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1.

Ensino da Bíblia
1.1. A Fonte do ensino Bíblico
A fonte de todo ensino Bíblico é Deus, isto é, está no facto de que Deus existe, e quis se
revelar aos Homens de diversas maneiras, pelas Escrituras, Natureza, jesus Cristo, Profetas,
Apóstolos, Espirito Santo e mais.
1.2. Importância do ensino Bíblico
No Antigo Testamento, o ensino foi um dos meios principais através do qual Deus se revelou
ao homem. Quando Deus ensina, ele ensina preceito sobre preceito, linha sobre linha, para
que o homem chegue ao entendimento necessário para andar com Deus (Êxodo 4:15; Isaías
28:13).
No Novo Testamento, surge uma maior enfase do ensino Bíblico, onde os judeus dava um
título honroso ao homem, podendo ser chamado de rabí, isto é, mestre (alguém que ensina),
ensinar por excelência, ensinar os homens a adorarem a Deus, a seguir os seus mandamentos.
1.3. Alicerce solido do Ensino Bíblico
O alicerce solido do ensino Bíblico é edificado sobre as Escrituras Sagradas, isto é, seu
alicerce não pode ser o de conceitos humanos, nem a sabedoria dos eruditos.
1.4. Objectivos do Ensino bíblico
O ensino Bíblico deve fundamentar se somente nas Escrituras Sagradas. Tem como
objectivos:
 Reconhecer as necessidades espirituais
 Aceitar a salvação
 Instrução Bíblica
 Aplicar a Bíblia à vida diária
 Testemunhar de Cristo
1.5. Aprendizagem
A aprendizagem é um processo de aquisição de conhecimentos, habilidades, valores e
atitudes, possibilitado através do estudo, do ensino ou da experiência. Este processo pode ser
analisado sob diversas perspectivas, pelo que existem diferentes teorias da aprendizagem.
2. Maturidade Espiritual
Uma pessoa madura é definida como alguém que passou por um processo de crescimento e
desenvolvimento, no qual são vistas as características pessoais, diante do comportamento que
atestam o facto. Maturidade Espiritual é o processo que leva o crente a se tornar como Cristo.
2.1. Mestre Produtivo
Um mestre produtivo é aquele que apresenta um padrão espiritual frutífero, tem os seguintes
aspectos de crescimento espiritual:
 Sabendo – conhecimento espiritual está ligado ao conhecimento da Palavra de Deus,
pois é na Palavra que sua vontade é revelada.
 Compreendendo – em toda sabedoria e entendimento espiritual, o conhecimento que
Deus concede é através do Espirito Santo, isto é, é preciso observar a relação entre as
Escrituras e a nossa própria vida.
 Respondendo – diz que a única forma de ter uma vida vitoriosa é crendo e
obedecendo a cristo, à medida que Ele é revelado nas Escrituras.
 Produzindo – que é feito na base do entendimento, conhecimento e obediência.
 Amadurecendo – é o resultado da vida obediente à Palavra de Deus.
2.2. Princípios Básicos de Ensino Bíblico
Os princípios de ensino procedem das leis básicas que cada ensinador deve conhecer e
praticar, para ensinar com eficiência.
 O professo deve começar por aquilo que os alunos já sabem – o professor neste
caso deve conhecer os seus alunos, deve conhecer as características do seu grupo de
alunos, deve conhecer o nível de conhecimento de cada aluno.
 O professor deve partir do conhecido para o desconhecido – o professor deve
partir de uma informação que o aluno já sabe e levá – lo passo a passo pelo caminho
de novas descobertas.
 O professor deve sempre pensar que o aluno pode melhorar – o professor deve
estimular grandemente a aprendizagem, apelando para o elemento interesse, de cada
aluno. Interesse e estímulo, são factores chaves no processo de aprendizagem.
 O professor deve relacionar a lição à necessidade do aluno –
 O professor deve ensinar através do exemplo e de palavras – o professor deve
viver as verdades que está procurando ensinar a seus alunos. Este é o tipo de eensino
não verbal.
