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Catequese Permanente

Orione Silva
Solange Maria do Carmo

Evangelização Fundamental

Módulo 1

DEUS É AMOR

Roteiros de encontros
para crianças de 8 a 11 anos
Introdução
Estamos iniciando outra fase da catequese permanente. A primeira, chamamos
de pré-evangelização. Foram três anos contando histórias da Bíblia, para familiarizar
as crianças com o universo da história da salvação.

A evangelização fundamental
Essa fase que agora começamos, nós a chamamos de evangelização
fundamental. A razão é que vamos trabalhar com os catequizandos os conteúdos que
formam o suporte da fé, os fundamentos. Na pré-evangelização, preparamos o
terreno. Agora, vamos lançar as bases da construção. Serão quatro anos cuidando das
bases, ou seja, dos pontos fundamentais da fé. Não pense que é tempo demais;
primeiro, porque a base é a parte mais importante da construção; depois, porque a
catequese é permanente.
Esperamos acompanhar as crianças dos 8 aos 11 anos, ajudando-as a fazer sua
experiência de Deus, por meio do encontro com Jesus Cristo. Concluída a
evangelização fundamental, por volta dos onze anos de idade, recomendamos que as
crianças celebrem sua primeira comunhão. Depois de conhecer melhor Jesus Cristo,
é hora de se comprometer com ele e seu Reino. A celebração da primeira eucaristia
no final da evangelização fundamental parece bem oportuna não só devido à idade da
turma, mas principalmente graças ao processo de caminhada que ela fez. Note que o
objetivo da catequese permanente não é a primeira comunhão. A celebração desse
sacramento será o coroamento de uma etapa de estudos e experiências que os
catequizandos construíram, com a preciosa ajuda dos catequistas, fortalecendo os
fundamentos de sua fé. Estando a fé bem fundamentada, é hora de comungar, de
participar plenamente da vida eucarística da Igreja.
E quais são esses fundamentos da fé dos quais falamos? Entendemos como
fundamentos da fé o que vamos chamar aqui de experiências básicas para quem quer
seguir o caminho de Deus. Usamos o termo experiência porque ele expressa algo
mais que um simples conhecimento teórico. Não queremos apenas que as crianças
aprendam um conteúdo. Queremos que façam algumas experiências fundamentais:
1. A experiência de Deus: Será nosso assunto nas duas primeiras etapas do
módulo 1. Queremos apresentar Deus às crianças, de um modo tal que elas
se sintam motivadas a ir ao encontro dele. Muitas crianças já têm uma
imagem distorcida de Deus. A cultura popular e o ambiente familiar nem
sempre fornecem uma imagem coerente de Deus. Quem é esse Deus com o
qual a catequese pretende promover um encontro? Sem conhecê-lo bem,
ninguém vai querer ir ao seu encontro. É preciso, então, caprichar,
começando pela expeiência do amor e da graça de Deus.
2. A experiência do pecado: Será nosso assunto nas duas últimas etapas do
módulo 1. Depois de compreender e experimentar o amor de Deus e sua
presença carinhosa, vamos desafiar os catequizandos a compreender os
mistérios da fraqueza humana. Alguns podem pensar que as crianças são
muito novas para debater e aprofundar esse tema, mas não é bem assim.
Pensamos que, desde cedo, a criança já deve saber de seus limites para bem
conviver com eles. Também elas, que são ainda pequeninas, já convivem
com a realidade desse teimoso não que dizemos a Deus. Então, vamos falar
de fraqueza e de pecado, mas de um modo a incentivar atitudes de
constante superação. A experiência do pecado consiste nisso: em saber que
somos fracos e, por isso, precisamos estar em constante comunhão com
Deus para superar nossas fraquezas. Deus é nosso aliado. Afinal, antes do
pecado, vem a graça dele com a qual contamos sempre. Só quem quer
persiste em dizer esse teimoso não à proposta amorosa de Deus, pois não
nos falta a ajuda divina para superarmos essa teimosia do pecado.
3. Nos outros módulos – 2, 3 e 4 – falaremos das outras experiências: a
experiência da salvação, trazida por Jesus; a experiência da conversão, que
consiste em aceitar e seguir Jesus; a experiência do discipulado, que nos
leva a ser discípulos de Cristo, comprometidos com ele e guiados pelo
Espírito Santo; e a experiência de ser Igreja, vivendo a fé de modo
comunitário e não isoladamente. Entendendo isso e, mais ainda,
experimentando todos esses mistérios em sua vida, a criança, por volta dos
onze anos, estará apta a viver a comunhão com Deus – Pai, Filho e Espírito
Santo – participando de modo consciente da vida da Igreja, por meio da
Eucaristia. Será o momento de celebrar a primeira comunhão.

A inspiração do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos


Queremos propor nessa etapa um diálogo importante com o RICA – Ritual da
Iniciação Cristã de Adultos. Mas vamos entender alguns pontos desse diálogo.
A CNBB promulgou em 1973 o Ritual da Iniciação Cristã de Adultos,
conforme prevê o cânon 851 do Código de Direito Canônico. O objetivo principal
desse documento é a preparação dos adultos ainda não batizados, que precisam
passar por um processo semelhante ao antigo catecumenato.
Convém lembrar que o Direito Canônico entende como adulta a pessoa a partir
dos sete anos de idade (cf. cânon 97). Pode parecer estranho chamar de adulta uma
pessoa com sete anos, mas, para a Igreja, adulto é aquele que já tem o uso da razão.
Já pensa, já tem noção do que faz. Por isso, não pode ser submetido aos rituais
sagrados sem deles ter consciência, ou seja, sem uma preparação. Então, nessa fase
da catequese, estamos lidando com pessoas que já têm suficiente uso da razão. Pelo
Direito Canônico, devem receber um tratamento de adultos, ou seja, devem ser bem
instruídos na fé.
O mesmo documento – RICA – fala especialmente para pessoas adultas e não
batizadas. O cânon 851 afirma que o adulto que pretende receber o batismo deve
percorrer os diversos graus até a iniciação sacramental. E é especificamente para
estes que surgiu o RICA.
Porém, quase todas as crianças que nos chegam à catequese já foram batizadas.
Resta fazer a complementação da iniciação cristã, que supõe ainda o sacramento da
crisma e da primeira comunhão. Os documentos da Igreja distinguem os
catequizandos dos catecúmenos. A diferença é que os catequizandos já foram
batizados, devido ao costume de batizar crianças, enquanto os catecúmenos ainda
não foram batizados.
Então, não parece ser o caso de usarmos todos os processos propostos pelo
RICA, mas de adaptarmos alguma coisa que possa nos ajudar no processo que, em
nosso caso, é catequese mesmo e não catecumenato. Pensamos que pouquíssimas
paróquias conseguirão formar grupos de adultos não batizados para um processo de
catecumenato. O mais comum é que, no meio de uma turma de catequizandos,
apareça uma ou outra criança que, por alguma razão, ainda não foi batizada.
Nossa sugestão é acolher essa criança e inseri-la no processo catequético,
mesmo que ela ainda não tenha sido batizada. O desejo da Igreja é acolher a todos.
No processo catequético, essa criança receberá o batismo na hora mais oportuna, de
acordo com as normas de cada Diocese, já que as Dioceses têm liberdade para definir
como agir nesses casos.
Lembramos também que o mais importante nesse processo da catequese
permanente não é se a criança recebeu esse ou aquele sacramento, mas se ela está
inserida no processo evangelizador, fazendo as experiências básicas da fé. No caso,
por exemplo, de uma criança de oito a nove anos, que já tenha feito sua primeira
comunhão – coisa não tão rara em umas paróquias! –, em que turma colocá-la?
Sugerimos que as turmas sejam organizadas por idade, não por sacramentos. Ainda
que alguns dos catequizandos já tenham feito sua primeira comunhão, melhor
colocá-los no módulo de sua idade. Parece um pouco extravagante, mas é assim
mesmo. Com o tempo, os pais vão se acostumando e a experiência de algumas
paróquias mostra que isso é possível e proveitoso. Só é preciso um pouco de coragem
e esclarecimento por parte da paróquia.
O DNC – Diretório Nacional da Catequese – pede que a catequese se inspire no
catecumenato. Em que consiste essa inspiração? Podemos pensar em muitos
aspectos. Vamos fazer uma catequese profunda e gradual, como se fazia no
catecumenato primitivo. Vamos estabelecer um conteúdo básico que todo
catequizando precisa receber ou experimentar. Vamos usar uma metodologia que
incentive o caráter permanente da catequese. Tudo isso já é inspiração do
catecumenato.
Além disso, propomos encerrar cada ano catequético com um ritual para
marcar bem as etapas percorridas. O RICA chama isso de “entrega”. Então, vamos
fazer entregas. Propomos, ao final do módulo 1 – que fala de Deus e de seu amor
misericordioso e paterno – entregar o Pai-nosso – a oração dos cristãos que chamam
Deus de Pai. No final dos demais módulos, faremos outras entregas, até a crisma.
Pensamos assim aproveitar as ricas sugestões do RICA.

O uso da Bíblia
Todos sabem que a Bíblia é o livro central de toda a catequese. É nela que tudo
se inspira. Contudo, a própria CNBB, no Estudo 86 – Crescer na leitura da Bíblia –,
afirma que a Bíblia não é um livro fácil para as crianças. Vale a pena o catequista
conhecer todo esse documento. Por enquanto, vamos conferir o número 15: “A
Bíblia é um livro de Adultos.[...] São os adultos que têm mais condição de refletir
sobre o conjunto da mensagem e tomar decisões a partir da provocação da Palavra da
Escritura. [...] No entanto, catequistas que trabalham com crianças também estão
percebendo que precisam avançar na interpretação da Escritura e na seleção do que
deve ser apresentado aos pequenos”.
É pensando nisso que apresentamos sempre uma tradução simplificada dos
textos bíblicos, de modo que uma criança de oito ou nove anos entenda. Sugerimos
que, por enquanto, não se leiam os textos diretamente na Bíblia. Não recomendamos
aquelas Bìblias das crianças, que alguns catequistas adotam. Elas, quase sempre,
trazem uma narrativa extravagante do relato bíblico, além de serem muito limitadas,
pois só tem uma ou outra história. Para valorizar a Sagrada Escritura, pode-se fazer
um altar, entronizar a Bíblia a cada encontro, cantar. Mas na hora de ler, leia a forma
simplificada do texto que apresentamos a cada encontro. Quando a criança tiver
cerca de dez ou onze anos, começaremos a ler diretamente na Bíblia, explicando o
que for de difícil compreensão.

Lembretes aos catequistas


O processo catequético depende fundamentalmente do catequista. Este precisa
se esmerar nessa função, que é um verdadeiro ministério. Sugerimos que todo
catequista aprofunde o que diz o DNC. Atente principalmente para os números 252-
294. Veja o que é possível fazer em sua paróquia ou comunidade para ajudar na
formação dos catequistas.
Seria ótimo também que todo catequista conhecesse o Estudo da CNBB 86, já
citado: Crescer na leitura da Bíblia. É um documento fundamental. Sem falar, é
claro, do RICA que deve ser conhecido por todos os catequistas da paróquia.
Sobre o tema desse módulo, lembramos a carta do Papa Bento XVI, intitulada
Deus é amor. Seria ótimo que o catequista tivesse acesso a ela e pudesse estudá-la a
fundo.
Além da formação, lembramos detalhes importantes sobre didática que podem
ser encontrados no livro Elementos de Didática na Catequese, já publicado pela
Paulus. Ali o catequista encontra sugestões simples para dinamizar os encontros,
realizando uma catequese eficaz.

A todos desejamos boa sorte. Que o amor de Deus seja a força maior a guiar os
trabalhos de todos os catequistas.
Os autores
Primeira Etapa
Compreendendo o amor de Deus
Vamos tomar como ponto de partida o princípio de que evangelizar é
promover o encontro da pessoa com Deus. Tendo isso em vista, nosso primeiro
cuidado será mostrar aos catequizandos uma imagem bonita de Deus, motivando as
crianças a irem ao encontro dele. A verdade é que ninguém jamais viu a Deus.
Cada cultura tem a sua imagem de Deus, com características que se enraízam no
imaginário popular, que faz parte da pregação religiosa.
Entre o nosso povo, é muito comum que as crianças tenham uma imagem de
Deus, que desestimula esse encontro que pretendemos promover com a catequese.
Se a criança entende que Deus é como um juiz que julga, pune e castiga; que fica
nos vigiando o tempo todo; que está alheio e distante de tudo; ela não vai se sentir
motivada a ir ao encontro de Deus, nem mesmo a acolher o Deus que vem ao seu
encontro.
Vamos, portanto, nesta primeira etapa, tratar do primeiro fundamento da
nossa fé: nossa experiência de Deus. O modo como experimentamos Deus será
determinante em nossa vida, no sentido de nos motivar ou não a querer viver em
comunhão com ele.
A Bíblia Sagrada apresenta muitos conceitos de Deus. O povo foi
entendendo Deus aos poucos. A mais completa revelação sobre o Pai foi feita por
Jesus, o único que viu a Deus, porque participa da vida de Deus, é um com ele. E
Jesus mostrou que Deus é amor. Isso está muito claro em todo o Novo Testamento.
No Antigo Testamento, vamos encontrar imagens de um Deus mais severo: o
Senhor dos Exércitos, o Todo Poderoso, o Deus-que-vinga. Mas, mesmo entre
essas imagens de Deus, já encontramos também nomes interessantes como Javé –
aquele que está com vocês – ou Emanuel – aquele que está junto do seu povo.
Então, nosso objetivo, nessa primeira etapa, é resgatar a imagem do Deus-
amor, perdida por causa de certas crenças populares. Vamos tentar recuperar a
imagem biblica de Deus: a imagem que Jesus revelou. E ninguém melhor que o
Filho para nos ajudar a entender quem é o Pai.
1º Encontro

PRECISAMOS DE MUITOS CUIDADOS

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Acolher as crianças com entusiasmo. Cantar música animada. Sugerimos a
música no 1.
- Como estamos no primeiro encontro, é bom fazer alguma dinâmica de
apresentação, para que as crianças se conheçam. Sugerimos a seguinte:
• Expor um cartaz com os dizeres: TURMA DE JESUS. Pode haver uma
estampa de Jesus no cartaz.
• Repartir com as crianças balões recortados em papel e pedir que cada um
escreva o seu nome.
• Cada um vai à frente, se apresenta e cola o seu balão no cartaz. Pode-se
cantar algum refrão, alternando com as apresentações. Sugerimos a
música no 2. Se for oportuno, pode-se substituir a expressão “a gente”, no
primeiro verso, pelo nome de cada criança, chamando cada uma por seu
nome. Por exemplo: “No coração de Deus, Joana tem lugar...”
• O cartaz pronto ficará assim:

• O catequista conclui acolhendo a todos, frisando que juntos formamos a


turma de Jesus.
• Outra sugestão: No CD que acompanha o livro da pré-evangelização 1, há
uma música que proporciona uma brincadeira boa de ser usada para
acolher a turma de Jesus. O catequista poderá usá-la, como parecer
melhor. Confira as músicas 1 e 2 do CD1 – Pré 1.
- Criar clima de silêncio para rezar. Convidar as crianças a se darem as mãos,
formando um círculo.
- Repetir com o catequista: Ó bom Jesus, estamos reunidos para começar mais
um ano de catequese. Somos sua turma. Pedimos que o Senhor nos acolha
com carinho e nos ensine muitas coisas importantes. Nós também vamos nos
esforçar para ser uma turma muito unida e animada. Amém!
- Pode-se rezar o Pai-nosso. Ainda que as crianças não entendam todo o
sentido dessa oração, já vão guardando “de cor”, ou seja, de coração.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Este ano, em nossos encontros, vamos aprender muitas coisas importantes
sobre Deus. Vamos descobrir quem é Deus para nós e qual a sua importância em
nossa vida. Sabemos que Deus nos ama e cuida com carinho de todos nós. Para
entendermos melhor a importância desses cuidados, vamos ouvir um texto da Bíblia
que nos conta a história da figueira que estava morrendo por falta de cuidados.

Texto: Lc 13,6-9
Certo dia, conversando com seus amigos, Jesus contou-lhes a seguinte
história: Um homem havia plantado um pé de figo em seu quintal. Os anos se
passaram e o pé de figo cresceu. Mas não produzia frutos. Todos os anos, aquele
homem ia ao quintal colher figos, mas nunca encontrava um fruto. Um dia, ele
disse ao empregado que cuidava do quintal: “Já faz muitos anos que eu venho aqui
colher figos e nunca encontro frutos. Esse pé de figo não presta para nada. Vamos
cortá-lo, pois está ocupando lugar inutilmente”. O empregado, porém, respondeu:
“Tenha calma! Vamos deixar o pé de figo aí por mais um ano. Vou cuidar melhor
dele, afofar a terra, colocar esterco, jogar água. Quem sabe assim ele não dará
frutos no próximo ano?”
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Partilha
- O pé de figos não produzia frutos. Será que ele era preguiçoso ou estava
precisando de alguns cuidados especiais?
- O que vocês acharam da atitude do homem que queria cortar o pé de figo?
- O que vocês acharam da atitude do homem que propôs cuidar melhor do pé
de figo?
- Quem foi mais inteligente: o dono do quintal ou o empregado? Por quê?

Aprofundamento
- Um desejo que toda pessoa tem é o desejo de ser feliz. Ser feliz é a gente
estar de bem com a vida, sentir-se realizado, tranqüilo e em paz. Para isso, a
gente precisa de muitos cuidados.
- Podemos entender isso, comparando a nossa vida com a figueira do
Evangelho. A figueira foi plantada para dar frutos. Quando a árvore dá bons
frutos, entendemos que ela está bem cuidada. Uma árvore mal cuidada
costuma não produzir os frutos que a gente espera. Era isso que acontecia
com a figueira da história que Jesus contou. Ela estava plantada lá no quintal,
mas não produzia fruto algum. Precisava então de alguns cuidados para
produzir seus frutos. Foi isso o que disse o agricultor que cuidava da figueira:
“Vamos cuidar dela melhor, adubar, colocar água, afofar a terra. Quem sabe
assim ela não produz frutos?”
- Nós somos parecidos com essa figueira, porque também precisamos de
muitos cuidados para nos sentir felizes, tranquilos e satisfeitos. Uma pessoa
mal cuidada não vai se sentir bem, de modo algum.
- No Evangelho, vemos duas atitudes diferentes. O agricultor conhece as
necessidades da figueira. Vê que ela está sem frutos porque está mal cuidada.
Ele sabe lidar com as plantas. O dono do quintal não conhece muito dessas
coisas. Ele vê que a figueira não dá frutos e já quer cortá-la. Ele não entende
que a planta precisa ser bem cuidada.
- Que mensagem Jesus quer nos transmitir com esse caso da figueira? Ele quer
mostrar que Deus é alguém muito especial que sabe cuidar de nós, como o
agricultor sabia cuidar da planta. Deus sabe que precisamos de muitos
cuidados. Deus quer nos ajudar para que cada pessoa – cada criança – se sinta
feliz, tranqüila, com o coração em paz. Com esses cuidados de Deus, a gente
vive muito melhor.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Expor um cartaz dividido ao meio, com o tema do encontro: de um lado, a
figura de uma criança; do outro, a figura de uma planta.
- Comparar a criança com a planta: ambas precisam de muitos cuidados para
desabrochar e crescer felizes e saudáveis.
- Perguntar à turma quais os cuidados necessários para a planta e para a
criança. Ir anotando no cartaz.

Conclusão
A planta precisa de muitos cuidados para se desenvolver e dar bons frutos. A
gente também. Somos como plantas que, sem cuidados, não sobrevivem. Por isso,
Deus cuida de nós, como o agricultor se propôs a cuidar da figueira. Toda pessoa
precisa de cuidados. E nós precisamos de Deus, porque, com muito carinho, Deus
cuida de nós.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Criar clima de oração.
- Dar as mãos e repetir: Senhor Deus, eu preciso de muitos cuidados, como a planta
que é colocada na terra. Preciso de casa, comida, escola, remédios, brinquedos...
Preciso também de amizade, de carinho, de compreensão e muito amor. Ajude-me,
Senhor, para que não me faltem os cuidados necessários para ser muito feliz. Cuide
de mim, Senhor. Amém!
- Cantar música apropriada. Que tal a no 3?
- Motivar para o próximo encontro, relembrando dia e horário.

Dicas para o catequista


- Não confundir este texto com a outra parábola em que Jesus destrói uma
figueira que não produzia frutos. Nessa, o Evangelho mostra o cuidado de
Deus. Na outra, a mensagem é o poder da fé. Apesar de serem textos
semelhantes, foram escritos com propósitos totalmente diferentes.
- Guardar o cartaz A TURMA DE JEUS, com os nomes das crianças.
Completá-lo durante a semana, escrevendo nos balões as datas de nascimento
(e, se possível, a data do batismo) para lembrar ao longo do ano. É sempre
importante comemorar essas datas. Essas comemorações podem ser um bom
momento para visitar, com a turma toda, a família do catequizando. Assim, a
catequese não somente estreita os laços com os familiares dos catequizandos,
o que é de grande importância, mas acaba de algum modo evangelizando toda
a família.

2º Encontro

O AMOR É O MAIOR CUIDADO

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma, com alegria e satisfação.
- Expor o painel da turma de Jesus, feito no encontro anterior, e conferir se a
turma toda está presente. Explicar como é importante a presença de cada um.
- Cantar música animada. Sugerimos a no 1, para relembrar o encontro anterior.
- Silenciar a turma para a oração.
- Motivar: Vamos começar o nosso encontro com o Sinal da Cruz. Vocês
sabem por que a gente faz o Sinal da Cruz? É para lembrar a presença de
Deus junto de nós. Nós nos reunimos em nome de Deus, porque sabemos que
ele está presente em nosso meio. Esse é o sentido do Sinal da Cruz: lembrar a
presença amiga de Deus em nosso encontro.
- Fazer o Sinal da Cruz: Estamos reunidos em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. Amém! (Ver se todos sabem fazer o Sinal da Cruz direito. Se
não, ensinar).
- Colocar a mão direita no coração e repetir: Senhor, nós estamos reunidos em
seu nome. Com muita confiança, pedimos sua bênção e proteção. Venha
cuidar de nós e nos ajudar a viver felizes, no seu amor e na sua presença.
Amém!
- Cantar a música no 3.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
No encontro passado, vimos que nós precisamos de muitos cuidados. Hoje
veremos que o cuidado mais importante é o amor. Sem amor, ninguém pode viver.
Um amigo de Jesus, chamado Paulo, escreveu um lindo texto sobre o amor. Vamos
ouvir com atenção.

Texto: 1Cor 13,1-8


Ainda que eu soubesse falar todas as línguas, se eu não tivesse amor, isso de
nada valeria. Ainda que eu tivesse todas as coisas, se eu não tivesse amor, isso de
nada adiantaria. Ainda que eu tivesse muita fé, a ponto de fazer milagres, se eu não
tivesse amor, eu não seria nada. Ainda que eu distribuísse com os pobres todos os
meus bens e desse minha vida por eles, se não tivesse amor, isso de nada valeria. O
amor é paciente. O amor é bondoso. O amor não tem inveja. O amor não é
orgulhoso. O amor não é egoísta, não se preocupa só com seus interesses. O amor
não se irrita, não guarda raiva, nem procura vingança. O amor não se alegra com a
injustiça, só se alegra com a verdade. O amor sempre perdoa, sempre confia,
suporta tudo com coragem e sem desanimar. Tudo na vida passa. Mas o amor nunca
acabará.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Partilha
- Ver se a turma recorda alguma coisa do que Paulo falou sobre o amor. Cada um
poderá dizer aquilo de que mais gostou.
- Pode-se ler o texto novamente, se for oportuno, e comentá-lo, conversando com a
turma.

Aprofundamento
- O amor é o maior cuidado de que a gente precisa para ser feliz. Toda pessoa
gosta de se sentir amada, bem aceita, bem acolhida por todos. Seria horrível
se ninguém gostasse de nós. A gente se sentiria desprezado e sem valor. Mas,
quando nos sentimos amados, nosso coração fica em paz. Por isso, o texto de
hoje fala do amor e mostra como é o amor de que a gente precisa: um amor
que significa paciência, bondade, alegria, mansidão. Essas coisas são sinais
de amor e tornam nossa vida mais feliz.
- Precisamos do amor dos nossos familiares, dos nossos amigos, da paciência e
compreensão das pessoas com quem convivemos. Mas há um amor muito
especial em nossa vida: o amor de Deus. Deus nos ama profundamente, mais
que qualquer outra pessoa. Ele nos ama com um amor tão grande e tão forte
que nada pode separar a gente dele. Sentir esse amor de Deus é muito
importante para a nossa felicidade. O amor de Deus nos traz paz e
tranqüilidade e nos faz sentir felizes.
- O texto que ouvimos mostra como o amor é: bondoso, paciente, alegre,
pacífico. E avisa: no amor não há espaço para o orgulho, o egoísmo, a raiva, a
maldade e outras coisas desse tipo. Todos sabem como essas coisas
prejudicam a nossa vida. Então, vamos guardar isso. O ser humano precisa de
amor. Precisa amar e sentir-se amado. E o maior amor é o amor de Deus.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Fazer uma montagem com faixas, para explicar melhor o sentido do tema.
Explicar que a atividade vai ajudar a compreender como é o verdadeiro amor,
tão necessário em nossas vidas.
- Distribuir com as crianças as faixas com as palavras que compõem o seguinte
cartaz.

O AMOR É O MAIOR CUIDADO


O AMOR É O AMOR NÃO É

PACIENTE IRRITADO
BONDOSO MALDOSO
ALEGRE TRISTE
MANSO VIOLENTO
CARIDOSO EGOÍSTA

- Convidar a turma para montar o painel sobre o amor, colando as faixas,


enquanto se reflete sobre o sentido de cada uma delas. O painel vai mostrar
como é o amor. Comentar cada faixa, sempre dialogando com a turma, vendo
as características do amor: paciência, bondade, alegria, mansidão e caridade.
Observar também as características contrárias ao amor: irritação, maldade,
tristeza, violência e egoísmo. Essas são sinais de desamor.
- Na montagem do painel, pode-se cantar a música no 5, que fala justamente da
importância do amor em nossa vida.
- Dar uma olhada geral no painel, para perceber a diferença entre uma coluna e
outra. Se possível, gravar (guardar no coração) as características do amor.
Isso vai ser importante para entender o modo como Deus nos ama.

Conclusão
Precisamos de muitos cuidados. Mas, de todos, o mais importante é o amor.
Amar e sentir-se amado é fundamental para toda pessoa. O amor nos faz mais felizes
e faz o mundo todo ser melhor. Então, a Bíblia está nos mostrando como é o
verdadeiro amor. E está nos dizendo que Deus nos ama assim, com esse amor
paciente, bondoso, alegre, manso e caridoso. Quando Deus está presente em nosso
coração, com o seu amor, a gente encontra força para superar os sinais de desamor. A
gente vê, pelo mundo afora, muita irritação, maldade, tristeza, violência e até
egoísmo. Mas aonde o amor de Deus chega, essas coisas vão sendo superadas. Por
isso, o amor é tão importante em nossa vida.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Dar as mãos e rezar com o catequista: Venha, Senhor, nos abençoar, para que
em nossa vida nunca falte o amor. Dê-nos força para sermos pacientes,
bondosos, alegres, tranqüilos e caridosos. Afaste de nós a irritação, a
maldade, a tristeza, a violência e o egoísmo. Assim, viveremos felizes e
ajudaremos o mundo a ser melhor. Amém!
- Motivar a turma para o próximo encontro. Cantar para encerrar.

Dicas para o catequista


- Veja se os catequizandos sabem responder o que se diz no final da
proclamação de um texto bíblico. Quando se trata de texto tirado dos
Evangelhos, quem proclama diz “Palavra da Salvação!” e todos respondem
“Glória a vós, Senhor!”. No final dos demais textos bíblicos, se diz “Palavra
do Senhor!” e todos respondem “Graças a Deus!”. A exceção é quando se
reza um salmo. Nesse caso, no final se diz “Glória ao Pai, ao Filho e ao
Espírito Santo!” E todos respondem “Como era no princípio, agora e sempre,
amém!”
- Crianças com baixa auto-estima têm a tendência de pensar que não são
amadas. Nesses encontros sobre o amor, acaba surgindo aquele debate sobre
quem amamos e quem nos ama. Nessa troca de idéias, pode aparecer alguém
que se julgue mal-amado. O catequista tenha atenção especial com esta
criança e a trate com carinho. Pelo menos o amor do catequista ela terá, com
certeza. E será preciso ajudá-la a encarar a vida de modo mais otimista,
percebendo melhor o afeto das pessoas. E de Deus, é claro.

3º Encontro

ALGUÉM NOS AMA DE UM JEITO


ESPECIAL

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Acolher cada criança com atenção e carinho. Cantar música animada. Que tal
a no 5, para recordar o encontro anterior?
- Convidar cada um a acolher o irmão, desejando-lhe a paz.
- Estando todos em círculo, fazer o Sinal da Cruz. Observar se todos sabem
fazê-lo corretamente. Ajudar, se necessário.
- Cantar música suave para oração. Sugerimos a no 3 ou 6.
- Repetir juntos, de mãos erguidas, a seguinte prece: Senhor Deus, nós nos
reunimos em seu nome, pois somos seus amigos e queremos viver em sua
presença. Nós pedimos que o Senhor encha nosso coração de paz e de alegria,
que ilumine nossa inteligência e oriente nossa vida, para que nunca nos
afastemos do seu amor. Amém!

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Já vimos que precisamos de muitos cuidados. E já sabemos que o cuidado mais
importante é o amor. Por isso, nós precisamos ser amados. O amor é o maior cuidado
de que a gente precisa para ser feliz. É muito bom ser amado. E sabemos que muitas
pessoas nos amam e cuidam de nós. Mas só o amor dessas pessoas não basta para nos
fazer felizes. Existe alguém que nos ama de um jeito muito especial. Mais que nossa
família – seja ela como for – mais que nossos amigos, mais que todos. Hoje, vamos
ver quem é esse alguém tão importante que nos ama desse jeito tão especial.

Texto: Is 49,14-16
Houve um tempo em que o povo estava sofrendo muito. Era um tempo de
grandes dificuldades. As pessoas se sentiam abandonadas, tristes e confusas. Então,
elas começaram a reclamar da vida, dizendo: “Deus nos abandonou. Ele se
esqueceu de nós”. Deus, então, disse ao povo: “Pode uma mãe esquecer-se de seu
filho e não ter carinho por aquele que ela gerou? E mesmo que isso acontecesse, eu
jamais abandonaria vocês. O nome de vocês está guardado em meu coração. Eu
sempre estarei por perto, para socorrê-los nas horas difíceis”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Partilha
- Como o povo se sentia diante das dificuldades? O que as pessoas começaram
a pensar?
- Qual foi a resposta de Deus para o seu povo?
- Vocês acham que é comum a mãe se esquecer dos seus filhos?
- E Deus, será que ele se esquece do seu povo?

Aprofundamento
- O texto de Isaías – um grande profeta que viveu há muito tempo – nos fala do
amor de Deus. Isaías estava observando que as pessoas, de tanto sofrer na
vida, estavam pensando que ninguém as amava nem cuidava delas. As
pessoas estavam duvidando do amor de todo mundo, até do amor de Deus.
Então, Isaías, que era muito amigo de Deus e que sabia que Deus não deixa
de nos amar, encontrou um modo profundo de falar do amor de Deus para
aquela gente. Ele comparou o amor de Deus com o amor de mãe. Dizem que
o amor de mãe é a forma de amor mais profunda que pode haver nesse
mundo.
- Mas Isaías foi além. Ele fez questão de mostrar que o amor de Deus é ainda
maior que o amor de uma mãe. Por isso, disse: ainda que uma mãe
abandonasse um filho seu – o que é raro, mas infelizmente pode acontecer –
Deus jamais nos abandonaria.
- Deus nos ama muito. Mais que nosso pai. Mais que nossa mãe. Mais que tudo
e que todos. O amor das pessoas é maravilhoso, mas limitado e fraco. Nossa
mãe pode até perder a paciência conosco e ficar nervosa, quando estiver
cansada. Deus, porém, nunca perde a paciência, nem fica nervoso, nem se
cansa. Seu amor por nós é especial. Ele nunca nos abandona, nunca nos
despreza. Ao contrário, fica sempre ao nosso lado, como um amigo fiel de
todos os momentos.
- É uma alegria imensa saber que temos esse alguém que nos ama de um jeito
tão especial e quer nos ver felizes. Ainda que, às vezes, a gente passe por
momentos difíceis; ainda que a gente se sinta triste e aborrecido; a gente tem
a certeza de sempre contar com o amor de Deus. Esse cuidado nunca vai nos
faltar. Podemos ter uma certeza absoluta e inabalável: existe alguém que nos
ama de um jeito muito especial. Esse alguém é Deus. Não o vemos, não o
tocamos com nossas mãos. Mas pela fé podemos experimentar o seu amor
por nós.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Colar em um painel um grande coração. Explicar que representa o coração de
Deus que nos ama de modo especial. Pode-se escrever no painel o tema do
encontro: ALGUÉM NOS AMA DE UM JEITO ESPECIAL.
- Repartir com a turma bonequinhos de papel que depois possam ser colados no
painel. Cada criança colore o seu boneco e escreve nele o seu nome. Se
parecer melhor, o catequista pode entregar cartões em branco, nos quais cada
criança escreve o seu nome e uma prece agradecendo a Deus por seu imenso
amor ou expressando o seu desejo de permanecer no coração de Deus.
- Depois, fazer a montagem do painel. Cada criança vai à frente e cola o seu
boneco ou prece no grande coração, que representa o coração de Deus.
- Enquanto isso, cantar algo apropriado. Sugerimos a música no 2, que fala
justamente do que estamos comentando. Se quiser incrementar, cada criança
pode ser chamada pelo nome. Vai-se cantando e troca-se a expressão “a gente
tem lugar” por “fulano tem lugar”, dizendo a cada vez o nome de alguém da
turma. Demora um pouco mais, mas fica mais personalizado.

Conclusão
Alguém nos ama de um jeito especial. É Deus que, na bondade do seu coração,
acolhe a todos nós. Estamos meditando, em nossa catequese, essa primeira e grande
verdade da nossa fé: Deus nos ama. Por isso, vamos ao encontro de Deus, buscando e
encontrando nele o amor de que necessitamos para ser felizes e realizados em nossa
vida. É por isso que tanto se diz que a fé nos ajuda a ser felizes. Quem crê em Deus e
entende que Deus é amor será mais feliz. Em nossa vida, vamos experimentar esse
amor maravilhoso de Deus. Esse é o primeiro fundamento de nossa fé. Vamos acabar
com aquela visão de que Deus é alguém que fica nos vigiando, que nos pune e
castiga e fica cobrando um montão de coisas. Vamos guardar apenas isso: Deus nos
ama de um modo muito especial.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Reunir a turma em frente ao cartaz e convidar para agradecer a Deus pelo
amor especial que ele tem por todos. Fazer preces espontâneas. A resposta
poder ser: “Obrigado, Senhor, por seu amor”. O catequista pode começar
com preces assim:
• Nós te agradecemos, ó Deus, porque o seu amor é importante para a
nossa vida.
• Nós te agradecemos, Senhor, porque o seu amor nos anima.
• Nós te agradecemos, ó Deus, porque o seu amor nos torna mais
felizes. Etc.
- Depois, repetir juntos: Ó Deus, cheio de bondade e de amor, nós estamos
felizes, porque sabemos que o Senhor nos ama e nos trata de um modo
especial. Seu amor alegra nossa vida. Por isso te agradecemos e pedimos:
cuide sempre de nós com muito amor. Amém!
- Cantar música suave. Que tal a no 6?
- Motivar para o próximo encontro.

Dicas para o catequista


- Orientamos o catequista a sempre conferir a freqüência da turma, anotando
em um diário ou lista a presença dos catequizandos em todos os encontros.
Isso ajuda a avaliar a motivação da turma. Quando uma criança falta, é
importante saber o motivo. O catequista ensine às crianças a comunicar o
motivo de suas faltas. E, se alguma criança faltar seguidas vezes, será preciso
fazer uma visita para ver o que está acontecendo.
- Outra sugestão é guardar todos os cartazes e painéis que são feitos a cada
encontro. Eles podem ser úteis mais tarde para se fazer uma exposição dos
trabalhos e convidar os familiares dos catequizandos. A família ficará feliz se
puder conferir as atividades dos catequizandos. E é também um meio de
entrosamento e evangelização de toda a família, além de grande incentivo
para as crianças capricharem nas atividades.
4º Encontro

DEUS É AMOR

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Acolher a todos com alegria. Cantar música animada. Sugerimos a no 6.
- Convidar para a oração inicial, criando clima de silêncio.
- Iniciar com o Sinal da Cruz, lembrando o seu sentido.
- Convidar para fazer preces espontâneas, pedindo a Deus que abençoe a todos,
dando paz, alegria e tudo o que é importante para a gente ser feliz. Fazer
preces em forma de ladainha. Cada criança lembra alguém que precisa dos
cuidados de Deus e todos respondem: “Toma conta, Senhor!” Sugerimos:
• De nossas famílias,
• De nossos amigos,
• De todas as crianças,
• De todos os que sofrem,
• De todos os velhos, etc.
- Repetir todos juntos, de mãos erguidas: Cuida com amor, Senhor, de todas as
pessoas. Que todas tenham muita paz e muita alegria, e que todas se sintam
amadas pelo Senhor. Amém!

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
As pessoas costumam perguntar: “Quem é Deus?” Para esta pergunta, surgem
respostas diferentes. Hoje, vamos ouvir um trecho da Bíblia, tirado da carta de um
discípulo de Jesus, chamado João. Ele vai dar uma boa resposta para essa pergunta.
Muitas pessoas dão explicações complicadas sobre Deus. Mas João fala de Deus de
forma simples e profunda.

Texto: 1Jo 4,16-19


Nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco. E acreditamos nesse
amor. Deus é amor. E quem permanece no amor permanece em Deus e Deus
permanece nele. O nosso amor por Deus será perfeito, se tivermos confiança nele,
mesmo nos momentos difíceis. Quem ama não tem medo, porque o amor
verdadeiro destrói todo medo. Nós amamos a Deus, não por medo dele, mas porque
Deus nos amou primeiro.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Partilha
- Perguntar o que eles entenderam do texto. Deixar que expressem suas
opiniões.
- Conversar com a turma sobre as idéias que a gente tem de Deus. Como eles
imaginam que Deus é? O que ouvem falar?

Aprofundamento
- Já dissemos que Deus nos ama de um modo todo especial. Agora a Bíblia nos diz
mais ainda: Deus é amor. Deus nos ama, porque Deus é amor. É muito importante
guardar isso no coração, porque cada um costuma pensar alguma coisa sobre Deus.
E nem sempre o que pensamos é o mais correto. A gente acaba tendo umas idéias
estranhas sobre quem é Deus. As pessoas se perguntam: Quem é Deus? E surgem
as respostas mais extravagantes. No fundo, a resposta a esta pergunta é muito
simples. Quem é Deus? Deus é amor. Isso nos basta.
- Mas vamos dar uma olhada em algumas outras respostas que algumas pessoas
costumam dar a esta pergunta sobre quem é Deus. Talvez até vocês já tenham
ouvido alguma explicação estranha sobre quem é Deus.

Sugerimos usar um cartaz com faixas para explicar essas imagens de Deus,
juntamente com o cartaz do segundo encontro com as características do amor.

