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CAMPANHA FINANCEIRA DE MISSÕES

SETEMBRO DE 2021

@juntademissoes

De cidade em cidade
ASSIM, ELES PARTIRAM. VIAJARAM DE CIDADE EM CIDADE ANUNCIANDO
AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DA PARTE DE DEUS E CURANDO PESSOAS
POR ONDE PASSAVAM. Lucas 9:6

CADERNO DE SERMÕES
De cidade em cidade
ASSIM, ELES PARTIRAM. VIAJARAM DE CIDADE EM CIDADE ANUNCIANDO
AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DA PARTE DE DEUS E CURANDO PESSOAS
POR ONDE PASSAVAM. Lucas 9:6

PREGUE O EVANGELHO!
Reflexões acerca dos importantes
aspectos da pregação do evangelho
para o cumprimento da missão
CAMPANHA FINANCEIRA DE MISSÕES
SETEMBRO DE 2021

O IMPERATIVO DA PREGAÇÃO
DO EVANGELHO

INTRODUÇÃO
Que a paz de Cristo seja com todos vocês, irmãos e ir-
mãs! Por gentileza, abram a vossa Bíblia no Evangelho
Segundo Marcos, capítulo 16, versículo 15. Na Bíblia ver-
são Almeida Revista e Atualizada, lemos assim:

E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a


toda criatura.

Hoje, pela graça de Deus, iniciamos essa série bíblica


de sermões, promovida pela Junta de Missões da IAP,
que será ministrada nos sábados desse mês de setem-
bro, intitulada: Pregue o Evangelho – reflexões acerca
dos importantes aspectos da pregação do evangelho
para o cumprimento da missão.
No sermão desta manhã, vamos refletir sobre o tema:
O imperativo da pregação do evangelho.
Sem dúvida, o ato de pregar o evangelho é um impor-
tante imperativo, isto é, uma ordem dada por Jesus à sua
igreja. Veja bem: o Mestre não incumbiu o dever da prega-
ção somente ao pastor, à missionária ou à liderança da igre-
ja, mas a todos os discípulos! O imperativo do “Ide” é para
todos nós. Pregar o evangelho é nossa responsabilidade.

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Essa ordem de Jesus é de extrema relevância. Por meio
de seu cumprimento, é possível conduzir as pessoas ao
conhecimento de Cristo. Com isso em mente, precisa-
mos atentar para três importantes aspectos do imperati-
vo da pregação. Vamos ao primeiro:

1. A PREGAÇÃO DO EVANGELHO É UMA ORDEM


QUE ENVOLVE UMA AUTORIDADE SUPREMA
A ordem de pregar o evangelho procede de Jesus.
Foi ele quem ordenou: Ide por todo o mundo e pregai
o evangelho... (Mc 16:15). Ao se dispor a testemunhar o
evangelho, a igreja não deve perder de vista que a pre-
gação é uma ordem advinda da autoridade suprema, a
saber, Cristo. O que torna isso claro no evangelho narrado
por Marcos, é o fato da ressurreição.
É sobre esse assunto, a ressurreição, que o capítulo 16
começa tratando. As mulheres foram ao sepulcro no in-
tuito de encontrar o corpo de Jesus, mas não o encontra-
ram ali. Antes, ouviram do anjo, no v.6: Ele ressuscitou!
Não está aqui. Ora, ao ressuscitar dentre os mortos, Jesus
prova que não é um simples profeta, mas o verdadeiro
Filho de Deus, o Messias há muito aguardado, o algoz da
morte e Senhor da vida!
Mateus, em seu evangelho, confirma a autoridade de
Jesus. Ele mostra que Jesus, após ter provado aos discí-
pulos que havia ressuscitado, lhes disse: ... É me dado
todo o poder no céu e na terra (Mt 28:18). Pois bem, foi
com a autoridade manifesta em sua ressurreição, que Je-

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sus ordenou aos discípulos que pregassem o evangelho.


Preguemos o evangelho crendo na autoridade daquele
que nos comissionou.
A incredulidade dos discípulos foi censurada no ver-
sículo 14. Antes de comissioná-los, Jesus os estimulou a
crer. Creiamos piamente que o evangelho que pregamos
possui autoridade do alto! Além disso, se aquele que nos
comissionou tem autoridade, então, devemos acatar a
sua ordem. Foi o que os discípulos fizeram: saíram e pre-
garam por toda parte (v. 20). Creiamos na autoridade de
Cristo e obedeçamos ao seu imperativo!
Vimos que a pregação do evangelho é uma ordem que
envolve uma autoridade suprema. Esse o primeiro aspec-
to do imperativo da pregação. Analisemos o segundo:

2. A PREGAÇÃO DO EVANGELHO É UMA ORDEM


QUE ABORDA UM CONTEÚDO EXCELENTE
Ao comissionar os discípulos a pregar, Jesus é muito
específico quanto ao conteúdo da pregação. Disse ele: [...]
ide por todo o mundo e pregai o evangelho... (Mc 16:15).
O termo evangelho (gr. evangelion) significa boas-novas.
“Para Marcos, a história de Jesus é a boa-nova a ser pro-
clamada”.1 Logo, Jesus estava instruindo os discípulos a
testemunhar acerca dele mesmo.

