer-
teza de que em nosso estudo esse tema ficará mais claro.”
Isso nos coloca sob uma luz diferente; não ficamos nós de um lado
e a pessoa de outro. Estaremos pedindo uma resposta a Deus juntos.

PONTO 3 – NUNCA DEVEMOS DISCUTIR


Se a pessoa diz que não concorda com algum ponto, podemos
dizer: “Estou contente que você expressou sua opinião. Vamos con-
versar sobre esse tema sobre o qual você tem dúvidas. Dou graças
porque a Bíblia sempre tem as respostas.”
“Muitas vezes, ao procurar apresentar a verdade, despertamos a
oposição; mas, se tentarmos enfrentá-la com argumentos, havere-
mos unicamente de multiplicá-la, o que não deve acontecer. Temos
que nos apegar à afirmativa. Anjos de Deus nos observam e sabem
como impressionar aqueles cuja oposição nos recusamos a enfren-
tar” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 147, 148).
Fortalecemos os argumentos quando os repetimos. Mantenhamos
sempre uma posição afirmativa. Não vamos gastar tempo discutindo
objeções. Devemos levar em conta cuidadosamente cada objeção, e
então sugerir que se faça uma oração em busca de sabedoria.
Podemos dizer algo assim: “Fico contente por você me dizer como
se sente com respeito a isso. É importante pra você e creio que o
Senhor tem a resposta. Vamos pedir a Ele que nos ajude.”
Façamos uma breve oração pedindo que Deus apresente a res-
posta para o problema. Aí então podemos enfrentar as objeções com
base nos textos bíblicos, se forem apropriados para obter a solução.

PONTO 4 – EVITAR O CONFLITO


A tendência natural é responder a uma objeção frontalmente,
defendendo-nos e atacando o inquiridor. Devemos evitar a todo cus-
to uma atmosfera de conflito, dando à pessoa a impressão de que
desejamos provar que ela está errada.

96
PONTO 5 – AS OBJEÇÕES APARECEM, NÃO FIQUEMOS SURPRESOS
É importante estar alerta e esperar pelas objeções por parte do
estudante da Bíblia. Não nos devemos surpreender ou nos impres-
sionar com elas. Sempre que apresentamos algo novo ou diferente,
as pessoas têm perguntas a fazer. Vão sempre questionar o que para
elas é novo e não foi provado. Sejamos pacientes, criando e propor-
cionando uma atmosfera positiva. Recebamos as perguntas e obje-
ções de forma gentil e polida.

Quando as pessoas apresentam objeções, o que isso pode indicar?


• A pessoa tem dúvidas genuínas que se avolumam em sua mente.
• A pessoa ainda não conciliou suas ideias sobre o tema.
• A pessoa pode estar usando uma objeção para se defender.

MANEIRAS EFICAZES DE RESPONDER ÀS OBJEÇÕES


1. UTILIZAR O PRINCÍPIO S-S-E
S = SENTIR – “_______________, eu compreendo como o senhor se sente.”
As pessoas querem ter certeza de que compreendemos seus
sentimentos. Elas não querem se sentir fora de lugar ou estranhas
quando se expressam.
S = SENTIRAM – “Muitos na sua atual situação sentiram-se exa-
tamente como você.”
As pessoas desejam ter certeza de que não estão sozinhas com
suas dúvidas ou com os mesmos sentimentos. Podemos talvez con-
tar algum fato ou usar um exemplo de alguém próximo que teve as
mesmas dúvidas.
E = ENCONTRAR – Mas, _____________outros já encontraram constataram.”
Compartilhe soluções práticas que outros já encontraram.

2. RESPONDER ÀS OBJEÇÕES DEPOIS QUE ELAS SURGIREM


Quando a pessoa faz uma afirmação ou apresenta uma objeção,
ela deseja defender esse ponto.
Uma das melhores formas de responder às objeções é fazer uma
pergunta e então respondê-la com base nas Escrituras.

97
3. DAR RESPOSTAS CURTAS E CONCISAS
• Devemos perguntar se a resposta esclareceu o assunto.

4. OUVIR CUIDADOSAMENTE CADA OBJEÇÃO


• Verificar se as pessoas têm alguma objeção, e não uma des-
culpa, perguntando se aquela é a única razão para não toma-
rem uma decisão.
• Demonstrar à pessoa que entendemos a objeção, repetindo-a
com nossas próprias palavras. Por exemplo: “Eu entendi que
o problema que realmente a está impedindo é a oposição de
seu esposo. Ou você está preocupada porque a guarda do
sábado poderá fazer com que perca seu emprego?
• Obter da pessoa o compromisso de que, caso a objeção seja
removida, ela fará a decisão imediatamente.
• Responder à objeção utilizando alguns textos bíblicos bem
escolhidos.
• Encoraje a tomada de decisão. Pedir que a pessoa tome uma
decisão quanto ao assunto. Se estiver hesitante, devemos
orar sobre o caso com ela.

5. ENFRENTAR AS OBJEÇÕES COM TEXTOS BÍBLICOS


Não é possível conhecer de antemão uma objeção em particular,
uma desculpa ou impedimento que iremos enfrentar para a pessoa
tomar sua decisão. Eis algumas sobre a guarda do sábado:

Relacionadas ao trabalho

“Eu vou perder meu emprego.”

“Não posso sustentar minha família se não trabalhar aos sábados.”

“Não conseguirei outro trabalho.”

Textos bíblicos
Mateus 6:30-33 Isaías 65:13, 14
Salmo 37:3 Isaías 1:19, 20

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Relacionadas aos negócios

“Sábado é o meu melhor dia para o comércio.”

“Minha empresa irá à ruína se eu fechar aos sábados.”

“Estou com dívidas, preciso de todo dinheiro que puder conseguir.”

“Eu nunca irei para a frente no mundo comercial.”

Textos bíblicos
Mateus 16:26 Isaías 56:2-5
Marcos 8:35 Lucas 12:19, 20
João 6:27

Relacionadas ao sábado

“É muito incômodo ter que guardar um dia diferente.”

“Estarei indo na contramão em relação ao restante do mundo.”

“São poucos os que guardam o sábado; a maioria guarda o domingo.”

Textos bíblicos
Gálatas 1:10 Filipenses 3:8
João 15:14 Mateus 10:37
Lucas 6:22, 23, 26 João 15:19
Provérbios 29:25

Objeções diversas com relação ao sábado

“O domingo foi sempre o dia adequado para meu pai e para todos os

nossos antepassados, não seria para mim também?

“Tenho guardado o domingo por toda a minha vida, por que Deus está

me pedindo agora para guardar o sábado?”

Textos bíblicos
Atos 17:30 Ezequiel 18:20
João 9:41 João 21:22

99
O Espírito Santo nos guiará par darmos as respostas certas às
perguntas que nos fizerem. Algumas vezes, ficaremos maravilhados
com as palavras que saem da nossa boca. Daremos as respostas que
jamais imaginamos que poderíamos dar. As passagens bíblicas que
guardamos em nossa memória, serão trazidas à mente. Verdades
que aprendemos ao longo dos anos virão à tona em nossa mente.
Deus nos dará as respostas.

PONTO 6 – MANTER O CORAÇÃO ELEVADO AO CÉU EM ORAÇÃO


É essencialmente importante manter o coração elevado ao Céu
em oração. Peçamos que Deus nos dê sabedoria ao estudarmos Sua
Palavra com as pessoas com quem estudamos a Bíblia. Ele nos dará
as palavras certas que devemos dizer.
“Se o obreiro mantém o coração alçado em oração, Deus o ajudará
a dizer a palavra oportuna a seu tempo” (Obreiros Evangélicos, p. 120).

• Deus nos dará sabedoria. Ele nos dará pessoas que levaremos
ao Seu Reino.
• Conquistar pessoas para Cristo não é nossa obra, é a obra de
Deus.
• Ganhar pessoas para o Reino de Deus não é nossa tarefa, é
dEle. Somos apenas Seus instrumentos.
• Permitamos que Deus nos use e ficaremos maravilhados com o
que Ele fará.
• Em Cristo, somos mais sábios do que imaginamos.

. . .

100
. . .
C A P Í T U LO 1 1

T R A B A L H A N D O P A R A

A L C A N Ç A R D E C I S Õ E S

U m jovem evangelista desejava muito aprender sobre como


obter êxito em levar pessoas à decisão ao lado de Cris-
to. Ele perguntou ao grande e experiente evangelista Ro-
bert Boothby como ele conseguia tantas decisões em seu ministério.
O pastor Boothby respondeu: “Você não espera obter decisões toda
vez que você prega, não é?”
“Oh, não”, respondeu o jovem evangelista, “não toda vez, mas
espero que aconteçam de vez em quando.”
Rápido como um relâmpago, Boothby respondeu: “É exatamente
esse o seu problema, meu jovem. Você deve esperar por decisões
todas as vezes que pregar. E então você vai alcançá-las.
Esse princípio se aplica aos estudos bíblicos da mesma maneira
que aos sermões evangelísticos. Se não esperarmos que as pessoas
façam decisões sobre o tema que estamos apresentando, na maio-
ria das vezes elas não o farão. As maiores decisões na vida são nor-
malmente tomadas de maneira gradativa. Somos o que somos hoje
em virtude das decisões ou escolhas que fizemos ao longo de nossa
vida. Algumas dessas escolhas foram grandes, outras bem peque-
nas. A soma dessas decisões determinou a direção de nossa vida.
As pessoas raramente dão um grande passo aceitando o corpo
total das verdades dadas por Deus de uma só vez. Elas as aceitam
em um passo de cada vez. Geralmente são quatro passos que as
pessoas seguem na tomada de decisões.

101
1. As informações devem ser claras. Suas perguntas devem ser
respondidas.
2. Devem ter convicção do que Deus deseja que elas façam.
3. Devem ter o desejo de fazê-lo.
4. Devem tomar uma atitude.

OS QUATRO NÍVEIS DE DECISÃO

Ao se lidar com a pessoa que está tomando uma decisão em


qualquer área da vida, há sempre quatro níveis básicos de decisão
a serem considerados. Nesta lição, vamos estudar como ajudar as
pessoas a seguirem esses quatro passos.
NÍVEL 1 – INFORMAÇÃO

Todas as decisões inteligentes estão baseadas na informação


adequada. Antes de ser tomada uma decisão relacionada às ver-
dades bíblicas, a pessoa deve ser convencida dessas verdades. Se
houver dúvidas na mente da pessoa, ela não decidirá.

O nível de informação está onde os fatos são apresentados. Para


ser persuadia em qualquer área da decisão, a pessoa deve estar a
par dos fatos. O nível de informação fornece os vários fatos sobre os
quais uma decisão inteligente é feita. Em qualquer área da vida, não
se podem tomar decisões corretas, a menos que a pessoa tenha a
informação correta.
Uma pergunta muito importante a fazer é: “A pessoa tem a in-
formação adequada para tomar a decisão certa?”
Ao darmos estudos bíblicos, devemos apresentar evidências cla-
ras e convincentes, com base nas Escrituras.
“Uma única frase da Escritura é de muito mais valor que dez mil
ideias e argumentos humanos” (Testemunhos Seletos, v. 7, p. 71).
“Sede bastante cuidadosos quanto à maneira por que manuse-
ais a Palavra, pois esta Palavra há de produzir as decisões do povo.
Que corte a Palavra, não as vossas palavras” (Obreiros Evangélicos,
p. 300),

102
Pergunta 1: O que Jesus diz que nos liberta para fazermos deci-
sões corretas? (João 8:32).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Conhecer a verdade liberta a pessoa para fazer a melhor deci-


são possível sobre um determinado tema. Por isso é tão importante
que o estudo bíblico seja claro. O conhecimento da verdade leva ao
segundo nível: convicção.