- Deus é alguém que fica nos vigiando para anotar os nossos erros: Muitas
pessoas pensam que Deus é assim: um velho mal humorado e nervoso, que está
pronto a nos castigar pelas menores faltas que cometemos. Essas pessoas imaginam
que Deus seja um velho bravo e bem irritado, sentado numa cadeira lá no céu, com
um grande livro na mão, de olhos bem abertos, só anotando o que a gente faz de
errado para poder nos castigar. Quem pensa assim ainda não entendeu que Deus é
amor, pois o amor não é IRRITADO. (Mostrar o cartaz com as características do
amor – 2º encontro). Se Deus é amor, ele não pode ser irritado. Ao contrário, Deus
é PACIENTE como o amor. No amor não pode haver irritação. Só compreensão e
paciência total! É assim que Deus é: não um juiz bravo, mas amor-paciente.
- Deus é alguém que proíbe a gente de fazer as coisas que a gente quer: Alguns
pensam que Deus é uma pessoa muito chata e exigente. Uma pessoa mal humorada,
de mal com a vida, que proíbe as coisas boas e vive impondo pesadas tarefas pra
gente cumprir. Quem entende Deus assim pensa que ele não gosta de ver a gente
feliz, que ele quer que a gente sofra, que ele proíbe tudo que é bom. E outras coisas
estranhas. Às vezes os adultos colocam isso em nossa cabeça, quando dizem: “Faz
isso não porque Deus não gosta”. E a gente começa a pensar que certas coisas não
podem ser feitas só porque Deus não gosta. É claro que a gente nem sempre deve
fazer tudo o que passa por nossa cabeça, porque certas coisas podem não ser boas.
É claro que Deus, sendo amor, quer que a gente faça sempre o que é bom e evite as
coisas erradas. Mas não vamos pensar que Deus seja uma pessoa triste e chata que
só sabe proibir. Não vamos pensar que ele existe para implicar com a gente. Deus é
amor e o amor é ALEGRE (mostrar o cartaz do 2º encontro) e não TRISTE e
emburrado. Deus quer nos ver alegres, fazendo coisas boas. Ele quer que a gente
evite o que pode nos causar tristeza, não por ser alguém chato e exigente, mas por
nos amar muito.
- Deus é uma pessoa brava que nos castiga quando erramos: Tem gente que
pensa que Deus é bravo e vingativo, que usa o seu poder para nos castigar, quando
a gente erra. Não pode ver uma coisinha errada e logo vai mandando desgraças
sobre nós. Quem pensa assim entende que os problemas e tristezas da vida foram
mandados por Deus, como castigo para nos punir por nossos males. Por exemplo:
Vem uma tempestade, a pessoa pensa que foi Deus quem mandou para mostrar que
está bravo conosco. Acontece um acidente, a pessoa acha que foi Deus quem
provocou para punir alguém. Adoece uma pessoa, foi castigo de Deus. Alguém se
machuca, Deus provocou. Morre alguém, foi vontade de Deus. E assim vai. É uma
lista enorme de desgraças e castigos atribuídos a Deus. Quem pensa assim não
entendeu quem é Deus. É verdade que na vida passamos por dificuldades. Mas não
é Deus quem manda essas coisas. Elas fazem parte da vida. E Deus, com o seu
amor, quer nos ajudar a vencer as dificuldades. Ele não quer complicar mais, só
quer ajudar. Deus não é MALDOSO nem VIOLENTO, não planeja o mal e nem
castiga a gente. Por isso, o discípulo de Jesus, chamado João, disse: “no amor, não
há medo!” Só confiança e entrega total! O Deus-amor é BONDOSO e MANSO.
Não precisamos ter medo de Deus.
- Deus é um espírito perfeitíssimo que fica longe, lá no céu: Tem gente que
entende Deus como um ser inatingível, bem longe de nós, que não está nem aí para
os nossos sofrimentos e pelejas. Ou então pensa que ele é um mistério muito
complicado: um espírito perfeitíssimo, ou seja, alguém que a gente nunca consegue
entender. Quem pensa assim não acha Deus muito simpático. Fica pensando que
Deus nem liga para nós, fica lá longe, no céu, curtindo a sua perfeição com os
anjos, e nem se importa com a nossa vida cheia de imperfeições. Se Deus fosse
assim não teria nada a ver conosco. Não sofreria com a gente, não torceria por nós,
não se misturaria com a gente. Ficaria na dele. Mas, se Deus é amor, ele não é
EGOÍSTA, nem indiferente. Ao contrário, é CARIDOSO. Ele está perto de nós, nos
conhece e nos ama. Sabe das nossas dificuldades e nos dá força para enfrentá-las e
vencê-las.
- Deus é uma energia positiva: Tem gente que pensa que Deus é uma energia
positiva, uma luz que invade nossas mentes. Mas o que é uma energia? O que é
uma luz? Fica muito vago falar de Deus assim. Deus é mais que luz ou energia. Ele
é uma pessoa, um ser especial que nos ama. Ele nos ilumina com sua luz e nos dá
força e energia. Mas ele é mais que isso. Falar que Deus é simples energia ou luz dá
a impressão de que ele é uma coisa qualquer. Energia não tem sentimento. Energia
não tem sabedoria. Deus é mais que isso. Ele é uma pessoa cheia de luz e energia,
mas não é uma coisa qualquer. Muitas pessoas falam em atrair a energia de Deus ou
desejam muita energia para os outros. Isso é pouco para falar de Deus. Deus é uma
pessoa, alguém com quem a gente pode conversar e fazer amizade. Uma pessoa
especial, é bem verdade. Mas alguém real e não uma força de nossa imaginação.
- Deus é amor: Jesus – o Filho de Deus que veio ao mundo – nos mostrou como
Deus é. Ele nos ensinou que Deus é amor. Ele quer o nosso bem e cuida de nós,
porque nos ama. Então, vamos tirar de nossas mentes aquelas idéias estranhas de
que Deus é um velhinho de barbas brancas que fica lá do céu nos olhando, para ver
quando a gente faz alguma coisa errada. Deus não é nosso guarda-costas, nem
nosso vigia. Nada disso. Deus é amor. É uma pessoa muito especial que nos ama,
que quer o nosso bem, que nos dá força na vida e nos ensina muitas coisas. A
melhor resposta para a pergunta “quem é Deus?” está aqui: Deus é amor. É uma
pessoa especial que nos ama muito.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Sugerimos debater sobre a imagem do “Deus que castiga”, a partir da história
seguinte, que pode ser lida pelos próprios catequizandos, divididos em grupo,
ou contada animadamente pelo catequista. Esse debate é importante porque,
na maioria das crianças, prevalece a idéia de um Deus de quem se deve ter
medo. Queremos que as crianças entendam que Deus é amor e o que isso
significa para a nossa vida.
O SONHO DE ZECA
Zeca era um desses garotos trapalhões que não sossegam um minuto. Ia e vinha
o dia inteiro e, por onde passava, deixava todo mundo de cabelo em pé. O menino era
mesmo difícil, a ponto de sua mãe perder a paciência. A pobre mulher já havia tentado
de tudo para consertar o menino. Mas, nada. Ele continuava o mesmo.
Um dia, sua mãe explodiu de raiva e gritou bem na sua cara: “Zeca, menino
perdido! Eu não agüento mais! De hoje em diante eu te entrego para Deus. Tudo o que
você fizer, Deus vai vigiar. E, se você fizer arte, peço a Deus que mande um castigo do
céu”.
Quando chegou a noite, Zeca foi dormir preocupado. Ele estava meio com medo
de Deus e pensava: “Será que Deus está com raiva de mim? Será que vai me castigar?”
Triste com tantos pensamentos, adormeceu. Mas, no meio da noite, Zeca teve um
sonho. Sonhou que Deus veio do céu e sentou-se aos pés de sua cama. Deu um sorriso
bem grande e lhe disse:
- Zeca, seu bobinho, pode dormir sossegado, que eu gosto muito de você. Eu
sou o Deus-amor e não fico com raiva de ninguém. Não vou te castigar, nem ficar
vigiando. Você já está bem grandinho e sabe que deve fazer as coisas certas.
No dia seguinte, o garoto acordou feliz. Havia percebido o quanto Deus o amava.
E – coisa engraçada! – nunca mais sentiu vontade de fazer tanta arte.

- Ver o que a turma entendeu com essa história. Debater.


- Motivar a turma, falando sobre a alegria de ser amado por Deus.
- Entregar, para cada catequizando, um papel recortado em forma de pétala de
girassol.
- Pedir que escrevam uma oração, agradecendo a Deus pelo seu amor
maravilhoso, e assinem embaixo.
- O catequista terá preparado em casa um cartaz, colando nele um papel em
formato de caule, folha e miolo do girassol, e com a seguinte frase: DEUS É
AMOR. Na parte de baixo do painel, escrever: ESTOU DE OLHO NO SEU
AMOR. Será bom colar no cartaz o desenho de um sol, pois dizem que o
girassol fica sempre voltado para o sol. Assim também, nós voltamos nosso
olhar para Deus.
- Dar um tempo para escrever as orações. Se alguma criança tiver dificuldades
para escrever, o catequista deverá ajudá-la. Depois, convidar a turma para
colar as pétalas no cartaz, formando uma flor, para simbolizar a alegria de ser
amado por Deus, de forma tão especial. Cada um, por sua vez, irá à frente e
colará a pétala com a oração que escreveu.
- Enquanto se faz a colagem, cantar música apropriada.
- O cartaz ficará assim:

Conclusão
Essas orações que foram escritas expressam nossa alegria de ser amados por
Deus. Juntas, elas formam uma flor, sinal da beleza de nossa vida, quando
experimentamos o amor de Deus por nós. De fato, a vida é bela, quando somos
amados. E Deus nos garante, de modo muito especial, seu amor por nós. Para Deus,
nós somos pessoas especiais. Somos importantes e valiosos. Se nós precisamos de
cuidados, sabemos que Deus cuida de nós. Se precisamos ser amados, sabemos que
Deus nos ama. Ainda que o mundo todo se voltasse contra nós, Deus estaria sempre
do nosso lado. Ainda que ninguém nos aceitasse, Deus nos aceitaria. Mesmo que
tivéssemos a sensação de não ser importantes para ninguém, para Deus é seguro
que somos importantes. É por isso que o amor de Deus garante uma profunda e
intensa alegria em nossa vida. Ele é o sol que ilumina nossa vida. E como o girassol
sempre fica voltado para o sol, nós devemos sempre estar voltados para o nosso
Deus-amor. Essa é a mensagem desse cartaz que hoje fizemos. O importante agora
é cada um ficar de olho no amor de Deus, para perceber o quanto Deus o ama. O
girassol floresce voltado para o sol. Nós também florescemos e desabrochamos para
uma vida feliz, quando nos voltamos para Deus, que é amor. Deus nos acolhe de
braços abertos. Não para nos castigar, mas para nos amar, porque ele é amor.
Quando alguém nos perguntar quem é Deus, a resposta estará na ponta da língua:
Deus é amor. É por isso que nós o buscamos. É por isso que ele é tão importante em
nossa vida.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Iniciar a oração cantando. Que tal a no 14?
- Estando todos em círculo, de mãos dadas, repetir juntos: Meu bom Deus,
quero estar de olho no seu amor. Quero sentir seu carinho e sua proteção em
toda a minha vida. Quero me alegrar com a sua presença e festejar sua
bondade. Quero permanecer firme junto do Senhor, pois acredito que o
Senhor me ama e me dá seu amor. Por isso, meu Deus, não quero me separar
do Senhor, para que seu amor ilumine sempre a minha vida. Amém!
- Rezar o Pai-nosso, lembrando que Deus é um pai amoroso.
- Desejar boa semana e motivar para o próximo encontro.
- Encerrar cantando, à vontade.

Dicas para o catequista


- Estamos afirmando que Deus não castiga ninguém. Isso vai ficar ainda mais
claro no encontro em que dizemos que Deus só quer o nosso bem. Porém,
essa noção de que Deus é pai e é amor não é a única maneira de falar de
Deus, nem mesmo na Bíblia. O Antigo Testamento fala com freqüência de
um Deus que se irrita com o povo, que castiga, que fica ofendido, que se
arrepende do bem que fez ao povo. O que significam essas expressões? São
os chamados antropopatismos, que consistem em atribuir a Deus sentimentos
que são nossos. Nós é que nos irritamos, nos arrependemos e adotamos o
castigo como meio de corrigir as pessoas. Sem conhecer direito a Deus, que
ainda não havia sido totalmente revelado por seu Filho Jesus, o povo imagina
que Deus tem os mesmos sentimentos humanos. Mas, vejam só! Também
esse jeito de entender Deus tem algo muito significativo, pois mostra que
Deus é alguém próximo, com sentimentos. Alguém real, com quem o povo
entra em relação e não um Deus distante e frio que não faz comunhão com
seu povo. O Antigo Testamento mostra um Deus que se importa com a gente
e não fica parado diante do sofrimento e da injustiça que seu povo sofre.
- Mais tarde, o Filho de Deus vai mostrar que Deus é amor e nós podemos até
chamá-lo de Pai. Veremos isso na segunda etapa. Chamar Deus de Pai deve
ter causado profunda impressão naquele povo que evitava até dizer o nome de
Deus, com medo de ofendê-lo. Jesus tranqüiliza seus discípulos, quando diz
que podem, ao rezar, chamar Deus de Abba, que quer dizer “papai”.
Observem bem que, mesmo Jesus tendo ensinado essas coisas, vamos
encontrar também no Novo Testamento expressões que falam do castigo de
Deus, entendido como provação. Fica parecendo que Deus manda problemas
e dificuldades, para provar a nossa fé. Na verdade, essas coisas não vêm de
Deus. Fazem parte de nossa vida, nesse mundo marcado por fraquezas, como
também veremos adiante. Não é Deus quem manda coisas para nos provar.
Nós é que devemos dar provas de nossa confiança, no meio das adversidades.
Estas são algo normal na vida e não castigos ou provas enviados por Deus.
Mas o povo não tinha condições de entender isso, naquele tempo. Então,
atribuía a Deus a autoria de tudo.
- Quanto ao Antigo Testamento, a idéia do castigo está bastante associada à
questão da justiça divina. O povo pensava assim: “Se Deus é justo, precisa
castigar os maus”. Ainda hoje, muita gente pensa assim! Mas também essa
idéia foi contestada por Jesus, que disse que Deus faz chover sobre bons e
maus, ou seja, Deus não deixa de querer o bem mesmo dos maus, para que
um dia – quem sabe? – eles também busquem a Deus. Outra coisa impossível
é catalogar as pessoas, afirmando quem é bom e quem é mau. Vejam que
estamos diante de questões bem complexas. O que queremos é que o
catequista entenda que a noção de Deus – pai amoroso – revelada por Jesus
suplanta tudo o que dele se diz em outros lugares bíblicos.

5º Encontro

DEUS NOS AMA DO JEITO QUE


SOMOS

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com muito entusiasmo. Cantar. Que tal a música no 14?
- Acalmar a turma, criando clima de oração.
- Fazer o Sinal da Cruz, lembrando o seu sentido.
- Formar um círculo. Cada um coloca a mão no ombro da pessoa à sua direita e
todos repetem com o catequista: Ó Deus de amor, nós aqui estamos para mais
um encontro. Estamos felizes porque acreditamos no seu amor. Pedimos que
o Senhor nos abençoe e ilumine este nosso encontro. Amém!
- Dar o abraço da paz, demonstrando o amor de Deus que há em nós e que
queremos partilhar com os colegas. Pode-se cantar. Que tal a música no 16?

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Já vimos que Deus nos ama muito. Mas corremos o risco de pensar: “Será que
Deus me ama mesmo? Eu nem tenho sido tão bom. Costumo fazer coisas erradas.
Não tenho feito nada para merecer esse amor de Deus. Será que Deus me ama do
jeito que eu sou? Ou será que Deus ama somente as pessoas santas e perfeitas?” É o
que veremos nesta história da Bíblia.

Texto: Lc 15,11-24
Certa vez, Jesus contou a seguinte história:
Um homem tinha dois filhos. O mais velho era muito dedicado às coisas do
pai. Era muito trabalhador. O filho mais novo, porém, gostava de vida mansa. Não
queria saber de trabalhar. Um dia, o filho mais novo resolveu sair de casa. Ele não
estava suportando mais a vida na fazenda do seu pai. Queria viajar, conhecer outros
lugares e aproveitar a vida, enquanto era novo. Então, ele disse a seu pai: “Pai,
reparta entre mim e o meu irmão a nossa herança. Dê-me todo o dinheiro a que
tenho direito”. Cheio de bondade, o pai repartiu com ele e o irmão todo o dinheiro
que tinha. Alguns dias depois, o filho mais novo pegou todo o seu dinheiro e foi
embora para bem longe de sua casa, deixando o pai muito triste. Foi morar numa
cidade grande.
Lá nessa cidade, ele levou, durante muito tempo, uma vida fácil. Não
trabalhava, nem se preocupava com nada. Só vivia gastando o seu dinheiro com
jogos, diversões, farras, bebedeiras, etc. Depois de ter esbanjado tudo, ele ficou na
miséria e começou a passar fome. Então, resolveu arranjar um emprego. Mas o
único emprego que ele conseguiu foi cuidar dos porcos de um patrão muito
rigoroso. Havia dias em que passava tanta fome que queria até mesmo comer a
comida dos porcos. Só que nem isso ele podia.
Diante de tantas dificuldades, esse jovem começou a pensar: “Oh! Que vida
dura! Lá na casa do meu pai, até mesmo os empregados comem do bom e do
melhor. E eu aqui, longe de casa, a morrer de fome. Assim não dá! Vou voltar para
a casa do meu pai. Vou ver se ele me aceita de novo. E, se não me aceitar como seu
filho, talvez me aceite, ao menos, como um empregado. É melhor ser empregado na
casa do meu pai, do que ficar aqui sofrendo”.
Então, o jovem levantou-se e partiu para a casa de seu pai. Voltava de mãos
vazias e humilhado, sem saber como o pai iria recebê-lo.
Acontece, porém, que todos os dias, o pai, cheio de saudade, ficava olhando a
estrada, na esperança de que seu filho voltasse. O filho vinha ainda longe no
caminho, quando seu pai o viu e, cheio de amor por ele, correu ao seu encontro. O
pai abraçou seu filho, beijou-o, cheio de alegria pela sua volta. O jovem disse a seu
pai: “Pai, eu errei quando saí de casa e te abandonei. Sei que não mereço mais ser
chamado de seu filho. Deixe-me, pelo menos, ser um empregado na sua fazenda!”
Mas o pai nem escutava o que o filho dizia. Ele estava tão feliz com a volta
do filho que logo foi mandando os seus empregados trazerem roupas e sapatos
novos para ele. Mandou também que preparassem uma grande festa, dizendo:
“Alegrem-se comigo. Meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi
encontrado”. E, cheios de alegria, começaram a festa.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Partilha
- Por que o filho mais novo quis sair de casa?
- O que o pai sentiu quando o filho foi embora?
- Como foi a vida do filho longe de casa?
- Por que resolveu voltar?
- Como o pai o acolheu?
- O que vocês acham do jeito como o pai acolheu o filho?

Aprofundamento
- Quando falamos do amor de Deus, estamos falando de um amor todo
especial. Nós também amamos muitas pessoas, mas o nosso amor é cheio de
limitações. Nós costumamos amar as pessoas que nos amam e fazemos cara
feia para as outras pessoas. Por qualquer razão, deixamos de amar alguém e
ficamos de mal, se essa pessoa nos aborrecer. Nosso amor é muito limitado.
Mas o amor de Deus é infinitamente superior ao nosso. É um amor perfeito.
Por isso, dizemos que Deus nos ama do jeito que somos. Com as nossas
qualidades e os nossos defeitos.
- Uma ótima explicação foi dada pelo próprio Jesus, na parábola do filho
pródigo. A palavra pródigo quer dizer gastador, esbanjador. Aquele filho
mais novo não era de modo algum um filho muito ajuizado. Pegou a fortuna
de seu pai e esbanjou tudo numa vida desenfreada, agindo de modo
irresponsável. E isso não é nada inteligente, pois pode trazer graves
conseqüências.
- Um pai qualquer teria ficado bravo com esse filho. Faria um belo sermão,
quando ele voltasse. Colocaria um monte de exigências para que ele
retornasse ao conforto do lar. Daria uma série de conselhos, exigiria muitas
explicações. E, agindo assim, esse pai não estaria errado. Faria tudo isso para
o bem do filho, no desejo de corrigi-lo, evitando que ele errasse de novo, pois
é função dos pais corrigir os filhos.
- Mas não é disso que Jesus quer falar na parábola. Ele não fala de um pai
qualquer e nem quer ensinar como se educa um filho sem juízo. Jesus quer
mostrar que o amor de Deus é diferente de tudo o que conhecemos. Por isso, a
parábola tem um final surpreendente.
- O pai foi carinhoso com seu filho. Tratou-o com bondade, porque o amava
tanto quanto ao outro que nunca fugira de casa. Certamente aquele pai não
ficou satisfeito nem feliz pelo fato de o filho ter cometido muitos erros. Mas
ficou feliz porque o filho estava de volta para recomeçar a vida. Então, o pai
simplesmente o acolheu, do jeito que ele era, para que o filho tivesse nova
chance. Se fosse outro pai, talvez tivesse contado uma boa prosa para o filho.
Ou talvez tivesse colocado condições: “Só aceito você de volta, se você
prometer nunca mais sair, ou se você pedir perdão, ou ainda, se você me
pagar tudo o que gastou”. Mas, não. Aquele pai amava o filho, mesmo tendo
ele cometido tantos erros.
- E é assim que Deus nos ama. Como aquele pai, Deus nos aceita como somos.
E ama a todos igualmente. Ama os maus e os bons, os justos e os injustos.
Deus não deixa de nos amar por causa de nossos defeitos e fraquezas. Ele nos
aceita com defeito e tudo. É claro que Deus não aprecia nossos defeitos. Ele
quer que a gente os corrija. Mas nem por isso deixa de nos amar. Mesmo não
sendo perfeitos, somos importantes para Deus. Ele nos ama do jeito que
somos, para que sejamos melhores.
- Deus não nos ama porque somos bons, mesmo porque nenhum de nós é
totalmente bom. Deus nos ama, porque ele é bom. Essa é a diferença que
precisa ficar clara. Nós amamos as pessoas quando elas são boas para nós.
Deus ama as pessoas porque Deus é bom. Ele é amor e só sabe nos amar.
Mesmo quando fazemos alguma coisa errada, Deus continua nos amando e
torcendo para que a gente crie juízo. Ele não fica de mal com a gente. Ao
contrário, vem sempre ao nosso encontro, pois deseja o nosso bem.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Convidar a turma para fazer desenhos de acordo com a história do filho
pródigo. Cada um pode desenhar a cena que mais lhe chamou a atenção.
Depois, cada um explica o seu desenho. Pode-se montar um painel ou varal
com os trabalhos da turma.
- Aproveitar para aprofundar o debate sobre o tema a partir do que as crianças
expressarem em seus desenhos.
Conclusão
Quem ama de verdade não impõe condições para amar. É assim que Deus nos
ama. Ele não está preocupado se somos feios ou bonitos, pobres ou ricos, mais
inteligentes ou menos inteligentes. Ele gosta de nós do jeito que somos, com nossas
qualidades e nossos defeitos. E é com muita festa e muita alegria, como o pai do
filho pródigo, que Deus nos acolhe. Isso nos leva a ficar tranqüilos. Não precisamos
ser perfeitos para experimentar o amor de Deus. Já somos amados assim como
somos. É claro que Deus não aprova os nossos erros. Mas não deixa de nos amar
porque erramos. Ao contrário, ele nos manifesta o seu amor, para que assim
aprendamos a acertar os passos na vida. O filho pródigo deve ter aprendido muito
com os próprios erros. Nós também aprendemos, mas precisamos sempre nos sentir
amados e apoiados. Por isso, é importante guardar no coração: Deus nos ama do
jeito que somos. Não para a gente ficar relaxado e dizer: “Então, não preciso me
preocupar com mais nada”. Ao contrário, a gente vai pensar assim: “Já que Deus
me ama tanto, tentarei ser o melhor filho do mundo, para corresponder ao amor
desse pai maravilhoso”.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Cantar alguma música que fale do amor de Deus. Que tal a música no 6?
- Convidar para fazer preces espontâneas, louvando a Deus por sua bondade
para com todos. Pode-se responder: “Obrigado, Senhor, pelo seu amor!” O
catequista pode fazer a primeira prece, para motivar a turma.
- Concluir, rezando o Pai-nosso.
- Pedir que, para o próximo encontro, todos tragam figuras de guerra, fome,
briga, violência, acidentes – coisas ruins que acontecem no mundo.

Dicas para o catequista


- A conhecida parábola do Filho Pródigo não termina com a festa que o pai
manda fazer para comemorar a chegada do filho fujão. Desenrola-se ainda
uma trama em torno do filho mais velho, que ficou fiel em casa cuidando dos
interesses da família, e que tem dificuldades para entender a gratuidade do
amor paterno e seu perdão generoso. Como o que nos interessa neste encontro
é o amor do pai, que acolhe o filho sem impor condições, a segunda parte foi
excluída da narrativa. Assim, pretendemos facilitar, evitando misturar
conteúdos. Se, porém, alguma criança demonstrar curiosidade, por já ter
ouvido a história inteira, o catequista responda às indagações que forem
feitas, sem fugir do tema principal.
- O catequista poderia pensar que são muitos encontros sobre o amor de Deus e
coisas afins. Lembre-se, porém, que o imaginário das crianças pode estar
pintado com imagens muito fortes e distorcidas de Deus. Todo esforço para
firmar essa nova imagem de Deus é importante. Não se supera da noite para o
dia, ou com uma simples explicação, uma concepção de Deus, construída
desde a primeira infância com base em um imaginário popular. É um
processo. Será preciso insistir repetidas vezes no amor de Deus, para que de
fato as crianças comecem a entender e experimentar esse amor.

6º Encontro

DEUS SÓ QUER O NOSSO BEM

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com alegria e motivação. Cantar música à escolha.
- Fazer o Sinal da Cruz.
- Dirigir à turma breves palavras: Quando a gente se reúne para o nosso
encontro, Deus está aqui, presente junto de nós. Ele está sempre conosco para
nos iluminar e nos abençoar. Tudo isso porque nos ama. Vamos, então,
invocar essa presença de Deus.
- Convidar a turma para fazer preces espontâneas, invocando a presença de
Deus. O catequista explica que é para pedir a Deus que venha abençoar, ou
proteger, ou dar força, ou trazer a paz – conforme cada um desejar. Depois de
cada prece, todos respondem: “Cuide de nós, ó Deus de amor”. O catequista
faz a primeira prece como exemplo: “Venha, ó Deus, nos abençoar”. E
incentiva a turma a rezar.
- Encerrar, cantando música suave. Que tal a música no 3?

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Estamos aprendendo que Deus é amor. Mas tem gente que, quando passa por
dificuldades, vai logo pondo a culpa em Deus e dizendo: “Isso é castigo de Deus”.
Ou, quando acontece um acidente, diz: “Foi Deus que quis assim, temos que aceitar a
vontade de Deus!” Ou, quando morre alguém, tem gente que diz: “Foi Deus quem
chamou; Deus sabe o que faz!” Será que é isso mesmo? Vamos ouvir um texto da
Bíblia que nos ajuda a entender essas coisas.

Texto: Tg 1,12-18
Feliz a pessoa que sabe enfrentar as dificuldades sem desanimar, porque,
depois do sofrimento, vem sempre a vitória, que o Senhor prometeu aos que o
amam. Ninguém, ao passar por dificuldades, deve dizer: “Deus está me
castigando”. Deus nunca faz o mal e não castiga ninguém. O mal vem de nossa
própria fraqueza, que provoca muitas dificuldades. A fraqueza produz o pecado e o
pecado, uma vez acontecido, gera coisas muito ruins. Não devemos nos enganar,
irmãos: tudo o que é bom, tudo o que é precioso vem de Deus, que é luz, e que, no
seu grande amor, nos criou para sermos a mais importante de suas criaturas.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Partilha
- Vocês já viram situações em que as pessoas, diante de algum problema,
colocam a culpa em Deus, dizendo que ele é quem quis que essas coisas ruins
acontecessem?
- De acordo com o texto da Bíblia que ouvimos, esse jeito de pensar está
correto?
- É Deus quem manda as coisas ruins? De onde elas vêm?

Aprofundamento
- As pessoas costumam pensar que tudo o que acontece de ruim é Deus quem
quer. Acontece um acidente, elas dizem: foi vontade de Deus. Acontece uma
morte, elas dizem: foi vontade de Deus. Alguém adoece: foi vontade de Deus.
Alguém perde o emprego: foi vontade de Deus. Toma bomba na escola: foi
vontade de Deus. Chove forte ou faz sol: foi vontade de Deus.
- Fica parecendo que Deus é quem manda esses problemas para nós, para nos
castigar pelos nossos erros. Mas esse modo de pensar não está correto. Deus
nunca nos castiga. Ele só quer o nosso bem. Essa idéia fica clara no texto que
ouvimos. E foi assim que Jesus revelou: Deus é amor e, portanto, trata a todos
com amor.
- As coisas difíceis fazem parte da vida. É preciso entender que nossa vida
nunca é um mar de rosas. Há também espinhos, sofrimentos. Somos pessoas
de carne e osso, não somos anjos. Estamos sujeitos às fraquezas humanas e às
perturbações que elas nos causam. Estamos sujeitos a nos machucar, a
adoecer, a nos aborrecer com alguém, a ficar chateados com problemas da
família, a nos envolver em algum acidente, e até a morrer! Somos pessoas
frágeis, não somos de ferro. E essa fraqueza traz conseqüências para nós.
Também as fraquezas dos outros podem nos trazer complicações, já que
vivemos em comunidade e nossas vidas estão, de algum modo, interligadas.
Se alguém da nossa família adoece, por exemplo, nós ficamos tristes.
- Diante das fraquezas, devemos assumir uma postura de quem luta, enfrenta e
vence. Não devemos ficar desanimados e sem forças, como se tivéssemos que
aceitar tudo de braços cruzados. Os conflitos da vida são um desafio para a
nossa fé, pois nos incentivam a encontrar soluções e a usar nossa criatividade
para superar os males. Com Deus, a gente tem forças para enfrentar as
dificuldades.
- Porém, é preciso ter em mente que nem tudo pode ser superado com
facilidade. Há coisas que não dependem de nossa vontade. O mundo não é
exatamente do jeito que a gente quer. Nossa vida nem sempre é do jeito que a
gente desejava que fosse. Nem sempre teremos soluções para tudo.
Precisamos aceitar essas limitações, com humildade e paciência.
- Há outras coisas, com as quais fazemos drama, que são naturais. Vejamos o
caso da morte, por exemplo. Morrer é algo natural. As plantas nascem,
crescem e morrem. Os animais nascem, crescem e morrem. Nós também
passaremos por esse processo. Em si, morrer não é um mal. Já pensou se todo
mundo morresse e a gente ficasse velhinho, sem forças e sem ninguém que a
gente ama, pois todos já teriam morrido? Ou se a gente fosse ficando velho,
cada vez mais velho, fizesse cem anos, duzentos, trezentos, com a pele toda
enrugada, as pernas bambas, sem conseguir andar, nem falar. Então, a morte
não é uma coisa má. Ela é o começo de uma vida nova. Ela é difícil e dura,
pois deixa saudade de quem a gente ama, mas não quer dizer que seja ruim ou
castigo de Deus. Mas nem sempre nós entendemos o sentido dessas coisas e
nos sentimos meio perdidos.
- E não é só a morte que nos assusta. Qualquer fenômeno da natureza que
provoca estragos é entendido, muitas vezes, como vindo de Deus. É bom
lembrar que a chuva, o sol, o clima são coisas da natureza. O ser humano
influencia a natureza, destruindo, poluindo, desmatando. Então, acontecem
enchentes, calor sufocante e outras coisas. E muita coisa nem depende de nós.
São fenômenos naturais. A natureza tem suas leis próprias, que não
dependem sempre de nossa vontade.
- Antes de Jesus vir ao mundo, no tempo do Antigo Testamento, o povo não
compreendia isso. As pessoas pensavam que tudo dependia da vontade de
Deus e que era ele quem mandava a chuva e a seca, premiando quem fizesse
o bem e castigando quem agisse mal. Mas depois Jesus ensinou que não é
bem assim.
- Ao falar do amor de Deus e, mais ainda, ao mostrar que Deus é amor,
precisamos então ter clareza sobre isso. De Deus só pode vir o bem. Dele só
vem coisa boa. O mal é mesmo coisa da vida, por causa de nossa fraqueza. E
a vida não deixa de ser boa por causa dessas fraquezas todas, que, é claro,
devem sempre ser combatidas e enfrentadas. Mas nunca serão totalmente
vencidas. A gente aprende a superar o que pode ser superado e a conviver
com as coisas que não são exatamente como a gente gostaria que fosse. E isso
sem perder a alegria, pois em tudo, mesmo nas fraquezas, somos amados por
Deus.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Montar um painel com as figuras de coisas ruins que acontecem pela vida
afora. As crianças ficaram de trazer figuras, mas, como o catequista é
prevenido, ele também terá selecionado várias figuras para garantir a
atividade. Usá-las somente se necessário. Escrever no painel: NADA DISSO
É VONTADE DE DEUS.
- Comentar os fatos ilustrados no painel, descobrindo qual fraqueza humana
está por trás de cada cena retratada. Por exemplo: por trás de um acidente,
pode estar o descuido de um motorista ou o alcoolismo; por trás de uma
briga, estão a violência humana, o egoísmo e tantas outras coisas; por trás de
uma guerra, há interesses econômicos e a busca do poder e da dominação; por
trás da miséria, estão a má administração dos recursos públicos, a corrupção e
o desgoverno; por trás de problemas climáticos – inundações, secas,
terremotos – estão fenômenos da natureza ligados a atitudes equivocadas,
como poluir a atmosfera, construir casas praticamente dentro dos rios. E por
aí vai. O importante é ficar claro que somos nós mesmos – não cada um
isoladamente, mas a humanidade como um todo – que cultivamos o que
chamamos de mal, em sentido genérico. E além dos que cultivamos, ainda há
os males que não dependem de ninguém, como por exemplo, um terremoto.
Com esses fenômenos da natureza, a gente precisa aprender a conviver com
humildade. Até a morte pode ser um simples fenômeno da natureza, quando
acontece de modo natural e não provocado. É bom pensar nisso. A vida, o
mundo, as coisas não são nem acontecem exatamente do jeito que a gente
quer.

Conclusão
A vida é um mar de rosas? Não! Mas, se Deus é amor, a vida não deveria ser
cheia só de coisas boas? Também não. A questão é que existe a fraqueza humana,
que provoca coisas desagradáveis. Os acidentes são provocados por descuido do
motorista, ou por defeito do carro, ou pela péssima condição das estradas. A
violência é provocada pelos sentimentos de raiva que brotam no coração das pessoas.
A fome e a miséria de muitas pessoas são provocadas pela injustiça de quem quer
tudo para si, ou pela falta de emprego, ou pelo baixo salário. As doenças são
provocadas pela falta de higiene, ou pela carência de alimentação adequada, ou
mesmo pela fraqueza do nosso organismo. Até a morte é provocada ou por acidente,
ou por doença ou por velhice, ou por algum crime. Não é Deus quem quer essas
coisas. Ou são as pessoas quem as provocam, ou então, elas são mesmo parte da
vida. A vida é mesmo precária e limitada. O mundo é frágil. Nós também somos
fracos. Por isso, devemos cuidar bem da gente, dos outros, da vida em geral e de
todo o planeta. Mas, lembre-se: é preciso conviver com isso. Dá para ser feliz mesmo
assim!

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Convidar a turma para fazer preces espontâneas em forma de ladainha. Pode-
se pedir, por exemplo, que Deus nos ajude a vencer as nossas fraquezas. Cada
criança diz alguma fraqueza, por exemplo: do egoísmo, da mentira, da
maldade, da raiva, etc., e todos respondem: “Livrai-nos, Senhor”.
- Cantar. Que tal a música no 11?
- Motivar para o próximo encontro.

Dicas para o catequista


- Em sua carta, Tiago diz que o mal vem da concupiscência humana. Que vem
a ser isso? A concupiscência pode ser entendida como a fraqueza humana.
Por isso, preferimos a palavra fraqueza ao traduzir o texto de Tiago. Trata-se
de uma fraqueza própria do gênero humano, que nos leva a, de algum modo,
querer o que não é bom ou, ao menos, a nos confundir sobre o que realmente
é bom. Por isso, a concupiscência nos leva a pecar, escolhendo o mal ou nos
confundindo, quando pensamos que algo que nos fará mal é bom.
- Essa concupiscência está presente em todas as pessoas. Por isso mesmo, há
correntes teológicas que a identificam com o chamado pecado original. Não
vamos entender o pecado original como uma culpa que nos foi transmitida
por hereditariedade. Isso não faz sentido. Mas como um toque de fraqueza
presente em todo ser humano que, criado livre, nem sempre sabe fazer as
melhores escolhas e está, com certeza, sujeito a muitas fraquezas. E às suas
conseqüências. Mas isso é tema para aprofundamento em outra ocasião.

7º Encontro

DEUS NOS CONHECE MUITO BEM

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com disposição e ânimo. Cantar algo bem bonito.
- Criar clima de oração.
- Repetir juntos a seguinte prece: Ó Deus, nós nos reunimos aqui, porque o
Senhor reservou muitas coisas boas para nós. Sabemos que o Senhor nos ama
e quer sempre o nosso bem. Nós também te amamos e queremos viver unidos
ao Senhor, estando sempre sob a sua proteção. Amém!

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Já vimos nos encontros anteriores que Deus nos ama com imenso amor. Nós
também amamos as pessoas. Só que costumamos amar somente aquelas pessoas que
achamos boazinhas e nos amam também. Nós costumamos até abandonar as pessoas
quando as conhecemos melhor e descobrimos que elas têm algum defeito. Será que
Deus é assim também? Vamos ouvir um trecho da Bíblia, tirado de um Salmo. Um
salmo é uma forma de oração escrita por uma pessoa de fé. Esse salmo vai nos ajudar
a compreender um pouco melhor o amor de Deus.

Texto: Sl 138,1-8.14
Meu Deus, sei que o Senhor me conhece profundamente.
O Senhor sabe tudo de mim, quando me sento e me levanto.
De longe, o Senhor conhece meus pensamentos.
Quando ando e quando repouso, sei que o Senhor me vê
E observa todos os meus passos.
Antes que eu diga qualquer coisa,
O Senhor já conhece o que vou dizer.
O Senhor me cerca, com carinho, por trás e pela frente
E estende sobre mim a sua mão.
Seu conhecimento assim maravilhoso me encanta.
É um mistério que não posso compreender.
Para onde irei, longe do Senhor?
Para onde fugirei, longe do seu olhar?
Se subo aos céus, o Senhor ali está.
Se desço aos abismos, eu te encontro lá.
Eu me alegro porque o Senhor me fez tão maravilhoso
E porque o Senhor conhece a fundo a minha vida.
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
- Como era no princípio, agora e sempre. Amém!

Partilha
- Incentivar cada um a dizer o que achou mais interessante nesse salmo. Se for
preciso, estando a turma em clima de recolhimento e atenção, ler de novo o salmo.

Aprofundamento
- Deus nos conhece em profundidade. Muito mais que nossos pais, irmãos ou
amigos. Ele conhece nossos pensamentos, nossos sentimentos – toda a nossa
vida. Deus não vê somente nossa aparência, mas vê o íntimo do nosso
coração. Percebe atentamente nossas qualidades e nossos defeitos. E nos ama
do jeito que somos.
- Quando conhecemos uma pessoa, vemos apenas como ela é por fora. Por isso,
nem sempre compreendemos as pessoas. Mas Deus vê como nós somos por
dentro. Mesmo uma pessoa que por fora parece estranha, por dentro está
cheia de qualidades. No fundo, em todos há algo de bom. E Deus sabe disso.
Ele percebe isso. Ele conhece o melhor de nós, que nem nós mesmos
conhecemos. E nos ama com defeitos e qualidades, do jeitinho que somos.
- E mais: Deus não conhece só você e eu. Deus conhece a todos e a todos ama
com o mesmo amor. Para ele, todas as pessoas são maravilhosas, porque
Deus vê o lado bom das pessoas. Deus ama o bom e o mau, o pobre e o rico,
o feio e o bonito. Ama o criminoso que está na prisão, o doente no hospital, o
bêbado caído na rua. Ama a criança pequenina e o velho já sem forças. Todos
têm suas qualidades e defeitos. Todos são maravilhosos aos olhos de Deus.
Todos são seus filhos queridos. Todos são amados por ele.
- E, mesmo que não estejam vivendo de um modo maravilhoso, por causa das
fraquezas, daquela teimosia que nos afasta de Deus, ele sabe que cada pessoa
pode deixar desabrochar o seu lado bom. Ele conhece todas as pessoas em
profundidade, e não desanima quando vê os defeitos de cada um. Aí é que ele
ama ainda mais, cuidando de nós e investindo para que nossas fraquezas
sejam superadas. Para Deus, ninguém é melhor nem pior que o outro. As
pessoas são apenas diferentes, mas têm o mesmo valor, cada qual com o seu
jeito, com os seus talentos, fraquezas e virtudes.

3. ATIVIDADE
Sugestão 1
- Convidar cada criança a escrever um salmo de louvor a Deus. Explicar o que
é um salmo. É uma oração, que brota do coração, dirigida a Deus. Cada um
escreve sua oração. Quando todos terminarem, cada um lê o seu salmo e cola
em um cartaz.

Sugestão 2
- Fazer e expor um cartaz com o título: DEUS ME CONHECE E ME AMA
MESMO ASSIM. Com a ajuda das crianças, escrever nesse cartaz fraquezas
e virtudes que a gente tem. Concluir mostrando que há em todas as pessoas
coisas boas e ruins, virtudes e fraquezas, mas Deus, que nos conhece
profundamente, nos ama mesmo assim.

Sugestão 3
- Para brincar um pouco – o que é sempre importante nessa idade - sugerimos
uma atividade com a música no 7, do seguinte modo:
- Fazer uma roda, de mãos dadas, e começar a música, cantando apenas a
primeira parte. Cada um será chamado pelo nome e virará as costas para
dentro da roda, quando se cantar “viraria suas costas para nós”.
- Quando todos tiverem virado, começar a segunda parte da música. De novo,
cada um será chamado pelo nome e voltará à posição inicial, quando se cantar
“então, vire para a frente”.

Conclusão
Deus nos conhece, compreende e ama. E compreende e ama a todos com o
mesmo amor. Para Deus, ninguém é melhor, nem pior que o outro. Apesar de
sermos diferentes, temos o mesmo valor. Deus conhece profundamente cada um.
E ama a todos com profundidade. No final, dessa etapa, vamos guardar em nosso
coração essa grande e importante verdade da nossa fé: Deus é amor. Por isso, o
buscamos. Por isso, queremos viver com Deus, unidos a ele, de olho em seu amor,
que é muito importante para a nossa vida.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Repetir juntos: Ó Deus, é maravilhoso saber que o Senhor nos ama. É
maravilhoso saber que o Senhor nos conhece profundamente, nos valoriza e
nos aceita do jeito que somos. Queremos agradecer por nos tratar com tanto
carinho. E queremos permanecer sempre no seu coração, unidos pelo seu
amor. Amém!
- Cantar música apropriada. Que tal a no 14?
- Convidar cada um a abraçar os colegas, porque eles são amados por Deus. Ao
abraçar, cada um poderá dizer ao colega: “Deus te ama muito”.
- Pode-se cantar um canto de paz. Que tal a música no 16?
- Motivar para o próximo encontro, lembrando que será uma celebração, para
encerrar essa primeira etapa. Pode-se organizar uma confraternização,
convidando cada criança a trazer lanche para partilhar.

Dicas para o catequista


- Estamos encerrando a primeira etapa que desenvolve o tema do amor de Deus
e tenta trabalhar as imagens de Deus que estão na cabeça das crianças. Mas
lembre-se: são conceitos muito antigos e experiências muito fortes. Não vão
sair fácil da cabeça delas (para falar bem a verdade, nem das nossas!). Não
vão mudar na primeira tentativa. Por isso, insista sempre nestes pontos,
mesmo nas etapas seguintes.
- Pedimos ao catequista que tenha muito cuidado ao organizar as
confraternizações. Crianças nessa idade são geralmente tímidas. Algumas
podem não ter o que levar para partilhar. E vão deixar de ir ao próximo
encontro por isso. E mesmo que você diga que quem não puder não precisa
levar nada, eles se sentirão envergonhados de não poder, até porque um
colega ri do outro por isso. Veja como lidar com essa situação, promovendo a
igualdade de oportunidades para todos e ensinando a turma a partilhar sem
debochar de quem tem menos. É uma boa ocasião para evangelizar, mas as
crianças podem ser muito críticas – o que vai afastar os que se sentirem
intimidados. Jamais peça dinheiro para fazer essas confraternizações. Muitas
crianças não terão como contribuir e se sentirão excluídas da festa.

8º Encontro

CELEBRAÇÃO

PREPARAÇÃO
- Para a celebração, o ambiente deve ser especialmente preparado, para que seja
um encontro diferente. Pode ser feito na capela, por exemplo. Ou no mesmo local
da catequese, mas com um toque especial. Preparar um altar: mesa pequena bem
forrada, enfeitada com flores, vela acesa e uma Bíblia (para ser entronizada).
- Ensaiar as músicas com as crianças.
- Se houver dois catequistas, sugerimos dividir as funções de modo que um seja
comentarista e o outro dirigente.
- Se parecer oportuno, treinar uma criança para a proclamação do texto bíblico.
- Fazer um cartaz bem grande com a seguinte frase em cima: Ó DEUS, NÓS TE
AMAMOS DE TODO O NOSSO CORAÇÃO. Embaixo, deixar espaço em
branco para a colagem.
- Preparar corações de papel – com o nome de cada criança e também de cada
catequista – para o rito do compromisso. Não se esquecer do material para a
colagem.
- Preparar confraternização, conforme combinado com a turma.

