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AS PROMESSAS DA EVANGELIZAÇÃO

Tema: Missão
Assunto: As promessas garantidas no cumprimento da missão
Tese:
Texto Bíblico:
Palavras-chave:

INTRODUÇÃO

a) Saudação e oração
b) O tema do livro de Atos é “a pregação do evangelho até a última fronteira que é a
segurança pessoal” (Pr. Dr. Luís Nunes). “Atos é um livro a respeito da missão”
(Marshall, Atos: introdução e comentário, p. 23).
c) Foi Cristo quem deu a grande comissão à igreja apostólica e a mesma foi tão
massificada por Ele mesmo que está registrada de forma direta pelo menos três
vezes no Novo Testamento: “’Portanto ide, ensinai todas as nações” (Mat. 28:18 e
19); “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura” (Mar. 16:15); “Mas
recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”
(At 1:8) “Várias vezes foram as palavras repetidas, a fim de que os discípulos lhes
apreendessem o significado. Sobre todos os habitantes da Terra, elevados e
humildes, ricos e pobres, devia a luz do Céu resplandecer em claros, poderosos
raios. Os discípulos deviam ser colaboradores de seu Redentor na obra de salvar o
mundo” (DTN, 818). Cristo incumbiu a igreja pelo menos em dois momentos
diferentes: no cenáculo e na encosta de uma montanha no dia de sua ascensão, e
a missão de proclamar o evangelho foi dada acompanhada de três promessas
preciosas para a Sua igreja.

II – A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO (At 1:8)

a) O Espírito Santo é um “dom muito especial e completo” que deveria pôr ao alcance
dos discípulos os ilimitados recursos da graça de Cristo (AA, 47). A promessa do
Espírito Santo foi feita antes da Cruz: “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro
Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o
mundo não pode receber, porque não O vê, nem O conhece: mas vós O conheceis,
porque habita convosco, e estará em vós” (Jo 14:16 e 17).
b) Quem é o Espírito Santo? De acordo com Atos 5:3 e 4 o Espírito Santo é Deus! Ele
é o “Outro Consolador” (Jo 14:16; 16); é o Espírito da Verdade (Jo 14:17). O Espírito
Santo é quem distribui os dons espirituais à igreja (1Co 12:11); é o Espírito quem
mortifica no corpo as paixões da carne (Rm 8:12-17). O Espírito Santo dá poder (At
1:8). A palavra poder de Atos 1:8 é a palavra grega “Dinamis” que significa “poder”,
“força”, “capacidade”. Desta palavra deriva-se a palavra “Dinamite”. “Dinamis” é a
força na qual a igreja cumpre a missão.
c) Agora, a promessa do Espírito Santo não foi feita para todos, foi dada somente para
os discípulos que são testemunhas de Jesus (Jo 14:16 e 17; At 1:8). Este poder do
Espírito Santo proporcionaria poder interior; poder para proclamar o evangelho;
poder para levar pessoas a Deus. Quem não quer ser testemunha de Jesus não
pode ter o poder do Espírito Santo. Quem não quer proclamar o evangelho não pode
receber o poder do Espírito prometido por Jesus. A promessa do Espírito Santo em
Atos 1:8 está dentro do contexto de evangelização, isto é, para aqueles que estão
proclamando o evangelho, cumprindo a grande comissão. Portanto, quando a igreja
obedece a ordem de Jesus de ser Sua testemunha até os confins da terra sente o
poder do Espírito; a igreja fica mais animada, mais vibrante, empolgada e unida; ela
é envolvida com uma energia contagiante, disposta e carismática. Os crentes ficam
mais vivos, alegres, empolgados e o resultado será ganho de almas. Uma das
marcas do batismo do Espírito Santo na vida da igreja e do crente é o envolvimento
na evangelização. Isso é demonstrável no livro de Atos. O Espírito Santo enche a
igreja de poder (At 1:8), separa evangelistas (At 13:1-5), diz o lugar onde devem ir
(At 16:6-10), conduz missionários a determinadas pessoas (At 10) e o resultado é
uma igreja cheia de crentes: quase três mil batismos no pentecostes, o número subiu
a quase cinco mil em Atos 3:4, e o evangelho é espalhado por toda a região de
Jerusalém, Samaria, Judeia e confins do mundo a partir de Atos 8:1 e 4 para se
cumprir a promessa do poder do Espírito Santo dada por Cristo em Atos 1:8.