NÍVEL 2 – CONVICÇÃO
Convicção é um sentimento interior do que Deus deseja. Se a
pessoa não segue suas convicções ela se sente fora de equilíbrio.
A convicção é um passo importante na tomada de decisões. Uma
vez que a pessoa tenha informações adequadas, ela tem também o
senso do que é certo e do que deve fazer.
“Quando pessoas que se acham sob convicção não são levadas
a decidir-se o mais cedo possível, há risco de que essa convicção se
desvaneça pouco a pouco” (Evangelismo, p. 298).

Pergunta 2: Quando Félix, o oficial romano, estava se conven-


cendo, como respondeu ao apelo de Paulo? (Atos 24:24, 25).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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Félix voltou atrás em suas convicções. Hesitou. Postergou. E nun-


ca mais respondeu aos reclamos de Cristo.

103
NÍVEL 3 – DESEJO
Desejo é a vontade de agir. É necessário ter mais que informa-
ção ou mesmo convicção para fazer alguma coisa. A pessoa deve ter
também o desejo de agir no que diz respeito à informação.
Os benefícios de fazer o que é certo ou as consequências de fa-
zer o que é errado irão frequentemente influenciar as decisões da
pessoa. A tendência das pessoas é agir numa determinada situação
em que os benefícios superam as desvantagens.
Jesus sempre motivava as pessoas compartilhando os benefí-
cios ou tomando decisões corretas.

Pergunta 3: Como Jesus respondeu à afirmação de Pedro: “Eis


que nós tudo deixamos e Te seguimos”? (Marcos 10:29, 30).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Troquem ideias sobre o desejo de motivação. Jesus disse: “Pe-


dro, não fique triste pelo que está abandonando; você receberá cem
vezes mais do que deixou para trás.” As pessoas respondem ao ape-
lo quando compreendem que o evangelho lhes oferece muito mais
do que podem imaginar.

NÍVEL 4 – AÇÃO
O quarto nível ou passo na tomada de decisões é a ação. Quan-
do a pessoa tem a informação adequada, a convicção do que é certo
e o desejo de fazê-lo, o próximo passo lógico é a ação.

J. L. Shuler afirma:

“As decisões se originam da interação entre o conhecimento, a convic-

ção e o desejo na mente da pessoa. Quando o conhecimento e o desejo

da pessoa em relação a um determinado objeto alcançam uma certa

intensidade, a mente humana é induzida a uma tomada de decisão.

104
Os sermões, os estudos bíblicos e as conversas pessoais devem fazer

parte de uma habilidosa combinação de fatores de desejo e convicção

relacionados a determinado assunto.”

Ao finalizar cada estudo, devemos convidar as pessoas a faze-


rem a sua decisão sobre o tema estudado. Durante o estudo bíblico,
o Espírito Santo estará operando em seu coração, convencendo-as
da verdade e implantando nelas o desejo de segui-la.
Muitas vezes, a parte mais difícil na conquista de pessoas para
Cristo é ajudá-las a decidirem agir em relação às verdades que aca-
baram de estudar. Muitas delas compreendem o que Deus deseja
que façam, mas nunca fazem. Creem nas verdades que aprenderam,
mas nunca tomam uma atitude em relação à mensagem recebida.
Há três fatores que impedem as pessoas de fazerem uma deci-
são completa ao lado de Cristo. São eles:

FATOR INIBIDOR 1 – As pessoas tendem a hesitar em aceitar al-


gumas verdades porque não compreendem toda a verdade.
COMO AGIR – Estimular os estudantes da Bíblia a darem os “pri-
meiros passos”. Ajudá-los a tomarem uma atitude em relação ao
que conhecem e Deus lhes dará a compreensão de novas verdades.

Pergunta 4: O que disse Jesus a respeito de seguir a luz que Ele


revelou em nossa caminhada cristã? (João 12:35, 36).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Tão logo Deus nos concede luz, Ele nos convida a andar nessa
luz. Ao agirmos de acordo com a luz que Ele nos deu, Ele nos conce-
de mais e mais luz.

105
FATOR INIBIDOR 2 – As pessoas tendem a adiar as mudanças
que as fazem sentir-se desconfortáveis. Tendem a procrastinar a
tomada de decisões que apelem para uma mudança de vida.
COMO AGIR – Explicar aos estudantes da Bíblia o perigo da de-
mora. Quanto mais esperarmos para tomar uma decisão que sabe-
mos que deve ser tomada, menos provável será que o faremos.

Pergunta 5: Que desafio apresentou Josué ao povo que lutava


para tomar uma importante decisão? (Josué 24:15).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Os profetas e apóstolos reconheceram a urgência das decisões


e animaram o povo a fazerem compromissos definidos.

FATOR INIBIDOR 3 – As pessoas tendem a exagerar as conse-


quências negativas de sua decisão. A possibilidade de perderem o
trabalho, o conflito com seu parentes, a rejeição dos amigos ou o
abandono de hábitos acariciados tomam vulto em sua mente.
COMO AGIR – Quando abandonamos aquilo que acariciamos por
causa do Reino de Deus, Ele não somente atende as nossas neces-
sidades, mas devolve-nos muito, muito mais.

Pergunta 6: Que promessa fez o Senhor para aqueles que tor-


nam o Reino de Deus sua prioridade? Mateus 6:31, 34.
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Ajudar as pessoas a aceitarem e a tomarem sua decisão em rela-


ção à verdade que aprenderam é geralmente a parte mais difícil na
conquista de pessoas para Cristo. Muitos que são levados a estudar

106
a Palavra de Deus acreditam nas verdades que lhes são apresenta-
das, mas nunca tomam qualquer atitude para que sua vida fique em
conformidade com esses ensinos.
O instrutor bíblico deve levar o aluno a tomar uma decisão, de
maneira gentil, firme e reverente. Jamais desista até que a batalha
esteja ganha e o aluno esteja seguro ao lado de Cristo.
Ellen White apresenta este importante princípio em uma carta
que escreveu em 1890:
“Muitos estão convencidos do pecado, e sentem sua necessidade
de um Salvador que perdoa o pecado; mas estão meramente insatis-
feitos com seu procedimento e objetivos, e se não há uma aplicação
resoluta da verdade para o seu coração, se não são proferidas palavras
no momento oportuno, convidando-as para a decisão ante o peso da
evidência já apresentada, os convictos prosseguem sem identificar-
-se com Cristo, passa a oportunidade áurea, e não se entregaram, e
apartam-se mais e mais da verdade, mais distantes de Jesus e nunca
fazem sua decisão em prol do Senhor”(Evangelismo, p. 283).
Quando o trabalho pessoal é feito nos lares e pedimos uma de-
cisão por parte das pessoa, haverá sempre resultados positivos.
A seguinte declaração de Ellen White é uma maravilhosa promessa e
foi feita em referência à obra bíblica ou ao trabalho pessoal realizado.
“Aliada ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder
do amor de Deus, esta obra não há de, não pode, ficar sem frutos”
(Evangelismo, p. 459).

QUATRO FORMAS BÁSICAS DIFERENTES DE APELO


1. A grandeza do amor de Deus (João 3:16).
Retratar o amor de Deus e a morte de Cristo pela pessoa.
2. A influência do exemplo (Romanos 14:7).
Enfatizar a influência de uma decisão sobre os parentes e amigos.
3. O poder da escolha (Mateus7:13, 14).
Mostrar aos estudantes da Bíblia a escolha que Deus lhes con-
cedeu fazer entre a vida e a morte. Imprimir o pensamento de que
haverá somente duas classes de pessoas no final da história do
mundo: os que foram salvos e os que não foram salvos.

107
4. O perigo da demora (Mateus 25:10; 2 Coríntio 6:2).
Mostrar o perigo da demora e o encerramento da oportunidade
para ser salvo.

A oração é um meio poderoso para apelar pela decisão. Deve-


mos orar para que a pessoa tenha coragem de fazer a decisão ao
lado de Cristo. Podemos pedir às pessoas para orar, se for oportu-
no fazê-lo.
“Orem com essas pessoas, conduzindo-as pela fé junto à cruz;
elevem-lhes a mente com a mente de vocês, para que fixem o olhar
da fé onde vocês estão olhando, em Jesus, o Portador de pecados.
Façam com que elas desviem o olhar de si mesmas, de seus peca-
dos, e se voltem para o Salvador, e a vitória estará ganha” (Testemu-
nhos Para a Igreja, v. 6, p. 67).
Se uma pessoa está lutando para tomar sua decisão quanto a
um tema estudado, devemos perguntar se deseja que oremos com
ela sobre suas preocupações.
Podemos perguntar se há algo específico que a está impedindo
e que gostaria que apresentássemos ao Senhor em oração. Anime-a
a orar pessoalmente sobre seu problema.
Normalmente, quando as pessoas oram a respeito de alguma
coisa, Deus as convence a agir. As firmes decisões espirituais são
feitas no contexto da oração.
Podemos ser eficientes ganhadores de pessoas para Cristo. Po-
demos ver os resultados do que foi ganho para o Reino de Deus.
E Ele fará muito mais do que podemos imaginar, através do nosso
fiel testemunho. Vamos convidar as pessoas a tomarem sua deci-
são e então observar Deus agir.

ESPERE POR DECISÕES!

. . .

108
. . .
C A P Í T U LO 1 2

C O L H E N D O O S F R U T O S

H á ocasiões em que o agricultor faz uma abundante colhei-


ta. Uma colheita abundante é uma safra extraordinaria-
mente grande e pode ocorrer apenas uma vez na vida de
um fazendeiro. Por exemplo, um agricultor de maçãs pode ter uma
colheita tão extraordinária que enquanto suas macieiras produziam
normalmente cinco toneladas de maçãs, em certa ocasião passaram
a produzir quinze toneladas. Colheitas abundantes são algo espe-
cial. Elas são colheitas excepcionais.
Deus está preparando uma abundante colheita para o fim dos
tempos. A Sua extraordinária colheita final irá surpreender-nos. Pen-
semos nisso. Jesus nos convida a participar com Ele na maior colheita
de pessoas para o Reino na história deste mundo.

Pergunta 1: No primeiro século, os discípulos estavam aguardan-


do uma colheita futura. O que Jesus disse a eles sobre a colheita?
(João 4:35).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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A colheita estava pronta para a ceifa. Estava bem diante dos seus
olhos e eles não a viam. Os samaritanos estavam abertos para rece-
ber o evangelho. Novamente, em nossos dias, a seara está madura.

Pergunta 2: Que predição fez o profeta Joel sobre a colheita no


tempo do fim? (Joel 3:13, 14).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Deus está preparando, para o tempo do fim, uma colheita de pes-


soas sinceras por todo o mundo. Dezenas de milhares de pastores e
obreiros voluntários estão cooperando com Deus em Sua obra final.
Agora é o tempo de elevar nossos olhos e contemplar o que
Cristo está realizando no mundo. Este é o tempo para renovarmos
nossa percepção e enxergarmos que Deus está fazendo a Sua co-
lheita final exatamente agora. O Senhor nos diz que podemos re-
ceber o Espírito Santo agora mesmo, se tão somente O buscarmos,
pedirmos e acreditarmos.
“A descida do Espírito Santo sobre a igreja é olhada como estan-
do no futuro; é, porém, o privilégio da igreja tê-la agora. Buscai-a,
orai por ela, crede nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para con-
cedê-la” (Evangelismo, p. 701).
Ao testemunharmos ao povo em nossa esfera de influência, quer
em casa, no trabalho, na escola ou durante as nossas atividades
diárias, Deus abençoará os nossos esforços. Quando planejamos
alcançar a nossa vizinhança, pequenas cidades, vilas e as grandes
áreas metropolitanas, Deus abençoará o nosso trabalho.
Ao lançarmos as sementes, Deus nos dará a colheita. Ele aben-
çoará especialmente cada estudo bíblico que dermos. Temos essa
promessa em uma carta escrita por Ellen White em 1901:
“Todos quantos puderem, devem fazer trabalho pessoal. Ao irem
eles de casa em casa, explicando as Escrituras ao povo de maneira
clara e simples, Deus torna a verdade poderosa para salvar. O Salva-
dor abençoa os que fazem tal obra” (Evangelismo, p. 442).