1. RITOS INICIAIS
- C: Hoje, nosso encontro vai ser diferente, porque vai ser uma celebração.
A celebração é um encontro para rezar. Vamos agradecer a Deus o grande
amor que ele tem por nós. E vamos mostrar-lhe como nós também o
amamos. Esse amor que Deus tem por nós nos faz felizes. Vamos, então,
com muita alegria, ficar de pé e iniciar nossa celebração, cantando a
música no 1, lembrando que Deus nos criou para a felicidade.
- D: Vamos iniciar nossa celebração em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo.
- T: Amém!
- D: Eu desejo a vocês muita paz e muita felicidade. Que o amor de Deus
esteja bem presente no coração de todos vocês. Vamos levantar as nossas
mãos para o alto e rezar juntos, pedindo a Deus que venha ficar presente
junto de nós, nessa celebração. Eu rezo e vocês repetem: Ó Deus de
bondade, nós sabemos que o Senhor nos ama muito. Nós sabemos que o
Senhor cuida de nós, com muito carinho e quer nos ver felizes. Por isso,
nós te pedimos: venha ficar conosco. Venha nos revelar seu amor. Venha
nos ajudar a acolher e experimentar o seu grande amor por nós. Amém!
- D: Para que nossa celebração seja boa, precisamos estar em paz. Então,
cada um, agora, vai cumprimentar as outras pessoas, dando-lhes um abraço
ou um aperto de mão, desejando-lhes a paz. Cada um poderá dizer ao
outro: “Que a paz e o amor de Deus estejam com você”.
- Depois da saudação de paz, pode-se cantar. Sugerimos a música 16.
Quando todos tiverem se cumprimentado, o comentarista dirá:
- C: Agora que já estamos em paz, podemos voltar para os nossos lugares e
fazer bastante silêncio. Deus já mostrou como nos ama. Agora é a nossa
vez de dizer a Deus que nós também o amamos. Vamos receber um cartaz
com a nossa resposta ao amor de Deus. Enquanto isso, vamos cantar.
(Sugerimos a música no 3).
Duas crianças entram com o cartaz, contendo no alto a frase: Ó DEUS, NÓS TE
AMAMOS DE TODO O NOSSO CORAÇÃO. Fixar o cartaz em lugar visível.
- D: Nós temos um lugar no coração de Deus, porque ele nos ama. Hoje, ele
quer saber se nós também o amamos. Vamos dar nossa resposta, lendo juntos
a frase do cartaz.
- T: Ó Deus, nós te amamos de todo o nosso coração.
- D: Faça, então, um instante de silêncio. Coloque a mão no seu coração. Diga,
no silêncio do coração, que você ama a Deus e quer permanecer sempre com
ele. (Pausa.) Agora, repita comigo:
- T: Ó Deus, nós te amamos com todo o nosso coração, com toda a nossa
inteligência, com todas as nossas forças. Ficamos felizes porque o Senhor
nos ama e queremos permanecer sempre juntos do Senhor, para te amar e
receber o seu amor. Amém!

2. RITO DA PALAVRA
- C: Vamos, agora, nos preparar para ouvir a Palavra de Deus. Nesta
celebração, Deus tem coisas muito importantes para nos dizer. Vamos
acolher sua Palavra, bem animados.
- Canto: Sugerimos a música 4.
Pode-se fazer breve procissão com a Bíblia, colocando-a em lugar de destaque.
Um leitor proclama o texto bíblico. Pode ser o próprio catequista, caso as
crianças ainda não consigam fazê-lo.
Leitura: Is 43,1-4a
- Leitura do Livro do Profeta Isaías
E agora, eis o que diz o Senhor,
Aquele que te criou e te formou:
Não tenha medo, pois eu estou com você.
Eu te chamo pelo nome, você é meu.
Se você tiver de atravessar a água, eu estarei junto
E os rios não te afogarão.
Se caminhar pelo fogo, você não vai se queimar,
Nem a chama vai te consumir.
Pois eu sou o Senhor, o seu Deus
Aquele que te ama e te protege.
Troco qualquer riqueza por você
Porque você é precioso aos meus olhos,
Porque eu te aprecio e te amo.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Convidar a turma para se sentar e fazer uma breve reflexão


Reflexão
- D: Mais uma vez, Deus está confirmando todo o seu amor por nós. Está
dizendo que nos conhece pelo nome e que nos protege sempre. O fogo e a
água simbolizam as dificuldades da vida. Deus está garantindo que, mesmo
nas horas difíceis, ele está sempre do nosso lado. Se a gente passar pelo fogo
ou pela água, ou seja, se nós passarmos por momentos difíceis, é só nos
lembrarmos de Deus que nos sentiremos encorajados. Deus diz também que
troca qualquer riqueza por nós, pois nós valemos para ele muito mais que
qualquer riqueza. Ele nos aprecia e nos ama. Deus diz tudo isso para que, em
nenhum momento, a gente duvide do seu amor. Tem gente que duvida e
começa a pensar que Deus nos abandona. Mas nós agora temos certeza: Deus
nos ama, nos conhece por completo, nos aceita do jeito que somos e nos
acompanha em toda a vida, como um amigo fiel. Este é o grande motivo de
nossa alegria.

Profissão de fé
Convidar a turma a ficar de pé e mostrar que acredita no amor de Deus,
respondendo um SIM bem forte às perguntas:
- Você acredita que Deus te ama?
- Acredita que ele te ama do jeito que você é?
- Acredita que ele te ama mais que qualquer outra pessoa?
- Acredita que Deus não te castiga, mas quer sempre o seu bem?
- Acredita que para Deus você é mais importante que qualquer riqueza do
mundo?

3. RITO DO COMPROMISSO
- C: Esse Deus que nos ama tanto, e em quem nós acreditamos, nos chama a
participar de sua vida, nos convida a viver junto dele. Ele nos conhece e nos
chama pelo nome, para mostrar que cada um é especial para ele. No coração
de Deus, há lugar para todos nós. Agora, Deus quer saber se em nosso
coração há lugar para ele. Às vezes, nosso coração fica frio e distante de
Deus e se fecha ao seu amor. Por isso, hoje, Deus quer nos dar um novo
coração, cheio de amor e carinho, para corresponder ao seu amor. Cada um
será chamado pelo nome e receberá um coração, representando o novo
coração que Deus quer nos dar – coração cheio de fé e de amor por Deus.
Chamar cada um pelo nome e lhe entregar um coração. No coração deve estar
escrito o nome da pessoa que vai recebê-lo. Ao entregar, o catequista poderá
dizer à criança algo como: “Fulano, Deus te ama muito.”
- C: Agora, para mostrar que nós amamos a Deus de verdade, cada um virá à
frente e colará o seu coração no cartaz. Esse gesto significa que estamos
entregando a Deus o nosso coração, desejosos de amá-lo com todas as nossas
forças. Enquanto isso, vamos cantar. (Sugerimos a música no 2).

Obs.: Os catequistas deverão também colar no cartaz corações com seus nomes.

4. RITOS FINAIS
- D: Convidar a turma a dar as mãos e rezar, repetindo com o catequista:
- T: Nós te entregamos, ó Deus, o nosso coração, para mostrar o quanto nós te
amamos e queremos permanecer unidos no seu amor. Esperamos que o
Senhor nos acompanhe sempre, para que nunca nos faltem seu amor e sua
proteção. Amém!
- C: Agora que estamos encerrando nossa celebração, cada um pode pensar em
alguma coisa pela qual deseja agradecer a Deus. Podemos agradecer a Deus
por tudo: pela vida, pela catequese, pelo seu amor, por tantas outras coisas.
Cada um poderá dizer uma frase de agradecimento e todos responderão:
“Obrigado, Senhor!”
O catequista inicia a oração, para dar o exemplo e incentivar a turma.
Terminar com uma música. Que tal a no 3?
Bênção final
- C: O Senhor esteja conosco.
- T: Ele está no meio de nós.
- C: Desça sobre todos nós a bênção do Deus todo poderoso e cheio de amor:
Pai, Filho e Espírito Santo.
- T: Amém.
Motivar a turma para o próximo encontro. Encerrar com um canto animado.
Que tal a música no 14? Fazer a confraternização, partilhando o lanche.
Segunda Etapa
Compreendendo o valor da vida
Depois de apresentar uma imagem bonita de Deus – que é amor,
compreensão – esperamos que o catequista tenha despertado nos catequizandos
uma atitude de amor a Deus, um desejo de se aproximar dele e com ele viver. Esse
é o grande propósito da catequese.
Nessa segunda etapa, vamos falar da beleza e do valor da vida. Pode parecer
estranho, mas esses conceitos não são tão evidentes. Olhando o mundo, o que
vemos primeiramente nem sempre são coisas belas. Vemos um mundo mau,
marcado pelo pecado e por muitos fatos que nos levam a questionar o sentido da
vida. Esses mesmos questionamentos fazemos ao olhar não somente o mundo,
como nos é mostrado pelos meios de comunicação, mas também ao olhar nossa
própria vida. Nem sempre percebemos que valemos algo. Ao contrário, pode ser
que a gente se sinta pouco valorizado, como se nossa vida tivesse pouco ou
nenhum valor.
Então, nosso próximo passo para fundamentar a fé é fazer a ligação entre o
amor de Deus e o valor da vida. Vamos mostrar que a vida é um dom do Deus-
amor, que nos criou e é nosso pai. E vamos incentivar a turma a fazer da própria
vida uma experiência de amor e de alegria. Mais adiante, falaremos também do
pecado. Mas antes, nessa segunda etapa, vamos mostrar a beleza da vida, dom
precioso de Deus, nosso criador.
Usaremos alguns textos do Gênesis que são bastante populares, mas muito
mal entendidos. Esperamos que o catequista consiga transmitir o sentido desses
textos, sem se fixar nas interpretações equivocadas que deles se fazem. Para ajudar,
inserimos explicações. É bom que fique claro que a teologia atualmente admite
como mais acertada a teoria da evolução, aquela proposta por Charles Darwin, pelo
menos em seus princípios científicos. Há teólogos de renome que escreveram
coisas lindíssimas sobre a evolução do mundo sob a ótica cristã, como é o caso de
Teilhard de Chardin. Apesar disso, há ainda algumas vozes dissonantes propondo
uma leitura criacionista do Gênesis, como se Deus tivesse criado o mundo com
todos os seres vivos em sete dias. Isso é tido hoje como leitura fundamentalista da
Bíblia. Não vamos por este caminho. As crianças, na escola, vão aprender a teoria
da evolução. Será bom antes disso aprenderem que a Igreja acha essa teoria mais
condizente com a inteligência de Deus. Ela é muito mais bonita e mais sábia do
que o criacionismo. Lembramos que já estudamos Gênesis 1–11 na quarta etapa do
Pré-3, em linguagem bastante simples. O catequista pode dar uma conferida. Há
também muitos livros sobre esse assunto. Sempre é bom aprofundar.
1º Encontro

DEUS NOS CRIOU POR AMOR

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com muita animação.
- Fazer breve motivação: Nos encontros anteriores, vimos como Deus é bom e
nos trata com amor. Ele é o melhor amigo que nós temos e merece toda nossa
confiança. A partir de hoje, vamos ver como a vida é boa, pois ela vem de
Deus, é um dom divino. Se Deus é tão maravilhoso, ele quer que também
nossa vida seja maravilhosa. Todas as pessoas querem ter uma vida boa. Nós
também. Por isso, Deus, que nos criou por amor, vai nos ajudar a descobrir as
coisas boas da vida e o valor que a vida tem.
- Cantar. Sugerimos a música no 1.
- Acalmar a turma, criando clima de oração.
- Motivar a turma a silenciar o coração e entregar a vida a Deus: Mais uma vez
você veio a este encontro com Deus, que te ama e quer te fazer feliz. Deus
quer que você tenha uma vida boa, de paz e alegria. Por isso, entregue agora
sua vida nas mãos de Deus. (Momento de silêncio.)
- Repetir juntos: Senhor, eu quero te entregar minha vida. Por isso, estou aqui.
Sei que o Senhor me ama e quer me ver feliz. Quero te entregar, Senhor, tudo
o que eu sou e tudo o que eu tenho. E quero pedir que o Senhor conduza
minha vida sempre no caminho do bem. Amém!

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Nessa etapa da catequese, vamos refletir sobre o valor da vida. Para começo de
conversa, a vida é um dom de Deus. E, se Deus é amor, como já vimos, a vida que
vem de Deus deve ter um sentido bonito. Uma grande curiosidade que as pessoas têm
é saber quem criou o mundo, como criou e por que criou. É sobre isso que a Palavra
de Deus vai nos falar.

Texto: Gn 2,4b-15
No tempo em que o Senhor Deus fez a terra e o céu, não existia ainda sobre
a terra nenhuma vegetação e nenhuma planta havia brotado nos campos, porque
ainda não chovia sobre a terra, nem havia quem a cultivasse, mas subia da terra um
vapor que cobria toda a sua superfície. O Senhor Deus formou, então, o homem do
barro da terra e soprou-lhe nas narinas o sopro da vida. E o homem tornou-se um
ser vivente.
Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do Oriente, e
colocou nele o homem que havia criado. O Senhor Deus fez brotar da terra todo
tipo de árvores, de aspecto agradável e de frutos bons para comer. Havia a árvore
da vida, no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Um rio
regava o jardim, dividindo-se em quatro riachos. Havia também pedras preciosas de
raro valor: ouro e outras pedras.
O Senhor Deus colocou o homem nesse jardim para cultivá-lo e guardá-lo.
E fez essa recomendação: “Podem comer do fruto de todas as árvores do jardim.
Mas não comam do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque, no
dia em que o comerem, sem dúvida, vocês morrerão”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Sugerimos fazer a partilha depois do aprofundamento.

Aprofundamento
- Esse é um texto muito antigo da Bíblia Sagrada. Ele quer nos mostrar umas
coisas muito interessantes sobre o carinho de Deus com a gente e com o
mundo. Até hoje, nem a ciência nem ninguém consegue saber exatamente de
que maneira Deus fez o mundo. Isso só Deus mesmo sabe. Os cientistas
estudam o assunto e têm muitas opiniões. Mas, de tempos em tempos, eles
descobrem coisas novas e surgem novas opiniões. O jeito exato como Deus
criou o mundo e tudo o que nele existe, nós não podemos saber. Mas se já
sabemos que Deus é amor, podemos entender que tudo o que ele faz é feito
com muito carinho. É isso que o texto quer nos mostrar. Vamos entender
melhor esse texto?
- Fixar o painel com o título: DEUS NOS CRIOU POR AMOR. É isso que a
Bíblia quer nos mostrar. Por trás de tudo o que existe, nesse mundo enorme e
maravilhoso em que vivemos, existe uma grande inteligência e um grande
amor. É a inteligência e o amor do nosso Deus.
- Fixar a faixa: BARRO: Quando a Bíblia afirma que Deus criou a gente do
barro, o que ela quer dizer? Será que devemos entender que Deus arregaçou
as mangas, amassou o barro e formou um ser humano, sujando-se todo na
terra? De forma alguma. O que a Bíblia está querendo mostrar é que nós
somos, com toda a nossa fragilidade, uma obra de arte de Deus. Como um
artista que pega o barro e o transforma numa obra de grande valor, assim
também Deus nos fez. O barro não vale nada, sem o trabalho do artista que o
transforma em obra preciosa. O barro é frágil e se quebra à toa. Assim somos
nós: somos fracos, mas Deus faz de nós pessoas de valor. Sem Deus, não
somos nada, como o barro sem o artista não é nada. Mas, apesar de nossa
fragilidade, somos preciosos e cheios de valor. Quando a Bíblia diz que Deus
nos fez de barro, está querendo mostrar que Deus agiu como um artista e,
portanto, nós somos obras de arte das mãos de Deus.
- Fixar uma faixa com a frase: SOMOS OBRA DE ARTE DE DEUS.
- Fixar a faixa: SOPRO DA VIDA: O que a Bíblia quer dizer, quando afirma
que Deus soprou nas narinas do homem o sopro da vida? Será que primeiro
Deus fez o homem como que morto e só depois soprou nele para que
ganhasse vida? Nada disso. O que a Bíblia mostra é que a vida vem de Deus.
É um dom de Deus. A forma como a vida se desenvolve – se é ou não por
evolução – isso não importa. A origem de tudo é Deus. Dele é que nos vem a
vida. Então, a vida não é uma chateação. Nem é mero resultado das forças da
natureza. Ela é, isso sim, um presente de Deus para nós. Por isso, dizemos
que ela é dom de Deus, o que significa que a vida humana não vem da
natureza, mas de Deus.
- Colar a faixa com a frase: A VIDA É DOM DE DEUS.
- Fixar a faixa: JARDIM e RIOS: A Bíblia diz que Deus fez o homem e o
colocou em um jardim, com muita água. O que isso quer dizer? Ora, é
simples. O jardim é um lugar bonito, cheio de flores e plantas dos tipos mais
diversos. A água é sinal de vida. A Bíblia quer dizer que Deus, em seu amor,
deseja que a gente viva em um mundo que seja belo como um jardim bem
irrigado, onde não falta água para as plantas se desenvolverem. Esse é um
sinal de que Deus nos ama. Ele não coloca o homem em um deserto ou em
um lugar feio e perigoso, mas em um lindo jardim. Ele quer que o mundo seja
belo, que a vida seja bela. É claro que nem sempre as coisas são tão belas
assim. Já vimos que isso não é culpa de Deus. O desejo de Deus é que a vida
seja bonita, como um grande jardim. E mesmo sabendo que a vida tem suas
dificuldades, não podemos negar que, no fundo, a vida é muito boa.
- Fixar a faixa com a frase: A VIDA É BELA.
- Fixar a faixa: PEDRAS PRECIOSAS: A Bíblia diz que no jardim havia
também pedras preciosas. Elas significam a preciosidade da vida. Nossa vida
tem valor. Deus não nos deu uma vida qualquer. Ele nos deu uma vida
preciosa. Este é o sentido das pedras preciosas presentes na narração do
jardim.
- Colar a faixa com a frase: A VIDA TEM VALOR.
- Fixar a faixa: ORDEM DE DEUS: O texto da Bíblia disse que no jardim
havia muitas árvores, que davam muitos frutos. E Deus deu ao homem uma
ordem. Disse assim: Vocês podem comer do fruto de todas as árvores do
jardim. Só não podem comer os frutos de uma árvore, que a Bíblia chamou de
árvore do conhecimento do bem e do mal. O que será que isso quer dizer? É
simples: Nesse mundo belo em que vivemos, há muitas coisas que a gente
pode fazer. Mas há algumas coisas que a gente não deve fazer. Somos obra de
arte de Deus. A vida é bela. Mas temos regras a seguir. Para que as coisas
funcionem bem e o mundo viva em paz, precisamos obedecer a Deus e tomar
cuidado com a teimosia que leva a gente a fazer coisa que não deve. Então, o
pedido de Deus é que a gente aprenda a arte da obediência e evite a teimosia.
Somos livres. Podemos fazer muitas coisas. Mas tudo tem limite. É fácil
perceber que existem coisas que a gente precisa evitar. Temos regras a seguir,
para que o mundo e a vida realmente sejam bons.
- Fixar a faixa com a frase: TEMOS REGRAS A SEGUIR.
- Fixar a faixa: ÁRVORE DA VIDA: A árvore da vida é a Palavra de Deus.
Deus nos ensina que é preciso comer dos frutos dessa árvore. O que isso
significa? Significa que a Palavra de Deus é como um alimento. Ela nos
sustenta na caminhada e nos dá muita força. Quem come do fruto de sua
Palavra, ou seja, faz o que ele nos ensinou, vive muito mais feliz, porque
Deus sabe o que é melhor para nós. Sua palavra nos ensina o melhor caminho
para vivermos felizes e em paz.
- Fixar a faixa com a frase: DEUS SABE O QUE É MELHOR PARA NÓS.
- Fixar a faixa: ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL: É o
contrário da árvore da vida. Comer dos frutos dessa árvore significa seguir
nossa própria cabeça, nem sempre muito sábia, em vez de seguir a sabedoria
de Deus. Significa afastar-se de Deus, fugir de seus ensinamentos e seguir
nossas próprias idéias, como se a gente, por si só, pudesse conhecer o bem e o
mal, pudesse ser feliz sem Deus. Quando Deus pede ao homem que não coma
dos frutos dessa árvore, na verdade, ele está pedindo ao homem que não seja
teimoso, que não se afaste de seus ensinamentos, pois, longe de sua Palavra,
não poderá ser feliz. Então, não há nenhum fruto proibido. O que não é
aconselhável é afastar-se de Deus. A árvore do conhecimento do bem e do
mal significa aquele teimoso não que a gente insiste em dizer para Deus. Aí a
gente se afasta da Palavra de Deus, decidindo por nós mesmos o que é bom
ou mau. A Palavra de Deus nos diz que é melhor buscar em Deus a resposta
sobre o que é bom ou mau para a nossa vida. Querer decidir sozinho o que é
melhor, sem ouvir os conselhos de Deus, é falta de sabedoria, é tolice, é
teimosia. Geralmente, quando a gente age assim, acaba fazendo coisas que
mais prejudicam que ajudam.
- Colar a faixa com a frase: NÃO DEVEMOS SER TEIMOSOS.
- Depois de montado, o painel ficará assim:

DEUS NOS CRIOU POR AMOR

BARRO: Somos obra de arte de Deus


SOPRO DA VIDA: A vida é dom de Deus
JARDIM e RIOS: A vida é bela
PEDRAS PRECIOSAS: A vida tem valor
ORDEM DE DEUS: Temos regras a seguir
ÁRVORE DA VIDA: Deus sabe o que é melhor para nós
ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL: Não devemos
ser teimosos

Partilha:
• O que a Bíblia quer dizer quando fala que Deus nos fez de barro?
• O que a Bíblia quer dizer quando diz que Deus nos colocou em um jardim,
com rios e pedras preciosas?
• O que a Bíblia quer dizer quando afirma que Deus fez um pedido ou deu uma
ordem ao homem?
• O que significa comer dos frutos da árvore da vida?
• O que significa comer dos frutos da árvore do conhecimento do bem e do
mal? Por que comer desse fruto é sinal de teimosia?

4. ATIVIDADE
Sugestão 1
- Convidar a turma para brincar de artista. Explicar que o artista, com um
pouco de massa ou barro, faz obras maravilhosas. Repartir com a turma argila
ou massa de modelar e deixar que usem a imaginação e façam obras de arte –
as mais bonitas que puderem. Depois, cada um explica o que fez e porque fez.
Pode-se fazer uma exposição. Concluir, fazendo a ligação com o texto bíblico
que comparou Deus com um artista que capricha ao fazer suas obras.
Sugestão 2
- Fazer um caça-palavras, como o modelo seguinte, e repartir um para cada
criança. As crianças deverão encontrar nele palavras que expressem coisas
boas que acontecem no mundo quando a gente obedece aos ensinamentos de
Deus e coisas ruins que acontecem quando a gente não segue direito os
ensinamentos de Deus. Podem fazer duas listas, separando o que é resultado
da obediência e o que é resultado da teimosia.

Conclusão
A vida é um presente de Deus para nós. Nós existimos e estamos aí no mundo
porque Deus nos criou. Não aparecemos no mundo por acaso, sem mais nem
menos. O mundo todo existe por vontade de Deus. O mundo e a vida são os
presentes mais importantes que Deus nos dá. A Bíblia diz que Deus nos criou e nos
colocou num lugar muito bonito. Isso significa que Deus quer a nossa felicidade. Se
não fosse assim, teria nos colocado num lugar feio e triste, como um deserto. De
fato, se prestarmos bastante atenção, veremos que o mundo é maravilhoso e que a
gente tem tudo para ser feliz. Nós somos a obra mais maravilhosa de Deus. Ele nos
ama e por isso nos fez com carinho, para sermos felizes nesse mundo bom onde
vivemos. Para isso, precisamos ser obedientes a Deus, deixando que ele nos ensine
o que é bom para nós e nos mostre também as coisas ruins que devemos evitar.
4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO
- Iniciar a oração, cantando. Sugerimos a música no 9.
- Repetir juntos: Ó Deus de amor, eu te agradeço porque eu existo. O Senhor me deu
a vida, para eu ser feliz. Estou vivo e sou maravilhoso. O meu corpo, mesmo
limitado e com problemas, é uma obra de arte, um dom que o Senhor me deu. Meu
coração está batendo, minha respiração está funcionando, minha mente está
pensando. Sinto o seu amor presente em meu ser. Por isso, quero agradecer.
Obrigado, Senhor. Amém!
- Pode-se encerrar a oração com o Pai-nosso, lembrando o amor criador de Deus.

Dicas para o catequista


- Nesta etapa, estamos tratando de temas bem complexos e profundos, apesar da
idade das crianças. Mas é bom que seja assim. Se nós não tratarmos destes temas
agora, elas acabarão aprendendo, em outros lugares, versões teológicas menos
adequadas e até distorcidas. Então, é preciso enfrentar o problema e dar a visão
correta o mais cedo possível. Aliás, no Pré 3, já fizemos uma primeira abordagem
dos capítulos iniciais do Gênesis, para ir preparando o terreno para compreensões
mais aprofundadas.
- Os textos do livro do Gênesis são sempre muito profundos e belos, mas um tanto
enigmáticos. A linguagem poética fala muito ao coração do leitor, mas pareceu
necessário destrinchar um pouco para facilitar o trabalho do catequista, na hora de
aprofundar o tema com a turma.
- Para maior aprofundamento, há bons livros sobre Gn 1–11. Mesmo a quarta etapa
do volume terceiro da pré-evangelização (Pré 3), desta mesma coleção, fornece
muitos detalhes que podem ajudar, nas dicas para o catequista.

2º Encontro

SOMOS MUITO ESPECIAIS


1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL
- Acolher a turma com simpatia e bom humor.
- Recordar o assunto do encontro anterior, lembrando que o mundo inteiro foi criado
por Deus com muito amor e que cada pessoa é uma obra de arte de Deus. Cantar a
música no 9.
- Dar as mãos e rezar: Venha, Senhor, abençoar todos nós. Somos importantes para o
Senhor e para os nossos irmãos. Queremos estar sempre unidos, para juntos
buscarmos a paz e a felicidade para a qual fomos criados. Contamos, ó Deus, com a
sua proteção. Amém!

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Vimos, no encontro anterior, que Deus, em seu amor, criou o universo inteiro
de modo inteligente e organizado. E criou a vida para ser bela. O texto de hoje vai
mostrar por que, afinal, somos pessoas tão especiais aos olhos de Deus. No meio de
todas as criaturas, o ser humano ocupa um lugar especial.

Texto: Gn 1,1-31
No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava sem forma e vazia,
envolvida em trevas. Deus disse: “Faça-se a luz”. E a luz foi feita. Deus viu que a
luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou à luz “dia” e às trevas, “noite”.
Sobreveio a tarde e depois a manhã. Foi o primeiro dia.
Deus disse: “Faça-se a atmosfera, com ar puro envolvendo toda a terra”. E
assim se fez. Sobreveio a tarde e depois a manhã. Foi o segundo dia.
Deus disse: “Que as águas se ajuntem num mesmo lugar, deixando secos os
outros lugares”. E assim se fez. Deus chamou os lugares secos de “terra” e o
ajuntamento de água de “mar”. Deus viu que isto era bom e disse: “Que a terra
produza todo tipo de plantas e árvores frutíferas”. E assim foi feito. Deus viu que
isto era bom. Sobreveio a tarde e depois a noite. Foi o terceiro dia.
Deus disse: “Façam-se luzeiros – astros e estrelas – para iluminar o céu e a
terra”. E assim se fez. Apareceram o sol, a lua e as estrelas. E Deus viu que isto era
bom. Sobreveio a tarde e depois a manhã. Foi o quarto dia.
Deus disse: “Que as águas se encham de seres vivos e voem aves sobre a
terra”. Deus criou as multidões de seres vivos que vivem na água e as aves que
voam pelos ares. E Deus viu que isto era bom. Sobreveio a tarde e depois a manhã.
Foi o quinto dia.
Deus disse: “Que a terra produza animais de todos os tipos: domésticos,
répteis e selvagens”. E assim se fez. Deus viu que isto era bom.
Então, Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que
ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos
e sobre toda a terra”. Deus criou o homem à sua imagem, criou-o à imagem de
Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou, dizendo: “Cresçam e se
multipliquem, encham a terra e a governem. Dominem sobre os peixes do mar,
sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. E
assim se fez. Deus contemplou toda a sua obra e viu que tudo era muito bom.
Sobreveio a tarde e depois a manhã. Foi o sexto dia.
Assim foram feitos o céu, a terra e todos os seus habitantes. Tendo Deus
terminado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou do seu trabalho. Ele
abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia repousara de toda a obra da
criação.
Esta é a história da criação do céu e da terra.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Sugerimos que a partilha seja feita depois do aprofundamento do texto.
Aprofundamento
- Sugerimos expor o painel do encontro anterior e recordar brevemente o
sentido dos símbolos bíblicos presentes na narrativa do paraíso.
- Convidar a turma para compreender a mensagem do texto de hoje: Vamos
continuar refletindo sobre a criação, para compreendermos bem o que a
Bíblia quer nos dizer. O texto de hoje nos mostra com que cuidado Deus fez o
mundo e como nós – pessoas humanas – somos especiais em relação a todas
as criaturas.
- Fixar o painel com o título: SOMOS PESSOAS ESPECIAIS. É isso que a
Bíblia quer mostrar. Essa é a mensagem central deste texto. O objetivo do
autor não é dizer em quantos dias Deus criou o mundo. Nem é mostrar a
ordem certa em que cada coisa foi feita ou de que maneira tudo se fez. Como
entender, então, o texto?
- Fixar a faixa: SETE DIAS: O que a Bíblia quer dizer quando narra a criação
do mundo em apenas sete dias? Será que o mundo todo foi feito só em sete
dias, como conta o texto bíblico? Mas a ciência afirma que o mundo se
formou lentamente, em bilhões e bilhões de anos de evolução. Vocês já
ouviram falar sobre isso na escola: sobre os dinossauros, o homem da pedra,
etc. Há, então, uma contradição entre a Bíblia e a ciência? De modo algum. O
número “sete” na Bíblia significa “perfeição”. Quando diz que o mundo foi
feito em sete dias, a Bíblia quer mostrar que o mundo foi feito com perfeição:
de forma organizada e bem pensada, para ser um mundo bom. Cada coisa foi
bem feita e com o devido cuidado. Cada coisa tem sua importância. O autor
faz questão de frisar isso, quando diz: Deus viu que tudo era bom.
- Fixar a faixa: PERFEIÇÃO: A Bíblia não afirma que o mundo foi feito em
sete dias matematicamente exatos. O que ela diz, em sua linguagem poética, é
que o mundo foi feito com ordem e perfeição. Tudo tem seu lugar. As coisas
não surgiram numa bagunça desordenada e sem lógica. Tudo caminha para a
perfeição, porque tudo vem de Deus, que é perfeito, e vai para ele.
- Fixar a faixa: SEMELHANÇA COM DEUS: O que significa a afirmação de
que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus? Significa que o
homem, de algum modo, se parece com Deus. Ele possui a dignidade de
Deus. O homem se parece com Deus em sua capacidade de pensar, de amar,
de sentir – sua inteligência, sua emoção, sua sabedoria. Essa afirmação da
Bíblia vem mostrar a dignidade da pessoa humana, o valor que a gente tem.
Quando aqui se fala do homem, estamos nos referindo a todas as pessoas.
Todos somos imagens de Deus. Ninguém fica fora desta regra.
- Fixar a faixa: DIGNIDADE DAS PESSOAS: A dignidade é o valor da pessoa
humana. Quando a Bíblia fala das outras coisas, diz apenas: “Deus viu que
tudo era bom”. Mas, quando fala do ser humano, afirma: “Deus viu que era
muito bom”. E, além disso, Deus abençoou o ser humano de um modo todo
especial e confiou a ele toda a criação para que cuidasse dela com amor. Com
tudo isso se vê o valor e a dignidade da pessoa humana. Somos mais
importantes que tudo no mundo. Mais que a natureza, mais que os animais.
Quanto ao aspecto físico – o corpo – o homem se parece com a natureza. Tem
cabeça, tronco e membros como qualquer outro animal. E não há nada de
mais nisso, pois somos parte da natureza e na natureza tudo é parecido. Mas
nós temos um valor muito grande, pois fomos feitos à imagem e semelhança
de Deus. Por isso, as pessoas têm algumas qualidades e capacidades que os
outros seres vivos não têm. Vejam só que interessante: somos de algum modo
semelhante aos outros seres vivos e, ao mesmo tempo, somos muito
diferentes. Tudo isso é sinal do carinho de Deus para conosco.
- Depois de pronto, o painel ficará assim:

SOMOS PESSOAS ESPECIAIS

SETE DIAS → PERFEIÇÃO

SEMELHANÇA → DIGNIDADE DAS


COM DEUS PESSOAS

Partilha
• Vocês acham que o mundo tem caminhado para a perfeição? Por quê?
• Vocês acham que as pessoas têm consciência de seu valor e dignidade?
• Na opinião de vocês, como podemos valorizar o fato de sermos imagem e
semelhança de Deus?
• Vocês conhecem situações em que a pessoa humana é colocada em segundo
lugar em relação às outras coisas da natureza?

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Entregar a cada catequizando uma folha dividida ao meio, como o modelo
abaixo. Pedir que pensem nas semelhanças que temos com os outros seres vivos
e na semelhança que temos com Deus. E façam duas listas. Podem fazer em
grupos ou dois a dois, se o catequista julgar conveniente.

Semelhança com a natureza Semelhança com Deus

Conclusão
Somos semelhantes a todos os seres vivos e a toda a natureza, pois fomos
criados por Deus, como todas as coisas que existem. Tudo é obra de arte de Deus.
Nós também. Comemos e bebemos, como fazem outros animais. Dormimos e
acordamos; respiramos o mesmo ar. Mas em nós há algo de especial. Deus nos fez
à sua imagem e semelhança. Por enquanto, vamos ressaltar três semelhanças mais
importantes: a capacidade de amar, de pensar e de decidir. Temos desejo de amar e
de nos sentir amados. Para nós, é muito importante o afeto, o carinho, a ternura, a
amizade. Herdamos de Deus, que é amor, a capacidade de amar. Mas não é só isso.
Não somos só afeto e emoção. Temos uma inteligência que pensa, que constrói, que
realiza coisas maravilhosas. Herdamos de Deus, que é criador, essa inteligência
criativa, que nos faz transformar a natureza, arquitetar planos, estudar, aprofundar.
E somos também um ser livre, capaz de decidir, de escolher. E isso herdamos
também de Deus, que é livre: nada nem ninguém obriga Deus a fazer alguma coisa.
Por exemplo: ninguém obriga Deus a nos amar. Ele, que é amor, escolheu nos
amar, escolheu nos criar. Então, somos muito parecidos com Deus, como um filho é
parecido com o pai: somos capazes de amar, de pensar e de escolher. E isso é muito
bom!

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Estando a turma em silêncio, meditar: Deus criou tudo com muita sabedoria,
para o nosso bem. E viu que tudo era bom e útil para nossa felicidade. A
terra, a água, o ar, as plantas, os animais, a inteligência e a liberdade humanas
– tudo é importante para a nossa felicidade.
- Convidar a turma a louvar espontaneamente pelas coisas que Deus criou.
Cada um poderá fazer sua prece e todos responderão: “Louvado seja,
Senhor”. O catequista pode iniciar, fornecendo o modelo. Por exemplo: “Eu
te louvo, Senhor, pelo ar que respiramos”.
- Encerrar a oração, cantando. Que tal a música no 8?
- Motivar para o próximo encontro.

Dicas para o catequista


- De novo, o livro do Gênesis. Tentamos abordar aqui o tema da criação, focando a
criação do ser humano, imagem e semelhança de Deus. É um texto difícil, mas com
uma mensagem maravilhosa. É importante a criança perceber a dignidade humana.
Vivemos num mundo em que cachorros, gatos e outros animais têm sido alvo de
maior consideração e apreço que as crianças, os velhos, os doentes. Com esta onda
de ecologia – preocupação mais que razoável e urgente – até as baleias e os ratos de
laboratório têm merecido mais atenção que o ser humano. Falar da dignidade
humana parece urgente e primordial. O próximo encontro vai tratar desse tema com
mais pormenores.
- Tente o catequista, ao falar da dignidade humana, usar uma linguagem sensata e
equilibrada. A dignidade humana, imagem e semelhança com Deus, não nos dá o
direito de destruir outras vidas, nem o planeta. Ao contrário, obriga-nos ao
compromisso com toda forma de vida, a começar pela vida humana.
3º Encontro

TODA PESSOA TEM DIGNIDADE

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Fazer caloroso acolhimento, falando da alegria de Deus pela presença de cada um.
Cantar. Que tal a música no 2?
- Sossegar a turma para rezar.
- Fazer o Sinal da Cruz e convidar cada um a fechar os olhos, abaixar a cabeça e
colocar-se na presença de Deus. Sugerir que se entreguem com confiança a Deus.
Dizer suavemente: Você pode, agora, entregar-se por completo nas mãos de Deus.
Você é importante e especial para ele. Você existe e está aqui porque Deus te criou
por amor. Por isso, entregue agora seu coração e sua vida a Deus, para que ele
venha tomar conta de você e, assim, você se sinta feliz, com o coração em paz. Se
houver alguma coisa te preocupando, te incomodando, te entristecendo, entregue-a
a Deus. (Momento de silêncio.)
- Convidar cada um a fazer sua entrega, espontaneamente. Depois de cada prece,
todos respondem: “Recebe, Senhor”. Sempre é bom o catequista dar o exemplo:
“Eu te entrego, Senhor, minhas preocupações”.
- Encerrar a oração, cantando música suave. Sugerimos a no 3.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Ouvimos muito falar sobre a beleza e o valor da natureza: da água, do ar puro,
das árvores e florestas, dos animais das espécies mais variadas. Mas hoje vamos falar
do valor das pessoas. As pessoas valem mais que tudo. Já começamos a falar desse
assunto no encontro passado. Mas vamos aprofundar, porque o assunto é muito
importante. Encontramos muita gente preocupada em salvar o mico leão dourado, a
arara azul, as borboletas ou as baleias, sem dar a menor importância para as pessoas,
que também precisam muito de socorro. Salvar a natureza é muito importante, mas
mais importante é a vida humana. Por isso, vamos ouvir um texto bíblico que mostra,
com muita clareza, o valor do ser humano, isto é, de todas as pessoas: crianças,
jovens, idosos, sãos e doentes, ricos e pobres – todos são imagem e semelhança de
Deus.

Texto: Eclo 17,1-12


Deus criou o ser humano à sua semelhança e lhe confiou o cuidado do
mundo. Revestiu-o de força e concedeu-lhe um tempo para viver e trabalhar. Deus
fez o ser humano mais importante que todos os outros seres vivos, senhor dos
animais e dos pássaros. Deus deu ao homem e à mulher a inteligência, língua para
falar, olhos para ver, ouvidos para escutar e cabeça para pensar. Encheu-os de
sabedoria e de inteligência. Colocou em seus corações a capacidade de distinguir o
bem do mal. Deu-lhes ainda o dom de apreciar as belezas e maravilhas que existem
no mundo, para que reconhecessem a bondade de Deus. Deus instruiu o homem
para que soubesse escolher o que é bom para sua vida. Fez com o homem um pacto
de amizade e revelou-lhe seus mais preciosos ensinamentos. O homem, então, pode
sentir toda a beleza da obra de Deus. E Deus ainda pediu que as pessoas fugissem
do mal e tratassem bem cada irmão.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Partilha
- Deus nos deu muitas qualidades. Vamos tentar lembrar algumas delas?
- O que Deus pediu ao ser humano?
- Qual é a qualidade que você mais gostaria de ter? Por quê?

Aprofundamento
- Deus fez as pessoas com muito carinho, de modo que todos são bons e cheios
de qualidades e valores. Deus não faria uma pessoa ruim ou alguém que não
prestasse para nada. Se todos são criados por Deus, então todos são bons. As
pessoas podem, é claro, ter defeitos. Muitos até. Mas isso não significa que
alguém deixe de ser bom. Os defeitos, no máximo, podem esconder, por
algum tempo, as qualidades e a importância que a pessoa possui. Mas todas as
pessoas são boas e cheias de dignidade, não importa quem sejam. Todo
mundo tem valor e cada pessoa é importante para Deus, logo haverá de ser
importante também para nós.
- As outras criaturas divinas também têm valor. Os animais, as plantas – tudo
que existe tem valor. Mas, diante de tudo isso, as pessoas humanas se
destacam por terem uma capacidade especial. É o que chamamos de
semelhança com Deus. Podemos relembrar as três características que nos
assemelham a Deus: capacidade de amar, de pensar e de decidir.

Sugerimos ao catequista usar um cartaz ou painel


para frisar melhor essa questão.