2.3. Objectivos de Ensino Cristão
O estabelecimento de objectivos ajuda o professor a planear as actividades, a preparar uma
lição e a concentrar os seus esforços para alcançar o que tem em mente. Tem como principais
objectivos:
 Dá senso de Direcção – o objectivo fixado dirige o pensamento, a actividade, e o
processo de mudança de conduta do educando.
 Ajuda a progredir – ajudam o professor a ordenar as várias partes de uma lição,
ajudam no estabelecimento de prioridades, e ao avançar do conhecido para o
desconhecido.
 Ajuda na selecção de material e actividades
 Ajuda a avaliar o grau de aprendizagem – ajudam o professor a verificar se os
alunos estão obtendo o que precisam da lição.
 Motiva os alunos a estabelecerem alvos –
 Encoraja o professor
2.4. Estabelecimento de objectivos da Lição
O objectivo é a moldura que cada lição desenvolve. Tem como tipos de objectivos da lição:
 Objectivo de Conhecimento – dar informações que levarão a um maior
conhecimento bíblico, o professor deve aumentar o conhecimento do aluno.
 Objectivo de Atitude – o propósito é estimular um sentimento com vista a mudança
de atitude, isto é, o objectivo do professor deve ser abrangido na atitude do aluno.
 Objectivo de Conduta – o objectivo do professor deve ser abrangido na atitude do
aluno.
2.5. Preparação duma Lição Eficaz
O professor deve estabelecer os objectivos da lição, bem como os meios a serem utilizados
para atingi – los. O objectivo da Lição é estimular a Palavra de Deus perante os alunos. Tem
como passos fundamentais:
 Previsão – rever o material de que o professor disponha. Nesta fase o professor verá o
material necessário, bem como os recursos audiovisuais, e vai formular os objectivos
gerais da lição.
 Estabelecer Objectivos – formular e anotar o objectivo específico para cada lição.
 Pesquisar -
 Montar Material -
 Escolher o Método -
 Escrever o Plano de Aula -
 Revisão -
3. A importância do aluno
O propósito do ensino bíblico é expor a Palavra de Deus ao homem, para que este se
desenvolva espiritualmente. O aluno é o centro do processo da aprendizagem, seu
crescimento e desenvolvimento espiritual são governados pelas Escrituras.
3.1. A necessidade de motivar o aluno
A motivação energiza e poe as pessoas em acção, dirige e canaliza o comportamento humano
na direcção dos objectivos.
Um professor deve motivar sempre o aluno, despertar a vontade de aprender por parte do
aluno, deve guiar os alunos no processo de aprendizagem.
A motivação de uma pessoa deriva de suas necessidades pessoais e pode ser dividida em três
grupos: os motivos físicos (fome, sede, cansaço, dor), segurados pelas necessidades
emocionais de segurança, amor, apoio e amizade; motivos espirituais que partem das
necessidades espirituais do ser humano.
3.2. Como motivar o aluno
Para um professor levar um aluno a uma condição activa deve conhecer bem os mecanismos
motivacionais:
 Ele deve ensinar de tal modo que se torne agradável e gratificante.
 O professor deve ajudar seus alunos a estabelecerem alvos;
 O professor deve sempre querer apreender mais;
 O professor deve reconhecer sempre o progresso do aluno de várias maneiras;
3.3. O Espirito – Principal Motivador do Aluno
O supremo incentivador e guia no estudo e compreensão das Escrituras é o Espirito Santo.
Ele cria a condição ideal para que haja aprendizagem. A transformação de vidas que ocorre
durante o estudo das Escrituras é trabalho do Espirito Santo. Os meios motivadores pelo
Espirito são:
 A obra do Espirito Santo não se limita ao facto da aprendizagem do aluno. Ele dá ao
professor o desejo e habilidade para ensinar.
