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A Cidadania do Reino
e o Sermão do Monte
Pr. Luciano Cozendey
Revista evangélica trimestral da Convenção Batista
Fluminense.
O intuito desta revista é servir de material de edu-
cação cristã acerca do que é ensinado na Palavra
de Deus, pela leitura e interpretação dos escrito-
res destas lições.
Esta revista não é um manual para a vida cristã,
mas um material de auxílio educacional. Antes de
tudo leia a Bíblia, que é a Palavra de Deus.
13 Palavra do Redator
15 Apresentação
7
Primeiras Palavras
Muito obrigado!
Fraternalmente,
Amilton Vargas
PS. Querido Pastor e companheiro de jugo,
muito obrigado pelas ofertas e participação de
sua igreja. Perdoe ter solicitado essa oferta dire-
tamente pela Revista. O desafio é muito grande
e as demandas são muito intensas, ore por nós!
Deus continue usando poderosamente sua vida,
família e ministério para Glória de Jesus Cristo!
9
Palavra do Redator
Palavra do Redator
13
Palavra do Redator
A Equipe Editorial
14
Apresentação
Apresentação
Quem escreveu
15
O Reino de Deus – Lição 1
Lição 1
Texto Base: Mateus 5.1-12
O Reino de Deus
Objetivo – Ao final do estudo desta lição, você com-
preenderá a importância de princípios e valores apre-
sentados por Jesus para aqueles que vivem e de-
sejam o reino de Deus. Perceberá o claro contraste
entre os padrões do povo de Deus e os padrões dos
que não servem a Deus.
2. A quem é dirigido?
O sermão é dirigido a todos os que seguem
a Jesus, aplicando-se as suas promessas e exi-
gências a todos os cristãos. O Kerygma (prega-
ção, proclamação) e a didache (ensino), podem
ser distinguidos (Kerygma era uma proclamação
23
O Reino de Deus – Lição 1
b) Desejo de aprender
As pessoas foram além da cura miraculosa, que-
riam saber mais, desejavam compreender me-
lhor. O Senhor Jesus nos convida: “Tomem sobre
vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou
manso e humilde de coração, e vocês encontra-
rão descanso para as suas almas” (Mateus 11:29).
7.13-14).
Conclusão
27
O Caráter do Cristão – Lição 2
Lição 2
Texto Base: Mateus 5.3-12
O Caráter do Cristão
Objetivo – ao final deste estudo você entenderá que
as bem-aventuranças apresentam o caráter ilibado e
diversificado do povo cristão e como as normas do
Reino de Deus estão ligadas ao comportamento fiel
do povo de Deus.
1. Discípulos, qualidades
espirituais e bênçãos prometidas
Os humildes de espírito (Mt 5.3) têm reconheci-
mento pessoal da falência espiritual, consciência
da própria condição diante de Deus e arrepen-
dimento sincero. É um esvaziamento do senso
de justiça própria, autoestima moral e vanglória
29
O Caráter do Cristão – Lição 2
Conclusão
Amados, reconhecer a necessidade e a viabili-
dade de um novo nascimento é crucial. Essa com-
preensão impede que interpretemos o Sermão
do Monte com otimismo ingênuo ou desespero
total, como enfatizado por John Stott. O Senhor
Jesus proferiu o sermão tanto para seus discípu-
los quanto para aqueles que aspiravam a se tor-
nar discípulos. Portanto, o elevado padrão que
Ele estabeleceu é pertinente para ambos os gru-
pos. Estamos diante de uma fonte inesgotável de
riqueza, expressa em palavras simples e ideias
33
O Caráter do Cristão – Lição 2
34
O Testemunho do Reino – Lição 3
Lição 3
Texto Base: Mateus 5.13-16
O Testemunho do
Reino
Objetivo – Ao final deste estudo você compreende-
rá a importância do Cristão como testemunha, sua
responsabilidade e integridade diante de Deus.
2. O sal da terra
Nesse contexto, observamos a preparação dos
discípulos para assumirem o papel de testemu-
nhas (v. 13 “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal for
insípido (sem sabor), como lhe restaurar o sabor?
Para nada mais presta senão para, lançado fora,
37
O Testemunho do Reino – Lição 3
be sua essência.