TODA PESSOA TEM DIGNIDADE

Somos capazes de:


Amar
Pensar
Decidir

- Somos capazes de amar: Amor do jeito que nós sentimos, nenhum outro
animal, nenhum outro ser vivo sente. Nós sentimos a necessidade de amar e
ser amados, de criar laços de amizade, de construir relacionamentos
duradouros, de nos cercar de afeto. E isso não apenas por instinto, como pode
acontecer com outros animais, mas por uma sensibilidade especial que existe
em nós. Isso nos dá maior dignidade e até maior responsabilidade, diante de
todos os outros seres vivos.
- Somos capazes de pensar: Em nós, seres humanos, o pensamento é diferente
dos outros animais. É mais desenvolvido. Podemos criar coisas, estudar,
aprofundar infinitamente o nosso conhecimento e usá-lo para transformar o
mundo. A capacidade de conhecer, de entender e de explicar as coisas é muito
desenvolvida em nós. Isso também nos traz dignidade e responsabilidade
diante do mundo.
- Somos capazes de decidir: Eis outra capacidade muito importante.
Conhecendo as coisas e tendo capacidade de agir com afeto, nós tomamos
decisões que marcam toda a vida. Somos livres para fazer escolhas e tomar
decisões. Por isso também somos responsáveis pelas decisões que tomamos.
Tanto é que, para nós, existe um código de leis, uma ética que organiza e rege
a sociedade. Estas regras são para a humanidade, não para os bichos. Quando
um cão morde uma criança, a gente o põe de castigo ou pune seu dono?
Quando um leão ataca outro disputando a presa, ele não vai preso, mas
quando uma pessoa ataca a outra, existem leis para regular isso. Porque nós
somos livres, capazes de decidir e temos consciência e responsabilidade. Os
outros animais, não.
- Os animais também têm inteligência. Até sentimentos eles possuem, de
alguma forma, como hoje já se sabe. Mas nada se compara à inteligência
humana e à criatividade que essa inteligência nos dá. Por causa dela, temos
capacidades quase ilimitadas. E podemos usar essas capacidades tanto para o
bem quanto para o mal, porque somos livres.
- A liberdade é um dom de Deus muito importante. Mas exige cuidado
especial. Se usarmos nossa liberdade para fazer o mal, podemos causar
grandes estragos em nossa vida e no mundo todo. Por isso, precisamos de
regras. Quando a Bíblia disse, em encontro anterior, que Deus proibiu o ser
humano de comer dos frutos da árvore do bem e do mal, isso significava que
nem tudo nos é permitido. A vida tem regras. Segui-las é sinal de sabedoria. É
usar a liberdade com bom senso, com inteligência. Do contrário, o ser
humano acaba se enganando e usando suas capacidades para fazer o mal. No
texto que hoje ouvimos, estas regras estão expressas quando se diz que Deus
pediu ao ser humano que fugisse do mal e tratasse bem seus semelhantes.
- O fato de termos um valor especial, uma capacidade maior, nos traz também
uma responsabilidade maior. Por isso a Bíblia diz que devemos cuidar do
mundo. É uma tarefa bonita, que exige muita responsabilidade. Vamos salvar
a arara azul, o mico leão dourado e as baleias. Vamos proteger as árvores e as
flores. Mas o mais importante é salvar e proteger as pessoas, as muitas
pessoas que estão precisando de ajuda, atenção e socorro no mundo inteiro e
também perto de nós. Não adianta amarmos a natureza se não tivermos amor
uns pelos outros.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Debater com as crianças a seguinte questão: Será que em nosso mundo as
pessoas estão sendo tratadas com o mesmo amor? Ou será que alguns estão
mais bem cuidados do que os outros? Será que existem pessoas precisando de
ajuda e socorro? Se toda pessoa tem a mesma dignidade, por que nem todos
são tratados com a mesma atenção e o mesmo carinho?
- Pode-se montar um painel sobre isso, chamando a atenção para a
desigualdade social. Usar fotos e recortes de jornais e revistas que mostrem a
dura realidade em que vivem muitas pessoas. Comparar dados. Quantas
crianças morrem por falta de alimento? Será que nossa sociedade está
preocupada com essas crianças, como se preocupa com os macacos e outros
animais? Você sabe que é crime tratar um animal com violência? Pode dar até
cadeia. E as pessoas? Podem ser tratadas com violência? Será que não
estamos descuidando dos nossos semelhantes?
- O catequista pode citar fatos, dando preferência aos que estão na mídia.
Vamos dar alguns exemplos de hoje – início de 2008 – mesmo sabendo que
esses fatos com o tempo perdem a atualidade, mas não o sentido. Vejamos:
• Uma baleia perdeu o rumo e, saindo do mar, nadou mais de mil
quilômetros pelo rio Tocantins, vindo a encalhar. Biólogos de toda a
região se uniram no esforço de salvar a baleia. Também se juntaram os
ribeirinhos e, durante três dias, fizeram todo o esforço possível para
salvar a baleia. Enquanto isso, numa cidade grande, um motorista dirigia
seu caminhão, carregado de verduras e legumes para a sua mercearia.
Numa curva, perdeu o controle, bateu o carro e ficou preso entre as
ferragens. A população correu e se juntou e, em vez de salvar o motorista
machucado, roubou toda a carga que ele transportava. Por que salvaram a
baleia e não socorreram o motorista?
• Um macaco – chamado Chico – não estava confortável no lugar em que
vivia – um parque florestal, dentro de uma cidade. Com isso, passou a
incomodar os vizinhos, invadindo as casas e agindo com violência. A
população se mobilizou, preocupada com o macaco. As autoridades logo
providenciaram outro lugar para o macaco viver: uma jaula apropriada
para macacos, onde ele teria todo o conforto e os cuidados necessários.
Enquanto isso, na mesma cidade, houve uma chuva muito forte que
desalojou centenas de pessoas. Elas tiveram que improvisar barracas em
um terreno invadido, porque as autoridades não tinham condições de
providenciar para elas novas residências. Por que gastaram dinheiro com
uma nova casa para o macaco e não tiveram recursos para socorrer as
pessoas?
• Um museu que guarda ossos de dinossauro foi fechado, porque o
governo deixou de repassar uma verba que cobria os custos de
manutenção da entidade. O fato esteve na imprensa por mais de três dias.
Até que surgiram outras entidades importantes que ficaram de pagar as
contas do museu, que voltou a funcionar. Enquanto isso, em outra cidade,
uma creche, que mantinha mais de cinqüenta crianças carentes foi
fechada, pela mesma razão: o governo deixou de repassar os recursos.
Mas as crianças foram para a rua, porque ninguém decidiu ajudar a
creche. Será que os ossos de dinossauro são mais importantes que o
futuro das crianças?
• Numa cidade grande, uma casa que cuidava de crianças carentes foi
transformada pela prefeitura em abrigo para cães de rua e hospital
veterinário. Serão os cães de rua mais importantes que as crianças de rua?

Conclusão
É claro que devemos cuidar de toda a natureza: dos macacos, dos cães, das
baleias e até dos ossos de dinossauro. Tudo isso é muito importante. Macacos, cães
e baleias são seres vivos e precisam também de cuidados para viver. Ossos de
dinossauros são cultura, coisa muito importante para nós, para nossa história! Mas
será que o mundo não está se esquecendo da dignidade das pessoas? Será que não
está havendo uma inversão de valores? Será que não estamos gastando mais
recursos e esforços com outros projetos que não a vida humana? É preciso pensar
nisso. A vida é bela, mas pode ficar ainda melhor se houver maior respeito à
dignidade dos seres humanos, se a gente cuidar um do outro com amor, como Deus
cuida de nós.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Convidar cada um fazer uma prece – em forma de ladainha – pelas pessoas
sofridas, que vivem esquecidas, como se não fossem também imagem e semelhança
de Deus. Depois de cada prece, todos dizem: “Lembre-se, Senhor”. O catequista
poderá começar para motivar a turma.
• Das crianças abandonadas.
• Daqueles que passam fome.
• Daqueles que não têm casa.
• Daqueles que vivem doentes.
• Daqueles que não têm família.
• Daqueles que não podem ir à escola. Etc.
- Repetir juntos: Ajuda-nos, Senhor, a cuidar uns dos outros como o Senhor cuida de
nós. Ajuda-nos a perceber a dignidade e o valor de todas as pessoas, especialmente
das mais sofredoras. Amém

Dicas para o catequista


- A questão ecológica está muito em voga e as crianças têm estudado temas
relativos a esta questão nas escolas. Pouco a pouco, elas vão tomando consciência
de que é preciso cuidar de outras formas de vida. Para isso, é preciso preservar,
evitar a extinção, não poluir, cuidar do meio ambiente, etc.
- A atividade proposta neste encontro não quer ferir esta consciência. Apenas
priorizar a vida humana, algumas vezes relegada a um segundo plano. É preciso
deixar claro que não adianta cuidarmos da natureza, se não cuidarmos do ser
humano.

4º Encontro

É MELHOR OLHAR A VIDA COM


OTIMISMO

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com animação. Cantar. Que tal a música no 6?
- Fazer o Sinal da Cruz, lembrando a presença de Deus. Convidar a turma para
rezar, pedindo a felicidade e a paz para cada companheiro.
- Formar um círculo, colocar a mão no ombro da pessoa da direita e repetir
juntos: Senhor, quero te entregar este meu companheiro, para que o Senhor o
faça feliz e lhe dê a paz. Que sua vida seja sempre alegre. Que ele possa
superar toda dificuldade, toda tristeza e todo desânimo. Que ele saiba sorrir a
cada momento e possa manter profundo otimismo e confiança em todas as
situações que tiver de enfrentar. Venha abençoar, Senhor, a todos nós.
Amém!
- Convidar cada um a abraçar os demais companheiros, desejando-lhes paz e
alegria.
- Pode-se cantar um canto de paz. Sugerimos o no 16.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Temos falado do valor da vida, da beleza da natureza e da importância das
pessoas. Mas muita gente não vê as coisas assim. Tem gente que acha a vida chata e
cansativa. São pessoas para as quais a vida perdeu o seu sentido mais precioso.
Entregaram-se à tristeza e não conseguem mais ver o lado bom da vida. Certamente,
elas têm seus motivos, mas essa tristeza não leva a nada. A Palavra de Deus vem nos
trazer hoje alguns conselhos práticos, para nos ajudar a ser pessoas felizes e manter
sempre a alegria em nosso coração, para que a gente não perca de vista o sentido
bonito que a vida tem.
Texto: Eclo 30,22-27
Não entregue sua alma à tristeza,
Não fique pensando em coisas negativas.
A alegria do coração é a vida do homem
E fonte sem fim de santidade.
A alegria torna mais longa a sua vida.
Aprenda a gostar de você mesmo,
Console seu coração,
E espante para longe a tristeza.
Pois a tristeza já estragou a vida de muitos
E não há nela utilidade alguma.
A inveja e a raiva destroem os dias felizes
E as preocupações nos fazem envelhecer antes do tempo.
Um coração bondoso e nobre está sempre feliz,
Pois se esforça para cultivar o que é bom.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Partilha
- O que o texto nos fala a respeito da tristeza?
- E a respeito da inveja, da raiva e das preocupações?
- Por que a gente não deve ficar pensando em coisas negativas?
- Por que a alegria é importante em nossa vida?
- Esses conselhos da Bíblia ajudam a gente a viver melhor?
- O que você achou mais importante nesse texto?

Aprofundamento
- Já que a vida nos foi dada, o importante é procurar viver bem e ser feliz. Por
isso, estamos sempre buscando a felicidade: a nossa e a de todas as pessoas.
Estamos sempre lutando para vencer as tristezas e os problemas e ser felizes.
Ser feliz é estar sempre de bem com a vida: alegre, tranqüilo, com o coração
em paz, mesmo com os problemas que a vida tem. Se a gente for esperar
vencer todos os problemas para ser feliz, nunca vamos alcançar a felicidade.
É possível ser feliz, mesmo em meio a uma dose de dificuldades e
aborrecimentos. É só fazer o que a Bíblia nos ensinou: afastar de nós os
pensamentos ruins, a tristeza, a inveja, a raiva, as preocupações, e confiar em
Deus! É só fazer isso e já viveremos mais felizes. Isso não é tão difícil assim.
- Muitas pessoas vivem tristes porque só enxergam problemas, dificuldades e
coisas ruins e se esquecem das coisas boas e bonitas que a vida tem. Mas
Deus nos convida a fazer o contrário. Afinal, Deus não nos criou para a
tristeza e sim para a felicidade. Ele não nos colocou num deserto de
problemas e espinhos. Ele nos colocou num jardim maravilhoso. É claro que
a vida tem momentos e situações difíceis. Mas com fé e esforço a gente
supera essas coisas, sem perder o sentido bom que a vida tem.
- Ficar pensando só nas dificuldades faz a gente ficar pessimista. A pessoa
pessimista enxerga com mais facilidade os problemas e dificuldades. Por isso,
a pessoa acaba se sentindo mal-humorada, cansada da vida, desmotivada,
achando tudo difícil e complicado. Viver assim é muito ruim.
- A fé nos ajuda a cultivar o otimismo. A pessoa otimista consegue ver, mesmo
em meio às dificuldades, coisas boas com as quais consegue se alegrar,
mantendo uma postura de serenidade diante da vida, cultivando o bom humor
e a confiança. É claro que a vida tem dificuldades. Mas, com certeza, tem
também muitas coisas boas. Pensar positivamente nos ajuda a encontrar um
rumo, um sentido para a nossa existência.
- É por isso que a Bíblia diz para não nos entregarmos à tristeza, nem ficarmos
cultivando sentimentos negativos. Eles destroem nossa alegria de viver.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Contar uma história que mostra o valor do otimismo.

O VALOR DO OTIMISMO
Um pai tinha dois filhos: um otimista e um pessimista. O otimista estava
sempre de bem com a vida, nada o fazia cair na tristeza ou no desânimo. Diante dos
problemas da vida, ele sempre conseguia ver alguma coisa boa, uma luz no meio da
escuridão. O outro filho era pessimista demais. Não via nada pelo lado bom. Tudo
para ele estava sempre ruim.
Chegando o natal, o pai pensou: “O que comprar para os meus filhos? Nada
agrada o pessimista, e o otimista fica feliz com qualquer coisa”. Então o pai pensou:
“Já sei. Vou fazer uma coisa. Vou comprar um relógio de ouro, cravejado de
brilhantes para o pessimista. Ele há de compreender que eu o amo e que ele é
precioso para mim. Vai entender que a vida é preciosa como uma jóia e que a gente
pode ser feliz. Vai entender que já é hora de ver a beleza da vida! E para o otimista
eu vou dar uma coisa qualquer... Já sei: vou embrulhar cocô de cavalo. Ele há de
perceber que a vida não é tão bela quanto ele pensa e que ela tem também
problemas. Meu filho vai cair na real”. Assim fez o pai.
Quando o filho pessimista abriu o presente, foi logo dizendo: “Ah, meu pai não
me ama. Deu-me um relógio de ouro. Do jeito que o mundo está violento, ladrões vão
me roubar. Podem até cortar meu braço por causa do relógio ou me seqüestrar,
pensando que sou filho de milionário e até me matar. Ah, como a vida é triste!”
O filho otimista, por sua vez, abriu a caixa do presente e foi logo dizendo: “Que
maravilha! Justamente o que eu queria”. O pai ficou intrigado e disse: “Mas, meu
filho, isso é cocô de cavalo”. O filho disse: “Claro que eu sei, meu pai, que isso é
cocô de cavalo. Mas, como sei que o senhor me ama e faz tudo para me ver feliz, eu
já entendi. O senhor me deu um cavalo e, não podendo embrulhar o presente,
colocou o cocô na caixa para servir de sinal”.
O pai ficou intrigado e pensou: “O que fazer?” Agradar o pessimista ele não
conseguiu. Então, pelo menos não queria decepcionar o otimista. Pegou o relógio de
ouro, vendeu e comprou um belo cavalo para o otimista.
- Terminada a história, conversar com a turma sobre otimismo e pessimismo.
Perguntar o que entenderam e deixar que partilhem suas idéias. O catequista
pode ajudar, fazendo perguntas:
• Quem levou mais vantagem na história: o otimista ou o pessimista?
• Você se acha mais pessimista ou mais otimista? Tem mania de reclamar de
tudo? Ou consegue ver o lado bom das coisas?
• Qual a vantagem de ser otimista?
• Qual o perigo de ser pessimista?

Conclusão
A vida é bela. É uma festa. Deus tudo faz para nos agradar. Mas alguma
coisa depende de nós. Precisamos olhar a vida com alegria e mais otimismo.
Precisamos fazer da vida uma festa. Ser otimista é saber enxergar o lado bom das
coisas. Até os acontecimentos que nos assustam podem ter um lado bom. Ser
pessimista é enxergar as coisas sempre pelo lado ruim e triste. Isso não nos leva a
nada. No fim das contas, o otimista vive melhor. Por isso, a Bíblia nos aconselha a
mandar embora a tristeza, a raiva e outros sentimentos negativos, e encher nosso
coração de alegria e ânimo. Assim, a vida fica ainda melhor.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Fazer silêncio para rezar.
- Sugerir que rezem, ainda, em silêncio, pedindo a Deus que dê a cada um
muito otimismo e coragem para ver o lado bom da vida e se esforçar para que
ela fique ainda melhor.
- Rezar juntos o Pai-nosso, pedindo a Deus que sempre nos ajude a viver
sempre em paz e com o coração cheio de alegria.
- Cantar para encerrar. Que tal a música no 9?

Dicas para o catequista


- Uma teologia cristã mais antiga valorizou muito o sofrimento e a dor. Via em tudo
isso um lado salvífico, santificador. Pensava-se que quanto mais a gente sofresse
mais a gente estaria completando em nossa carne o que falta à paixão de Cristo,
numa interpretação um tanto quanto pessimista e suspeita do que disse o grande
apóstolo Paulo (cf. Cl 1,24) O sofrimento era visto como uma necessidade para a
redenção do mundo. Com isso, incentivava-se a penitência e a ascese, entendidas
como mortificação, chegando, em alguns casos, até à autoflagelação. Assim, o
lado lúdico da vida, o prazer e a alegria foram algumas vezes veementemente
combatidos.
- Uma compreensão mais adequada da Escritura foi tomando o lugar desta teologia
e, apesar de ainda haver algumas correntes que insistem nessa teologia do
sofrimento, o que se pensa em geral é que a vida, mesmo com seus infortúnios, é
uma dádiva de Deus, um motivo de alegria, e que o Criador nos deu a vida para
dela desfrutarmos e propiciarmos o mesmo para todos os seres humanos.
- Por outro lado, bem ao contrário da teologia do sofrimento, implantou-se na
sociedade a supremacia do prazer, que justifica tudo em nome da felicidade
pessoal, até mesmo esquecendo-se dos valores éticos. Nem é preciso lembrar que
esse extremo também leva a conseqüências desastrosas. O que a teologia ensina é
que a vida tem seus sofrimentos, mas nem por isso deixa de ser um dom de Deus e
uma graça a ser cultivada. Ao contrário, essas angústias revelam sua fragilidade e
mostram ainda mais sua preciosidade, exigindo cuidados para que ela desabroche.
Ver o lado bom da vida não é iludir-se. É acreditar que o Deus criador partilhou
conosco o que ele tinha de melhor: o dom da vida. O otimismo do qual falamos
nesse encontro não é um delírio de ilusões irreais, mas um realismo cheio de
esperança, próprio de quem entende que a vida é dom de Deus, mesmo que
cercada por fraquezas.
5º Encontro

SABER VIVER É UMA ARTE

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma, com satisfação. Cantar música animada, à escolha.
- Recordar o assunto do encontro anterior, lembrando que o grande desejo de
Deus é ajudar cada um a se sentir feliz e viver em paz.
- Acalmar a turma para rezar. Fazer preces espontâneas, pedindo a paz de Deus
para todos os que estão vivendo momentos difíceis. Combinar uma resposta
fácil. Pode ser também um refrão cantado, depois de cada prece.
- Desejar a paz uns aos outros. Cantar. Pode ser a música no 16.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Estamos falando sobre o valor da vida. Vimos que existem pessoas que se
entregam a sentimentos ruins e não percebem o lado bom da vida. Para a vida ser
boa, é preciso saber viver. Deus vem nos trazer, mais uma vez, alguns conselhos
práticos para quem quer viver em paz, de bem com a vida, consigo mesmo e com as
pessoas.

Texto: Fl 4,4-9
Alegrem-se sempre no Senhor. Repito: Alegrem-se! Que a bondade de vocês
seja conhecida por todos. O Senhor Deus está próximo. Não se inquietem com
nada. Em todas as circunstâncias, apresentem a Deus as suas preocupações, orando
e louvando o Senhor. E a paz de Deus, desse Deus sábio e amoroso, haverá de estar
sempre em seus corações. Além disso, ocupem o pensamento com tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável – essas coisas é
que devem ocupar a mente de vocês. Pratiquem o que vocês aprenderam de bom e o
Deus da paz estará sempre com vocês.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Partilha
- De acordo com esse texto, vamos tentar lembrar algumas coisas importantes
para quem quer viver feliz e em paz?
- O que o texto nos aconselha a fazer com as preocupações?
- E o que deve ocupar sempre o nosso pensamento?

Aprofundamento
- Eis alguns conselhos importantes para quem quer estar sempre de bem com a
vida: alegria, bondade, confiança – essas atitudes podem nos ajudar muito a
viver em paz. A pessoa que é inteligente e sabe viver procura cultivar essas
coisas.
- A verdadeira alegria não é uma simples risada. É um sentimento profundo e
agradável que surge em nosso coração, quando experimentamos a presença de
Deus em nossa vida. Essa alegria existe no coração das pessoas que se
ocupam com coisas boas e positivas e se entregam confiantes aos cuidados de
Deus. Isso é saber viver.
- Além de sermos otimistas, podemos melhorar a nossa vida enchendo o nosso
coração e nossa mente de coisas e pensamentos bons e positivos.

3. ATIVIDADE
Sugestão 1
- Entregar a cada criança um coração, recortado em papel. Pode ser papel
branco mesmo. Lembrar que o texto bíblico falou da importância de encher o
nosso coração com coisas e sentimentos bons.
- Convidar a turma a pensar no texto bíblico e escrever no coração de papel as
coisas boas e os sentimentos bons que a gente deseja que estejam em nosso
coração.
- Depois, pode-se fazer uma partilha, cada um apresentando o seu coração
cheio de coisas boas. Sugerimos ainda fazer um painel, colando nele todos os
corações.

Sugestão 2
- Repartir com as crianças um caça-palavras, em forma de coração – se
possível. Pedir que encontrem palavras que expressem coisas e
sentimentos bons que devem ocupar o nosso coração.
- Depois, escrever as palavras em um cartaz e frisar a importância de saber
viver, ocupando-se de coisas e sentimentos bons.
Conclusão
No mundo, há muitas pessoas que não sabem viver direito. Andam sempre
preocupadas, com raiva, impacientes, agitadas, tristes, revoltadas. Por qualquer
coisa vão logo se alterando, brigando, xingando e fazem tremenda confusão. Mas o
importante para viver feliz é ter paz, amor, alegria, coragem, confiança, amizade e
outras coisas mais no coração. Não é ter muito dinheiro, roupas caras, fama ou
coisas parecidas, apesar de roupas, dinheiro, sucesso e outras coisas do gênero
serem também muito importantes para a vida. Mas o importante mesmo é confiar
em Deus e deixar que ele nos dê a verdadeira alegria. É a gente se ocupar com tudo
o que há de bom, sem perder tempo com sentimentos negativos. Saber viver é
entender a diferença entre o que nos faz bem e o que nos faz mal. E escolher as
coisas certas.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Pode-se iniciar a oração, cantando a música no 5 ou outra à escolha.
- Convidar a turma para rezar por todas as pessoas que vivem preocupadas ou
tristes. Cada um poderá fazer preces espontâneas. A resposta pode ser:
“Venha nos iluminar, Senhor!” O catequista inicia, fornecendo o modelo.
Sugerimos:
• Venha iluminar, Senhor, as pessoas que vivem tristes por causa dos
problemas de saúde.
• Ilumine, Senhor, as pessoas que vivem agitadas e se irritam à toa.
• Ilumine também as pessoas que não acreditam no Senhor e, por isso, não
conseguem viver em paz.
- Concluir, repetindo juntos: Venha iluminar, Senhor, todas as pessoas, para
que saibam viver sempre em paz. Afaste de seus corações tudo o que possa
estragar sua felicidade. E abençoe todos com o seu amor. Amém!
- Pedir que tragam, para o próximo encontro, se possível, retratos dos pais.
Confira antes a atividade do próximo encontro. Podem ser retratos de toda a
família também, da forma como ela for. Quem não tem retrato de pai e mãe
pode trazer da avó, da tia, do padrinho. O importante é ter uma fotografia de
quem cuida da gente e nos ama.

Dicas para o catequista


- Na terceira etapa, vamos falar sobre os limites e fragilidades do mundo, sobre as
fraquezas e os pecados que estragam a vida da gente e das pessoas em geral. Antes,
porém, queremos insistir na beleza da vida e na possibilidade de se viver bem,
mesmo em meio a tantos atropelos. Não se trata de iludir-se ou enganar-se. Trata-se
de ver a vida com esperança e confiança em Deus, que nos criou e nos ama. O
catequista insista, sempre com jeito, na importância de se ver a vida como um dom
precioso, cultivando em nossos corações os bons sentimentos.
- O Documento 71 da CNBB afirma: “Crer no amor de Deus é crer que ele quer a
nossa felicidade. A Bíblia, que começa e acaba com uma situação de paraíso, nos
diz que a felicidade é o destino, o projeto de Deus para o ser humano” (Doc. 71, n.
74). Estes dois encontros, que podem parecer manual de auto-ajuda para alguns,
querem resgatar essa verdade acima dita. Lembre-se o catequista: é tarefa do cristão
ajudar as pessoas a bem viverem. Não há nada de mau nisto, ao contrário, parece
bastante coerente com a ética de Jesus, que sempre consolou os aflitos e
angustiados.
6º Encontro

DEUS É UM PAI ESPECIAL

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Acolher a todos com alegria. Cantar música animada, à escolha.
- Criar clima de silêncio para conversar com Deus.
- Fazer o Sinal da Cruz, lembrando que a turma se reúne em nome de Deus que
é um pai amoroso.
- Convidar a turma a entregar a Deus Pai sua vida: preocupações, alegrias,
tristezas, estudo, amizade, família. Explicar que o Pai celeste aceita tudo isso
e de tudo cuida com amor. Fazer preces espontâneas.
- Encerrar, rezando o Pai-nosso.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Sempre iniciamos nossos encontros em nome do Pai. Já estamos acostumados
a chamar Deus de Pai do Céu. Já sabemos que ele é nosso pai, pois nos criou e dele
viemos. Hoje, então, veremos que ele não é um pai comum. É um pai muito especial,
que nos trata com muito carinho.

Texto: Is 41,8-13
Você, meu filho – meu escolhido, meu amigo,
Você que andava distante e aflito e que eu trouxe para uma vida nova,
Eu te digo: você é meu filho, eu te escolhi e não te rejeitei,
Não tenha medo de nada, pois estou com você,
Não lance olhares desesperados, pois eu sou o seu Deus;
Eu te fortaleço e venho em seu socorro,
Eu te amparo com minha mão vitoriosa.
Vão ficar envergonhados e confusos todos aqueles que estiverem contra você;
Serão vencidas e destruídas as coisas que te oprimem;
Você vencerá tudo o que te atrapalha;
Os obstáculos de sua vida serão reduzidos a nada.
Pois eu, o Senhor seu Deus, te seguro pela mão,
Eu te digo: nada tema, eu venho em seu auxílio.
Portanto, nada de medo, meu pobre e frágil filho.
Sou eu que venho em seu auxílio – diz o Senhor.
Seu Pai é o Deus santo e salvador.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Partilha
- Cada um poderá dizer o que achou mais importante nesse texto. Sugerimos,
antes da partilha, que o catequista leia novamente o texto, em clima de muita
concentração e silêncio. Que tal colocar um fundo musical, para as crianças
relaxarem? É um texto para ser sentido, mais que entendido. Se preferir, o
catequista já pode proclamar a primeira vez com o fundo musical.

Aprofundamento
- Depois de aprender que Deus é amor e de ver que ele tudo criou por amor e
nos fez semelhantes a ele, cheios de qualidades e virtudes, e nos deu uma vida
cheia de possibilidades, entendemos agora porque chamamos Deus de Pai.
Ele é o autor da vida. O criador das coisas. Ele está sempre junto de nós,
como um pai que cuida com carinho de seus filhos.
- Também temos nossos pais aqui na terra, as pessoas que cuidam de nós. Mas
Deus é diferente. Os pais aqui da terra são gente como nós, sujeitos às
fraquezas da vida. Mas Deus está acima de tudo isso. Ele é puro e santo e nos
ama com amor muito particular. Por isso, Deus é um pai especial.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Fazer uma exposição dos retratos dos pais, ou das famílias, trazidos pela
turma. Na falta dos retratos, pode-se desenhar os pais ou a família e fazer a
exposição. Outra idéia, em vez de desenhar, é escrever os nomes dos
familiares em um cartão. Fica mais fácil.
- Conversar sobre a importância de nossa família: pai, mãe, irmãos, avós. Cada
um pode contar como é sua família, quantas pessoas moram na mesma casa,
como são essas pessoas.
- Lembrar que há famílias de todo tipo. O importante é que a gente tem uma
família que nos ama, que cuida de nós. Muitas vezes, há dificuldades nessa
família, porque todos os seus membros são pessoas com qualidades, mas
também com fraquezas.
- Lembrar que fazemos parte de outra grande família, porque somos todos
filhos de Deus. Ser filho de Deus significa que Deus é nosso pai, nosso
criador. Dele viemos e, um dia, vamos voltar para junto dele. Ele é um pai
especial. Não é como os pais aqui da terra. Os pais aqui da terra, na maioria
das vezes, são bons e cuidam de nós. Mas pode ser que algum pai não seja tão
bacana assim. Pode ser que ele seja violento, ausente, bravo, e até sem juízo.
Pode ser que ele tenha nos abandonado, nos esquecido, nos rejeitado. Mas
Deus é um pai especial: ele nunca nos abandona, nem esquece, nem rejeita.
Ele é o modelo de pai que todos os pais deveriam seguir. Ele nos deu a vida
por amor, ele cuida de nós, nos ampara e abençoa sempre. Ele não é violento,
nem castiga, nem manda nada de mal para nós. Ele nos ama e cuida de nós
com carinho. É um pai especial.

- Cantar a música no 8 e fazer a brincadeira:


• Na primeira estrofe, formar filas paralelas, uma
de frente para a outra. Deverá haver o mesmo
número de pessoas em ambas as filas. Ir
cantando e batendo palmas.

• Na segunda estrofe, as filas caminham uma em


direção à outra, até se encontrarem. Então,
formam-se pares, unindo as mãos ao alto,
formando uma espécie de “túnel”.

• Na terceira estrofe, a começar de uma das


extremidades, os pares irão passando dentro do
túnel, como um trenzinho. Enquanto isso,
repete-se a terceira estrofe, até que todos os
pares tenham passado e as filas tenham voltado
à posição do começo. É como se faz na dança da
quadrilha.
• Repete-se a brincadeira quantas vezes quiser.
Conclusão
Nós somos como um trenzinho puxado por uma locomotiva. O trem vai para
a frente, porque a locomotiva o arrasta. Deus quer ser como uma locomotiva, uma
força, que nos arrasta para a frente e nos ajuda a progredir e crescer na vida para
sermos muito felizes. Por isso, Deus, que é um pai amoroso, vem ao nosso socorro.
Não só nos dá a vida, mas nos estende a mão para nos guiar pelos caminhos da paz.
Na conquista da felicidade, não estamos sozinhos. Temos um Deus que é pai e
cuida de nós. Por isso, podemos nos abrir totalmente para Deus, confiantes em sua
ajuda para vencermos nossas tristezas e dificuldades. Lembramos também de
nossas famílias. Há famílias que vivem muito unidas e em paz. Há outras que
enfrentam certas dificuldades. Mas fazemos parte de uma grande família que crê
em Deus e o tem como pai. Por melhores que sejam nossos pais aqui da terra, Deus
é imensamente melhor: mais santo, mais amoroso, mais compreensivo, mais
bondoso. Isso nos alegra muito, pois é bom saber que, além de nossa família que
nos ama e cuida de nós, temos o Pai do Céu, rico em amor e misericórdia, que
nunca nos esquece e nunca nos abandona. Ele é o nosso verdadeiro pai, que nos
criou para a felicidade.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Fazer preces espontâneas pelas famílias, conforme orientação do catequista.
A resposta pode ser: “Abençoe, Senhor, nossas famílias”. Sugerimos preces
como:
• Abençoe, Senhor, as famílias que enfrentam dificuldades;
• Abençoe, Senhor, as famílias que estão divididas;
• Ilumine, Senhor, os pais que encontram dificuldades para entender seus
filhos;
• Ilumine, Senhor, os filhos que têm dificuldade de compreender seus pais.
Etc.
- Dar as mãos e repetir: Deus, nosso Pai do Céu, abençoe nossas famílias.
Ajude-nos a viver unidos, como irmãos, formando essa grande família de
pessoas que crêem no Senhor. Amém.
- Pode-se encerrar, com um canto sobre a família. Sugerimos a música 17.

Dicas para o catequista


- Falar que Deus é pai é sempre algo complicado. Dependendo da experiência de pai
que a criança tem, ela pode rejeitar essa verdade, tão marcada que está pela relação
paterna. Acontece, porém, que esta é uma profissão de fé dos cristãos. Não há como
correr do tema. É claro que Deus é pai, mas não como os pais da terra. Ao
contrário, ele é o pai primeiro, o criador. Todos os outros pais deveriam aprender
com ele e assumir a paternidade com o mesmo amor e o mesmo zelo que Deus tem
para conosco. Mas, na nossa cabeça, não funciona assim. Quando se diz que Deus é
pai, pensamos logo que ele é que deve ser como o nosso pai terreno. A relação se
inverte. Então, é preciso ter cuidado com o tema. O catequista ouça com atenção a
turma, caso alguém desabafe sobre sua relação com seu pai.
- Falamos que Deus é pai, pois, para falar de Deus, a analogia é o único caminho.
Falamos de Deus com a experiência que temos, com os afetos que cultivamos. São
recursos que possibilitam ao nosso sistema cognitivo alçar vôos para se aproximar
de Deus, que nós nunca vimos, nem nossa inteligência é capaz de abarcar. Mas toda
analogia fica sempre devendo. Por mais que falemos de Deus, ele supera o que as
palavras são capazes de dizer. Ele é mistério!

7º Encontro

SOMOS FILHOS DE DEUS

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com muita animação. Cantar. Que tal a música 8 ou 9?
- Convidar cada um para acolher os companheiros com um forte abraço,
desejando-lhes a paz de Deus, pois somos todos irmãos.
- Criar clima de silêncio, para conversar com Deus.
- Fazer o Sinal da Cruz.
- Colocar a mão no ombro da pessoa da direita e repetir juntos: Senhor Deus,
mais uma vez, estamos aqui, com o nosso coração cheio de paz e de alegria.
Estamos felizes, pois sabemos que o Senhor é um pai bondoso, que sempre
cuida de nós com amor. Por isso, queremos viver como seus filhos amados,
sempre unidos ao Senhor. Amém!

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
No encontro passado, vimos que Deus é nosso Pai do Céu. Hoje vamos ouvir
um texto da Bíblia que nos incentiva a viver como filhos de Deus. E vamos aprender
o sentido da oração dos filhos de Deus.

Texto: 1Jo 3,1-2


Lembrem-se sempre do grande amor com que Deus nos amou, para que
sejamos chamados filhos de Deus. E nós somos de fato filhos dele. Meus queridos,
desde agora somos filhos de Deus, mas a felicidade que Deus tem para nós ainda
não se manifestou inteiramente. Quando isso acontecer, seremos totalmente felizes
e viveremos para sempre unidos a ele.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Partilha
• O que vocês acham da idéia de ser filhos de Deus?
• Existe diferença entre ser filho de Deus e viver como filho de Deus? Será que
todo mundo vive como filho de Deus?
• Como podemos viver como bons filhos de Deus?

Aprofundamento
- Se Deus é nosso pai, somos filhos de Deus. E então precisamos viver unidos a
ele, como um filho gosta de viver unido ao seu pai, principalmente quando se
trata de um pai tão especial como Deus. Seremos bons filhos de Deus, quando
vivermos bem unidos a ele, ouvindo o que ele nos ensina por meio de sua
Palavra, praticando seus ensinamentos, trazendo-o conosco em nossos
corações. Se Deus é tão bom, não teremos razões para nos afastar dele.
- A Palavra de Deus nos mostra também que ele ainda tem muita coisa boa
para realizar em nossa vida. Quem vive sempre unido a Deus, como filho
dedicado e atento, conquista toda essa felicidade que ele nos promete, mesmo
em meio às dificuldades da vida, que sempre vão existir. Deus não promete
um mar de rosas para ninguém, mas promete seu carinho e cuidado de pai.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Convidar a turma para refletir sobre a oração do Pai-nosso, a oração dos filhos de
Deus.
- Expor as seguintes faixas, fora de ordem:
PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

VENHA A NÓS O VOSSO REINO

SEJA FEITA A VOSSA VONTADE

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE

PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS

ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS


A QUEM NOS TENHA OFENDIDO

E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO

MAS LIVRAI-NOS DO MAL

- Convidar as crianças para colocar as faixas em ordem e fixá-las num painel com o
tema: PAI-NOSSO.
- Explicar brevemente o sentido de cada faixa:
1. Pai-nosso que estais no céu: Nós, que somos filhos, reconhecemos que Deus é
nosso pai celeste e aceitamos seu amor. Por isso, nos colocamos em oração,
conversando com ele.
2. Santificado seja o vosso nome: Desejar que o nome de Deus seja santificado é o
mesmo que desejar que Deus seja conhecido e amado por todas as pessoas. Se
somos filhos, queremos que nosso Pai celeste seja amado e admirado pelo mundo
inteiro.
3. Venha a nós o vosso Reino: O Reino de Deus é sua paz presente em nosso
coração e sua força para superar as dificuldades da vida. Quando pedimos o
Reino, estamos pedindo que venha a nós a paz e a alegria da presença de Deus.
4. Seja feita a vossa vontade: Como bom filho, queremos fazer a vontade de Deus,
pois sabemos que o que ele quer é o melhor para nós. Como um pai que ama seus
filhos, a vontade de Deus é a nossa felicidade.
5. Assim na terra como no céu: Isso significa que a gente quer se esforçar para que
as coisas aqui na terra sejam como no céu. A mesma paz e a mesma união que
existem no céu precisam existir entre nós, aqui na terra, pois somos filhos do
mesmo Deus.
6. O pão nosso de cada dia nos dai hoje: O pão nosso significa a força e o sustento
de que a gente necessita a cada dia. Não só o alimento, mas também a força e a
coragem para vencer as dificuldades da vida.
7. Perdoai as nossas ofensas: Quando a gente erra, Deus, que é um pai bondoso,
compreende e perdoa. Ele não nos castiga nem pune, ao contrário, ele nos perdoa
e estende a mão para que a gente não erre de novo.
8. Assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido: Somos todos filhos de
Deus; por isso, somos irmãos. Devemos compreender e amar os outros, como
Deus nos ama e compreende. Se alguém fez algo que nos ofendeu, é preciso
perdoar, afinal somos filhos de Deus e ele nos perdoa sempre.
9. E não nos deixeis cair em tentação: Tentações são os enganos da vida, as coisas
que querem nos afastar de Deus. Como queremos viver unidos ao Pai do Céu, não
podemos deixar que nada nos separe dele. Nenhuma tentação pode nos enganar e
nos fazer afastar da Palavra de Deus.
10. Mas livrai-nos do mal: Como um pai que defende seus filhos de todo mal, Deus
também nos socorre nesses momentos. Se estamos unidos a Deus, nenhum mal
pode estragar nossa vida. Mesmo que algo de mau nos aconteça, Deus está
conosco nos ajudando a nos livrar de tudo o que não presta. É preciso confiar em
Deus e lutar contra o mal.

Obs.: Quando rezamos o Pai-nosso na missa, não dizemos “amém”, porque o


dirigente continua a oração com outras palavras. Fora da missa, encerramos essa
oração dizendo “amém”, que significa: assim seja.

Conclusão
A oração do Pai-nosso é a oração dos filhos de Deus. Somos nós – os filhos –
conversando com Deus – nosso Pai – pedindo a ele que olhe por nós e cuide de nós
com amor, ajudando-nos a ser felizes. Devemos ter toda liberdade de conversar
com Deus, dirigindo-nos a ele como a um amigo de confiança. Isso nos ajudará a
viver em profunda união com ele. E essa união nos ajudará a viver em paz. Deus
Pai abençoa a todos nós, seus filhos, e nos convida a viver sempre unidos a ele.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Convidar a turma para dar as mãos, como irmãos, e juntos rezar o Pai-Nosso.
- Motivar o próximo encontro, lembrando que será uma celebração, para
encerrar esta etapa. Planejar com eles uma festinha para depois da
celebração, com lanche, música, etc.
- Encerrar cantando. Sugerimos a no 8 ou 14.

Dicas para o catequista


- O catequista já deve ter percebido que este módulo da catequese trabalha de forma
lenta e gradual as verdades da fé. Alguns poderiam pensar: “Por que não se fala
tudo de uma vez?”. Parece que a fé vem em doses homeopáticas, com pequenas
gotas, pouco a pouco. Primeiro fala-se que Deus é um pai especial, depois se fala
que somos filhos de Deus. Por que não foi dito tudo num só encontro? Acontece
que a proposta dos encontros não é ensinar um conteúdo ou repassar uma
mensagem. A proposta é proporcionar uma experiência de Deus, substituindo,
pouco a pouco, imagens deformadas de Deus por imagens mais positivas. Um
imaginário não se forma de um dia para o outro. E os corações se abrem lentamente
para novas experiências. É preciso paciência. Lembre-se: a catequese é permanente.
Para que tanta pressa?
- Confira o que diz o DNC no número 128 quando afirma que a mensagem
evangélica deve ser gradual, “seguindo o exemplo da pedagogia divina, como se
manifesta na Bíblia”.

8º Encontro

CELEBRAÇÃO

PREPARAÇÃO
- O ambiente deve ser bem bonito e preparado com zelo: um altar bem forrado,
flores e uma Bíblia. Esse altar pode ser montado até no chão. Coloque uns panos
especiais no chão, flores, velas acesas, uma Bíblia, etc. Use a criatividade!
Depois, organize as crianças em torno do altar. Nem precisa de cadeiras. É bom
fazer algo diferente!
- Preparar cartaz e quebra-cabeça, conforme rito do compromisso. O quebra-
cabeça, depois de montado, deve formar um coração.
- Ensaiar as músicas com as crianças.
- Se houver dois catequistas, sugerimos dividir as funções de modo que um seja
comentarista e o outro dirigente.
- Se parecer oportuno, treinar uma criança para a proclamação do texto bíblico.
- Preparar confraternização, conforme combinado com a turma.

1. RITOS INICIAIS
- C: Cumprimentar a turma, fazendo calorosa acolhida. Motivar a celebração,
dizendo: Hoje, estamos reunidos para festejar a vida. Deus, que nos criou por
amor, quer nos ver felizes. E, por isso, nos convida a viver em união com ele.
Nesta celebração, vamos renovar o nosso desejo de viver unidos a Deus. Dele
recebemos o dom da vida. Ele é nosso pai amoroso que só quer o nosso bem.
Certos de poder contar com a força dele, iniciemos nossa celebração. Vamos
ficar de pé e cantar bem animados. (Que tal a música no 9?)
- D: Com alegria, estamos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo.
- T: Amém!
- D: Eu desejo que o amor de Deus, nosso Pai, a força de Jesus, e a alegria do
Espírito Santo estejam, meus irmãos, com todos vocês.
- T: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. (Se não souberem
responder, o comentarista ensina.)
- D: Estamos reunidos na presença de Deus, desse Deus que é pai de todos nós e
quer que sua paz esteja em cada coração. Se somos filhos de Deus, somos
todos irmãos e precisamos viver unidos. Vamos, então, desejar ao nosso irmão
a paz que Deus coloca em nosso coração. Cada um dê um abraço em seu
companheiro e deseje a ele a paz de Deus.
- Depois do abraço, cantar música de paz. Sugerimos a no 16.
- D: Oremos: (O catequista reza, de braços abertos, e a turma ouve em silêncio.)
Ó Deus, Pai de todos nós, ajude-nos a viver unidos em seu amor, para que
nunca nos falte o desejo de viver em paz e de buscar a felicidade para a qual
fomos criados. Isso te pedimos, por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do
Espírito Santo.
- T: Amém!