110
COMO COLHER OS FRUTOS DOS ESTUDOS BÍBLICOS?

1. DECISÕES NO LAR
• Através dos estudos bíblicos
Algumas pessoas irão fazer decisões em casa, começarão a fre-
quentar a igreja, finalmente aceitarão o batismo e passarão a fazer
parte da igreja remanescente de Deus. Outros poderão não fazer a
sua decisão pelos estudos dados em domicílio, mas poderão tomar
a decisão se estiverem em um ambiente de evangelismo púbico.

• Através do evangelismo nos lares por áudio ou vídeo


Há pessoas que não farão a decisão final durante os estudo bí-
blicos, mas irão fazê-la quando repassarem a mensagem novamen-
te através do evangelismo no lar.

2. DECISÕES EM CONFERÊNCIAS EVANGELÍSTICAS PÚBLICAS


Outro meio eficaz de obter decisões é os interessados que fazem
os estudos assistirem às conferências evangelísticas públicas.

• Evangelismo ao vivo
As conferências evangelísticas públicas podem ser dirigidas tan-
to por um evangelista de tempo integral, como por um pastor-evan-
gelista ou um obreiro voluntário evangelista.
Ao visitarmos os alunos que fazem os estudos bíblicos, pode-
mos entregar uma propaganda das reuniões dizendo algo mais ou
menos assim:
“Estamos muito felizes pelo bom relacionamento que tivemos
com você nas últimas semanas (ou meses). Somos agradecidos pela
oportunidade que nos deu de estudarmos a Bíblia juntos. Um grande
amigo meu, por nome _________________________________________, está rea-
lizando em breve uma série de reuniões, todas com recursos multi-
mídia, aqui na cidade. Ele irá apresentar gráficos por computador e
vai falar sobre temas como os tempos em que vivemos hoje, a crise
pela qual o mundo passa e como verdadeiramente conhecer a Deus.

111
As reuniões contarão com apresentações dos temas proféticos de
Daniel e Apocalipse também. Gostaria muito de tê-lo como meu
convidado nessas reuniões. Você acha que poderia assisti-la neste
final de semana?”
Entregamos o folheto aos alunos e falamos sobre alguns pontos
importantes de uma ou duas reuniões. Devemos então inscrevê-los
preenchendo o formulário de pré-inscrição.
Não devemos finalizar os estudos bíblicos com os alunos nesse
ponto. Se eles forem às reuniões no final de semana de abertura,
vão compreender toda a série. A essa altura, poderão estar tão en-
tusiasmados que desejarão continuar assistindo às conferências. Se
forem somente no final de semana de abertura, devemos continuar
os estudos com eles. Se continuarem a participar, sugerimos que le-
vem suas lições às reuniões para reestudá-las lá.
Se conseguirmos que os interessados a quem damos estudos
bíblicos venham às reuniões, eles farão grandes avanços. Há algo
na dinâmica das conferências públicas que ajuda as pessoas a to-
marem importantes decisões.

• Campanhas evangelísticas apenas com o uso de Vídeos


Um dos métodos de êxito já comprovado para se obter resulta-
dos nos batismos de colheita é através das campanhas em vídeo.
Dezenas de milhares em todo o mundo se entregaram ao Senhor
Jesus e aceitaram a “Tríplice Mensagem Angélica” através das cam-
panhas em vídeo realizadas por pastores e obreiros voluntários.
O preparo para as séries em vídeo é o mesmo utilizado quando
o próprio evangelista está presente. A única diferença é que os ví-
deos tomam o lugar da apresentação ao vivo.

COMO DAR INÍCIO A UMA SÉRIE DE CONFERÊNCIAS


1. Decidir qual série será usada
2. Decidir onde as reuniões serão realizadas
• Em casa
• Na igreja
• Em um auditório público

112
3. Decidir sobre o número de noites de reuniões por semana
A extensão da campanha evangelística será determinada de
acordo com a série escolhida e o número de noites necessárias (por
semana) para que as reuniões sejam realizadas.
4. Eleger uma comissão para atuar na campanha
É necessário haver um grupo-base de quatro a seis pessoas para
reuniões em casa. Para reuniões evangelísticas na igreja ou em um
auditório público, mais pessoas serão necessárias.
Uma vez estabelecido o grupo-base de auxiliares, recomendamos
que se faça um jantar de confraternização em sua casa. Essa reu-
nião ajudará os membros da equipe na organização dos trabalhos e
dará a oportunidade de lhes serem respondidas algumas perguntas
fundamentais com relação às reuniões evangelísticas.
5. Pré-inscrição de cada contato para estudo bíblico
Fazer a pré-inscrição de cada contato para estudo bíblico rece-
bido, com um formulário de reserva para o programa.
Enviar convites para:
• Cada contato para estudo bíblico recebido
• Amigos
• Parentes
• Interessados de todos os ministérios da mídia
• Pessoas da lista de interessados
6. Realização das reuniões evangelísticas de colheita
Materiais necessários:
• Vídeos, DVDs ou imagens por computador
• Lições ou esboços que correspondam aos vídeos
• Bíblias
• Cartões de Decisão

Nota: O evangelista de tempo integral dará suas próprias instru-


ções para as reuniões.
• As reuniões estão para começar
• A casa ou uma pequena sala na igreja torna-se agora um cen-
tro evangelístico.

113
7. Fazendo a colheita
Deus derramará seu Santo Espírito através de vocês. Haverá co-
lheita de frutos.
Em casa, na igreja ou auditório, as pessoas irão aceitar a Cristo,
as verdades bíblicas para estes últimos dias, e estarão salvas em
Seu Reino. Haverá pessoas no Céu que lá estarão como resultado
das reuniões de colheita aqui realizadas.
Poderemos ter certeza absoluta do sucesso. A semente da Pa-
lavra de Deus será plantada no solo de centenas e milhares de co-
rações. Essas sementes brotarão para a realização de uma colheita
eterna de pessoas para Cristo. A semente tem o poder de dar vida, de
transformar vidas. Vamos plantá-las no solo das mentes e corações
e haverá abundante colheita através do ministério que realizamos.
Na eternidade, olharemos para trás e avaliaremos os resultados.

Pergunta 3: Que visão da obra de Deus na Terra foi dada ao após-


tolo João no Apocalipse? (Apocalipse 18:1).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Em uma de suas mais magnificentes visões na Bíblia, João viu a


Terra iluminada com a glória de Deus. Ellen White descreve exata-
mente como essa profecia será cumprida:
“Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e
baixos da Terra. A Palavra de Deus era obedecida e, em resultado,
havia em cada vila e cidade monumentos seus. Sua verdade era pro-
clamada por todo o mundo. Viam-se centenas e milhares visitan-
do famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações
eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se
um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte
à proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influ-
ência celestial” (Evangelismo, p. 699).

114
Você e eu podemos fazer a nossa parte do cumprimento dessa
profecia – podemos ser uma das fontes de luz de Deus. Cada instru-
tor bíblico é um ponto de luz.
Seremos agradecidos para sempre, por termos nos envolvido na
última e mais vibrante obra – a obra de levar pessoas a Cristo. Há
poder na Palavra de Deus. Devemos estudá-la, partilhá-la com ou-
tros! Ela trará resultados perenes, eternos.
Como membros da igreja, nós temos uma tremenda respon-
sabilidade. Essa responsabilidade pode ser combinada como uma
inspiradora promessa, assim resumida na última página do livro
Evangelismo:
“Nossa divisa deve ser: Para a frente, sempre para a frente! Anjos
do Céu irão adiante de nós, a preparar-nos o caminho. Nosso cui-
dado pelas regiões distantes nunca poderá ser deposto enquanto
a Terra inteira não for iluminada com a glória do Senhor” (Evange-
lismo, p. 707).
As promessas de Deus são seguras! Haverá uma grande colheita!

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115
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C A P Í T U LO 1 3

C O M O O B T E R Ê X I T O N A O B R A

D E D A R E S T U D O S B Í B L I C O S

Q ual é o agricultor que investiria em uma plantação e


não esperaria pela colheita? Quer seja um agricultor
com centenas de acres em milharais ou um hortelão
que planta nos fundos do seu quintal alguns pés de tomate, espera
pela colheita. Fica aguardando o dia de colher o que plantou. O ob-
jetivo de plantar não é apenas ver crescer os campos cultivados, é
a colheita da seara.
Da mesma forma que os agricultores aguardam ansiosamente
a época da colheita, aqueles que levam pessoas a Cristo também
aguardam pela colheita. Eles anseiam ver as pessoas por quem ora-
ram e com quem estudaram a Bíblia sendo ganhas para o Reino
de Deus. Eles abraçam a promessa feita pelo Senhor de que “a seu
tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gálatas 6:9).
Deus promete nos abençoar se formos fiéis. Ele fará brotar as
sementes que plantamos e as levará até à colheita. Sua promessa é
segura. Podemos nos tornar exitosos ganhadores de pessoas para
Cristo. O Senhor Jesus ilustra os segredos do êxito na conquista de
pessoas em sua própria vida. Nós também podemos experimentar o
mesmo êxito. Há três princípios simples para se obter êxito na obra
de dar estudos bíblicos que devemos colocar em prática. Eles são
o ABC do sucesso.

116
A – PEDIR
Peça a Deus para ungir seus olhos a fim de ver as pessoas como
alguém que pode ser alcançada.

Pergunta 1: O que Jesus disse a respeito da mulher cananeia?


(Mateus 15:28).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Pergunta 2: Que admirável afirmação fez Jesus a um dos escri-


bas? (Marcos 12:34).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Em cada circunstância, Jesus via cada um como uma pessoa que


podia ser alcançada. Ele as saudava porque estava genuinamente in-
teressado nelas. A confiança que depositava nelas abria-lhes o coração
para o evangelho. Elas se tornavam como Ele as via. Jesus tinha visão.
Visão é a habilidade de ver com os olhos de Deus. As pessoas
têm vista, mas poucas têm visão. Têm olhos, mas apenas algumas
realmente veem.
Visão é a habilidade de ver além do que pode ser visto. A visão
penetra por todo o momento presente, vê as possibilidades. A visão
olha além dos problemas, vê o potencial.
Jesus viu cada pessoa com quem entrou em contato como al-
guém que poderia ser alcançado. Ele via as pessoas não como elas
eram, mas refinadas e enobrecidas por Sua graça. Viu estas pessoas
não como quem elas eram, mas em quem podiam se tornar:
Pedro – Não como um ignorante, que só sabia esbravejar, amaldi-
çoador, um pescador malcheiroso, mas como um poderoso pregador.
Mateus – Não como um conivente, astuto, mentiroso e desones-
to cobrador de impostos, mas como um cuidadoso e detalhista nar-
rador dos evangelhos.

117
Maria Madalena – Não como uma mulher imoral, ignorante, de
classe baixa e de má reputação, mas uma terna, compassiva e amo-
rosa testemunha de Seu amor.
O centurião romano – Não como um grosseiro e endurecido lí-
der da oposição, mas um candidato para o Reino de Deus.
Nicodemos – Não como um fariseu legalista, polêmico, confiante
em suas próprias opiniões, mas um sincero pesquisador da verdade.
Jesus via as pessoas como sendo de grande valor. Como pesso-
as que poderiam ser alcançadas. Como pessoas que poderiam ser
resgatadas para o Reino de Deus. Ao sentirem que Ele os via dessa
maneira, mudaram o rumo de sua vida para atender às Suas expec-
tativas. Tornaram-se no que Ele acreditava que poderiam ser.

B – ACREDITAR
Acredite que é a vontade de Deus que alcancemos êxito.
É a vontade de Deus que nossas igrejas cresçam. É a vontade de
Deus que os perdidos sejam encontrados. “Há maior júbilo no Céu
por um pecador que se arrepende” (Lucas 15:7).

Pergunta 1: Por que os discípulos foram incapazes de expulsar


os demônios do menino? ( Mateus 17:20 (primeira parte).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Pergunta 2: O que Jesus disse ser o ingrediente necessário para


vermos as montanhas de dificuldades removidas? (Mateus 17:20).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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A crença ou fé é a mão que alcança e se agarra ao poder de Deus.


