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Edição: 16, 1° trimestre de 2024

O Corpo de Cristo
Origem e Vocação da Igreja

Subsídios Bíblicos
para a Escola
Dominical
Revista Cristão Alerta | Página |1

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👉Edição: 16, 1° trimestre de 2024

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Revista Cristão Alerta | Página |2

Lições Bíblicas - 1° trimestre de 2024

Comentarista CPAD: Pr. José


Gonçalves

Subsídios Bíblicos EBD


1° trimestre de 2024

Jair Alves é Evangelista da


Assembleia de Deus,
ministério do Belém, SP. É
Graduado em Teologia,
professor e Fundador da
Escola Teológica ECB,
Editor chefe da Revista
Digital Cristão Alerta, revista
especializada em subsídios
para a Escola Dominical –
Classe Adultos – CPAD.

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Palavra do Editor
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usados como uma fonte adicional de
pesquisas e consultas para ajudar no
aprofundamento dos temas das Lições
Dominicais.

Boa leitura
Jair Alves – Editor Geral
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Sumário
Subsídio 1: A Origem da Igreja ................................................................... 5

Subsídio 2: Imagens bíblicas da igreja ...................................................... 22

Subsídio 3: A natureza da igreja ............................................................... 33

Subsídio 4: A Igreja e o Reino de Deus ..................................................... 47

Subsídio 5: A Missão da Igreja de Cristo .................................................. 58

Subsídio 6: Igreja - Organismo e Organização ......................................... 69

Subsídio 7: O Ministério da Igreja ............................................................ 84

Subsídio 8: A Disciplina na Igreja ............................................................ 105

Subsídio 9: O Batismo - A Primeira Ordenança da Igreja ....................... 117

Subsídio 10: A Ceia do Senhor - A Segunda Ordenança da Igreja .......... 131

Subsídio 11: O Culto da Igreja Cristã ...................................................... 144

Subsídio 12: O Papel da Pregação no Culto............................................ 158

Subsídio 13: O Poder de Deus na Missão da Igreja ................................ 172

Prezado(a) leitor(a), informamos que os


Artigos Bíblicos-Teológicos, elaborados
para aprofundar temas abordados na
Revista Cristão Alerta, encontram-se
disponíveis para todos os nossos leitores.
Para acessá-los, visite
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Subsídio 1: A Origem da Igreja

VERSÍCULO CHAVE:
E disse-lhes Pedro:
Arrependei-vos, e
LEITURA cada um de vós seja
BÍBLICA: batizado em nome de
Jesus Cristo para
Atos 2.1,2; 37,38 perdão dos pecados, e
recebereis o dom do
Espírito Santo. (At
2.38)

Pensamento Cristão
A Igreja é uma comunidade de pessoas que
foram salvas por Jesus Cristo. Ela é mais do
que um edifício ou um grupo de pessoas; é
um corpo vivo, dirigido pelo Espírito Santo.

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INTRODUÇÃO
A Igreja é uma comunidade de pessoas que
creem em Jesus Cristo como seu Salvador.
Ela tem suas raízes no Antigo Testamento,
quando Deus escolheu o povo de Israel para
ser seu povo especial. No Novo Testamento,
Jesus Cristo fundou a Igreja e enviou o
Espírito Santo para guiá-la e capacitá-la.

I. O POVO DE DEUS NO ANTIGO E


NOVO TESTAMENTO
Ao percorrermos a história do povo de Deus
ao longo da Bíblia, somos transportados para
uma narrativa divinamente inspirada que se
desenrola em duas fases distintas: o Antigo
Testamento, onde Israel é chamado para ser
a nação eleita, e o Novo Testamento, onde a
Igreja de Cristo se revela como o povo de
Deus redimido.

1. Contextualização Histórica
Antes de nos aprofundarmos nas definições,
é imperativo entendermos o contexto
histórico e teológico que moldou a identidade
do povo de Deus. No Antigo Testamento,
testemunhamos a jornada épica de Israel
desde sua libertação do Egito (Êxodo 1-15)
até a estabeleção na Terra Prometida
(Deuteronômio 27-30). Nesta jornada, Deus
se revelou a Israel como seu único e
verdadeiro Deus, e Israel foi chamado a ser

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um povo santo e separado para ele (Êxodo


19:5-6).

No Novo Testamento, a Igreja emerge em


meio às promessas cumpridas de Deus a
Israel (Mateus 1:21-23; Atos 2:1-4). A Igreja é
o povo de Deus redimido pelo sangue de
Cristo (Efésios 1:7-10), e é chamada a ser um
corpo de Cristo, a testemunhar o evangelho e
a fazer discípulos de todas as nações (Mateus
28:18-20).

2. Conexões Teológicas
As promessas feitas a Israel encontram seu
cumprimento na Igreja, destacando a
continuidade do plano divino. Mateus 5:17
nos lembra que Cristo veio não para abolir,
mas para cumprir a lei.

Essa afirmação transcendental de Cristo não


apenas estabelece uma ligação inegável entre
os dois períodos testamentários, mas
também revela a natureza progressiva e
cumpridora da obra redentora de Deus.

A Lei do Antigo Testamento, longe de ser


descartada, encontra sua realização
completa na obra de Cristo. Ele não aboliu a
Lei, mas a consumou, preenchendo-a com
significado pleno e tornando-a eficaz para a
salvação. A Igreja, portanto, não surge como
uma entidade separada ou contraditória ao
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plano original de Deus, mas como a


continuação e consumação da história da
redenção.

As promessas feitas aos patriarcas e à nação


de Israel ecoam nos corredores da história,
atingindo seu ápice na vinda, morte e
ressurreição de Cristo. Assim, a Igreja,
composta por judeus e gentios, torna-se
herdeira das promessas, participante da
aliança e coerdeira da graça redentora.

3. Definição Etimológica da Igreja


Ao analisarmos a palavra "Igreja",
mergulhamos na riqueza da palavra grega
"ekklesia".

A palavra ekklesia é composta de duas


partes:
ek, que significa "para fora"
kaleo, que significa "chamar"

Portanto, ekklesia pode ser traduzida como


"aqueles que são chamados para fora".
Ekklesia vai além de uma reunião de pessoas
aos domingos; é uma chamada para
vivermos algo maior, algo que transforma
nossa maneira de enxergar o mundo.

Quando entendemos isso, percebemos que a


Igreja não é apenas uma construção de
tijolos, mas uma comunidade de pessoas
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que, juntas, buscam um propósito que vai


além do cotidiano. O "propósito que vai além
do cotidiano" refere-se à busca coletiva da
Igreja em viver de acordo com os princípios e
ensinamentos divinos, visando a expansão
do Reino de Deus.

DOSE DE CONHECIMENTO
Propósitos do Cotidiano x Propósito que
Vai Além do Cotidiano
1. Propósitos do Cotidiano dos Cristãos

(A) Oração Diária (Filipenses 4:6-7): Buscar


a comunhão constante com Deus por meio
da oração, compartilhando preocupações,
gratidão e buscando orientação.

B) Estudo da Palavra (2 Timóteo 3:16-17):


Comprometer-se diariamente a estudar e
meditar nas Escrituras para crescer no
conhecimento e na compreensão da vontade
de Deus.

C) Amor e Serviço Prático (Gálatas 5:13):


Demonstração diária de amor ao próximo
através de ações concretas de serviço e apoio,
espelhando o amor de Cristo.

D) Testemunho no Trabalho (Colossenses


3:23-24): Exercer as responsabilidades
diárias no trabalho com integridade e

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excelência, sendo um testemunho vivo da fé


em Cristo.

2. Propósito que Vai Além do Cotidiano

A) Evangelização e Discipulado (Mateus


28:19-20): Engajar-se ativamente na
propagação do evangelho e no discipulado,
compartilhando a mensagem de salvação e
fazendo discípulos de Cristo.

B) Contribuição para a Justiça Social


(Tiago 1:27): Participar de iniciativas que
promovam a justiça social, cuidando dos
necessitados e agindo contra injustiças,
refletindo o coração compassivo de Deus.

C) Participação na Comunidade Cristã


(Hebreus 10:24-25): Comprometer-se além
das reuniões regulares, sendo ativo na
comunidade cristã, apoiando e encorajando
os irmãos na jornada da fé.

4. Definições Bíblicas da Igreja no Novo


Testamento

A) Mateus 16:18 - Igreja como


Comunidade Edificada sobre a Confissão
de Cristo
Em Mateus 16:18, Jesus utiliza o termo
"ekklesia" ao dizer a Pedro: "Tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja."
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Aqui, "igreja" refere-se não apenas a uma


congregação física, mas a uma comunidade
espiritual edificada sobre a confissão de
Cristo como a pedra angular.

B) Efésios 1:22-23 - Igreja como o Corpo


de Cristo
Efésios 1:22-23 destaca a Igreja como o
corpo de Cristo. A metáfora do corpo ilustra a
interconexão vital dos crentes, cada um
desempenhando um papel único. Isso
enfatiza que a Igreja não é apenas uma
instituição, mas uma comunidade viva,
manifestando a presença contínua de Cristo
na Terra.

5. Aplicação Prática
Como parte do povo de Deus, somos
chamados a viver de acordo com nossa
identidade, refletindo a santidade e o amor
de Cristo em nossas vidas diárias.

Isso significa que devemos nos esforçar para


viver em pureza e santidade, conforme as
Escrituras nos ensinam. Também devemos
demonstrar amor e compaixão uns pelos
outros, assim como Cristo nos amou.
Algumas maneiras específicas de aplicar
essa verdade em nossas vidas diárias:

✓ Ler e Estudar a Bíblia:


Referência Bíblica: 2 Timóteo 3:16-17
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Aplicação: A Bíblia é a Palavra de Deus


e, ao estudá-la regularmente, nos equipamos
para compreender a verdade e viver de
acordo com os princípios divinos.

✓ Orar Regularmente:
Referência Bíblica: Filipenses 4:6-7
Aplicação: A oração é uma forma de
comunicação com Deus. Ao orarmos
regularmente, experimentamos a paz de
Deus que transcende toda compreensão,
fortalecendo nossa vida espiritual.

✓ Participar de uma Igreja Local:


Referência Bíblica: Hebreus 10:24-25
Aplicação: A igreja local é um lugar de
comunhão e encorajamento mútuo. Ao
participarmos ativamente, fortalecemos
nossos laços com a comunidade cristã e
recebemos encorajamento para perseverar na
fé.
✓ Servir aos Outros:
Referência Bíblica: Gálatas 5:13
Aplicação: O serviço é uma expressão
prática do amor cristão. Ao servirmos uns
aos outros, manifestamos o amor de Cristo e
contribuímos para o bem-estar da
comunidade.

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II. A IGREJA: SUA ORIGEM DIVINA E


ETERNA
1. Quem é o dono da Igreja? (Mt 16.18)
A Igreja não é uma entidade sem direção,
mas uma comunidade com um Fundador
claro. Jesus, ao afirmar a Pedro em Mateus
16:18, estabelece que Ele é o verdadeiro dono
da Igreja. Aqui, "sobre esta pedra edificarei a
minha igreja" revela a autoridade exclusiva
de Cristo na construção e liderança da
comunidade dos crentes.

2. Origem Divina e Eterna.


A Igreja é uma realidade histórica, pois foi
fundada em um evento específico, o
Pentecostes. No entanto, ela também é uma
realidade eterna, pois é um projeto divino
desde antes da fundação do mundo. A Igreja
é um mistério, pois é ao mesmo tempo
humana e divina.

Efésios 1:4 destaca que a eleição da Igreja


em Cristo ocorreu antes da fundação do
mundo, revelando a profundidade do projeto
divino.

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3. Origem Histórica com Base em Atos dos


Apóstolos
A Igreja Cristã começou quando Jesus
chamou seus primeiros seguidores. Mas a
história da Igreja começou mesmo no dia de
Pentecostes, que foi 50 dias depois da
ressurreição de Jesus. Naquele dia, os
discípulos de Jesus receberam o Espírito
Santo e começaram a pregar a mensagem de
Jesus para o mundo. Este evento crucial é
narrado em Atos dos Apóstolos, capítulo 2.

A passagem de Atos 2:41-47 descreve como a


Igreja começou no dia de Pentecostes. Em
resposta à pregação de Pedro, cerca de três
mil pessoas foram batizadas e se juntaram à
Igreja. Isso mostra que a Igreja é uma
comunidade histórica que tem suas raízes no
evento do Pentecostes.

4. Fatos sobre a Origem da Igreja


✓ A Igreja tem sua origem divina e
eterna. Deus planejou a Igreja desde
antes da fundação do mundo (Efésios
1:4).
✓ A Igreja foi fundada por Jesus Cristo.
Ele deu à Igreja a missão de proclamar o
evangelho ao mundo (Mateus 28:18-20).

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✓ A Igreja tem suas raízes no Antigo


Testamento. A comunidade de Israel foi
um precursor da Igreja, pois foi
escolhida por Deus para ser seu povo
especial (Êxodo 19:5-6).
✓ A Igreja é uma realidade histórica e
eterna. Ela foi fundada em um evento
específico, o Pentecostes, mas também é
um projeto divino que continuará
existindo para sempre.
✓ A Igreja é uma comunidade de pessoas
salvas pelo sangue de Cristo. Todos os
que creem em Jesus Cristo são
membros da Igreja (Romanos 8:29).

AUXÍLIO TEOLÓGICO
Podemos concluir que a Igreja deve ser
vista como tendo três origens
✓ Jesus Cristo, o seu Fundador e Dono
(Mt 16.18): A afirmação de Jesus a
Pedro em Mateus 16:18 estabelece que
Ele é o verdadeiro Fundador e Dono da
Igreja
✓ Deus, que planejou a Igreja desde
antes da fundação do mundo (Efésios
1:4): A origem divina da Igreja tem suas
raízes nos planos de Deus antes da
fundação do mundo.

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✓ O Pentecostes, que marcou o início da


Igreja como uma comunidade
histórica (Atos 2): O evento do
Pentecostes, narrado em Atos dos
Apóstolos, capítulo 2, marca o início
histórico da Igreja como uma
comunidade visível.
Essas três origens estão interligadas e se
complementam. Jesus é o Fundador da
Igreja, mas ele é também um projeto de
Deus. E o Pentecostes foi o evento histórico
que marcou o início da Igreja como uma
comunidade visível e organizada.

Podemos dizer que a Igreja é uma realidade


complexa e multidimensional. Ela é uma
comunidade humana, mas também é uma
comunidade divina. Ela é uma comunidade
histórica, mas também é uma comunidade
eterna.

III. A COMUNIDADE DOS SALVOS EM


CRISTO
A Igreja, como comunidade dos salvos em
Cristo, é moldada pela regeneração através
do precioso sangue de Jesus e selada pelo
Espírito Santo. Vamos explorar mais
profundamente esses aspectos
fundamentais.
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1. O Sangue que Regenerou a Igreja (Atos


20:28; 1 Pedro 1:18,19)
A regeneração da Igreja não é apenas um
conceito teológico, mas uma realidade vivida
pelo poder redentor do sangue de Cristo. Em
Atos 20:28, Paulo lembra os anciãos de Éfeso
que a Igreja foi adquirida pelo próprio sangue
de Deus.

Pedro, em sua epístola, destaca a preciosa


natureza desse sangue redentor que nos
resgata da futilidade de nossas antigas
maneiras de viver.

2. O conceito teológico e bíblico de


regeneração
A regeneração é a transformação espiritual
que ocorre na vida de uma pessoa quando
ela é salva por Jesus Cristo. É um ato de
Deus, pelo qual ele dá vida espiritual a uma
pessoa morta em seus pecados.

A regeneração é descrita na Bíblia como um


novo nascimento (João 3:3-8), uma mudança
de coração (Ezequiel 36:26-27) e uma nova
criação (2 Coríntios 5:17). Ela é um processo
sobrenatural que é realizado pelo Espírito
Santo.

A regeneração tem várias implicações


importantes para a vida do cristão. Ela
capacita o cristão a crer em Jesus Cristo
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(João 1:12-13) e a viver uma vida santa


(Romanos 8:1-4). Também dá ao cristão a
certeza da salvação (1 João 5:13).

3. A Profissão de Fé da Igreja de Cristo


A Profissão de Fé é uma declaração de
crenças que é feita por todos os membros da
igreja ao ingressarem na mesma. Esta
declaração é baseada na Bíblia e expressa as
principais verdades do cristianismo.

A profissão de fé é uma resposta visível à


regeneração interna. Em Romanos 10:9,
Paulo enfatiza a importância de confessar
com a boca a fé em Jesus. Essa confissão
pública não apenas testifica a mudança
interior, mas também solidifica a identidade
do crente como parte da comunidade dos
salvos.

Exemplo de uma Profissão de Fé composta


de cinco artigos:
1. A Bíblia é a Palavra de Deus
Referência: 2 Timóteo 3:16
2. Há um só Deus
Referência: Deuteronômio 6:4
3. Jesus Cristo é o Filho de Deus
Referência: Mateus 16:16
4. O Espírito Santo é o Consolador
Referência: João 14:16-17

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5. A salvação é pela graça através da fé


Referência: Efésios 2:8-9

4. A Igreja selada com o Espírito Santo


Teologicamente, o selo do Espírito Santo é
uma ação de Deus que marca os crentes
como sua propriedade (Efésios 1:13-14). É
um ato de garantia, assegurando a salvação
dos crentes e sua herança no reino de Deus.

A palavra "selo" tem vários significados na


Bíblia. No contexto da selagem do Espírito
Santo, ela pode ser entendida como:

A) Uma marca de propriedade


Referência: Efésios 1:13-14
O selo do Espírito Santo marca os crentes
como propriedade de Deus, indicando que
pertencem a Ele, recebem Seu amor e
proteção.

B) Uma garantia
Referência: 2 Coríntios 1:22
O selo do Espírito Santo é uma garantia da
salvação dos crentes, assegurando que serão
preservados para o dia do juízo final.

C) Um penhor
Referência: Efésios 4:30

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O selo do Espírito Santo é um penhor da


herança dos crentes, garantindo que
receberão plenamente sua herança no reino
de Deus. Em Efésios 4:30, "um penhor"
destaca a certeza e a segurança da herança
eterna dos crentes, fornecendo confiança e
esperança na obra contínua de Deus em
suas vidas.

O selo do Espírito Santo ocorre no momento


da salvação, quando alguém crê em Jesus
Cristo, recebendo o Espírito Santo como
presente de Deus. O Espírito Santo sela a
pessoa como propriedade de Deus,
assegurando sua salvação e prometendo a
plenitude da herança no reino divino.

D) Exemplos de como o Espírito Santo


pode ser visto como um penhor

✓ O Espírito Santo dá aos crentes a


certeza da salvação. Ele convence os
crentes de que eles são amados por
Deus e que serão salvos no dia do juízo
final.
✓ O Espírito Santo capacita os crentes a
viver uma vida santa. Ele ajuda os
crentes a vencer o pecado e a viver de
acordo com a vontade de Deus.

✓ O Espírito Santo dá aos crentes uma


esperança do futuro. Ele lhes dá uma
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amostra daquilo que eles


experimentarão na eternidade.

CONCLUSÃO
A Igreja não é apenas uma instituição
terrena; é uma comunidade celestial,
concebida no coração de Deus antes mesmo
da fundação do mundo. Efésios 1:4 destaca
que fomos escolhidos nele antes da fundação
do mundo, destinados a ser santos e
irrepreensíveis em seu amor. A Igreja não é
apenas uma congregação casual; é a
realização de um projeto divino, revelando o
amor e propósito de Deus para a
humanidade.

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Subsídio 2: Imagens bíblicas da


igreja

VERSÍCULO CHAVE:
Vocês, porém, são
geração eleita,
sacerdócio real, nação
LEITURA santa, povo de
BÍBLICA: propriedade exclusiva
Efésios 5.25-32; 1 de Deus, a fim de
Pedro 2.9,10 proclamar as virtudes
daquele que os chamou
das trevas para a sua
maravilhosa luz
(1Pedro 2:9 NAA).

Pensamento Cristão
A Igreja é o corpo de Cristo, a noiva do Cordeiro,
o templo do Espírito Santo. Essas imagens nos
mostram que a Igreja é uma comunidade de
pessoas unidas a Cristo por meio da fé. Ela é
chamada a viver em amor, unidade e serviço ao
mundo.

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I - IMAGENS QUE DESCREVEM UM


RELACIONAMENTO DE CRISTO COM
A IGREJA

1. A Noiva de Cristo: Um Relacionamento


de Intimidade

A) Vínculo de Amor e Expectativa


A figura da "Noiva de Cristo" enfatiza a união
profunda e o vínculo de amor entre a igreja e
Cristo. Ela está em processo de preparação
para as bodas do Cordeiro, como mencionado
em Apocalipse 19:7-9. Essa imagem destaca
a jornada da igreja, aguardando com
expectativa a consumação final da união nos
céus.

B) Preparação e Espera
Esta imagem não apenas enfatiza o
relacionamento, mas também a preparação
da igreja para o retorno de Cristo. Assim
como uma noiva se prepara para o
casamento, a igreja é chamada a viver em
santidade e expectativa. Mateus 25:1-13
destaca a parábola das virgens prudentes e
insensatas, ressaltando a importância da
preparação.

2. A Esposa de Cristo: Uma União


Consumada

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As figuras da "Noiva de Cristo (2 Coríntios


11:2) e "Esposa de Cristo ( Efésios 5:25-27;
Apocalipse 19:7-9) "são ambas metáforas que
descrevem a relação da igreja com Cristo,
mas elas destacam aspectos distintos dessa
relação.

A) Fruto da Aliança
A transição da noiva para a esposa simboliza
a consumação da união. A igreja, como
esposa de Cristo, experimenta a plenitude da
aliança, vivendo em total comunhão com o
Noivo.

B) Parceria e Cooperação
Ao descrever a igreja como esposa, enfatiza-
se a parceria e cooperação. A esposa não
apenas compartilha a vida com o esposo,
mas também colabora ativamente no
propósito divino.

C) Permanência na União
A metáfora da esposa representa a união
indissolúvel entre a Igreja e Cristo. Isso
reflete a promessa de Cristo de estar sempre
presente com a Igreja, até o fim dos tempos
(Mateus 28:20).

3. Rebanho de Deus: Uma Relação Pastor-


Ovelha (Atos 20:28)
A imagem do rebanho ressalta o cuidado e a
direção que Cristo, o Pastor, proporciona à
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Sua igreja. João 10:11 destaca que Cristo é o


Bom Pastor que dá a Sua vida pelas ovelhas,
demonstrando amor e proteção.

A) Guia e Cuidado
A imagem do rebanho destaca o
relacionamento pastor-ovelha, onde Cristo é
o Bom Pastor que guia e cuida do Seu
rebanho. Essa relação ressalta o cuidado
amoroso e a liderança sábia de Cristo.

B) Comunhão entre as Ovelhas


Além de descrever a função, a metáfora do
rebanho destaca a comunhão entre as
ovelhas. O chamado pelo nome, mencionado
em João 10:3, ilustra a proximidade e o
conhecimento pessoal.

C) Segurança na Sombra do Pastor


A relação pastor-ovelha proporciona uma
sensação de segurança. Como mencionado
no Salmo 23, as ovelhas encontram repouso
na sombra do Pastor, simbolizando proteção
e descanso.

DOSE DE CONHECIMENTO
A Noiva Pura: Uma Expressão de Castidade
e Fidelidade na Igreja

Em 2 Coríntios 11:2 - A palavra grega


"parthenos" significa "virgem pura", mas seu

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significado vai além da ausência de


experiência sexual. Ela evoca a pureza
intrínseca de uma jovem que ainda não se
casou.

1. Castidade Inabalável
• A escolha da palavra "parthenos" não
apenas destaca a virgindade física, mas
ressalta a castidade inabalável da igreja.
Essa pureza vai além do aspecto físico,
alcançando a integridade moral e espiritual.
A igreja é chamada a preservar sua pureza
não apenas em ações, mas também em
pensamentos e intenções (Filipenses 4:8).