1. Lopes (2019:1089)

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O evangelho que Cristo nos instiga a proclamar não
é o da teologia da prosperidade, cujo propósito é levar
as pessoas a buscar tesouros na terra, onde a traça e a
ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e
roubam (Mt 6:19); também não é o evangelho que se pro-
põe a promover o pregador e a ressaltar suas qualidades,
tornando-o o centro das atenções.
O evangelho que devemos proclamar “é a mensagem
de que Deus está agindo por meio de Jesus, Seu Filho,
trazendo libertação ao cativo, quebrando o poder do dia-
bo, do pecado e da morte”.2 Jesus é o excelente conteúdo
que faz do evangelho o poder de Deus para a salvação
de todo aquele que crê (Rm 1:16). Podemos até usar dife-
rentes estratégias de pregação, mas seu conteúdo jamais
poderá ser alterado ou substituído.
Façamos da pessoa de Jesus o centro da nossa prega-
ção! Que ele seja o conteúdo abordado em nossas reuni-
ões de pequenos grupos, nos cultos de celebração, em
nossas programações dos ministérios, nas reuniões de
comunhão. Que sejamos usados por Deus como instru-
mentos, por meio dos quais, os pecadores sejam levados
a ter um encontro transformador com Jesus.
A pregação do evangelho é uma ordem que envolve
uma autoridade suprema e um conteúdo excelente. Esses
foram os dois aspectos do imperativo da pregação anali-
sados até aqui. Vejamos, portanto, o terceiro e último:

2. Idem

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3. A PREGAÇÃO DO EVANGELHO É UMA ORDEM


QUE REQUER UM PROPÓSITO GRANDIOSO
Ao comissionar os seus discípulos a proclamar o evan-
gelho, Jesus tem mente um propósito grandioso, con-
forme expressam as palavras de Marcos 16:16a, que afir-
mam: Quem crer e for batizado será salvo. A salvação
do pecador é o propósito da pregação. A Timóteo, seu
filho na fé, Paulo alertou que as sagradas letras, podem
fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo
Jesus (2Tm 3:15).
O propósito da pregação, portanto, não é promover
entretenimento, autoajuda, ou prosperidade financei-
ra, mas conduzir o pecador a salvação em Jesus. Não há
propósito maior. Foi para garantir a nossa salvação que o
Verbo, isto é, Cristo, se fez carne e habitou entre nós (Jo
1:14). Foi em prol desse propósito que ele se entregou e
caminhou rumo ao Gólgota, como cordeiro para o mata-
douro (Is 53:7).
Em nossa pregação, precisamos levar em conta uma
condição necessária. O evangelho de Cristo é suficiente
para salvar o ser humano, mas este, por sua vez, preci-
sa crer no evangelho. Há situações em que “uma pessoa
pode ser salva sem o batismo, como foi o ladrão que se
arrependeu na cruz, mas jamais alguém pode ser salvo
sem crer em Jesus”.3 Que isso fique claro no teor da men-
sagem proferida por nós.

3. Lopes (2019: 1090)

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Proclamemos o evangelho certos de que, quem nele
crer não será condenado e, portanto, não ressurgirá na se-
gunda ressurreição, nem perderá o seu galardão. Quem
crê no evangelho terá o privilégio de viver eternamente
com Cristo, pois, ainda que perca a sua vida, por amor a
Cristo, a encontrará (Mc 10:39). A salvação do pecador é o
propósito da nossa pregação. Nisso cremos!

CONCLUSÃO
Para concluir o sermão de hoje, é oportuno mencio-
nar que, sempre que pregamos o glorioso evangelho de
Jesus para alguém, demonstramos, com essa atitude, o
amor de Deus. É projeto dEle que nós, como Igreja de
Cristo, sejamos a sua agência missionária na terra. Deus
quer alcançar o pecador porque ele o ama, e a mensa-
gem da cruz, expressa em João 3:16, é uma prova irrefu-
tável dessa verdade.
Além de demonstrar o amor de Deus, a pregação do
evangelho de Cristo é, também, a demonstração do amor
humano. Ao direcionarmos uma pessoa a Cristo, por
meio da pregação do evangelho, demonstramos amor,
pois almejamos que ela, assim como nós, obtenha o bem
maior, a salvação em Cristo. O evangelho de Cristo é amor
em ação! Portanto, pregue o evangelho!

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REFERÊNCIA
LOPES, Hernandes Dias. Comentário expositivo: os Evan-
gelhos. São Paulo: Hagnos, 2019.

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A NECESSIDADE DA PREGAÇÃO
DO EVANGELHO

Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,


sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio
da redenção que há em Cristo Jesus. – Rm 3.23-24 – (NVI).