A fé tem grande poder, pois nos une ao Deus Todo-Poderoso. A fé
move montanhas porque nos coloca em contato com um Deus que
move montanhas.

118
A ORAÇÃO E A FÉ SÃO IRMÃS GÊMEAS DO ÊXITO
Ore...
“Senhor, dá-me a responsabilidade de ir em busca dos perdidos
que estão ao meu redor. Dá-me o desejo de ver homens e mulheres
reconciliados contigo.”
Deus não permitirá que o seu trabalho fique sem recompensa.
“Deus não há de permitir que essa preciosa obra em Seu favor
fique sem recompensa. Coroará de êxito todo esforço humilde feito
em Seu nome” (Obreiros Evangélicos, p. 192.)
Acreditemos que a graça de Deus é mais forte que qualquer obs-
táculo que venha a impedir a pessoa com quem estamos estudando
de fazer a sua decisão por Cristo. Creiamos que o poder de Deus é
maior que as correntes que prendem as pessoas ao pecado. Creiamos
que as verdades concedidas por Deus são mais fortes que o engano
e o erro. Acreditemos e seremos capazes de remover montanhas.

C – APROXIME-SE
Aproxime-se das pessoas assim como fez Jesus.
Jesus Se preocupava com as pessoas. Preocupava-Se com suas
dores. Procurava sempre estar o mais próximo das pessoas para co-
nhecer suas necessidades.

Pergunta 3: Que pequena pergunta revela um dos mais podero-


sos segredos para o êxito em alcançar as pessoas para o Reino de
Deus? (João 1:38).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Jesus sempre demonstrava interesse pelas pessoas ao Seu re-


dor. Ele perguntava: “Que buscais?” Quais são seus anseios? Quais
são suas necessidades? Estou interessado em saber quais são.
No decorrer dos seguintes capítulos do evangelho de João, Jesus
demonstrou Seu imenso cuidado pelas pessoas atendendo a muitas
de suas necessidades.

119
– João 2: Jesus atendeu a uma necessidade social. Nas bodas de
Caná, o anfitrião avisou que o vinho havia acabado. Jesus transfor-
mou seis jarros de pedra com água em um novo e refrescante vinho.
Ele livrou o dono da festa de uma grande dificuldade.
– João 3: Jesus atendeu a uma necessidade espiritual. Nicode-
mos, um fariseu, pediu para se encontrarem na calada da noite. Jesus
mostrou exatamente o ele que estava procurando e como consegui-
-lo. Ele lhe disse: “Importa-vos nascer de novo.” Jesus satisfez a mais
íntima necessidade de Nicodemos, que ansiava pela salvação.
– João 4: Jesus atendeu às necessidades emocionais da mulher
junto ao poço. Essa mulher já havia tido seis maridos. Jesus lhe ofe-
receu apoio emocional, tratando-a com bondade.
– João 5: Jesus atendeu às necessidades físicas. Esse homem
havia estado junto ao tanque de Betesda por 38 anos. Jesus lhe dis-
se: “Queres ser curado?” E então Ele o curou.
– João 6: Jesus atendeu a outra necessidade física – necessidade
de alimento físico. Jesus defrontou-se com milhares de pessoas fa-
mintas no topo do monte. Recebeu cinco pães de cevada e dois pei-
xes de um menino e os multiplicou. O povo comeu e ficou satisfeito.
Jesus é Aquele que pode atender a todas as necessidades hu-
manas. Ele alcançou as pessoas onde elas estavam, tocou-as direto
onde elas mais necessitavam e lhes deu um vislumbre do Seu ma-
ravilhoso amor.

Devemos seguir o exemplo de Jesus se desejarmos obter êxito!


“Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no
aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens
como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia
por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a con-
fiança. Ordenava então: “Segue-Me” (A Ciência do Bom Viver, p. 143).
Jesus primeiramente atendia às necessidades das pessoas, e en-
tão lhes pedia para segui-Lo. Se desejarmos obter êxito, devemos
nos familiarizar com as pessoas a quem damos estudos bíblicos.
“Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e realizações,
como de vossa habilidade em chegar ao coração das pessoas. Sendo

120
sociáveis e aproximando-vos bem do povo, podereis mudar-lhes a
direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais
bem feitos discursos” (Obreiros Evangélicos, p. 193).

VAMOS REVISAR
Qual é o ABC do sucesso na obra de dar estudos bíblicos?

A:...........................................................................................................................................................................................................................................
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.................................................................................................................................................................................................................................................
B:...........................................................................................................................................................................................................................................
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.................................................................................................................................................................................................................................................
C:...........................................................................................................................................................................................................................................
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.................................................................................................................................................................................................................................................

Como resultado do amoroso ministério de Jesus, milhares fo-


ram batizados quando o Espírito Santo foi derramado no dia do
Pentecoste. As sementes do amor e da verdade, semeadas por Je-
sus nos corações, brotaram e cresceram produzindo uma gloriosa
colheita.
Novamente em nossos dias, o Espírito Santo produzirá uma gran-
de colheita. A Terra será iluminada com a Sua glória. O poder da chuva
serôdia do Espírito Santo será derramado. Milhares serão converti-
dos em um só dia. Toda pessoa sincera que há na face do planeta
terá a sua última oportunidade para aceitar ou rejeitar a salvação
que Deus lhe oferece. Todas as sementes que foram semeadas por
milênios brotarão para essa colheita final.
Pensemos nisto: Deus nos escolheu para preparar um mundo
que está perecendo para o Seu breve retorno. Ele nos escolheu
para partilhar Seu amor com as pessoas ao nosso redor. Ele nos es-
colheu para semear a semente e participar com Ele na colheita final
da Terra. Que privilégio! Que honra! E para culminar: Ele garante que
nos concederá êxito completo!

121
Que alegria será ver uma mãe no Céu aproximar-se de nós com
lágrimas correndo pela face e dizendo: “Muito obrigado por dar es-
tudos bíblicos ao meu filho. Ele está aqui porque Deus usou você.”
Que felicidade será sentir alguém nos envolvendo em seus bra-
ços e dizendo alegremente: “Eu me lembro daqueles estudos bí-
blicos cada sexta-feira à noite. Você levou meu pai e minha mãe a
Cristo. Nós estamos aqui como uma família por sua causa.”
Ou então uma mulher que diz: “Estou muito agradecida pelo que
você fez por meu marido. Ele era um homem irado, bêbado e blasfe-
mador até que Jesus o transformou durante os estudos bíblicos que
fez com você.”
Os relatos irão continuar por toda a eternidade. Serão histórias
de uma oração respondida feita por um filho ou filha. Histórias de
conversões milagrosas ocorridas através de um simples folheto dis-
tribuído, histórias de vidas transformadas através de um convite fei-
to para assistir a uma reunião evangelística.

LEVAR PESSOAS A CRISTO É A OBRA MAIS


MARAVILHOSA QUE HÁ NO MUNDO.

SOMENTE NA ETERNIDADE IREMOS COMPREENDER


O VERDADEIRO ÊXITO OBTIDO

E RECEBER A NOSSA RECOMPENSA FINAL.

. . .

122
. . .
C A P Í T U LO 1 4

N U T R I R , E N S I N A R , C U I D A R

E A C O M P A N H A R

O evangelismo fica incompleto se não houver uma estratégia


abrangente para nutrir e acompanhar os novos conversos.
A grande comissão dada por Jesus não significa apenas
batizar. É também fazer discípulos. E fazer discípulos não é o resultado
de decisões improvisadas nas reuniões evangelísticas. É um processo
que resulta da nutrição espiritual sistemática dos novos conversos.
O batismo não é uma fórmula mágica para resolver todos os
problemas espirituais. Não é uma panaceia para livrar as pessoas
das dificuldades. O batismo não é o fim da jornada espiritual, mas
o início de uma nova vida de companheirismo com Cristo dentro do
contexto de Sua Igreja.
Frequentemente, após o batismo, os novos conversos enfrentam
alguns de seus mais sérios desafios. Satanás concentra toda a sua
atenção neles. Seu alvo é cortar o seu relacionamento com o corpo
de Cristo. Os novos conversos necessitam ser nutridos e estimula-
dos para crescerem e se tornarem cristãos maduros.
“Depois de as pessoas se haverem convertido à verdade, cumpre
sejam cuidadas. Parece que o zelo de muitos pastores esmorece assim
que alcançam certa medida de êxito em seus esforços. Não compre-
endem que os novos conversos necessitam ser atendidos - vigilante
atenção, auxílio, animação. Não devem ser deixados a si mesmos,
presa das mais poderosas tentações de Satanás; eles precisam ser

123
instruídos com relação a seus deveres, ser bondosamente tratados,
conduzidos e visitados, orando-se com eles. Essas almas necessitam
do alimento dado a seu tempo a cada homem” (Evangelismo, p. 351).

Pergunta 1: De acordo com o livro de Atos, por quanto tempo


Paulo trabalhou na mesma cidade? (Atos 18:11).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

O apóstolo Paulo estava tão preocupado com o cuidado dos no-


vos conversos que passou um ano e meio ensinando a eles os prin-
cípios da Palavra de Deus em Corinto.
Depois de as pessoas serem instruídas por meio dos estudos
bíblicos ou reuniões evangelísticas e serem batizadas, é essencial
que continuem estudando a Palavra de Deus. É muito importante
também educá-las no estilo de vida cristão adventista do sétimo
dia. E é bem provável que alguns dos novos conversos se sentirão
desanimados logo após o batismo.

As apostasias não serão desnecessariamente altas se houver:


• Um processo cautelosamente planejado de cuidados após o
batismo para reforçar a compreensão das novas doutrinas.
• Estabelecimento de um programa no lugar dos estudos bíblicos
para ensinar os novos conversos a como continuarem crescen-
do espiritualmente. A compreensão de como manter uma vida
devocional relevante, dando o devido valor ao culto familiar, é
essencial ao crescimento espiritual.
• Uma medida de tolerância para com seus erros ao lhes ser
dado espaço para crescerem.
• Um programa organizado de visitação a ser colocado em ação
logo após o seu batismo.
• Um esforço consciente para integrar os novos conversos nos
relacionamentos sociais da igreja.

124
• Um processo para ensinar os novos conversos a viverem o es-
tilo de vida adventista do sétimo dia.
• Envolvimento dos novos conversos em alguma forma de evan-
gelismo ou programa missionário. Os novos conversos vão se
fortalecendo se estiverem ativamente envolvido em partilhar a
nova fé recentemente por eles descoberta.

Pergunta 2: O que aconteceu com os crentes recém-batizados


no livro de Atos? (Atos 2:41, 42).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Depois que os novos crentes foram batizados, eles continuaram


firmes na doutrina dos apóstolos. Não foram batizados e deixados
sozinhos. Eles continuaram firmes na fé.

Pergunta 3: Como esses novos crentes se mantiveram na doutri-


na dos apóstolos? (Atos 2:42, 46, 47).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

O livro de Atos nos dá a visão do que é um sólido trabalho de nu-


trição e acompanhamento espiritual. As Escrituras nos dizem como
os discípulos atenderam às necessidades físicas, mentais, emocionais
sociais e espirituais do grande número de novos conversos à fé cristã.

 LEMENTOS DA NUTRIÇÃO E CUIDADO ESPIRITUAL


E
NO NOVO TESTAMENTO
Vida devocional pessoal – No Novo Testamento há evidência de uma
vibrante vida devocional e de uma vida pessoal de oração (Atos 4:13, 31).

125
Companheirismo entre as famílias – No Novo Testamento, as ne-
cessidades espirituais e sociais eram atendidas em pequenos gru-
pos, enquanto partiam o pão, partilhavam uma refeição em comum
ou oravam juntos (Atos 2:42).
Culto e adoração em conjunto – No Novo Testamento, as neces-
sidades espirituais e sociais também eram atendidas durante o cul-
to de sábado, da pregação bíblica e do louvor (Atos 2:46).
Envolvimento e Testemunho – No Novo Testamento, os novos
crentes se desenvolviam espiritualmente ao se envolverem ativa-
mente no testemunho e ao partilharem a fé. Os cristãos primitivos
estavam envolvidos especialmente em ministrar às necessidades fí-
sicas em sua comunidade e ao partilharem o evangelho.
• Propagação da Palavra de Deus.
• Os crentes vendiam seus bens e propriedades – para que ne-
nhum passasse necessidade.