• Referência Bíblica: O apóstolo Paulo, ao


utilizar a palavra "parthenos," está alinhando
a igreja a um padrão divino de santidade,
como visto em 1 Tessalonicenses 4:3-5, onde
a vontade de Deus é a santificação e a
abstenção de impureza sexual.

2. Pureza como Testemunho


• A virgindade da igreja não é apenas uma
condição, mas um testemunho perante o
mundo. Assim como uma noiva guarda-se
para o seu noivo, a igreja, ao manter sua
pureza espiritual, testifica a sua fidelidade a
Cristo. Essa fidelidade reflete a exclusividade
do relacionamento entre a igreja e seu
Senhor.

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• Referência Bíblica: A relação entre Cristo


e a igreja é equiparada ao matrimônio em
Efésios 5:25-27, onde a pureza da noiva é
essencial para a apresentação gloriosa diante
de Cristo.

3. Fidelidade como Aliança


A palavra "parthenos" sugere não apenas a
ausência de experiência nupcial, mas uma
preparação ativa e uma dedicação exclusiva
ao noivo, que é Cristo.

II - IMAGENS QUE DESCREVEM


FUNÇÃO

1. O Corpo de Cristo
A) Relacionamento Vivo
A imagem do Corpo de Cristo destaca a
interconexão e interdependência dos
membros, ressaltando que cada cristão
desempenha um papel vital na comunhão.

Como em 1 Coríntios 12:12, onde Paulo


compara a igreja a um corpo, mostrando que,
assim como o corpo possui muitas partes, a
igreja é formada por diversos membros, cada
um com sua função única.

B) O Propósito Coletivo
Além de ilustrar o relacionamento, essa
imagem realça o propósito coletivo da igreja.
Assim como um corpo trabalha em unidade
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para alcançar seus objetivos, a igreja é


chamada a buscar o Reino de Deus juntos.

Efésios 4:16 destaca a cooperação dos


membros para o crescimento e edificação
mútuos.

C) Vivendo em Unidade
A ênfase na diversidade e na unidade
enfatiza que, apesar das diferenças
individuais, todos são parte do mesmo corpo.
Romanos 12:5 destaca que, embora sejamos
muitos, formamos um só corpo em Cristo, e
cada um é membro dos outros.

2. O Sacerdócio Real - Uma Função de


Mediação e Serviço
A imagem do sacerdócio real destaca a
função de mediação e serviço que todos os
crentes têm. Cada um pode se aproximar de
Deus e servir como mediador em favor dos
outros (1 Pedro 2:9-10; Apocalipse 1:6).

A imagem do sacerdócio real é uma metáfora


bíblica que descreve a relação entre Deus e
os crentes. Ela é baseada no conceito de que
todos os crentes são chamados a serem
sacerdotes, ou seja, pessoas que intercedem
por outros e servem a Deus.

Neste texto (1 Pedro 2:9-10), Pedro afirma


que os crentes são um "sacerdócio real", ou
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seja, um povo que tem o privilégio de se


aproximar de Deus e de servi-lo. Ele também
afirma que os crentes são uma "nação
santa", ou seja, um povo separado para Deus
para servi-lo.

Como sacerdotes reais, somos chamados a


seguir o exemplo de Jesus e servir a Deus e
aos outros. Isso inclui:
✓ Adorar a Deus e interceder por outros
em oração.
✓ Viver uma vida santa e justa.
✓ Testemunhar de Jesus Cristo ao
mundo.

3. A Geração Eleita - Uma Função de


Testemunho e Representação (1Pedro 2:9)
A imagem da geração eleita é uma metáfora
que destaca a importância da Igreja no
mundo. Ela é usada pelo apóstolo Pedro em
sua primeira carta para os cristãos dispersos
pelo Império Romano.

No contexto da carta, Pedro está escrevendo


para encorajar os cristãos a viver uma vida
santa e a testemunhar o evangelho. Ele usa a
imagem da geração eleita para enfatizar que
os cristãos são um povo especial, chamado
por Deus para uma missão específica.

A palavra "eleita" significa "escolha" ou


"preferência". No contexto bíblico, ela é usada
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para descrever aqueles que foram escolhidos


por Deus para uma missão especial. No caso
da Igreja, esse propósito é ser uma luz no
mundo e proclamar as virtudes de Deus.

O texto de 1 Pedro 2:9 afirma que os cristãos


são uma geração eleita "para proclamar as
virtudes daquele que os chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz".
Essa passagem destaca dois aspectos
importantes da função de testemunho e
representação da Igreja:

➢ A Igreja é chamada a proclamar as


virtudes de Deus. Isso significa que os
cristãos devem compartilhar o amor, a
graça e a justiça de Deus com o mundo.
➢ A Igreja é chamada a ser uma luz no
mundo. Isso significa que os cristãos
devem viver uma vida que reflete a luz
de Cristo, o que inclui amar os outros,
perdoar os inimigos e fazer o bem.

III - IMAGENS QUE DESCREVEM


HABITAÇÃO
Analisaremos três imagens (metáforas)
revelando a igreja como o santuário de Deus,
a casa divina na terra e um edifício em
constante construção espiritual.

1. Santuário de Deus: O Lugar Sagrado da


Sua Presença

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Explicação Referência Reflexão


A imagem do Ao reconhecermos a
santuário destaca igreja como o
a ideia de que a 1 Coríntios santuário de Deus,
igreja é o lugar 3:16-17 somos desafiados a
sagrado onde a viver em santidade,
presença de Deus conscientes de que
habita. Cada estamos
crente contribui participando na
para a santidade construção desse
desse espaço lugar especial onde
espiritual. Deus escolheu
habitar.

2. Casa de Deus: O Lar Divino na Terra

Explicação Referência Reflexão


A metáfora da Considerar a igreja
casa de Deus Efésios como a casa de Deus
ressalta que a 2:19-22; nos lembra da
igreja é o lar 1 Timóteo importância do
divino na terra, 3:15. pertencimento e da
onde Deus comunhão. Cada
habita e Sua membro é uma parte
família espiritual vital da família divina,
se reúne para contribuindo para a
adorar e crescer beleza e vitalidade
na fé. desse lar espiritual.

3. O Edifício de Deus: Uma Estrutura Viva


e Dinâmica

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A imagem do edifício de Deus


destaca a igreja como uma
Explicação estrutura viva e dinâmica, em
constante construção espiritual.
Cada crente é uma parte essencial
dessa edificação.

Referência 1 Pedro 2:5; Efésios 2:20-22.


A metáfora do edifício nos convida a
refletir sobre a nossa contribuição
Reflexão para o crescimento da igreja. Somos
pedras vivas, moldadas por Deus,
participando ativamente na
construção do Seu projeto divino.
A imagem do edifício de Deus destaca a
construção contínua da igreja, com cada
crente sendo uma "pedra viva." 1 Pedro 2:5
ressalta que somos edificados para sermos
casa espiritual, sacerdócio santo. Além da
função, essa imagem destaca a importância
do fundamento sólido. Em Efésios 2:20,
Paulo compara a igreja a um edifício
edificado sobre o fundamento dos apóstolos e
profetas, com Cristo como a pedra angular.

CONCLUSÃO
Essas imagens nos ajudam a entender a rica
e complexa relação entre Cristo e a Igreja.
Elas nos lembram da importância da Igreja
para o plano de Deus e da nossa
responsabilidade de servir a Cristo como
membros da Igreja.
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Subsídio 3: A natureza da igreja

VERSÍCULO CHAVE:
Porque, assim como o
LEITURA corpo é um e tem
BÍBLICA: muitos membros, e
todos os membros,
1 Coríntios 12.12- mesmo sendo muitos,
constituem um só
27
corpo, assim também é
com respeito a Cristo
(1Coríntio 12:12 - NAA)

Pensamento Cristão
A Igreja é um corpo, com muitos membros,
cada um com seu papel e função. Todos os
membros são importantes e necessários
para a saúde do corpo.

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INTRODUÇÃO
Na lição em questão, analisaremos a essência
de uma igreja genuinamente cristã,
destacando três aspectos fundamentais que
a caracterizam. Primeiramente, a
autenticidade da igreja se revela em sua
natureza confessional, ou seja, ela se
fundamenta integralmente na Palavra de
Deus.

Além disso, a igreja genuinamente cristã


possui uma dimensão tanto local quanto
universal. Ela existe de forma visível,
representada por suas congregações
espalhadas pelo mundo, mas também de
maneira invisível, conectando crentes através
da comunhão espiritual que transcende
fronteiras geográficas. Essa dualidade reflete
a amplitude da obra de Deus, que opera em
cada coração individual e, ao mesmo tempo,
une a igreja como um corpo global.

Por fim, a unidade é um pilar inabalável da


igreja cristã autêntica. Ela não se permite ser
dividida, pois reconhece que a verdadeira
Igreja é uma expressão da unidade em
Cristo. Essa unidade não implica
uniformidade absoluta, mas sim a coesão
amorosa entre seus membros, respeitando a
diversidade de dons, talentos e perspectivas,
mas mantendo o foco central em Cristo.

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I – A NATUREZA CONFESSIONAL
DA IGREJA
A natureza confessional da igreja se refere à
sua identidade baseada em crenças
fundamentais. Pode ser comparada a um
"conjunto de princípios" que guiam o que a
igreja acredita e pratica. Vamos.

➢ Fundamento em Cristo, a Palavra


Encarnada
• O que é: A base central da fé, afirmando
que Jesus é a Palavra Viva de Deus.

• Por que é importante: Isso define a


identidade da igreja, estabelecendo Jesus
como o alicerce inabalável.

1. Fundamentação nas Escrituras


Sagradas, a Palavra Inspirada
• O que é: A convicção de que a Bíblia é a
Palavra de Deus, inspirada e autoritativa.

• Por que é importante: Fornece uma base


sólida para as crenças e práticas,
assegurando a fidelidade às Escrituras.

2. O Papel Transformador do Espírito


Santo na Igreja
• O que é: Reconhecer o Espírito Santo como
a força motriz que transforma vidas e
capacita a igreja.

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• Por que é importante: Destaca a


dependência da igreja na obra
transformadora da Pessoal do Espírito Santo,
vital para sua missão.

3. Fundamento em Cristo, a Palavra


Encarnada
A) Cristo como a Palavra Viva:
Na essência da fé cristã, encontramos o
alicerce sólido e inabalável: Cristo, a Palavra
Encarnada. João 1.1 nos lembra que, desde
o início, existia a Palavra, e essa Palavra
tornou-se carne em Jesus (João 1.14). Aqui,
Jesus é mais do que um mestre ou líder; Ele
é a própria expressão viva e tangível do
divino, o alicerce imutável da verdadeira
igreja.

B) Cristo, Fundamento da Igreja


Em Efésios 2.20, somos convidados a
visualizar a construção da igreja sobre um
alicerce sólido, formado pelos apóstolos e
profetas, com Cristo Jesus como a pedra
angular. Esta imagem revela que a
verdadeira igreja encontra seu propósito e
coesão em torno de Jesus Cristo. Ele não é
apenas uma parte, mas a peça central que
dá significado a todo o edifício espiritual.

C) Centrada em Jesus
Uma igreja bíblica é, portanto, centrada em
Jesus (João 14:6). Ele não é apenas uma
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figura inspiradora, mas a essência pulsante


de cada prática e crença ( Colossenses 1:17).
Sua presença viva e ativa permeia cada
aspecto da vida da igreja, desde o culto até o
serviço comunitário (Mateus 28:20) . É Ele
que dá sentido à adoração, direção às
decisões e propósito à missão da igreja.

4. Fundamentação nas Escrituras


Sagradas, a Palavra Inspirada
A) Escrituras como Fonte de Autoridade
A autenticidade da igreja bíblica reside na
aceitação das Escrituras como a Palavra
Inspirada de Deus. 2 Timóteo 3.15 destaca
que desde a infância, as Sagradas Escrituras
têm o poder de proporcionar sabedoria que
leva à salvação.
B) Perigo do Distanciamento da Palavra
O desvio doutrinário e a apostasia ameaçam
a igreja quando há distanciamento da
Palavra de Deus. Manter uma base sólida
nas Escrituras é essencial para preservar a
verdade e evitar influências prejudiciais (2
Timóteo 4.3-4).

C) Consequências do Abandono da Palavra


A heterodoxia (1), o desvio doutrinário, e a
apostasia são frutos do abandono da Palavra
1
A palavra "heterodoxia" refere-se à adoção de crenças ou doutrinas que se desviam
ou são contrárias às normas ou ensinamentos aceitos dentro de uma determinada
tradição religiosa. Dentro do cristianismo, a heterodoxia pode incluir interpretações
alternativas da Escritura, doutrinas que contradizem ensinamentos fundamentais ou
crenças que não estão em conformidade com as declarações de fé estabelecidas.

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de Deus. A igreja bíblica, portanto, mantém-


se firme na verdade revelada nas Escrituras
para garantir sua fidelidade ao propósito
divino.

5. O Papel Transformador do Espírito


Santo na Igreja
A) O Espírito Santo como Força Motriz
A verdadeira igreja não apenas se
fundamenta em Cristo e nas Escrituras, mas
é impulsionada pela força motriz do Espírito
Santo. Ele não é apenas uma presença, mas
a força transformadora que capacita a igreja
para sua missão (Atos 1.8).

B) Convicção do Pecado pelo Espírito


O Espírito Santo é o agente que convence o
ser humano do pecado. João 16.8-11 destaca
essa obra transformadora, mostrando que é o
Espírito quem desperta a consciência para a
necessidade de redenção.

C) Regeneração e a Obra Poderosa do


Espírito
A regeneração, exemplificada no abrir do
coração de Lídia por obra do Espírito Santo
(Atos 16.14), revela a poderosa obra
transformadora do Espírito na salvação. Sua
atuação é essencial para trazer convicção e
regeneração aos corações dos crentes.

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II - DIMENSÃO TANTO LOCAL


QUANTO UNIVERSAL
1. Dimensão Espacial da Igreja: A
Comunidade Local e Visível
A) A Tangibilidade da Igreja
Quando falamos da Igreja na dimensão
espacial, enfatizamos sua realidade local e
visível. Ela não é uma abstração teológica,
mas uma comunidade palpável que pode ser
vista e experimentada. Paulo, ao escrever "à
igreja de Deus que está em Corinto" (1
Coríntios 1.2), destaca essa tangibilidade.

B) A Relevância do Local
As Escrituras nos mostram a relevância do
local para a igreja. A menção de crentes
dispersos em diferentes regiões, como no
Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (1
Pedro 1.1), destaca a presença concreta da
comunidade em diferentes áreas geográficas.

C) O Impacto na Adoração e Serviço


Essa dimensão local não apenas define a
igreja, mas também impacta diretamente a
adoração e o serviço comunitário. A presença
física permite que a comunidade compartilhe
não apenas uma fé, mas também uma
experiência compartilhada de culto e serviço.

2. Particularidades das Igrejas Locais:


Desvendando a Riqueza da Diversidade
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A) Diversidade nas Virtudes


Ao explorar as particularidades das igrejas
locais, vemos que cada comunidade possui
suas próprias virtudes distintas. Filipenses
4.2,3 destaca que as virtudes encontradas
em uma igreja podem diferir daquelas em
outra, revelando a riqueza da diversidade.

B) Desafios Contextuais
Os problemas enfrentados por essas igrejas
locais eram contextualmente específicos. 2
Tessalonicenses 3.11,12 mostra que os
desafios em uma comunidade não eram
automaticamente compartilhados por outra.
Essa contextualização dos desafios destaca a
adaptabilidade das igrejas locais.

C) Supervisão Apostólica, Não


Uniformidade
Mesmo sob supervisão apostólica, as igrejas
locais não eram moldadas em um molde
uniforme. Cada uma tinha a liberdade de
responder aos desafios e virtudes locais de
maneira única, preservando sua identidade
individual enquanto contribuía para a
diversidade global da fé.

AUXÍLIO DIDÁTICO
A expressão "dimensão tanto local quanto
universal" se refere à capacidade de algo,
neste caso, a igreja, existir e se manifestar

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em níveis distintos: em um contexto


específico e também de forma abrangente.

1. Dimensão Local
O que é: Refere-se à presença e atuação da
igreja em um lugar específico, como uma
cidade, bairro ou região.
Exemplo: Quando a Bíblia menciona a
"igreja de Deus que está em Corinto" (1
Coríntios 1.2), destaca a dimensão local da
comunidade cristã naquela cidade.

2. Dimensão Universal
O que é: Essa expressão significa que a
igreja não fica limitada a um lugar específico.
Ela tem a capacidade de ir além das
fronteiras geográficas, existindo em muitos
lugares ao mesmo tempo, em uma escala
maior que não fica restrita apenas a uma
área local.

Exemplo: Em 1 Pedro 1.1, ao se referir aos


crentes "nos estrangeiros dispersos no Ponto,
Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia", a Bíblia
destaca a dimensão universal da igreja.

3. Dimensão Universal e Invisível da Igreja

A) A Igreja Universal Além das Fronteiras


Geográficas

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Base Bíblica: Ao falar sobre a dimensão


universal da Igreja, a Bíblia revela que ela vai
além dos limites geográficos. Em Hebreus
12.23, somos apresentados à Igreja na glória,
indicando que faz parte não apenas da
realidade terrena, mas também transcende
para a esfera celestial.

B) A Natureza Invisível da Igreja Além do


Físico
Base Bíblica: A Igreja universal e invisível
não está limitada pelo espaço físico. Sua
natureza transcende o visível, encontrando
fundamento na ideia de que todos os cristãos
regenerados, independente da localização
terrena, fazem parte dessa comunidade
espiritual. Aqui, Hebreus 12.23 destaca não
apenas a presença terrena, mas também a
participação na glória celestial.

C) Diferenciando "Igreja" de
"Denominação"
Base Bíblica: A distinção crucial entre
"Igreja" e "denominação" é ressaltada nas
Escrituras. Embora em uma cidade existam
diversas denominações, há somente uma
Igreja. Essa compreensão se alinha com a
perspectiva divina da igreja, que vai além das
estruturas humanas temporárias (Mateus
16.18).

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D) A Igreja como Realidade Divina,


Denominações como Expressões Humanas
Base Bíblica: A divindade da igreja é
contrastada com a natureza humana das
denominações. Mateus 16.18 destaca que a
igreja é uma realidade divinamente
estabelecida e indestrutível, enquanto as
denominações, sendo humanas, podem ser
temporárias e até desaparecer.

E) Fidelidade a Cristo e às Escrituras


como Critério para a Verdadeira Igreja
Base Bíblica: A verdadeira identidade cristã
de uma igreja ou denominação está ligada à
sua fidelidade a Cristo e às Escrituras
Sagradas. Apocalipse 3.9 adverte sobre
grupos que se autodenominam igrejas, mas,
na realidade, são considerados sinagogas de
Satanás. Portanto, a fidelidade a Cristo é o
critério que determina a autenticidade da
igreja.

III - DIMENSÃO COMUNITÁRIA DA


IGREJA: PRESERVANDO A UNIDADE
EM CRISTO
1. Indivisibilidade da Igreja
A) Base Bíblica: Paulo, ao usar a analogia do
corpo humano, enfatiza a indivisibilidade da
igreja. Em 1 Coríntios 12.12, ele destaca que,
assim como não pode haver divisão no corpo,

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uma igreja verdadeiramente cristã é


chamada a permanecer unida.

B) Evitando a Divisão: A advertência de


Jesus em Mateus 12.25 sobre um reino
dividido não subsistir se estende à igreja. O
diabo busca fragilizar a igreja por meio da
divisão, um perigo que deve ser evitado a
todo custo.

C) Cuidado contra Partidarismo e


Exclusivismos: Em Efésios 4.3, Paulo
destaca a necessidade de evitar
partidarismos e exclusivismos para preservar
a unidade da igreja local. Esses elementos
podem minar a coesão e comprometer a
essência comunitária.

2. Anseio pela Unidade na Igreja


A) Base Bíblica: A carta de Paulo aos
Filipenses (Fp 2.2) reflete seu anseio pela
unidade na igreja. Ele insta os crentes a
terem o mesmo amor, o mesmo ânimo e a
sentirem uma mesma coisa, destacando a
importância de uma comunidade coesa.

B) O Modelo de Jesus: O anseio de Paulo


pela unidade na igreja ecoa o desejo de Jesus
expresso em João 17. Nesse capítulo, Jesus
ora pela unidade de seus discípulos,
buscando uma "unidade de essência"
semelhante à da Trindade.
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C) Unidade, Não Uniformidade: A unidade


desejada não implica uniformidade. Apesar
das diferenças individuais, temperamentos
distintos e abordagens diversas, a igreja,
como Corpo de Cristo, é chamada a
perseverar no mesmo alvo em Cristo Jesus.

3. Buscando a Unidade na Diversidade


A) Base Bíblica: A ideia de "unidade de
essência" é comparada à Trindade, onde o
Pai, o Filho e o Espírito Santo são distintos,
mas possuem a mesma essência. Os cristãos,
de maneira análoga, são chamados a buscar
essa unidade em Cristo.

B) Unidade na Diversidade: A unidade


almejada não significa eliminar as diferenças,
mas reconhecê-las e abraçá-las. Apesar das
diversidades, a igreja é uma em Cristo Jesus,
mantendo o foco no mesmo objetivo.

C) Perseverança no Alvo Comum: Assim


como a Trindade possui um só propósito, os
cristãos, apesar das diferenças, são
chamados a perseverar no mesmo alvo em
Cristo. Essa perseverança na unidade
fortalece a igreja como comunidade coesa.

DOSE DE CONHECIMENTO
Podemos definir "a natureza da igreja"
como a essência, identidade e propósito

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fundamentados na Palavra de Deus,


habilitados pela presença do Espírito
Santo, e manifestados em uma
comunidade local e universal.

CONCLUSÃO
Reafirmando que uma igreja só pode ser
cristã se estiver enraizada na Palavra e
guiada pelo Espírito Santo. Destacamos a
dualidade da igreja, existindo tanto
localmente como universalmente,
transcendendo limites temporais. Sua
essência é eterna, não limitada pela
temporalidade terrena.

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Subsídio 4: A Igreja e o Reino de


Deus

VERSÍCULO CHAVE:
LEITURA [...] O tempo está
BÍBLICA: cumprido, e o Reino de
Deus está próximo;
Marcos 1.14-17 arrependam-se e
creiam no evangelho
(Marcos 1:15 NAA).

Pensamento Cristão
O Reino de Deus é um reino universal,
soberano, presente e futuro. A Igreja, como
parte desse reino, é chamada a viver e
manifestar sua vida em todos esses
aspectos.

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INTRODUÇÃO
Deus, o Rei soberano, governa sobre tudo (Sl
47.6; 52.7; 22.28). Nesta lição, analisaremos
o Reino de Deus: universal, soberano,
presente e futuro. A Igreja, parte desse reino,
vive e manifesta sua vida. Vamos aprofundar
nesses aspectos.

I - O REINO UNIVERSAL DE DEUS


O "Reino Universal de Deus" à luz da Bíblia
refere-se à soberania divina que abrange todo
o cosmos, demonstrando o governo universal
de Deus sobre todas as coisas. Este conceito
é fundamentado em diversas passagens
bíblicas que destacam a extensão e a
autoridade absoluta do reinado divino.
✓ Amplitude da Soberania Divina: O
Salmo 47:7
✓ Domínio sobre a Criação e Hostes
Angelicais: Daniel 4:35
✓ Controle Divino Permanente: Daniel
2:21

1. Deus, o Rei de Toda a Terra


A) Amplitude da Soberania Divina
Deus é proclamado como o Rei de toda a
terra (Sl 47.7), revelando Sua autoridade
abrangente. Daniel confirma que Deus
domina sobre o reino dos homens (Dn 4.25),
estabelecendo Sua supremacia sobre
governos humanos.

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B) Domínio sobre a Criação e Hostes


Angelicais
A universalidade do Reino de Deus abrange a
totalidade da criação, refletindo-se na Sua
soberania sobre todas as coisas (Dn 4.35).
A bíblica destaca que nada escapa ao
domínio divino, incluindo reinos humanos e
as hostes angelicais que servem ao propósito
divino.