3. A luz do Mundo
Os cristãos são comparados à luz do mundo
nos versículos 14-16. Jesus apresenta duas fon-
tes de luz: a luz de uma cidade situada sobre o
monte e a luz de uma lâmpada sobre um pedes-
tal. A luz da cidade impede que as trevas sejam
absolutas, enquanto a luz da lâmpada, colocada
em um local estratégico, ilumina toda a casa (a
lamparina era posicionada no velador, um local
cavado na rocha a meia altura). A luz menciona-
da por Jesus refere-se à capacidade dos discí-
pulos de testemunharem e iluminarem. Aqueles
que testemunham não se escondem, assim como
uma cidade no alto de um monte não pode ser
oculta. Não são colocados sob um alqueire, mas
em um local estratégico para que a luz se propa-
gue e alcance a todos. Sem Cristo, somos com-
parados a lâmpadas apagadas. Cristo é a luz em
nós que nos possibilita iluminar (Jo 8.12). Como
afirmou Wesley L. Duewel no livro “Em chamas
para Deus”: “Devemos oferecer o melhor de nós
39
O Testemunho do Reino – Lição 3
Conclusão
Pudemos observar a descrição do caráter es-
sencial dos discípulos de Jesus, ensinada median-
te metáforas que denotam sua influência positiva
no mundo. O cristão não pode contribuir para o
caos; crer, confessar e ensinar a verdade tam-
bém fazem parte das “boas obras” que revelam
o quanto fomos regenerados. Assim como o sal
pode perder sua salinidade, a luz em nós pode
transformar-se em trevas. Em outras palavras,
como discípulos de Jesus, não devemos escon-
der a verdade que conhecemos nem a verdade
do que somos. Não devemos nos vangloriar pela
diferença de vida, mas devemos desejar que nos-
so cristianismo seja perceptível por todos com
quem convivemos. Refugiar-se no invisível é uma
negação do chamado (John Sttot). Pregar o evan-
gelho e auxiliar as pessoas é como esfregar sal
nas feridas causadas pelo pecado. O caráter e a
influência do cristão, conforme definidos nas me-
40
O Testemunho do Reino – Lição 3
Lição 4
Texto Base: Mateus 5.17-20
Jesus e a Lei
Objetivo – Ao final deste estudo você compreenderá
a relação entre a pregação do reino e as escrituras
do Antigo testamento. E como o próprio Jesus vê o
seu lugar na história.
1. Um Cuidado necessário
Lutero trouxe, dentre várias contribuições, a
ideia da palavra latina incurvitas, que significa vi-
rado para dentro. Dando-nos a compreensão de
que nossa natureza é interesseira, egocêntrica
e egoísta e por mais que todas essas caracte-
43
Jesus e a Lei – Lição 4
Conclusão
O Antigo Testamento aponta para o Messias e
o Reino que Ele inauguraria. É exatamente o que
Jesus está apresentando aos que desejavam co-
nhecer mais do Seu Reino. Ele está exaltando a
obediência e a justiça.
vra de Deus?
Lição 5
Texto Base: Mateus 6.1-4
Deus Conhece
a Intenção do
Coração
Objetivo – Ao final deste estudo você compreenderá
o alerta de Jesus contra o autoengano e a vaidade.
1. O Senhor nos vê
Dois textos importantes apontam para o nosso
Deus que é justo e julga com equidade e amor:
Pv 15:3 “Os olhos do Senhor estão em toda parte,
observando atentamente, os maus e os bons” e
Hb 4:13 “Nada, em toda a criação, está oculto aos
olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto
diante dos olhos daquele a quem havemos de
prestar contas”.
As obras fundamentais da piedade judaica
eram: dar esmolas (6.2-4); orar (6.5-15); e jejuar
(6.16-18). No início do sermão do monte, Jesus de-
lineia os aspectos fundamentais do caráter cris-
tão por meio das bem-aventuranças. Ele destaca
que a justiça esperada dos cristãos deve ultra-
passar a dos fariseus e escribas, evitando a ma-
nipulação de princípios para a realização de seus
próprios desejos. Esse comportamento compro-
mete a integridade e resulta na falta de honra a
Deus. Como John Stott expressou, “Os cristãos
não devem impor limites artificiais”.