 A operação do Espirito de Deus pode ser vista numa situação activa em sala de aula.
3.4. Mudança no interior do aluno
O comportamento do homem depende daquilo que ele aprendeu. Deus está interessado em
algo mais além de nossas acções. Ele quer a mudança do interior do homem.
 Relacionamento pessoal com Deus muda o nosso interior
 A mudança interior afecta o exterior

4. Aprendizagem
Para facilitar o processo de aprendizagem o professor deve estar ciente das bases da mesma e
reflecti – las no seu ensino.
4.1. Processo da aprendizagem
O processo de aprendizagem é mais do que a transmissão de uma serie de factos entre o
professor e o aluno. Ele envolve os seguintes passos:
 Exposição – a informação deve ser apresentada ao aluno de tal modo que ele possa
entende – la.
 Exploração – o aluno deve se mostrar curioso e interessado.
 Descoberta – corresponde a aquisição do conhecimento.
 A personalidade – o aluno deve se identificar com a verdade e aplica – la em sua vida.
 Pratica – nesta caso o aluno torna – se responsável ante a informação que aprendeu.
4.2. As bases de aprendizagem
Aprender é obter conhecimento, sentimento e habilidades, através do estudo, instrução ou
experiencia. Tem como bases de aprendizagem:
 Interesse – o professor para despertar algum interesse ao aluno, deve apresentar o
material de forma interessante e de modo a captar e prender a atenção de seus alunos.
 Preparação – o aluno preparado, sua prontidão depende da sua idade mental e
psíquica, depende a sua habilidade de entender o que foi explicado.
 Actividade e Repetição – é o modo de melhorar o aprendizado. A actividade pode
ser física, mental ou emocional.
 Experiencia agradável – quando o ensino vai de acordo com as expectativas do
aluno.
 Memoria – reter e conservar a informação ensinada.
4.3. Níveis de Aprendizagem
 Simples Memorização
 Reconhecimento
 Refrasear
 Relacionamento
 Permanência
4.4. Meios de aprendizagem
 Sentido da audição -
 Sentido da Visão
 Método audiovisual
5. Métodos do Ensino
O professor deve conhecer não somente seus alunos e o assunto que vai ensinar, mas deve
também saber comunicar esses assuntos.
5.1. A escolha dos métodos pelo professor
 Idade – os métodos escolhidos devem se coadunar com o nível de idade e as
características do grupo dos alunos que se está ensinando.
 Tempo – deve o professor ter em conta o tempo, pois existem alunos que só precisam
de pouco tempo para reter a informação e outros que precisam de períodos mais
longos.
 Licão – os métodos escolhidos devem comunicar o conteúdo da lição e ajudar a
enfocar os objectivos formulados pelo professor.
 Participação – os métodos escolhidos devem envolver profundamente os alunos no
processo de aprendizagem.
 Variedade – ajuda o professor a manter o alto interesse de seus alunos, eliminando os
métodos frequentemente usados que não tragam benefícios aos alunos.
5.2. Método de Narração no Ensino da Bíblia
Narrar ou contar uma história é um dos métodos de ensino mais antigo. Ele transmite
conhecimento, capta e mantém o interesse, desperta a imaginação e tem um forte apelo
emocional.
5.2.1. O uso da narração
O professor Cristão deve seguir Jesus cristo como exemplo e modelo. Ele narrava e nunca
minimizava o valor de narrar histórias, como ilustração de que o ensino era somente para
crianças.
O método de narração é uma técnica que traz uma informação coma finalidade de dar
atenção. Essa técnica produz alegria, união do grupo, desperta amor, o sentimento de posse e
de segurança.
5.2.2. Princípios de narração
Há três princípios que levam ao sucesso ao se contar uma história:
 O narrador da história deve estar preparado
 O narrador da história deve ter uma boa apresentação pessoal;
 O narrador da história deve orar muito;
5.2.3. Escolha do propósito da narração
Uma história pode manter o interesse na lição, esclarecer ou reformar um ponto da mesma,
ou levar o aluno a tomar uma decisão, deve ser breve, clara e nova para a classe.