O batismo é o símbolo do novo nascimento. Não é uma indica-


ção de que o novo converso esteja totalmente maduro. É respon-
sabilidade da igreja tomar medidas cuidadosas para ajudar cada
membro a desenvolver um profundo e constante relacionamento
com Cristo e um seguro relacionamento com Sua Igreja.

Pergunta 4: Que preocupação Lucas expressou com relação à


própria fé de Teófilo? (Lucas 1:4).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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.................................................................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................

Uma coisa é estar informado a respeito da verdade. Outra é es-


tar certo do que crê. Lucas anelava ver Teófilo firmado na segurança
da verdade.

126
Pergunta 5: Paulo aconselha os novos crentes a estarem cientes
de quê? (Colossenses 2:8; Gálatas 3:1).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Paulo advertiu os novos crentes a tomarem cuidado para que nin-


guém os enredasse, afastando-os da verdade em que foram ensinados.
A maneira de fazer isso é continuar estudando a Palavra de Deus.

Pergunta 6: Que conselho Jesus deu a Pedro a respeito dos no-


vos crentes? (João 21:15-17).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................................................................
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“Esta era uma obra em que Pedro tinha bem pouca experiência; não
podia, porém, estar completo na vida cristã a menos que aprendesse a
alimentar os cordeiros, os que são tenros na fé” (Evangelismo, p. 346).

PASSOS PARA CONFIRMAR E CONSERVAR


OS NOVOS CONVERSOS

Os dez passos para confirmar e nutrir espiritualmente os novos


conversos serão discutidos no contexto dos quatro elementos espe-
cíficos citados no Novo Testamento:
• Devoção pessoal
• Comunhão no lar
• Culto corporativo
• Envolvimento ativo
• Vida Devocional Pessoal

127
 ASSO 1 – EDUCAR OS NOVOS CONVERSOS EM
P
COMO CRESCER ESPIRITUALMENTE
Parte do processo da nutrição espiritual é ajudar cada novo con-
verso a desenvolver sua vida devocional. O objetivo é ajudá-los a
manter uma vida espiritual vibrante através do culto pessoal e fa-
miliar. Essa forma de ensino pode ser adaptada ao orarmos com os
novos conversos e envolvê-los nos grupos de oração.

IDEIAS PRÁTICAS
• Dar a eles o livro devocional do ano; marcar um horário para ler
as primeiras páginas com eles para ajudá-los a iniciar o processo.
• Ensinar como ter uma vida devocional significativa. Ao visitar
os novos conversos em seus lares, ajudar a iniciar suas pró-
prias devoções pessoais com o livro de meditações diárias. Dar
o nosso testemunho sobre como somos abençoados diaria-
mente ao lermos essas meditações.
• Ensiná-los a orar com o modelo de ATOS. Orar com eles. Mos-
trar a eles como incluir os seguintes aspectos da oração:

A – Adorar e Louvar ao Deus Criador e Mantenedor


T – Transbordar em Arrependimento e Fazer Confissão de
Coração
O – Orar com Gratidão e Ação de Graças
S – Suplicar pelas Bênçãos e Favores

“Não é desígnio de Deus que a igreja seja mantida pela vida tira-
da do pastor. Seus membros devem ter raiz em si mesmos. [...] Todo
aquele que se professa cristão, tem a responsabilidade de manter-se
em harmonia com a orientação da Palavra divina. Deus considera cada
pessoa responsável por seguir, por si mesma, o modelo dado na vida de
Cristo, e ter um caráter purificado e santificado” (Evangelismo, p. 343).
“O interesse despertado deve ser apoiado por trabalho pessoal - vi-
sitar, dar estudos bíblicos, ensinar a pesquisar as Escrituras, orar com as
famílias e pessoas interessadas, buscar aprofundar a impressão causada
no coração e na consciência” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 255).

128
PASSO 2: REPETIR A MENSAGEM BÍBLICA UMA SEGUNDA VEZ
Uma das maneiras pela qual os novos conversos podem ser for-
talecidos é fazer uma revisão dos princípios básicos das Escrituras
uma segunda vez. Isso vai reforçar a verdade em sua mente. Ouvir a
verdade apenas uma vez não é suficiente. Reestudá-las solidifica as
convicções do novo converso.

 onvidá-los para participar de um pequeno grupo de estudo da


C
Bíblia no lar
Não suponha que somente porque o novo converso finalizou o
curso bíblico ou assistiu às reuniões evangelísticas ele tenha com-
preendido toda a mensagem. Repeti-la uma segunda vez vai solidifi-
cá-la na mente do novo crente. Firmará a sua fé. Tendo em vista que
os novos crentes estão frequentemente ávidos por partilhar a nova
fé que abraçaram, a repetição das grandes verdades bíblicas ofere-
cerá a eles uma excelente oportunidade para convidar seus amigos.
Ellen White reafirma o princípio da repetição nestas palavras:
“Depois de haverem sido feitos os primeiros esforços em um lu-
gar mediante uma série de conferências, há na verdade maior ne-
cessidade de uma segunda série. A verdade é nova e surpreendente,
e o povo necessita de que as mesmas coisas lhes sejam apresenta-
das pela segunda vez a fim de tornar os pontos distintos, e fixar as
ideias na mente” (Evangelismo, p. 334).
“E os novos conversos precisam ser instruídos por fiéis instru-
tores da Palavra de Deus, para que cresçam no conhecimento e no
amor da verdade, e se desenvolvam até à estatura completa de ho-
mens e mulheres em Cristo Jesus” (Evangelismo, p. 337).
Importante: Os pequenos grupos e classes de acompanhamen-
to na igreja para os novos conversos contribuem para o crescimento
na vida cristã, mas não substituem a vida devocional pessoal.

 ASSO 3: ENSINAR OS NOVOS CONVERSOS SOBRE


P
COMO MANTER UM MELHOR ESTILO DE VIDA
Visto que o discipulado se aplica à vida como um todo, dar con-
tinuidade ao ensino sobre os aspectos da saúde apresentados na

129
mensagem dada por Deus para estes últimos dias é essencialmente
importante.

Pergunta 7: Que conselho deu o apóstolo Paulo às novas igrejas


em Roma? (Romanos 12:1; 1 Coríntios 6:19, 20).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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O conselho de Paulo aos novos conversos em Roma foi dirigido


à importância de consagrar a mente e o corpo a Cristo. O apóstolo,
que tão eloquentemente pregou a salvação pela fé, também estava
preocupado com a saúde física dos novos crentes.
“Os pastores negligenciam com frequência esses importantes
ramos da obra - a reforma de saúde, os dons espirituais, a benefi-
cência sistemática e os grandes ramos da obra missionária” (Evan-
gelismo, p. 343).
A maioria dos novos conversos foi instruída através dos estudos
bíblicos e reuniões evangelísticas sobre os efeitos prejudiciais do
fumo, do álcool e das carnes imundas. Muitos gostariam de seguir
os princípios da reforma de saúde, entretanto, podem não saber
como mudar seu estilo de vida. Aprenderam sobre como dizimar e
a beneficência sistemática, mas não sabem como incorporá-la ao
seu orçamento. Desejam se envolver em alguma forma de trabalho
missionário, partilhar a nova fé que abraçaram com outros, mas
não sabem por onde começar. Estes materiais oferecem aos pasto-
res e aos membros já firmados na igreja uma grande oportunidade
de nutrir espiritualmente os novos conversos.

PASSO 4: IMPLANTAR UM PROGRAMA DE VISITAÇÃO


Evidências convincentes demonstram que muitos novos conver-
sos são perdidos porque não são visitados. Não devemos só “mer-
gulhá-los” e então “removê-los”.

130
A visitação é extremamente essencial caso queiramos que os
novos membros cresçam em Cristo e se sintam à vontade na igreja. É
possível que um novo converso esteja doutrinariamente convencido,
mas não socialmente integrado à igreja. Embora tenham sido bati-
zados, ainda se sentem como um estranho. Não se sentem confortá-
veis no meio desse novo grupo de pessoas. A seguir, estão algumas
coisas que podemos fazer para ajudá-los a se sentirem acolhidos.

IDEIAS PRÁTICAS
• Organizar equipes de visitação para visitar os novos conversos.
Estudos sobre o crescimento da igreja indicam que quanto mais
amigos a pessoa tem na igreja, menos provavelmente ela sairá.
“A obra não deve ser abandonada prematuramente. Vede que
todos estejam esclarecidos na verdade, firmados na fé, e interessa-
dos em todo ramo da obra, antes de os deixar para ir a outro campo.
E então, como o apóstolo Paulo, visitai-os com frequência para ver
como vão” (Evangelismo, p. 338).

• Amor e cuidado por esses novos conversos podem ser demons-


trados de maneira prática através de uma breve visita. Se fizer-
mos com que os novos conversos leiam a Bíblia, de acordo com
os escritos de Ellen White, eles se desenvolverão e se tornarão
cristãos firmes e fortes.
“Patriarcas e Profetas e O Grande Conflito são livros especialmente pró-
prios para os que recentemente aceitaram à fé, para que sejam firmados
na verdade. [...] Em O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas,
O Grande Conflito e Daniel e Apocalipse, há preciosas instruções. Estes
livros precisam ser considerados como de especial importância, e todo
esforço deve ser feito para os pôr diante do povo” (Evangelismo, p. 366).

A escala de visitação pode ser organizada da seguinte forma:


MÊS 1 – Visitar e entregar um exemplar do livro Patriarcas e Profetas
MÊS 2 – Visitar e entregar um exemplar do livro O Grande Conflito
MÊS 3 – Visitar e entregar um exemplar do livro O Desejado de
Todas as Nações

131
MÊS 4 – Visitar e entregar um exemplar do livro devocional do ano
MÊS 5 – Visitar e entregar um exemplar da Revista Adventista
MÊS 6 – Visitar e entregar um exemplar do livro Estudando Juntos

Nossa sugestão é que as equipes de visitação sejam organizadas de


maneira que oficiais da igreja dos vários departamentos, como também
os membros, entreguem os livros a cada mês. Isso amplia a base. Depois
discutiremos um plano específico para os “guardiães espirituais”.
• Enviar um comunicado dizendo que eles estão em nossos
pensamentos. Entre as visitas mensais, o pastor/membros da
igreja podem enviar um comunicado para os novos conversos
demonstrando seu cuidado para com eles.
• De vez em quando, podemos fazer um telefonema demons-
trando nossa amizade. Telefonar de vez em quando entre as
visitas, mesmo que seja uma pequena conversa, solidifica os
novos conversos na igreja.
• Se faltarem um dos cultos, podemos enviar-lhes o boletim e
uma cópia gravada do sermão. Se continuarem a faltar às reu-
niões, não devemos nos esquecer de telefonar para verificar se
há algum problema sério. Quanto mais esperarmos, mais difícil
será tê-los de volta.

PASSO 5: IMPLANTAR O PLANO DOS “GUARDIÃES”


Esse plano tem por objetivo designar a cada novo membro um
guardião espiritual. O alvo é encontrar membros da igreja com os
mesmos interesse e que vivem o mesmo contexto. O membro já fir-
me na igreja torna-se um guardião espiritual para o novo membro.
Quando o novo membro estiver arraigado na igreja, pode se tornar
o guardião espiritual de um outro novo membro.
“Em Cristo, somos todos membros de uma família. Deus é nosso Pai,
e espera que nos interessemos nos membros dessa família, não com
um interesse casual, mas decidido e constante” (Evangelismo, p. 352).
COMO SE TORNAR UM GUARDIÃO ESPIRITUAL
Seu papel principal é ser amigo. Sua função não é se tornar um
agente de polícia espiritual. Ele não é o juiz do que o seu converso

132
faz de errado. É o mentor do novo converso, que está sendo guia-
do e protegido por ele. Os novos conversos necessitam de alguém
que cuide deles – para ajudá-los a crescerem tanto espiritual como
física, emocional, mental e socialmente. O guardião espiritual deve
demonstrar seu cuidado ao estar em contato com o novo converso.