2. RITO DA PALAVRA
- C: Convidar a turma para se sentar e ouvir atentamente a Palavra de Deus.
Motivar a escuta da Palavra, dizendo: O texto que vamos ouvir é um convite a
nunca nos afastarmos do amor de Deus. Nada nessa vida pode nos separar de
Deus, que nos criou e nos ama tanto.

- L: Leitura da Carta de Paulo ao romanos: (Rm 8,28.31.35.37ss)

Sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam
a Deus, daqueles que são escolhidos para participar da felicidade para a qual
Deus nos criou.
Que diremos, então? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Quem nos separará do amor de Deus? O sofrimento? A angústia? A
perseguição? A fome? A pobreza? O perigo? A violência? Mas, em todas essas
coisas, somos mais que vencedores, graças à força de Deus, que tanto nos ama.
Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem o presente nem o
futuro, nem as alturas nem os abismos, nem outra coisa qualquer, nada poderá
nos separar do amor que Deus tem por nós.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

- C: Convidar a turma para partilhar a Palavra de Deus, dizendo, em breves


palavras, o que entendeu da leitura.
- D: Refletir com a turma: Realmente, nada pode nos separar do amor de Deus.
Não podemos deixar que nada neste mundo nos afaste de Deus, pois dele
depende nossa felicidade. Somos amados por Deus. Por isso, somos felizes.
Deus nos deu a vida e nos dá força para vivermos em paz. A pessoa que se
afasta de Deus perde essa força e já não consegue ser feliz. Deus nos escolheu
para participar de sua felicidade. Devemos, então, nos esforçar para
permanecer unidos a ele que dá sentido à nossa vida. Como um filho que, tendo
um pai amoroso, não se afasta dele por nada nesse mundo, também nós não
podemos deixar que nada nos afaste desse pai tão especial, que é Deus.

3. RITO DO COMPROMISSO
- C: Convidar a turma a fazer um compromisso de união com Deus, lembrando
como isso é importante para nossa felicidade.
- Convidar a turma a receber um cartaz que expressa o desejo de vivermos
unidos em Deus.
- Enquanto entra o cartaz, cantar à escolha. Durante o canto, duas crianças
entram com o cartaz e o fixam em local de destaque.
- Terminado o canto, o comentarista lê com a turma a frase do cartaz: EM
DEUS, SOMOS UM SÓ CORAÇÃO. E comenta: Essa frase significa que
precisamos estar unidos a Deus e aos nossos irmãos: a Deus, porque ele é
nosso Pai, nosso criador, e é ele quem garante nossa felicidade. Aos irmãos,
porque todos são cheios de valor, por serem imagem e semelhança de Deus.
Assim unidos, formaremos um só coração. E seremos felizes. Nós somos
muitos e somos diferentes. Mas somos amados por Deus e, por isso, devemos
viver unidos.
- Repartir com a turma as partes do quebra-cabeça. Enquanto vai repartindo,
comentar: Vocês estão recebendo partes de um quebra-cabeça. Essas partes
separadas não significam nada. Mas nós vamos uni-las e juntas elas formarão
algo importante.
- Convidar as pessoas que receberam as partes do quebra-cabeça para virem à
frente e montá-lo. Pode ser montado no chão e depois colado no cartaz que já
está exposto. Enquanto montam o painel, pode-se repetir a música anterior ou
cantar outra à escolha. O painel ficará assim:

EM DEUS, SOMOS UM SÓ CORAÇÃO

- Conversar com a turma sobre o sentido do painel.

4. RITOS FINAIS
- D: Convidar a turma para rezar o Pai-nosso, de mãos dadas.
- D: Dar a bênção final:
- D: O Senhor esteja convosco.
- T: Ele está no meio de nós.
- D: Abençoe-nos o Deus todo poderoso – Pai, Filho e Espírito Santo.
- T: Amém!
- Canto final: à escolha.

Fazer confraternização. Motivar para a próxima etapa.


Terceira Etapa
Compreendendo a fraqueza humana
O primeiro fundamento de nossa fé é compreender quem é Deus e como ele
nos ama e nos criou para a vida plena. Mais que compreender, desejamos que os
catequizandos possam experimentar o amor de Deus e a beleza da vida.
Mas não vamos nos iludir. Na vida, nem tudo são flores, e isso já foi sinalizado
nas etapas anteriores. Então, vamos tratar nessa etapa e na próxima de uma realidade
muito importante e que precisa ser bem compreendida. Falaremos da fraqueza
humana e do pecado. Nas duas etapas anteriores, buscávamos compreender quem é
Deus, fazendo uma experiência de seu amor. Agora queremos compreender quem
somos nós, pois todo dia fazemos a experiência de nossas fraquezas e limitações. Já
falamos do lado bonito da criação, da beleza da vida. Mas a vida não se resume
nisso.
Nossa experiência nos diz que há coisas realmente ruins na vida. O mal está
muito presente, a ponto de nos sentirmos perplexos diante de alguns fatos. Quem não
entende o mistério da fraqueza humana acaba perdendo as esperanças e a motivação
para enfrentar os problemas da vida. Há gente que até pensa que a culpa é de Deus,
que criou o mundo assim mesmo, marcado pelo pecado e pelo sofrimento.
Nessas duas etapas, não somente vamos procurar entender o que é o pecado e
qual o impacto dele em nossa vida e no mundo, mas vamos aprender também como é
importante vencer o pecado, e não deixar que nossas fraquezas nos dominem. O
entendimento desses assuntos é fundamental no processo de evangelização. Se Deus
nos ama, de onde vem o pecado? Se queremos viver no amor de Deus, como vamos
lidar com a fraqueza humana? É a essas indagações que vamos responder.
Sugerimos nessa etapa e na próxima que o catequista ensine aos catequizandos
a oração do ato de contrição. Há várias versões dessa oração, para serem guardadas
de cor, isto é, no coração. As crianças podem ser incentivadas a rezar o ato de
contrição sempre antes de dormir. Podem também aprender a rezá-lo de modo
espontâneo. O importante em um ato de contrição é reconhecer o amor de Deus e
pedir confiante a força dele para vencermos nossas fraquezas, dizendo sempre sim à
Palavra de Deus.
1º Encontro

NÃO É BOM AFASTAR-SE DE DEUS

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a todos com alegria e disposição. Cantar. Sugerimos a música no 8.
- Convidar cada um a acolher os companheiros com um abraço de paz. Se oportuno,
cantar algo animado.
- Criar clima de oração. Fazer silêncio e convidar a turma a fazer preces espontâneas,
invocando a presença de Deus Pai. Pedir sua ajuda para que todos tenham uma vida
mais feliz. Depois de cada prece, todos poderão responder: “Venha nos ajudar, ó
Deus de amor”. O catequista poderá iniciar, conforme sugestões:
- Venha, Senhor, nos ajudar em nossas dificuldades.
- Venha, Senhor, nos ajudar a viver em paz.
- Encerrar rezando, de mãos dadas, o Pai-Nosso, lembrando como a presença do Pai
Celeste é importante para uma vida feliz.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Nessa etapa que estamos iniciando, vamos aprender que, apesar de sermos
filhos de Deus, que nos ama tanto e nos criou para a vida plena, temos uma tendência
muito forte a desobedecer a Deus. É uma espécie de teimosia interna, que insiste em
nos afastar de Deus e do que ele nos ensina. A isso, nós chamamos de fraqueza. Por
causa da fraqueza, surge o pecado. Ou melhor, por causa desse teimoso não que
damos a Deus, acabamos fazendo muita coisa que não é boa. Isso é o pecado. E o
pecado causa muitos estragos. Tudo começa quando a gente se afasta de Deus,
dizendo não para ele. É o que vai nos mostrar o texto que ouviremos.

Texto: Jr 7,23-28
Foi esta a única ordem que lhes dei: “Escutem minha voz. Serei o seu Deus e
vocês serão o meu povo. Sigam sempre o caminho que eu lhes indicar, a fim de
serem felizes”. Eles, porém, não escutaram, nem prestaram ouvidos, preferindo
teimar e seguir os maus conselhos de seus corações endurecidos. E voltaram-me as
costas em vez de me apresentarem seus rostos. Desde então, tenho enviado a eles os
meus servos – os profetas. Todos os dias, sem cessar, os enviei. Eles, porém, não
escutaram os profetas, nem lhes deram atenção. Ao contrário, endureceram ainda
mais o coração, numa grande teimosia, e procederam pior que antes. Quando tudo
isto lhes for transmitido, também não escutarão. Serão chamados, mas não darão
resposta. Então se dirá: “Este é um povo teimoso, que não escuta a voz do Senhor
seu Deus e não aceita suas advertências. A obediência desapareceu, foi eliminada de
suas vidas”.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• De acordo com o texto, qual o pedido que Deus fez ao povo?
• E como o povo reagiu ao pedido de Deus?
• Para você, o que é voltar as costas para Deus?

Aprofundamento
- Uma grande verdade está sendo mostrada pela Palavra de Deus. Se Deus é o
nosso criador, nós precisamos dele para viver felizes. Deus nos conhece
melhor que nós mesmos e sabe, melhor que ninguém, o que é importante para
a nossa felicidade. Por isso, a pessoa que realmente deseja ser feliz precisa ter
o bom senso de ouvir o que Deus tem a dizer.
- Os ensinamentos de Deus são muito importantes para nos ajudar na vida. A
presença de Deus traz paz aos nossos corações – uma paz verdadeira e
profunda. Quem dá uma de joão-teimoso e se afasta de Deus acaba se
tornando uma pessoa menos feliz. Tem menos paz, menos alegria, menos
esperança diante da vida e menos força para superar suas dificuldades. E
ainda tem menos sabedoria para tomar suas decisões e realizar suas opções.
Por isso, não é bom a gente se afastar de Deus.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Colocar uma Bíblia aberta sobre um pequeno altar e dispor a turma em volta.
- Explicar que a Bíblia Sagrada contém os ensinamentos de Deus para a nossa
vida. Deus, que nos deu a vida, nos ensina como vivê-la do melhor modo.
Então, a melhor maneira de viver bem a vida é estar sempre atento à Palavra
de Deus, obedecendo ao que ele nos diz. Mas, muitas vezes, a gente é teimoso
e, em vez de acolher o que Deus nos diz, a gente volta as costas para Deus,
como disse o texto bíblico.
- Convidar a turma a virar-se de costas para o altar onde está a Bíblia.
- Explicar que, às vezes, a gente vive assim: de costas para a Palavra de Deus,
de costas para Deus. Conversar sobre isso: O que significa viver de costas
para Deus? O que acontece com quem se afasta assim de Deus e dos seus
ensinamentos? Por que a gente se volta contra Deus?
- Cantar a música no 15: Deus nos criou. Sugerimos cantar essa música, ainda
de costas para o altar. Desvirar, voltando-se para a Bíblia Sagrada, quando a
música disser: “E então, se você quer ser feliz, volte logo para Deus e escute
a sua voz”.

Conclusão
Deus é amor. Deus nos criou para a vida. Deus é nosso Pai do Céu. Deus quer
o melhor para nós. Tudo isso é muito bonito. Mas, se a gente teimar e se afastar de
Deus, voltando as costas para ele, nossa vida perde a graça. Quem vive de costas
para Deus se afasta de seus caminhos e se perde pela vida afora. Quando agimos
assim, o mal entra em nosso coração e estraga nossa vida. Por isso é tão importante
nos esforçarmos para viver unidos a Deus e atentos aos seus ensinamentos. E nada de
teimosia! Quem é inteligente volta o rosto para Deus e não as costas. Quem é
inteligente está sempre de olho no amor de Deus e nos caminhos da vida que ele nos
aponta.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Convidar para estender as mãos na direção da Bíblia Sagrada, que está sobre
o altar e rezar: Deus, nosso Pai, queremos viver sempre unidos ao Senhor e
sempre atentos aos seus ensinamentos, para que nossa vida seja alegre e feliz
e a gente ajude todo mundo a viver em paz. Dê-nos, força, Senhor, para
nunca nos afastarmos de sua Palavra. Amém.
- Cantar. Sugerimos repetir a música anterior, no 15.
- Motivar a turma para o próximo encontro.

Dicas para o catequista


- Estamos introduzindo um tema difícil: o pecado. É preciso ter muita cautela para
falar sobre isso. Preferimos começar falando da fraqueza humana para depois
chegar ao pecado. Por vezes, traduzimos expressões da Escritura que falam dessa
realidade por teimosia, uma expressão de fácil compreensão para as crianças.
Falamos de um teimoso não que a gente dá a Deus, preferindo seguir nossa própria
cabeça e não as orientações dele. Mas pareceu-nos também importante usar os
termos fraqueza e pecado. São expressões tão freqüentes na Igreja e na Bíblia que
não há como evitá-las. Explicando direitinho, dá para a criança entender essa
realidade tão próxima de nós.
- O catequista tome cuidado para não colocar algumas visões distorcidas do pecado.
Por exemplo: o pecado como ofensa a Deus. Isso não é lá tão coerente. É certo que
o pecado não agrada a Deus, mas ele ofende quem o pratica, que fica dominado por
suas fraquezas, e quem é vítima dele. Deus só é afetado indiretamente, uma vez que
quer o nosso bem, a nossa felicidade. Outro exemplo é o pecado por pensamento.
Pensar não é pecado. O pensamente é algo involuntário, não consentido na maioria
das vezes. Outra coisa é arquitetar planos. Aí já há consentimento. Como disse um
sábio: uma coisa é um urubu voar sobre nossas cabeças. Não há como evitar. Outra
coisa é deixar que ele faça ninho. Isso já depende de nós.

2º Encontro

TODOS NÓS TEMOS FRAQUEZAS

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com toda a disposição. Cantar música animada, à escolha.
- Sossegar a turma, criando clima de oração.
- Recordar o tema do encontro anterior, motivando a turma a cultivar sempre a
união com Deus, não deixando que nada nos afaste dele.
- Rezar o Pai-Nosso com as mãos erguidas, lembrando nossa entrega confiante
nas mãos de Deus.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Vamos ouvir um texto bíblico em que o apóstolo Paulo vem falar de suas
fraquezas. Ele confessa humildemente que, muitas vezes, suas fraquezas o levaram a
fazer coisas que ele jamais gostaria de ter feito. Vamos refletir sobre isso e entender
o que é mesmo a fraqueza humana e como ela nos leva a ficar teimosos com as
coisas de Deus.

Texto: Rm 7,14-24
Eu sei que a Lei de Deus é perfeita, mas eu sou fraco, sujeito a erros. Não
entendo mesmo o que faço, pois não faço o que quero; faço o que detesto. E, se faço
o que não quero, reconheço que as coisas que Deus me ensina são boas, mas não
consigo colocá-las em prática. Então, já não sou eu quem está agindo. A fraqueza
que está em mim é que me leva a agir de modo diferente do que Deus me ensina.
Consigo querer o bem, mas nem sempre consigo fazê-lo. Não faço o bem que quero,
mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, estou sendo guiado pela
minha teimosia. Encontro, pois, em mim essa triste realidade: quando quero fazer o
bem, acabo fazendo o mal. Amo a Lei de Deus do fundo do meu coração, mas sinto
que há em mim uma outra lei: uma fraqueza imensa que me leva a pecar.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• O apóstolo Paulo diz, no texto, que ama a lei de Deus, mas se sente fraco,
sujeito a erros. O que você acha disso? Convivendo com as pessoas, e olhando
para você mesmo, você diria que as pessoas são perfeitas e acertam sempre em
tudo o que fazem? Ou será que a gente está sujeito a cometer erros?
• Paulo diz também que muitas vezes acaba fazendo coisas erradas que no fundo
ele não queria fazer. Mas se descontrola e acaba fazendo. Será que a gente
sempre faz exatamente o que quer? Você alguma vez já se sentiu meio fora de
controle, por exemplo, num momento de raiva, e acabou fazendo alguma coisa
meio sem querer... e depois se arrependeu, como Paulo?
• Paulo diz também que ama a Lei de Deus e gostaria de sempre fazer o bem.
Mas nem sempre consegue? Por que será que a gente nem sempre consegue
fazer as coisas que sabe que são certas e acaba fazendo coisas que não são
boas? Será porque a gente gosta de fazer coisas erradas? Será que as pessoas
erram porque gostam de errar? Ou porque são fracas e se descontrolam?

Aprofundamento
- Hoje, vamos entender uma coisa muito importante. Toda pessoa tem
fraquezas. Que significa isso? Mesmo sendo imagem e semelhança de Deus,
nós não somos perfeitos. Deus é perfeito. A gente não. Nós não somos Deus,
apenas somos semelhantes a ele. Mas temos muitas fraquezas.
- Que são fraquezas? São limitações, pontos fracos, que nos levam a fazer
coisas que não são boas. Deus nos ensina o que é bom, mas uma certa
teimosia surge dentro de nós e acabamos fazendo tudo diferente do que Deus
ensina e a gente sabe que é certo. Por que a gente age assim? Porque somos
fracos.
- Por isso, Paulo dizia no texto que se sentia meio estranho. Ele sabia o que é
certo e o que agrada a Deus, mas nem sempre conseguia fazer tudo o que
queria, do modo como queria. Muitas vezes ele se descontrolava e acabava
fazendo coisas que ele sabia que não eram boas. A gente descuida e a
fraqueza provoca esse descontrole em nós. É preciso ficar atento.
- Já viram uma pessoa com raiva, por exemplo? Ela fica totalmente fora de
controle. Fica agitada, briga, xinga, fala alto, fica vermelha de raiva. Muitas
vezes, na hora da raiva, a pessoa faz alguma coisa que não devia. A raiva é
uma fraqueza humana que nos descontrola e nos leva a agir de modo
estranho. Quando a raiva passa, a gente volta ao normal e pensa como Paulo:
Meu Deus, como foi que eu fiz isso? E a gente se arrepende.
- Então, vamos guardar isso. Não somos perfeitos. Temos fraquezas. Sentimos
raiva. Temos ciúmes. Sentimos inveja. Ficamos cansados. Ficamos chateados
com certas coisas. Temos contrariedades. Ficamos revoltados. Tudo isso é
sinal de que alguma coisa em nós não vai bem. Temos defeitos, erramos
algumas vezes, mesmo sem querer. Estamos sujeitos a perder o controle de
nós mesmos e fazer coisas que a gente nem pensava que fosse fazer. Tudo
isso acontece porque somos fracos.
- Sabendo, porém, que somos fracos, a gente fica mais esperto para evitar
certas coisas. Deus nos dá força para a gente perceber os próprios erros e nos
controlar para não fazer muita besteira. As fraquezas não devem servir de
desculpa para a gente sair por aí fazendo tudo errado. Deus nos ajuda a
conviver com nossas fraquezas, mantendo certo controle. Vale a pena ficar
atento.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Convidar as crianças para ouvir uma história, prestando bastante atenção,
para ver se percebem as fraquezas dos personagens envolvidos. O catequista
pode contar a história. Ou pode distribuir folhas para que a turma, dividida
em grupos, leia a história. Nesse caso, seria bom colocar duas ou três
perguntas para cada equipe responder, fazendo um debate. Ou pedir que eles
imaginem outro final diferente para a história, de modo que a fraqueza das
pessoas envolvidas não gerasse tanta confusão.

BRIGA DE RUA
Quito era um desses meninos esquentados, que gostam de brigar por
qualquer coisa. Por quase nada, quase explodia de raiva. Seus olhos ficavam
arregalados. Seu rosto ficava vermelho. Seus lábios tremiam e ele até
gaguejava de tanta raiva. E isso por uma coisinha de nada. Já havia brigado
com todos os irmãos, com todos os colegas da escola, com os pais, com a
professora e com mais um tantão de gente.
Certo dia, Quito estava na rua, batendo bola – coisa que ele gostava de
fazer. Nisto, veio passando Tânia, uma menina da vizinhança, acompanhada
de outras colegas. Elas voltavam da escola, com um monte de cadernos e
livros nas mãos. Vinham no passeio, tranquilamente, quando uma bolada
pegou de cheio nas mãos de Tânia e voou caderno pra todo lado.
Tânia e suas colegas se encheram de raiva e puseram-se a insultar o
garoto. E gritavam, provocando:
- Quito, periquito! Perna de mosquito!
O menino, ouvindo os gritos, se enfureceu, tremeu de raiva e deu mais
uma bolada nas meninas, ameaçando-as, como se quisesse briga.
Kadu – que era irmão de Tânia –, ouvindo a confusão, veio correndo e
já chegou com raiva e querendo brigar.
- Vê se você é homem de brigar comigo e não com minha irmã.
Quito sentiu-se provocado e atirou a bola em Kadu. Furiosos, os dois se
agarraram, como se um quisesse esmagar o outro e rolaram pelo chão.
E foi tanto pescoção que os dois foram parar no hospital. E ainda
ganharam uma semana de castigo, para aprenderem a se controlar na hora da
raiva.

Questões para partilhar:


• Quito era um menino perfeito ou tinha fraqueza? E os outros personagens da
história? Será que agiram bem ou também mostraram suas fraquezas?
• Como a fraqueza deles se manifestou?
• Quito poderia ter se controlado e evitado tanta confusão? E os outros
personagens, poderiam também ter agido de outra forma?
• Essa história poderia ter terminado melhor? O que você sugere para que a
história tenha um final feliz?
Conclusão
É muito importante saber que a gente tem fraquezas e que é preciso fazer um
esforço para manter o controle. Não podemos, como se diz, perder a cabeça diante de
qualquer situação. Somos imagem e semelhança de Deus, criados para uma vida
bela. Não podemos deixar que as fraquezas estraguem a nossa vida. Isso supõe um
esforço constante para nos controlar: controlar nossos sentimentos, controlar nossas
emoções, controlar nossas ações. Quando a gente consegue se controlar, as fraquezas
não fazem tanto estrago. Mas, se a gente não se esforçar, as fraquezas nos levam a
agir de modo descontrolado, causando grandes confusões.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Lembrar que, se todos temos fraquezas, Deus quer ser nossa força. Com a
força de Deus, a gente vence as fraquezas.
- Fazer preces espontâneas, pedindo a força de Deus. A resposta pode ser:
“Venha nos fortalecer, Senhor”. O catequista inicia, dando o exemplo:
• Venha nos ajudar, Senhor, em nossas dificuldades;
• Venha nos dar força, Senhor, para superarmos nossas fraquezas;
• Venha nos iluminar, Senhor, para percebermos em que devemos melhorar.
Etc.
- Cantar. Que tal a música no 18, suplicando a força de Deus para a nossa
caminhada?
- Encerrar, rezando o Pai-nosso.
- Motivar a turma para o próximo encontro.

Dicas para o catequista


- Esse módulo está recheado de histórias, especialmente esta etapa e a quarta.
Acontece que, como já dissemos antes, certas realidades são mais bem entendidas
por meio de analogias, de metáforas. É muito mais fácil uma criança assimilar a
realidade da fraqueza e do pecado por meio de uma história que por meio de
especulações filosófico-teológicas. Lembre-se: a catequese é algo narrativo, vivido,
experimentado. Não algo doutrinário, intelectual ou legalista. Cuide o catequista
para que as histórias sejam bem contadas, com ânimo e vivacidade.
- Quando falamos de controlar nossas fraquezas, entenda sempre o catequista que é
contando com a graça de Deus que age em nós. A teologia católica sempre insiste
na graça, caso contrário cairíamos no pelagianismo – uma heresia que Agostinho
tanto combateu e que afirmava que o esforço humano era bastante para a salvação.
3º Encontro

NOSSA FRAQUEZA NOS LEVA A


PECAR

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com toda a empolgação. Cantar música animada, à escolha.
- Fazer o Sinal da Cruz, criando clima de oração. Motivar: Já vimos que temos
fraquezas e precisamos aceitá-las e assumi-las com coragem. Caso contrário,
elas acabam estragando nossa vida e nos tornando pessimistas e amargos
diante do mundo e das pessoas. Para que as muitas fraquezas não estraguem
nossa vida, precisamos entregar nosso caminho a Deus. Dele vem a força que
nos anima e o amor que nos sustenta. O mundo nos oferece caminhos demais.
Mas só o caminho de Deus nos conduz à felicidade. Só Deus pode encher
nosso coração de paz e amor.
- Convidar a turma para fazer preces espontâneas, entregando a Deus sua vida.
Depois de cada prece, todos responderão: “Ó Deus, só no Senhor encontro a
paz”. O catequista poderá iniciar, conforme sugestão:
- Quero te entregar, ó Deus, minha vida, porque no Senhor eu encontro
proteção.
- Quero te entregar toda minha vida, porque no Senhor está a salvação.
- Eu te entrego, ó Pai, minhas fraquezas, porque acredito na sua
misericórdia.
- Eu te entrego também minhas dificuldades, porque confio em sua ajuda.
- Encerrar, cantando a música no 18, lembrando que a força de Deus nos ajuda
em todos os momentos.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
No encontro anterior, entendemos o que são as nossas fraquezas. Hoje, veremos
o que é o pecado. São coisas parecidas, mas diferentes. E é importante saber a
diferença entre fraqueza e pecado. Vamos ouvir um texto bíblico que fala do pecado.

Texto: 1Jo 1,6-10


Se dissermos que somos amigos de Deus, mas caminhamos nas trevas, estamos
mentindo e não praticamos a verdade. Mas, se caminhamos na luz, como Deus está
na luz, então somos amigos uns dos outros e Deus nos purifica de todo pecado.
Se dissermos que não temos pecado, estamos enganando a nós mesmos e a
verdade não está em nós. Se reconhecemos nossos pecados, Deus está junto de nós,
fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de todo mal. Se dissermos que nunca
pecamos, estamos negando a Palavra de Deus e dizendo que Deus é um mentiroso.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Sugerimos deixar a partilha para depois do aprofundamento.

Aprofundamento
- Agora, a Bíblia nos traz outra questão: o pecado. Todos nós já devemos ter
ouvido essa palavra. Mas o que será que ela significa mesmo? É o que
queremos entender nesse encontro.
- Para começo de conversa, vamos ver que existe uma diferença entre fraqueza
e pecado. Fraqueza é uma coisa que existe em nós, independente de nossa
vontade. Querendo ou não, todas as pessoas têm suas fraquezas e limitações.
Por exemplo: querendo ou não, todo mundo vai, pelo menos alguma vez na
vida, sentir raiva em alguma situação. Pode ser a pessoa mais calma. Um dia,
em alguma situação, ela vai se irritar, porque a situação foi além do limite de
tolerância dela: é a fraqueza de cada um.
- Já o pecado é uma coisa errada que a gente faz. Esse depende mais de nossa
vontade. Pecamos quando fazemos algo que não devíamos fazer. Ou quando
deixamos de fazer algo que devíamos fazer. O pecado é sempre uma ação que
a gente podia evitar, mas não conseguiu. E nem sempre a gente consegue
evitar todas as más ações.
- Por isso, o texto bíblico diz que quem afirma que não tem nenhum pecado
está mentindo. É que, por sermos fracos, acabamos sempre fazendo alguma
coisa errada. Não existe uma única pessoa que consiga se controlar o tempo
todo e só fazer o que é certo. A gente acaba errando.
- É claro que quanto menos errar melhor. Por isso, os pecados devem ser
evitados. Evitar as fraquezas, a gente não consegue, porque elas fazem parte
de nossa vida. Mas a gente pode evitar o pecado. Como? Fazendo um grande
esforço para nos controlar e não deixar que nossas fraquezas nos levem a
fazer coisas erradas.
- Vejamos um exemplo: Você pode um dia estar irritado e com raiva. Isso é
fraqueza. Mas não precisa por isso sair por aí brigando com todo mundo,
xingando seus amigos e quebrando as coisas pela casa afora. Isso já seria
pecado. O que você sente é fraqueza. O que você faz de errado é pecado.
Assim fica fácil de entender.
- A fraqueza deve ser controlada. O pecado deve ser perdoado. Por isso, a
Bíblia diz que, se a gente reconhece os nossos pecados, Deus nos perdoa e
nos purifica de todo mal. Quando a gente erra, é bom pedir perdão. Se você,
por exemplo, na hora da raiva, ofende um amigo, será bom depois pedir
desculpas. Assim a gente vence os pecados. E Deus nos ajuda. Ele nos
ilumina e fortalece para que a gente evite os pecados. Mas, se a gente perder
o controle, e fizer algo errado, ele nos perdoa. Além do mais, é ele quem nos
ensina a pedir perdão aos outros e a perdoar os que erram contra nós. É assim
que a gente vai vencendo o pecado, numa luta constante para nos controlar e
não deixar que as fraquezas nos levem a fazer muita coisa errada. Porque
essas coisas erradas – que chamamos de pecado – estragam a nossa vida.

Partilha
• Você entendeu a diferença entre fraqueza e pecado?
• O que é a fraqueza? O que é o pecado?
• Como podemos vencer os pecados?
• Por que o perdão é importante?

4. ATIVIDADE
Sugestão
- Que tal fazer uma espécie de gincana, para ver se a turma entendeu a
diferença entre pecado e fraqueza? Dividir a turma em duas equipes. O
catequista apresentará algumas situações concretas e a turma terá que dizer se
é pecado ou fraqueza. Quem acertar ganha pontos. Anotar os pontos de cada
equipe, para ver quem acerta mais. Cada equipe, diante da situação proposta,
pode debater a questão até chegar a um consenso sobre a resposta. Ou pode
votar pela maioria, pedindo que levantem a mão os que achem que
determinada resposta seja a correta. Sortear a equipe que vai começar
respondendo e dirigir as perguntas cada vez a uma equipe.
- Sugestões de situações concretas:
• Marcos ficou com muita raiva de seu colega que o chamou por um
apelido de que ele não gosta. Vendo que estava irritado, Marcos foi dar
uma volta no pátio da escola para esfriar a cabeça. Fraqueza ou pecado?
(Fraqueza)
• Marcela ficou muito triste, porque sua mãe não permitiu que ela fosse
sozinha a uma festa. Vendo que estava para perder o controle, entrou
para o seu quarto e foi ouvir música até a tristeza passar. Fraqueza ou
pecado? (Fraqueza)
• Maria se irritou com sua avó que, já velhinha, anda bastante enjoada.
Então, quando a avó ia se sentar, Maria puxou a cadeira e a avó caiu no
chão. Fraqueza ou pecado? (Pecado)
• A avó de Maria ficou chateada com a neta e deu nela uma grande surra,
para se vingar. Fraqueza ou pecado? (Pecado)
• A mãe de Maria também se irritou com tudo aquilo e sentiu vontade de
xingar todo mundo. Mas preferiu conversar com a avó, para acalmá-la e
deu conselhos à filha, para que nunca mais fizesse isso e, ainda por cima,
pedisse perdão à sua avó. Fraqueza ou pecado? (Fraqueza)
• Júlio estava morrendo de ciúmes de seu amigo, que ganhou de presente
no Natal um lindo carrinho. Então, ele foi à casa do colega e quebrou
todo o carrinho, numa hora em que o colega estava distraído. Fraqueza
ou pecado? (Pecado)
• Ana também estava cheia de ciúmes de sua colega que havia ganhado
uma boneca enorme. Mas preferiu conversar com sua mãe sobre o
assunto. A mãe explicou que ciúme não leva a nada e que, quem sabe
depois, Ana também ganharia uma boneca? Fraqueza ou pecado?
(Fraqueza)
• Sofia tirou nota baixa na prova de matemática. Ficou muito chateada,
pois tinha estudado tanto. Ela acha que a professora não colaborou. Então
Sofia tomou uma decisão: na próxima prova, vai estudar ainda mais e
tirar a melhor nota possível. Fraqueza ou pecado? (Fraqueza)
• Maria também tirou nota muito baixa, só que de português. Ela não se
conformou e ficou muito irritada. Então, depois da aula, jogou pedra na
escola e quebrou uma vidraça. Fraqueza ou pecado? (Pecado)
• Carlos sente muita raiva e revolta porque seu vizinho, que nem é seu
amigo, tem muitos brinquedos, enquanto ele, sendo de família mais
pobre, não tem nenhum. Então, muito revoltado, ele entrou escondido, à
noite, na casa de seu vizinho, pulando por uma janela, e roubou muitos
brinquedos. Fraqueza ou pecado? (Pecado)
- O catequista poderá propor outras situações.
Conclusão
Então, vamos deixar bem claro. Uma coisa é a fraqueza humana. Outra coisa é
o pecado. Fraqueza é coisa que todo mundo sempre vai ter, embora deva se esforçar
para manter o controle. Já o pecado é uma coisa errada que a gente faz. A gente deve
evitar fazer coisas erradas. Mas se já fez, o remédio para o pecado é o perdão. Todo
mundo erra. Mas a gente é responsável pelo que faz de errado e precisa consertar os
erros que comete. A gente vence o pecado assim: pedindo perdão e consertando os
erros. Vimos que a vida é bela. Mas, para que se mantenha assim, a gente tem que
seguir algumas regras. O fato de sermos fracos não nos dispensa de seguir as regras
da vida, ao contrário, reforça-as mais ainda. Deus, em seu amor, nos ensina regras
importantes para vivermos bem, em harmonia com as pessoas e com o mundo que
nos cerca. Pecamos quando deixamos que as fraquezas nos levem a descumprir as
regras da vida. A teimosia contra essas regras não nos leva a nada. Só complica as
coisas.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Sossegar a turma para rezar.
- Motivar: Todas as vezes em que nos vem aquela terrível fraqueza, ou nos dá
aquela vontade de fazer algo que não é bom, mesmo sabendo que não presta,
e a gente se deixa dominar por isso, então pecamos. Nós já sabemos o que é
bom, o que faz a vida mais bonita e mais feliz. Se a gente teima e desobedece,
então aí está o pecado. Só mesmo pedindo perdão a Deus e contando com sua
força para não errar de novo. Assim, vamos fechar os olhos e pensar em tudo
aquilo que a gente já fez que não foi bacana: na nossa casa, na escola, na
comunidade, na rua. Deus que é bom vai nos perdoar e nos dar força para não
repetir os mesmos erros. (Fazer momento de silêncio. Que tal um fundo
musical suave?)
- Repetir juntos: Meu Deus e meu Pai, eu te agradeço porque o Senhor me ama
e me ajuda sempre. Peço sua força para vencer minhas fraquezas e superar
toda teimosia que há em mim. Venha me ajudar com sua luz e me perdoar
pelas vezes que errei. Prometo me esforçar para melhorar cada vez mais.
Amém!
- Motivar para o próximo encontro e despedir-se da turma.

Dicas para o catequista


- Sugerimos repartir com cada criança uma folha com a oração acima – uma
espécie de ato de contrição –, para que rezem em casa também, até que
saibam de cor. Há outros modelos que o catequista pode escolher, mas
lembramos que alguns atos de contrição têm um teor que não combina bem
com o que ensinamos. São teologicamente inadequados, com uma linguagem
que precisa ser superada. Alguns falam do pecado como ofensa a Deus,
outros falam que merecemos castigo pelo pecado, ou falam do fogo do
inferno. Esses devem ser evitados, já que propomos uma catequese que forme
a pessoa para o exercício livre e consciente de sua fé. Não vale aqui a
pedagogia do medo.
- Muito importante é rezar o ato de contrição de modo espontâneo,
reconhecendo-se fraco e pecador diante de Deus, pedindo e agradecendo o
perdão divino e prometendo esforçar-se para evitar o pecado. O catequista
deve incentivar.

4º Encontro

O PECADO ESTRAGA NOSSA VIDA

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Chegar antes da turma, preparar o local e receber a todos com alegria.
- Cantar algo bem animado, recordando o amor de Deus.
- Introduzir a turma no assunto: Estamos refletindo sobre nossas fraquezas e
nossos pecados. Queremos, com isso, conhecer bem nossos pontos fracos,
para vencê-los com a ajuda de Deus. Graças a Deus, não somos escravos do
pecado. Nós o vencemos, porque Deus caminha conosco e nos dá sua força.
- Cantar. Sugerimos a música no 12.
- Terminada a música, convidar cada um a colocar a mão no ombro de quem
estiver a seu lado, formando pares. Dois a dois, um deverá rezar pelo outro,
pedindo a Deus que o abençoe e proteja contra todo mal. Repetir com o
catequista: Abençoe, Senhor, cada um de nós. Ilumine nossa vida. Dê-nos
perseverança e força, para lutarmos juntos contra todo mal, para que as
nossas fraquezas não nos levem a pecar. Queremos permanecer firmes e fiéis
no seu amor. Por isso, pedimos sua ajuda. Amém.
- Que tal cantar a música no 17, pedindo a Deus que proteja nossas famílias dos
pecados que a ameaçam?

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Vamos ouvir hoje uma leitura tirada do livro do profeta Isaías, que nos mostra
como o pecado estraga a vida das pessoas. O povo estava sofrendo e pensava que a
culpa era de Deus que parecia não querer socorrer o povo. O profeta vai explicar,
então, que a culpa não era de Deus. O problema era outro bem diferente.

Texto: Is 59,l-4.8-9a
Não culpem a Deus pela infelicidade de vocês. Não digam que Deus lhes tem
negado o socorro. Não pensem que ele tem se recusado a ouvir seus apelos. São seus
pecados que colocaram uma barreira entre vocês e Deus. Por causa desses pecados é
que vocês se sentem afastados de Deus.
Suas mãos só fazem violência e cometem falhas; seus lábios só dizem mentiras
e conversas maliciosas. Ninguém defende aquilo que é bom e correto; ninguém tem
reta intenção. Vocês mentem para conseguir o que querem, passando os outros para
trás; vocês incentivam a intriga e a discórdia. Vocês fogem do caminho da paz e
seguem caminhos errados onde não há felicidade. É por isso que a paz fica distante
de vocês. E a felicidade não vem aos seus corações.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• De acordo com esse texto, por que o povo estava infeliz?
• Que foi que colocou uma barreira entre o povo e Deus?
• Alguma vez você já cometeu algum erro que tenha prejudicado você mesmo e
lhe causado arrependimento?
• Na sua opinião, quando a gente erra e se afasta do caminho da paz, quando a
gente começa a fazer aquilo que é mau, quem sai prejudicado em primeiro
lugar: Deus, os outros ou a gente mesmo?
• Vamos lembrar alguns pecados que o texto cita?

Aprofundamento
- Muitas pessoas pensam que quando pecam, fazendo coisas erradas, estão
ofendendo e entristecendo a Deus. Na verdade, quem sai prejudicado pelo
pecado, em primeiro lugar, somos nós mesmos. Foi isso que a Palavra de
Deus nos mostrou.
- Quando eu me afasto de Deus, abandono o caminho da felicidade e começo a
fazer tudo errado. Então, eu prejudico a mim mesmo e estrago minha própria
vida. Quem pratica o mal atrai o mal para si. Quem pratica o bem atrai o bem
para si. O pecado que eu faço entristece e estraga minha própria vida.
- Por isso, quem é inteligente procura se manter unido a Deus, fazendo o que é
bom, controlando suas fraquezas e evitando o mal. Quem age assim está
construindo a própria felicidade. Nesse texto, não estamos falando apenas das
fraquezas, mas dos pecados mesmo. Quando a gente não consegue controlar
nossas fraquezas e passa a agir de modo descontrolado, praticando o mal, as
conseqüências logo surgem, porque o pecado estraga a nossa vida.
- O texto que ouvimos fala de diversos pecados: violência, mentiras, conversas
maliciosas, não defender o que é bom e correto, agir com má intenção, passar
os outros para trás, incentivar a intriga e a discórdia, fugir do caminho da paz,
seguir caminhos errados e por aí vai. Vivendo desse modo, nossa vida não
pode ser boa. Deus nos ama e quer o melhor para nós, mas, se ficarmos
teimosos nos afastando dele e começarmos a fazer essas coisas todas, a vida
vai perdendo o seu brilho. Vai ficando uma vida ruim. E assim não dá pra ser
feliz.

3. ATIVIDADE
Sugestão 1
- Expor diante da turma dois galhos: um seco e um verde. Eles podem estar em
vasos com areia, principalmente para o galho verde não murchar. É só
colocar um pouco de água na areia.
- Comparar os dois galhos com a vida de cada pessoa. O galho verde representa
a pessoa que, mesmo sendo fraca, consegue se manter unida a Deus e não
permite que as fraquezas estraguem sua vida. O galho seco representa a
pessoa que se afasta de Deus e, com isso, perde a capacidade de enfrentar as
fraquezas. Essa pessoa passa a cometer muitos pecados, como disse o profeta
Isaías. E esses pecados estragam a vida da pessoa e fazem secar sua fé, sua
alegria, sua vida, enfim.
- A turma poderia montar dois cartazes: um com as coisas que nos ajudam a
nos manter como galhos verdes e vivos; outro com as coisas que nos
atrapalham e fazem nossa vida secar.

Sugestão 2
- Fazer uma palavra cruzada sobre o texto. Sugerimos a seguinte:
1. Sentimento que nos deixa desanimados e que nos leva a não ter gosto
pelos compromissos com Deus. (PREGUIÇA)
2. Pecado muito comum que provoca a agressividade entre as pessoas,
colocando uns contra os outros, sem se importar se o outro está sofrendo
ou não. A pessoa que tem esse pecado não se importa com o sofrimento
dos outros. (VIOLÊNCIA)
3. O que acontece com a nossa vida – nossa fé, nossa alegria, nossa
esperança, nossa coragem de viver – quando nossa vida está cheia de
pecados. (SECA)
4. Pecado que leva uma pessoa a passar os outros para trás, prejudicando a
vida do outro, sem levar em conta se está agindo certo ou errado.
(INJUSTIÇA)
5. Pessoa que nos ama muito e quer nos ajudar a vencer os nossos pecados.
(DEUS)
6. Pecado que gera divisão, faz as pessoas se desentenderem e se tornarem
inimigas. (DISCÓRDIA)

Conclusão
Estamos entendendo hoje as conseqüências do pecado em nossa vida. Já
entendemos que pecado é diferente de fraqueza. Fraqueza todos temos. É natural do
ser humano. Mas elas precisam ser de alguma forma controladas. A fé nos ajuda
nessa tarefa. Quando perdemos esse controle, nossas fraquezas nos levam a pecar,
fazendo coisas que estragam a nossa vida. O que o pecado pode trazer de bom?
Nada. O que a violência, a discórdia, a injustiça podem fazer por um mundo melhor?
Nada. É por isso que insistimos em dizer que o pecado sempre é algo que estraga,
que atrapalha, que nos impede de viver a vida plena. Além de conhecer a Deus e
saber que Deus nos ama, precisamos saber que somos fracos. E tomar cuidado para
que essas fraquezas não estraguem nossa vida. Mas é bom lembrar: Deus, que nos
ama tanto, está sempre disposto a nos ajudar a vencer as fraquezas e a superar nossos
pecados.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Pedir à turma que contemple os dois galhos: o vivo e o seco. Cada um poderá
pensar com qual galho se parece.
- Questionar: Você tem sido um galho vivo, unido a Deus? Ou tem deixado o
pecado destruir sua vida? Pense, num momento de silêncio.
- Meditar: Certamente já houve momentos em nossa vida em que a gente
pensou que valia a pena pecar, que o pecado é bom e que a gente tem que ser
esperto e passar os outros para trás. Mas hoje nós sabemos que o pecado não
faz a gente feliz. Ele destrói nossas alegrias mais profundas, mata a vida que
existe dentro de nós, afasta a gente cada vez mais do amor de Deus e de sua
salvação, além de prejudicar outras pessoas. Então, vamos deixar para trás
toda fraqueza e todo pecado. E vamos deixar que o amor de Deus guie nossos
passos na busca da verdadeira vida que Deus quer nos dar.
- Cantar. Sugerimos a música no 13, que fala da ilusão do pecado.
- Convidar para rezar o ato de contrição que já foi entregue à turma em
encontro anterior. O catequista pode também escrevê-lo em um cartaz, para
que todos rezem juntos, ao fim de cada encontro. É o melhor modo de
guardar de cor, isto é, de coração.
- Encerrar, cantando à escolha.
- Motivar para o próximo encontro.