Para alcançar o alvo, o professor além de orar, deve praticar cuidadosamente a narração
várias vezes até saber tudo em detalhes. A ilustração como método de ensino deve ser eficaz,
requer uma oração, escolha, preparo e técnica.
5.3. Método de discussão em Grupo
Nem todos os métodos de ensino tem tantas possibilidades como o método de discussão em
grupo, também chamado debate orientado. O debate orientado envolve cada aluno e os leva a
pensar sobre os assuntos em pauta, ao invés de repetirem fatos ou darem respostas correctas,
mas memorizadas. A discussão pode ser, as possíveis soluções de um problema real ou a
interpretação de um versículo bíblico.
 Numa discussão em grupo é possível que todos tenham um pouco de razão e um
pouco da verdade;
 A discussão em grupo deve ser bem orientada;
 A discussão em grupo deve dar espaço a todos;
 A discussão em grupo deve respeitar a opinião de todos;
 No método da discussão em grupo o professor deve deixar bem claro que todos os
pontos de vistas são bem recebidos, mesmo que discordem do seu ponto de vista;
 O papel do professor é conduzir a discussão em grupo para uma conclusão definida,
sobre o que está sendo tratado.
5.4. O método de Perguntas e Respostas
Perguntas e respostas são ferramentas mais valiosas do professor. Uma pergunta leva o aluno
a pensar, a trabalhar, a assimilar e a expressar o assunto em pauta. Ela desperta o interesse e a
curiosidade do aluno, ajuda o aluno a ver os diferentes aspectos do tema em consideração. As
perguntas poem a mente em movimento e ajudam grandemente no processo da
aprendizagem.
A pergunta dá ao aluno a oportunidade de recapitular o que aprendeu e determinar se carece
de mais informações sobre o assunto.
 O uso de perguntas e respostas não deve ser confundido com o de discussão em
grupo;
 O método de discussão em grupo é centrada em problemas e envolve ideias, opiniões,
e uma decisão ou conclusão em grupo.
 A técnica de perguntas e respostas lida com factos e envolve respostas objectivas e
directas.
5.5. O Método de Prelecção
O Método de Prelecção ou palestra quer dizer ler, isto é, é usado como meio de resumir o
conteúdo dos livros que os alunos ano dispõem.
5.5.1. Vantagens da prelecção
 Permite ao professor comunicar as informações a que seus alunos não tem acesso;
 Permite ao professor, controle completo quanto ao que vai ensinar;
 Economiza o tempo;
 O professor é a figura principal na palestra;
 O professor pode organizar o seu material de aula em unidades e apresenta – lo do
ponto por ponto quando o assunto for de difícil compreensão.
 Pode ser utilizada com grupos de qualquer tamanho;
5.5.2. Desvantagens da prelecção
Os alunos sentam e ouvem, sem experimentar actividade mental, física e emocional;
 A prelecção é dirigida a toda classe, sem destacar os alunos como indivíduos;
 A palestra não permite que os ouvintes contribuam;
 A palestra tem a tendência de se tornar monótona;
 A palestra requer menos preparação da lição por parte dos alunos e por isto eles
estudam menos em casa;
 A palestra requer habilidades na linguagem;
5.6. O método de dramatização
É um método utilizado na base de encenação. É a representação encenada de uma situação de
modo que os alunos possam se identificar com os personagens e ver nisso soluções para os
problemas que os cercam.
5.6.1. Pontos técnicos de dramatização
 Defina o acto bíblico que vai ser representado;
 Peca voluntários para a dramatização;
 Planeje o cenário;
 Dramatize o quadro escolhido;
 Quando termina a representação a classe discute o trabalho realizado. O professor
pode fazer perguntas.