C) Controle Divino Permanente


Apesar do curso natural do mundo, Deus
mantém um controle inabalável sobre a
criação (Dn 2.21). Sua soberania persiste,
não apenas como uma resposta ao agir
humano, mas como um testemunho de Seu
papel como o verdadeiro Deus que governa
sobre todos (Sl 103.19).

2. Soberania Divina e Liberdade Humana


A) Equilíbrio entre a Liberdade e a
Soberania
Embora os seres humanos tenham liberdade
e autonomia para agir, a soberania divina
não é comprometida. A permissão de Deus
para as ações humanas ressalta Sua
habilidade de guiar eventos de acordo com
Seu plano.

B) Ação Livre e Permissão Divina


Deus não é a causa de todos os eventos, mas
Sua soberania se manifesta na permissão e
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na supervisão de cada ação. Mesmo quando


as forças malignas operam, Deus continua
sendo o governante supremo.
C) Sobrepôs à Soberania: Ação Humana e
Divina em Harmonia
A liberdade humana coexiste com a
soberania divina, demonstrando um
relacionamento harmônico. Deus não é um
espectador distante; Ele está ativamente
envolvido na história, governando com
sabedoria e amor.

3. O Reino de Deus, Israel e a Igreja


Números 23:21 destaca que quando Israel
era uma nação tribal, Deus reinava sobre ela
de forma soberana. A nação era, portanto,
conduzida por um governo teocrático.

Israel, escolhido por Deus, não era apenas


uma nação, mas um reino sacerdotal (Êxodo
19:5,6), representando a conexão íntima
entre a soberania divina e a estrutura
organizacional de Israel.

A) Propósito Redentor de Israel Cumprido


em Cristo
A promessa de abençoar todas as nações por
meio de Israel é evidenciada em Gênesis
12:1-3 e Isaías 45:21,22. Essa promessa se
concretizou na pessoa de Jesus Cristo, o
Filho de Davi.

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Jesus, ao estabelecer a Igreja por meio de


Sua morte e ressurreição (Efésios 2:14;
Gálatas 3:13-14; 1 Pedro 2:9), tornou-se o
cumprimento da promessa redentora feita a
Israel.

B) O Elo Entre o Antigo e o Novo: Israel,


Jesus e a Igreja
A transição do governo teocrático em Israel
para a formação da Igreja destaca a
continuidade do plano divino, revelando a
sabedoria de Deus na condução da história.

Gênesis 12:1-3 destaca a promessa de Deus


a Abraão de que todas as nações seriam
abençoadas por meio de sua descendência.
Isaías 45:21,22 reitera a amplitude dessa
promessa. Essas promessas, inicialmente
dirigidas a Israel, encontram seu
cumprimento definitivo em Jesus, o Filho de
Davi, conforme registrado em Gálatas 3:13-
14.

II – AS DIMENSÕES DO REINO DE
DEUS NA VIDA DA IGREJA
1. O Reino de Deus: Uma Realidade Hoje
(Dimensão Presente)
A) O Chamado de Jesus
Em Mateus 3:2, Jesus proclama a chegada
do Reino de Deus, tornando-o tangível e real.

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Ele nos convida a participar dessa


experiência.

B) Presença de Jesus:
Em Lucas 17:20,21, entendemos que o Reino
de Deus não está ligado a um lugar
específico, mas à presença de Jesus. Cada
vez que experimentamos salvação, cura e
libertação, o Reino se manifesta (Atos 8:12,
Rm 14:17).

C) A Continuidade na Igreja
O Reino, manifestado no ministério de Jesus
e na Igreja Primitiva, perdura hoje através da
Igreja de Cristo, sendo uma realidade viva e
presente.

2. O Reino de Deus: Uma Esperança


Futura (Dimensão Escatológica)
A) Vislumbres Escatológicos
Paulo, em 1 Coríntios 6:9,10, destaca uma
perspectiva escatológica ao apontar quem
ficaria de fora do Reino vindouro. Essa visão
ressalta a dimensão futura e eterna do Reino.

B) Experimentando Hoje
Apesar de sua plenitude estar reservada para
o futuro (Mateus 13:49, Apocalipse 20:1-5),
podemos experimentar o Reino agora
(Hebreus 6:5). Cada passo na jornada da fé é
um vislumbre do que está por vir.

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C) O Milênio como Parte do Futuro


O reinado de mil anos sobre a Terra
(Apocalipse 20:1-5) é uma parte crucial da
dimensão futura do Reino de Deus,
prometendo uma era de justiça e paz.

3. A Tensão Entre o Já e o Ainda Não


A) A Realidade Presente
Hebreus 6:5 nos convida a experimentar
agora o Reino de Deus, mesmo que em parte.
Cada experiência de fé é um vislumbre do
que está por vir.

B) A Esperança da Plenitude
Embora o Reino esteja presente, a plenitude
aguarda o futuro (Mateus 13:49). A
esperança da consumação nos impulsiona a
continuar caminhando com Deus.

C) O Convite Permanente
A Igreja vive na tensão entre o já e o ainda
não, sendo constantemente convidada a
experimentar e antecipar a plenitude do
Reino, mesmo enquanto aguarda sua
consumação.

III - A DISTINÇÃO ENTRE IGREJA E


REINO DE DEUS
A Igreja e o Reino de Deus são duas
realidades intimamente relacionadas, mas
que não devem ser confundidas. A Igreja é

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uma expressão visível do Reino de Deus no


mundo, uma comunidade transformadora
que proclama a presença divina e vive na
tensão entre o presente e o futuro

1. A relação entre Igreja e Reino de Deus


A relação entre Igreja e Reino de Deus pode
ser entendida de várias maneiras, mas
algumas características básicas podem ser
destacadas:

A) A Igreja é uma expressão do Reino de


Deus na terra
Ela é o corpo de Cristo, a comunidade dos
salvos, que vive e proclama o Reino de Deus
no mundo.

B) O Reino de Deus é maior do que a Igreja


O Reino de Deus abrange todo o povo de
Deus tanto na Antiga quanto na Nova
Aliança. Isso significa que, desde tempos
antigos até hoje, todos que fazem parte do
povo de Deus estão incluídos nesse Reino
divino. É como se fosse uma grande família
espiritual, conectando gerações antigas e
atuais sob a soberania de Deus.

C) A Igreja é chamada a ser um sinal do


Reino de Deus no mundo
Ela deve viver e testemunhar a presença de
Deus no mundo, promovendo justiça, paz e
amor.
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2. Comparação entre a Igreja de Cristo e o


Reino de Deus: Distinções e Harmonias
O QUE É A O QUE É O REFERÊNCIAS
IGREJA? REINO DE
DEUS?
A Igreja é uma O Reino de Deus
comunidade de é a soberania Mateus 6:33;
crentes que divina sobre toda Efésios 1:22-23
seguem Cristo. a criação.
A Igreja é O Reino de Deus
formada pelos é composto por Lucas 17:20-
que creem em todos que se 21; João 3:3
Jesus como submetem à
Salvador. vontade divina.
O Reino de Deus Colossenses
A Igreja é o corpo é a manifestação 1:18; Romanos
de Cristo na do domínio 14:17
terra. divino em todas
as esferas da
vida.
A Igreja tem uma O Reino de Deus
missão específica transcende a Mateus 28:19-
de testemunhar missão da Igreja, 20; Marcos
Cristo. abrangendo toda 1:15
a criação.
O Reino de Deus
A Igreja age como traz uma visão Isaías 9:7; 2
agente de de justiça e paz Pedro 3:13
transformação na para a
sociedade. humanidade.

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De acordo com a Bíblia, o Reino de Deus será


consumado no fim dos tempos, quando
Jesus Cristo retornará à Terra para julgar os
vivos e os mortos. Nesse dia, o Reino de Deus
será estabelecido plenamente, e Deus reinará
sobre todas as coisas.
A Bíblia aponta para o momento futuro em
que o Reino de Deus será plenamente
consumado. Embora não forneça uma data
específica, várias passagens indicam eventos
que estão associados à consumação do
Reino:

A) Retorno de Cristo (Parusia): A Segunda


Vinda de Cristo é frequentemente associada
à consumação do Reino de Deus. Passagens
como Mateus 24:30-31 e Apocalipse 19:11-
16 descrevem a volta triunfante de Jesus,
marcando o início da plena manifestação do
Reino.

B) Julgamento Final: O julgamento final,


onde cada pessoa será julgada de acordo com
suas ações, é mencionado em passagens
como Apocalipse 20:11-15. Esse evento está
ligado à consumação do Reino, quando a
justiça divina será totalmente estabelecida.

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C) Nova Criação: A consumação do Reino


está relacionada à visão de uma nova
criação. Passagens como Apocalipse 21:1-5
descrevem um novo céu e uma nova terra,
indicando a renovação completa da criação
sob o domínio de Deus.

CONCLUSÃO
A nossa vida é um campo de expressão do
Reino de Deus. Somos chamados a ser
agentes de transformação, refletindo os
princípios do Reino em tudo que fazemos.
Viver o Reino na prática é viver uma fé que
transcende os limites eclesiásticos, moldando
nosso dia-a-dia com a luz e a esperança do
Reino divino.

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Subsídio 5: A Missão da Igreja


de Cristo

VERSÍCULO CHAVE:

LEITURA E perseveravam
BÍBLICA: na doutrina dos
apóstolos, e na
Marcos 16.14-20; comunhão, e no
Atos 2.42-47 partir do pão, e
nas orações.”
(Atos 2:42)

Pensamento Cristão
Os cristãos devem se envolver na pregação
e instrução, a fim de aprender sobre as
verdades da Bíblia e o plano de Deus para a
humanidade.

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INTRODUÇÃO
Neste momento, analisaremos aspectos
fundamentais da prática cristã, focalizando
especificamente na pregação e instrução,
adoração e edificação, bem como na
comunhão e socialização. Estes pilares
representam a essência da vivência cristã,
proporcionando direção espiritual,
crescimento individual e interação com a
comunidade de fé.

I- A MISSÃO DA IGREJA: PREGAR E


ENSINAR
1. Pregação
A Igreja, conforme estabelecido por Cristo
(Mateus 16.18), é uma instituição divina
destinada a abençoar o mundo. Essa missão
transcende o tempo e é concretizada por
meio da poderosa proclamação do Evangelho.
Como afirmado em 1 Coríntios 1.21, a
salvação se revela pela "loucura da
pregação". Marcos, ao descrever a comissão
de Jesus aos discípulos (Marcos 16.14-20),
utiliza o verbo grego Keryssó, denotando uma
proclamação impactante, como a de João
Batista no deserto da Judeia (Mateus 3.1) e a
de Jesus ao iniciar Seu ministério (Mateus
4.17).

2. Evangelização: Anunciando a Boa


Notícia de Jesus (Atos 8.12)
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Outro termo essencial no Novo Testamento é


"euangelizô", destinado a trazer as Boas-
Novas e anunciar não apenas uma
mensagem, mas uma pessoa - Jesus Cristo.
Esta missão vai além da mera transmissão
de informações, refletindo a prática dos
cristãos primitivos que, incessantemente,
ensinavam e anunciavam a Jesus Cristo (At
5.42). Pregar a mensagem da cruz é
proclamar o Evangelho do Reino de Deus
revelado em Cristo, uma verdade
transformadora (At 8.12).

3. Discipulado
O verbo "discipular" (matheteuo) ocorre
apenas quatro vezes no Novo Testamento,
mas seu impacto é profundo. Em Mateus
28.19, na Grande Comissão, Jesus exorta:
"Ide, ensinai todas as nações". Na verdade,
Ele estava dizendo: "Ide e discipulai". A Igreja
vai além de ter apenas "crentes"; é formada
por discípulos, capazes de reproduzir e
compartilhar o que aprenderam por meio de
Cristo Jesus.

4. A Identidade da Igreja: Crentes


Discípulos de Jesus
A verdadeira identidade da Igreja está
enraizada no discipulado, uma jornada de
aprendizado contínuo e impacto
transformador no mundo ao nosso redor.
Estar na igreja local não é sinônimo de ser
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um discípulo; este é alguém que, inspirado


por Cristo Jesus, é capacitado a reproduzir e
compartilhar o que aprendeu. A missão da
igreja vai além de pregar e ensinar; é uma
chamada ao discipulado, uma jornada de
transformação e multiplicação.

AUXÍLIO BÍBLICO
Uma visão comparativa dos conceitos de
pregação, evangelização e discipulado.

Pregação Evangelização Discipulado


A ação de Anunciar as Instruir e
proclamar a Boas-Novas de treinar em
mensagem Jesus Cristo. Cristo Jesus.
do
Evangelho.
Base Base Bíblica Base Bíblica
Bíblica
Marcos Atos 8.12; Mateus 28.19;
16.15; 1 Romanos 2 Timóteo 2.2
Coríntios 10.14-15
1.21
Objetivo Objetivo Objetivo
Transformar Alcançar Formar
vidas pela almas para discípulos
mensagem Cristo. multiplicadores.
divina.

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II – ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO NA
BÍBLIA
A adoração na Bíblia é um estilo de vida que
envolve dar a Deus a glória que Lhe é devida,
indo além de atos específicos para permear
nossa existência. Edificação, por sua vez, vai
além da construção física, abrangendo o
fortalecimento espiritual individual e coletivo,
construindo alicerces sólidos na fé cristã.
Ambos são elementos fundamentais na
jornada espiritual do crente e na missão da
igreja.

1. Adoração: Vivendo para Deus


A) Dar Glória em Espírito e Verdade
(Mateus 4.10)
Na esfera bíblica, adoração transcende o
mero ritual, significando dedicar a glória que
é devida exclusivamente a Deus. Quando
Jesus respondeu a Satanás, dizendo "Ao
Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás
culto" (Mt 4.10), ele não apenas delineou
uma regra, mas revelou o cerne da adoração:
centralizar nossa atenção no Criador,
desviando-a de nós mesmos.

B) Adoração como Estilo de Vida


(Romanos 12.1)
Paulo, ao instar a igreja a apresentar o corpo
como "sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus" (Rm 12.1), ressalta que adoração não

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se limita a momentos específicos, mas


permeia nossa existência. O termo grego
"latreia," traduzido como "culto" aqui,
destaca um serviço consciente e integral a
Deus, sendo a adoração uma forma de viver
a vida para Ele.

2. Edificação Espiritual: Construindo


Sólidos Alicerces

A) Edificar Metaforicamente (Efésios 4.12)


A palavra grega "oikodomé," traduzida como
"edificar," possui um significado duplo. Em
seu sentido literal, é empregada por Jesus ao
falar sobre a casa construída sobre a rocha
(Mt 7.24). Metaforicamente, em Efésios 4.12,
Paulo destaca a ação de Deus na igreja,
colocando líderes para a "edificação do corpo
de Cristo." Aqui, edificar vai além de
construir fisicamente; é promover
crescimento espiritual.

B) Donativos Espirituais para Edificação (1


Coríntios 14.3)
Os dons espirituais são investidos na igreja
com o propósito de edificar. Em 1 Coríntios
14.3, Paulo destaca que o dom de falar em
línguas, quando interpretado, traz edificação
à igreja. Isso ressalta a importância de
compreendermos e compartilharmos os dons
de maneira que contribuam para o
crescimento espiritual coletivo.
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C) Edificar Uns aos Outros (1


Tessalonicenses 5.11)
Paulo, ao exortar os crentes em Tessalônica,
destaca a responsabilidade mútua de edificar
"uns aos outros" (1 Ts 5.11). Isso vai além
das estruturas físicas, apontando para a
construção de relacionamentos e do caráter
cristão. A edificação é uma jornada coletiva,
onde cada membro contribui para o
fortalecimento espiritual do corpo de Cristo.

D) Adoração que Envolve (João 4.23-24)


Jesus, ao falar com a mulher samaritana,
revela que a verdadeira adoração não é
limitada a locais específicos, mas é uma
expressão do espírito e da verdade (João
4.23-24). Isso nos lembra que adorar juntos
vai além de encontros regulares; é um estilo
de vida que envolve a integralidade do nosso
ser.

DOSE DE CONHECIMENTO
1 Coríntios 14.26: Dons na Edificação
Coletiva
O versículo 26 de 1 Coríntios 14 destaca o
uso dos dons espirituais na edificação
coletiva da igreja. Paulo, ao escrever à
comunidade coríntia, enfatiza a importância
de uma reunião ordenada e edificante, onde
cada membro contribui para o bem comum.

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1. Contribuição Ordenada dos Dons (1


Coríntios 14.26a)
O apóstolo começa destacando que, quando
os crentes se reúnem, cada um traz consigo
algo para contribuir. Isso reflete a
diversidade de dons presentes na
comunidade cristã. A expressão "cada um"
ressalta a participação ativa de todos, sem
exclusões, criando um ambiente propício
para a manifestação dos dons.

2. Propósito da Contribuição (1 Coríntios


14.26b)
Paulo esclarece que a contribuição dos dons
não é caótica, mas visa à edificação. O termo
"edificação" aqui não se limita apenas ao
crescimento espiritual individual, mas
abrange o fortalecimento coletivo da
comunidade. Os dons são instrumentos
divinos para a construção e solidificação da
fé entre os membros.

3. Variedade de Dons em Ação (1 Coríntios


14.26c)
A diversidade de dons é evidente no
versículo, onde são mencionadas várias
manifestações, como hinos, ensino,
revelação, línguas e interpretação. Essa
variedade destaca que os dons não são
uniformes, mas complementares, atendendo
às diferentes necessidades da comunidade. A
presença de hinos sugere a importância da
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adoração como parte integrante da


edificação.

4. Finalidade: Edificação e Ordem (1


Coríntios 14.40)
O propósito final é a edificação da igreja. O
versículo 40 reforça que todas as coisas
devem ser feitas decentemente e com ordem.
Isso ressalta a importância de uma reunião
onde os dons são exercidos de maneira
organizada, visando à construção espiritual e
ao respeito mútuo.

1 Coríntios 14.26 destaca a riqueza da


contribuição dos dons na edificação coletiva
da igreja. Cada membro, guiado pelo Espírito
Santo, traz sua oferta espiritual para
fortalecer a fé do corpo. Essa contribuição
diversificada, quando exercida com ordem e
propósito, resulta na edificação sólida e no
crescimento espiritual da comunidade cristã.

III – COMUNHÃO NA IGREJA:


PILARES FUNDAMENTAIS E
RESPONSABILIDADES CRISTÃS

1. Comunhão como Pilar Fundamental


(Atos 2.42)
Na Igreja Primitiva, a comunhão era um dos
pilares essenciais (Atos 2.42). A palavra grega
"koinonia", traduzida como "comunhão", vai
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além de uma simples interação; ela carrega o


significado de "parceria", "participação" e
"comunhão espiritual". Para os cristãos, viver
em comunhão é imperativo, como destaca 1
João 1.7. A ausência de comunhão entre os
crentes compromete a solidez da igreja,
evidenciando que a verdadeira igreja não
pode existir quando seus membros vivem
isolados uns dos outros.

2. Unidade e Fraternidade no Corpo de


Cristo (1 João 1.3, João 17.21)
A expressão da igreja do Novo Testamento é
marcada pela unidade e fraternidade entre
seus membros (1 João 1.3). Jesus, em sua
oração registrada em João 17.21, expressou
o desejo pela união fraterna de seus
discípulos. No entanto, a quebra da
comunhão cristã é um dos grandes males
que aflige a igreja contemporânea, resultando
em fragmentação no Corpo de Cristo. Manter
a comunhão cristã nas igrejas locais torna-
se, portanto, uma prioridade, conforme
ressaltado em Hebreus 13.16.

3. Expressão Social da Fé Cristã (Romanos


12.13, Filipenses 4.15, Mateus 25.35-36)
A fé cristã transcende a esfera privada e
também se manifesta na esfera pública. O
substantivo grego "koinonia," que significa
"comunhão," tem seu equivalente no verbo
"koinoneo," usado por Paulo em Romanos
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12.13. Aqui, a comunhão se estende para


além das interações espirituais, envolvendo a
"ajuda contributiva e partilha" com aqueles
em necessidade.

Paulo elogiou os Filipenses por sua


consciência da dimensão social do Evangelho
(Filipenses 4.15). O exercício da fé cristã
integral inclui socorrer os mais pobres em
suas necessidades, conforme Jesus enfatizou
em Mateus 25.35-36.

4. Atenção aos Mais Carentes e Pobres


(Tiago 2.15-16)
A igreja, ao exercer sua fé de maneira bíblica,
não pode negligenciar os mais carentes e
pobres. O apóstolo Tiago exorta a igreja a não
apenas verbalizar a fé, mas também agir,
atentos às necessidades dos menos
favorecidos (Tiago 2.15-16). Ignorar essa
responsabilidade compromete a integridade
da fé cristã e a verdadeira expressão do amor
ao próximo.

CONCLUSÃO
A missão da Igreja de Cristo é uma
jornada multifacetada que inclui a
pregação, comunhão, adoração,
edificação, discipulado e expressão
social da fé.

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Subsídio 6: Igreja - Organismo e


Organização

VERSÍCULO CHAVE:
Escolhei, pois, irmãos,
LEITURA dentre vós, sete varões
BÍBLICA: de boa reputação,
cheios do Espírito
Santo e de sabedoria,
Atos 6.1-7
aos quais constituamos
sobre este importante
negócio.” (At 6.3)

Pensamento Cristão
A Igreja é um organismo vivo que tem um grande
potencial para impactar o mundo. À medida que
os cristãos se relacionam uns com os outros e
com Deus, a Igreja pode crescer e se desenvolver
para cumprir a missão de Deus no mundo.

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INTRODUÇÃO
Conheceremos os principais modelos de
governo vigentes nas igrejas evangélicas do
Brasil, examinando como diferentes tradições
interpretam e implementam princípios
organizacionais. Abordaremos o modelo de
governo adotado pela nossa Igreja
Assembleia de Deus, considerando como se
alinha com os princípios bíblicos e as
práticas da Igreja Primitiva.

I - HARMONIA ENTRE ORGANISMO E


ORGANIZAÇÃO NA IGREJA CRISTÃ

1. A Igreja como Organismo: O Corpo Vivo


de Cristo
A) Corpo de Cristo como Metáfora Viva (1
Coríntios 12.27): A Bíblia nos apresenta a
Igreja como um "corpo de Cristo,"
comparando os cristãos a diferentes partes
de um corpo. Isso não é apenas uma
ilustração; é uma maneira de mostrar como
cada pessoa na igreja está profundamente
conectada. Imagine o corpo humano, onde
cada parte desempenha um papel vital para
o funcionamento geral. Da mesma forma,
cada membro da igreja é essencial para sua
dinâmica e vitalidade, criando uma imagem
viva e impactante da comunidade cristã.

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B) Harmonia
A Harmonia Orgânica
Orgânica (1
Coríntios na Igreja refere-se à
12.12): Pense interconexão e
no corpo interdependência dos
humano, onde
todos os órgãos membros do corpo de
e partes Cristo, conforme
funcionam delineado nas Escrituras,
juntos sem
esforço. Da
especialmente em 1
mesma forma, a Coríntios 12.12. Essa
Igreja é como metáfora apresenta a
um corpo que igreja como um
trabalha em
harmonia. A organismo vivo,
Bíblia nos diz comparável a um corpo
que a igreja deve humano.
operar como um
sistema bem
ajustado, onde cada membro desempenha
um papel importante. Isso não é apenas uma
ideia bonita; é um convite para entendermos
que todos na igreja são interdependentes.

Ninguém está lá por acaso. Cada pessoa é


como uma peça vital que contribui para a
harmonia geral. Essa harmonia orgânica nos
mostra que todos precisamos uns dos outros;
ninguém pode agir de forma independente e
isolada.

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C) Cabeça da Igreja: Cristo (Efésios 5.23):


A centralidade de Cristo como a cabeça da
Igreja enfatiza a liderança espiritual e
direção. Essa conexão vital com a cabeça
orienta a Igreja em seu propósito e função.