Dicas para o catequista


- Estamos começando a mostrar os estragos que o pecado faz: o pecado estraga a
vida da gente, da família, da comunidade, etc. Essa organização seqüencial
gradativa é algo didático, só para facilitar a compreensão da criança. É claro que o
pecado não segue essa ordem tão certinha. Ele estraga tudo e pronto. Algumas
vezes afeta primeiramente outras pessoas para só depois afetar a gente. Mas
mantemos a concatenação dos estragos por fins pedagógicos.
- Ao falar do pecado, evite compará-lo com sujeira, impureza, mancha na alma ou
coisas assim. Essa linguagem complica mais que ajuda. Nem tente entrar ainda na
redenção de Cristo, na teologia da salvação, muito menos no sangue redentor de
Cristo. Haverá hora certa para este assunto: o módulo 2.

5º Encontro

O PECADO ESTRAGA A FAMÍLIA

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com entusiasmo. Relembrar o assunto do encontro anterior.
- Iniciar, cantando com ânimo a música no 13. Ou outra à escolha.
- Lembrar que Deus é um pai misericordioso que sempre quer nos ajudar a vencer
todo pecado para que o mal não estrague nossa vida.
- De mãos dadas, rezar o Pai-Nosso.
- Fazer preces espontâneas, pedindo o socorro e a força de Deus, para que cada
pessoa vença suas fraquezas. Combinar a resposta: “Ó Deus, venha nos socorrer”.
O catequista começa, conforme modelo.
• Ó Deus, quero lhe pedir proteção contra todo mal que possa ameaçar nossa
vida;
• Ó Deus, peço-lhe a paz para o nosso coração;
• Ó Deus, venha nos ajudar a lutar contra todo pecado.
- Encerrar, cantando a música no 18. Ou outra à escolha.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Vimos, no encontro anterior, que o pecado destrói a paz e a alegria que existem
dentro de nós. Mas isso não pára aí. Depois de destruir nossa paz, o pecado
transborda e estraga também nossa família. É o que a Bíblia vai nos mostrar,
contando a história de Caim e Abel. Ouçamos com atenção.
Texto: Gn 4,1-8
Era uma vez dois irmãos: Caim e Abel. Abel tornou-se pastor e Caim, lavrador.
Com o passar do tempo, Caim pôs-se a imaginar que Deus amava mais a seu
irmão Abel. E encheu-se de ciúme e ressentimento, pensando que a vida de Abel era
mais agradável a Deus que a sua.
Caim ficou extremamente irritado com isso e o seu semblante tornou-se
abatido. No seu íntimo, sentia que Deus o questionava: “Por que você está irado,
Caim? E por que está abatido o seu semblante? Se você praticar o bem, sem dúvida
isso vai me agradar. Mas, se você proceder mal, o pecado estará à sua porta, pronto
para estragar sua vida. Você deve dominá-lo”.
Entretanto, Caim não ligou para a voz do seu coração e disse a Abel: “Vamos
ao campo”. Logo que chegaram ao campo, Caim atirou-se sobre seu irmão e o
matou. Depois disso, Caim fugiu para bem longe, e grande foi o desgosto de sua
família.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• Vamos tentar compreender como o pecado estragou não só a vida de Caim,
mas a vida de toda a sua família, provocando a morte de seu irmão e
entristecendo seus pais. Como começou a desavença entre os dois irmãos? Por
que Caim ficou irritado com Abel?
• Como Caim ficou depois que o ressentimento pelo irmão encheu seu coração?
• Podemos distinguir na história de Caim qual foi sua fraqueza e qual foi seu
pecado?
• Caim poderia ter agido de outra maneira? Poderia ter vencido sua fraqueza?
Como?
• Que conseqüências Caim provocou, por não ter dominado sua fraqueza?
• Você conhece algum caso em que o erro de uma pessoa atrapalha e entristece
toda a sua família?

Aprofundamento
- O pecado de Caim, além de prejudicar a vida dele, acabou trazendo grande
tristeza para toda a sua família. Primeiro, Caim ficou com ciúme do irmão.
Depois, foi ficando com raiva. Devia ter parado por aí e controlado sua raiva.
Teria evitado um crime. Não seria tão difícil assim. Ele poderia ter pedido
ajuda a alguém, ter conversado, desabafado, rezado um pouco.
- Mas, não! Caim ficou dominado pelo ciúme e deixou sua raiva crescer cada
vez mais. E ela cresceu tanto que virou uma coisa incontrolável. A maldade
tomou conta de todo o coração de Caim. E ele matou seu irmão.
- O erro de Caim atrapalhou toda a sua família. Imaginem se isso acontece
numa família que a gente conhece. Que tristeza para os pais! Que tristeza
para os irmãos e para todos os parentes!
- Toda vez que fazemos uma coisa errada acabamos prejudicando também
nossa família, pois o pecado não estraga só a nossa vida. Ele entristece
também aquelas pessoas que mais nos amam. É por isso que devemos tomar
cuidado com o pecado.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Explicar que existem muitas fraquezas e pecados que estragam a paz de uma
família. No caso de Caim, foram o ciúme e a raiva, que acabaram virando
violência. Mas, nas famílias de hoje, há outras coisas que atrapalham e
entristecem.
- Convidar para montar um painel sobre isso.
- Expor um cartaz com o desenho de uma casa e o título: O PECADO
ESTRAGA A FAMÍLIA.
- Convidar a turma para dizer o que mais tem estragado a paz das famílias, na
opinião de cada um.
- À medida que forem falando, o catequista vai anotando cada pecado ou
problema em uma seta e colocando no cartaz, conforme o modelo seguinte.

Conclusão
Nossa casa deve ser sempre um lugar de paz. Mas nós sabemos que muitas
coisas podem estragar a paz em nossos lares. Muitas pessoas enfrentam dificuldades
e problemas em suas famílias. É bom a gente perceber que muitos problemas na
verdade são causados pelo pecado, que estraga tudo. Hoje Deus nos convida a fazer a
nossa parte para colaborar com a paz de nossas famílias. O que não for possível
resolver, a gente aceita e enfrenta com coragem, procurando compreender a fraqueza
de nossos familiares. Mas o que dá pra evitar deve ser evitado a todo custo. Se a
fraqueza não é dominada, o pecado vai logo destruindo nossas famílias.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Motivar: Vamos encerrar o nosso encontro, pedindo a Deus que derrame sua paz
em nossas famílias. Feche os olhos e pense em seus familiares. Lembre-se de seu
pai, sua mãe, cada um de seus irmãos. Se você não mora com pai, mãe e irmãos ou
se falta alguém em sua família, pense nas pessoas com quem você mora e convive
dentro de casa. O que você sente por cada um de seus familiares? É um sentimento
bom? Ou é um sentimento confuso? (Momento de silêncio). Mesmo que haja em
seu coração sentimentos negativos por algum de seus familiares, agora Deus quer
derramar a paz em sua família, para que não aconteça nenhum mal ou frustração
que possam ser evitados.
- Cantar a música no 17.
- Fazer preces espontâneas pelas famílias. Depois de cada prece, responder: “Senhor,
abençoe nossas famílias”. O catequista começa, para dar o exemplo.

Dicas para o catequista


- Se alguma criança colocar nesta reflexão problemas de sua família, o catequista
procure ser habilidoso e compreensivo, orientando enquanto possível. Se surgir
algum caso dramático, será bom, oportunamente, conversar com a criança em
particular ou encaminhá-la ao padre ou a quem possa ajudar a encontrar
soluções para os problemas. Lembramos que certos problemas familiares
precisam ser enfrentados de modo concreto, principalmente quando colocam
em risco a segurança da criança. O catequista deve agir concretamente nessas
situações. Certos casos talvez precisem até mesmo da intervenção do Conselho
Tutelar. Pedimos ao catequista que nunca atue sozinho nesses casos
complexos. Aja sempre com prudência e bom senso, em parceria com a própria
criança e buscando a ajuda dos órgãos e pessoas habilitados para atuar em
determinadas situações. Por outro lado, o catequista nunca deve se omitir,
ainda que o caso seja complexo. Evangelizar supõe também esse tipo de
intervenção. Principalmente quando lidamos com crianças.
- É bom que as crianças compreendam que não existe família totalmente livre de
fraquezas e que é preciso fazer o possível – e não mais que o possível – para
ajudar na promoção da paz em casa.
- Cuidado com o moralismo quando tratar de problemas familiares. Nada de
repreensões, muito menos de acusações. O tom do encontro deve ser suave,
sem dramas, sem legalismos. O catequista deve ajudar as crianças a
perceberem que o pecado não faz mal só para a gente, mas também para quem
nos rodeia. Este é o objetivo do encontro. O objetivo não é fazer sermão sobre
os vícios e desequilíbrios da família, nem dizer que a família se afastou de
Deus, não reza mais, etc. Não é por aí! Deixe que as crianças percebam
espontaneamente que a família precisa se voltar mais para Deus, já que ele
ajuda a superar toda fraqueza.
- No próximo encontro, a atividade será uma encenação. Talvez seja o caso de já
convidar algumas crianças para o ensaio durante a semana. Confira a atividade
do próximo encontro.

6º Encontro

O PECADO ESTRAGA A SOCIEDADE

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Acolher a turma com simpatia e atenção. Cantar música animada. Que tal a no
12, convidando a turma a deixar de lado a vida velha, marcada pelo pecado?
- Criar clima de silêncio para conversar com Deus
- Motivar: Nós temos refletido sobre o pecado e temos percebido como é
desastroso deixar as fraquezas guiarem nossa vida. Muitos têm se deixado
enganar e, cheios de ilusão, pensam que o caminho do pecado é vantajoso,
cheio de prazer e realização. Mas, não! Pecado só traz vazio e frustração. Por
isso, Deus convida você a se libertar de todo pecado, deixando para trás tudo
o que puder atrapalhar sua vida.
- Cantar a música no 11, pedindo que Deus nos liberte de todo pecado.
- Convidar a turma a fazer preces espontâneas, pedindo a Deus que ajude cada
um a se libertar de suas fraquezas e seus pecados e ajude toda a comunidade a
superá-los. A resposta pode ser: “Liberte-nos, Senhor!” Sugestões de preces:
• Do egoísmo;
• Da maldade;
• Da injustiça; etc.
- Concluir, repetindo juntos: Ó Deus de amor, ajude-nos a deixar para trás tudo
aquilo que não é bom, que nos oprime e ameaça. Queremos lutar contra todo
mal e superar todo pecado, para caminharmos livremente em seu amor. E,
para isso, contamos com a sua ajuda. Amém.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Já vimos que o pecado primeiro destrói nossa própria vida, estragando nosso
coração e arrancando nossa paz. Depois transborda e estraga a família, que são as
pessoas que mais nos amam e que nós mais amamos também. Mas não fica só nisso.
Depois de estragar a família, o pecado começa a destruir o relacionamento com as
demais pessoas. E atrapalha nossa convivência com os colegas e amigos. É o que a
Bíblia vai nos mostrar. O pecado estraga a vida da comunidade, da sociedade, do
mundo todo.

Texto: Sb 14,22-31
As pessoas se entregam ao pecado e se afastam de Deus; com isso, mostram
como são pouco inteligentes. Deixam-se enganar pelo pecado e ainda pensam que
estão vivendo em paz. Com efeito, afastando-se dos ensinamentos de Deus,
começam a fazer tudo quanto é coisa absurda. Já não se esforçam para praticar a
honestidade. Um prejudica o outro armando trapaças. Por isso, tudo está numa
confusão completa: violência, morte, roubo, corrupção, deslealdade, revolta, engano,
perseguição dos bons, ingratidão, imoralidade. O afastamento de Deus é a causa de
todo o mal. Quem faz o mal não se preocupa com a conseqüência de seus atos; por
isso, mente, pratica a injustiça e engana sem se importar. Mas o resultado de tudo
isso é desastroso. Primeiro, porque se afastaram de Deus; depois, porque fizeram do
engano e da mentira o ideal de suas vidas.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• Por que razão as pessoas que se entregam ao pecado e se afastam de Deus são
pouco inteligentes?
• O texto falou de pecados que estragam a convivência entre as pessoas e
deixam o mundo numa confusão completa. Vamos tentar lembrar algum
pecado que causa confusão e desavença entre as pessoas?
• Você acha que os pecados dos quais o texto falou existem no mundo de hoje?

Aprofundamento
- O pecado não vale a pena mesmo. Além de estragar a felicidade de cada um e
destruir a paz das famílias, ainda prejudica o nosso relacionamento com as
outras pessoas que convivem conosco. Destrói a amizade, provoca desunião e
rancor. E nós, que fomos feitos para viver unidos como irmãos, acabamos
vivendo uns contra os outros, como se fôssemos todos inimigos.
- Deus nos convida a viver em comunidade, buscando a união com todas as
pessoas que nos cercam. Não há maior alegria que ser amigo de todos e estar
sempre em paz com quem encontramos no nosso dia-a-dia. Para isso, é
preciso vencer o pecado, para que ele não destrua nossas amizades e nosso
companheirismo. A raiva, as brigas, a inveja, o rancor, a provocação, o
insulto – tudo isso deve ficar bem longe de nós, porque são fraquezas e
pecados que estragam nossa vida.
- E a Bíblia não se cansa de insistir nesse ponto. Há um texto bonito, tirado da
Carta de Tiago que procura dar uma explicação sobre os graves problemas
que a gente enfrenta (cf. Tg 4,1-3). Ele pergunta: De onde vêm as lutas e
disputas entre vocês? Porventura, não vêm elas dos sentimentos maliciosos
que estão no interior de cada um? Vocês cobiçam e não recebem; são
invejosos e ciumentos e não conseguem o que desejam; por isso, vocês
disputam e fazem guerra. O que querem, vocês não recebem, porque vocês só
querem o mal, para satisfazer seus desejos egoístas.
- O mundo foi feito para ser bom, a fim de que todas as pessoas pudessem ser
felizes. Mas a gente sabe, infelizmente, que nem todos estão assim tão felizes,
por causa da divisão, da injustiça, da desigualdade e de muitas outras coisas
tristes que estão por aí. Por causa de pecados como o egoísmo, a ganância, o
pouco caso que se faz do valor e da dignidade das pessoas – por tudo isso é
que o mundo acaba se transformando num lugar cheio de discriminação e de
injustiça. O pecado não só estraga a vida da pessoa, de sua família e de sua
comunidade. Ele gera confusão no mundo todo.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Convidar a turma para fazer uma breve encenação, recordando alguns
problemas causados pelo pecado.
- Um catequista convida seis crianças para representar e vai com elas para
outro local para prepará-las. Melhor ainda se tiver sido feito um ensaio com
antecedência.
- Ensaiar com o restante da turma a música no 10.
- Obs.: As crianças que vão encenar devem ser preparadas da seguinte maneira:
1. Pessoa faminta: trajes simples, trazendo na mão uma panela vazia.
2. Sem casa: trajes pobres, trazendo na mão uma casinha feita de papel.
3. Criança abandonada: criança descalça, com roupa velha e rasgada,
carregando um papelão. Ao entrar em cena, ajeita o papelão e deita em
cima dele.
4. Desempregado: pessoa com os braços cruzados e amarrados.
5. Doente: pessoa com curativos pelo corpo. Pode estar sem camisa, com
faixas e manchas vermelhas pelo corpo. É só pintar com tinta lavável e que
não cause alergia.
6. Mendigo: roupa suja e um sacolão como quem pede esmolas.

- Estando todos preparados, a turma começa a cantar a música já ensaiada. A


cada estrofe, entra a pessoa citada e se coloca diante da turma, permanecendo
lá até o final.
- Terminada a música, cada pessoa que está encenando vai dizer o que está
representando e sair de cena. Para facilitar, os textos podem ser escritos, se
houver dificuldade de decorar.

1. Pessoa faminta: Eu represento as milhares de pessoas que passam fome e


vivem na miséria, por falta de oportunidade na vida.
2. Sem casa: Eu represento os pais e as mães de família que sonham com um
lugar decente para morar, mas acabam vivendo em favelas, em barracos ou
debaixo dos viadutos das grandes cidades.
3. Criança abandonada: Eu represento as crianças abandonadas pela família,
que vivem pelas ruas, sujeitas à violência e à exploração.
4. Desempregado: Eu represento milhões de trabalhadores que vivem de braços
cruzados por falta de emprego.
5. Doente: Eu represento os muitos doentes pobres que não encontram vagas
nos hospitais, nem têm dinheiro para comprar os remédios que os médicos
receitam.
6. Mendigo: Eu represento os mendigos que vivem pelas ruas pedindo esmolas
para sobreviver. São pobres, são tontos, são doidos, desprezados e
maltratados por todos.

- Quando “os artistas” tiverem saído de cena, o catequista dialogará com a


turma sobre as diversas situações encenadas. Os que saíram de cena deverão
se arranjar e voltar o mais rápido possível. No debate, tentar descobrir os
pecados que estão por trás de cada situação encenada. Mostrar como essas
situações são provocadas e sustentadas por sentimentos maliciosos de
injustiça que causam divisão e desigualdade no mundo.

Conclusão
O pecado tem estragado o mundo e impedido muita gente de sonhar e de ser
feliz. Para melhorar o mundo, é preciso saber que o pecado provoca esses estragos,
gerando injustiça que é causa de miséria. Não é esse o projeto de Deus para o mundo.
Deus quer que a justiça e a igualdade existam em toda parte, quer que cada um
valorize e ajude seu irmão, quer que todos tenham oportunidades na vida, quer,
enfim, que não falte a ninguém o alimento, a casa, o carinho da família, o trabalho,
os recursos para tratar da saúde e tudo mais que se fizer necessário para o bem da
pessoa. Quando a gente toma consciência dessas coisas, a gente aprende não só a
acolher melhor as pessoas mais sofridas, mas também a perceber que, quando
alguém se esforça para ser melhor, todo o mundo fica mais bonito e mais fraterno.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Fazer silêncio e refletir: O mundo, criado para viver em harmonia com Deus,
acaba virando as costas para Deus e se perdendo em conflitos e crises
brotadas de sentimentos marcados pelo egoísmo e pelo desamor. Esse mundo
precisa se voltar para Deus.
- Cantar a música no 11 ou outra à escolha.
- Motivar: O mundo só se voltará mais para Deus, quando cada pessoa
renunciar a seus desejos maus e se reaproximar de Deus, deixando que ele
purifique cada coração, libertando-o das más paixões e enchendo-o de amor e
paz.
- Convidar para fazer preces espontâneas, pedindo a Deus que liberte os
corações das fraquezas, que nos levam a pecar. Combinar a resposta:
“Liberte, Senhor, nosso coração”. O catequista poderá iniciar:
• Liberte, Senhor, nosso coração de todo egoísmo.
• Liberte-nos, também, Senhor, da inveja.
- Encerrar, convidando a turma a abrir seu coração para acolher o sentimento
do mais puro amor que Deus coloca em cada coração.
- Pode-se rezar o ato de contrição.
- Cantar música animada. Sugerimos a no 13.
- Despedir-se da turma, motivando para o próximo encontro.

Dicas para o catequista


- Estamos mostrando os estragos que o pecado faz no mundo. Não pense, porém, que
se todo mundo se convertesse o mundo seria maravilhoso, sem dores, angústias e
sofrimentos. Não é bem assim. O sofrimento, a morte, a angústia são parte da
realidade humana. Ainda que não houvesse o pecado, haveria a dor. Certas coisas
independem desta questão moral. Mas uma coisa é certa: evitando-se o pecado,
evita-se muito sofrimento. Há sofrimentos que podem e devem ser evitados.
Aqueles que são naturais – característicos da limitação da vida, do mundo criado –
devem ser aceitos e amenizados pela solidariedade e pela caridade cristã (cf. Doc.
71 da CNBB, n. 76).
- Outro risco é achar que quem não peca não sofre. Não é verdade. Mesmo que a
gente não peque, sofreremos as conseqüências dos pecados dos outros. É muito
comum ouvir por aí que a dor e a morte são conseqüências do pecado. A teologia
antiga até dizia que Maria deu à luz sem dor e também não morreu, porque não
pecou. Não parece muito coerente. O Evangelho de Lucas disse que uma espada de
dores transpassaria sua alma (cf. Lc 2,35). Até Jesus – que é Deus e que não pecou,
é claro! – sofreu e morreu. Sofreu porque a vida é mesmo sofrida. E morreu, porque
a morte faz parte da vida.

7º Encontro

DEUS QUER NOS LIBERTAR DO


PECADO

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Acolher a todos com ânimo e disposição.
- Falar da alegria que deve estar em cada coração pelo fato de se ter a chance
de um novo encontro. Mostrar que essa alegria é maior ainda, porque Deus
quer libertar a todos de todo pecado.
- Convidar para jogar fora todo pecado, cantando a música no 12.
- Convidar a turma para louvar a Deus, que nos liberta de todo mal. Fazer um
instante de silêncio para que cada um pense no que deseja agradecer a Deus.
- Fazer preces espontâneas agradecendo a Deus. Combinar a resposta: “Nós te
louvamos, Senhor”. O catequista inicia:
• Nós te louvamos, porque o Senhor nos ajuda a vencer todo pecado;
• Nós te agradecemos, porque o Senhor nos ensina a viver sempre
fazendo o bem. Etc.
- Encerrar, cantando a música no 18. Ou outra à escolha.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Depois de nos mostrar os riscos e estragos do pecado, Deus nos convida a
buscar a libertação de todos os males. O pecado existe. Mas existe também um Deus
misericordioso e poderoso que quer nos libertar de todo mal.

Texto: Jr 33,2.6-11
Eis o que diz o Senhor que criou o céu e a terra, que a modelou e consolidou e
cujo nome é Javé: vou tratar das feridas do meu povo e curá-las; vou proporcionar a
todos muita felicidade e segurança. Transformarei a sorte do meu povo e o farei
voltar ao que era antes. Vou purificá-lo de todos os pecados que contra mim cometeu
e lhe perdoarei todas as más ações de que se tornou culpado, revoltando-se contra
mim. E, quando todos conhecerem o bem com que agraciei meu povo, isso será para
mim motivo de alegria, felicidade e glória. Todos ficarão admirados ao ver o bem e a
prosperidade que darei ao meu povo. Eis o que diz o Senhor: Neste lugar que,
conforme o povo diz, não passa de um deserto sem homens nem animais, nas cidades
e nas ruas devastadas, de novo se ouvirão gritos de alegria, cânticos de júbilo, a voz
do esposo e da esposa em suas famílias unidas, aclamações daqueles que cantarão:
Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom e eterna é sua misericórdia.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• Conversar sobre o texto, cada um procurando destacar a mensagem que tirou.
• Cada um, livre e espontaneamente, poderá ressaltar um ponto ou outro que
julgue mais marcante no texto.

Aprofundamento
- Através do profeta Jeremias, Deus nos fala de sua misericórdia e de seu
desejo de perdoar os pecados de seu povo. Primeiro, Deus se apresenta com o
nome de Javé. Javé significa Deus-companheiro, um Deus que sempre está ao
lado de seu povo e nunca o abandona por motivo algum. Depois, Deus fala do
perdão, mostrando como ele pode curar as feridas do povo, fazendo brilhar
novamente a paz e a alegria. Deus insiste em dizer que se sente feliz em
trazer de novo a felicidade para seu povo, devolvendo a harmonia ao mundo
tão marcado pelo pecado.
- É bom percebermos essa atitude misericordiosa de Deus, para
compreendermos que, na luta contra o pecado, Deus é nosso maior e mais
poderoso aliado. Com a ajuda dele, poderemos vencer todo mal e recobrar a
alegria e a paz que devem sempre existir em nós e em todo o mundo, pois
esse é o projeto de Deus.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Explicar: O grande desejo de Deus é nos libertar de nossos pecados. No
entanto, isso só acontecerá se nós nos dispusermos a fazer nossa parte.
- Contar a seguinte história ou reparti-la em folhas para que as crianças leiam
em equipes.
DOIS BÊBADOS REMANDO
Dois bêbados voltavam para casa altas horas da madrugada. No
caminho, bem na chegada, havia uma lagoa que deviam atravessar num
pequeno barco a remo. Não era uma lagoa tão grande. Um bom remador
podia atravessá-la em não mais que quinze minutos.
Tontos como estavam, entraram no barco e decididamente começaram
a remar, na mais completa escuridão.
Remaram cinco, dez, quinze minutos e já iam respirar aliviados, quando
perceberam que ainda não haviam chegado à terra firme. Disseram para si
mesmos: “Exageramos na dose. Nem remar estamos conseguindo”.
Remaram mais depressa. Deram tudo de si. Reuniram todas as forças
que àquela hora ainda restavam. E nada. Não chegavam à terra firme.
Disseram conformados: “Parece que o barco está rodando em volta de nossas
cabeças”.
Fizeram, então, um esforço para remar em linha reta e aceleraram as
braçadas. Mas o tempo passava e nunca chegavam à outra margem.
Intrigados, sem saber o que estava acontecendo, acomodaram-se no
barco. O jeito era esperar amanhecer para decifrar aquele mistério.
Com os primeiros raios do sol, acordaram meio atordoados e, olhando
em volta, perceberam surpresos: “Ô gente, esquecemos de desamarrar o
barco”.
Com efeito, o barco estava bem amarrado à margem. Por isso, não
havia sequer saído do lugar.

- Conversar com a turma sobre a história, vendo se compreenderam a


mensagem.
- Explicar como é importante a gente se libertar das fraquezas e pecados que
nos prendem e nos impedem de progredir na vida, como a corda que
amarrava o barco e o impedia de seguir em frente.
- Colocar sobre um pequeno altar uma Bíblia e sobre ela uma corrente formada
por elos de papel. Em cada elo deve estar escrito um pecado ou uma fraqueza,
por exemplo: egoísmo, maldade, mentira, violência, etc.
- Estando a turma em volta do altar, explicar que Deus quer agir em nossa vida
através de sua Palavra, para nos dar a felicidade e a paz. Mas o pecado
atrapalha e nos impede de ser felizes. Por isso, é preciso livrar-se do pecado,
arrebentando a corrente que ele forma em nossa vida.
- Convidar cada criança a ir até o altar, arrebentar um elo da corrente e rezar,
pedindo a Deus que liberte a turma daquele pecado ali escrito.
- Depois de cada elo arrebentado, cantar uma estrofe da música n o 11, fazendo
referência ao pecado escrito naquele elo.
- Prosseguir até arrebentar todos os elos da corrente.

Conclusão
Quem quer chegar a algum lugar na vida precisa tomar a atitude de desamarrar
tudo aquilo que o prende e impede de ir para a frente. Quem quiser se realizar e ser
feliz – e todos querem! – precisa se libertar dos pecados, pois eles nos amarram e
impedem de progredir, como a corda amarrava o barco e o impedia de sair do lugar.
Cada um precisa identificar que coisas o amarram, para poder cortar esses laços e
seguir em frente. Deus quer nos ajudar nesse processo de libertação. Ele dá a sua
força, mas a atitude, a iniciativa de soltar as amarras, precisa ser nossa.
4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO
- Cantar a música no 11 ou outra à escolha, lembrando que Deus quer ajudar
cada um a se libertar, para que todos caminhem na direção certa da felicidade.
- Repetir juntos: Ajude-nos, Senhor, a vencer todo pecado que nos amarra e
nos impede de viver melhor. Liberte-nos, Senhor, de todo mal que nos
prejudica; pois, conseguindo vencer nossos pecados, estaremos ajudando o
mundo a ser melhor. Amém.
- Pode-se rezar o ato de contrição.
- Motivar a turma para a celebração, no próximo encontro. Combinar a
confraternização.

Dicas para o catequista


- Por enquanto, não estamos falando de Jesus, o Filho de Deus. Só estamos falando
do Pai. É claro que as crianças já sabem um pouco sobre Jesus, já freqüentam as
celebrações, já ouviram falar dele. Talvez já tenham estudado a vida de Cristo na
Pré-evangelização. Mas, mesmo assim, vamos deixar para falar de Jesus, de modo
mais profundo, no módulo 2. Então, quando falamos que Deus quer nos libertar do
pecado não convém ainda introduzir toda aquela teologia sobre a salvação que nos
veio por meio do Filho. Basta dizer que Deus quer nos libertar do pecado com a sua
força.
- Outra coisa importante é insistir na cooperação humana. A graça de Deus é o
começo de tudo, mas, se a gente não quiser, Deus não pode fazer nada.
Continuaremos escravos de nossas fraquezas e amarrados por nossos pecados.

8º Encontro

CELEBRAÇÃO

PREPARAÇÃO
- Para a celebração, o ambiente deve ser bem preparado: altar forrado, sobre ele
um arranjo de flores e uma Bíblia; cadeiras em semi-círculo, ambiente limpo e
bonito.
- Fazer faixas de papel contendo algumas fraquezas humanas e um cartaz para
colá-las. Confira os ritos iniciais.
- Além disso, levar faixas em branco – uma para cada criança. Confira o rito do
compromisso. Veja se mais algum material é necessário: pincel, fita crepe,
vasilha para a queima, etc.
- Ensaiar as músicas com as crianças.
- Se houver dois catequistas, sugerimos dividir as funções de modo que um seja
comentarista e o outro dirigente.
- Se parecer oportuno, treinar uma criança para a proclamação do texto bíblico.
- Preparar confraternização, conforme combinado com a turma.
1. RITOS INICIAIS
- C: Cumprimentar a turma e motivar a celebração: Durante vários encontros,
nós pudemos refletir sobre o pecado e os estragos que ele causa em nossa
vida. Vimos também como Deus se alegra em nos ajudar a nos libertar de
tudo aquilo que nos escraviza e amarra. Resta-nos fazer um sério propósito de
renunciar a todo mal para nos comprometermos com o bem, que vem de
Deus. Nessa celebração, Deus nos convida a fazer esse compromisso. Vamos
ficar de pé e iniciar nossa celebração, cantando. Sugerimos a música no 12.
- D: Saudar a turma e fazer o Sinal da Cruz: Que o amor infinito do Pai criador,
a paz de Jesus e a força do Espírito Santo estejam com todos vocês.
- T: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
- D: Hoje Deus nos convida a deixar de lado todo mal que ameaça nossa vida
para assumir o bem como nosso ideal. Nosso coração precisa estar aberto
para acolher a força que Deus quer nos dar nesta celebração. Com a força de
Deus, venceremos todo pecado. Para mostrar a Deus que queremos vencer
todo pecado, vamos pedir perdão.

Passar a bandeja contendo as faixas com as fraquezas humanas.


Cada pessoa retira uma faixa.

- D: Cada um, agora, poderá vir à frente, colar sua faixa no cartaz e pedir
perdão a Deus pelo pecado nela escrito. Depois de cada pedido, nós
responderemos, cantando.
- Sugerimos cantar o refrão da música no 11 ou outro qualquer à escolha.
- D: Convidar a turma a erguer as mãos e repetir a seguinte oração: Pai amado,
nós te entregamos toda a nossa vida e pedimos que o Senhor nos liberte de
todo pecado. Com toda a nossa vontade e de todo o nosso coração, nós
renunciamos a todo mal e consagramos nossa vida ao Senhor, porque
sabemos que o pecado não nos traz felicidade alguma. Purifique, ó Deus,
nossos corações e perdoe todos os nossos pecados. Amém!

2. RITO DA PALAVRA
- C: Com o nosso coração purificado pelo perdão de Deus, podemos agora
acolher uma palavra muito especial que ele vai dirigir a nós. Podemos nos
assentar. Deus vai nos falar que somos livres e devemos escolher entre o bem
e o mal. Dessa escolha depende toda a nossa vida. Ouçamos com atenção.
- Antes da leitura, pode-se cantar a música no 4 ou outra à escolha.

- L: Leitura do Livro do Eclesiástico: Eclo 15,13-22


O Senhor detesta todo erro e toda maldade. Aqueles que o amam não praticam
essas coisas. No princípio, Deus criou o homem e o entregou à sua própria liberdade
e lhe deu os mandamentos e preceitos. Se você quiser guardar os mandamentos e
praticar o que é agradável a Deus, eles te guardarão. Ele pôs diante de você a água e
o fogo. Estenda a mão para aquilo que você deseja.
A vida e a morte, o bem e o mal estão diante do ser humano. O que ele
escolher, isso lhe será dado; porque é grande a sabedoria de Deus. Forte e poderoso,
Deus vê sem cessar todos os homens. Os olhos do Senhor estão sobre os que o amam
e ele conhece o comportamento de todas as pessoas. Ele não deu ordem a ninguém
para fazer o mal e a ninguém deu licença para pecar, pois não deseja uma multidão
de filhos infiéis.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

- D: Fazer breve explicação: Para encerrar nossa reflexão sobre o pecado, Deus
vem nos falar da liberdade que temos: podemos dar à nossa vida a direção
que julgarmos melhor; podemos escolher a água ou o fogo, a morte ou a vida,
o bem ou o mal. Isso significa que Deus não vai nos forçar a essa ou àquela
decisão. Ele respeita nossa própria vontade. Mas deixa bem claro qual é a sua
vontade. Ele espera que nós – inteligentes que somos – saibamos escolher o
caminho do bem.

3. RITO DO COMPROMISSO
- C: Nós temos muitos motivos para escolher o caminho do bem. E, na
verdade, não teríamos nenhuma razão para escolher o caminho do mal, no
qual só existe morte, tristeza e frustração. Diante de nós, estão dois cartazes.
Um representa o mal, rodeado pelos pecados e fraquezas humanas. O outro
representa o bem, que é o caminho que vamos escolher. Cada um, agora, vai
receber uma faixa. Nesse faixa, deverá escrever seu nome. Depois, nós
iremos afixar nosso nome no cartaz do bem, para mostrar que estamos
fazendo uma opção por este caminho.
Distribuir as faixas e os pincéis.
Deixar que cada um prepare sua faixa.
- Cantar a música no 12 ou outra à escolha. Enquanto se canta, cada um irá à
frente e colará seu nome no cartaz do bem, entregando a Deus os caminhos de
sua vida.
- D: Essa opção pelo bem significa também o nosso desejo de destruir o mal.
Que bom seria se pudéssemos destruir todo o mal que existe no mundo. Mas
podemos começar por nossa vida, tentando vencer, com a ajuda de Deus, os
males que vamos percebendo em nós. O mal não compensa. O pecado não
traz felicidade. Só ilusão. Por isso, para simbolizar o nosso propósito de
destruir o mal, vamos rasgar e queimar o cartaz com nossas fraquezas. Cada
um poderia vir à frente e rasgar um pedaço do cartaz do mal, para mostrar
que você também vai dar sua contribuição na luta contra todo o mal.
- Enquanto isso, cantar a música no 13.

Os pedaços deverão ser colocados numa vasilha onde possam ser queimados.
Essa vasilha poderá ficar no centro da roda ou sobre um altar. Quando
terminarem de rasgar o cartaz, o catequista ateia fogo. Enquanto durar a
queima, prosseguir com a música. Cuidado para ninguém se ferir. Não use
material combustível que traga perigo. Use apenas um jarro de barro, com boca
mais fechada. Coloque o papel rasgado dentro do jarro e risque o fósforo. Nada
de álcool ou coisa parecida!
Se achar perigoso colocar fogo, apenas rasgue os papéis.

4. RITOS FINAIS
- C: Estamos chegando ao final de nossa celebração. Já escolhemos o caminho
do bem e já nos comprometemos a destruir todo o mal. Então, podemos
experimentar a paz de Deus em nosso coração. O mal rouba nossa paz. Mas,
se já o destruímos, a paz de Deus reina em nossa vida. Num instante de
silêncio, feche seus olhos e sinta a paz de Deus em seu coração. Deus está
nesse momento libertando você de todo o mal e te conduzindo pelas estradas
da paz. E, com muita confiança, você pode pedir a Deus que continue
derramando a paz em seu coração.
- Cantar a música no 18.
- D: Convidar a turma para rezar, repetindo juntos: Ó Deus de amor e poder,
nós te louvamos e bendizemos pela paz que o Senhor nos dá e pedimos que o
Senhor nos acompanhe e nos guie, por toda a nossa vida, nos caminhos do
bem. Livre-nos de todo o mal, para que nada venha destruir nossa paz. Isso te
pedimos, por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
- T: Amém!

Bênção final
- D: O Senhor esteja com vocês.
- T: Ele está no meio de nós.
- D: Abençoe-nos o Deus cheio de misericórdia: Pai, Filho e Espírito Santo.
- T: Amém!
- Cantar para encerrar. Música à escolha.

Encerrar, fazendo a confraternização, conforme combinado.


Motivar a turma para a próxima etapa.
Quarta Etapa
Compreendendo como vencer as fraquezas
De nada adiantaria falar do pecado, se não transmitíssemos uma mensagem
positiva e animadora sobre a possibilidade de vencê-lo. Afinal, não queremos apenas
que os catequizandos entendam o pecado. Queremos que adotem, na vida, uma
atitude de quem crê no Deus-amor e por isso luta contra o pecado e supera suas
fraquezas.
Superar todas as fraquezas nunca será uma tarefa totalmente concluída.
Durante a vida inteira, essa luta há de nos acompanhar. Por isso, nessa etapa,
queremos incentivar os catequizandos a adotar um modo positivo de conviver com as
fraquezas humanas, sem pessimismo, sem desânimo, sem descrença. Mas com muita
fé em Deus e muito esforço pessoal.
Vamos adotar um tom mais exortativo, com uma linguagem que beira a
abordagem psicológica dos temas. As crianças são novas, mas entenderão. O
importante é que guardem a mensagem de que o pecado não pode nos dominar. É
possível ser fraco – e somos mesmo! – sem nos deixar levar pelas tentações. Essa é a
grande mensagem dessa quarta etapa.
Sugerimos continuar rezando o ato de contrição. É repetindo sempre que as
crianças acabam sabendo de cor essas orações, sem termos que usar o recurso da
decoreba forçada. Importante é também rezar sempre o Pai-nosso, lembrando o amor
misericordioso de Deus.
O que vamos estudar nessa última etapa é fundamental na formação do caráter
dos catequizandos. O mundo está cheio de pessoas que se acomodam diante do
pecado, como se ele fosse inevitável e até bom. Vamos ensinar às crianças que isso
não funciona para quem tem fé. Pela fé, temos o compromisso de vencer as
fraquezas. Isso não é manual de auto-ajuda. É a conseqüência da fé que temos.
Sugerimos ao catequista fazer um cartaz com o tema: SEJA VOCÊ TAMBÉM
UM VENCEDOR. A cada encontro, colar no cartaz uma faixa com o tema sobre o
qual se refletiu. Esse cartaz deve ser guardado e usado em todos os encontros. Por
meio dele, faz-se a recordação dos temas já estudados. O cartaz ajuda a fixar as
atitudes que devemos cultivar, para que o pecado não nos domine.
1º Encontro

ASSUMA SEUS PRÓPRIOS ERROS

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Cumprimentar a todos com alegria. Cantar música animada. Sugerimos a no
8.
- Motivar a turma para a nova etapa que se inicia: Nos últimos encontros,
pudemos refletir sobre a fraqueza humana e o pecado. Vimos como tudo isso
ameaça e estraga nossa vida. Nessa etapa que estamos iniciando, vamos ver o
que devemos fazer para vencer nossas fraquezas e pecados. Em cada
encontro, vamos refletir sobre uma atitude importante que a gente precisa ter
para superar nossas fraquezas, sem deixar que elas estraguem nossa
felicidade.
- Cantar a música no 1.
- Motivar, em clima de oração: Deus está chamando você para ser um
vencedor. Está dizendo que, se você tentar e se esforçar, ele vai te ajudar.
Peça, então, no silêncio de seu coração, essa ajuda de Deus. Imagine, agora,
como você precisa da presença de Deus para viver em paz e ser feliz em sua
vida. E peça a Deus que venha ajudar você.
- Fazer preces espontâneas, pedindo a ajuda de Deus. A resposta pode ser:
“Venha nos ajudar, Senhor”. O catequista começa, dando o exemplo:
• Venha, Senhor, nos ajudar a vencer todo mal;
• Venha, Senhor, nos ajudar a vencer as dificuldades da vida. Etc.
- Encerrar a oração, rezando, de mãos dadas, o Pai-Nosso.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Conta a Bíblia que um profeta chamado Jonas foi um dia pregar a Palavra de
Deus numa cidade chamada Nínive, porque o povo daquela cidade, a começar pelo
rei, havia caído no pecado e cometia um erro atrás do outro. Vamos ouvir esse texto
e ver o que aconteceu quando Jonas mostrou ao povo os erros que eles vinham
cometendo. Será que o povo vai admitir que está errado? Ou será que eles vão achar
que Jonas é que estava errado?