INTRODUÇÃO
Nesta manhã, com a permissão do nosso Senhor, dare-
mos continuidade à série bíblica de sermões, produzida
pela Junta de Missões da IAP, para todos os sábados do
mês de setembro. O seu título é este: Pregue o Evangel-
ho – reflexões acerca dos importantes aspectos da pre-
gação do evangelho para o cumprimento da missão.
No sermão de hoje, o segundo da série, iremos refletir so-
bre o tema: A necessidade da pregação do evangelho.
Na visão divina, a pregação do evangelho não se trata
de mera alternativa, algo que se possa deixar em segun-
do plano, sem incorrer em prejuízo. Ao contrário, pregar
o evangelho é necessário. Não à toa, o apóstolo Paulo
recomendou ao seu filho na fé, Timóteo: Pregue a men-
sagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou
não. (2Tm 4:2a, NTLH).
Por ser tão necessária, a pregação não tem uma época
específica para acontecer. Cada oportunidade deve ser
bem aproveitada para a sua prática, e devemos fazer isso

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tendo em mente, ao menos, três motivos necessários. O


primeiro deles é este:

1. AO PREGAR O EVANGELHO, AJUDAMOS O


PECADOR A ENTENDER SUA CONDIÇÃO
O evangelho, ao contrário do que muitos imaginam,
não é puramente emocional. Ele também aguça o lado
racional das pessoas. Ele é esclarecedor e nos ajuda a co-
nhecer não apenas a pessoa de Deus, mas também, a nós
mesmos. O evangelho mostra a real condição espiritual
do ser humano. Nas palavras inspiradas de Paulo, essa
condição consiste no fato de que todos pecaram e estão
destituídos da glória de Deus (Rm 3.23).
O pecado é a razão pela qual a humanidade se afastou
do seu Criador. Inevitavelmente, sem a intermediação de
Cristo, todos os homens se encontram distantes de Deus.
A queda humana ocorreu à partir do momento em que
Adão, nosso ancestral e representante, pecou, de modo
que o pecado entrou no mundo por um homem (5.12).
Assim, entendemos que “todos nós estávamos em
Adão quando ele pecou. Seu pecado foi o pecado de
toda a raça humana. Todos nós herdamos o pecado origi-
nal de Adão. Somos concebidos em pecado”.1 Logo, sem
Cristo, todos nós somos culpados, pois “o pecado é uma
conspiração contra Deus. É a transgressão da Sua lei, um

1. Lopes (2019:560).

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ato de rebeldia e desobediência a Deus”.2 O evangelho
jamais deixará de enfatizar ao pecador a sua condição.
Não hesitemos em apresentar ao pecador, por meio
da pregação do evangelho, o diagnóstico de sua condi-
ção. Mostremos-lhes, sem rodeios e com amor, que está
distante de Deus e que não deve permanecer da mesma
forma. Quando percebe a gravidade da própria condição,
o ser humano pode tomar a firme decisão de buscar em
Cristo, o necessário para a sua remissão.
Pois bem, ao pregar o evangelho, ajudamos o pecador
a entender sua condição. Esse é o primeiro motivo neces-
sário que nos estimula a essa prática. Vamos, portanto, ao
segundo:

2. AO PREGAR O EVANGELHO, AJUDAMOS O


PECADOR A ACEITAR A SUA NECESSIDADE
Como vimos, o evangelho ajuda ao pecador a aceitar
a sua condição, que consiste em estar afastado de Deus
por causa da intervenção do pecado. Além disso, o evan-
gelho, quando proclamado, também atua para instigar
as pessoas a aceitar que, de fato, precisam de Jesus. Pelo
menos, duas razões que ratificam essa necessidade po-
dem ser enfatizadas.

2. Lopes (2019:562).

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Em primeiro lugar, havendo pecado, o ser humano


contraiu uma dívida que não pode pagar. Por isso, ele
precisa de um redentor. Ao pecar, nos colocamos em dé-
bito eterno com Deus, de forma que “se tivéssemos de
pagar a pena de nossos próprios pecados, teríamos de
sofrer eternamente separados de Deus”.3 Por essa razão,
Cristo, em sua morte, pagou a nossa dívida e nos tornou
justificados gratuitamente por sua graça (Rm 3.24a).
Em segundo lugar, havendo pecado, o ser humano
provocou um distanciamento que não pode revogar.
Por isso, ele precisa de um mediador. O nosso pecado
nos afastou de Deus e nos pôs sob sua ira. Ele provocou
inimizade entre a criatura e seu Criador (Is 59.2). Então,
Cristo, em sua morte, nos reconciliou novamente com
Deus (2Co 5.18), tornando-se, desse modo, o mediador
entre Deus e os homens (1Tm 2.5).
Portanto, continuemos a proclamar Cristo, enfatizan-
do ao ouvinte que, somente em Jesus temos um reden-
tor e um mediador que paga a nossa dívida para com
Deus e nos reconcilia com ele! Não há escapatórias: sem
Cristo, estaremos condenados, mas com ele, absolvidos,
pois, agora, nenhuma condenação há para os que es-
tão em Cristo Jesus (Rm 8.1a).
Até aqui vimos que, ao pregar o evangelho, ajudamos
o pecador a entender sua condição e a aceitar sua neces-
sidade. Ambos os motivos são necessários e nos estimu-
lam a essa prática. Vamos, portanto, ao terceiro e último:

3. Grudem (1999:480).

15
3. AO PREGAR O EVANGELHO, AJUDAMOS O
PECADOR A CRER NA SOLUÇÃO
Há os que não entendem a gravidade de sua condi-
ção pecaminosa nem a relevância de sua necessidade
de Cristo. Estes pensam equivocadamente que há outros
meios com os quais poderão se aproximar de Deus. Ledo
engano! A solução para a condição do ser humano não
pode ser encontrada em seus atos caridosos, em seus re-
cursos financeiros, ou em sua índole ilibada.
O ensino da Bíblia é claro quanto a esse assunto, afir-
mando que somos justificados gratuitamente por sua
graça [de Deus], por meio da redenção que há em Cris-
to Jesus (Rm 3.24). Sim, a justificação que é o ato de Deus
declarar que, aos seus olhos, os pecadores são justos,4 é a
única maneira pela qual o pecador pode ser aceito pelo
Deus Santo.
A solução para o problema do pecado do homem está
em Jesus. É por meio dele que somos justificados por
Deus! Contudo, ninguém poderá receber o presente da
justificação sem crer em Cristo, pois o homem é justifi-
cado pela fé (Rm 3.28). Aos crentes de Éfeso, o apósto-
lo Paulo esclareceu: Porque pela graça sois salvos, por
meio da fé (Ef 2.8a).
Preguemos o evangelho, pois, assim, daremos ao pe-
cador a oportunidade de crer em Cristo, a solução para

4. Wiersbe (2006:923).

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a sua vida. Preguemos o evangelho, pois, a fé vem por


ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante
a palavra de Cristo (Rm 10.17). Preguemos o evangelho,
pois, ao crer nele, o pecador obterá o perdão e a absolvi-
ção dos seus pecados. E não só isso, mas, também, a vida
eterna! (Jo 3.16).

CONCLUSÃO
Ao apresentar o evangelho como solução para a condi-
ção na qual a humanidade se encontra, o cristão glorifica a
Jesus. Honrar a Cristo significa mais que frequentar o tem-
plo, apoiar as atividades eclesiásticas administrativas ou
fazer contribuições financeiras. Honramos a Cristo quan-
do, dentre outras coisas, nos ocupamos na obra de evan-
gelização pessoal, demonstrando sujeição à sua vontade.
Honremos a Cristo, levando a sério a necessidade da
pregação do evangelho. Sejamos presentes, dispostos e
constantes na participação dos projetos evangelísticos
da igreja local, nas reuniões de Pequenos Grupos e em
quaisquer atividades que envolvam a proclamação. Que,
dia a dia, como resultado da pregação do evangelho, os
nossos olhos contemplem o Senhor acrescentar o núme-
ro de salvos!

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REFERÊNCIAS
GRUDEM, W. A. Teologia sistemática. Tradução: Norio
Yamakami, Lucy Yamakami et al. São Paulo: Vida Nova,
1999.

LOPES, H. D. Comentário expositivo do Novo Testamen-


to: Atos e epístolas paulinas. São Paulo: Hagnos, 2019.

WIERSBE, W. W. Comentário bíblico expositivo: Novo


Testamento. v.2. Tradução: Susana E. Klassen. Santo An-
dré: Geográfica, 2006.

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A EXTENSÃO DO EVANGELHO

Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a


todos os homens – Tito 2.11.

INTRODUÇÃO
Quando o Espírito Santo inspirou Paulo a escrever a
Tito, o coração do apóstolo deve ter se enchido de alegria
ao perceber a extensão do amor salvífico de Deus. Uma
salvação sem limites de cor, de raças, de gênero, de posi-
ção social ou econômica. Ele escreveu com gosto: Porque
a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos
os homens.
Quando Deus manifestou a sua maravilhosa graça na
direção dos seres humanos perdidos, ele o fez de forma
larga, abundante, copiosa, profusa, ampla. Como um der-
ramamento imenso de água em todos os sedentos, como
uma doação farta de comida a todos os famintos, como
um abraço gigante em todos os abandonados.
A mesma alegria espiritual deve ter sentido o apostolo
João quando o mesmo Espírito Santo o inspirou a escre-
ver o que está no capítulo 3, versículo 16 de seu evange-
lho, a saber, um amor salvífico tão imenso pelos pecado-
res do mundo inteiro que o apóstolo teve até dificuldade
de achar palavras mais objetivas ou significativas para ex-
pressá-lo, usando o famoso termo “de tal maneira”.