2. A Igreja como Organização


A) Liderança Centralizada dos Apóstolos
(Atos 16.4): A "liderança centralizada dos
apóstolos" refere-se ao modelo de liderança
na Igreja Primitiva, onde os apóstolos
desempenhavam um papel central e decisivo
na orientação tanto doutrinária quanto
administrativa da comunidade cristã. Nesse
modelo, os apóstolos exerciam uma
influência centralizada, proporcionando
direção e liderança abrangente para a igreja
nas áreas de fé e prática.

B) Nomeação e Orientação de Líderes


Locais (Atos 6): Na seleção dos sete
diáconos para lidar com questões práticas na
comunidade, os apóstolos exerceram sua
liderança centralizada ao nomear e orientar
esses líderes locais (Atos 6:1-7). Esse
exemplo destaca a função administrativa dos
apóstolos na organização e liderança da
igreja primitiva.

B) Instituição de Lideranças Locais (Atos


14.23): A Igreja Primitiva, ao instituir
lideranças locais, demonstra a necessidade
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de uma estrutura organizacional para


orientar e nutrir as comunidades cristãs em
diferentes contextos.

C) Concílio e Tomadas de Decisão (Atos


15.1-6): A prática do concílio, evidenciada
em Atos 15, destaca a importância de
decisões coletivas e organizadas na vida da
igreja. Isso ressalta que a organização não é
apenas funcional, mas crucial para a saúde
espiritual da comunidade.

3. Organismo versus Institucionalismo


A) A Saudável Organização Eclesiástica: A
organização eclesiástica, quando saudável,
permite à igreja se mover eficazmente,
mantendo sua vitalidade espiritual. Isso se
alinha com o modelo primitivo que
demonstrou a eficácia de uma estrutura
organizada (Atos 4.37).

B) Cuidado contra o Institucionalismo


(Mateus 23.4-5): O institucionalismo, ao
contrário da organização saudável, pode
sufocar a vida espiritual da igreja. Jesus
alerta contra uma abordagem institucional
que negligencia a essência e sobrecarrega os
fiéis com fardos pesados.

Uma igreja institucionalizada, ao perder a


vitalidade orgânica, caminha para a morte
espiritual. O alerta de Jesus destaca a
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importância de preservar a vida espiritual em


meio a estruturas organizacionais.

DOSE DE CONHECIMENTO
INSTITUCIONALISMO RELIGIOSO
A palavra institucionalismo é definida como
Tendência para multiplicar as instituições, os
organismos de controle etc., principalmente
nas áreas política e econômica.

Teologicamente, o institucionalismo
religioso refere-se a uma abordagem que
coloca excessiva ênfase nas estruturas,
rituais e tradições organizacionais da religião
em detrimento da essência espiritual e do
relacionamento pessoal com Deus. Essa
perspectiva muitas vezes resulta em uma
formalidade vazia, onde as práticas externas
tornam-se o foco principal, perdendo de vista
a verdadeira busca pela conexão espiritual e
transformação do Espírito Santo.

4. O Caminho para a Morte:


Institucionalismo (Mateus 23.27-28)
A) O Risco da Institucionalização (Mateus
23.27-28): Imagine uma comunidade de fé
que, ao longo do tempo, se concentra mais
nas estruturas organizacionais do que na
vitalidade espiritual. Jesus nos alerta sobre o
perigo desse caminho, comparando-o a
“sepulcros pintados de branco, que, por fora,

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se mostram belos, mas interiormente estão


cheios de ossos de mortos e de toda
podridão”!

B) O Brilho Enganoso: Quando uma igreja


se torna excessivamente institucionalizada,
pode parecer impressionante por fora, com
todas as suas práticas organizacionais e
rituais. No entanto, essa fachada brilhante
pode ser enganosa, pois, internamente, a
vitalidade espiritual pode estar ausente.

C) A Advertência de Jesus: O alerta de


Jesus é claro: a preocupação exclusiva com
estruturas organizacionais, sem a ênfase na
vida espiritual genuína, leva à morte
espiritual. A comparação com sepulcros
destaca a desconexão entre a aparência
exterior e a realidade interior, enfatizando a
necessidade de preservar a vitalidade
espiritual (Mateus 23.27-28).
A advertência de Jesus não é apenas uma
crítica ao institucionalismo, mas um
chamado à prevenção da morte espiritual.
Ele destaca a importância de manter a
conexão vital com Deus, mesmo em meio às
estruturas organizacionais, para evitar a
perda da essência espiritual (João 10.10).

II - UM ORGANISMO VIVO E
ORGANIZADO

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Vejamos alguns fatos que mostram a igreja


com um organismo vivo agindo de forma
organizada.

1. Reuniões Constantes (Atos 2.42)


A igreja do Novo Testamento demonstrava ser
um organismo vivo ao se reunir
consistentemente. O registro em Atos 2.42
destaca a prática regular de se encontrarem,
indicando a vitalidade e a coesão da
comunidade.

2. Oração como Elemento Vital (Atos 2.42;


12.12)
A constante prática de oração evidencia a
vitalidade espiritual da igreja. Tanto em Atos
2.42 quanto em 12.12, a oração era uma
expressão natural do organismo vivo
buscando a comunhão e a direção divina.

3. Sensibilidade às Necessidades Sociais


(Atos 4.35)
A igreja não apenas se ocupava de questões
espirituais, mas também reconhecia e
respondia às demandas sociais. Ao instituir o
diaconato conforme Atos 6.2-6, a igreja
mostrou uma organização consciente para
atender às necessidades práticas da
comunidade.

4. Instituição do Diaconato (Atos 6.2-6)

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Ao criar a função de diáconos para lidar com


as demandas sociais, a igreja revelou sua
capacidade organizativa em resposta às
necessidades emergentes.

5. Eleição de Lideranças (Atos 14.23)


A eleição de líderes é mais uma evidência da
organização eficaz da igreja. Esse processo
demonstra uma abordagem deliberada na
escolha de indivíduos para guiar e pastorear
a comunidade.

6. Envio de Missionários (Atos 13.1-4)


A igreja não apenas se ocupava de suas
próprias necessidades, mas também se
organizava para espalhar o Evangelho. O
envio dos primeiros missionários em Atos
13.1-4 mostra uma igreja ativa e organizada
em seu papel de expansão do reino.

Esses exemplos revelam a igreja do Novo


Testamento como um organismo vivo que
não apenas existia, mas também agia de
forma organizada para atender às diversas
dimensões da vida espiritual e comunitária.

OS TRÊS PRINCIPAIS SISTEMAS DE


GOVERNOS NA TRADIÇÃO CRISTÃ
1. Episcopal: Governança Hierárquica
A) Definição

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A palavra "episcopal," derivada do grego


"episkopos," sugere uma estrutura
hierárquica onde Cristo confiou o governo da
igreja a oficiais chamados "bispos" ou
"supervisores."

B) Referências Bíblicas: Atos 20.28; 1


Timóteo 3.2; Tito 1.7.

C) Contexto Atual
O episcopalismo é uma forma de governo
eclesiástico que enfatiza o papel dos bispos
como líderes da Igreja. Ao longo do tempo, o
episcopalismo desenvolveu-se para sustentar
a primazia de um bispo sobre os outros,
culminando no estabelecimento do papado
romano. O Catolicismo Romano é a principal
denominação cristã que adota o modelo
episcopal.

A hierarquia da Igreja Católica Romana é


estruturada da seguinte maneira:

Papa: O líder supremo da Igreja Católica,


considerado o Vigário de Cristo na Terra.

Cardeais: Nomeados pelo Papa, formam o


Colégio dos Cardeais e atuam como
conselheiros do Papa. Eles participam do
conclave para eleger um novo Papa em caso
de vacância.

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Arcebispos e Bispos: Encarregados de


dioceses e arquidioceses, os bispos estão
abaixo dos cardeais na hierarquia.

Presbíteros (Padres): Responsáveis pela


administração dos sacramentos e liderança
nas paróquias.

Diáconos: Auxiliares dos padres, geralmente


focados em serviços sociais e caritativos.

Essa estrutura hierárquica reflete a


organização centralizada da Igreja Católica,
com uma clara linha de autoridade
descendente, culminando no Papa como líder
supremo.

2. Presbiteral: Governo por Conselho

A) Ofício de Presbítero
Encontrado no Novo Testamento (Atos 11.30;
15.2), o sistema presbiteral envolve a eleição
de presbíteros para um Conselho, dando-lhes
autoridade sobre a igreja local.

B) Autoridade Superior: Um supremo


Concílio ou Assembleia Geral exerce
autoridade sobre as igrejas em uma região ou
país.

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C) Adoção: Seguido por igrejas reformadas e


algumas igrejas pentecostais na América do
Norte.

3. Congregacional: Autonomia e Tomada


de Decisões Locais
A) Prática Bíblica: A eleição de líderes locais
é observada em Atos 14.23, sendo a base do
sistema congregacional.

B) Estrutura Atual: O pastor é eleito pela


Assembleia Geral da igreja local. As decisões
são tomadas autonomamente, sem
interferência externa.

C) Adoção: Modelado pelos batistas, este


sistema promove a autonomia das igrejas
locais em suas tomadas de decisões.

4. Qual é o sistema de governo da Igreja


Assembleia de Deus?

A) Sistema de Governo Híbrido


Um sistema de governo híbrido é aquele que
combina características de dois ou mais
sistemas de governo tradicionais.
Por exemplo, um sistema de governo
híbrido pode ter as seguintes
características:

✓ Uma liderança regional centralizada,


como no modelo episcopal.
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✓ Uma certa autonomia administrativa


das congregações locais, como no
modelo congregacional.

O sistema de governo da Igreja Assembleia de


Deus no Brasil é melhor descrito como
híbrido, pois reúne elementos dos sistemas
episcopal e congregacional.

Nos Estados Unidos, a abordagem é mais


próxima do modelo presbiteral, enquanto no
Brasil, ela incorpora elementos dos sistemas
episcopal e congregacional. Essa combinação
tem suas raízes na fundação da igreja por
batistas, inicialmente seguindo o modelo
congregacional. No entanto, a criação da
Convenção Geral em 1930 introduziu
elementos do modelo episcopal.

Atualmente, as igrejas Assembleia de Deus


mantêm certa autonomia administrativa em
relação às convenções Geral e Estadual, mas
possuem uma liderança regional e local
centralizada. As Convenções Estaduais têm
autoridade para estabelecer lideranças
pastorais nas igrejas locais, enquanto, em
alguns casos, uma igreja-sede supervisiona
várias congregações locais. Isso reflete um
equilíbrio entre a autonomia local e a
liderança centralizada nas esferas regional e
estadual.

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B) Modelo Hierárquico
Na Igreja Assembleia de Deus, o modelo
hierárquico frequentemente inclui as
seguintes posições:

Pastor: Líder espiritual e pastoral da igreja


local. Responsável pelo ensino da Palavra,
direção espiritual e cuidado pastoral.

Evangelista: Pode ser um ministro itinerante


focado em evangelismo e pregação da Palavra
em diferentes lugares.

Presbitério: Um grupo de líderes mais


experientes, frequentemente chamados de
presbíteros, que auxiliam o pastor na
liderança e na tomada de decisões
importantes para a igreja.

Diáconos: Servos da igreja responsáveis por


diversas funções práticas, muitas vezes
relacionadas à assistência social e
organização de eventos.

Essa estrutura visa proporcionar uma


liderança equilibrada e colaborativa na igreja
local, com o pastor como líder principal,
apoiado por outros líderes e servos na
comunidade.

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CONCLUSÃO
Analisamos a estrutura da Igreja Primitiva,
discutimos sobre a natureza da igreja como
um organismo vivo e organizado, e
examinamos os três principais sistemas de
governo na tradição cristã.

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Subsídio 7: O Ministério da
Igreja

VERSÍCULO CHAVE:
E ele mesmo concedeu
LEITURA uns para apóstolos,
BÍBLICA: outros para profetas,
outros para
evangelistas e outros
Efésios 4.11-16
para pastores e
mestres (Efésios 4:11
NAA).

Pensamento Cristão
Os cinco ministérios descritos em Efésios
4:11 são essenciais para a edificação e
fortalecimento da comunidade cristã. Cada
ministério tem uma função específica a
desempenhar, mas todos trabalham juntos
para alcançar um objetivo comum.

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INTRODUÇÃO
Aqui veremos o ministério da igreja, onde
analisaremos o significado e a importância
do ministério quíntuplo, a instituição do
diaconato, as qualificações morais essenciais
para o ministério e as importantes
qualificações de natureza social.

I - O MINISTÉRIO QUÍNTUPLO DA
IGREJA (Ef 4.11)
Com base em Efésios 4:11, o ministério
quíntuplo da igreja é um conceito bíblico que
descreve cinco funções diferentes que são
essenciais para a edificação e fortalecimento
da comunidade cristã. Esses cinco papéis —
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres — são instrumentos dados por Deus
para cumprir diferentes aspectos do serviço e
liderança na igreja.

1. Apóstolos
A) Definição: Os apóstolos são enviados com
uma missão específica, representando a
autoridade da igreja e contribuindo para o
seu crescimento.

B) Exemplo Bíblico: Pedro, um dos doze


apóstolos escolhidos por Jesus (Mateus
10.2), é um exemplo notável de alguém que
desempenhou esse papel crucial.

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C) Explicação: O papel apostólico vai além


de ser um discípulo; envolve uma comissão
específica para estabelecer e edificar a igreja.
Os apóstolos são os fundadores e líderes das
primeiras igrejas cristãs. Eles foram
chamados por Deus para proclamar o
evangelho e estabelecer a igreja em todo o
mundo.

2. Profetas
A) Definição: Os profetas são aqueles que
são chamados por Deus para falar em nome
de Deus. Eles revelam a vontade de Deus ao
povo e o exortam a viver de acordo com ela.

B) Exemplos Bíblicos:
✓ O profeta Elias, conhecido por suas
intervenções divinas e discernimento
espiritual (1 Reis 17-19), exemplifica
esse ministério.
✓ Ana, a Profetisa: No relato de Lucas
(Lucas 2:36-38), Ana é apresentada
como uma profetisa idosa que
reconheceu Jesus como o Redentor ao
vê-Lo no templo. Sua vida de dedicação
e serviço a Deus é um exemplo notável
de ministério profético no Novo
Testamento.
✓ Ágabo: Ágabo é mencionado como um
profeta no Novo Testamento,
profetizando sobre a prisão de Paulo em
Jerusalém (Atos 21:10-11),
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demonstrando a continuidade do
ministério profético na era apostólica.

C) Explicação: A função profética visa


edificar, consolar e exortar a igreja,
oferecendo discernimento espiritual em
tempos de incerteza.

3. Evangelistas
A) Definição: Evangelistas têm o dom de
comunicar as boas-novas de forma poderosa,
levando pessoas a um encontro
transformador com Cristo.

B) Exemplo Bíblico: Filipe, o evangelista,


demonstrou eficácia ao proclamar o
Evangelho e conduzir o eunuco etíope à fé
(Atos 8.5-39).

C) Explicação: Esses mensageiros são


instrumentos-chave na expansão do Reino,
conectando corações ao poder redentor de
Jesus.

4. Pastores
A) Definição: Os pastores são aqueles que
são chamados por Deus para cuidar e
pastorear o povo de Deus. Eles são
responsáveis por liderar a igreja, ensinar a
Palavra de Deus e cuidar das necessidades
espirituais e físicas dos membros da igreja.

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B) Exemplos Bíblicos:
✓ Jesus Cristo: Ele é frequentemente
referido como o "Pastor Supremo" (1
Pedro 5:4) e é o modelo perfeito de
liderança pastoral, guiando e cuidando
do Seu rebanho.

✓ O Apóstolo Paulo: Embora conhecido


principalmente como apóstolo, Paulo
também desempenhou um papel
pastoral ao cuidar das igrejas que
ajudou a estabelecer. Em suas epístolas,
ele fornece orientações pastorais e
expressa seu amor e preocupação pelas
comunidades cristãs.

✓ Pedro: Ele, ao escrever sua primeira


epístola, se identifica como "ancião" e
exorta outros líderes a pastorearem o
rebanho de Deus (1 Pedro 5:1-4).

✓ Timóteo, que foi um cooperador


próximo do apóstolo Paulo, também é
identificado como alguém envolvido no
cuidado pastoral. Timóteo foi nomeado
pastor da igreja de Éfeso por Paulo. Em
1 Timóteo 1:3 e 1 Timóteo 3:14-15.
Paulo fala sobre confiar a Timóteo a
responsabilidade de liderar e pastorear a
igreja em Éfeso.

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C) Explicação: Pastores desempenham um


papel vital na proteção e no crescimento
espiritual da comunidade, guiando com amor
e sabedoria.

5. Mestres
A) Definição: Mestres têm o dom de instruir
e ensinar de maneira profunda e clara,
aprofundando o entendimento das verdades
divinas.

B) Exemplos Bíblicos:
✓ Apolo: O livro de Atos descreve Apolo
como "eloquente e poderoso nas
Escrituras" (Atos 18:24). Ele foi
instruído no caminho do Senhor e, com
grande fervor, ensinava com precisão
sobre Jesus.

✓ Paulo: O apóstolo Paulo é um exemplo


destacado de um mestre na Bíblia. Suas
epístolas, como as de Romanos e
Efésios, são profundas em ensinamentos
teológicos, esclarecendo a compreensão
das verdades divinas para os cristãos.

C) Explicação: Mestres são fundamentais


para a sólida fundamentação da fé,
capacitando os crentes a compreenderem as
Escrituras mais profundamente.

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DOSE DE CONHECIMENTO
Qual é o significado de Jesus dizer que
todos os profetas e a lei profetizaram até
João Batista? Isso implica que o
ministério profético cessou após João?
Mateus 11:13-14, que diz: "Porque todos os
profetas e a lei profetizaram até João. E, se
quereis dar crédito, ele é o Elias que havia de
vir. Quem tem ouvidos, ouça."

Explicações:
1) Esse texto é interpretado por alguns
estudiosos como uma indicação de que o
ministério profético chegou ao fim com João,
o Batista. Eles argumentam que Mateus está
dizendo que João foi o último profeta que
pregou antes da vinda de Jesus.

Essa interpretação é baseada na ideia de que


João foi o precursor de Jesus Cristo, e que,
com a chegada de Jesus, o ministério
profético chegou ao fim.
2) Alguns argumentam que o texto de Mateus
11:13-14 não deve ser interpretado
literalmente, mas que deve ser visto como
uma metáfora. Eles sugerem que o texto está
dizendo que João, o batista, foi o último
profeta que pregou a vinda do Messias. Com
a chegada de Jesus, o ministério profético
não chegou ao fim, mas passou a ter um

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novo foco, que é a proclamação do evangelho


de Jesus Cristo.

Argumentos que podem ser usados para


apoiar a interpretação de que os profetas não
só duram até João, o batista:

❖ O livro de Atos dos Apóstolos menciona


vários profetas que atuaram na igreja
primitiva, incluindo:

✓ Ágabo: Ele profetizou a respeito da


prisão de Paulo em Jerusalém (Atos
21:10-11).
✓ Judas e Silas: Enviados pela igreja em
Jerusalém, profetizaram e encorajaram
os irmãos em Antioquia (Atos 15:32).
✓ Barnabé, Simeão, Lúcio, Manaém e
Saulo (Paulo): Eles eram profetas e
mestres em Antioquia (Atos 13:1).
✓ Filipe: Suas quatro filhas eram
profetisas (Atos 21:8-9).

❖ O livro de Apocalipse menciona um


grupo de profetas que estarão presentes
na igreja no fim dos tempos (Apocalipse
11:10-11).
❖ Paulo, no livro de Efésios, menciona os
profetas como um dos cinco ministérios
da igreja (Efésios 4:11).
A referência a João Batista como Elias se
relaciona não apenas à semelhança em seus
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ministérios, mas também à função de


preparar o caminho para a chegada do
Messias. Jesus destaca a importância de
João como o precursor que encerra a era dos
profetas e marca o início de uma nova fase
com a presença do próprio Cristo.

Essa passagem (Mateus 11:13-14) não


implica que os dons proféticos tenham
cessado completamente após João Batista.
Na verdade, vemos a continuidade do
ministério profético no Novo Testamento com
figuras como Ágabo e as profetisas
mencionadas em Corinto (1 Coríntios 11:5).
O papel específico de João Batista como o
"Elias que havia de vir" está relacionado à
sua missão singular de preparar o caminho
para Jesus.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
NÃO HÁ MAIS APÓSTOLOS?
Muitos estudiosos acreditam que
atualmente, não há apóstolos no sentido
mais estrito do Novo Testamento.

A ideia de que atualmente não há apóstolos


no sentido mais estrito do Novo Testamento é
fundamentada em vários aspectos bíblicos.
Embora o termo "apóstolo" seja usado de
maneiras diferentes, especialmente na igreja
primitiva, a designação específica dos Doze

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Apóstolos escolhidos por Jesus carregava


características únicas.

1. Testemunhas Oculares da Ressurreição:


Um dos critérios fundamentais para ser um
apóstolo, conforme estabelecido pela igreja
primitiva, era ter sido testemunha ocular da
ressurreição de Jesus. Em Atos 1:21-22,
durante a escolha de um substituto para
Judas Iscariotes, Pedro enfatiza a
importância de alguém que tenha
acompanhado Jesus desde o batismo até a
ascensão e tenha sido testemunha de Sua
ressurreição.

2. Escolha Direta por Jesus: Os Doze


Apóstolos foram escolhidos diretamente por
Jesus. Em Marcos 3:13-14, Jesus chama
doze para estarem com Ele e para enviá-los a
pregar, marcando uma escolha específica
para o papel apostólico.

3. Papel Fundacional: Os apóstolos


desempenharam um papel fundamental na
fundação da igreja, sendo comparados aos
alicerces de um edifício, conforme
mencionado por Paulo em Efésios 2:20.

Com base nesses princípios bíblicos, muitos


cristãos entendem que, embora existam
líderes espirituais e mensageiros na igreja
atual, o papel específico dos Doze Apóstolos
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no sentido mais estrito do Novo Testamento


não é replicado nos dias de hoje.

4. Qual é a razão para a designação de


muitos líderes evangélicos como
"apóstolos" nos dias de hoje?
A designação de muitos líderes evangélicos
como "apóstolos" nos dias de hoje é
frequentemente baseada em interpretações
mais amplas do termo, distanciando-se do
sentido estrito do Novo Testamento. Alguns
creem que, além dos apóstolos originais, o
título pode ser aplicado a líderes
contemporâneos que desempenham um
papel significativo na expansão e
estabelecimento das igrejas. No entanto, as
opiniões sobre esse uso variam e nem todos
concordam com essa aplicação do termo
"apóstolo" nos tempos modernos.

II - AS QUALIFICAÇÕES MORAIS DO
MINISTÉRIO (1 Tm 3.2-7)
1. Qualificações de natureza moral 1 Tm
3.2-7 ACF)
A Palavra de Deus, em 1 Timóteo 3:2-7
(ACF), apresenta criteriosamente as
qualificações morais para aqueles que
lideram na igreja.

1. Irrepreensível:

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Explicação: A chamada à
irrepreensibilidade destaca a necessidade de
uma conduta íntegra e sem manchas.

Base Bíblica: Filipenses 2:15 ressalta a


importância de sermos irrepreensíveis no
meio de uma geração corrompida.

2. Marido de uma mulher:


Explicação: Essa qualificação destaca a
importância da fidelidade matrimonial e da
liderança no âmbito familiar.

Base Bíblica: Mateus 19:5 sublinha a união


matrimonial como uma expressão do plano
divino.

3. Vigilante:
Explicação: A vigilância indica a prontidão
espiritual, alerta contra as artimanhas do
inimigo.
Base Bíblica: 1 Pedro 5:8 nos adverte sobre
a importância de sermos vigilantes contra as
investidas do diabo.

