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No dia seguinte, ao descerem da montanha veio ao seu encontro grande multidão. E eis
que um homem da multidão gritou: “Mestre, rogo-te que venhas ver o meu filho, porque é
meu filho único. Eis que um espírito o toma e subitamente grita, sacode-o com violência e o
faz espumar, é com grande dificuldade que o abandona, deixando- o dilacerado. Pedi aos seus
discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam”. Jesus respondeu: “Ó geração incrédula
e perversa, até quando estarei convosco e vos suportareis? Traze aqui teu filho”. Estava ainda
se aproximando, quando o demônio o jogou por terra e agitou-o com violência. Jesus, porém,
conjurou severamente o espírito impuro, curou a criança e a devolveu ao pai. Todos se
maravilhavam com a grandeza de Deus. (Lc 9, 37-43)
DELIMITAÇÃO DO EPISÓDIO
Tomando como base o Evangelho de Lucas, visualiza-se a delimitação da perícope do
endemoninhado epilético na seguinte expressão: Lc 9, 37-43. Não obstante, para maior
desenvolvimento da compreensão e diante de uma possível comparação, traz-se o mesmo
evento narrado nos consequentes evangelhos: Mt 17, 14-18 e, com maior desenvolvimento,
Mc 9, 14-27.
GÊNERO LITERÁRIO
Crê-se que diante do relatado, a perícope colocada pela evangelista teve o intuito de
expor o gênero narrativo-didático para a comunidade cristã. Visto que, a centralidade do texto
coloca em evidência que a correção do Mestre está para a falta de fé, melhor, a falta do
exercício da oração, o ato de crer, por seus discípulos, no poder de Deus e autoridade dada
pelo Cristo.
O SIGNIFICADO HISTÓRICO- CULTURAL DO CONTEXTO
A cura de um endemoninhado para expressar a autoridade divina de Jesus. Uma vez
que, qualquer mal físico está relacionado ao pecado ou ao ser possesso, a atitude do Mestre
está em revelar que, ao curar, expulsar um demônio está na escala do sobrenatural, isto é, é
uma autoridade, poder, pertencente a Deus, Jesus reafirmar a sua presença e dignidade no
meio do povo como o Filho do Homem.