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CURSO DE PREGAÇÃO BÍBLICA

TELEPROMPTER

AULA 2

O PODER DA PREGAÇÃO

Olá! Esse é o curso de Pregação Bíblica e você é muito bem-


vindo à segunda aula. Em nosso encontro anterior, estudamos
sobre o poder da palavra humana falada e o poder da Palavra de
Deus. Hoje, focaremos no poder da pregação.
Lendo a Bíblia aprendemos que Deus é o Criador do universo e
que sua criação foi perfeita. Aprendemos também que o pecado
causou alienação entre Ele e o homem e tem agido para arruinar não
só a espécie humana, mas toda a criação. Deus, contudo, preparou
um plano para restaurar todas as coisas de modo que tudo volte à
perfeição original. Este plano tem como primeiro objetivo reatar a 1

amizade entre Deus e o homem, mas busca, também, pôr fim à


história do pecado, destruindo por completo a maldade em todas as
suas formas e criando um novo Céu e uma nova Terra.
Vamos, agora, considerar o que a Bíblia diz sobre a importância
da pregação como parte integrante e fundamental deste plano.
Primeiramente analisemos um texto do apóstolo Paulo onde ele
declara ser impossível alguém se salvar se não houver quem pregue.
Ele escreveu: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se
não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?
(Rm 10:13-15). Encontramos aqui uma sequência de passos, na
forma de uma escada, cujo topo é a salvação e cujos degraus básicos
são o envio de mensageiros e sua pregação. Observe:
• Mensageiros são enviados
• Mensageiros pregam
• Pessoas ouvem
• Pessoas creem
• Pessoas invocam o nome do Senhor
• Pessoas são salvas
Em outra de suas cartas o mesmo apóstolo declara que “visto
como . . . o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria,
aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação. ” (1
Co 1:21). Ele chama a pregação de “loucura” porque era assim que
muitos gentios a consideravam (v. 23). Quando ouviam a história de
um tal morto – pregado numa cruz como malfeitor – que voltou a
viver, e que o perdão e a salvação dependiam de se crer nEle, eles
simplesmente não podiam aceitar, pois nada parecia mais irracional
2
que isso (At 17:32). Mas, “certamente, a palavra da cruz é loucura
para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de
Deus... para os que foram chamados... pregamos a Cristo, poder de
Deus e sabedoria de Deus. ” (1 Co 1:18 e 24). Vemos, assim, que
a pregação – embora desrespeitada e escarnecida por muitos – é o
instrumento escolhido por Deus para que os homens creiam e sejam
salvos.
Desde a antiguidade tem sido assim. O próprio Noé, não
somente aparelhou uma arca para a salvação dos que cressem, mas,
também, foi “pregador da justiça” (2 Pe 2:5) aos antediluvianos. Os
muitos profetas de Israel também foram pregadores. Isaías,
referindo-se à sua pregação e a de todos os demais profetas,
indagou: “Quem creu em nossa pregação? ” (Is 53:1). Também é
mencionado que “ninivitas . . . se arrependeram com a pregação de
Jonas. ” (Mt 12:41). O profeta Zacarias, por sua vez, falando ao povo
de seus dias perguntou: “Não ouvistes vós as palavras que o Senhor
pregou pelo ministério dos profetas que nos precederam...? ” (Zc
7:7).
Nas primeiras páginas do Novo Testamento encontramos “João
Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos,
porque está próximo o reino dos céus. ” (Mt 3:1-2). Logo depois
apareceu Jesus “pregando o evangelho de Deus” (Mc 1:14). Na
sinagoga de Nazaré, Ele publicamente leu uma profecia de Isaías
sobre Si mesmo a qual dizia: “. . . o Senhor me ungiu para pregar
boas novas . . .” (Is 61:1; Lc 4:16-18), indicando que fora escolhido e
capacitado por Deus para esta tarefa. A própria escolha dos
discípulos tinha como propósito que eles, depois de aprenderem de
Jesus, continuassem a obra da pregação. A este respeito é dito que
Ele “designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar”
(Mc 3:14) e Pedro, referindo-se à missão que o grupo apostólico 3