4. Sóbrio:
Explicação: A sobriedade envolve um
equilíbrio mental e emocional, evitando
excessos prejudiciais.

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Base Bíblica: Tito 2:2 destaca a sobriedade


como uma característica essencial,
especialmente para os mais velhos na fé.

5. Honesto:
Explicação: A honestidade é a base de um
caráter confiável, refletindo a verdade de
Cristo.

Base Bíblica: Provérbios 12:17 destaca a


importância da honestidade como
fundamento sólido.

6. Hospitaleiro:
Explicação: A hospitalidade revela um
coração generoso e acolhedor, essencial para
líderes.

Base Bíblica: Hebreus 13:2 nos encoraja a


praticar a hospitalidade, pois alguns, sem
perceber, acolhem anjos.

7. Apto para ensinar:


Explicação: A capacidade de ensinar indica
a habilidade de comunicar a Palavra de Deus
com clareza.

Base Bíblica: 2 Timóteo 2:2 destaca a


importância de transmitir fielmente o ensino
a outros.

8. Não dado ao vinho:

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Explicação: Alguns estudiosos acreditam


que Paulo está se referindo especificamente
ao vinho fermentado, que é o tipo de vinho
que é comum hoje em dia. Outros estudiosos
acreditam que Paulo está se referindo a
qualquer tipo de bebida alcoólica, incluindo
vinho não fermentado, como o vinho de uvas
passas.

O álcool é uma substância depressiva que


afeta o sistema nervoso central. Evitar o uso
de álcool preserva a clareza mental e a
integridade moral.

Base Bíblica: Provérbios 20:1 adverte sobre


os perigos do vinho e das bebidas fortes.

9. Não espancador:
Explicação: A proibição de violência destaca
a necessidade de liderar com amor e
gentileza.

Base Bíblica: Colossenses 3:19 nos exorta a


não sermos ásperos com nossos familiares.

10. Não cobiçoso de torpe ganância:


Explicação: A aversão à ganância destaca a
importância de liderar com desapego
material.

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Base Bíblica: Hebreus 13:5 nos lembra da


necessidade de contentamento, evitando a
cobiça.
11. Moderado:
Explicação: A moderação envolve a
temperança em todas as áreas da vida,
evitando excessos.

Base Bíblica: Filipenses 4:5 nos exorta a


sermos conhecidos pela moderação diante de
todos.

12. Não contencioso:


Explicação: Evitar contendas destaca a
necessidade de promover a paz e a unidade.

Base Bíblica: Provérbios 17:14 adverte sobre


o prejuízo das contendas e a importância de
evitá-las.

13. Não avarento:


Explicação: A avareza é o desejo exagerado
por riquezas e bens materiais. É uma forma
de idolatria, pois coloca os bens materiais
acima de Deus.

Base Bíblica: Lucas 12:15 alerta contra a


avareza, destacando a verdadeira riqueza na
comunhão com Deus.

14. Que governe bem a sua própria casa:

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Explicação: A habilidade de liderar em casa


é um indicador da capacidade de liderar na
igreja.

Base Bíblica: 1 Timóteo 3:4-5 reforça a


importância de liderar a família com
sabedoria e respeito.

15. Tendo seus filhos em sujeição, com


toda a modéstia:
Explicação:
✓ A sujeição é o ato de se submeter a
alguém ou a algo. No contexto da
educação dos filhos, a sujeição significa
que os filhos devem obedecer aos seus
pais.
✓ A modéstia é a qualidade de ser
modesto, de ter moderação. No contexto
da educação dos filhos, a modéstia
significa que os pais devem educar seus
filhos de forma respeitosa e digna.

Base Bíblica: Efésios 6:4 destaca a


responsabilidade dos pais em criar os filhos
na disciplina e instrução do Senhor.

16. Não neófito:


Explicação: Evitar líderes recém-convertidos
destaca a necessidade de maturidade
espiritual.

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Base Bíblica: 1 Timóteo 3:6 adverte sobre o


perigo de cair na condenação do diabo por
falta de maturidade.

17. Convém também que tenha bom


testemunho:
Explicação: Um bom testemunho é a
evidência visível do caráter íntegro e fiel do
líder. É o que os outros veem e percebem no
líder, que o leva a ser respeitado e admirado.

Base Bíblica: Mateus 5:16 destaca a


importância de deixar nossa luz brilhar
diante dos homens, glorificando a Deus.

Ao compreendermos e aplicarmos essas


qualificações, não apenas cumprimos
requisitos, mas investimos na formação de
líderes verdadeiramente piedosos.

2. Qualificações de natureza social (Tt 1.7


ACF)
No contexto de Tito 1:7, as características
mencionadas, como "não soberbo" e "nem
iracundo", podem ser consideradas tanto
qualificações morais quanto sociais. Elas têm
uma aplicação tanto no caráter individual
(moral) quanto na interação social.

✓ Qualificações Morais: Refere-se à


conduta ética e caráter pessoal do líder,
como a humildade e o controle
emocional.
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✓ Qualificações Sociais: Estão


relacionadas à interação do líder com a
comunidade, mostrando a importância
de não agir de maneira arrogante e
controlar a raiva para manter
relacionamentos saudáveis.

A) Não soberbo
A soberba é o orgulho excessivo, a
arrogância. Um líder não deve ser soberbo
porque isso pode levar a um comportamento
arrogante, que pode prejudicar o seu
relacionamento com os outros, incluindo os
membros da igreja e os não-cristãos.

A Bíblia condena a soberba em vários


lugares. Por exemplo, em Provérbios 16:18,
está escrito: "A soberba precede a ruína, e a
altivez do espírito precede a queda." Em
Tiago 4:6, está escrito: "Deus resiste aos
soberbos, mas dá graça aos humildes."

Um líder cristão deve ser humilde,


reconhecendo que sua autoridade vem de
Deus. Ele deve ser respeitoso com os outros,
independentemente de sua posição ou
status.

B) Nem iracundo
Não “iracundo" significa não ser propenso à
raiva descontrolada. A ira é uma emoção
natural, mas pode ser destrutiva se não for
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controlada. Um líder não deve ser iracundo


porque isso pode levar a um comportamento
violento ou abusivo.

A Bíblia condena a ira em vários lugares. Por


exemplo, em Efésios 4:26, está escrito: "Irai-
vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre
a vossa ira." Em Colossenses 3:8, está
escrito: "Mas agora, despojai-vos de tudo
isto: ira, indignação, maldade, maledicência,
linguagem obscena do vosso falar."

Um líder cristão deve ser paciente e


perdoador. Ele deve ser capaz de resolver
conflitos de forma pacífica e construtiva.

DOSE DE CONHECIMENTO
"Raiva" e "ira" são termos relacionados, mas
podem ter nuances ligeiramente diferentes
em seu significado.

Raiva: Refere-se a uma emoção humana


normal em resposta a uma provocação,
frustração ou injustiça. A raiva, por si só,
não é necessariamente negativa. Pode ser
uma resposta natural a certas situações, e a
Bíblia adverte contra o pecado cometido na
ira descontrolada (Efésios 4:26).

Ira: Pode ser uma forma mais intensa e


prolongada de raiva. Na Bíblia, a ira muitas

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vezes se refere a um estado mais persistente


de emoção intensa. No contexto das
Escrituras, a ira é frequentemente associada
a um comportamento pecaminoso quando
não é controlada adequadamente.

Ambos os termos têm implicações morais e


são frequentemente mencionados nas
Escrituras em contextos que enfatizam o
autocontrole, a paciência e a busca da
justiça de maneira equilibrada.

III - DIÁCONOS E PRESBÍTEROS (At


6.1-7; Atos 14.23)
1. Diáconos: Servindo com Dedicação na
Esfera Social da Igreja
O Novo Testamento nos conduz ao início do
diaconato em Atos 6:1-7, revelando que o
cerne do verbo grego diakoneo é "servir". Este
termo é mencionado 37 vezes, destacando a
importância do serviço. Em Atos 6.2,
testemunhamos a origem do diaconato, um
serviço voltado à esfera social da igreja.
Esses servos dedicados, diáconos, abraçam o
chamado de servir de maneira prática,
seguindo o exemplo estabelecido na
comunidade cristã primitiva.

2. Presbíteros: Anciãos que Guiam e


Cuidam das Ovelhas

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O termo grego presbyteros, traduzido como


"presbíteros", aparece 66 vezes no Novo
Testamento. Em Atos 14:23, vemos que esses
líderes desempenham um papel vital,
presidindo as igrejas e zelando pelo rebanho
espiritual. Essa função pastoral se destaca
novamente em Atos 20:17, quando Paulo se
encontra com os presbíteros de Éfeso. Os
presbíteros não apenas supervisionam, mas
também pastoreiam, guiando a comunidade
com sabedoria e cuidado pastoral.

3. Compreendendo o Chamado: Uma


Perspectiva de Serviço e Liderança
À luz dessas evidências bíblicas, percebemos
que diáconos e presbíteros desempenham
papéis distintos, mas ambos são
fundamentais para a saúde e o florescimento
da comunidade cristã. Os diáconos, com seu
serviço prático, atendem às necessidades
sociais, enquanto os presbíteros, como guias
espirituais, lideram e pastoreiam o rebanho
de Deus. Essa colaboração entre diferentes
ministérios reflete a diversidade e a
interdependência necessárias para edificar
uma igreja vibrante e equilibrada.

CONCLUSÃO
O ministério da igreja é a obra de Deus no
mundo, realizada por meio de pessoas que
são chamadas para servir a Deus e ao seu
povo.

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Subsídio 8: A Disciplina na
Igreja

VERSÍCULO CHAVE:
E vocês se esqueceram
LEITURA da exortação que lhes é
BÍBLICA: dirigida, como a filhos:
“Filho meu, não
despreze a correção
Hebreus 12.5-13 que vem do Senhor,
nem desanime quando
você é repreendido por
ele (Hebreus 12:5 NAA).

Pensamento Cristão
A disciplina de Deus é um ato de amor e
cuidado. Ela visa corrigir nossos caminhos
errados e nos ajudar a viver de acordo com
os princípios divinos.

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INTRODUÇÃO
A palavra grega para "disciplina" na Bíblia é
"paideia". Essa palavra é usada em vários
contextos para se referir à instrução,
treinamento, educação e disciplina,
especialmente no sentido de correção e
orientação para promover o crescimento e
desenvolvimento. Aqui analisaremos e
veremos os tipos de disciplinas na Bíblia.

I - A DISCIPLINA NA BÍBLIA
Um versículo fundamental que destaca a
natureza da disciplina divina é Provérbios
3:11-12 (NVI): "Meu filho, não despreze a
disciplina do Senhor, nem se magoe com a
sua repreensão, pois o Senhor disciplina a
quem ama, assim como o pai faz ao filho de
quem deseja o bem." Aqui, a relação entre
amor e disciplina é clara, mostrando que a
disciplina não é um ato de raiva, mas de
amor benevolente.

1. Significado de Disciplina
No contexto bíblico, a disciplina vai além de
meras punições. Ela envolve ensinamento,
correção e treinamento para o
desenvolvimento espiritual.

Biblicamente, a disciplina para o servo de


Deus é um ato de amor e orientação divina
que visa moldar o caráter e promover a

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santificação. Vejamos alguns aspectos


fundamentais:

A) Correção e Instrução
A disciplina para o servo de Deus envolve
correção e instrução, conforme Provérbios
3:11-12 destaca. Deus corrige aqueles a
quem ama, assim como um pai corrige seu
filho para o benefício do filho. Isso implica
que a disciplina visa corrigir caminhos
errados e fornecer orientação para um viver
mais alinhado com os princípios divinos.

B) Desenvolvimento Espiritual
Hebreus 12:11 enfatiza que a disciplina não
é apenas uma experiência momentânea de
tristeza, mas um meio de produzir "fruto
pacífico aos que têm sido por ela
exercitados". Para o servo de Deus, a
disciplina é um processo de crescimento
espiritual, um treinamento que leva a uma
colheita de paz e maturidade espiritual.

C) Submissão à Vontade de Deus


Aceitar a disciplina como servo de Deus
implica submissão à vontade divina. Em
Hebreus 12:9, a comparação entre a
disciplina terrena dos pais e a disciplina de
Deus destaca a importância de estarmos em
"muito maior submissão ao Pai dos
espíritos". Isso significa reconhecer a
autoridade de Deus em nossas vidas e
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aceitar Sua disciplina como parte de Seu


cuidado amoroso.

D) Aperfeiçoamento e Santificação
A disciplina busca o aperfeiçoamento do
caráter do servo de Deus. Em 2 Timóteo
3:16-17, vemos que toda a Escritura é útil
para o treinamento na justiça, indicando que
a disciplina contribui para a santificação e
conformidade à imagem de Cristo.

2. O Objetivo principal da Disciplina


O propósito principal da disciplina na Bíblia
é a santificação. Deus nos disciplina para
nos tornarmos participantes de Sua
santidade (Hebreus 12:10). Em 2 Timóteo
3:16-17, vemos que toda a Escritura é útil
para o ensino, repreensão, correção e
treinamento na justiça, indicando que a
disciplina visa moldar-nos conforme a
vontade de Deus.

3. Maneira Bíblica de Aplicar a Disciplina


A aplicação da disciplina na Bíblia é
fundamentada no amor, sabedoria e justiça.
Em Mateus 18:15-17 (NVI), Jesus fornece um
modelo para a disciplina na comunidade
cristã, enfatizando a abordagem pessoal, o
testemunho de testemunhas e, em última
instância, a congregação. Gálatas 6:1 instrui
os crentes a restaurarem aqueles que caíram

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com "espírito de mansidão", destacando a


necessidade de humildade na disciplina.

Em Efésios 6:4 destaca a importância de os


pais exercerem a disciplina de maneira que
esteja alinhada com os princípios divinos,
cultivando um ambiente de aprendizado e
crescimento espiritual para os filhos. A
disciplina, quando integrada com a instrução
do Senhor, torna-se uma ferramenta
poderosa para a formação de uma geração
fundamentada nos valores cristãos.

4. Quando a Igreja Deixa de Disciplinar:


Desafios para a Santidade Cristã
A igreja, como o Corpo de Cristo, é chamada
a ser santa (1 Co 3.16). Cada cristão, como
membro desse Corpo, é instado a refletir essa
santidade (1 Co 6.19). Afinal, a santidade
não é uma opção, mas uma parte intrínseca
da identidade cristã (Ef 1.1).

Dicas de Leitura: 1 Coríntios 3:16; 1


Coríntios 6:19; Efésios 1:1; Hebreus 12:14

A) O Perigo da Falta de Disciplina na


Identidade Cristã
Quando a disciplina é negligenciada, surge a
imagem do crente "mundano" ou "carnal".
Esses rótulos, na verdade, revelam uma falta
de disciplina, indicando que algo não foi
corrigido, ou o crente não foi corrigido, e um
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hábito pecaminoso se instalou. A ausência de


disciplina apaga as linhas que separam o
sagrado do profano.

B) Destruição dos Limites e a


Mundanização da Igreja
A falta de disciplina resulta na destruição do
limite crucial entre o sagrado e o profano.
Uma igreja que não disciplina seus membros
acaba se tornando mundana, contrariando
sua chamada à santidade (Ap 3.19). A
disciplina é essencial para manter a pureza e
a distinção da comunidade cristã.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
CRENTE MUNDANO
Um "crente mundano" é alguém que, apesar
de identificar-se como cristão, vive de acordo
com os valores e padrões do mundo secular
em vez de seguir os princípios bíblicos. Essa
pessoa pode exibir uma fé superficial,
frequentando a igreja, mas suas atitudes,
escolhas de vida e prioridades refletem mais
a influência do mundo do que um
compromisso genuíno com a fé cristã. Em
resumo, é alguém que não traduz sua fé em
Cristo em uma transformação real e visível
em sua maneira de viver.

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Exemplos Bíblicos de Crentes


Mundanos na Igreja

1. Aparência de Piedade sem


Transformação Interna (Mateus 23:27-28)
Jesus, em sua crítica aos líderes religiosos da
época, os chama de "sepulcros caiados",
indicando uma aparência externa de piedade,
mas sem a verdadeira transformação interna.
Um crente mundano na igreja pode
apresentar uma fachada de devoção, mas
seu coração não está verdadeiramente
comprometido com Deus.

2. Participação em Atividades
Pecaminosas sem Arrependimento (1
Coríntios 5:1-2)
O apóstolo Paulo repreende a igreja de
Corinto por tolerar um caso de imoralidade
sem disciplina. Isso destaca a presença de
crentes que, embora envolvidos em
comportamentos pecaminosos, não
experimentam arrependimento genuíno. Um
crente mundano pode estar envolvido em
práticas contrárias à Palavra de Deus, mas
sem uma mudança de coração.

3. Priorização dos Valores do Mundo


(Tiago 4:4)
Tiago adverte contra a amizade com o
mundo, destacando que ser amigo do mundo

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é ser inimigo de Deus. Um crente mundano


na igreja pode priorizar os valores e padrões
do mundo secular em vez de se submeter aos
princípios bíblicos. Isso pode se manifestar
em uma busca desenfreada por riqueza,
fama ou prazeres mundanos.

4. Falta de Compromisso com a


Comunidade e Serviço (Hebreus 10:25)
Hebreus enfatiza a importância de não
abandonar a comunhão dos irmãos. Um
crente mundano pode demonstrar uma falta
de compromisso com a comunidade da
igreja, evitando a participação regular nos
cultos e o serviço aos outros membros. Essa
falta de envolvimento indica uma prioridade
inadequada.

II - PROPÓSITOS DA DISCIPLINA

1. Manter a Honra de Cristo


A) Explicação: O não tratamento do pecado
pode desonrar o nome de Cristo e
comprometer o testemunho cristão, como
evidenciado na censura de Paulo à igreja de
Corinto (Rm 2.24; 1 Co 5.2).

B) Aplicação: O cristão deve estar atento


para tratar o pecado em sua vida, não
apenas pela sua própria santidade, mas
também para preservar a honra de Cristo
diante dos outros. Isso inclui buscar a
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correção quando necessário e manter um


testemunho que glorifica a Cristo.

2. Frear o Comportamento Pecaminoso


A) Explicação: A disciplina atua como um
freio contra o comportamento pecaminoso,
pois o pecado pode se espalhar facilmente,
como a fermentação na massa (1 Co 5.6).

B) Aplicação: O cristão deve reconhecer a


seriedade do pecado e não subestimar seu
potencial de contágio. A disciplina, seja
individual ou na comunidade, é vital para
conter o avanço do pecado e preservar a
pureza na vida cristã.

3. Não Tolerar a Prática do Pecado


A) Explicação: A falta de ação contra o
pecado pode enfraquecer a igreja, como
destacado por Paulo em relação à igreja de
Corinto (1 Co 5.1,2). Tolerar o pecado não é
aceitável, nem dentro nem fora da igreja (Ap
2.20).

B) Aplicação: O cristão é chamado a não


tolerar a prática do pecado em sua vida e na
comunidade cristã. Isso implica em agir com
firmeza e amor para corrigir e confrontar o
pecado, promovendo a pureza e a saúde
espiritual da igreja.

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III – TIPOS DE DISCIPLINAS


1. Disciplina Corretiva
A) Explicação: A disciplina corretiva é aquela
que visa corrigir os erros e falhas do crente
para seu crescimento e formação de caráter
cristão. É comparada à correção de um pai
para com seu filho (Hb 12.7).

B) Alerta Bíblica: "Porque filho há a quem o


pai não corrija?" (Hebreus 12:7). - "E, se
estais sem disciplina, da qual todos são feitos
participantes, sois então bastardos e não
filhos" (Hebreus 12:8). - Exemplo de
correção: Paulo corrigindo Pedro por sua
atitude errada em relação aos gentios
(Gálatas 2:11-14).

2. Disciplina Restauradora
A) Explicação: A disciplina restauradora tem
como alvo trazer o crente que errou de volta
à comunhão e restauração, sem perder de
vista a restauração ao estado anterior de
bem-estar com Deus. É comparada ao reparo
de redes de pesca para voltarem à sua
utilidade (Gálatas 6:1; Mateus 4:21).

B) Alerta Bíblica: "Irmãos, se alguém for


surpreendido nalguma falta, vós, que sois
espirituais, corrigi-o com espírito de
mansidão; e guarda-te para que não sejas
também tentado" (Gálatas 6:1). - Exemplo de
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restauração: Paulo instruindo a igreja de


Corinto a restaurar o faltoso à comunhão (2
Coríntios 2:5-8).

3. Disciplina Cirúrgica
A) Explicação: Conhecida como "cirúrgica",
essa disciplina envolve o desligamento do
crente do Corpo de Cristo em casos mais
graves de persistência no pecado. O
indivíduo perde a condição de membro e é
considerado como "gentio" e "publicano" (1
Coríntios 5:13; Mateus 18:17).

B) Alerta Bíblica: "Tirai, pois, dentre vós a


esse iníquo" (1 Coríntios 5:13). - "Em verdade
vos digo que tudo o que ligardes na terra
será ligado no céu, e tudo o que desligardes
na terra será desligado no céu" (Mateus
18:18). - O desligamento representa a perda
do vínculo de comunhão entre o crente
excluído e a igreja.

4. Disciplina de Alerta
A) Explicação: A disciplina de alerta tem
como objetivo advertir o crente sobre os
perigos de suas ações, buscando evitar que
um comportamento pecaminoso se torne um
hábito. Visa prevenir a disseminação do
pecado na vida do indivíduo (Gálatas 6:1).

B) Alerta Bíblica: "Irmãos, se alguém for


surpreendido nalguma falta, vós, que sois
espirituais, corrigi-o com espírito de
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mansidão; e guarda-te para que não sejas


também tentado" (Gálatas 6:1). - O alerta
busca evitar que o pecado se torne um
comportamento arraigado na vida do crente.

CONCLUSÃO
A disciplina na vida do crente é um meio pelo
qual Deus molda, corrige e restaura. Ao
abraçarmos a disciplina em nossas vidas
individuais e na comunidade da igreja,
permitimos que Deus cumpra Seus
propósitos transformadores, preservando a
honra de Cristo, freando o avanço do pecado,
restaurando o caído e mantendo a pureza da
comunhão cristã.

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Subsídio 9: O Batismo - A
Primeira Ordenança da Igreja

VERSÍCULO CHAVE:

Portanto, ide,
LEITURA
ensinai todas as
BÍBLICA: nações, batizando-
as em nome do Pai, e
Romanos 6.1-11 do Filho, e do
Espírito Santo.” (Mt
28.19)

Pensamento Cristão
O batismo é um momento importante na
vida de um cristão. É um momento de
declarar publicamente a nossa fé em Jesus
Cristo e de nos unir a ele em sua morte e
ressurreição.

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INTRODUÇÃO
Nesta lição, abordaremos o que o batismo
não é, destacaremos os símbolos que
permeiam o batismo em águas,
compreenderemos os propósitos bíblicos por
trás dessa ordenança e examinaremos a
fórmula de Jesus para o batismo. Vamos
esclarecer conceitos, simbolismos e a
essência dessa prática cristã fundamental.

I - O QUE NÃO É O BATISMO


BÍBLICO

1. Não é um Sacramento para Conferir


Graça Independente da Fé
Algumas tradições cristãs, como a tradição
católica e alguns segmentos do
protestantismo histórico, veem o batismo
como um sacramento, um sinal sagrado
capaz de conferir graça espiritual
independentemente da fé. Essa visão,
introduzida por Agostinho, diverge do ensino
bíblico que define o batismo como uma
ordenança. O batismo, segundo a Bíblia, não
possui um poder mágico para conferir graça
salvadora, mas é uma prática dada por
Cristo aos que já foram alcançados pela
graça.

2. Não Tem poder de Salvar

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O entendimento teológico errôneo de


considerar o batismo como necessário para a
salvação vai contra o ensino bíblico. O
batismo, como ordenança, não é um meio de
obtenção de graça, mas uma resposta de fé à
graça já recebida.

A visão bíblica é clara ao afirmar que o


batismo é para os discípulos, ou seja,
àqueles que já professaram fé em Cristo.