Texto: Jn 3
A Palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, dizendo assim: “Vá a Nínive, a
grande cidade, mostre àquele povo os erros que eles andam cometendo e convide a
todos para mudar de vida”.
Jonas não queria ir. Teimou com Deus e até fugiu. Mas, depois, pensou melhor
e se pôs a caminhar: foi a Nínive, segundo a ordem do Senhor. Nínive era uma
grande cidade. Era preciso caminhar três dias para percorrê-la. Jonas pôs-se a
percorrer a cidade, pregando: “Povo de Nínive, eu estou aqui em nome de Deus para
convidar vocês à conversão. Vocês têm sido teimosos e cometido muitos erros e isto
não agrada a Deus. Se vocês continuarem assim, a cidade de vocês será destruída por
tanto pecado”.
O povo ouviu a pregação de Jonas e acreditou. Todos começaram a fazer um
grande esforço para deixar de fazer coisas erradas. A notícia chegou ao
conhecimento do rei de Nínive. Ele levantou-se do seu trono, tirou o manto real,
colocou roupas simples e começou a se esforçar para deixar de fazer o mal. Em
seguida, o rei mandou publicar uma ordem na cidade: “Todas as pessoas, desde os
mais novos até os mais velhos, devem imediatamente começar a se esforçar. Todos
rezem a Deus em alta voz, deixe cada um o seu mau caminho e pare de fazer
violência. Quem sabe assim Deus perdoará os nossos pecados?”
Deus, então, percebendo como o povo havia assumido os seus erros e tentava
melhorar, perdoou os pecados daquela gente.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• O que Jonas foi fazer em Nínive?
• O que ele pregou ao povo?
• Qual foi a reação do povo?
• O que o rei mandou fazer?
• Na sua opinião, o que teria acontecido se, em vez de assumir os erros, o povo
e o rei tivessem se revoltado contra Jonas e o mandado embora da cidade?
• Se você morasse em Nínive e o profeta Jonas passasse em sua casa,
apontando os seus erros, qual seria sua reação?
• Por que a história de Nínive teve final feliz?
Aprofundamento
- A história da cidade de Nínive teve final feliz porque o povo assumiu seus
erros, a começar pelo rei, e todos se esforçaram para melhorar. Mas poderia
ter sido diferente. Se, em vez de aceitar que estava mesmo errado, o povo se
revoltasse contra Jonas e dissesse: “Vá embora daqui, seu vagabundo; nossos
erros não são de sua conta, cuide de sua vida que nós cuidamos da nossa; não
fazemos nada demais” –, então Jonas teria ido embora e o povo continuaria
na mesma vida velha de antes.
- Mas, felizmente, a reação do povo foi inteligente. Eles pensaram: “É mesmo!
Nós estamos errados e precisamos melhorar”. E melhoraram, de fato. Essa
história nos ensina a assumir os nossos erros, sem querer fugir deles. Quando
a gente acerta, a gente diz que acertou. Quando a gente erra, é hora de dizer
que errou. Quem quer ser feliz e melhorar na vida precisa admitir suas falhas
e tentar superá-las, como fez o povo de Nínive.
- Nessa etapa, nós vamos aprender coisas importantes que devemos fazer para
vencer nossas fraquezas e nos tornarmos pessoas vencedoras na vida.
Fraquezas todos temos. Mas há meios de vencê-las. É isso que queremos
aprender.
- Expor um cartaz com o título: SEJA VOCÊ TAMBÉM UM VENCEDOR.
- Explicar: A cada encontro, vamos colar nesse cartaz uma faixa com o tema
discutido. No final da etapa, teremos um quadro de atitudes positivas para
quem quer enfrentar as fraquezas, sem se deixar derrotar por elas. Vamos aos
poucos guardando no coração os ensinamentos de Deus para quem quer
superar suas fraquezas.
Esse cartaz deve ser guardado durante toda esta etapa e levado em todos os
encontros. Com ele, o catequista recorda os temas já vistos. Isso ajuda a
fixar os conteúdos.
- Colar a faixa com o tema desse primeiro encontro: ASSUMA SEUS
PRÓPRIOS ERROS. Comentar com a turma o sentido dessa frase, mostrando
como essa atitude pode nos ajudar a vencer nossas fraquezas.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Contar a seguinte história, observando que, no meio, haverá uma interrupção,
para que a turma manifeste sua opinião.

JANELA DE VIDRO
Juca e Celito são dois meninos travessos da Rua Quinze. São colegas
vizinhos, mas quase sempre estão brigando. Certa vez, voltando da escola, se
desentenderam. Celito começou a insultar o companheiro, gritando palavrões. Juca
pegou uma pedra e lançou-a com força contra o colega. A pedra, porém, voou alto e
atingiu a vidraça da casa de Dona Marta. A vidraça era fraca e se quebrou. A pedra
entrou pela casa adentro, com vidraça e tudo, e foi bater de cheio na testa da mãe de
Dona Marta, que era velhinha e vivia sentada numa cadeira de rodas. A velhinha se
assustou e caiu da cadeira, quebrando o braço.
Foi uma correria como jamais se tinha visto! Juca correu para a praça. Celito
correu para o parque. A vizinhança correu para acudir a velhinha machucada e,
depois, correram para o hospital. Alguns quiseram correr atrás dos meninos, mas
eles já haviam corrido para bem longe, feito um foguete.
Porém, quando a noite chegou, era preciso voltar para a casa. Os meninos
foram chegando, meio desconfiados e com medo de enfrentar a situação.
Encontraram seus pais conversando no portão. Não dava mais para correr, porque
os pais já os tinham visto e chamavam:
- Juca! Celito! Venham cá! Precisamos conversar!

Interromper a história e perguntar o que a turma acha que vai acontecer. Individualmente ou em
grupo, a turma poderá sugerir um desfecho para a história, explicando o porquê. Se surgirem muitas
opiniões, o catequista pode agrupar a turma pelas sugestões perguntando: Quem acha que os
meninos vão assumir o erro? Quem acha que um vai culpar o outro? Tendo colhido a opinião da
turma, o catequista prossegue, finalizando a história.

Os meninos se aproximaram, tremendo de medo e ouviram a terrível pergunta:


- Quem foi o responsável por toda essa confusão?
Juca respondeu:
- Foi o Celito. Ele é que mexeu comigo.
Mas, Celito retrucou:
- O Juca é que é culpado. Ele é que jogou a pedra.
Então, Juca revidou, olhando piedoso para sua mãe:
- Mas eu só joguei a pedra, porque ele me insultou.
Celito tornou a retrucar:
- Eu não insultei. Só estava brincando.
E ficaram um bom tempo discutindo, até que seus pais lhes disseram:
- Muito bonito! Agora que o mal está feito, ninguém tem culpa. Não adianta um
querer culpar o outro. Os dois precisam assumir o erro e tentar consertar a bagunça
que fizeram. Um não precisava ter insultado. O outro não precisava ter jogado a pedra.
Agora, então, os dois juntos precisam consertar tudo isso.
No dia seguinte, os meninos foram com seus pais visitar a velhinha machucada
e pediram desculpas. E, durante aquela semana, eles venderam picolé na praça, para
ajudar a pagar as despesas do hospital. E a janela de vidro, é claro.

- Terminando de contar a história, fazer um debate:


• O que vocês acharam da atitude dos meninos?
• O que vocês acharam da atitude dos pais?
• Por que os meninos foram pedir desculpas à velhinha? E por que
venderam picolé?
• Você já enfrentou alguma situação parecida com esta? Quer contar como
foi?

Conclusão
A gente precisa evitar fazer coisas erradas. Mas, depois que já fez, não adianta
fugir, nem tentar colocar a culpa nos outros. É melhor assumir o erro e tentar
consertar o que for possível. Por isso, vamos rever em nosso painel a primeira atitude
para quem quer ser um vencedor.
Reler no painel a faixa: ASSUMA SEUS PRÓPRIOS ERROS.
Essa é a primeira atitude para quem quer superar suas fraquezas e vencer na
vida. Quando a gente mente ou culpa os outros, a confusão sempre é maior. Quando
a gente reconhece que errou, é possível ficar muito mais tranqüilo. É costume dizer
que errar é humano. Triste é permanecer no erro. Então, o negócio é admitir os erros
e procurar sair dessa. Mesmo que a gente passe algum aperto, no fim das contas tudo
se resolve. É melhor que mentir e esconder o mal-feito.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Cantar a música no 12.
- Rezar com o catequista: Ó Deus, eu quero reconhecer minhas fraquezas para
que o Senhor transforme meu coração. Ajude-me, Senhor, a evitar todo erro.
E, se eu errar, dê-me força para assumir os meus erros e inteligência para
superar todo mal. Assim, Senhor, serei mais feliz e viverei em paz. Amém!
- Motivar a turma para o próximo encontro. Cantar à vontade.
- Obs.: Guardar o painel para o próximo encontro.

Dicas para o catequista


- O RICA, ao falar da preparação dos catecúmenos, afirma que o tempo da
purificação tem duplo fim: “descobrir o que houver de imperfeito, fraco e mau no
coração dos eleitos, para curá-los; e o que houver de bom, forte, santo, para
consolidá-lo” (cf. RICA, 25). É esta a intenção desta etapa. Mostrar aos
catequizandos que eles podem superar suas fraquezas e deixar desabrochar a graça
de Deus, que os fortifica.
- Assim, o tom dos encontros deve ser de otimismo e superação, não de acusação ou
culpa. O catequista procure também seguir cada passo dessa etapa, refazendo sua
caminhada de fé. Que tal fazer em sua casa um pequeno cartaz com as faixas
sugeridas nos encontros? Cada semana você faz sua meditação da Palavra de Deus,
reza e, depois, em sinal de compromisso, fixa a faixa no cartaz. Seria bom que o
catequista aproveitasse cada encontro para refazer sua catequese pessoal, seu
encontro com Deus. Lembre-se do que diz o DNC: “A verdadeira formação
alimenta a espiritualidade do próprio catequista, de maneira que sua ação nasça do
testemunho de sua própria vida” (DNC, n. 264). Você vai ver como o encontro com
as crianças vai ficar muito mais interessante!

2º Encontro

SAIBA QUE O MAL ESTRAGA A VIDA

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com entusiasmo. Cantar uma música bem animada. Que tal a
no 13?
- Motivar: Para que o mal não destrua nosso coração, vamos entregá-lo a Deus,
rezando juntos. Vamos erguer nossas mãos e repetir: “Nós te entregamos,
Senhor, nosso coração e nossa vida, e pedimos que o Senhor nos proteja de
todo mal. Queremos que o Senhor nos liberte de tudo o que estraga e ameaça
nossa vida. Amém!”
- Cantar para encerrar a oração. Que tal a música 3 ou 11?

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Hoje vamos recordar o que aconteceu com o rei Salomão, que era um homem
muito santo e sábio. Depois, ele se afastou de Deus e deixou o mal estragar toda a
sua vida. Isso não foi muito inteligente. Vejamos!

Texto (Relato baseado em 1Rs 9-11)


Salomão era um rei sábio, homem de fé, disposto a governar para o bem do
povo. Todos o amavam. Deus o abençoava em tudo e lhe dava uma inteligência fora
do comum. No começo, Salomão soube usar sua inteligência para fazer o bem ao seu
povo. Mas, depois, Salomão começou a ficar vaidoso.
Começou a fazer grandes construções, verdadeiros palácios. Queria viver no
luxo e na riqueza. Obrigou, então, o povo a trabalhar para ele e comprou mercadorias
caras para enfeitar seu palácio, enquanto o povo vivia na pobreza.
Salomão tornou-se extremamente rico. Seu trono era de marfim, revestido de
ouro. Todas as vasilhas de seu palácio eram de ouro puro. O rei tinha no mar vários
navios. E, em terra, tinha mil e quatrocentos cavalos e doze mil cavaleiros a seu
serviço. Era o mais rico de todos os reis da terra. Mas o povo estava sofrendo e ele
nem ligava.
O rei Salomão se encheu de orgulho. E começou a conquistar todas as
mulheres que ele queria. E, como se isso não bastasse, andou se afastando de Deus e
perdendo sua fé.
Então, o povo começou a detestar Salomão, por causa de tanta exploração, e o
reino todo se dividiu. Ninguém mais queria saber de ter Salomão como rei. Salomão
deixou de ser o rei sábio e passou a ser visto como o rei vaidoso, injusto e opressor.
E o povo foi logo pensando num jeito de arranjar outro rei.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• Como era a vida de Salomão no começo de seu reinado?
• E como terminou a vida de Salomão?
• O que estragou o reinado de Salomão?

Aprofundamento
- Expor o cartaz com a frase “SEJA VOCÊ TAMBÉM UM VENCEDOR” e o
tema do encontro anterior. Recordar o assunto.
- O exemplo de Salomão serve para ilustrar o que pode acontecer com qualquer
um de nós, se deixarmos o mal tomar conta de nossa vida.
- Sua história nos mostra como é perigoso a gente se descuidar e deixar o mal
nos governar. Ele era sábio, inteligente e muito abençoado por Deus. Mas
terminou sua vida na pior, detestado por todos e cheio de inimigos. Tudo isso
porque Salomão deixou que suas fraquezas o dominassem. Tornou-se um
homem injusto e vaidoso, deixou de fazer o bem e só queria riqueza e poder.
- Na verdade, Deus sempre o abençoou e nunca o castigou, mesmo porque
Deus não castiga ninguém. Foi o próprio Salomão que se confundiu e
estragou sua própria vida. Assim também, quando a gente vive fazendo coisas
erradas, nossos erros vão aos poucos estragando nossa vida. É importante
saber que Deus sempre nos ama, sem colocar condições. Mas também é
preciso saber que o mal estraga nossa vida e, portanto, é sinal de inteligência
saber evitá-lo.
- Fixar a faixa com o tema do encontro de hoje: SAIBA QUE O MAL
ESTRAGA A VIDA. Comentar com a turma o sentido dessa atitude.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Explicar que a vida do rei Salomão pode ser dividida em duas fases:
- Antes: - quando ele era um homem de bem que procurava agradar a
Deus e cuidava de seu povo.
- Depois - quando deixou o mal estragar sua vida e passou a cometer
: uma série de erros.
- Expor o painel comparativo, feito como segue. (Se o catequista já tem o painel
pronto, de outros encontros, é só trocar as fichas).
a) Tomar 1 ou 2 folhas de papel pardo e fazer 3 pregas horizontais de certa
profundidade, formando pequenos bolsos. Fixar essas pregas com fita crepe.
b) Preparar os cartões. Cada cartão terá na frente um número e no verso uma frase
referente à vida de Salomão. Assim:
1. Vivia unido a Deus 7. Tornou-se egoísta
2. Explorou o povo 8. Abandonou a Deus
3. Possuía muita fé 9. Queria servir
4. Era caridoso 10.Ajudava o povo
5. Era justo 11.Praticou injustiças
6. Perdeu a fé 12.Queria enriquecer
c) Observar que as frases formam pares, da seguinte maneira: uma indica como era
Salomão antes e a outra como ficou depois que deixou o mal ir estragando sua
vida. Os pares são:
1-8; 3-6; 10-2;
5-11; 4-7; 9-12
- Estando o painel exposto, conforme figura abaixo, convidar a turma para formar os
pares, unindo um cartão que mostra como era Salomão antes com outro que mostra
como ele ficou depois. Para animar a brincadeira, a turma poderá ser dividida em
duas equipes. Uma criança de cada equipe irá à frente e tentará formar os pares. A
criança dirá o número e um catequista virará o cartão. Se a criança acertar, outra
criança da mesma equipe assume seu lugar. Se os acertos são consecutivos, os pares
ficam sempre abertos. Para cada par formado, o catequista registra um ponto. Se ela
errar, fecha-se o par escolhido e será a vez da outra equipe. Então, recomeça-se a
brincadeira. A equipe que tiver maior pontuação será a vencedora.

1 2 3 4

5 6 7 8
9 10 11 12

Fig. 3
- Conferir o painel aberto e ver que terrível mudança ocorreu na vida de Salomão.

Conclusão
É preciso que a gente saiba que nossos erros estragam e confundem nossa
vida, como aconteceu com a vida de Salomão. Muita gente pensa que pode sair por aí
fazendo o que quiser, sem se importar com as conseqüências. Puro engano! Tudo o
que a gente faz tem um resultado ou positivo ou negativo. E, quando as coisas saem
de forma desastrosa, não é Deus que está castigando. É a gente que se descuidou e
fez o que não devia.
Ler a faixa no painel: SAIBA QUE O MAL ESTRAGA A VIDA.
Essa é a segunda coisa importante para vencermos nossas fraquezas. Quem não
sabe disso corre sério risco de se confundir como Salomão.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Convidar a turma para fazer profundo silêncio e rezar.
- Repetir juntos: Ó Deus, venha nos libertar de todas as coisas que estragam
nossa vida. Venha nos ajudar a fazer somente o que é bom e nos faz mais
felizes. Venha nos dar inteligência e sabedoria para fugir de todo mal.
Amém!
- Encerrar, rezando de mãos dadas o Pai-Nosso, destacando o pedido “não nos
deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.
- Motivar para o próximo encontro. Convidar algumas pessoas da turma para
preparar uma encenação para o próximo encontro. Pode ser umas quatro
pessoas. Marcar um dia para ensaiar. Confira a atividade do próximo
encontro.
- Despedir-se da turma. Guardar os painéis. Cantar. Que tal a música no 6?

Dicas para o catequista


- Há um dito popular muito conhecido: “Tudo que é bom é pecado, faz mal ou
engorda”. Essa mentalidade cresceu e se difundiu, inclusive entre os cristãos. Ela
está bem sintetizada numa canção antiga que questiona: “Será que tudo o que eu
gosto é ilegal, é imoral ou engorda?”
- Se o que é bom faz mal ou engorda, não vamos nem discutir. Mas a primeira parte
do dito popular merece reflexão. Por que as pessoas pensam que o pecado é bom?
Será que de fato o pecado traz realizações? E as conseqüências funestas do
pecado? Para o catequista convencer sua turma de que o mal estraga a vida, é
preciso que ele mesmo esteja consciente disso. Não se deixe iludir: o pecado pode
parecer prazeroso, mas o resultado não compensa. Por exemplo: a vingança traz
algum alívio na hora, mas ela gera mais violência ainda. Além do mais, nada se
compara ao prazer duradouro e a paz profunda do perdão.

3º Encontro

AFASTE-SE DO QUE NÃO É BOM

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Caprichar na acolhida, deixando todos à vontade. Cantar a música no 13 ou
outra à escolha.
- Motivar a turma a rezar. Podem ser feitas preces espontâneas, pedindo a paz
para quem mais necessita. A resposta poderá ser: “Senhor, venha nos dar a
sua paz”. O catequista inicia:
• Senhor, nós pedimos paz para todas as famílias;
• Senhor, pedimos paz para todos os que enfrentam momentos de
fraquezas. Etc.
- Concluir, cantando música de paz. Sugerimos a no 16.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
É comum a gente enfrentar situações em que as pessoas – colegas, parentes,
amigos – nos convidam para fazer coisas que não são boas. Como devemos agir
nessas situações? A Bíblia vai nos mostrar.

Texto: Pr 1,8-16
Ouça, meu filho, a instrução de seu pai,
Não despreze os ensinamentos de sua mãe.
Isto será ocasião de glória para você
E te ajudará a vencer sempre na vida.
Meu filho, se pecadores quiserem te fazer pecar, não permita;
Se te disserem: “Venha conosco,
Vamos praticar a violência,
Vamos provocar o inocente sem motivo
E acabar com ele de uma só vez,
Vamos sair por aí roubando coisas preciosas
E levando para nossas casas o que é dos outros,
Venha e você terá a sua parte
E levará vantagem junto de nós”,
Se disserem isso, não ande com eles.
Afaste seus passos dos caminhos dessas pessoas
Porque seus passos se dirigem para o mal
E se apressam em fazer o que não deviam.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• De acordo com o texto, por que a gente deve ouvir o ensinamento dos pais?
• Se alguém quiser nos levar para o mau caminho, qual é a orientação que a
Bíblia nos dá?
• Você já foi alguma vez convidado para fazer alguma coisa errada? Como
você reagiu?
• Você já cometeu algum erro por influência de companheiros?

Aprofundamento
- Expor o cartaz com os temas dos encontros anteriores e recordar as atitudes já
vistas, para quem quer vencer as fraquezas. Colar a faixa com o tema do
encontro: AFASTE-SE DO QUE NÃO É BOM.
- Se a gente tem um colega ou companheiro que vive fazendo maluquices e
convidando a gente para fazer também, ou se a gente costuma andar numa
turma barra-pesada que vive aprontando confusão, então é preciso abrir os
olhos. Em vez de a turma levar você para o caminho errado, você é que
precisa levar a turma para o caminho certo.
- E, se você vê que não consegue fazer isso, então costuma ser melhor pular
fora, antes que todos caiam no buraco. É muito bom ter amigos, poder brincar
com uma turma animada. Mas, se a turma começar a seguir um caminho
estranho, fazendo coisas estranhas, é melhor tomar cuidado. Se você cochilar,
pode acabar no meio de uma tremenda confusão. É isso que a Bíblia quer nos
mostrar nesse texto que ouvimos hoje.

3. ATIVIDADE
- Convidar a turma para acompanhar com atenção a encenação do “você
decide”. Se for difícil encenar, contar a história.
- Colocar fundo musical suave.
- 1ª cena: Luizinho está em seu quarto, estudando para a prova. Batem à porta.
Ele levanta e vai abrir. São seus amigos. Eles entram, fazendo o maior
barulhão e se põem a conversar com Luizinho:
• Amigo 1: - O que você está fazendo, cara?
• Luizinho: - Estou terminando de estudar.
• Amigo 2: - Que isso, Luizinho? Eu ainda não estudei nada!
• Amigo 3: - É. Na hora Deus ajuda.
• Amigo 1: - Eu estou afim é de me divertir um pouco.
• Amigo 2: - Divertir? O que nós vamos fazer?
• Amigo 3: - Aqui perto, na casa da vizinha, tem um quintal cheinho de
laranja.
• Amigo 2: - E tão madurinhas! E a vizinha está viajando. Não tem
ninguém lá.
• Amigo 1: - Já sei! Vamos lá roubar laranjas. A gente leva uma sacola e
pega laranja pro resto da semana.
• Amigo 3: - Você vem com a gente, Luizinho?
• Luizinho: - Ir com vocês? Roubar laranja?
• Amigo 3: - É claro! Elas são docinhas. Depois você volta e continua
estudando.
• Luizinho: - Sei não! Preciso pensar. Enquanto isso, vamos lá dentro tomar
um refrigerante.

- Todos saem de cena. O catequista comenta: E agora, o que será que Luizinho
vai decidir? Ele também está cansado de estudar e quer se divertir. Será que
ele vai junto com a turma roubar laranja? Ou será que ele não vai?
- Entregar a cada criança um papelzinho e pedir que faça uma votação secreta.
Quem achar que Luizinho vai roubar laranja escreve SIM no papel. Quem
achar que ele não vai escreve NÃO.
- Recolher os papéis. Um catequista fica com a turma, enquanto o outro sai da
sala. Lá fora, conta os votos e, de acordo com a maioria, combina com os
artistas que final vai ser apresentado. (A turma deverá ter ensaiado os dois
finaias, é claro!).

- 1º final: Se a maioria for SIM.


• A turma entra depressa na sala, conversando com ânimo.
• Amigo1: - Isso! Animou! Ele vai com a gente roubar laranja.
• Luizinho: - É. Vou lá com vocês. Estou mesmo cansado de estudar e
preciso refrescar a cabeça.
• Amigo 2: - Ôba! Vai ser jóia!
• Amigo 3: - Vamos lá pessoal. Todo mundo roubar laranja da vizinha!
• Luizinho pega uma grande sacola e todos saem conversando animados.
Um catequista sai junto, para representar a vizinha.
• Do lado de fora da sala, continuam conversando alto de modo que a
turma ouça. Enquanto conversam, o catequista passa tinta vermelha nos
rostos, nos braços e pernas deles, como se estivessem machucados. Use
alguma tintura que não manche nem cause alergia.
• Luizinho: - Ei, pessoal, vamos pular a cerca.
• Amigo 1: - Luizinho, você sobe no pé.
• Amigo 2: - Vocês jogam no chão e eu pego e coloco na sacola.
• Amigo 3: - Ei, vamos lá, bem depressa.
• Faz barulho de cachorro latindo. O catequista que representa a vizinha
grita:
• Vizinha: - Tem menino no quintal! Pega cachorro! Vai.
• E faz um tremendo barulhão: porretadas, latidos de cachorro, gritaria da
meninada.
• Em correria, eles entram para a sala, manchados de vermelho, como se
tivessem sido mordidos pelo cão. A sacola está vazia. Sentam-se
desconsolados num canto e conversam:
• Amigo 1: - A danada da vizinha estava lá.
• Luizinho: - Ô fria!
• Amigo 3: - E a sacola está vazia.
• Amigo 2: - E o pior é que está doendo bastante.
• Amigo 1: - É! Acho que aprendemos uma lição.
- 2º final: Se a maioria for NÃO.
• A turma entra na sala, conversando. Os meninos tentam convencer
Luizinho.
• Amigo 1: - E aí, Luizinho? Resolveu ir com a gente?
• Amigo 2: - Que tal, você não gosta de laranja?
• Luizinho: - Gosto sim! Só que eu acho meio esquisito a gente sair por aí
invadindo o quintal dos outros.
• Amigo 3: - A gente não vai invadir quintal. Só vamos pegar umas
laranjinhas.
• Luizinho: - Dá no mesmo. Eu prefiro ir lá, quando a vizinha chegar, e
pedir umas laranjas.
• Amigo 2: - Mas assim não é divertido!
• Luizinho: - Ah! Já sei! Vocês querem é divertir? Acabei de ganhar uma
bola novinha. (Pega a bola e mostra à turma). Que tal? Podemos sair e
brincar de bola. Isso, sim, é que é diversão.
• Amigo 1: - Sei não! Eu prefiro roubar laranja.
• Amigo 3: - O Luizinho tem razão. Bola é uma ótima diversão.
• Amigo 2: - Então, vamos lá. Esquece essa história de roubar coisa dos
outros. Vamos todos jogar bola.
• E saem todos satisfeitos com a bola.

- Terminada a encenação, conversar com a turma sobre o que foi apresentado.


Caso a turma tenha escolhido o primeiro final, sugerimos concluir mostrando
a conseqüência negativa e convidar a turma a ver também o segundo final. Se
escolheram o segundo, o catequista poderá também apresentar, depois, o
primeiro, para comparar as duas opções de Luizinho.
- Ver as conclusões e opiniões da turma.

Conclusão
Uma coisa é certa. A gente sempre se sai melhor quando se afasta do caminho
perigoso. Quando uma coisa não é correta, mesmo que pareça muito agradável, é
melhor evitar, porque as conseqüências são desastrosas. Vejam a inteligência de
Luizinho, quando se recusou a seguir a turma. Ele não só conseguiu evitar uma ação
errada, mas atraiu toda a turma para uma diversão mais sadia. Esse é um jeito
inteligente de agir. Quando a gente percebe que a canoa está furada, é melhor não
embarcar.
Ler a faixa no painel: AFASTE-SE DO QUE NÃO É BOM.
Quem não consegue fazer isso vive entrando numa fria, seguindo os erros dos
outros. A gente não precisa seguir a cabeça dos outros. Afinal, cada um tem sua
própria cabeça.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Cantar a música no 17, pedindo por todos os nossos familiares, para que
saibam sempre lutar contra todo pecado e todo mal.
- Rezar uns pelos outros, colocando a mão no ombro da pessoa da direita e
pedindo a Deus que a proteja de todo mal: Senhor Deus, venha abençoar a
todos nós, de modo especial essa pessoa ao meu lado, para que possa vencer
todo mal e saiba evitar as ocasiões de pecado e fugir das situações
complicadas. Dê-nos sabedoria e inteligência para não seguirmos o caminho
do erro e ajude-nos a atrair nossos amigos para o caminho do bem. Amém!
- Pode-se cantar. Sugerimos a música no 13.
- Motivar a turma para o próximo encontro. Cantar à vontade. Guardar o
painel.

Dicas para o catequista


- Afastar-se do que não é bom, ou seja, do perigo do pecado, pode parecer fraqueza
para alguns. Mas a Igreja não vê assim: afastar-se do mal é sinal de força e
inteligência. Nenhum lutador enfrenta um adversário perigoso, a não ser que se
sinta à altura dele. Se a situação ainda nos ameaça, melhor não enfrentar. Dê tempo
ao tempo!
- Evitar situações de risco não significa fugir da vida ou do mundo. Alguns grupos
religiosos têm usado o seguinte chavão: “É preciso tirar os jovens do mundo!” Isso
é preocupante! Não há outro lugar para os jovens, como também para as crianças e
todas as pessoas, a não ser no mundo, e do jeito que ele está, com seus perigos e
ameaças. A fuga do mundo não é a melhor opção. A vida deve ser enfrentada com
seus desafios, mas prudência e cautela são virtudes cristãs. Enfrentar uma situação
para a qual ainda não se está preparado é imprudência.
4º Encontro

MELHORE UM POUCO A CADA DIA

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com alegria. Cantar músicas animadas.
- Silenciar o coração, para rezar. Fazer o Sinal da Cruz.
- Motivar: Deus quer que a gente melhore um pouco a cada dia. Para isso, ele
quer nos ajudar, renovando nosso coração. Cada um pode pensar, agora,
naquilo que mais deseja ver renovado em sua vida. Peça a Deus que renove
seus pensamentos, seus sentimentos, seu jeito de ser e de agir. Peça que ele
renove e transforme tudo aquilo que precisa ser mudado para que você seja
mais feliz.
- Convidar para fazer preces espontâneas. A resposta pode ser: “Venha, Senhor,
nos renovar”. O catequista pode dar o exemplo, começando:
• Venha renovar, Senhor, nossa fé.
• Renove, Senhor, nosso modo de agir. Etc.
- Pode-se encerrar a oração, cantando. Sugerimos a música no 15 ou 18.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Vamos ouvir hoje um texto do apóstolo Paulo que compara nossa vida com a
vida de um atleta que vive se esforçando e se exercitando, querendo sempre
melhorar. Um atleta não fica em forma de um dia para o outro, mas vai melhorando
seu desempenho um pouco a cada dia.

Texto: 1Cor 9,24-27


Nas corridas de um estádio, todos correm, mas um só recebe o prêmio. Corram,
então, de tal maneira que vocês consigam a vitória. Todos os atletas se impõem
muitos exercícios. Eles fazem isso para alcançar uma felicidade passageira. Nós o
fazemos para alcançar uma felicidade duradoura. Assim, eu corro, mas não sem rumo
certo. Dou golpes, mas não no ar. Ao contrário, trato meu corpo com firmeza e
disciplina, com medo de vir eu mesmo a ser excluído do caminho de Deus, depois de
ter ensinado o caminho a outros.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
- Convidar cada um a dizer o que entendeu desse texto. Se for o caso, auxiliar
fazendo perguntas:
• Por que a gente é semelhante a um atleta?
• Por que o atleta se exercita tanto? Qual sua recompensa?
• Qual é a vitória que a gente precisa conseguir?

Aprofundamento
- Recordar os temas anteriores, fixando o painel. Colar a faixa com o tema
desse encontro: MELHORE UM POUCO A CADA DIA.
- No começo, o atleta é ainda bem fraquinho. Não corre nem cem metros e já
fica de língua para fora, morto de cansaço. Mas ele não desiste e começa a
treinar. Faz exercícios, cuida da saúde, procura alimentar-se bem. E, aos
poucos, ele vai melhorando. Começa a correr duzentos, quinhentos, mil
metros e aí ninguém mais o apanha. Ele fica famoso, vai para as Olimpíadas e
ganha medalha de ouro e muito dinheiro. Muitos, entretanto, nem imaginam o
quanto ele teve de se esforçar para chegar lá!
- A vida do atleta é uma prova de que, com força de vontade, a gente pode
melhorar. Podemos não só nos tornar mais rápidos, mais fortes, mas também,
mais sábios, mais felizes, mais bondosos, mais realizados, enfim, um pouco
melhores a cada dia.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Convidar a turma para conhecer o personagem “Zé Custoso”. Explicar que
ele era muito desastrado e vivia aprontando as piores coisas. Ele achava que
não conseguiria nunca melhorar seu jeito de ser. Um dia, encontrou um
amigo que resolveu ajudá-lo.
- Entregar a cada criança uma história e lápis. Pedir que leiam e dêem à história
um final feliz. A história está incompleta. Cada um tentará encontrar o
melhor final. O trabalho pode também ser feito em pequenos grupos, se
parecer melhor.
ZÉ CUSTOSO
Zé Custoso era um menino teimoso. E vivia fazendo trapalhadas. Sua mãe,
Dona Paciência, já estava cansada de encher o menino de bons conselhos. Mas ele
abaixava a cabeça e dizia:
- Tem jeito não, mãe! Sou assim mesmo!
Na rua, tinha fama de brigão. Sempre que entrava na brincadeira dos garotos,
acabava brigando. E vinha para casa chorando e dizendo:
- Tem jeito não, mãe! Sou assim mesmo! Quando vi já tinha brigado.
Uma vez, na escola, chutou a bola com tanta força que foi parar dentro da
sopa, na hora da merenda. A diretora ficou brava e Zé Custoso foi parar de castigo. A
mãe deu mais conselhos. Mas ele disse:
- Tem jeito não, mãe! Sou assim mesmo! Pensei que a bola não fosse cair na
sopa.
E era assim quase todo dia. Antes que o menino chegasse em casa, vinham
os recados para Dona Paciência.
- Seu menino mexeu com a filha do vizinho;
- Seu menino quebrou a vidraça do carro;
- Seu menino pegou bala no supermercado;
- Seu menino machucou outro garoto;
- Seu menino perdeu média na escola;
- Seu menino fugiu da sala de aula;
- Seu menino pôs fogo no quintal do vizinho;
- Ninguém agüenta mais esse seu menino!
Até Dona Paciência já havia desanimado. Pensava que Zé Custoso nunca
fosse virar gente. Um dia, porém, mudou-se para aquela rua um garoto muito
ajuizado. Chamava-se Paulo. Logo que ficou conhecendo Zé Custoso, decidiu ajudá-
lo. Chamou-o num canto e lhe disse:
(Agora, você completa a história. Ajude Paulo a ajudar Zé Custoso até ele
conseguir melhorar e termine a história com um bonito final feliz).

- Comentar as conclusões da turma, vendo a solução que cada um encontrou.


- Se a turma não souber ler nem escrever, a atividade pode ser feita oralmente.
O catequista conta a história até o meio e a turma, conjuntamente, vai
sugerindo como chegar a um final feliz.

Conclusão
O grande problema de Zé Custoso é que ele não acreditava que podia
melhorar. Ele pensava como muita gente: “Sou assim mesmo. Nasci assim, vou ser
sempre assim”. A gente nunca deve pensar dessa maneira. O certo é pensar: “Eu sou
assim, mas posso melhorar”. A gente não pode passar a vida inteira cometendo os
mesmos erros. Isso é falta de inteligência e de esforço. Todos nós podemos melhorar,
nem que seja um pouquinho a cada dia.
Reler a faixa no painel: MELHORE UM POUCO A CADA DIA.
E aí o negócio é sério. Quem não melhora acaba piorando cada vez mais. Mas
quem decide melhorar começa a ser a cada dia um pouco mais feliz. Não custa tentar.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Cantar a música no 13, que nos convida a lutar contra todo mal, fugindo de
todo pecado e vencendo nossas fraquezas.
- Repetir juntos: Ó Deus, ajude-nos a melhorar sempre, um pouco a cada dia.
Queremos vencer todo mal que nos cerca e nos impede de ser felizes. Com a
sua ajuda, faremos como os atletas que vão treinando até alcançarem a
vitória. Queremos vencer o mal e fazer o que é bom, Senhor. Venha nos
ajudar. Amém.
- Rezar o ato de contrição.
- Motivar a turma para o próximo encontro. Cantar à vontade.

Dicas para o catequista


- O catequista tem percebido nossa insistência na possibilidade de vencer as
fraquezas que nos atormentam e nos levam a pecar. Isso não significa que estamos
insinuando que o cristão vai superar suas misérias e se tornar um santo ou um anjo.
Longe disso! Significa apenas que cada pessoa pode aprender a viver com suas
limitações e angústias de uma forma cristã. O que der para ser superado, ótimo! O
que não der, é a cruz de cada dia. A gente a assume e, com confiança em Deus,
segue sem desanimar.
- Por falar na cruz de cada dia, é bom lembrar: faz parte do seguimento de Jesus essa
determinação para carregar a cruz. “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si
mesmo, tome a sua cruz, cada dia, e siga-me” (Lc 9,23). Não pense o cristão que
sua vida vai ficar mais fácil só porque é seguidor de Jesus. A vida continua com os
mesmos percalços de sempre. A diferença é a postura de quem crê, uma vez que o
crente não está sozinho, mas conta com o amor misericordioso de Deus para
superar todo mal.
5º Encontro

PROCURE SEMPRE SE ESFORÇAR

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com alegria e satisfação. Fazer momento de animação,
cantando à vontade.
- Fazer o Sinal da Cruz. Concentrar a turma para rezar.
- Motivar: Hoje, vamos iniciar nosso encontro, pedindo a Deus força e coragem
para lutarmos contra todo o mal e vencermos na vida. O grande inimigo
nosso é o desânimo. Mas a força de Deus nos ajuda a combater esse inimigo.
- Cantar a música no 13.
- Rezar o ato de contrição, motivando antes.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Sem esforço, a gente não consegue nada na vida. Por isso, o texto de hoje nos
incentiva a nos esforçarmos sempre e sem parar.

Texto: Hb 10,32.35s.38s
Lembrem-se dos dias que se foram, logo que vocês se converteram. Quantas
lutas longas e dolorosas vocês suportaram! Não percam esta convicção que é a
condição para receber uma grande recompensa, pois é necessária a perseverança para
fazer a vontade de Deus e alcançar os bens prometidos. Quem é justo viverá da fé;
porém, se o justo se desanimar, não agradará mais a Deus. Não somos,
absolutamente, de perder o ânimo, para nossa ruína; somos de manter a fé, para nossa
salvação.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• Você acha que o esforço é importante? Por quê?
• Você já passou por alguma situação em que teve de se esforçar? Quer contar
como foi?
• Alguma vez você já se sentiu desanimado? Em que situação?

Aprofundamento
- Recordar os temas anteriores, expondo o painel. Fixar a faixa com o tema de
hoje: PROCURE SEMPRE SE ESFORÇAR.
- O desânimo é uma coisa terrível. Ele deixa a pessoa meio abobada. A pessoa
contaminada pelo desânimo fica se sentindo pesada como uma baleia e não
sente vontade de fazer mais nada. Dá uma enorme preguiça. Nem mesmo de
brincar, às vezes, a pessoa sente vontade. Ou às vezes até brinca, mas não tem
disposição para estudar ou trabalhar. É por isso que devemos lutar contra o
desânimo. E atenção: se você não acabar com o desânimo, ele pode acabar
com você. Não dê a ele essa chance.
- Por isso, o texto bíblico que ouvimos nos trouxe esse conselho, para a gente
nunca deixar o desânimo nos abater. Não podemos perder o ânimo.
Precisamos manter nossa fé, nosso entusiasmo e nossa coragem diante da
vida. E, mesmo que a gente tenha que enfrentar muitas lutas e passar por
momentos difíceis, podemos suportar e vencer, pois Deus está sempre
conosco.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Convidar a turma para ouvir uma história: É a história da girafa – animal que
tem o maior pescoço do mundo. Na verdade, a girafa sempre teve o pescoço
grande. Mas há uma lenda interessante sobre o pescoço da girafa. É apenas
uma lenda, mas nos ensina algo importante sobre a necessidade de sempre
nos esforçar.
- Contar a história ou apresentar o texto para ser lido em grupos:

BURRO QUE NÃO SE ESFORÇA CONTINUA PASTANDO


Uma das curiosidades intrigantes do mundo animal é, sem dúvida, o
pescoço da girafa. Ela é, com certeza, o único animal que pode orgulhar-se de
seu pescoço. Mas, se você pensa que a girafa sempre teve aquele pescoção,
vá logo mudando de idéia. A coisa não foi fácil assim, não. A lenda diz que, no
começo dos tempos, a girafa era apenas um burrinho malhado, sem graça
nenhuma, que vivia entre os outros burros, cometendo as mesmas burrices.
Mas, um dia, a girafa começou a pensar. E foi aí que tudo começou a
mudar. Ela olhou o macaco subir nas árvores mais altas e saborear as mais
deliciosas frutas, enquanto os burros tinham que se contentar em pastar capim
seco. Cansada de viver pastando, tomou logo uma decisão: ia tentar atingir o
alto das árvores. Mas, como? Subir nas árvores, com todo aquele corpo,
jamais conseguiria. O jeito era usar a imaginação.
Então, a girafa se posicionou bem debaixo de uma árvore e começou a
esticar o seu pescoço, na esperança de que ele crescesse e atingisse os
frutos. E, a partir daquele dia, ela gastava horas e horas naquele exercício.
Os outros burros passavam perto e gracejavam. Os burros mais
convencidos pensaram que ela estivesse doida. O chefe dos burros até
pensou em interná-la numa clínica de repouso para burros. O que ninguém
percebia era que, de fato, o pescoço da girafa havia começado a se
desenvolver.
A girafa nem ligou para as críticas e ficou firme no seu propósito. E foi
assim que, depois de muito tempo, seu pescoço cresceu e cresceu e cresceu,
até atingir a copa das árvores.
Os burros ficaram assustados no dia em que a girafa mordeu a primeira
fruta.
Diz a lenda que ela, então, caminhou elegante para a floresta e, antes
de sumir entre as árvores, teria se voltado para os burros assustados, dando
uma risada gostosa e estridente. E ainda teria dito, em tom de desforra,
aquela frase que se tornou proverbial: burro que não se esforça continua
pastando.

- Terminada a história, fazer um debate sobre o texto:


• O que você entende com esse título: “Burro que não se esforça continua
pastando”?
• Por que só o pescoço da girafa cresceu e não o dos outros burros?
• Por que os outros burros riam da girafa?
• Qual foi a reação dela diante das críticas dos companheiros?
• O que a gente aprende com isso?

Conclusão
Essa história é só uma lenda. Mas mostra uma grande verdade. A pessoa que
quer se desenvolver, melhorar, crescer na vida precisa se esforçar bastante. De
acordo com a lenda, se a girafa fosse desanimada, teria desistido às primeiras
críticas. Mas, não! Ela insistiu até conseguir o que queria.
Reler o tema do encontro no painel: PROCURE SEMPRE SE ESFORÇAR.
É preciso vencer o desânimo, através do esforço. Esforçar-se para estudar, para
ajudar em casa, para rezar, para vir aos encontros da catequese. Esforçar-se para ser
bom, amigo, paciente, compreensivo. Assim é a vida. É cheia de coisas importantes
que a gente vai conseguindo à medida que vai se esforçando.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Cantar a música no 15, que nos convida a nunca voltar as costas para Deus.
Essa atitude nos traz coragem, pois Deus é nossa força.
- Repetir com o catequista: Pai amado, venha nos encher de ânimo e coragem.
Diante dos desafios da vida, não deixe que a gente se canse ou desanime.
Ajude-nos a lutar pelas coisas importantes. Dê-nos o dom de nos esforçar
sempre para conseguir tudo o que for bom. E não nos deixe desanimar nunca.
Amém!
- Cantar à vontade, encerrando o encontro.