recebera do Senhor, asseverou que Ele “nos mandou pregar ao


povo” (At 10:42).
Na igreja apostólica a pregação era uma atividade prioritária. As
curas, os milagres e outras ações específicas eram acompanhantes
da pregação e tinham como objetivo chamar a atenção para ela
despertando o interesse ou confirmá-la como procedente do Céu (At
3; Mc 16:20). Essa igreja chegou a ser tentada a relegar a pregação
a um plano secundário a fim de priorizar outra atividade nobre e
necessária – a de cuidar dos pobres – contudo, sob a orientação do
Espírito Santo não cedeu (At 6:1-7).
Convém lembrar que existem outras agências (hospitais,
escolas, governo, ONGs, entidades de assistência social e
filantrópica, etc.) que podem resolver ou minorar muitos dos
problemas da humanidade, mas nenhuma delas pode cuidar da
dificuldade primária e fundamental do homem, i. e., sua reconciliação
com Deus – apontando a verdadeira necessidade e oferecendo o
único remédio. Esta tarefa pertence unicamente à igreja. Assim, ela
não é uma agência competindo com outras agencias, mas uma
instituição especial e especialista, com uma missão que só ela pode
realizar: a pregação do evangelho.
Quando a primeira geração de cristãos estava desaparecendo e
o apóstolo Paulo pressentiu que seu próprio fim se aproximava
escreveu uma última carta ao jovem pastor Timóteo, um dos muitos
a quem educara e treinara para o ministério, e que, sem dúvida seria
um dos novos líderes. Depois de lembrar-lhe que desde a infância
conhecia as Escrituras e como estas têm sua origem em Deus e
podem conduzir à salvação pela fé em Cristo, ordenou-lhe que
continuasse a tarefa da pregação. Suas palavras foram: “Conjuro-te,
perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela 4

sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja
oportuno, quer não” (2 Tm 4:1-2). Ao encerrar sua carreira o
apóstolo tinha tal preocupação com o futuro do reino de Deus nesta
terra que, utilizando de uma linguagem bastante vigorosa, colocou a
Timóteo sob juramento, tendo a Deus e a Cristo como testemunhas,
de que ele haveria de continuar a pregação da palavra de Deus. Esta
injunção tem sido válida para os pastores de todas as épocas e ainda
o é na atualidade.
O amado João, por sua vez, teve o privilégio de, em visões,
contemplar o futuro da Igreja até o fim dos tempos, e a viu concluindo
sua missão, imediatamente antes do retorno do Senhor Jesus. Ele
disse: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho
eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada
nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo em grande voz: Temei a
Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai
aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. ” (Ap
14:6-7). Este anjo, bem como os outros dois que logo o acompanham
(vs. 8-11), representa o povo de Deus a anunciar a mensagem de
Deus à humanidade. ² Assim João viu a Igreja ainda pregando o
evangelho.
Finalmente, recordamos as palavras ditas pelo próprio Jesus: “E
será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para
testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.” (Mt 24:14).
Embora seja inegável que este texto tenha servido de incentivo a
todas as gerações de cristãos para que se dispusessem a pregar o
evangelho, o modo como as palavras estão dispostas, sua ênfase, é,
antes, apresentar uma realidade futura, a de que chegará a ocasião
em que o evangelho de Cristo terá alcançado todo o mundo, ³ e
quando isso ocorrer, a história do pecado terá o seu fim e Cristo virá 5

para inaugurar Seu reino de glória.


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TAREFA DE CASA – Perceber o poder da pregação. Escolha duas
pessoas de seu relacionamento, um jovem e um adulto, e pergunte
a elas, separadamente, como foram abençoadas por algum sermão.
Escreva pelo menos um parágrafo sobre a resposta que cada uma
delas der. Anote o nome do pregador, se ela mencionar, o assunto
do sermão e como este a abençoou.
ENCERRAMENTO – Uma igreja pode e deve fazer muitas coisas,
mas a pregação é uma atividade prioritária e imprescindível. Por
isso Deus conta com os pregadores. Aguardo você para o nosso
próximo encontro quando estudaremos sobre as qualidades que
alguém deve possuir para ser um pregador. Até lá!

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