A conexão entre a fé e o batismo é reforçada


por passagens bíblicas que destacam o
batismo como um testemunho público da
decisão de seguir a Cristo.

Um exemplo é a resposta de Filipe ao eunuco


etíope, que expressou o desejo de ser
batizado: "Se crês de todo o coração, bem
podes. E, respondendo ele, disse: Creio que
Jesus Cristo é o Filho de Deus" (Atos 8:37).
Aqui, a fé precede o batismo, ressaltando a
natureza da ordenança como uma expressão
visível da crença pessoal.

Paulo, ao escrever aos Gálatas, destaca a


união entre a fé e o batismo, apresentando o
ato como uma resposta à fé em Cristo: "Pois
todos quantos fostes batizados em Cristo já
vos revestistes de Cristo" (Gálatas 3:27).
Neste contexto, o batismo é visto como uma
expressão externa da identificação com
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Cristo, algo realizado por aqueles que já


possuem uma relação de fé com Ele.

3. Não Anula o Pecado Original,


Especialmente em Crianças
O ensinamento equivocado de Agostinho
sobre o batismo anular o pecado original,
especialmente em crianças, vai contra as
palavras de Cristo. A ideia de que os bebês
precisam ser batizados para serem salvos
não encontra respaldo nas Escrituras.
Jesus afirmou que as crianças fazem parte
do Reino de Deus (Mateus 19:14), e o
batismo, conforme o Novo Testamento, é
para aqueles que creem e fazem uma escolha
consciente, o que uma criança, pela falta de
maturidade, não pode realizar.

Ao examinarmos esses pontos, fica evidente


que o batismo, à luz do ensino bíblico, é uma
resposta de fé à graça de Deus, uma
ordenança para os discípulos de Cristo, e
não um meio mágico de conferir salvação ou
anular o pecado original em crianças.

II – SÍMBOLOS DO BATISMO EM
ÁGUAS

1. Imersão na Água
O ato de imergir o crente na água durante o
batismo simboliza a união profunda do

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crente com Cristo, refletindo sua


identificação com a morte, sepultamento e
ressurreição de Jesus. O apóstolo Paulo, ao
escrever aos cristãos em Roma, enfatiza essa
verdade ao declarar que o batismo representa
uma participação na morte e ressurreição de
Cristo: "Ou, porventura, ignorais que todos
nós que fomos batizados em Cristo Jesus
fomos batizados na sua morte? Fomos, pois,
sepultados com ele pelo batismo na morte;
para que, como Cristo foi ressuscitado dentre
os mortos pela glória do Pai, assim andemos
nós também em novidade de vida" (Romanos
6:3-4).

2. Emergir da Água
O momento em que o crente emerge da água
simboliza vividamente a identificação do
cristão com a ressurreição de Cristo. Paulo,
na Carta aos Colossenses, reitera essa
verdade, afirmando que os crentes foram
"sepultados com ele no batismo" e
"ressuscitaram pela fé no poder de Deus"
(Colossenses 2:12). A emergência da água
representa, portanto, não apenas uma nova
vida em Cristo, mas também a realidade
espiritual da ressurreição que o crente
experimenta ao entrar na comunhão com
Jesus.

3. Morte para a Velha Vida e Nova Vida em


Cristo
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O batismo é um símbolo poderoso da morte e


ressurreição de Jesus Cristo. Ele representa
a nossa união com Cristo em sua morte para
o pecado e sua ressurreição para a vida
nova. Ao ser sepultado nas águas, o cristão
representa simbolicamente sua morte para a
velha vida marcada pelo pecado. A afirmação
do apóstolo Paulo sobre ser "sepultados com
ele no batismo" destaca esse aspecto
transformador (Colossenses 2:12).

✓ A morte para a velha vida


Ao sermos sepultados nas águas do batismo,
estamos representando simbolicamente
nossa morte para a velha vida marcada pelo
pecado. Essa velha vida é caracterizada pelo
egoísmo, pela rebeldia contra Deus e pela
escravidão ao pecado.

A Bíblia nos ensina que todos somos


pecadores e que o pecado nos separa de Deus
(Isaías 59:2; Romanos 3:23; 6:23). O pecado
nos torna escravos do mal e nos impede de
experimentar a plenitude da vida em Cristo.
✓ A nova vida em Cristo
Ao emergirmos das águas do batismo,
estamos representando simbolicamente o
início de uma nova vida em Cristo. Essa nova
vida é caracterizada pelo amor, pela
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obediência a Deus e pela liberdade do


pecado. Em Cristo, somos perdoados de
nossos pecados e recebemos uma nova
natureza. Somos feitos novas criaturas e
somos chamados a viver uma vida santa e
obediente a Deus.

Símbolo Descrição Referência


Bíblica
Representa a união
profunda do crente
Imersão com Cristo, Romanos
na Água identificando-se com 6:3-4
Sua morte,
sepultamento e
ressurreição.
Simboliza a
identificação do crente
Emergir com a ressurreição de Colossenses
da Água Cristo, enfatizando a 2:12
nova vida encontrada
em Jesus.
Morte Reflete a
para a transformação Romanos
Velha espiritual do crente, 6:4,
Vida e morrendo para a velha Colossenses
Nova Vida vida marcada pelo 2:12
em Cristo pecado e ressuscitando
para uma nova vida
em Cristo.

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III – PROPÓSITOS DO BATISMO

1. Identificação com Cristo


O batismo simboliza a união do crente com
Cristo em Sua morte, sepultamento e
ressurreição. Ao ser imerso na água e
emergir dela, o crente expressa sua
identificação com a obra redentora de Jesus.
(Romanos 6:3-5)

2. Testemunho Público de Fé
O batismo é um testemunho público da fé do
crente em Jesus Cristo como Senhor e
Salvador. Ao participar do batismo, o
indivíduo declara abertamente sua decisão
de seguir a Cristo perante a comunidade de
fé. (Mateus 28:19, Atos 8:12)

3. Entrada na Comunidade Cristã


O batismo marca a entrada do crente na
comunidade cristã. Ao ser batizado, o
indivíduo torna-se parte visível do Corpo de
Cristo, a igreja, reconhecendo a união com
outros seguidores de Jesus. (1 Coríntios
12:13)

4. Nova Vida em Cristo


O ato de ser submerso nas águas do batismo
simboliza a morte para a velha vida marcada
pelo pecado. Emergir da água representa a
ressurreição para uma nova vida em Cristo,

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vivida em conformidade com os princípios do


Reino de Deus. (Romanos 6:4)

5. Atendimento à Ordem de Cristo


O batismo é uma ordenança dada por Jesus
Cristo aos Seus discípulos. Ao participar do
batismo, o crente obedece à instrução de
Cristo de fazer discípulos e batizá-los.
(Mateus 28:19).

AUXÍLIO TEOLÓGICO 1
OS MOTIVOS POR TRÁS DA RECUSA
AO BATISMO
A recusa em ser batizado por parte de alguns
cristãos pode estar fundamentada em
diferentes motivos. Vejamos.

1. Ignorância ao Sentido do Ato


Alguns cristãos podem rejeitar o batismo
devido à falta de compreensão sobre o
verdadeiro significado desse ato. Isso pode
ser resultado de uma visão equivocada, como
a crença de que, após o batismo, não é mais
permitido cometer qualquer falha. É crucial
esclarecer que o batismo não é uma vacina
contra o pecado, mas sim um testemunho
público da fé e uma expressão simbólica da
identificação com a morte e ressurreição de
Cristo.

2. Falta de Convicção de Fé
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Em alguns casos, a recusa ao batismo pode


ser atribuída à falta de convicção de fé. O
cristão pode não estar plenamente convicto
de sua relação com Cristo ou pode não
compreender completamente a importância
do batismo em sua jornada de fé. Fortalecer
a compreensão teológica e espiritual pode
ajudar a dissipar dúvidas e encorajar a
submissão a esse mandamento cristão.

3. Conscientização das Implicações e


Resistência à Conversão
Há também aqueles que rejeitam o batismo
devido à conscientização das implicações que
esse rito traz. Pode indicar uma resistência
em cortar os laços com o estilo de vida
anterior, demonstrando uma falta de
disposição em se separar do mundo. A
recusa pode refletir uma resistência à
conversão genuína e um apego ao modo de
vida anterior, impedindo a total entrega a
Cristo.

É importante abordar essas questões com


amor, paciência e instrução, buscando
esclarecer os mal-entendidos e encorajando
uma compreensão mais profunda da fé cristã
e da importância do batismo como uma
resposta obediente à obra redentora de
Cristo.

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IV – A FÓRMULA DE JESUS PARA


O BATISMO
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19).

1. Em Nome do Pai
Ao ser batizado "em nome do Pai",
reconhecemos a autoridade e soberania do
Pai Celestial. O Salmo 2:7, que profetiza
sobre o Messias, revela a relação do Pai com
o Filho, estabelecendo a base da autoridade
divina.

2. e do Filho
A inclusão do Filho na fórmula trinitária
destaca a centralidade de Jesus Cristo no
batismo. Romanos 6:4 ressoa com a imagem
do batismo como uma participação na morte
e ressurreição de Cristo, fundamentando a
identificação do crente com a obra redentora
de Jesus.

3. e do Espírito Santo
O processo de conversão começa com a obra
do Espírito Santo no coração do pecador.
João 16:8 destaca que é o Espírito Santo
quem convence o mundo do pecado, da
justiça e do juízo. O batismo verdadeiro é
resultado de uma conversão genuína,
impulsionada pelo Espírito Santo.

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AUXÍLIO TEOLÓGICO 2
A Verdade sobre o Unicismo e a
Fórmula Trinitária no Batismo
O desvio doutrinário conhecido como
unicismo, rejeita a fórmula trinitária do
batismo, optando por batizar em nome de
Jesus apenas. No entanto, essa interpretação
divergente carece de fundamentação sólida.
O unicismo, também conhecido como
modalismo ou "Jesus Somente", é uma
doutrina cristã que rejeita a tradicional
doutrina da Trindade. Em vez de ver Deus
como uma única essência em três pessoas
distintas (Pai, Filho e Espírito Santo), o
unicismo ensina que Deus se manifesta de
diferentes maneiras ou modos, mas não
como três pessoas coexistentes. Isso se
reflete na prática de batizar exclusivamente
em nome de Jesus, negando a fórmula
trinitária. Essa perspectiva é considerada
não ortodoxa por muitas denominações
cristãs tradicionais.
1. Interpretação do Unicismo
O unicismo defende que o batismo deve ser
realizado exclusivamente em nome de Jesus,
citando passagens como Atos 2:38 e 19:5
como suporte para essa prática.

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2. Desmistificação da Interpretação
Ao examinar esses textos, é importante notar
que eles não negam a fórmula trinitária nem
a Trindade. Pelo contrário, enfatizam que o
batismo é realizado na autoridade de Jesus,
refletindo Seu ensino e obra redentora.

3. Atos 2:38 - Na Autoridade de Jesus


Em Atos 2:38, Pedro exorta as pessoas a se
arrependerem e serem batizadas em nome de
Jesus para a remissão de pecados. Isso não
exclui a fórmula trinitária, mas destaca a
importância de reconhecer a autoridade
salvadora de Jesus Cristo.

4. Atos 19:5 - Batizados no Nome do


Senhor Jesus
Em Atos 19:5, Paulo batiza alguns discípulos
em Éfeso no nome do Senhor Jesus. Essa
prática específica não anula a fórmula
trinitária, mas enfatiza a centralidade de
Jesus na experiência do batismo.

5. Rejeição do Desvio Doutrinário


Concluímos que esses textos não negam a
Trindade, mas ressaltam a autoridade e

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importância de Jesus no batismo. Negar a


fórmula trinitária com base nessas
passagens é uma interpretação equivocada.
Portanto, é essencial rejeitar o desvio
doutrinário do unicismo, reconhecendo a
consistência da fórmula trinitária e a
centralidade de Jesus no ato do batismo.

CONCLUSÃO
O estudo do batismo nos ajudou a esclarecer
dúvidas, compreender os seus símbolos e
propósitos bíblicos. Concluímos que o
batismo, seguindo a fórmula de Jesus, é um
testemunho público da nossa fé.

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Subsídio 10: A Ceia do Senhor -


A Segunda Ordenança da Igreja

VERSÍCULO CHAVE:
LEITURA
BÍBLICA: Porque, todas as vezes
que comerdes este pão
e beberdes este cálice,
1 Coríntios anunciais a morte do
11.17-34 Senhor, até que
venha.” (1 Co 11.26)

Pensamento Cristão
A Ceia do Senhor é uma celebração da
morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ela é
um momento de comunhão com Deus e com
outros cristãos.

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INTRODUÇÃO
A prática da Ceia do Senhor, instituída por
Jesus para sua Igreja, é uma das mais
significativas ordenanças cristãs. Neta lição
analisaremos a profundidade dessa
celebração, abordando sua relevância nos
contextos passado, presente e futuro. Além
disso, será discutida a diversidade de
interpretações sobre a Ceia do Senhor dentro
das tradições cristãs.

I - A CEIA, A ORDENANÇA DE JESUS


PARA SUA IGREJA
1. Definição
A Ceia do Senhor, também conhecida como
Santa Ceia ou Comunhão, é uma ordenança
estabelecida por Jesus Cristo para Sua
igreja. Ela é um momento solene de partilha
de pão e vinho, simbolizando o corpo e o
sangue de Cristo, e é celebrada em
obediência ao mandamento deixado por
Jesus durante a Última Ceia.

2. Elementos da Ceia
A) Pão - Representação do Corpo de Cristo
O pão utilizado na Ceia simboliza o corpo de
Cristo, que foi dado em sacrifício na cruz.
Jesus, durante a instituição da Ceia, tomou
o pão, abençoou-o e disse: "Isto é o meu
corpo" (Mateus 26:26; Marcos 14:22; Lucas
22:19; 1 Coríntios 11:24).
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Referência Bíblica:
"Porque eu recebi do Senhor o que também
vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em
que foi traído, tomou o pão..." (1 Coríntios
11:23).

B) Vinho (Suco fresco da uva) - Simbolismo


do Sangue de Cristo
O vinho na Ceia representa o sangue
derramado por Cristo para a remissão dos
pecados. Jesus disse ao tomar o cálice:
"Bebei dele todos; porque isto é o meu
sangue..." (Mateus 26:27-28; Marcos 14:23-
24; Lucas 22:20; 1 Coríntios 11:25).

Referência Bíblica:
"Da mesma sorte, depois de cear, tomou o
cálice, dizendo: Este cálice é o novo
testamento no meu sangue; fazei isto, todas
as vezes que beberdes, em memória de mim."
(1 Coríntios 11:25).

C) O Significado Singular do Cálice na Ceia


do Senhor
A expressão "Bebei dele todos" em grego, no
singular, indica uma comunhão coletiva em
torno de um único cálice. Essa ênfase na
singularidade do cálice reforça a ideia de
união e comunhão entre os participantes na
Ceia do Senhor.

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A linguagem utilizada por Jesus destaca a


importância da participação conjunta e
compartilhada, simbolizando a unidade
espiritual dos que estão presentes na
celebração. Portanto, a sugestão de um único
cálice usado por Jesus e os discípulos na
Ceia do Senhor é consistente com a
interpretação desse versículo.

O cálice é geralmente descrito como o "fruto


da videira" (Mateus 26:29; Marcos 14:25;
Lucas 22:18). Com base na exegese dos
versículos mencionados fica claro que o
líquido dentro do cálice na Ceia do Senhor
era o suco fresco da uva, referido como o
"fruto da videira".

A utilização do termo "fruto da videira"


destaca a natureza natural e não fermentada
do líquido, enfatizando a pureza e a
simplicidade desse elemento na celebração
da Ceia do Senhor. Isso também está
alinhado com a tradição judaica de usar o
suco de uva não fermentado durante
celebrações religiosas, como a Páscoa.

3. Propósito
O propósito central da Ceia do Senhor é
lembrar e proclamar a morte de Jesus até
que Ele volte (1 Coríntios 11:26). Essa
ordenança visa fortalecer a comunhão entre
os membros da igreja, lembrar o sacrifício
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redentor de Cristo, renovar a aliança com


Deus e antecipar a promessa da Ceia no
banquete messiânico futuro. Além disso, a
Ceia é uma expressão de gratidão e
adoração, conduzindo os crentes a um
profundo senso de humildade diante do amor
sacrificial de Cristo.

4. O dia da Celebração
A prática da celebração semanal da Ceia do
Senhor encontra apoio nas Escrituras do
Novo Testamento. O livro de Atos dos
Apóstolos, que relata as atividades da Igreja
Primitiva, nos fornece evidências dessa
prática:

Atos 20:7 menciona uma reunião dos


discípulos no primeiro dia da semana: "No
primeiro dia da semana, estando nós
reunidos para partir o pão, Paulo, que havia
de partir no dia seguinte, falava com eles e
prolongou a prática até a meia-noite."

Aqui, "partir o pão" é uma referência à Ceia


do Senhor, e a frequência semanal é sugerida
pela expressão "no primeiro dia da semana".
1 Coríntios 11:20-26 fornece instruções
detalhadas sobre a celebração da Ceia do
Senhor e diz que os coríntios a realizavam "se
reunindo em assembleia".

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A frequência com que isso acontecia não é


especificamente mencionada, mas o contexto
sugere uma prática regular.

Essas passagens bíblicas indicam a reunião


semanal para a celebração da Ceia do
Senhor.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
A Assembleia de Deus e o dia da Ceia
De acordo com o manual oficial de doutrinas
das Igrejas Assembleias de Deus, são duas
as ordenanças da Igreja: o batismo em águas
e a Ceia do Senhor. Rejeitamos o termo
‫״‬sacramento ‫ ״‬e usamos a palavra
"ordenança", do latim ordo, "fileira, ordem".
Tanto o batismo em águas como a Ceia do
Senhor foram instituídos por Jesus para que
fossem observados pela Igreja.

Já em relação à frequência da celebração da


Ceia do Senhor, da Declaração de Fé observa
que “Pode ser dito que as igrejas do
período apostólico celebravam
semanalmente a Ceia do Senhor: "No
primeiro dia da semana, ajuntando-se os
discípulos para partir o pão" (At 20.7). Nós a
celebramos numa frequência suficiente para
evitar intervalos longos entre os períodos de
reflexão, comunhão e ação de graças”. (2 )
2
Declaração de Fé das Assembleias de Deus – CGADB, 1ª Edição de 2017 – CPAD

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II - A CEIA DO SENHOR: PASSADO,


PRESENTE E FUTURO
A Ceia do Senhor, descrita em passagens
como Mt 26.26-29, Mc 14.22-25, Lc 22.15-20
e 1 Co 11.23-32, transcende o tempo,
conectando o passado, presente e futuro de
forma única e significativa.

1. Sua Importância no Passado


a) Memorial Redentor (1 Co 11.23-26)
A expressão "Memorial Redentor" (gr.
anamnesis) na Ceia do Senhor transcende a
mera lembrança. Ao participarmos,
visualizamos novamente a morte redentora
de Cristo, seu sacrifício no qual encontramos
redenção do pecado e da condenação. Este
memorial não é apenas um olhar para trás; é
uma fonte constante de inspiração e
motivação para resistirmos ao pecado e
evitarmos qualquer vestígio do mal em
nossas vidas (1 Ts 5.22).

b) Ação de Graças pelas Bênçãos (Mt


26.27,28)
Na Ceia do Senhor, participamos de um
momento especial de agradecimento,
expresso pela palavra grega "eucharistia. (3)"
Este é um ato simples, mas profundo, onde
levantamos nossos corações em
reconhecimento por todas as bênçãos e pela

3
"Eucharistia" é uma palavra grega que significa "ação de graças" ou "agradecimento."

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salvação que fluem do sacrifício de Jesus na


cruz.

c) Motivação para Santidade (1 Ts 5.22)


A morte de Cristo, celebrada na Ceia, é nossa
maior motivação para afastar-nos do pecado
e abster-nos de toda aparência do mal.

2. Sua Importância no Presente


a) Comunhão com Cristo e o Corpo (1 Co
10.16,17)
A Ceia é mais que pão e vinho; é um ato de
comunhão (koinonia) com Cristo e com os
membros do corpo de Cristo (1 Co 10.16,17).

b) Reconhecimento da Nova Aliança (1 Co


11.25)
Reconhecemos e proclamamos a Nova
Aliança, reafirmando o senhorio de Cristo e
nosso compromisso de fazer Sua vontade.

c) Antecipação do Reino de Deus (Lc


22.17,18,30)
A Ceia antecipa o reino futuro de Deus e o
banquete messiânico, lembrando-nos da
promessa de que todos os crentes estarão
presentes com o Senhor.

3. Sua Importância no Futuro


a) Antegozo do Reino e Banquete
Messiânico (Mt 8.11; Ap 22.20)

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A Ceia é um antegozo do reino futuro e do


banquete messiânico, onde todos os crentes
se reunirão com o Senhor.

b) Antevê a Volta Iminente de Cristo (1 Co


11.26)
Ao celebrar a Ceia, lembramos da volta
iminente de Cristo para buscar Seu povo,
reforçando a oração "Venha o teu Reino" (Mt
6.10; Ap 22.20).

c) Significado na Fé, Oração e Obediência


(Mt 26.26-29)
A profundidade de toda a importância da
Ceia só se revela quando nos aproximamos
com fé genuína, oração sincera e obediência
à Palavra de Deus, dando significado real a
cada aspecto mencionado.

A Ceia do Senhor transcende o tempo,


conectando passado, presente e futuro em
um ato que nutre a alma e antecipa a
consumação gloriosa do plano redentor de
Deus.

AUXÍLIO EXEGÉTICO
Vinho ou Suco Fresco da Uva?
(Mateus 26:28; Marcos 14:24; Lucas 22:20).

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Os versículos citados acima são as narrativas


da Última Ceia, quando Jesus instituiu a
Ceia do Senhor. Em cada relato, Jesus toma
o "fruto da videira" e o oferece a seus
discípulos, dizendo: "Este é o meu sangue da
nova aliança, derramado em favor de muitos"

A palavra grega traduzida como "fruto da


videira" é oinos, que pode significar tanto
vinho quanto suco de uva. No entanto, a
interpretação mais comum é que Jesus
estava usando oinos no sentido de suco de
uva não fermentado. Essa interpretação é
baseada em uma série de fatores, incluindo:

1. A prática cultural da época.


No primeiro século da era cristã, o vinho
fermentado era geralmente considerado uma
bebida luxuosa, consumida apenas por
pessoas ricas. O vinho não fermentado, por
outro lado, era uma bebida mais comum,
consumida por pessoas de todas as classes
sociais.

2. O contexto da Última Ceia.


Jesus estava estabelecendo uma nova
aliança com seu povo. Essa aliança era um
pacto de amor e graça, não de condenação. O
uso do suco de uva não fermentado, uma
bebida pura e simples, é apropriado para
representar esse pacto.

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A escolha de Jesus de usar o suco de uva


não fermentado na Ceia do Senhor tem uma
série de implicações teológicas.

✓ Em primeiro lugar, ressalta a pureza e


a simplicidade do elemento utilizado por
Jesus para representar seu sangue. O
sangue de Jesus é um sacrifício perfeito
e sem mancha, oferecido por Deus em
favor de sua criação. O uso do suco de
uva não fermentado, uma bebida pura e
simples, simboliza essa pureza e
simplicidade.

✓ Em segundo lugar, a escolha de Jesus


de usar o suco de uva não fermentado
enfatiza a universalidade da Ceia do
Senhor. O vinho fermentado era uma
bebida cara e difícil de obter. O suco de
uva não fermentado, por outro lado, era
uma bebida acessível a todos. Isso
significa que a Ceia do Senhor é um
convite aberto a todos,
independentemente de sua classe social
ou riqueza.

IV - DIFERENTES INTERPRETAÇÕES
DA CEIA DO SENHOR
1. Transubstanciação no Romanismo
O ensino católico romano adota uma
interpretação literal das palavras de Jesus na

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Ceia, defendendo a transubstanciação.