Dicas para o catequista


- Quase sempre, as famílias não se envolvem muito com a catequese e isto preocupa
os catequistas, que ficam se esmerando para reunir os pais e ainda se sentem
culpados por não conseguir evangelizá-los. Lembre-se, porém, que a Igreja é um
corpo, com vários membros, cada qual com sua função. Não se torture o catequista
por causa das famílias dos catequizandos. Faça bem feito o seu trabalho com as
crianças que lhe foram confiadas e deixe a família por conta da paróquia.
Certamente ela tem sua pastoral organizada para evangelizar os adultos e, se não
tem, que trate de se organizar!
- Algo, porém, que o catequista pode fazer nesse sentido é caprichar nos encontros,
na confecção das atividades, etc. Uma criança bem formada na catequese vai
questionar a família em casa. E isso pode ser o começo para que eles procurem a
comunidade de fé. Outra coisa importante é o catequista envolver a família com
atividades interessantes: celebrações, exposição dos trabalhos das crianças, etc. Os
pais vão ver as apresentações dos filhos e têm a oportunidade de ouvir a Palavra de
Deus. Bem melhor que forçar a barra, obrigando-os a reuniões enfadonhas para
ouvir sermão sobre a responsabilidade dos pais na catequese, ou alguma reclamação
sobre seus filhos. Já ouviram o ditado: “Atraem-se mais moscas com uma gota de
mel que com um pote de fel?” É bem mais provável que os pais se interessem pela
catequese dos filhos porque ela parece atrativa, e não porque os catequistas e a
paróquia vivem cobrando.
6º Encontro

CULTIVE SEU LADO BOM

1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL


- Receber a turma com simpatia. Iniciar cantando música à escolha.
- Dar o abraço da paz. Cantar.
- Fazer o Sinal da Cruz, criando clima de oração.
- Motivar: Deus, que é Pai, quer nos ajudar a melhorar, vencendo o desânimo,
derrotando as fraquezas de cada dia. Deus quer nos fazer fortes e decididos e
quer que o nosso coração esteja em paz.
- Fazer preces espontâneas pedindo a ajuda de Deus naquilo que mais for
necessário. A resposta poderá ser: “Pai amado, contamos com sua força”. O
catequista pode começar:
• Pai amado, contamos com sua força para vencermos as dificuldades da
vida;
• Pai amado, contamos com sua força para superarmos todo pecado. Etc.
- Encerrar, rezando juntos o ato de contrição.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Todos nós temos fraquezas, conforme já sabemos. Mas, por outro lado, todos
temos também um lado bom. A Palavra de Deus quer hoje nos incentivar a cultivar o
que é bom.

Texto: Gl 5,13a.16-17b.18-23
Vocês, irmãos, foram chamados à liberdade. Não abusem, porém, da liberdade
como pretexto para fazer o mal.
Eu lhes digo: Deixem-se conduzir pelo que é bom e não por suas fraquezas.
Porque as fraquezas se opõem ao que é bom e o que é bom não combina com as
fraquezas, já que são coisas contrárias. Se vocês se deixarem guiar pelo que é bom,
vocês serão livres. Vejam: as obras produzidas pelas fraquezas são: impurezas, mau
uso da liberdade, falta de fé, superstições, inimizades, brigas, ciúmes, ódio,
discórdias, divisões, invejas, bebedeiras, bagunças e outras coisas semelhantes.
Quero alertar vocês sobre essas coisas: quem as pratica não será feliz. Ao contrário,
as coisas boas são: amor, alegria, paz, paciência, ternura, bondade, fidelidade, calma
e equilíbrio. Quem pratica essas coisas se sente livre.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• Para você o que é a liberdade?
• O que significa abusar da liberdade?
• Qual é o perigo de fazer as obras produzidas pelas fraquezas?
• Qual é a vantagem de fazer as coisas boas?

Aprofundamento
- Recordar os temas anteriores, a partir do painel. Fixar a faixa com o tema de
hoje: CULTIVE SEU LADO BOM.
- Podemos dizer que cada pessoa tem dois lados distintos, duas forças opostas
que desafiam seu comportamento. De um lado, existe a fraqueza que produz
uma série de coisas que prejudicam a pessoa. Mesmo a pessoa mais santa e
perfeita terá seu lado fraco.
- Por outro lado, toda pessoa, por pior que seja, tem também seu lado bom e
sabe fazer coisas boas. Quem é inteligente usa sua liberdade para cultivar seu
lado bom.
- É como se tivéssemos em nosso coração duas sementes: a do bem e a do mal.
Essas sementes desabrocham e crescem à medida que as cultivamos. Quem
cultiva a semente do bem colhe os frutos do bem. Quem cultiva a semente do
mal colhe frutos do mal. Por isso é que é preciso ter inteligência para usar a
liberdade.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Explicar: As pessoas têm muito mais qualidades que defeitos. Só que muita
gente enxerga mais defeitos que qualidades.
- Distribuir, para cada um, um balão vazio – trata-se daquele balãozinho de
borracha, para ser enchido de ar.
- Cada um deverá encher seu balão e, com um pincel ou caneta, escrever nele
algumas de suas qualidades. É bom que a criança pense quais são suas
qualidades mais importantes. Atenção: ninguém deverá assinar seu nome no
balão.
- Quando todos tiverem escrito, convidar a turma a brincar com os balões,
jogando-os pelos ares, uns para os outros, de modo que haja uma troca: o
balão de um vai parar na mão de outro. Ninguém deve ficar com o seu
próprio balão.
- Quando os balões tiverem sido bem misturados, encerrar a brincadeira. A
turma se sentará. Cada um vai ler as qualidades que estão escritas no balão
que tem em mãos. A turma tentará advinhar de quem são essas qualidades.
- Atenção: no troca-troca de balões, alguns podem estourar. Muito cuidado
para não deixar que isso aconteça. Se acontecer, bola pra frente. A atividade
prossegue com os demais balões.

Conclusão
Estamos cheios de qualidades. Graças a Deus! É bom poder olhar as pessoas
pelo que têm de nobre, de bonito, criando uma visão positiva de nós mesmos e dos
outros. Quase tudo em nós é bonito, é maravilhoso. Nossos defeitos não são nada, se
comparados às nossas qualidades. Isso é muito importante para quem quer superar
suas fraquezas. É preciso saber que a maior parte de nós é qualidade e não defeito. E
que os defeitos praticamente desaparecem, quando passamos a cultivar nosso lado
positivo.
Reler a faixa-tema desse encontro: CULTIVE SEU LADO BOM.
Vamos ocupar nossa mente, nosso tempo, com as coisas boas que temos.
Assim, nossas fraquezas serão aos poucos superadas e nossas qualidades irão
ganhando destaque.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Cantar a música no 18, lembrando que o bom Deus sempre nos ajuda a
cultivar o nosso lado bom.
- Convidar as crianças para louvar a Deus pelo que têm de bom.
- Fazer louvores espontâneos. Cada um diz alguma coisa pela qual deseja
agradecer e louvar a Deus. Depois de cada louvor, todos repetem: “Nós te
louvamos, Senhor!” O catequista pode iniciar, dando o exemplo.
• Eu me alegro no Senhor por causa da minha vida, que é um dom de Deus.
• Eu me alegro, por causa dos gestos de bondade que existem no mundo.
• Eu me alegro no Senhor, pelas coisas que nos confortam e animam.
• Eu me alegro pela minha família. Etc.
- Motivar para o próximo encontro. Cantar à vontade.

Dicas para o catequista


- Estamos chegando ao final de mais uma etapa da catequese. Seria muito bom
lembrar ao catequista que, nesse processo permanente de catequese, não cabe
aquele método antigo de argüir os catequizandos, como se fosse um professor
aplicando uma prova aos alunos. O que importa não é tanto o que eles aprenderam
intelectualmente, se sabem de cor o que foi dito nos encontros, mas o esforço
pessoal para melhorar e o desejo de ser uma pessoa de bem, que se sente amada
por Deus. Não existe, porém, um método objetivo para avaliar e medir o quanto a
pessoa se sente amada por Deus e comprometida com a superação de suas
fraquezas.
- Por isso, julgamos que o melhor modo de avaliar o catequizando é conferir sua
presença nos encontros. Se ele está presente é porque, de alguma forma, está
motivado. Se ele falta demais, sem justa causa, isso pode ser sinal de pouco
compromisso com a catequese. Nem mesmo a participação ativa nos encontros
dever ser tomada como critério fundamental de avaliação. A criança mais
desinibida terá sempre mais facilidade de participar dos debates e dar opinião. A
criança mais tímida sempre ficará mais calada e retraída. Isso não significa que
esteja menos interessada ou entendendo menos. É só uma questão de
temperamento. Procuremos não fazer avaliações precipitadas. Vamos agir como o
semeador do Evangelho. Lance a semente e confie em Deus. Algum fruto vai
nascer, ainda que o catequista não consiga contar quantos frutos exatamente sua
catequese está produzindo.
- Procure o catequista a formação necessária para seu crescimento e
amadurecimento pessoal. Não são só as crianças que precisam de catequese
permanente, mas também o catequista (cf. DNC, n. 252-260).

7º Encontro

ACEITE A AJUDA DE DEUS


1. ACOLHIDA E ORAÇÃO INICIAL
- Acolher a turma com ânimo e disposição. Cantar à vontade. Escolher músicas
bem animadas.
- Convidar a turma para rezar pedindo perdão pelas vezes em que a gente se
afastou de Deus.
- Cantar a musica no 15.
- Fazer preces espontâneas. A resposta pode ser: “Perdoe, Senhor, os nossos
pecados”. O catequista pode dar o exemplo, começando:
• Perdoe, Senhor, os nossos pecados, porque eles estragam a nossa vida.
• Perdoe, Senhor, nossa falta de tempo para fazer o bem.
• Perdoe, Senhor, nosso nervosismo com as pessoas. Etc.
- Para concluir, sugerimos rezar o ato de contrição.

2. O QUE A BÍBLIA DIZ


Motivação
Em nosso esforço constante para vencer nossas fraquezas, não estamos sós.
Deus está sempre conosco. Vamos ouvir um trecho da Bíblia que mostra como Deus
se faz presente para nos fortalecer.

Texto: Is 40,28b-31
O Senhor é um Deus eterno
Nunca se cansa, nem se aborrece.
Sua sabedoria é maior do que podemos compreender.
Ele dá forças ao que está abatido.
Redobra o vigor do fraco.
Até os adolescentes podem se cansar
E jovens robustos podem desanimar,
Mas os que confiam no Senhor renovam suas forças.
O Senhor lhes dá asas de águia.
Eles correm sem se cansar,
Vão para a frente sem desanimar.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus!

Partilha
• O texto diz que mesmo os adolescentes e jovens, que são fortes por natureza,
podem se cansar e desanimar. E as crianças, será que se cansam também e
ficam desanimadas?
• Você alguma vez já se sentiu desanimado? E cansado? Como foi isso?
• De acordo com o texto, qual é a vantagem de quem confia no Senhor?
• Você já viu uma águia? Já viu como são enormes as suas asas? Já percebeu
como a águia voa alto? O que a Bíblia quer dizer, quando afirma que, se a
gente confiar no Senhor, ele nos dá asas de águia?

Aprofundamento
- Recordar os temas anteriores, por meio do painel. Expor a faixa com o tema
desse encontro: ACEITE A AJUDA DE DEUS.
- Muita gente tenta vencer suas fraquezas sem a ajuda de ninguém. Nem de
Deus. E não consegue mesmo. As pessoas dizem, cheias de si: Eu não preciso
da ajuda de Deus. Eu posso melhorar e ser feliz sozinho. Que tolice! Se Deus
está disposto a nos ajudar, por que recusar sua bondade? Toda ajuda é sempre
bem-vinda! Especialmente a ajuda de Deus!
- Muita gente pensa: Eu sou forte. Nunca vou desanimar. Nunca vou passar por
dificuldades. Que ilusão! A Bíblia diz que até um jovem, com toda a sua
disposição, corre o risco de cair num profundo desânimo.
- É por isso que a gente precisa da força de Deus. Deus nos dá asas de águia, ou
seja, ele nos faz fortes e corajosos, capazes de voar nas alturas. Sem Deus, a
gente fica rastejando nas próprias fraquezas. Com Deus, a gente ganha as
alturas, como se fôssemos águias. Crescemos e nos desenvolvemos com sua
ajuda.

3. ATIVIDADE
Sugestão
- Convidar a turma para conhecer a história de uma águia que foi criada no
meio de galinhas.
- Sugerimos dividir a turma em grupos e repartir um texto para cada grupo,
para que leiam e reflitam sobre a mensagem que cada grupo achar mais
importante.
- Obs.: Se a turma não tiver condições de ler, o catequista poderá contar a
história e fazer um debate no final.

ÁGUIAS FORAM FEITAS PARA A IMENSIDÃO


Num monte bem alto, havia um ninho de águia com vários ovos. Um
dia, houve um tremendo temporal e o vento fez rolar um desses ovos monte
abaixo, vindo a cair à beira do caminho. Um bom camponês que passava viu
aquele ovo e disse: “Que belo ovo! Minhas galinhas se orgulhariam de poder
chocá-lo!” E levou-o consigo e o pôs para chocar em meio aos outros ovos de
seu galinheiro. Dias depois, veio à luz a ninhada. Mamãe galinha, sempre
zelosa, se esmerava no cuidado dos filhotes. E eles foram crescendo.
O bom camponês acompanhava atento o desenvolvimento daquelas
criaturinhas que ciscavam o quintal comendo restos de lixo. Atento que era, foi
notando que um dos pintinhos ia ficando cada vez mais diferente dos demais.
Suas asas pareciam crescer exageradamente, seu bico se desenvolvia
rapidamente, suas unhas foram virando garras afiadas e mamãe galinha não
dava conta de ensinar-lhe as coisas próprias da família.
O bom camponês compadeceu-se de ver aquele pobre frangote
desajustado no meio da turma – sem dúvida, não havia ambiente para ele
desenvolver suas capacidades – e começou a oferecer-lhe um treinamento à
parte. Técnicas de vôo, para começar, e outras mais.
As primeiras tentativas foram frustrantes. O frangote esquisito ensaiava
o pulo, batia as asas, tomava impulso e... ia para o chão.
O camponês insistia, porém. E, com a insistência, vieram os resultados.
Primeiro, vôos menores... aterrissagens forçadas. Depois, verdadeiros shows
de acrobacias aéreas. Os irmãos pintinhos pasmaram-se, mamãe galinha não
acreditou, o bom camponês se emocionou, quando um dia o frangote subiu a
montanha, alçou vôo e sumiu nas nuvens.
E concluíram comovidos: em verdade, em verdade, aquilo não era uma
galinha. Era uma águia. E as águias não foram feitas para ciscar o terreiro,
mas para a imensidão do céu.

Obs.: Terminado o trabalho em grupo, fazer um grande debate, confrontando a


mensagem que cada grupo tirou.

Conclusão
O filhote de águia vivia tranqüilo entre os franguinhos, ciscando o lixo. Ele
não sabia que sua sorte era voar mais alto. Muita gente vive assim, como se fosse
pessoa sem tanto valor, como se não conseguisse melhorar e desenvolver na vida.
Como aquele camponês que ajudou o filhote a descobrir que podia voar, Deus quer
ajudar seus filhos a desenvolver suas capacidades e atingir o máximo de suas
qualidades. Deus quer, conforme ouvimos no texto da Bíblia, dar-nos asas de águia,
isto é, quer que a gente se desenvolva o máximo que a gente puder e seja mais
inteligente, mais santo, mais feliz.
Reler o tema no painel: ACEITE A AJUDA DE DEUS.
Só Deus pode lhe dar asas de águia e ajudar você a se sentir realizado e feliz,
vencendo suas fraquezas como aquele filhote de águia.

4. ORAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO


- Cantar a música no 10 ou outra à escolha.
- Repetir juntos, de mãos dadas: Senhor Deus, precisamos de sua força, para
vencer nossas fraquezas e fazer crescer nossas qualidades. Não queremos,
Senhor, ficar rastejando no mal, como se fôssemos feitos para uma vida ruim.
Queremos voar alto, até atingir a vida feliz que o Senhor tem para nós.
Ajude-nos, Senhor, pela sua bondade. Amém!
- Motivar a turma para o próximo encontro, que será uma celebração para
encerrar mais uma etapa. Que tal fazer uma confraternização, ainda mais que
deve ser também fim de ano?

Dicas para o catequista


- Chegando ao final de mais um ano de catequese, é bom lembrar: a catequese é
permanente, logo só uma etapa é finalizada, não o processo catequético. Se a
catequese é um ministério confiado pela Igreja ao catequista, então nada de
desânimo. O trabalho continua no próximo ano.
- Se o catequista – ou a equipe de catequese – achar oportuno, que tal encerrar o ano
com uma festa envolvendo os pais e expondo os trabalhos das crianças? Estamos
sugerindo uma celebração de entrega do Pai-nosso para quem ficou fiel até o fim
desta etapa. A festa pode ser depois desta celebração. Ou em outro dia! Os
catequistas do mesmo módulo se reúnem e preparam o evento: muita música,
teatro, atividades feitas pelas turmas durante o ano. E, se quiser, nos intervalos
algumas breves orientações para os pais sobre a catequese permanente e o
importante papel deles neste processo.
8º Encontro

CELEBRAÇÃO

PREPARAÇÃO
- Para a celebração, o ambiente deve ser bem bonito. Preparar tudo com zelo e
bom gosto, para que seja um encontro diferente: um altar bem forrado, flores
e uma Bíblia.
- Levar sete velas e suporte para elas: um candelabro ou coisa parecida.
- Ensaiar as músicas com as crianças.
- Se houver dois catequistas, sugerimos dividir as funções de modo que um seja
comentarista e o outro dirigente.
- Se parecer oportuno, treinar uma criança para a proclamação do texto bíblico.
- Fazer as sete preces em tirinhas de papel, conforme rito do compromisso.
Ensaiar as crianças que vão ler as preces.
- Fazer um cartãozinho para cada criança, conforme modelo no final da
celebração.
- Preparar confraternização, conforme combinado com a turma.

1. RITOS INICIAIS
- C: Cumprimentar a turma, acolhendo a todos com alegria e serenidade.
Motivar a celebração: Durante esta etapa que agora encerramos, pudemos
refletir sobre as atitudes necessárias para vencer nossas fraquezas, convivendo
com elas sem cair no pecado e sem deixar que estraguem nossa vida.
Aprendemos um jeito positivo de viver a vida, com otimismo e esperança.
Somos fracos. Esse é o nosso mistério. Mas Deus é nossa força e libertação.
Nesta celebração, vamos agradecer a ele por tudo o que tem feito para que
sejamos um povo vencedor. Vamos ficar de pé e cantar animados.
- Canto no 1 ou outro à escolha.
- D: Saudar a turma e fazer o Sinal da Cruz. Dizer: Que o amor infinito do Pai, a
paz de Jesus e a luz do Espírito Santo estejam com todos vocês.
- T: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
- D: Deus nos reuniu mais uma vez para nos incentivar e animar. Ele quer que
sejamos um povo vencedor. Quer que não desanimemos, que não nos
cansemos, que não deixemos as fraquezas nos dominarem. Quer que subamos
às alturas da glória e da realização, como fazem as águias que voam no alto.
Para isso, aprendemos em nossos encontros sete atitudes fundamentais. Vamos
receber o cartaz que montamos durante essa última etapa, com as dicas para
quem quer ser na vida um vencedor.

Entrar o cartaz, trazido por duas crianças. Enquanto isso, cantar. Sugerimos a
música 8. Fixar o cartaz em lugar de destaque. Eis um modelo:

SEJA VOCÊ TAMBÉM UM VENCEDOR


1. Assuma seus próprios erros
2. Saiba que o mal estraga a vida
3. Afaste-se do que não é bom
4. Melhore um pouco a cada dia
5. Procure sempre se esforçar
6. Cultive seu lado bom
7. Aceite a ajuda de Deus

- D: O pecado existe. A fraqueza existe. Mas o amor de Deus é maior que tudo
isso. Ele nos ajuda a vencer os pecados e as fraquezas. Por isso, vamos louvar o
Senhor, demonstrando nossa alegria de sermos amados por ele e podermos
cultivar o que é bom e nobre e traz paz e alegria para a nossa vida.
- Canto no 9 ou outro à escolha.
- D: Oremos: (O Dirigente reza, enquanto a turma acompanha em silêncio) Ó
Deus misericordioso, com alegria louvamos ao Senhor porque somos bons e o
nosso coração está cheio de sua graça e de seu amor. Queremos pedir que sua
força nos ajude sempre, para nos sentirmos em paz com a vida e com nosso
próprio coração. Isso te pedimos, em nome de Jesus, pela força do Espírito
Santo.
- T: Amém!

2. RITO DA PALAVRA
- C: Chegou o momento de ouvir a Palavra de Deus. Deus hoje vem nos falar de
sua luz, que ilumina nossa vida, para refletirmos seu brilho. Vamos ouvir uma
leitura do livro do profeta Isaías. Por meio do profeta, Deus nos promete sua
luz para nos libertar de toda escuridão.
- L: Leitura do Livro do Profeta Isaías (Is 60,1-4)
Levante-se, meu povo, eis a sua luz.
A glória do Senhor se levanta sobre você.
Veja, a noite cobre a terra e a escuridão cobre os povos,
Mas sobre você se levanta o Senhor e sua glória te ilumina
As nações se encaminharão para a sua luz
E os reis para o brilho de sua força.
Levante os olhos, meu povo, e olhe à sua volta.
Todos se reúnem para vir até você.
Não se ouvirá mais falar de violência em sua terra,
Nem de desgraças em seu território.
Você não terá mais necessidade do sol para te iluminar,
Nem da lua para te clarear.
Permanentemente terá por luz o Senhor
E seu Deus por resplendor.
Seu sol não mais se esconderá.
Sua lua não deixará de brilhar,
Porque você terá constantemente o Senhor por luz
E seus dias de tristeza estarão acabados.
- L: Palavra do Senhor.
- T: Graças a Deus.

- D: Fazer breve reflexão: Deus hoje quer que a gente compreenda uma coisa
muito simples e importante: Nós somos luz. Está certo que somos fracos e
pecadores. Mas Deus, com sua força, nos liberta das trevas e das fraquezas e
faz sua luz brilhar em nossa vida. Assim, cada um pode refletir o brilho da luz
de Deus. Mesmo que as trevas tentem encobrir nossos corações, a luz de Deus
sempre é mais forte e brilha iluminando nossa vida. Essa luz de Deus restaura
nossas forças, renova nossa vida, faz de nós novas criaturas. Iluminados por
Deus, temos tudo para brilhar no mundo como verdadeira luz. Essa luz
ninguém pode apagar em nós, a não ser que nós mesmos a apaguemos.

3. RITO DO COMPROMISSO
- C: Deus quer que você brilhe, refletindo sua luz. Deus sabe que você pode
possuir muitas fraquezas. Mas, apesar delas, Deus quer que você se sinta feliz.
Deus deseja que você aprenda sempre mais a evitar o mal e a praticar o bem,
para que você seja feliz. Essa felicidade será maior se você colocar em prática
essas sete atitudes sobre as quais refletimos nessa etapa.
- Explicar: Vamos, agora, ficar de pé e rezar, pedindo a Deus que nos ajude a
cultivar essas atitudes necessárias para a nossa felicidade. Vamos fazer
algumas preces. Sobre o altar, estão sete velas apagadas. Depois de cada prece,
um de vocês vem à frente e acende uma vela, para significar o brilho da luz em
nossa vida. Cada vela acesa representa nosso desejo de acender no coração
uma atitude positiva a mais, para lidarmos com nossas fraquezas sem que elas
nos atrapalhem.
- Depois de cada prece, enquanto se acende cada vela, cantar o refrão da música
no 18 ou outro à escolha.

Obs.: Na frente, deverá haver um altar com sete velas apagadas. A cada prece,
uma vela será acesa. Essas velas poderão estar numa bandeja ou em suportes.
O painel deverá permanecer em lugar visível. As preces poderão ser lidas
pelas próprias crianças, em tiras de papel. O dirigente anuncia cada prece.

D: Vamos rezar, pedindo a Deus que nos ajude a assumir nossos próprios
erros:
Prece 1: Ó Deus de amor, dê a cada um de nós muita força para assumirmos
nossas falhas, sem culpar os outros. Dê-nos também a humildade de tentar
consertar nossos erros, sem deixar que eles estraguem nossa vida.
Cantemos.
D: Vamos rezar, pedindo a Deus que não nos deixe esquecer que o mal estraga
nossa vida:
Prece 2: Senhor Deus, dê-nos inteligência e sabedoria para percebermos o
quanto o mal nos prejudica e estraga nossa vida. Assim, saberemos evitá-lo
e seremos mais felizes. Cantemos.
D: Vamos pedir a Deus a força de nos afastar de tudo o que não é bom:
Prece 3: Deus de amor, com sua ajuda, queremos nos afastar dos caminhos do
mal. Ajude-nos a evitar as coisas que nos prejudicam e a fazer só o que for
correto. Cantemos.
D: Peçamos a Deus que nos ajude a melhorar um pouco a cada dia:
Prece 4: Deus, nosso Pai, queremos, a cada dia, ser um pouco melhores e ter
mais alegria, mais paz e mais amor no coração. Venha nos ajudar, Senhor.
Cantemos.
D: Peçamos também o dom de nos esforçarmos sempre:
Prece 5: Senhor, somos fracos e corremos o risco de nos cansar e desanimar.
Por isso, nós te pedimos: não nos deixe cair no desânimo, mas ajude-nos a
nos esforçar sempre. Cantemos.
D: Vamos rezar para que Deus nos ajude a cultivar nosso lado bom:
Prece 6: Nós sabemos, Senhor, que nossa fraqueza não apaga nossas
qualidades e sabemos que temos muita coisa boa em nosso coração. Ajude-
nos a cultivar essas qualidades, para que cresça nosso lado bom. Cantemos.
D: Vamos rezar, agora, pedindo a força de Deus
Prece 7: Ó Deus bom, nós queremos vencer na vida, superando toda
dificuldade. Para isso, precisamos de sua ajuda e de sua luz. Só com sua
força somos capazes de vencer o mal. Cantemos.

- Estender as mãos para as velas e repetir com o catequista: Senhor, Deus de


amor, somos fracos, mas pedimos que sua luz brilhe sempre em nossa vida.
Venha iluminar nossa mente, para sabermos cultivar as atitudes que vão fazer
de nós pessoas vencedoras, capazes de lutar contra todo o mal e vencer as
tentações do pecado. Assim iluminados, seremos luz no mundo, cultivaremos
tudo o que é bom e importante para a vida, e seremos felizes. Amém.
- Cantar para encerrar o rito. Que tal a música 14?

4. RITOS FINAIS
- D: Oremos: Senhor Deus, queremos permanecer eternamente ao seu lado,
pois só junto do Senhor encontramos a verdadeira paz e conhecemos nosso
valor, pois somos seus filhos e amigos. Venha nos ajudar, pois queremos
vencer nossas fraquezas e cultivar o seu amor em nossa vida. Isso nós
pedimos, por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
- T: Amém.

Sugerimos que o catequista distribua cartões com os temas estudados nessa etapa.
Pode ser um cartãozinho imitando o cartaz dessa celebração. Pedir que guardem
consigo e procurem reter no coração essas atitudes que ajudam quem quer vencer
na vida. Se quiser que esse cartão sirva também de cartão de Natal, acrescente uma
mensagem simples, tal como: “Toda a equipe paroquial da catequese deseja a você
e à sua família um Feliz Natal e Santo Ano Novo. Esperamos que você esteja
conosco no próximo ano”. Que tal? Use a sua criatividade.

- C: Avisos:
• Se for fim de ano, lembrar a importância da perseverança no próximo ano.
Se houver férias, desejar bom descanso, mas lembrar que não devem se
descuidar do cultivo da amizade com Deus, da oração, da leitura bíblica,
da participação na comunidade.
• Outros avisos necessários.

- Bênção final
D: O Senhor esteja conosco.
T: Ele está no meio de nós.
D: Abençoe-nos o Deus todo cheio de amor: Pai, Filho e Espírito Santo.
T: Amém.

Fazer confraternização. Deve ser fim de ano. Aproveite para celebrar também o
Natal. Agradeça a todos pela participação e incentive a perseverança, mostrando
quanta coisa boa ainda temos a aprender na caminhada da catequese permanente.

CELEBRAÇÃO DE ENTREGA DO PAI-NOSSO

Sugerimos que, além da celebração que encerra a quarta etapa, seja feita outra
celebração, envolvendo toda a comunidade e todas as turmas da catequese. Nessa
grande celebração, seja feita a entrega de algum símbolo que lembre aos
catequizandos o compromisso assumido no final de cada ano catequético. Essa
entrega é um modo de marcar cada passo do processo catequético com um
compromisso celebrado perante toda a comunidade.
Essas entregas estão previstas no Ritual da Iniciação Cristã de Adultos. Lá se
fala diretamente aos catecúmenos, ou seja, àqueles que ainda não foram batizados.
Não é exatamente o nosso caso. Mas o RICA sugere que certos rituais sejam
adaptados para os catequizandos em geral. É o que propomos aqui. Conforme o
RICA, deve ser feita a entrega da “Oração do Senhor”, isto é, o Pai-nosso: “O
momento oportuno poderá ser escolhido segundo a evolução da catequese, de forma
que coincida com o aprofundamento da vida de oração dos catecúmenos” (cf. RICA,
188), em nosso caso, dos catequizandos.
Julgamos que o tempo oportuno para a entrega da Oração do Senhor seja o
final do módulo 1, depois que os catequizandos aprofundaram a experiência do Deus
Pai, que é amor e misericórdia, que nos ama e nos ajuda a superar nossas fraquezas.
Sugerimos que a Paróquia prepare quadros com a oração do Pai-nosso – um
para cada catequizando que tenha frequentado com proveito o módulo 1. É sempre
bom caprichar, imprimindo a oração em papel bonito e ilustrado, colocando uma
moldura, para que os catequizandos possam guardar, não como um certificado de
conclusão do módulo 1, mas como um sinal do compromisso com Deus Pai.
Imaginamos que, na mesma celebração, estejam presentes os catequizandos
dos outros módulos, que também receberão os seus símbolos. Por isso, não faremos
aqui um roteiro específico para a entrega do Pai-nosso. A própria Paróquia prepare
um roteiro de celebração, de acordo com sua realidade.
Nesse roteiro, haja um momento para a entrega dos símbolos. Cada grupo de
catequizandos, de cada módulo, será então chamado à frente. Pode-se dialogar com
eles, rezar por eles e, então, entregar a cada um o símbolo de seu compromisso. Para
os catequizandos do módulo 1, entrega-se o Pai-nosso. Para os catequizandos dos
outros módulos, haverá outros símbolos, de modo que ao final de cada módulo a
criança receberá um sinal para guardar e marcar sua caminhada de fé.
O RICA traz modelos de celebração que podem – e devem – ser adaptados,
com sugestões de leituras e orações. Só lembramos mais uma vez que as orações do
RICA usam sempre a palavra catecúmenos, que deve ser trocada por catequizandos
sempre que estivermos lidando com turmas de pessoas já batizadas. O termo
catecúmeno deve ser usado somente no caso em que toda a turma seja de adultos não
batizados. Mesmo que haja na catequese alguma criança ainda não batizada, no meio
de uma maioria já batizada, nossa sugestão é que, oportunamente, seja providenciado
o batismo dessa criança – conforme orientações da paróquia –, e que ela não seja
tratada como catecúmeno no meio dos catequizandos, pois isso poderia soar para a
criança como uma espécie de discriminação.
Por isso, frisamos mais uma vez que os modelos do RICA devem ser tomados
não ao pé da letra, mas como uma inspiração. O próprio ritual já prevê essa
possibilidade de adaptação.
MÚSICAS
1. A FELICIDADE
- A felicidade / É um sonho que podemos realizar / Por ela sempre temos que
lutar / Sem nunca desistir de encontrar./ Deus que é amor / Não cansa de cuidar
de todos nós / Não cansa de ouvir a nossa voz / Mas fica sempre atento aos
filhos seus.
- Ele chama a gente / Pra tentar ser feliz / E, se a gente tentar, / Ele vai ajudar. /
O sentido da vida / É a gente lutar / Pela felicidade / Até encontrar.

2. NO CORAÇÃO DE DEUS
- No coração de Deus, a gente tem lugar. / Porque Deus conhece a todos e a
todos ele ama com imenso amor. / No coração de Deus, a gente vai ficar. / E do
coração de Deus a gente nunca mais vai se afastar.
- Porque ainda que a mãe / abandonasse um filho seu / Eu sou o Senhor / E não
te abandonaria. / Mesmo que os montes se abalassem / Teu Deus jamais
vacilaria / Porque estás sempre diante dos meus olhos.

3. DEUS É TÃO BOM


- Deus é tão bom (3x) / Porque ama todos nós.
- Deus nos dá amor (3x) / Porque ama todos nós.
- Deus cuida de nós (3x) / Porque ama todos nós.
- Deus não nos esquece (3x) / Porque ama todos nós.
- Deus nos faz felizes (3x) / Porque ama todos nós.
- Deus é nosso amigo (3x) / Porque ama todos nós.

4. VAMOS RECEBER A PALAVRA DE DEUS


- Vamos receber a palavra de Deus (2x)
- R.: Nosso coração bate forte de esperança / Pra fazer uma aliança e viver
junto de Deus. (2x)
- Vamos escutar a Palavra de Deus. (2x)
- Vamos praticar a Palavra de Deus. (2x)
- Vamos aplaudir a Palavra de Deus. (2x)

5. O AMOR É PACIENTE
- O amor é paciente (2x) / Que alegria a gente ser assim. / Ele não é irritado (2x)
/ Coisa triste a gente ser assim.
- É por isso que o amor é importante para nós / Sem amor ninguém pode viver. /
O amor é o maior cuidado / Que a gente precisa para ser feliz. (bis)
- O amor é bondoso (2x) / Que alegria a gente ser assim. / Ele não é maldoso
(2x) / Coisa triste a gente ser assim.
- O amor é alegre (2x) / Que alegria a gente ser assim. / Ele não é triste (2x) /
Coisa triste a gente ser assim.
- O amor é manso (2x) / Que alegria a gente ser assim. / Ele não é violento (2x) /
Coisa triste a gente ser assim
- O amor é caridoso (2x) / Que alegria a gente ser assim. / Ele não é egoísta (2x)
/ Coisa triste a gente ser assim

6. O MAIOR TESOURO
- O maior tesouro / que alguém pode achar / é o amor que Deus / tem pra nos
mostrar. (2x) / Deus é amor (3x)
- Foi Deus quem criou / o céu e o mar; / também nos criou / para nos amar. (2x) /
Deus é amor (3x)
- - Muita gente pensa / que existe à toa / mas se Deus nos ama, / nossa vida é
boa. / (2x) / Deus é amor (3x)
- Tudo o que há no mundo / tem muito valor, / pois tudo foi feito / com muito
amor. / (2x) / Deus é amor (3x)
- Somos parecidos / com o nosso Deus / Ele é quem nos fez / somos filhos seus. /
(2x) / Deus é amor (3x)
- Não se esqueça disso / em nenhum instante: / Todas as pessoas / são muito
importantes. / (2x) / Deus é amor (3x)

7. QUE TRISTE SERIA


- Que triste seria se a Maria / Não tivesse o amor de Deus. / Ficaria
abandonada, sem cuidado de ninguém. / Voltaria suas costas para nós. (Bis)
- Maria, você pode ter certeza / Deus te ama de verdade. / Então vire para a
frente, dê um sorriso e fique em paz. / Deus te ama e quer você muito feliz.
(Bis)

8. DEUS É PAI
- Deus é Pai / Ele tem por nós um verdadeiro amor / Ele quer que o mundo seja
tão feliz / como um jardim todo cheio de flor.
- Vamos lá! / Vamos nos unir para poder mostrar / Como é feliz quem é filho de
Deus / Pois toda tristeza ele vai transformar.
- Companheiro, vem com a gente se alegrar / pois o trem da alegria vai passar / e
por onde a gente passa a sorrir / Todo o mal irá sumir.

9. EU SEI QUE FOI DEUS QUEM ME CRIOU


- Eu sei que foi Deus quem me criou. / Deus é um Pai cheio de amor / E eu sou
filho de Deus. / Eu tenho um Pai que me ama (3x) / com imenso amor.
- Tu sabes que foi Deus quem te criou. / Deus é um Pai cheio de amor / E tu és
filho de Deus. / Tu tens um Pai que te ama (3x) / com imenso amor.
- Ele sabe que foi Deus quem o criou. / Deus é um Pai cheio de amor / E ele é
filho de Deus. / Ele tem um Pai que o ama (3x) / com imenso amor.
- Nós sabemos que foi Deus quem nos criou. / Deus é um Pai cheio de amor / E
nós somos filhos de Deus. / Nós temos um Pai que nos ama (3x) / com imenso
amor.
- Vós sabeis que foi Deus quem vos criou. / Deus é um Pai cheio de amor / E vós
sois filhos de Deus. / Vós tendes um Pai que vos ama (3x) / com imenso amor.
- Eles sabem que foi Deus quem os criou. / Deus é um Pai cheio de amor / E eles
são filhos de Deus. / Eles têm um Pai que os ama (3x) / com imenso amor.

10. QUANDO EU VEJO UM IRMÃO


- Quando eu vejo um irmão passando fome, / Sem comida pra poder se sustentar.
/ Compreendo que o pecado estraga o mundo / E impede muita gente de
sonhar.
- R.: Deus Pai criou o mundo para todos os irmãos / Mas veio o pecado e só
trouxe divisão .(2x)
- Quando eu vejo um irmão sofrer sem casa. / Sem ter teto, nem lugar para
morar. / Compreendo que o pecado estraga o mundo / E impede muita gente de
sonhar.
- Quando eu vejo uma criança abandonada, / Sem carinho, sem família, sem um
lar. / Compreendo que o pecado estraga o mundo / E impede muita gente de
sonhar.
- Quando eu vejo um irmão desempregado. / Sem dinheiro, sem chance de
trabalhar. / Compreendo que o pecado estraga o mundo / E impede muita gente
de sonhar.
- Quando eu vejo um irmão pobre e doente. / Que não tenha condições de se
tratar. / Compreendo que o pecado estraga o mundo / E impede muita gente de
sonhar.
- Quando eu vejo um mendigo rejeitado, / Pela rua, assim sem rumo, a caminhar.
/ Compreendo que o pecado estraga o mundo / E impede muita gente de
sonhar.

11. LIBERTA, SENHOR


- Liberta, Senhor, nossa vida / Liberta, Senhor, de todo mal (2x)
- Não queremos ficar amarrados / pela nossa fraqueza / pelos nossos pecados
(2x)
- Liberta, Senhor, do egoísmo / Liberta. Senhor, de todo mal (2x)
- Liberta, Senhor, da maldade...
- Liberta, Senhor, do rancor...
- Liberta, Senhor, da preguiça...
- Liberta, Senhor, do orgulho...
- Liberta, Senhor, da violência...

12. NÃO QUERO MAIS SABER DE VIDA VELHA


- Não quero mais saber de vida velha / Eu já tomei a minha decisão / Vou jogar
fora tudo o que não presta / Vou transformar de vez meu coração.
- E a tristeza eu jogo fora / E a alegria eu guardo aqui no coração (2x)
- Homem velho não serei - Oh, não! Oh, não! / Homem novo quero ser - Oh,
sim! Oh, sim! / Vida velha não terei - Oh, não! Oh, não! / Vida nova quero ter
- Oh, sim! Oh, sim!
- E as intrigas eu jogo fora / E a amizade eu guardo aqui no coração (2x)
- E o rancor eu jogo fora / E o perdão eu guardo aqui no coração (2x)
- E a maldade eu jogo fora / E a bondade eu guardo aqui no coração (2x)
- E o egoísmo eu jogo fora / E o amor eu guardo aqui no coração (2x)
- E o pecado eu jogo fora / E o amor de Deus eu guardo aqui no coração (2x)

13. NÃO DEIXE, MEU IRMÃO


- Não deixe, meu irmão, seu coração / Se escravizar nas garras do pecado.
- A gente pensa que o pecado é coisa boa, / Que não mata nem enjoa / E não faz
mal a ninguém. / Mas o pecado vai chegando e destruindo, / Vai matando, vai
ferindo / E destrói você também.
- Coragem, irmão, / Levante a mão / E a Deus agora entregue o seu coração. /
Você vai ver / que bom vai ser / A salvação que Deus vai dar para você.
(Repetir, substituindo “nas garras do pecado” pelas expressões seguintes:)
- Nas garras da impureza.
- Nas garradas do orgulho.
- Nas garras da maldade.
- Nas garradas do egoísmo.
- Nas garras da preguiça.
- Nas garras da violência. Etc.

14. DEUS É AMOR


- Deus é amor / E é preciso acreditar / Deus nos ama de um jeito especial. /
Mesmo que a mãe / Esquecesse um filho seu, / Deus jamais se esqueceria de
nós.
- Pode ser que a terra trema / E as montanhas se abalem / Mas o amor de Deus
jamais vacilará./ Podem vir as tempestades / Sufocar a nossa vida / Mesmo
assim, Deus não nos vai abandonar.
- E a gente vive mais feliz / Pois Deus nos dá o seu amor / Ele se entrega e tudo
faz/ Pra Deus a gente tem valor. / E o nosso nome sempre está / Gravado bem
na sua mão / Não há razão para sofrer / Em paz repousa o coração.

15. DEUS NOS CRIOU PRA SER FELIZ


- Deus nos criou pra gente ser feliz / E nos pediu pra ouvir a sua voz / Mas nós
voltamos as costas para Deus / E a infelicidade bateu em nossa porta.
- E, então, se você quer ser feliz, / Volte logo para Deus / E escute a sua voz.
(2x)

16. EU TENHO PAZ


- Eu tenho paz (3x) / pra partilhar contigo, irmão. (2x)
- A paz que Deus me deu / Não é só para mim / Se não for partilhada / Não
alcança o seu fim / E quanto mais alguém / Consegue se doar / Mais vida nova
vem / No coração lhe transbordar.
- Eu tenho amor (3x) / Pra partilhar contigo, irmão. (2x)
- O amor que Deus me deu / Não é só para mim / Se não for partilhado / Não
alcança o seu fim / E quanto mais alguém / Consegue se doar / Mais vida nova
vem / No coração lhe transbordar
- Eu tenho fé (3x) / Pra partilhar contigo, irmão (2x)
- A fé que Deus me deu / Não é só para mim / Se não for partilhada / Não
alcança o seu fim / E quanto mais alguém / Consegue se doar / Mais vida nova
vem / No coração lhe transbordar.
17. JESUS, ABENÇOA AS NOSSAS FAMÍLIAS
- Jesus, abençoa as nossas famílias (2x) / Jesus (4x) / Abençoa, protege e salva
as nossas famílias.
- Dá-nos casa pra gente morar / E amor pra gente se entender / O perdão pra
reconciliar / A união pra nos fortalecer. / Não permita, Senhor, que as famílias /
Se separem pela traição / Nem por falta de casa e comida / Nem por falta de
compreensão.

18. Ó DEUS BOM


− R.: Ó Deus bom, Deus de amor, / Não nos falte a vossa força, ó Senhor.(2x)
− Dai-nos fortaleza, para a gente caminhar. / A estrada é muito longa / Não
podemos nos cansar.
− Dai-nos confiança...
− Dai-nos otimismo...
− Dai-nos esperança...
− Dai-nos a disposição...
− Dai-nos a firmeza...

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