IDEIAS PRÁTICAS
• ORAR – Orar por eles regularmente.
• VISITAR – Visitá-los uma vez por mês.
- Colocar em prática o programa de visitação mencionado an-
teriormente, utilizando os livros como presente.
• TELEFONAR – Telefonar para eles entre as visitas mensais.
• ENVIAR – Enviar uma mensagem em ocasiões especiais, como
aniversários, Dia de Ação de Graças, Natal, etc. É sempre bom
também enviar um pequeno recado de vez em quando, com
algumas palavras de estímulo.
• CONVIDAR – Convidá-los para um jantar em meses alternados.
No mês oposto, eles podem participar no preparo de um jantar
para outras pessoas. Isso os ajudará a aprender a como se tor-
nar também um guardião espiritual.
• FAZER – Fazer alguma coisa juntos uma vez ao mês para cons-
truir laços de amizade mais profundos.
• REUNIR-SE – Reunir-se para participar com eles do programa
Sopa e Salvação.
• TESTEMUNHAR – Mantê-los motivados a sair e partilhar sua fé.

 ASSO 6: LIDAR DE MANEIRA TERNA, BONDOSA


P
E PACIENTE COM OS NOVOS CONVERSOS
Muitos dos novos conversos fazem grandes sacrifícios para per-
tencerem à igreja remanescente de Deus. Eles mudaram seu estilo
de vida. Como resultado de aceitarem as verdades bíblicas, alguns
enfrentaram a oposição de seus parentes e amigos. Esse é o mo-
mento de tratá-los bondosa, terna e pacientemente. A maior parte
das apostasias acontecem porque os novos conversos foram ofen-
didos ou entraram em conflito com o pastor ou algum outro mem-

133
bro da igreja. Ao lhes estendermos a mão amorosamente, muitos se
fortalecerão na igreja. Ellen White nos diz:
“Os recém-chegados à fé devem receber um trato paciente e be-
nigno, e é dever dos membros mais antigos da igreja cogitar meios
e modos para prover auxílio, simpatia e instrução para os que se re-
tiraram conscienciosamente de outras igrejas por amor da verdade,
separando-se assim dos cuidados pastorais a que estavam habitua-
dos. A igreja tem responsabilidade especial quanto a atender essas
almas que seguiram os primeiros raios de luz recebidos; e caso os
membros da igreja negligenciem este dever, serão infiéis ao depósi-
to a eles confiado por Deus” (Obreiros Evangélicos, p. 351).

PASSO 7: INTEGRAR O NOVO CONVERSO AO MEIO SOCIAL DA IGREJA


Convidar os novos membros para um jantar em casa é uma ma-
neira extraordinária de melhor se familiarizar socialmente com eles.
Isso os fará sentirem-se amados e aceitos.
• Culto de Adoração e Louvor Corporativo

PASSO 8: IR À CASA DE DEUS A CADA SÁBADO E PRESTAR-LHE CULTO


Pergunta 8: Para manter uma profunda e sólida experiência es-
piritual, o que Deus nos exorta a fazer? (Salmo 95:6, 7).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Os novos conversos crescerão em sua experiência espiritual ao


irem à Casa de Deus a cada sábado. Ao assim fazermos, fortalece-
mo-nos uns aos outros.

Pergunta 9: O que os crentes são aconselhados a fazer cada se-


mana? (Hebreus 10:25).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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134
Os membros da igreja não devem deixar de se reunir. Devem ir
semanalmente ao templo de Deus para adorá-Lo.

Pergunta 10: O que os remidos farão a cada sábado na Nova Ter-


ra? (Isaías 66:23).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Sim, que maravilhosa experiência os remidos terão de um sába-


do a outro sábado, ao se reunirem para adorar a Deus!

RAZÕES E IMPORTÂNCIA DO CULTO CORPORATIVO


• Para louvar e dar graças – Efésios 5:19, 20; Salmo 150; Salmo 67:3
• Para ouvir a Palavra de Deus – Atos 13:44
• Para cantar – Hebreus 2:12
• Para orar – Atos 16:13
• Para testemunhar tudo o que Deus tem feito – Atos 14:27
• Para encorajar uns aos outros para as boas obras – Hebreus
10:24, 25
• Para estudar a Palavra da Verdade – 2 Timóteo 2:15

“Nosso povo não deve ser levado a pensar que precisam de escutar
cada sábado um sermão. Muitos que ouvem frequentes sermões, mesmo
que a verdade seja apresentada em linhas claras, não aprendem senão
pouca coisa. Seria muitas vezes mais proveitoso se as reuniões de sá-
bado fossem da natureza de um estudo bíblico” (Evangelismo, p. 348).
• Envolvimento e Testemunho

 ASSO 9: ENSINAR OS NOVOS CRENTES A


P
CONQUISTAR PESSOAS PARA CRISTO
Quando os novos conversos partilham sua fé, a sua fé se forta-
lece. Somos abençoados ao partilhar. Ellen White afirma isso muito
bem ao dizer:

135
“A fortaleza para resistir ao mal é melhor obtida pelo trabalho
intenso” (Atos dos Apóstolos, p. 105).
Benefícios de estar envolvido em levar pessoas a Cristo
Há pelo menos dois benefícios decisivos a serem obtidos ao en-
volvermos os novos conversos na conquista de pessoas para Cristo.
Primeiro: A obra de levar pessoas a Cristo leva a pessoa a “usar
os joelhos”. Torna-a dependente das Escrituras. Fortalece intensa-
mente a sua fé. As perguntas que os outros fazem vão levá-los a es-
tudar a Palavra.
Segundo: Os novos conversos passam a ter uma rede de amigos
que podem ser conquistados. Têm os membros de sua família que
estão ávidos em saber em que eles acreditam.

Pergunta 11: Segundo o livro de Atos, o que os novos conversos


fizeram após seu batismo? (Atos 8:4).
Resposta:...............................................................................................................................................................................................................
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Os novos conversos foram envolvidos no trabalho ativo de levar


pessoas a Cristo. Eles foram a todos os lugares pregando a Palavra.
Quando vamos a Cristo, o nosso desejo é contar aos outros a respei-
to da Salvação e de Sua Palavra.
“Uni-vos com o Espírito do Deus vivo para apresentar um balu-
arte em torno de nosso povo e de nossa juventude, para educá-los
e prepará-los. Isto deve ser enfrentado, e devemos levar avante a
verdade de Deus custe o que custar. Compreendemos alguma coisa
a esse respeito, mas muitos há que não entendem nada quanto a
isso; portanto, devemos conduzi-los, instruí-los com bondade, bran-
damente, e caso esteja conosco o Espírito de Deus, saberemos exa-
tamente o que devemos dizer” (Evangelismo, p. 339).
Por vezes, os novos conversos cometerão erros ao tentarem par-
tilhar sua fé. Podem querer dizer muito, em muito pouco tempo.

136
Quando os instruímos a contarem primeiro o que Jesus fez por eles,
o seu testemunho irá tocar os corações.

 ASSO 10: CONVIDAR OS NOVOS CONVERSOS A SE


P
UNIREM A UM GRUPO DE EVANGELISMO
Agora esses novos conversos estão prontos para partilhar com
outros a nova fé que abraçaram. Devem ser convidados a partici-
parem do programa Sopa e Salvação. Alguns vão se unir ao minis-
tério da oração, enquanto outros saíram para distribuir literatura e
inscrições para o curso bíblico. Outros irão usar seu dom espiritual
para ensinar: estarão envolvidos em dar estudos bíblicos. Vamos
convidá-los a se unirem a algum grupo missionário que mais se as-
semelhe aos seus dons e talentos.

IDEIAS PRÁTICAS
Envolver novos conversos em um dos ministérios do programa
Sopa e Salvação.
• Ministério da Oração
• Ministério da Literatura
• Ministério da Visitação
• Ministério de Estudos Bíblicos

Envolvê-los em:
• Ministério do Seminário Bíblico do Lar
• Ministério de Saúde
• Ministério da Criança
• Algum outro ministério missionário

“O melhor remédio que podeis ministrar à igreja, não é pregar ou fa-


zer sermões, mas providenciar trabalho para os membros. Caso se empe-
nhasse em trabalho, o desalentado esqueceria em breve seu desânimo, o
fraco se tornaria forte, o ignorante inteligente, e todos estariam preparados
para apresentar a verdade tal como é em Jesus” (Evangelismo, p. 356).
Essa estratégia de acompanhamento combina a continuação dos
estudos bíblicos doutrinários, a devoção pessoal, o companheirismo

137
social e o envolvimento no testemunho. Isso dá aos novos conversos
a oportunidade de conversarem sobre os desafios que enfrentam,
como também fazerem seus pedidos de oração.
Ao implantarmos esses princípios, o Espírito Santo nos ajudará
a desenvolver discípulos firmes e talentosos para Cristo. Os novos
conversos irão amadurecer até serem cristãos bem solidificados. Al-
guns se tornarão líderes na igreja. Muitos irão partilhar ativamente
sua fé com parentes e amigos.
Assim como a pedra atirada em um lago produz ondulações na
água, a influência desse programa de atenção e cuidados após o ba-
tismo produzirá também a sua onda de influência na quantidade de
vidas conquistadas para Cristo. Somente a eternidade revelará sua
duradoura influência.

. . .

138
. . .
A P Ê N D I C E S

– APÊNDICE A

ARQUIVO DE INTERESSADOS
O arquivo de interessados é como um jardim com plantas em vá-
rias fases de crescimento. Alguns são como as sementes que acaba-
ram de ser plantadas. Ainda não brotaram, mas ali estão germinando
silenciosamente. Outros interessados são como plantas que já co-
meçaram a crescer. E então há os interessados que são com o fruto
já maduro. Estão prontos para ser colhidos – prontos para a colheita.
Como qualquer jardim, o arquivo de interessados precisa de cui-
dados. Quando é cuidadosamente trabalhado e cultivado adequa-
damente, produzirá uma colheita abundante.
O arquivo de interessados é um dos melhores amigos do daque-
les que desejam levar pessoas a Cristo. Quando ele entende a ma-
neira de organizar, valorizar e manusear o arquivo de interessados,
irá descobrir regularmente novos preciosos interessados para Jesus.

COMO FAZER UM ARQUIVO DE INTERESSADOS


Devem fazer parte do arquivo de interessados os nomes daque-
les que o pastor e os membros da igreja conseguiram por meio de
várias fontes, tais como:
• Pessoas não batizadas que frequentam a igreja e a Escola
Sabatina.
• Pessoas que vêm à igreja e assinaram o livro de visitantes.
• Pessoas que assistiram às reuniões evangelísticas.
• Amigos e parentes de adventistas do sétimo dia.
• Pessoas que receberam estudos bíblicos.
• Ex-membros da igreja.
• Contatos feitos através do programa Está Escrito.
• Contatos feitos através do programa A Voz da Profecia.
• Todos os contatos feitos através da mídia.
• Contatos pela distribuição de literatura.
• Pessoas que assistiram às aulas de culinária e outros progra-
mas de saúde.

139
• Contatos feitos por meio do serviço à comunidade.
•P
 esquisa religiosa de interessados.
•C
 ontatos feitos pela Escola Cristã de Férias.

Como conseguir nomes para visitação


• Crie um arquivo de interessados digitando no computador
uma listagem com todos os nomes obtidos das fontes acima.
• Nomeie um secretário ou secretária para lançar as informa-
ções sobre os interessados, a fim de manter o arquivo sem-
pre atualizado.
• Assim que começar o programa de visitação, deverá repassar
todo o arquivo e classificar os interessados em A, B, ou C.