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Este mesmo apóstolo, provavelmente, ainda mais im-
pactado com a dimensão gigantesca do amor salvífico
de Deus, ao concluir seu evangelho, brindou seus leitores
com esta preciosidade: Há, porém, ainda muitas outras
coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse es-
crita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia con-
ter os livros que se escrevessem. Amém (Jo 21.25).
Com a mente e coração focados nessa realidade espiri-
tual, vejamos na sequência, três provas bíblicas da exten-
são desse amor salvífico de Deus.

1. O EVANGELHO QUE PREGAMOS ALCANÇA


PESSOAS DE TODOS OS LUGARES
É possível existir um país, uma cidade, uma vila, com
poder humano capaz de impedir, definitivamente, que o
evangelho de Jesus chegue aos corações dos pecadores
nativos? É possível existir forças hostis invencíveis capazes
de bloquear definitivamente a chegada de missionários de
Cristo à todas as gentes da terra? A resposta é “não!”. Alguém
em algum lugar pode até impedir por um tempo, mas logo
Deus quebra a força opositora com seu braço forte.
Não há limites para a atuação do evangelho. Não há
nada, nem ninguém que possa impedir o plano salvífico
de Deus. A salvação chega para todas as pessoas de todos
os lugares, e todos tem a oportunidade de fazer a sua es-
colha: morrer ou viver. O desejo de Deus e o conselho dele
é este: Porque não tenho prazer na morte do que morre,
diz o Senhor DEUS; convertei-vos, poi,s e vivei (Ez 18.32).

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Assim é que o evangelho chegara a todos os lugares.


O próprio Salvador Jesus declarou: E este evangelho do
reino será pregado em todo o mundo, em testemunho
a todas as nações, e então virá o fim (Mt 24.14). A santa
Bíblia é clara em dizer que ninguém tem poder de impe-
dir os planos de Deus: Ainda antes que houvesse dia, eu
sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas
mãos; agindo eu, quem o impedirá? (Is 43.13).
Cada palavra, cada ação, cada promessa, contidas no
evangelho salvador de Jesus, chegará às mentes e cora-
ções das pessoas de todo o planeta terra, incluindo de-
talhes como o da mulher que ungiu os pés de Jesus e
os enxugou com seus cabelos: Em verdade vos digo que,
em todas as partes do mundo onde este evangelho for
pregado, também o que ela fez será contado para sua
memória (Mc 14.9).
Por meio de suas testemunhas, o Espírito Santo levará
as boas novas de salvação aos povos de todos os lugares,
de Jerusalém aos confins da terra. Como diz o escritor Lu-
cas em Atos 1.8, e o profeta Isaías, que declara: toda a
terra está cheia da sua glória (Is 6.3).
O próprio, Isaías, inclusive, se dispõe a ir: Eis-me aqui,
envia-me a mim (Is 6.8). De um profeta pregando em
Jerusalém (fins) como Isaías, a um apostolo pregando às
nações (confins) como Paulo, se vê o poderoso evange-
lho de Jesus em movimento constante, forte e imparável.
Não é à toa que a palavra de Deus é muito clara e con-
tundente ao nos informar tanto sobre a totalidade geo-
gráfica da pregação quanto a universalidade humana da

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evangelização, ou seja, o evangelho inevitavelmente che-
gará em todos os lugares e para todos os seres humanos.
Depois que todos ouvirem e tomarem as suas decisões,
fechar-se-á a porta da graça, provar-se-á a fé da igreja, na
grande tribulação, e então Jesus aparecerá nas nuvens
do céu, com poder e grande glória.

2. O EVANGELHO QUE PREGAMOS ALCANÇA


PESSOAS DE TODAS AS ETNIAS
É possível existir um povo, uma cultura, uma etnia,
que seja excluído do grande projeto salvífico de Deus, por
meio de Jesus Cristo? Existe no caráter de Deus, espaço
para que ele deixe algum grupo étnico fora de sua graça
salvadora? A resposta é “não!”. Porque o caráter de Deus
é santo, santo, santo, absolutamente santo. Deus não faz
acepção de pessoas. Jamais! O profeta Moisés afirmou
que Deus, Na verdade ama os povos; todos os seus san-
tos estão na sua mão; postos serão no meio, entre os
teus pés, e cada um receberá das tuas palavras (Dt 33.3).
Se Deus não é seletivo, tampouco o é seu evangelho, as
boas novas que salvam o pecador. Sua palavra salvadora
é para todos. Segundo Bíblia, judeus e gentios puderam
se render ao poder salvífico de Jesus, como ensina Paulo,
ao perguntar: É porventura Deus somente dos judeus? E
não o é também dos gentios? E ao responder: Também
dos gentios, certamente, visto que Deus é um só, que
justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incir-
cuncisão (Rm 3.29-30).