Segundo essa visão, os elementos, pão e
vinho, transformam-se no corpo e no sangue
de Cristo.

Contudo, essa abordagem enfrenta desafios


lógicos, considerando a presença física de
Jesus durante a última Páscoa e os aspectos
metafóricos presentes em outras declarações
de Cristo. Vejamos.

A) Presença física de Jesus durante a


última Páscoa
A transubstanciação implica na
transformação real do pão e do vinho no
corpo e sangue de Cristo. No entanto,
durante a última Páscoa, Jesus estava
fisicamente presente entre os discípulos. Se
ele estava presente fisicamente, a
necessidade de uma transformação literal
dos elementos torna-se questionável.

B) Aspectos metafóricos em outras


declarações de Cristo
Em várias ocasiões, Jesus utilizou linguagem
metafórica para transmitir ensinamentos
espirituais. Por exemplo, quando afirmou ser
a "porta" em João 10:9, não estava se
referindo literalmente a uma porta física. A
interpretação literal das palavras na Ceia
contrasta com a prática de Jesus de usar
metáforas em seus ensinamentos.

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2. Consubstanciação na Tradição Luterana


A tradição luterana se distancia da
transubstanciação, negando a transformação
dos elementos, mas mantém a ideia de que o
corpo físico de Jesus está presente no pão da
Ceia. Esse conceito é conhecido como
consubstanciação. Apesar da divergência
com o catolicismo, a tradição luterana ainda
preserva uma ligação com a presença física
de Cristo nos elementos.

3. Posição Pentecostal
A abordagem pentecostal rejeita a
transubstanciação e a consubstanciação,
entendendo que pão e vinho não se
convertem fisicamente no corpo de Jesus.
Para os pentecostais, esses elementos
simbolizam o corpo e o sangue de Cristo,
enquanto Jesus se faz presente
espiritualmente durante a celebração.
Destaca-se a ênfase no aspecto memorial da
Ceia, em que a presença espiritual de Cristo
é reconhecida na comunhão dos crentes.

CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos as diferentes
interpretações da Ceia do Senhor. Embora
haja diferenças de opinião sobre o significado
dos elementos da Ceia, todos os cristãos
concordam que ela é uma ordenança que nos
convida à reflexão, comunhão e expectativa
da consumação do Reino.

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Subsídio 11: O Culto da Igreja


Cristã

VERSÍCULO CHAVE:
Que fareis, pois,
irmãos? Quando vos
LEITURA ajuntais, cada um de
BÍBLICA: vós tem salmo, tem
doutrina, tem
Efésios 5.15-21 revelação, tem língua,
tem interpretação.
Faça-se tudo para
edificação.”
(1 Co 14.26)

Pensamento Cristão
O culto a Deus é um dos aspectos mais
importantes da vida cristã. É um momento
em que nos reunimos para adorar a Deus e
para nos conectarmos com ele.

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INTRODUÇÃO
Esta lição analisa o culto a Deus em suas
dimensões mais profundas. Ele examina
seus propósitos fundamentais e destrincha a
liturgia que o envolve. Aqui buscaremos
compreender como o culto se torna um canal
vital de conexão espiritual e expressão da fé
cristã.

I - CULTO A DEUS: UM SERVIÇO


SOLENE E SANTIFICADO
O culto a Deus é uma expressão de nossa
adoração e devoção a Ele. É um momento em
que nos reunimos para celebrar sua
grandeza e bondade, e para nos
comprometermos com seu serviço.

1. O que é o Culto Cristão?


A palavra culto vem do latim cultus, que
significa "cultivo, cuidado, reverência". O
termo é usado para descrever uma variedade
de atividades religiosas, incluindo adoração,
louvor, oração, sacrifício e meditação.

Novo Testamento, a palavra grega associada


ao culto é “latreia”, que se refere a adoração
ou serviço divino. Um versículo chave sobre o
culto cristão pode ser encontrado em
Romanos 12:1, onde Paulo exorta os crentes
a oferecerem seus corpos como sacrifício

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vivo, santo e agradável a Deus, considerando


isso como seu culto racional.

O culto cristão pode ser descrito como:

A) Um serviço
O culto é um ato de serviço a Deus. Quando
nos reunimos para cultua-lo, estamos nos
colocando à disposição dele para fazer sua
vontade.

B) Uma entrega
O culto é uma expressão de nossa entrega a
Deus. Quando nos reunimos para adorá-lo,
estamos nos comprometendo a segui-lo e a
obedecer seus mandamentos.

C) Uma reverência
O culto deve ser realizado com reverência e
humildade. Quando nos reunimos para
cultua-lo, devemos nos lembrar da grandeza
e da santidade de Deus.

2. A Solenidade do Culto
A solenidade do culto é uma característica
importante da adoração cristã. Ela implica
respeito tanto no conteúdo quanto na forma,
enfatizando a relevância da adoração.
A) Respeito no Conteúdo
No conteúdo, a solenidade do culto significa
que devemos nos concentrar no que estamos
adorando. Devemos nos lembrar de que
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estamos diante de Deus, o Criador do


universo, o Santo e o Justo. Isso deve nos
levar a um profundo senso de reverência e
respeito.

A Bíblia nos ensina que devemos adorar a


Deus com todo o nosso coração, alma e
mente (Mateus 22:37). Isso significa que
devemos adorar a Deus com todo o nosso
ser, não apenas com nossas palavras, mas
também com nossas ações.

B) Respeito na Forma
Na forma, a solenidade do culto significa que
devemos nos comportar de forma respeitosa.
Isso inclui coisas como:
✓ Chegar ao culto com antecedência e se
preparar para adorar.
✓ Vestir-se de forma apropriada para a
ocasião.
✓ Evitar conversas ou distrações durante
o culto.
✓ Participar ativamente da adoração,
cantando, orando e ouvindo a Palavra de
Deus.

3. A Santidade no Culto
A) Afirmação da Santidade de Deus (Lv
11.44; Is 43.3; 1 Pe 1.15,16)
A santidade de Deus é proclamada na Bíblia,
e o culto deve refletir essa santidade em
reverência.
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B) Limite entre o Santo e o Profano (Ez


44.9; Am 5.21-27; Is 1.13)
O culto no Antigo Testamento exigia a
separação entre o santo e o profano,
destacando a importância da pureza.

C) Viver Cristão e Santidade no Culto (Rm


15.5; 1 Co 11.17,18)
A esfera do culto cristão envolve uma vida
santificada, onde conduta e modo de viver
são considerados, preservando a sacralidade
do culto.

II – OS PROPÓSITO DO CULTO
Os propósitos do culto cristão, à luz da Bíblia
Sagrada, são diversos e podem incluir:

1. Adoração a Deus
O principal propósito do culto é adorar a
Deus. Jesus ensina em João 4:23 que os
verdadeiros adoradores adoram o Pai em
espírito e em verdade.

2. Comunhão dos Crentes


O culto é uma oportunidade para os crentes
se reunirem, compartilharem experiências de
fé e fortalecerem os vínculos fraternos
(Hebreus 10:25).

3. Instrução e Ensino
O culto é um momento para receber
ensinamentos da Palavra de Deus. 2 Timóteo
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3:16 destaca que toda Escritura é útil para o


ensino.

4. Celebração da Ceia do Senhor


A Ceia do Senhor, conforme instruída por
Jesus, é uma parte significativa do culto,
lembrando o sacrifício de Cristo (1 Coríntios
11:23-26).

5. Oração Coletiva
O culto é um momento para a igreja se unir
em oração, conforme exemplificado em Atos
2:42.

6. Confissão de Pecados
O culto pode incluir momentos de reflexão e
confissão individual e coletiva, buscando a
purificação diante de Deus (1 João 1:9).

7. Evangelização
O culto pode ser uma oportunidade de
compartilhar a mensagem do evangelho com
aqueles que ainda não conhecem a Cristo
(Mateus 28:19-20).

8. Expressão de Gratidão
Os cânticos e louvores durante o culto
expressam a gratidão dos crentes por quem
Deus é e pelo que Ele fez (Colossenses 3:16-
17).

9. Renovação Espiritual
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O culto pode ser um meio de renovação


espiritual, fortalecendo a fé e incentivando a
santificação pessoal (Romanos 12:1-2).

10. Ministério uns aos outros


O culto também é um lugar para a prática
dos dons espirituais, onde os membros da
igreja podem ministrar uns aos outros (1
Coríntios 12).

III - A LITURGIA DO CULTO


A palavra liturgia vem do grego leitourgia,
que significa "trabalho do povo". A palavra é
composta de duas raízes gregas: leitos, que
significa "povo", e ergon, que significa "obra"
ou "trabalho". Portanto, "liturgia" pode ser
entendida como "obra do povo" ou "serviço
público".

Na tradição cristã, o termo foi adotado para


descrever as práticas rituais e serviços
religiosos.

O verbo grego leitourgeō aparece apenas uma


vez no Novo Testamento, em Atos 13:2. E foi
é traduzida para o português como
"ministério" ou "serviço".

No contexto deste versículo, a palavra


significa que os cristãos de Antioquia
estavam se reunindo para servir a Deus. Eles
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estavam orando e jejuando para que Deus


abençoasse a missão de Barnabé e Saulo.

Em termos bíblicos, embora a palavra


"liturgia" em si não seja comumente
encontrada na Bíblia, o conceito por trás
dela, de serviço sagrado ou adoração coletiva,
é expresso em vários versículos. Um
versículo chave que ilustra a ideia de serviço
ou ministério ao povo está em Romanos
15:16:

“Para que eu seja ministro de Cristo Jesus


entre os gentios, no sagrado encargo de
anunciar o evangelho de Deus, de modo que
a oferta deles seja aceitável, uma vez
santificada pelo Espírito Santo” (NAA).

Aqui, Paulo se refere ao seu serviço como um


ministro de Cristo, destacando a dimensão
do serviço no contexto da propagação do
evangelho. Embora não utilize a palavra
"liturgia", o verso enfatiza o conceito de
serviço em favor do povo, uma ideia
fundamental na compreensão da liturgia
cristã.

Ouro versículo relacionado à ideia de serviço


público ou culto pode ser encontrado em
Romanos 12:1:

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“Portanto, irmãos, pelas misericórdias de


Deus, peço que ofereçam o seu corpo como
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este
é o culto racional de vocês” (NAA).

O culto racional é um culto que é


fundamentado na compreensão e devoção
consciente. É um culto que é feito com o
coração, não apenas com as mãos. É um
culto que é expresso em nossas ações, não
apenas em nossas palavras.

A liturgia pode incluir uma variedade de


elementos, como a leitura da Bíblia, o canto
de hinos, a oração e a celebração da Ceia do
Senhor.

A liturgia do culto no Movimento Pentecostal


é composta por vários elementos que refletem
o compromisso com a autoridade da Bíblia e
a ênfase na adoração entusiástica. Vamos
destacar esses pontos:

1. Leitura e Exposição da Bíblia


A liturgia pentecostal inicia-se com a
centralidade da Bíblia, que governa crenças,
experiências e práticas.
A leitura e exposição das Escrituras ocupam
um lugar de primazia na dinâmica do culto,
refletindo a necessidade de julgar
ensinamentos à luz da Palavra de Deus.

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A) Exemplo de Jesus na Exposição das


Escrituras
O Senhor Jesus estabeleceu a exposição das
Escrituras como base de seu ministério,
conforme evidenciado em Lucas 4:16-18. O
pastor, ao liderar a liturgia, deve seguir o
exemplo de Jesus, dando importância à
exposição das Escrituras como fundamento
do culto.

B) Ênfase na Doutrina e Instrução


O apóstolo Paulo, ao escrever sobre a liturgia
em Corinto, destaca a necessidade de
"doutrina" e "instrução" como elementos
cruciais (1 Coríntios 14:26).

Os líderes da igreja são incentivados a


dedicar tempo para ensinar e instruir a
congregação nas verdades bíblicas.

2. Adoração como Componente Primordial


Paulo sugere que a adoração tem lugar de
destaque na liturgia pentecostal, colocando-a
em primeiro lugar (1 Coríntios 14:26).

A referência aos Salmos de Davi destaca a


importância de expressar adoração por meio
de cânticos, ressoando na prática da Igreja
Primitiva.

3. Adoração Entusiástica e Cheia do


Espírito
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A adoração na liturgia pentecostal é


caracterizada por entusiasmo, refletindo a
presença do Espírito Santo.

Paulo destaca a adoração de cristãos cheios


do Espírito, ressaltando a natureza vibrante
e inspirada do louvor (Efésios 5:18-20).

4. Ênfase na Reunião Alegre e Ruidosa


William W. Menzies destaca a tradição
pentecostal de reuniões alegres e ruidosas,
onde a congregação expressa coletivamente
seu coração em oração e louvor.

O levantar das mãos e o louvor em alta voz


são práticas integradas à liturgia, refletindo a
percepção da presença de Deus.

A ênfase na reunião alegre e ruidosa no


contexto pentecostal encontra respaldo
bíblico em vários versículos que destacam a
expressão fervorosa da adoração e a
manifestação da presença de Deus.

A) Reuniões Alegres e Ruidosas

"Alegrei-me quando me disseram: Vamos à


casa do Senhor!" (Salmo 122:1, NVI).

Este Salmo destaca a alegria associada à


casa de Deus, sugerindo uma atmosfera
alegre nas reuniões congregacionais.
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B) Levantar das Mãos na Adoração


"Levantem as mãos para o santuário e
bendigam o Senhor" (Salmo 134:2, NVI).

O Salmo 134 incentiva o levantar das mãos


como um gesto de adoração e bênção ao
Senhor, mostrando que essa prática tem
raízes bíblicas.

C) Louvor em Alta Voz


"Cantem de alegria na presença do Senhor, o
Rei" (Salmo 98:6, NVI).
Este versículo sugere a alegria expressa por
meio do louvor audível na presença de Deus,
validando a prática do louvor em alta voz.

D) Manifestação da Presença de Deus


"O Senhor está perto de todos os que o
invocam, de todos os que o invocam com
sinceridade" (Salmo 145:18, NVI).

Este verso destaca a proximidade de Deus


quando invocado sinceramente, fornecendo
base para a percepção da presença divina
durante as reuniões pentecostais.

5. Exercício dos Dons Espirituais


O exercício dos dons espirituais na liturgia
pentecostal é uma prática fundamentada na
crença de que o Espírito Santo concede
habilidades especiais aos crentes para
edificação da igreja. Essa ênfase encontra
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suporte nas Escrituras, especialmente nos


ensinamentos do apóstolo Paulo.

✓ 1 Coríntios 12:4-11
Nesses versículos, Paulo destaca a
diversidade de dons espirituais concedidos
pelo Espírito Santo. Esses dons são vistos
como manifestações do mesmo Espírito,
destinadas a edificar a comunidade cristã.

✓ 1 Coríntios 14:26
Aqui, Paulo instrui a igreja em Corinto sobre
a importância de cada membro contribuir
com seus dons espirituais durante as
reuniões. O propósito é a edificação mútua e
a construção do corpo de Cristo.

✓ Romanos 12:6-8
Neste trecho, Paulo destaca diferentes dons,
enfatizando a diversidade e a importância de
usá-los para o benefício da comunidade.
Cada crente é encorajado a exercer seu dom
de acordo com a graça recebida.

AUXÍLIO EXEGÉTICO
LITURGIA em Atos 13:2

O dicionário grego diz que o verbo leitourgeō


significa "servir, prestar culto". O substantivo
leitourgia é derivado do verbo leitourgeō, e
significa "culto, serviço religioso".

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Portanto, a palavra correta para o contexto


de Atos 13:2 é leitourgeō. Os cristãos de
Antioquia estavam servindo a Deus, e essa
ação era chamada de leitourgeo.

A palavra leitourgia é usada apenas uma vez


no Novo Testamento, e no contexto desse
versículo, ela é uma forma de traduzir o
verbo leitourgeō.

No entanto, a palavra leitourgia é mais


comumente usada no grego moderno para se
referir a um serviço religioso formal. Essa é a
razão pela qual muitos dicionários gregos
listam a palavra leitourgia como a forma
principal do verbo leitourgeō.

Portanto, a palavra correta para o contexto


de Atos 13:2 é leitourgeō. No entanto, a
palavra leitourgia também pode ser usada
nesse contexto, mas ela é uma forma mais
formal de traduzir o verbo leitourgeō.

CONCLUSÃO
O culto a Deus não é apenas uma obrigação,
mas um privilégio. É uma expressão de
nossa fé e amor por Deus, e uma
oportunidade de nos conectarmos com ele
em um nível mais profundo.

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Subsídio 12: O Papel da


Pregação no Culto

VERSÍCULO CHAVE:
Que pregue a
LEITURA palavra, insista,
BÍBLICA: quer seja oportuno,
quer não, corrija,
2 Timóteo 4.1-5 repreenda, exorte
com toda a paciência
e doutrina”
(2 Timóteo 4:2 NAA)

Pensamento Cristão
A pregação bíblica é uma ferramenta
poderosa para a transformação de Pessoas.
Ela é uma forma de comunicar a mensagem de
Deus de maneira clara e eficaz, e de inspirar as
pessoas a viver uma vida de fé e amor.

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INTRODUÇÃO
A pregação bíblica é uma prática
fundamental na disseminação da Palavra de
Deus, sendo um meio pelo qual a mensagem
divina é transmitida e compreendida. Nesta
lição destacaremos quatro pregadores
bíblicos, com ênfase especial em Apolo e
Timóteo. Além disso, examinaremos a
natureza bíblica e cristocêntrica da pregação,
buscando exemplos claros nas Escrituras
para enriquecer nosso entendimento.

I – A PREGAÇÃO BÍBLICA:
PROCLAMANDO A VERDADE
SAGRADA

1. Definição da Pregação na Bíblia


"Kêrysso" é o verbo grego que significa
"pregar". É derivado da palavra "kêrygma",
que significa "proclamação". No contexto
bíblico, "kêrysso" refere-se à proclamação
pública da mensagem de Deus.

A pregação Bíblica, refere-se à comunicação


pública da Palavra de Deus. É um ato que
vai além da mera exposição de textos,
envolvendo a proclamação apaixonada e fiel
das verdades divinas para transformação de
vidas.

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O versículo de 2 Timóteo 4:2 é um dos mais


importantes da Bíblia para a compreensão da
pregação. Ele mostra que a pregação é uma
tarefa essencial para os cristãos, pois é o
meio pelo qual a Palavra de Deus é
comunicada ao mundo.

No versículo, Paulo exorta Timóteo a pregar a


Palavra de Deus "a tempo e fora de tempo".
Isso significa que a pregação deve ser feita
sempre, independentemente das
circunstâncias. Ela deve ser feita "com toda a
longanimidade e doutrina", ou seja, com
paciência e sabedoria.

2. A Proclamação da Palavra de Deus (Mt


4.23)
O Evangelho de Mateus 4:23 destaca a
prática central de Jesus durante seu
ministério terreno: "E percorria Jesus toda a
Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando
o evangelho do reino e curando toda sorte de
doenças e enfermidades entre o povo." Aqui,
vemos a tríplice missão de Jesus: ensinar,
pregar e curar, evidenciando a importância
da pregação na divulgação do reino de Deus.

3. Exemplos e Características de
Pregadores da Bíblia
A) Apolo
A Bíblia menciona Apolo em algumas
passagens, proporcionando uma visão mais
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abrangente sobre sua contribuição e impacto


no contexto do Cristianismo primitivo. Além
de Atos 18:24-28, onde ele é introduzido,
Apolo é mencionado em outras partes do
Novo Testamento:

1 Coríntios 1:12; 1 Coríntios 3:4-6; 1


Coríntios 16:12

Apolo, era um discípulo eloquente e


poderoso, é apresentado em Atos 18:24-28
como um pregador cujas características
transcendem o texto, deixando-nos um
legado inspirador de como a pregação bíblica
deve ser realizada.

Em Atos 18:24, Apolo é descrito como


"homem eloquente e poderoso nas Escrituras".
A palavra "eloquente" não apenas se refere à
sua habilidade retórica, mas também destaca
sua profunda erudição e habilidade em
comunicar a mensagem de Deus com clareza
e impacto. Sua eloquência não era apenas
uma questão de palavras, mas de um
entendimento profundo das Escrituras,
refletindo uma dedicação ao estudo diligente.

Apolo, sendo "poderoso nas Escrituras",


contextualiza suas mensagens com uma base
sólida na Palavra de Deus. Sua pregação não
era baseada em ideias próprias, mas
enraizada nas verdades divinas. Essa é uma
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lição valiosa para os pregadores


contemporâneos, enfatizando a importância
de fundamentar a mensagem na autoridade
das Escrituras.

Outro aspecto crucial de Apolo como


pregador é seu fervor espiritual. Embora Atos
18:25 mencione que ele conhecia apenas o
batismo de João, seu entusiasmo e
compromisso com a mensagem eram
evidentes. Essa paixão espiritual não só
adicionava vida às suas palavras, mas
também inspirava transformação nas vidas
daqueles que o ouviam.

A precisão de Apolo ao ensinar sobre Jesus,


mencionada em Atos 18:25, revela uma
humildade admirável. Mesmo com uma
compreensão inicial limitada, ele não hesitou
em aprimorar seu entendimento. Essa
disposição para o crescimento e a busca
constante pela verdade destaca a
importância de uma abordagem humilde e
receptiva na pregação.

Assim, ao considerarmos as características


de Apolo como pregador, somos desafiados a
buscar uma eloquência fundamentada nas
Escrituras, a nutrir um fervor espiritual
genuíno e a perseguir a precisão na
proclamação de Jesus, aprendendo com a

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abordagem exemplar desse discípulo


dedicado.

B) Timóteo
Timóteo, o discípulo fiel do apóstolo Paulo,
recebeu instruções vitais sobre a prática da
pregação, destacando elementos essenciais
para um ministério eficaz. Em 2 Timóteo 4:2,
encontramos uma síntese poderosa dessas
características:

✓ Prega a palavra
A centralidade da Palavra de Deus na
pregação de Timóteo é evidente. Ele é
instruído a proclamar as Escrituras,
enfatizando a importância de fundamentar a
mensagem nas verdades divinas. Isso
ressalta a base sólida e a autoridade que a
Palavra de Deus deve ter na pregação cristã.
✓ Insta a tempo e fora de tempo
Timóteo é exortado a pregar
incansavelmente, independentemente das
circunstâncias. A expressão "a tempo e fora
de tempo" destaca a urgência e a constância
da pregação, sugerindo que a proclamação
da Palavra não deve ser limitada por
conveniências temporais, mas deve ser uma
prática contínua e perseverante.

✓ Admoesta, repreende, exorta


Timóteo é orientado a desempenhar
diferentes papéis na pregação. A
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admoestação, a repreensão e a exortação


indicam uma abordagem abrangente que lida
tanto com instrução quanto com correção.
Isso reflete a responsabilidade do pregador
em orientar, corrigir e encorajar a
congregação de maneira equilibrada.

✓ Com toda longanimidade


A longanimidade, ou paciência, é uma
qualidade vital destacada na instrução a
Timóteo. Isso indica que a pregação deve ser
acompanhada de uma atitude paciente e
compassiva, reconhecendo que o crescimento
e a transformação podem levar tempo. A
paciência é uma expressão do amor pastoral
na pregação.

✓ E ensino
O ensino sólido é uma parte integrante da
pregação de Timóteo. Além da proclamação,
a instrução e a explicação clara das verdades
bíblicas são enfatizadas. Isso destaca a
importância de garantir que a congregação
compreenda profundamente os
ensinamentos da Palavra de Deus.
C) Outros exemplos Bíblicos de Pregadores

(1) Paulo: A vida de Paulo não apenas


testifica sua habilidade como ensinador, mas
ressalta sua paixão e fidelidade como
pregador do Evangelho de Cristo. Sua
pregação era enraizada na revelação de
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Cristo, tornando-se um instrumento crucial


na expansão do Evangelho.