52
Deus Conhece a Intenção do Coração – Lição 5
3. A ordem de Jesus
“Não saiba a tua mão esquerda o que faz a di-
reita” (v. 3) porque o objetivo é a glorificação a
Deus (Mt 5.16). Enquanto o hipócrita quer a glória
para si, os discípulos desejam a glória de Deus.
O enredo bíblico nos mostra que a queda nos
deixou profundamente disfuncionais em nossas
emoções. Valorizamos o trivial e nos entediamos
com a grandeza. O Apóstolo Paulo nos exorta em
1 Coríntios 10.31: “Portanto, quer comais, quer be-
bais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para
a glória de Deus” (glória = doxa — uma opinião a
respeito de alguém que resulta em louvor).
Será que o hipócrita não teve um encontro com
Deus? Não nasceu de novo? Pois, o homem que
54
Deus Conhece a Intenção do Coração – Lição 5
Conclusão
Cuidado! Precisamos manter o navio atracado.
As ondas do legalismo e da hipocrisia vão bater
contra ele, mas em Cristo, está seguro.
de Deus?
hoje?
Lição 6
Texto Base: Mateus 6.5-8
Uma Oração
Genuína
Objetivo – Ao final deste estudo você compreende-
rá que a negligência da oração é uma das principais
causas da estagnação na vida cristã.
1. Padrões de conduta
O antigo (hipócritas e gentios) e o novo (discí-
pulos de Cristo). Por Cristo ser o novo legislador
de nossas vidas, temos interpretações e discer-
nimentos a respeito da conduta ideal aos discí-
pulos. Sabemos que o Senhor Jesus difere até
mesmo dos rabinos.
O evangelho de Mateus não pode ser humilha-
do à posição de um documento judaico. Porque
foi escrito quando o cristianismo já tinha cinquenta
anos. De fato, visava ser um manual de instrução
cristã. Nele, um padrão de conduta mais elevado
é estabelecido.
Jesus está penetrando o coração dos seus dis-
cípulos com espiritualidade. Vai além de dogmas
estabelecidos pelos Rabinos e está acima da prá-
59
Uma Oração Genuína – Lição 6
2. A sinceridade do coração na
oração
O que deve caracterizar nossas orações?
Jesus menciona-os:
a) Integridade diante de Deus (v. 6).
60
Uma Oração Genuína – Lição 6
3. Não desanime
Em Lucas 18.1-8, na parábola do juiz iníquo,
aprendemos que não podemos desanimar dian-
te das intempéries da vida.
Analisando Mateus 6.7-8 e Lucas 18.1-8, pode-
mos chegar à conclusão de que o que importa
61
Uma Oração Genuína – Lição 6
Conclusão
Deus está convidando a todos os que o escu-
tam. “Se o meu povo, que se chama pelo meu
nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e
se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o
ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua
terra” (2 Crônicas 7:14).
Deus nos convoca a oração (Jeremias 29.13;
Tiago 4.8). Gregory Frizell em seu livro Retorno a
santidade fala-nos do extremo desprazer de Deus
com adoração insincera e rituais vazios. Warren
Wiersbe diz que “as ofertas nas mãos sem uma
fé obediente no coração, tornam-se sacrifícios de
62
Uma Oração Genuína – Lição 6
tolos”.
63
Oração Modelo – Lição 7
Lição 7
Texto Base: Mateus 6.9-15
Oração Modelo
Objetivo – Ao final deste estudo você compreende-
rá que precisamos aprender muito a respeito da ora-
ção. E, que a maioria de nós, ainda é pouco mais do
que um aprendiz nesta área.
vendo.
• Não nos deixe cair em tentação — nossa justi-
ça própria é vencida pela consciência de neces-
sidade de ajuda.
Conclusão
Na oração do Pai nosso aprendemos: redenção,
autoridade, adoração, governo, submissão, pro-
visão, perdão, proteção, libertação e segurança.
Além disso, a importância de equilíbrio em nossa
relação com Deus e a importância da espirituali-
dade que nos aproxima ao invés de afastar-nos.
No evangelho de Lucas 11.1, a oração do Pai
nosso nasce do desejo dos discípulos em apren-
der a orar. Expressa uma espécie de insuficiên-
cia que lateja no coração humano. Como escreve
Abraham Heschel, no tratado que escreveu so-
bre a oração: “Não nos recusamos a orar. Apenas
sentimos que nossa língua está presa, que nossa
mente está inerte, que nossa visão está embaça-
da (HESCHEL, 1974, p.20).