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Deus Pai é de todos e está em todos aqueles que nele


creem (Ef 4.6), assim como Deus Filho (Ef 4.5) e Deus Es-
pírito Santo (Ef 4.4). A Trindade divina se doa por todos os
povos, línguas e nações da terra, abre seus braços e lhes
faz este convite salvador: Olhai para mim, e sereis salvos,
vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não
há outro (Is 45.22 – cf. Mt 11.28-30). Quem, de qualquer
etnia, ao ouvir o chamado salvífico, aceitá-lo, será salvo.
Quando Felipe (que a Bíblia diz que era dirigido pelo
Espírito Santo, At 8.29) explicou a santa Bíblia ao eunu-
co etíope, ele ouviu, entendeu, creu, respondeu positi-
vamente ao chamado, e foi alcançado pelo Salvador (At
8.27-38). Da mesma forma, aconteceu com Lídia, que ao
ouvir a pregação de Paulo, pela ação do Espírito Santo,
entendeu a mensagem, creu, se rendeu a Jesus e foi ba-
tizada (At 16.11-15).
Um etíope, uma asiática, um judeu, um grego, um bra-
sileiro, uma europeia. Todos podem ser salvos. Não im-
porta a etnia. Sabem por quê? Porque quando o assunto
é salvação, não há judeu nem grego; não há servo nem
livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois
um em Cristo Jesus (Gl 3:28). Paulo é enfático: todos sois
filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus (Gl 3:26). Noutras
palavras, a salvação é tanto para o oriental quanto para o
ocidental; é para o branco e para o negro, enfim, é para
todos! (At 10.28).

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3. O EVANGELHO QUE PREGAMOS ALCANÇA
PESSOAS DE TODAS AS CLASSES
É possível que uma classe social seja esquecida do pla-
no salvífico de Deus? Deus desprezaria uma pessoa rica?
E uma pessoa pobre? Deus excluiria um filósofo? E uma
pessoa inculta? Deus descartaria um cientista? E um ca-
tador de lixo? A resposta evidentemente é “não!”. Quem
vê classes sociais são as pessoas. É o ser humano caído
que cria classes, castas, extratos sociais.
Deus olha a humanidade e vê pessoas, enxerga seres hu-
manos. Jesus Cristo não salva as pessoas utilizando como
critério o saldo bancário que possuem. Tampouco ele con-
sidera o bairro onde moram, a inteligência, as graduações,
os títulos, o poder, a influência delas. Quem valoriza a apa-
rência em detrimento das virtudes e valores é o homem, e
assim o faz porque só consegue enxergar o exterior.
Ao falar de Saul, Deus foi muito claro a Samuel: Não
atentes para a sua aparência, nem para a grandeza
da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o
Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o
que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o
coração (1 Sm 16.7; cf. Rm 8.27, Ap 2.23). Nesse sentido,
podemos declarar, aliviados; “Ainda bem que Deus não
é como seus servos!”
Porém, nosso Deus nos adverte com estas palavras:
Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que
se não veem; por que as que se veem são temporais, e
as que se não veem são eternas (2 Co 4:18). Logo, não é

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o ter ou o não ter bens materiais, não é o ter ou não ter


posições de poder humano, não é a origem nem o sobre-
nome que define quem será ou não alcançado pelo evan-
gelho. Nem cor, nem dinheiro, nem fama. Nada disso, a
igreja de Jesus é multiétnica, multirracial, multicultural.
Esta é a natureza do poderoso evangelho de Jesus
para salvar pessoas que, como Zaqueu (Lc 19.2), Lídia (At
16.14) e Joana (Lc 8.3), possuíam muitos recursos financei-
ros. Assim como para alcançar aqueles que, como a viúva
pobre (Mc 12.42), possuem poucos recursos. O evangelho
multisocial salva as pessoas de todas as classes sociais e
as reúne num só lugar, mostrando ao mundo a beleza da
igreja, a singularidade de uma comunidade que comun-
ga do pão e do vinho e faz a sagrada missão, como se
pode ver em Atos 13.1-3 e 2.42-47.

CONCLUSÃO
Chegará o dia em que todo olho verá a extensão to-
tal da produção do evangelho de Cristo: uma incontável
multidão, como a areia do mar, diante do Cordeiro de
Deus. Gente vinda de todos os lugares do mundo, que
cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar
o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com
o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo,
e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus nos fizeste
reis e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra (Ap 5.9,10).
Como reconhecimento da extensão da tão grande
salvação realizada, todos verão uma das cenas mais es-

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peradas da história humana, a saber, o reconhecimento
universal de Jesus como Senhor. Exaltação que, a bem
da verdade, já é realidade (Fp 2.9), mas que, de forma
humanamente visível se dará na terra, para que ao
nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão
nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua
confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de
Deus Pai (Fp 2.10,11).
Saiamos, pois, as nações, e contribuamos com a exten-
são do evangelho salvador de Cristo Jesus. Amém!