Referências sobre Paulo como Grande


Pregador:
1 Coríntios 1:17; 1 Tessalonicenses 2:13; 2
Timóteo 4:7

(2) Pedro: Pedro, demonstra coragem e


autoridade na pregação, guiado pelo Espírito
Santo. Sua mensagem eloquente e centrada
em Cristo impacta profundamente os
ouvintes (Atos 2:14-36).

(3) Estêvão: Estêvão, um dos primeiros


diáconos, destaca-se como pregador e mártir.
Sua mensagem abrangente e disposição de
perdoar até o fim ilustram a profundidade da
fé cristã e o poder transformador da Palavra
de Deus (Atos 7:1-60).

4. Pregação Bíblica e Cristocêntrica


A pregação bíblica, para ser eficaz, deve ser
fundamentada nas Escrituras e centrada em
Cristo. A abordagem bíblica busca extrair
verdades das Escrituras, enquanto a
cristocêntrica destaca a centralidade de
Jesus em toda a mensagem.
A) Bíblica
Uma pregação bíblica baseia-se nas
Escrituras como autoridade máxima,

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garantindo que cada ensinamento seja


fundamentado na Palavra de Deus.

B) Cristocêntrica
Uma pregação cristocêntrica coloca Jesus no
centro da mensagem, reconhecendo-O como
o cumprimento das promessas divinas e o
único caminho para a salvação.

C) Exemplo Bíblico
O exemplo bíblico de uma pregação
cristocêntrica pode ser encontrado em Lucas
24:27, quando Jesus, após sua ressurreição,
explicou a dois discípulos no caminho de
Emaús como todas as Escrituras apontavam
para Ele.

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II - OS MÚLTIPLOS ASPECTOS DA
PREGAÇÃO: REVELANDO,
ENSINANDO E TRANSFORMANDO

Aspectos da
Aplicação
Pregação
A pregação é um meio divino
1. Proclamação como para Deus se revelar aos
Canal de Revelação corações endurecidos,
Divina oferecendo uma oportunidade
íntima de conhecer a Deus.
A pregação, além de ultrapassar
a transmissão de ideias
2. Importância da pessoais, enfatiza a necessidade
Clareza na Exposição de exposição clara e
compreensível das verdades
divinas, possibilitando uma
compreensão profunda e
acessível das Escrituras.
Vai além da transmissão de
informações, sendo um
3. Pregação como poderoso instrumento de
Instrumento de transformação que liberta, cura
Transformação e impacta vidas. A aplicação
inclui a busca pela
transformação pessoal e a
compreensão do poder redentor
da mensagem pregada.

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A pregação da Palavra de Deus transcende a


mera transmissão de ideias; é um ato
divinamente ordenado que vai além do
discurso humano. Neste ponto analisaremos
os Múltiplos Aspectos da Pregação, com foco
na nossa missão de revelar Deus às pessoas.

1. A Proclamação como Canal de


Revelação Divina
(1 Coríntios 1:21)
A pregação não é apenas uma exposição de
palavras, mas um meio pelo qual Deus
escolhe revelar-se aos corações endurecidos.
É um ato divino de comunicação que
transcende as limitações humanas,
oferecendo a oportunidade de conhecer a
Deus de maneira íntima.
✓ Romanos 10:14-15 afirma que a
pregação é essencial para que as
pessoas ouçam a Palavra de Deus. A
pregação é o meio pelo qual Deus fala ao
mundo, e é através dela que as pessoas
podem conhecer a sua verdade.
✓ Hebreus 4:12 afirma que a Palavra de
Deus é viva e eficaz. Ela é capaz de
penetrar até o coração e a mente das
pessoas, e de transformar suas vidas.
✓ 1 João 1:1-3 afirma que a Palavra de
Deus é a vida eterna. Ela é a
manifestação de Deus no mundo, e é
através dela que as pessoas podem ter
comunhão com Deus.

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De acordo com as referências acima,


podemos concluir que a pregação é um canal
de revelação divina porque ela é o meio pelo
qual a Palavra de Deus é proclamada ao
mundo.

2. A Pregação como Comunicação


Cuidadosa e Clara
Enquanto a pregação transcende a simples
transmissão de ideias pessoais, ela não deixa
de ser um ato cuidadoso e claro de
comunicação. Jesus, como Mestre supremo,
não apenas proclamou o Reino, mas também
ensinou, ressaltando a importância da
exposição nítida e compreensível das
verdades divinas na pregação (Mateus 4:23;

Na verdade, o termo "exposição" destaca a


responsabilidade do pregador em apresentar
as Escrituras de forma acessível, tornando-
as compreensíveis para a congregação. O
pregador não apenas compartilha conceitos
abstratos, mas, por meio de uma exposição
fiel, ilumina a compreensão dos ouvintes
sobre as profundas verdades da Palavra de
Deus.

✓ Mateus 5:1-2 mostra que Jesus era um


mestre habilidoso que sabia como
comunicar as verdades de Deus de
forma clara e acessível. Ele usou
parábolas, ilustrações e exemplos do
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cotidiano para ajudar as pessoas a


entenderem o seu ensino.
✓ Lucas 8:4-8 mostra que Jesus também
entendia a importância de uma boa
preparação para a pregação. Ele
planejou cuidadosamente o seu ensino e
usou exemplos que eram relevantes para
o seu público.

3. A Pregação como Instrumento de


Transformação
A proclamação vai além de transmitir
informações; é um instrumento de
transformação. Jesus, ao citar Isaías (Lucas
4:18), revelou que a pregação não apenas
comunica a mensagem, mas liberta os
cativos, cura os quebrantados e transforma
vidas. Isso destaca o poder intrínseco da
pregação como um meio de operar a obra
redentora de Deus.

III - IMPORTÂNCIA DO MINISTÉRIO DA


PREGAÇÃO

1. Edificação da Igreja
O ministério da Palavra é visto como
instrumento de exortação e edificação,
conforme expresso nas instruções de Paulo a
Timóteo e na descrição da igreja na
"consolação do Espírito Santo".

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➢ Leitura indicada: 1 Timóteo 4:13; Atos


9:31

2. Formação de Consciência Cristã


A pregação é crucial para estabelecer uma
cosmovisão bíblica, delineando de forma
didática os valores, crenças e ações da igreja.
Isso é essencial para resistir à hostilidade da
cultura secular.

➢ Leitura indicada: Romanos 12:2;


Efésios 5:8; Colossenses 2:8

3. Combate à Incredulidade e Influência


Secular
Jesus, Pedro e Paulo alertaram contra a
influência negativa de uma cultura sem
Deus, exortando a resistir à incredulidade e
não se conformar com a presente era.

➢ Leitura indicada: Mateus 17:17; Atos


2:40; 2 Timóteo 4:10

CONCLUSÃO
Entendemos que a pregação é mais do que
uma atividade humana; é uma colaboração
divina. Seu propósito vai além de palavras
eloquentes; é a manifestação de Deus ao
coração humano. Que cada pregador, ao
assumir o púlpito, esteja consciente dos
profundos propósitos da pregação, revelando
a luz divina aos que estão em trevas e
transformando vidas pela verdade eterna.
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Subsídio 13: O Poder de Deus na


Missão da Igreja

VERSÍCULO CHAVE:
Mas vocês receberão
poder, ao descer sobre
LEITURA vocês o Espírito Santo,
BÍBLICA: e serão minhas
testemunhas tanto em
Atos 13.1-4 Jerusalém como em
toda a Judeia e Samaria
e até os confins da
terra
(Atos 1:8 NAA).

Pensamento Cristão
Os cristãos devem buscar o poder do
Espírito Santo em suas vidas. Eles podem
fazer isso orando, lendo a Bíblia e
participando de atividades de comunhão
cristã.

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INTRODUÇÃO
O Espírito Santo é uma pessoa divina que
desempenha um papel fundamental na vida
dos cristãos. Ele é o nosso Consolador, o
nosso Guia e o nosso Poder. A influência do
Espírito Santo é claramente evidente no
ministério de Jesus e na igreja primitiva.

Nesta lição, examinaremos a influência do


Espírito Santo no ministério de Jesus e na
igreja primitiva. Também veremos como essa
influência pode nos motivar a fazer missões
no poder do Espírito.

I - A INFLUÊNCIA DO ESPÍRITO
SANTO NO MINISTÉRIO DE JESUS E
NA IGREJA PRIMITIVA
1. A Necessidade Imperiosa do Espírito
Santo

A) Testemunhas Capacitadas
O Evangelho de Lucas e o Livro de Atos,
ambos escritos pelo próprio Lucas, oferecem
uma perspectiva clara sobre a importância
vital do Espírito Santo na vida dos cristãos.
Lucas destaca que a atuação do Espírito é a
pedra angular que capacita os seguidores de
Cristo a serem testemunhas eficazes do
Senhor. Essa capacitação é intrinsecamente
ligada ao revestimento do poder do Espírito,

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referido por Jesus como o "poder do alto"


(Lucas 24.49).

A promessa de serem testemunhas


capacitadas não é apenas uma sugestão,
mas uma necessidade imperiosa. Lucas, ao
relatar o ministério de Jesus e a trajetória da
igreja primitiva, ressalta que, sem a atuação
do Espírito Santo, a qualificação para
testemunhar seria incompleta.

B) Poder do Alto
Após sua ressurreição, Jesus apareceu aos
discípulos em várias ocasiões, durante as
quais ele os instruiu e os preparou para sua
missão de espalhar o evangelho pelo mundo.
Em uma dessas ocasiões, Jesus falou sobre a
importância de serem testemunhas
capacitadas. Ele disse:

"Eis que envio sobre vós a promessa de meu


Pai; ficai, pois, na cidade, até que do alto
sejais revestidos de poder" (Lucas 24:49).

Nessa passagem, Jesus faz uma clara


conexão entre a promessa de testemunhas
capacitadas e o revestimento do poder do
Espírito. O poder do Espírito é essencial para
que os cristãos sejam eficazes em sua missão
de testemunhar de Jesus Cristo.

C) Ministério de Jesus e o Modelo


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O ministério de Jesus Cristo é o modelo para


todo o ministério cristão Jesus realizou a
obra de Deus no poder do Espírito. Ele foi
capacitado pelo Espírito para pregar,
ensinar, curar e realizar milagres. Ele
dependia do Espírito para exercer o
ministério.

Começando pela capacitação para pregar,


podemos citar Lucas 4:18, onde Jesus se
levanta na sinagoga e lê as palavras do
profeta Isaías: "O Espírito do Senhor está
sobre mim, pelo que me ungiu para
evangelizar os pobres; enviou-me para
proclamar libertação aos cativos e
restauração da vista aos cegos, para pôr em
liberdade os oprimidos."

Quanto ao ensino, João 14:26 destaca a


promessa de Jesus sobre o papel do Espírito
Santo no processo de ensino: "Mas o
Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai
enviará em meu nome, esse vos ensinará
todas as coisas e vos fará lembrar de tudo
quanto vos tenho dito."

Para ilustrar a capacidade de curar pelo


poder do Espírito, podemos mencionar Atos
10:38, onde Pedro resume o ministério de
Jesus: "Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré
com o Espírito Santo e com poder; o qual
andou por toda parte, fazendo o bem e
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curando a todos os oprimidos do Diabo,


porque Deus era com ele."

E, finalmente, no que diz respeito aos


milagres, podemos recorrer a Mateus 12:28,
onde Jesus afirma: "Se, porém, eu expulso
demônios pelo Espírito de Deus, certamente
é chegado o reino de Deus sobre vós."

Implicações para a vida cristã


As implicações do ministério de Jesus para a
vida cristã são profundas. Elas nos ensinam
que:
✓ O ministério cristão deve ser realizado
no poder do Espírito Santo.
✓ Os cristãos precisam depender do
Espírito Santo para serem eficazes em
seu ministério.
✓ O Espírito Santo capacita os cristãos
para realizarem grandes coisas para o
reino de Deus.

2. O Enchimento do Espírito como


Experiência Necessária

A) Início do Ministério e Missão da Igreja


O exemplo de Jesus estabelece um padrão: o
início do ministério após o enchimento do
Espírito Santo. Da mesma forma, a igreja é
convocada a começar sua missão após ser
revestida desse poder.

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Em Lucas 4:1-2, está escrito: "E Jesus, cheio


do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi
levado pelo Espírito no deserto, durante
quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo."
Aqui, fica evidente que Jesus iniciou Seu
ministério cheio do Espírito Santo, indicando
a importância desse evento para o início de
Sua missão.

Para estabelecer a conexão entre a igreja e o


revestimento de poder para a missão,
podemos recorrer a Atos 1:8, onde Jesus
instrui os discípulos antes de Sua ascensão:
"Mas recebereis poder ao descer sobre vós o
Espírito Santo e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e
Samaria e até aos confins da terra." Essa
passagem destaca claramente a necessidade
do poder do Espírito Santo para o início
efetivo da missão da igreja.

B) Capacitação Contínua
O Senhor Jesus não apenas iniciou seu
ministério cheio do Espírito, mas dependeu
continuamente dEle. A igreja, em sua
missão, é chamada a uma dependência
constante do Espírito Santo para eficácia e
impacto duradouro.

A passagem de Efésios 5:18 (NAA) é uma


excelente referência para respaldar a
dependência da igreja no Espírito Santo.
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Paulo escreve aos Efésios, instruindo-os da


seguinte maneira: " E não se embriaguem com
vinho, pois isso leva à devassidão, mas
deixem-se encher do Espírito." Essa exortação
é uma clara indicação da importância de a
igreja depender continuamente do Espírito
Santo para sua orientação e poder.

Ao abordar a dependência do Espírito Santo


na oração, Romanos 8:26 (NAA) destaca: " Da
mesma maneira, também o Espírito nos ajuda
em nossa fraqueza. Porque não sabemos orar
como convém, mas o próprio Espírito intercede
por nós com gemidos inexprimíveis."

Aqui, percebemos que a eficácia da oração da


igreja está ligada à assistência do Espírito
Santo.

Em Atos 4:31, após uma oração coletiva dos


discípulos, é registrado: "Tendo eles orado,
tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos
foram cheios do Espírito Santo e, com
ousadia, anunciavam a palavra de Deus."

Essa experiência ilustra vividamente como a


dependência do Espírito Santo resulta em
ousadia e impacto na proclamação do
Evangelho.

Além disso, Gálatas 5:16 ressalta a


importância de andar no Espírito
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diariamente: "Digo, porém: andai no Espírito


e jamais satisfareis à concupiscência da
carne." Essa exortação enfatiza a
necessidade contínua de depender do
Espírito para resistir às tentações e viver
uma vida que glorifica a Deus.

3. O Enchimento do Espírito como


Experiência Concreta

A) Pentecostes como Evento Concreto


O evento de Pentecostes não foi subjetivo; era
algo que podia ser visto e ouvido, tornando-
se real tanto para quem o experimentou
quanto para quem testemunhou (Atos 5.32).

O Livro de Atos retrata o enchimento do


Espírito Santo como uma experiência
objetiva na vida do crente. Isso significa que
é algo que pode ser observado e
experimentado.

✓ Passos que podem ajudar os


seguidores de Cristo a experimentar o
enchimento do Espírito Santo

(1) Arrependimento e Fé: Referência: Atos


2:38
"Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo para remissão dos vossos

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pecados, e recebereis o dom do Espírito


Santo."

(2) Oração e Busca Constante: Referência:


Lucas 11:13
“Ora, se vocês, que são maus, sabem dar
coisas boas aos seus filhos, quanto mais o
Pai celeste dará o Espírito Santo aos que lhe
pedirem! (NAA).

(3) Submissão à Vontade de Deus:


Referência: Efésios 5:18
"E não vos embriagueis com vinho, no qual
há dissolução, mas enchei-vos do Espírito."

(4) Comunhão e Adoração: Referência:


Efésios 5:19
"Falando entre vós com salmos, hinos e
cânticos espirituais, cantando e louvando de
coração ao Senhor."

(5) Receber o batismo no Espírito Santo


O batismo no Espírito Santo é uma
experiência sobrenatural pela qual o Espírito
Santo vem sobre nós e nos capacita para
vivermos uma vida cristã plena. Aqui estão
alguns versículos que tratam desse tema:

✓ Atos 1:8; Atos 8:17; Atos 10:44-46;


Atos 19:6:
Esses versículos evidenciam momentos
significativos em que os crentes
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experimentaram o batismo no Espírito Santo.


Essa experiência sobrenatural não apenas os
capacitou para uma vida cristã plena, mas
também se manifestou através de expressões
como falar em línguas e receber poder para
testemunhar.

(6) Participação nos Dons do Espírito:


Referência: 1 Coríntios 12:7
"A manifestação do Espírito é concedida a
cada um visando a um fim proveitoso."
B) Conhecimento da Experiência
Quem recebeu o Espírito Santo tinha
consciência dessa recepção, como
evidenciado em Atos 11.15-17. A experiência
não era apenas interna, mas também
externa, tornando-se uma realidade que
transcendia o âmbito individual.

✓ Consciência da Recepção: Referência:


Atos 10:44-46
Neste relato, fica claro que tanto Pedro
quanto os que estavam com ele foram
conscientes da recepção do Espírito Santo,
pois testemunharam manifestações tangíveis,
como o falar em línguas, que confirmaram a
presença do Espírito.

✓ Experiência Interna e Externa:


Referência: Atos 2:2-4
O evento de Pentecostes ilustra vividamente
a natureza tanto interna quanto externa da
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experiência do Espírito Santo. A


manifestação do vento impetuoso e das
línguas de fogo externamente acompanhou a
experiência interna de serem cheios do
Espírito, evidenciada pelo falar em línguas.

Para que as pessoas possam ter


conhecimento da experiência do Espírito
Santo, é fundamental considerar abordagens
que promovam entendimento e abertura para
essa dimensão espiritual. Aqui estão
algumas sugestões:

✓ Pregar o evangelho (Marcos 16:15): O


evangelho é a mensagem de Jesus
Cristo, que morreu na cruz pelos nossos
pecados e ressuscitou dos mortos. É a
mensagem que nos leva ao
conhecimento de Deus e do Espírito
Santo.

✓ Ensinar sobre o Espírito Santo (Atos


1:8): Precisamos ensinar às pessoas
sobre o Espírito Santo, quem ele é, o que
ele faz e como podemos recebê-lo.

✓ Testemunhar da nossa experiência


(Mateus 28:19-20): Quando
compartilhamos a nossa experiência do
Espírito Santo com outras pessoas,

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estamos testemunhando do poder de


Deus em nossas vidas.

✓ Orar pelo derramamento do Espírito


Santo (Atos 4:30-31): Podemos orar
para que Deus derrame o seu Espírito
sobre as pessoas. Quando oramos,
estamos pedindo a Deus que manifeste o
seu poder em nossas vidas e nas vidas
das pessoas ao nosso redor.

Ao fazermos essas coisas, estamos


contribuindo para que o conhecimento da
experiência do Espírito Santo se espalhe pelo
mundo.

II – TESTEMUNHAS CAPACITADAS E
A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA

1. Capacitação de Líderes pelo Espírito


Santo
O Livro de Atos é um testemunho vivo da
capacitação divina que transformou líderes
comuns em poderosos instrumentos de
Deus.
✓ Pedro, confrontado pelos sacerdotes, foi
preenchido pelo Espírito Santo,
proporcionando-lhe coragem e sabedoria
para testemunhar (Atos 4:8).
✓ Da mesma forma, o apóstolo Paulo, ao
enfrentar Elimas, o mágico,
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experimentou a plenitude do Espírito


Santo, resistindo às artimanhas do
inimigo (Atos 13:9).

2. Capacitação Além dos Limites do


Colégio Apostólico
A surpreendente verdade que emerge do
relato é que o Espírito Santo não faz acepção
de pessoas. Ele reveste com Seu poder não
apenas os líderes destacados, mas também
aqueles que, aos olhos do mundo, são
considerados "comuns".
✓ Ananias, um ilustre desconhecido
convocado por Deus, impôs as mãos
sobre Paulo, o futuro grande apóstolo
(Atos 9:10-11). Isso demonstra que Deus
capacita testemunhas,
independentemente de sua posição
social ou status.

3. A Missão Profética da Igreja Capacitada


A "Missão Profética da Igreja" é a
responsabilidade da comunidade cristã de
ser o veículo pelo qual Deus se comunica e
age de forma inspirada. Em uma perspectiva
mais ampla, todos os crentes são investidos
com um ministério profético (Atos 2:17).

✓ Cinco Pilares da Missão Profética

(1) Proclamação da Verdade: A igreja, ao se


engajar na missão profética, é chamada a
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proclamar a verdade inalterável das


Escrituras. Isso inclui compartilhar as
verdades fundamentais do evangelho, a
salvação em Cristo e os princípios morais
que refletem a vontade divina.

(2) Denúncia do Pecado e Injustiça: A


missão profética envolve a corajosa denúncia
do pecado e da injustiça na sociedade.
Inspirada pelo Espírito, a igreja deve se
posicionar contra práticas contrárias aos
princípios divinos, defendendo os oprimidos e
buscando a restauração dos valores éticos e
morais.

(3) Apontando para o Futuro de Deus: A


igreja, ao abraçar a missão profética, não
apenas analisa o presente à luz das
Escrituras, mas também aponta para o
futuro de Deus. Isso inclui a esperança da
redenção, da restauração e do
estabelecimento do Reino de Deus na
plenitude dos tempos.

(4) Inspiração e Orientação Divina: A


missão profética da igreja é caracterizada
pela inspiração e orientação direta do
Espírito Santo. Essa dimensão espiritual
capacita os crentes a comunicarem a vontade
de Deus de maneira relevante e impactante
em seu contexto cultural e social.

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(5) Transformação Social e Cultural


Ao abraçar a missão profética, a igreja busca
ativamente a transformação social e cultural.
Isso envolve influenciar positivamente as
estruturas da sociedade, promovendo a
justiça, a compaixão e a busca pela paz.

III - FAZENDO MISSÕES NO PODER


DO ESPÍRITO
Em Atos 13:1-4, encontramos um exemplo
notável da importância do Espírito Santo na
capacitação da igreja para pregar com poder.

1. Chamado e Separação pelo Espírito


O versículo 2 destaca que, enquanto os
profetas e mestres ministravam ao Senhor
em Antioquia, o Espírito Santo os chamou e
separou Barnabé e Saulo para a obra a qual
Ele os tinha designado. Aqui, vemos o
Espírito agindo ativamente, indicando a
direção específica para o ministério.

2. Obediência à Orientação do Espírito


No versículo 4, após serem separados pelo
Espírito, Barnabé e Saulo, movidos por essa
orientação divina, embarcam na missão
designada. Eles não agem por iniciativa
própria, mas em obediência à direção clara
do Espírito Santo. Essa submissão é crucial
para pregar com poder e eficácia.

3. Pregação no Poder do Espírito

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O resultado da obediência à orientação do


Espírito é evidente quando Barnabé e Saulo
chegam a Selêucia. Eles não apenas
proclamam a Palavra, mas o fazem "na
sinagoga dos judeus" (versículo 5), indicando
uma pregação direcionada ao contexto
cultural e religioso. Essa abordagem sensível
é um reflexo do poder e sabedoria do Espírito
Santo.

4. Confronto com Poder Espiritual


Enquanto avançam em sua missão,
encontram um opositor espiritual, Elimas, o
mágico. Saulo, cheio do Espírito Santo,
enfrenta esse desafio com autoridade e
discernimento espiritual, demonstrando que
a pregação no poder do Espírito não apenas
proclama a verdade, mas também confronta
as forças espirituais contrárias.

CONCLUSÃO
Em Atos 13:1-4, vemos que a importância do
Espírito Santo é fundamental para a igreja
pregar no poder, desde o chamado e
separação até a obediência à orientação
divina, enfrentando oposição espiritual e
colhendo frutos duradouros para o Reino de
Deus. Uma igreja local que deseja produzir
frutos duradouros para o Reino de Deus deve
estar continuamente cheia do Espírito Santo.
Somente com o seu poder é possível cumprir
a missão com eficácia e impacto.
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