Precisamos conversar sobre oração e orar, pois,
oramos menos do que deveríamos. Precisamos
buscar a motivação correta com valores corretos
70
Oração Modelo – Lição 7
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O Jejum como Disciplina Cristã – Lição 8
Lição 8
Texto Base: Mateus 6.16-18
O Jejum como
Disciplina Cristã
Objetivo – Ao final deste estudo você será desafia-
do a vivenciar essa disciplina espiritual em sua vida,
aprendendo com o Senhor Jesus.
1. Definição
Jejum refere-se à prática de se abster de co-
mida e bebida como um exercício religioso. Essa
abstinência pode ser total, cobrindo um único
dia ou estendendo-se por um período mais lon-
go, seja por costume ou opção alimentar. Embora
originalmente implicasse uma completa privação
de alimentos, o jejum pode ser interpretado de
maneira flexível, permitindo abstenção parcial em
74
O Jejum como Disciplina Cristã – Lição 8
2. Objetivo de Jesus
Como evidenciado anteriormente, Jesus par-
te do pressuposto de que seus discípulos prati-
cavam o jejum e os instrui sobre os porquês e o
modo de fazê-lo. Seja por arrependimento, ora-
ção, autodisciplina ou amor solidário, existem só-
lidas fundamentações bíblicas para o jejum na
vida cristã. Independentemente das motivações
individuais, Jesus reconhece que o jejum desem-
penha um papel significativo na vida do cristão.
O objetivo do jejum não consiste em autopro-
moção, mas em disciplinar-se; não visa à constru-
ção de uma reputação, mas expressa humildade
75
O Jejum como Disciplina Cristã – Lição 8
Conclusão
Em Mateus 6.16-18 aprendemos muitas coisas
importantes que Jesus ensinou a respeito do je-
jum:
77
O Jejum como Disciplina Cristã – Lição 8
Lição 9
Texto Base: Mateus 6.19-21
Perspectivas do
Reino
Objetivo – Ao final deste estudo você será desafiado
a ser cuidadoso em seus atos e escolhas com base
nos verdadeiros valores do reino de Deus.
1. O objetivo da vida
Quando o Senhor Jesus ensina sobre não acu-
mular tesouros na terra (ajuntar, armazenar, esto-
car), aponta para o objetivo da vida. É necessário
um equilíbrio entre ter e se permitir dominar. A es-
colha está entre encontrar os seus valores finais
nos tesouros que perecem, ou nos que perma-
necem. Precisamos ter ciência de que comparti-
80
Perspectivas do Reino – Lição 9
2. O foco certo
Os tesouros no céu não expõem as pessoas a
nenhuma perda. Não tem traça, a ferrugem, nem
ladrão. Lá não tem inflação! Esses tesouros são
resultantes da aprovação divina que serão dadas
aos discípulos na consumação do Reino.
Jesus não está condenando todo tipo de rique-
za, nem de roupa. Não está proibindo coisas, mas
o amor as coisas. Não é o dinheiro a raiz de todos
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Perspectivas do Reino – Lição 9
3. A motivação certa
A Bíblia nos dá alguns exemplos de pessoas
que se perderam:
Acã desobedeceu a Deus porque roubou coi-
sas destinadas à destruição. Ele tomou das coi-
sas condenadas (Js 7.21).
O jovem rico que amava o dinheiro, deseja-
va a vida eterna, mas tinha o coração dominado
pelas riquezas e por isso não se alegra com a in-
tervenção de Jesus em sua história porque tinha
motivações erradas.
82
Perspectivas do Reino – Lição 9
Conclusão
Lucas 12.15 “Então, lhes recomendou: tende
cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avare-
za; porque a vida de um homem não consiste na
abundância dos bens que ele possui”.
Perceba que Mateus 6.1-18 descreve a vida par-
ticular do cristão. Em Mateus 6.19-34 trata dos ne-
gócios públicos no mundo.
Como cristãos, cada ação que empreendemos,
mesmo que aparentemente secular, possui uma
dimensão espiritual. A maioria de nós exerce a
profissão no ambiente secular e manifesta o sa-
grado em meio a sociedade (Cl 3.23-24)
83
Perspectivas do Reino – Lição 9
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Olhos Bons e Generosos – Lição 10
Lição 10
Texto Base: Mateus 6.22-23
Olhos Bons e
Generosos
Objetivo – Ao final deste estudo você será desafia-
do a buscar em Deus a direção para ter uma visão
correta de sua vontade.