Princípios básicos para a classificação dos interessados A, B e C


Interessados Classe “A”
• Pessoas que frequentam a igreja.
• Pessoas que estão estudando a Bíblia, frequentam a classe
bíblica ou que estão se preparando para o batismo.

Interessados Classe “B”


• Ex-membros da igreja que ainda creem na mensagem adventista.
• Parentes de membros da igreja que creem na mensagem ad-
ventista, mas que ainda não estão recebendo estudos bíblicos
ou frequentando a igreja.
•P
 essoas que visitam a igreja ocasionalmente.
• Interessados através dos programas Está Escrito, A Voz da
Profecia, Fé, Hora Tranquila, ou de outras fontes da mídia.
• Pessoas que assistiram às reuniões evangelísticas.

Interessados Classe “C”


• Contatos feitos por membros da igreja.
• Pessoas que assistiram a programas de saúde.
• Contatos feitos por meio da literatura e de serviço à comunidade.
• Pesquisa religiosa de interessados.

140
___________________
Nota: Ao visitar, é importante continuar fazendo a classificação dos in-

teressados. Todos os interessados Classe “B” podem muito brevemente

se tornar interessados da Classe “A”. Dependendo das circunstâncias,

um interessado da Classe “C” pode mudar rapidamente e se tornar um

da Classe “B”, ou até mesmo da Classe “A”.

CODIFICANDO OS INTERESSADOS
Dar um código a todos os interessados torna-se uma ferramenta que
fornece informações valiosas às equipes de visitação. Temos a seguir
um modelo de códigos que podem ser dados às fontes de interessados.
Interessados Classe “A” – É muito importante trabalhar com os
interessados da Classe “A” imediatamente. O objetivo é iniciar estudos
bíblicos sistemáticos para os interessados da Classe “A” e concentrar-
-se em levar à decisão, de maneira progressiva, aqueles que já estão
fazendo os estudos bíblicos regularmente. Para o êxito do programa
de visitação, é importante dar um código a todos os interessados.

CÓDIGO:
FI - Frequenta a Igreja
FCB - Frequenta a Classe Bíblica
EB - Estudos Bíblicos

Interessados Classe “B” – Com os interessados da Classe “B”, o


objetivo é desenvolver relacionamentos através da visitação e levá-
-los a fazerem os estudos bíblicos regularmente. Isso pode ser rea-
lizado mais eficazmente ao serem visitados pela equipe de visitas e
de estudos bíblicos.

CÓDIGO:
ExASD - Ex-Adventista do Sétimo Dia
ASDI - Adventista do Sétimo Dia Inativo
AASD - Amigo de Adventista do Sétimo Dia
PASD - Parente de Adventista do Sétimo Dia
FRE - Frequenta Reuniões Evangelísticas

141
EBD - Escola Bíblica “Descobertas Bíblicas”
EE - Está Escrito
VP - Voz da Profecia
BOL - Breath of Life [Sopro de Vida] – Televisão
FPH - Fé Para Hoje
AF - Amazing Facts [Fatos Maravilhosos]– Rádio e Televisão
HT - Hora Tranquila – Rádio
LA VOZ - La Voz [A Voz] – Rádio

Interessados Classe “C” – Os interessados da Classe “C” fazem


parte dos contatos mais casuais. Entretanto, essas pessoas podem
passar de Interessados da Classe “C” para Interessados da Classe “A”
rapidamente. Ao mudarem as circunstâncias da vida, há sempre uma
abertura para o evangelho. A equipe visita e espera por uma abertura.

CÓDIGO:
CCE - Contatos feitos por Colportor Evangelista
CECF - Contatos feitos pela Escola Cristã de Férias
CPS - Contatos feitos por Programas de Saúde
CSC - Contatos feitos por Serviços à Comunidade
CC - Contatos Casuais

___________________
Nota: Há algumas formas de esforços missionários que não incluímos

aqui. Se houver um desses na sua região, acrescente-o e escolha um

código. O método para criá-lo é simples: usar apenas as iniciais.

CUIDANDO DO ARQUIVO DE INTERESSADOS


Sugestões para o cuidado do Arquivo de Interessados
1. Envio das quatro cartas de forma sistemática a cada nome do
Arquivo de Interessados (Veja os modelos de cartas nas pági-
nas a seguir).
2. T elefonar para cada interessado cadastrado no Arquivo de In-
teressados e fazer a pesquisa telefônica.

142
– APÊNDICE B

 ÉTODOS PARA CONTATAR EX-ADVENTISTAS


M
DO SÉTIMO DIA
Cristo passou uma boa parte do Seu ministério procurando al-
cançar aqueles que se extraviaram do rebanho. Em Lucas 15, Ele con-
tou três parábolas para ensinar uma lição aos líderes religiosos de
Seu tempo. Esses líderes religiosos ensinavam que Deus se alegrava
quando um pecador ou quem abandonou a fé era destruído. Cristo
mostrou, por meio dessas três parábolas, que Deus está aguardan-
do o perdido ser encontrado. Está ansioso e esperando recuperá-lo
para trazê-lo de volta ao aprisco. Ele disse que há alegria no Céu
quando um pecador se arrepende.
“Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido
e foi achado. E começaram a regozijar-se. Entretanto, era preciso
que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu ir-
mão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (Lucas
15:24, 32).
Nos últimos dias da história da Terra, muitos que estão perdidos
voltarão para Cristo. É nossa responsabilidade resgatar aqueles que
uma vez aceitaram a fé, mas se afastaram.
“Quando romper realmente sobre nós a tempestade da perse-
guição, as ovelhas verdadeiras ouvirão a voz do Pastor verdadeiro.
Empregar-se-ão abnegados esforços para salvar os perdidos, e mui-
tos dos que se extraviaram do redil voltarão a seguir o grande Pas-
tor” (Evangelismo, p. 693).
Quando trabalhamos com ex-adventistas, é importante enten-
der por que eles abandonaram a igreja e também os métodos que
podemos usar para trazê-los de volta ao rebanho.

 NTENDENDO POR QUE OS ADVENTISTAS DO


E
SÉTIMO DIA ABANDONAM A IGREJA
1. Por acharem que a igreja não tem mais relevância em sua vida
e não atende às suas necessidades.

143
• A maioria das pessoas não abandonam a Igreja Adventista do
Sétimo Dia porque deixam de acreditar nas doutrinas. Muitos
creem que a Igreja Adventista tem a verdade para este tempo.
Mesmo que não estejam vivendo de acordo com as normas
divinas, ainda têm convicção sobre a veracidade das princi-
pais crenças mantidas pela igreja.
• Alguns membros nunca foram assimilados na família da igreja.
• Mantêm um crescente desinteresse pelas coisas espirituais,
geralmente devido à falta de uma vida devocional e estudo
da Bíblia adequado.

2. Profunda crise e conflito pessoal


• Frequentemente, passaram por alguma profunda crise e con-
flito pessoal. Sua vida espiritual se deteriorou.
• Tiveram algum conflito com o pastor ou um membro da igre-
ja. Muitos ex-adventistas podem ser recuperados através da
visitação pessoal quando há genuína preocupação por eles.

3. Sentem-se desencorajados consigo mesmos depois de fra-


cassarem ao tentarem viver em harmonia com as normas da
igreja.
• Muitos ex-adventistas têm alguma coisa que acham ser gran-
de demais para Deus perdoar. Sentem que foram longe de-
mais, que Deus não está mais disposto a perdoá-los. Com
certeza, isso não é verdade. Devemos agir de maneira posi-
tiva ao falarmos da disposição que Deus tem para perdoar e
Seu grande desejo de que voltem para Ele.
• Muitos se sentem culpados por não estarem vivendo em har-
monia com as normas da igreja. Há aqueles que voltaram a
fumar ou beber. Alguns passaram pelo divórcio. Outros estão
trabalhando aos sábados, quebrando assim o mandamento
do sábado bíblico. Eles necessitam de alguém que se preo-
cupe com eles e esteja disposto e desejoso de ajudá-los a
viverem a vida vitoriosa que tanto almejam.

144
PRINCÍPIOS A SEGUIR QUANDO ENTRAR EM CONTATO
COM EX-MEMBROS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA
1. Dediquem tempo à oração antes de sair para visitar ex-mem-
bros adventistas do sétimo dia. Peça sabedoria a Deus.
2. Ao chegar, identifique-se como membro da igreja adventista local.

EXEMPLO:
“Olá, meu nome é _____________________ e este é meu amigo _____________________.

Somos da Igreja Adventista de_____________________. Passamos por aqui para co-

municar-lhe sobre alguns eventos que estarão acontecendo na igreja. Desejamos

também deixar com você este livro e dizer-lhe que estamos preocupados com você.”

3. Assim que for convidado a entrar, deve demonstrar amor, acei-


tação e sincera preocupação.
4. Inicie a conversa com temas de interesse geral, como:
• “Você mora nesta região por muitos anos?” (Observe cui-
dadosamente qualquer indício pela casa que demonstre
interesse pelas coisas espirituais.)
• “Você é casado? Tem filhos?”
• “Trabalha aqui mesmo perto da sua casa? Qual é a sua
ocupação?”
5. Prossiga com tópicos de interesse religioso fazendo perguntas
como estas:
• “Pelo que sei, você costumava frequentar a Igreja Adven-
tista regularmente. Correto?”
• “Há quanto tempo foi isso?”
• “Como foi que você se uniu à igreja?”
6. O
 uça cuidadosamente. Faça perguntas.
• Não faça julgamentos quer individual ou a respeito da
igreja. Faça um comentário como:
• “Posso entender porque você deve se sentir assim!”
7. Depois de ouvir cuidadosamente, comente a respeito do que
o Senhor Jesus significa para você. Fale sobre Sua grande

145
misericórdia, o maravilhoso perdão que Ele oferece e Seu po-
der para mudar vidas.
8. Não critique ou demonstre estar chocado com qualquer as-
pecto do estilo de vida das pessoas. Ouça cuidadosamente.
Não tome partido em qualquer conflito pessoal que tenham
vivenciado. Simplesmente expresse seus sentimentos ou tris-
teza pela dor que passaram.
9. Convide as pessoas para um evento social, um programa no
feriado, aulas sobre saúde ou um seminário bíblico. Pergunte
se poderá visitá-las novamente.
10. Concentre-se em construir uma amizade.

Ao alcançarmos amorosamente os ex-adventistas ou adventistas


inativos, o Espírito de Deus nos usará par tocar seu coração. Muitos
serão ganhos para Cristo. Muitos retornarão. Deus tocará seu cora-
ção. Você poderá ser usado por Deus para trazê-los de volta.

QUE ALEGRIA SERÁ QUANDO ELES


VOLTAREM PARA CRISTO!

146
– APÊNDICE C

A ORAÇÃO CONVERSACIONAL

• A oração conversacional ocorre quando duas ou mais pessoas


mantêm uma conversa com Deus – é quando falam com Deus
assim como falamos uns com os outros.
• Oramos juntos a respeito de vários assuntos, por tópico. Os
participantes prosseguem orando sobre o mesmo tema até que
todos os que desejam orar sobre ele tenham a oportunidade
de fazê-lo antes de passar para outro.
• Uma pessoa inicia a oração dirigindo-se a Deus, não havendo
assim necessidade de cada pessoa dirigir-se a Deus também; e
não é preciso haver um final formal de cada um até o momento
de encerrar a reunião de oração. A pessoa que inicia a reunião
de oração geralmente a finaliza, embora possam orar várias ve-
zes antes do encerramento.
• Cada pessoa pode orar quantas vezes desejar, desde que seja sobre
o mesmo assunto. Essa maneira de orar é como se estivéssemos
conversando com um amigo. Não há necessidade de orar em cír-
culo – cada um pode orar conforme é impressionado pelo Espírito.
• Ao estarmos em oração, ouvimos e ficamos a par das orações
uns dos outros. Precisamos estar em sintonia com seus sen-
timentos e necessidades. Ao assim fazermos, continuaremos
orando sobre o mesmo assunto e reafirmando as suas orações.
Todos os que desejam reafirmar o assunto, oram sobre ele an-
tes de passar para outro tema.
• O melhor é utilizar frases simples, não mais que duas de cada
vez. Não estamos discursando para Deus ou para os outros. Es-
tamos simplesmente conversando com Ele da mesma maneira
que o fazemos uns com os outros. Façam uma oração pequena
para que outros também tenham a oportunidade de orar.
• Se há uma porção de coisas pelas quais deseja agradecer a
Deus, faça-o em várias vezes, e não tudo de uma só vez.