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CAMPANHA FINANCEIRA DE MISSÕES
SETEMBRO DE 2021

O RESULTADO DE ANUNCIAR O
EVANGELHO

Ele prosseguiu dizendo: “O Reino de Deus é seme-


lhante a um homem que lança a semente sobre a terra.
Noite e dia, quer ele durma quer se levante, a semente
germina e cresce, embora ele não saiba como. A terra
por si própria produz o grão: primeiro o talo, depois a
espiga e, então, o grão cheio na espiga. Logo que o grão
fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque che-
gou a colheita” – Marcos 4:26-29.

INTRODUÇÃO
Jesus amava contar uma parábola. Parábola é uma his-
tória que extrai sabedoria do cotidiano, mas que contém
uma verdade principal a respeito de realidades espiritu-
ais. Os evangelhos registram cerca de 32 parábolas con-
tadas por Jesus. Tem parábola sobre filhos, moedas, fer-
mento, peixes, virgens, figueiras, casas e assim por diante.
Jesus contava uma parábola, sobretudo, para estimu-
lar os ouvintes à reflexão e à mudança de vida. Por exem-
plo, quando contou a parábola da semente, Jesus queria
chamar atenção dos seus ouvintes para o poder da se-
mente. Ao ser jogada pelo semeador na terra, ela brota e
cresce e produz o grão, primeiro o talo, depois a espiga e,
então, o grão cheio de espiga.

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Essa semente é uma referência ao evangelho. Assim
como a semente, o evangelho tem vida própria. Uma
vez que é semeado, pregado anunciado, proclamado,
ele frutifica, ou seja, produz resultado na vida dos ouvin-
tes. O evangelho tem vida própria. Precisamos procla-
mar o evangelho confiando em seus resultados. Esses
resultados são inúmeros, mas hoje vamos apontar ape-
nas três deles.

1. PROCLAME O EVANGELHO CONFIANDO EM SEU


RESULTADO LIBERTADOR
Em sua carta aos cristãos de Tessalônica, o apostolo
Paulo escreveu que o evangelho não é “palavra de ho-
mens”, é palavra de Deus. Palavra viva e eficaz, como diz o
escritor aos Hebreus. E, como tal, opera, atua, faz diferen-
ça e, sobretudo, produz libertação naqueles que creem.
Um dos textos bíblicos que melhor mostra o resultado
libertador da proclamação do evangelho de Jesus, está
na carta de Paulo aos Efésios, capítulo 2, versículos 1 a 3.
Depois de dizer, no versículo 1, que estavam espiritu-
almente mortos, Paulo afirma nos versículos 2 e 3, que
os efésios estavam também espiritualmente presos.
Mortos e presos. Mortos em delitos e pecados e presos
por forças que os oprimiam. Quais eram essas forças?
Duas externas: o mundo e o diabo, e uma interna, a car-
ne. Mas o evangelho de Jesus que lhes havia sido pro-
clamado os libertou delas.

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CAMPANHA FINANCEIRA DE MISSÕES
SETEMBRO DE 2021

A proclamação do evangelho liberta as pessoas da es-


cravidão do mundo. Elas não seguem mais “o mau cami-
nho deste mundo” (Ef 2:2a), o caminho de engano, imo-
ralidade, egoísmo, violência e rebelião. Uma vez libertas,
passam a olhar o mundo de forma diferente e, principal-
mente, a viver nele de forma diferente. Elas não vivem
como vivem as demais pessoas, mas deixam que Deus as
transforme por uma completa mudança de mente.
A proclamação do evangelho de Jesus liberta as pes-
soas da escravidão do diabo. Elas não fazem mais “a
vontade daquele que governa os poderes espirituais do
espaço, o espírito que agora controla os que desobe-
decem a Deus”. O espírito contrário ao Reino de Deus
e o seu Cristo não influencia mais o que elas pensam,
sentem, falam e fazem. Um dos principais instrumentos
usados por ele para levar as pessoas a desobedecerem
a Deus, a mentira, não tem mais poder sobre os libertos
pela verdade!
A proclamação do evangelho de Jesus liberta as pes-
soas da escravidão da carne. Elas não vivem mais sob a
ditadura dessa carne, que aqui não se refere ao corpo,
pois o corpo humano em si não é pecaminoso. Diz respei-
to à natureza caída, profundamente ligada ao egoísmo
e que estimula o tempo todo a desobediência a Deus. A
prioridade passa a ser outra – andar no Espírito para não
mais satisfazer os desejos da carne.