2. O olho da desconfiança
O olho mau (poneros = mesquinhez) é o cami-
nho de uma vida em trevas, que se fecha para
Deus, para a beleza do Reino de Deus e repre-
senta a desconfiança. Quem não vê, não discer-
ne.
Quando olhamos para o adjetivo “bom”, em-
pregado na Septuaginta (versão da Bíblia he-
braica traduzida em etapas para o grego), tem o
sentido de sinceridade, de propósito, é lealdade.
Enquanto o olho mau está ligado ao egoísmo, o
olho bom, a generosidade, é o que está fixo em
Deus.
Não podemos ter verdades superficiais e fin-
gidas, não podemos fechar os olhos e ceder à
dúvida. Os valores do Reino de Deus são inego-
ciáveis.
Aquele que, como cristão, permanece leal à
verdade em todas as situações, cria uma base
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Olhos Bons e Generosos – Lição 10
3. A luz da generosidade
“Vós sois a luz do mundo” (Mt 5.14a). Não está
ligado ao que ela é em si. Mas a luz que ela emite.
O povo de Deus ilumina. Um coração iluminado,
aberto para Deus, que vence às trevas da mes-
quinhez e da desconfiança, ilumina. O povo de
Deus torna a luz manifesta, propaga seus raios,
espalha e brilha como uma tocha. O cristão que
vive os valores do Reino de Deus brilha.
A prática da generosidade é uma virtude es-
sencial que abrange não apenas o oferecimento
de bens materiais, mas também a dedicação de
tempo, a companhia, orientações, alegria e até
mesmo a própria presença ao próximo.
A capacidade de enxergar é crucial para perce-
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Olhos Bons e Generosos – Lição 10
Conclusão
A palavra grega para olhos é ophthalmos,
podendo também significar metaforicamente
como olhos da mente ou faculdade de conhe-
cer. Perceba que nada pode ficar de fora, todo o
nosso ser precisa ser preenchido por essa cons-
ciência de que Deus nos mostra o caminho para
uma vida feliz e abençoadora.
Uma vida mesquinha advém da cegueira espi-
ritual que nos afasta de Deus, rouba o discerni-
mento espiritual e a sinceridade de propósito.
Se o olho faz tropeçar e não observarmos a
trave existente, então temos olhos e não vemos.
90
Olhos Bons e Generosos – Lição 10
Deus.
a vontade de Deus?
Lição 11
Texto Base: Mateus 6.24
Liberdade Diante da
Tirania das Coisas
Materiais
Objetivo – Ao final deste estudo você será desafiado
a ser leal a Deus e identificar se suas escolhas agra-
dam a Deus e o que tem dominado sua vida.
destruir.
O dinheiro não é mau, ele pode ser usado para
servir a Deus e aos homens; mas o amor ao di-
nheiro faz com que pessoas foquem nas coisas
que não fazem parte do Reino de Deus (1 Tm 6.10).
Conclusão
Na vida cristã, devemos escolher qual é nossa
lealdade principal. Um senhor sempre terá prefe-
rência (v.24: “ninguém pode servir a dois senho-
res”…). Ninguém pode porque não será capaz,
não terá habilidade nem recursos, não será apto,
competente. Por mais que você queira, você não
conseguirá (Mt 12.25).
Precisamos ser sinceros e admitir que, encon-
trar um meio-termo nessa área, é muito desafia-
dor, pois nossa régua é, muitas vezes, no que va-
mos ganhar.
Portanto, perceba que as três metáforas que
vimos até aqui se unem para exigir lealdade ina-
balável aos valores do Reino.
96
Liberdade Diante da Tirania das Coisas Materiais – Lição 11
97
Confiança Inegociável – Lição 12
Lição 12
Texto Base: Mateus 6.25-34
Confiança
Inegociável
Objetivo – Ao final deste estudo você será desafia-
do a observar suas verdadeiras necessidades, a va-
lorizar a provisão do céu, com motivações corretas e
valores inegociáveis.
tão da ambição.