III – A PROMESSA DA PRESENÇA DE JESUS (Mt 28:19 e 20)

a) A segunda promessa da evangelização é a presença do próprio Cristo. O Evangelho


de Mateus apresenta enfaticamente a presença de Deus com seu povo no contexto
de missão. No seu nascimento Cristo recebeu o título de “Emanuel que quer dizer
Deus conosco” (Mt 1:23). Porque Ele recebe esse título? Mateus 1:21 diz: “Ela dará
à luz a um filho e lhes porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos
pecados deles”. Cristo recebe o nome de Jesus porque ele salva o seu povo e pelo
fato de ser o salvador ele recebe o título de Emanuel que quer dizer Deus conosco.
Ele é Deus conosco porque tornou-se carne humana, morreu e ressuscitou para
salvar-nos. Ele é Deus conosco por causa de Sua missão redentora.
b) Mateus começa dizendo que Jesus é Deus conosco (Mt 1:23) por causa de Sua
missão redentora e termina dizendo que Ele está conosco (Mt 28:20) por causa da
missão evangelizadora dada à sua igreja. Ele é Deus conosco (Mt 1:23) por causa
da missão de salvar e Ele está conosco por causa da missão de evangelizar (Mt
28:20). Dois fatores apontam para isso: 1) o texto grego traz uma conjunção
acompanhada por uma interjeição (e eis) que podem ser traduzidas por “e veja! Eu
com vocês estou todos os dias, até a consumação dos séculos”. 2) O contexto
aponta para isto.
c) A promessa foi feita no contexto da grande comissão. As vezes aplicamos essa
passagem a reuniões religiosas diversas que não tem o propósito de proclamar o
evangelho e esquecemos que estas palavras foram dadas no contexto de
evangelização. Embora não seja pecado fazermos tais aplicações homiléticas,
jamais devemos esquecer que a promessa da companhia de Jesus foi dada no
contexto de missão.

IV – A PROMESSA DE MILAGRES (Mc 16:15 – 18)

a) Durante anos houve muitos debates acerca do final do Evangelho de Marcos. Alguns
manuscritos do III ao IX século, especialmente o Sinaítico e o Vaticano não trazem
os versos 9-20, o que tende a confirmar que o Evangelho de Marcos concluía com o
verso 8.
b) No entanto, o final comprido de Marcos aparece no manuscrito alexandrino do V
século e em outros manuscritos antigos dos quais o Alexandrino é o mais antigo não
deixando dúvida de sua canonicidade e veracidade. Ellen White garante a
veracidade e canonicidade da promessa dos milagres no contexto de evangelização:
“Mediante o dom do Espírito Santo, receberiam os discípulos maravilhoso poder.
Seu testemunho seria confirmado por sinais e maravilhas. Seriam operados
milagres, não somente pelos apóstolos, mas também pelos que lhes recebessem a
mensagem. Disse Jesus: ‘Em Meu nome expulsarão os demônios; falarão novas
línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará
dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão’” Mar. 16:17 e 18
(DNT, 821).
c) Hoje podemos experimentar milagres no contexto da proclamação do evangelho.
Ilustração: Lembro-me que em 2012 ao fazer uma campanha de evangelismo público
num povoado de uma importante cidade maranhense vi milagres acontecerem. O
povoado era dominado pela umbanda. Há relatos que circulam ainda hoje que em
um velório de uma sacerdotisa da umbanda, o espírito que a subjugava obrigou uma
irmã de outra congregação cristã a assumir o lugar vago deixado por aquela
sacerdotisa. Vimos pelo menos duas mulheres que outrora pertenciam às
comunidades evangélicas servindo como sacerdotisas e assistentes nas tendas
espíritas do povoado. Pessoas corriam enlouquecidas nuas pelas ruas, possessas
por espíritos malignos. Quando chegamos naquele lugar, percebemos as tentativas
do diabo para impedir o evangelismo. E todas as tentativas foram frustradas por um
poder maior. Quando os espíritos malignos tentavam causar tumulto no evangelismo
por meio de possessões e bagunças, eles eram retirados juntos com os médiuns do
lugar onde estavam acontecendo as palestras bíblicas sem força humana. Era
incrível. Tivemos decisões para a honra e glória de Deus.
Nos últimos dias, quando o Espírito Santo for derramado na chuva serôdia,
testemunharemos os mesmos milagres que acompanharam os discípulos quando
estivermos pregando pela última vez a mensagem de salvação.

CONCLUSÃO

a) Portanto, nos agarremos a estas promessas: a promessa do Espírito Santo, o poder


que impulsiona a igreja a pregar.
b) Promessa da presença de Jesus: companhia que nos encoraja e sempre lembra-nos
de que não estamos sozinhos.
c) Promessa de milagres: necessários para rompermos as barreiras encontradas ao
evangelizarmos.

APELO

Pr. Magno Costa

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