147
 UGESTÕES PRÁTICAS PARA TORNAR A ORAÇÃO
S
CONVERSACIONAL MAIS EFICAZ
1. Orem – Evitem gastar o tempo todo em um grupo de estudos
ou em uma lição.
• Essa é a maneira mais rápida de dar continuidade aos mo-
mentos de oração.
• O estudo de Guerreiros da Oração, ou das Escrituras, como o
livro de Atos, devem ser elementos catalisadores, estimulan-
tes da oração.
• Os momentos de oração tornam-se os mais importantes da
noite. É na oração que verdadeiramente buscamos o poder
de Deus para testemunhar.

2. Planejem uma hora para terminar


• Assim como há o momento para iniciar, deve haver tempo para
o encerramento. A reunião de oração deve durar aproximada-
mente de 45 a 50 minutos (e não mais que uma hora).

3. Mantenham-se em círculo, de maneira confortável


• Se necessário, para proporcionar mais conforto, tragam um
travesseiro. É importante que situações de desconforto não
distraiam a atenção para com o espírito de oração.
• Leva tempo para se desenvolver uma experiência por meio
da oração. Será necessário permanecer ajoelhados por al-
gum tempo para que algo aconteça.
• Orar de maneira focada, concentrada, conecta-nos ao poder
de Deus. Orações espasmódicas, sem entusiasmo, produzem
poucos resultados.

4. Fiquem próximos o suficiente para que todos possam ouvir


• É melhor manter o grupo com no máximo 20 a 25 pessoas,
senão o grupo se dispersa e os participantes não se sentem
envolvidos.
• Normalmente dividimos em grupos de 8 a 12 pessoas para
que cada uma tenha mais oportunidade de participar.

148
5. Usem frases curtas nas orações
• Não é necessário que cada participante se dirija a Deus no-
vamente ao iniciar sua oração. As orações fazem parte de um
todo. Quando a última pessoa orar, ela pode concluir a ora-
ção com um “Amém!”

6. Reafirmem cada oração feita anteriormente


• Antes de continuar com um novo pensamento, é importante
que pelo menos uma ou duas pessoas reafirmem a oração
que acabou de ser feita. Era disso que Jesus estava falando
quando disse: “Se dois dentre vós, sobre a Terra, concorda-
rem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem,
ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus” (Ma-
teus 18:19).

7. Mudem a atmosfera com hinos e cânticos


• De vez em quando, intercalem as orações com hinos.

8. Orem com ações de graças


• O agradecimento é uma boa forma de começar, pois dá a cada
um a oportunidade de agradecer a Deus até mesmo por uma
única bênção. Louvem e agradeçam pelas bênçãos que Ele
lhes concedeu. Se houver muitas bênçãos a agradecer, devem
fazê-lo em várias vezes, em vez de falar todas de uma vez.

PREPAREM-SE PARA VIVER UMA NOVA E


MARAVILHOSA EXPERIÊNCIA AO INICIAREM UMA
ORAÇÃO CONVERSACIONAL COM NOSSO SENHOR!

149
– APÊNDICE D

PESQUISA RELIGIOSA NA COMUNIDADE

Haverá contatos para pedidos de estudos bíblicos obtidos através


da pesquisa religiosa na comunidade, que não poderão ser encon-
trados de nenhuma outra maneira. A seguir, alguns itens importantes
que se deve ter em mente ao realizar as pesquisas de porta em porta.

Materiais necessários:
• Prancheta e caneta
• Formulários para a pesquisa
• Panfletos
• Revistas (como Paz na Tempestade), com cartões de inscrição
para o estudo da Bíblia

Responda a três perguntas básicas:


Quando bater à uma porta, a maioria das pessoas têm três pergun-
tas em mente. É importante responder a essas perguntas de imediato:
• Quem é você?
• Porque você está aqui?
• Quanto tempo vai ficar?

O QUE DIZER:
“Olá, meu nome é ______________________ e este é meu amigo ______________________.

Estamos fazendo uma pesquisa religiosa na comunidade, patrocinada pelo pro-

grama de televisão Está Escrito. Poderíamos tomar apenas alguns minutos do seu

tempo para responder a apenas quatro simples perguntas?”

Faça as perguntas sobre a pesquisa religiosa na comunidade.


Depois que as questões forem completadas, passe para os itens que
estão abaixo, no final da pesquisa.

150
PESQUISA RELIGIOSA NA COMUNIDADE

1. Você tem preferência por alguma igreja?


( ) Católica ( ) Presbiteriana
( ) Batista ( ) Pentecostal
( ) Igreja de Deus ( ) Metodista
( ) Luterana ( ) Judia
( ) Testemunha de Jeová ( ) Mórmon
( ) Adventista ( ) Outra

2. Você frequenta alguma igreja?


( ) Regularmente ( ) Quase nunca
( ) Ocasionalmente ( ) Nunca

3. Você acredita que se a Bíblia fosse lida e seguida, resol-


veria os problemas com crime em nossa sociedade?
( ) SIM ( ) NÃO

4. Se houvesse quatro tipos de palestras sendo realizadas


na cidade hoje à noite, qual delas mais lhe interessaria?
( ) Dinheiro / Finanças ( ) Estudos Bíblicos básicos
( ) Saúde ( ) Profecias Bíblicas

“Muito obrigado por participar da pesquisa. Como forma de agradecimento

pelo tempo que nos dispensou em responder a essas perguntas, desejamos

entregar-lhe esta revista. Dentro da revista há um cartão de inscrição para

uma série de estudos bíblicos gratuita. Você pode enviá-lo a qualquer mo-

mento que desejar. Muito obrigado, mais uma vez, e que Deus o abençoe.”

151
– APÊNDICE E

CARTÕES DE INSCRIÇÃO PARA O ESTUDO DA BÍBLIA

ACOMPANHAMENTO E ENVIO DAS LIÇÕES BÍBLICAS

Primeiramente, quando batermos à porta de uma casa, a pessoa


do outro lado deseja saber três coisas básicas:

Quem é?
O que você deseja?
Quanto tempo vai ficar.

Podemos responder a essas perguntas nos primeiros dois mi-


nutos em que estivermos à porta.

“Olá, meu nome é ______________________ e este é meu amigo______________________.

Somos do programa de televisão Está Escrito, que está patrocinando o pro-

grama de estudos bíblicos. Recentemente, recebemos seu cartão de inscrição.”

(Tenha o cartão das pessoas em mãos e mostre-os a elas.)

“Estamos contentes por você estar interessado no estudo da Bíblia. Você solici-

tou os guias de estudo e os trouxemos conosco para lhe entregar gratuitamente.

Podemos tomar apenas alguns minutos para lhe explicar como preenchê-los:”

Em menos de dois minutos, dizemos quem somos, de onde vie-


mos e porque estamos lá. Então, podemos nos dirigir à pessoa,
chamando-a pelo nome:

“Sra. __________________, no mundo em que vivemos, é comum termos uma por-

ção de perguntas sobre a nossa vida. Alguns ficam se perguntando o que aconte-

ce quando a pessoa morre ou se o mundo será destruído por uma guerra nuclear.

Outros desejam saber por que há tanto sofrimento.

152
“Descobrimos que a maioria das pessoas tem uma Bíblia, mas não sabe como estudá-la,

e muitas vezes parece confusa para elas. Estes simples estudos da Bíblia irão ajudar a

responder a algumas das principais perguntas e tornar mais fácil a compreensão da

Bíblia. Assim como muitas outras pessoas, a senhora deve estar preocupada com a onda

de crimes, uma guerra mundial ou com as catástrofes naturais que vêm acontecendo.

“A primeira lição fala sobre a veracidade da Bíblia e os princípios que ela contém

para uma mudança de vida que nos leva a viver uma vida mais alegre e feliz .

“Vamos deixar estas duas lições com a senhora, e a senhora pode preenchê-las

em seus momentos de lazer durante a semana. A senhora tem uma Bíblia em que

possa estudar ou gostaria que lhe emprestássemos esta? Depois de completar as

15 lições, nós lhe daremos esta Bíblia de presente.”

Neste ponto, é importante mostrar à pessoa como deve fazer


as lições.

Tirar a Lição Nº 1 e mostrá-la ao aluno como procurar os textos e


a reposta das perguntas. As pessoas pegarão as lições, mas quando
voltarem a segunda vez, muitas delas não conseguiram preencher
a lição. Elas só a devolverão a você. Corremos o risco de muitas
pessoas desistirem logo no começo porque não conseguiram pre-
encher as lições; o verdadeiro problema é que elas simplesmente
não sabem como fazê-lo. Nessa primeira visita, é essencial tomar
tempo para mostrar a elas como preencher as lições. E isso levará
por volta de dez minutos apenas.

Ajudar as pessoas a responderem pelo menos as três primeiras


perguntas.

“Estaria bem para a senhora se voltássemos na próxima semana, a esta mesma

hora, para verificarmos como preencheu as lições e lhe entregar mais duas delas

para ir fazendo?”

Antes de sair, perguntar à pessoa se poderiam fazer uma breve


oração e pedir que Deus a abençoe ao e também a ajude a preen-
cher a lição.

153
“Amado Senhor, obrigado pela vida da Sra. ________________, que está desejosa

de estudar a Bíblia. Ajuda-a para que, ao abrir a Tua Palavra, possa compreender

mais amplamente os Teus planos para o futuro e como a estás guiando em sua

própria vida. Por favor, Pai, abençoa a Sra. __________ e a guie sempre, amém.

“Esperamos vê-la novamente na próxima semana. Até logo.”

___________________
Nota: Há algumas pessoas que dizem: “Oh, eu esperava que as lições

viessem pelo correio.”

A essa altura, é necessário explicar porque as lições devem ser


entregues pessoalmente.

“Há algumas pessoas que acham que as lições podem vir pelo correio, mas muitas

encontram uma certa dificuldade não têm alguém que lhes explique como preen-

chê-las, assim, gostaríamos de vir pessoalmente para lhe explicar como isso é feito.”

Espere pela resposta.


Se a pessoa demonstrar uma certa resistência em irmos à sua
casa, podemos dizer:

“Entretanto, temos uma escola por correspondência para as pessoas que preferem

recebê-las por correio.”

154
– APÊNDICE E

PLANO DE MARCAÇÃO DA BÍBLIA

Algumas pessoas acham bastante útil o plano de marcação de


bíblias para ocasiões em que são chamadas para dar estudos bíbli-
cos solicitados espontaneamente ou que chegam de imprevisto. Os
textos podem ser facilmente encontrados quando a Bíblia é mar-
cada através do Plano de Marcação da Bíblia. O sistema é simples
e fácil de seguir. Esse plano também ajuda a responder perguntas
mesmo quando não há nenhuma lição à mão.

Como utilizar o Plano de Marcação de Bíblias


1. Escreva o título de cada estudo na contracapa da Bíblia com o
primeiro texto ao lado do título.
2. Encontre esse texto na Bíblia e coloque a segunda referência
no final da passagem. Continue o mesmo processo com cada
texto que se segue no estudo até que o estudo seja completado.
3. Cada texto vai lhe indicar onde está o próximo. Ajuda bastante
também circular os números dos textos usados para que possa
ver imediatamente o capítulo e o verso.
4. Há um código com uma letra-chave que identifica o tema de
cada estudo e que aparece antes do número do texto. Por
exemplo: 2-B quer dizer Segundo texto no estudo sobre a Bí-
blia. 3-VC indica o terceiro texto no estudo da Segunda Vinda
de Cristo.

. . .

155

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