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2. PROCLAME O EVANGELHO CONFIANDO EM SEU
RESULTADO MIRACULOSO
Após ordenar aos que o seguiam, “vão pelo mundo
todo e preguem o evangelho a todas as pessoas” (Mc
16:15-16), Jesus fala dos sinais que iriam seguir os que
cressem nele: “em meu nome expulsarão demônios; fa-
larão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se bebe-
rem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum;
imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão
curados” (Mc 16:17,18).
O Jesus que fala destes sinais é o Jesus que tomou so-
bre si e em si mesmo dissolveu todas as causas e forças
destrutivas que causam morte ao ser humano. As forças
que podem destruir qualquer ser humano foram lan-
çadas sobre Jesus. Quando Jesus ou os que creem nele
chegam, o poder do mal dissolve. Jesus e os que creem
nele triunfam sobre toda e qualquer força que produz ou
mantém a morte.
Agora, vale a pena frisar que os milagres operados, em
nome de Jesus, pelos crentes em Jesus não são um fim
em si mesmos. Eles contêm uma mensagem: a de que
nenhum ser humano pode ir tão longe, que não possa
ser alcançado pela graça de Jesus. Pois, a graça de Jesus
é maior do que todo o pecado humano. De modo que
onde abunda o pecado, superabunda não o furor, mas a
graça de Jesus.
A mensagem de Jesus era a graça. Na verdade, Jesus
era a graça em pessoa. É por isso, que Jesus veio à terra

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CAMPANHA FINANCEIRA DE MISSÕES
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em forma humana. Ele veio não apenas para falar-nos


sobre a graça, mas também para literalmente ser a gra-
ça por mais de 33 anos. A vida de Jesus é a mensagem
da graça. É a mensagem de aceitação incondicional
por parte de Deus, baseada na sua graça recebida pela
fé em Jesus.
Assim, o que não é possível para quem não crê em
Jesus, é totalmente possível para quem crê nele. Para
quem crê em Jesus é possível sair das trevas para luz,
da morte para vida, da lama para a rocha. Para quem
crê em Jesus é possível ter a vida de volta, a paz com
de Deus de volta, a dignidade de volta, a liberdade de
volta, o amor de volta, a alegria de volta, o perfeito juízo
de volta, a humanidade de volta, o perdão de Deus de
volta, a condição de filho de volta. Tudo é possível ao
que crê em Jesus.

3. PROCLAME O EVANGELHO CONFIANDO EM SEU


RESULTADO TRANSFORMADOR
Na proclamação do evangelho as pessoas são chama-
das ao arrependimento. Os ouvintes da primeira procla-
mação de Pedro, no dia de Pentecostes, ficaram muito
comovidos e perguntaram a ele e aos demais apósto-
los: “Que faremos, irmãos?” Pedro respondeu: “Arrepen-
dam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome
de Jesus Cristo para a remissão dos seus pecados!” E
elas se arrependeram.

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E o que veio a seguir? Transformação de vida. Ouça
como essa transformação é narrada de maneira práti-
ca em Atos 2: 42-45: Eles se dedicavam ao ensino dos
apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.
Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e
sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam
mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Ven-
dendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada
um conforme a sua necessidade.
A transformação é, portanto, o resultado do arrepen-
dimento. Mas o que vem a ser arrependimento? De um
modo geral, associamos arrependimento com tristeza.
Pensamos que arrependimento é aquela tristeza profun-
da que sentimos sempre que fazemos alguma coisa er-
rada. A tristeza pode até fazer parte do arrependimento,
mas ela não é resultado final dele. O resultado tem a ver
com outra coisa.
A palavra traduzida por arrependimento, na pregação
de Pedro, é metanoia, que é, como vocês já devem sa-
ber, a união de duas palavras gregas, “meta”, que significa
“além” e “nous” que significa “mente”. Assim sendo, o cha-
mado ao arrependimento é um chamado a pensar dife-
rente, isto é, a pensar de uma maneira completamente
nova. No entanto, o arrependimento não tem a ver só
com isso. Arrependimento é também viver diferente, isto
é, viver de uma maneira completamente nova.
Quando proclama o evangelho de Jesus, você con-
fia realmente em seu resultado transformador? Você
confia realmente que a proclamação do evangelho de

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Jesus produz genuína mudança de vida? Você confia


realmente que a proclamação do evangelho de Jesus
produz transformação interior e exterior? Você confia
realmente que a proclamação do evangelho de Jesus
muda prioridades? Enfim, você confia realmente que
a proclamação do evangelho de Jesus muda valores?
Responda para você mesmo.

CONCLUSÃO
Vamos concluir com o Salmo 126.6, que diz assim:
Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, vol-
tará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes. O se-
meador não sai de casa de mãos vazias. Na ida, ele leva
um saco cheio de sementes. Na volta, ele traz vários feixes
de trigo. Ele sai de casa chorando e volta para casa can-
tando de alegria.
Na sua rotina de idas e voltas, por favor, não deixe de
lançar a semente. Semeie a palavra de Deus. Semeie as
boas notícias do reino de Deus. Semeie amor, semeie re-
conciliação, semeie libertação, semeie perdão. Semeie
mesmo que esteja triste, chorando. Semeie confiando no
resultado evangelho de Deus, que é poder de Deus para
a salvação do todo aquele que crê!

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