Todos os indivíduos procuram algum propósi-
to. É atípico vagar sem metas ou objetivos defini-
dos. Buscamos uma razão para existir, algo que
confira significado à nossa jornada. Embora o ter-
mo “ambição” geralmente tenha uma conotação
negativa, relacionada a um desejo intenso de al-
cançar o sucesso, essa palavra pode igualmente
expressar aspirações fervorosas que são altruís-
tas, piedosas e não centradas no ego. Em resu-
mo, é viável cultivar “ambições para Deus”. Aqui,
a ambição se refere aos objetivos que estabe-
lecemos para nossa vida e à motivação que nos
impulsiona a alcançá-los.
John Sttot afirma que “A ambição de uma pes-
soa é aquilo que a impele: revela a mola principal
de suas ações, suas mais secretas motivações”.
Mais uma vez vemos duas alternativas possí-
veis de alvos na vida: buscarmos o controle ou
darmos o controle a Deus, escolheremos a justi-
ça humana ou a justiça divina?
O verso 31 destaca, de maneira notável, a tría-
102
Confiança Inegociável – Lição 12
Conclusão
O cerne da questão está no verso 33: “Buscai,
pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça,
e estas coisas vos serão acrescentadas” (buscar
— imperativo presente; no grego: zeteo = buscar
até encontrar). A ideia é a de busca incessante.
Irmãos, podemos buscar, pois o nosso Deus tem
a provisão necessária.
Mais uma vez o Senhor Jesus está mostrando
um conjunto de valores essenciais. Para que fa-
çamos as coisas pelos motivos certos (Mt 6.1-8,16-
18); a priorizar as coisas eternas e não os tempo-
105
Confiança Inegociável – Lição 12
momento e te ajudar?
cia a Deus?
106
Nossos Relacionamentos Cristãos – Lição 13
Lição 13
Texto Base: Mateus 7.1-12
Nossos
Relacionamentos
Cristãos
Objetivo – Ao final deste estudo você será desafia-
do a viver para a glória de Deus e mesmo diante de
muitas alternativas e pressões deste mundo, perma-
necer fiel.
riquezas do evangelho.
Se você estiver atento aos textos bíblicos, ob-
serve que os primeiros 5 versículos se destinam
a pessoas que julgam as outras. Enquanto ape-
nas um é usado para falar das que não tem bom
senso. Penso que temos uma avaliação precisa
de onde está o perigo maior (v. 6: cães — kuon
— uma metáfora para pessoa com mente impura,
imprudente).
Os cães a que a passagem se refere não são
animais de estimação que abanam a cauda quan-
do avistam o dono. São selvagens que andam
em bando buscando comida pelas ruas, cheios
de carrapichos. E o porco na Palestina não sig-
nificava somente uma abominação para o judeu.
Alguns estudiosos pensam que provavelmente
era um parente do javali europeu, capaz de vio-
lência inegável. Os dois animais juntos são figu-
rativos de pessoas violentas, perversas e que
vivem em abominação. Os dois aparecem nova-
mente em 2 Pedro 2.22 “Com eles aconteceu o
que diz certo adágio verdadeiro: o cão voltou ao
seu próprio vômito; e: a porca lavada voltou a re-
110
Nossos Relacionamentos Cristãos – Lição 13
volver-se no lamaçal”.
Amados irmãos, o que aprendemos com Jesus
é que as verdades preciosas não são agradáveis
para os cães e porcos, eles se enfurecem.
O discernimento nos ajudará a entender que
devemos amar a todos, mas nem todos receberão
de bom grado (Mt 15.14). A essência do discerni-
mento é saber que não se pode esperar que re-
gras simples produzam respostas infalíveis. Pois,
“A esperança para as pessoas perdidas está na
soberania de Deus e na realidade evidente da
verdadeira vida cristã” (James Montgomery).
Conclusão
Amados irmãos, os nobres princípios delinea-
dos no Sermão do Monte nos conduzem à per-
cepção de que, no Reino de Deus, qualquer
avanço espiritual é inteiramente dependente da
graça divina. Nada supera em importância essa
realidade. Embora não tenhamos conhecimento
completo das palavras proferidas por Jesus na-
quele dia nas colinas da Galileia, o Evangelho de
Mateus, no capítulo 7, revela que o Senhor abor-
112
Nossos Relacionamentos Cristãos – Lição 13
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116
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