5.7. Método de Tarefas
O método de tarefas é o de aprender fazendo. A experiência é um excelente professor e o
propósito do método de tarefas é dotar o aluno de experiencia no aprendizado, ao lado dos
objectivos da lição ministrada pelo professor. O método de tarefas dá oportunidades ao aluno
de planear, agir e avaliar o que aprende na sala de aula.

5.7.1. Princípios de como usar tarefas


 As instruções devem ser claras e especificas e de acordo com o nível de idade dos
alunos.
 Fornecer aos alunos toda informação necessária e anima – los no desempenho da
tarefa.
 As ideias de execução da tarefa vem da criatividade dos alunos orientados pelo
professor.
6. Recursos Audiovisuais
6.1. Uso de audiovisuais no ensino da Bíblia
Quando Deus criou o homem, ele dotou – o de cinco sentidos básicos: paladar, tacto, olfacto,
audição e visão. Deus usou dois sentidos para se comunicar com o homem: audição e visão.
A comunicação audiovisual foi criado por Deus para se comunicar com a humanidade, isto é,
Deus tem usado a capacidade do homem de ver e ouvir para chama – lo a si e leva – lo ao
conhecimento de que o Senhor Jesus morreu para perdoar os seus pecados e salva – lo da
condenação.
6.2. A vida de Moisés e o Ensino Audiovisual
Um dia, quando Moisés tomava conta do rebanho das ovelhas, viu uma sarça-ardente ou
queimando, mas que não se consumia pelo fogo. Ele aproximou – se de perto, e não percebeu
que Deus estava na sarça e nem percebeu que Deus usou aquele meio visual para atrair a sua
atenção. Ele estava curioso e Deus através dessa curiosidade, concentrou a sua atenção. Logo
de seguida Deus ordenou para que ele voltasse ao Egipto para libertar o povo de Israel, tendo
lhe dado três sinais visuais:
 O cajado que virou cobra;
 A mão que ficou leprosa;
 A mudança da água em sangue;
Esses foram os audiovisuais que Moisés deveria apresentar ao povo e ao Faraó. E outros
foram:
 A transformação das águas amargas em doce;
 Deus proveu alimentos: pão e carne;
 Deus ordenou que Moisés ferisse a rocha para que saísse agua;
6.3. Ezequiel e suas mensagens audiovisuais
 Ossos secos – o Espirito do Senhor levou Ezequiel a um vale cheio de ossos secos e
lá o profeta ouviu e viu demonstrações de poder ilimitado de Deus.
 O mapa de tijolo – o Senhor ordenou que Ezequiel levasse um tijolo e desenhasse
nele o mapa da cidade de Jerusalém.
 O corte de cabelo – foi ordenado a tomar uma espada afiada para raspar sua cabeça e
sua barba. Ele deveria dividir o cabelo em três partes: um terço do cabelo no centro do
mapa de Jerusalém; a outra terça parte de cabelo deveria espalhar pelo mapa e feri –la
à espada e a outra terça parte deveria ser espalhada ao vento.
6.4. Jesus e a mensagem audiovisual
O verdadeiro modelo para quem ensina a Palavra é Jesus Cristo. Jesus sabia que o homem
aprende através de seus cinco sentidos psicofísicos, ele sabia da importância da audição e
visão na aprendizagem. Ele usou figuras de palavras para transmitir sua mensagem, objectos
comuns do dia-a-dia para ilustrar verdades, e parábolas para explicar o reino de Deus.
 Audiovisuais Simples – objectos de uso quotidiano: semente de mostarda, peixe,
figueira, pão, poço de água.
 Audiovisuais Efectivamente – Partiu os pães e peixes e alimentou cinco mil pessoas,
multiplicou os pães e peixes;
6.5. A Igreja primitiva e os Recursos Audiovisuais
6.5.1. Dia de Pentecoste
As Escrituras dizem que, quando se cumpriu o dia do Pentecoste, o Senhor derramou do Seu
Espirito Santo sobre os crentes que estavam reunidos em Jerusalém.
 A visão de Pedro – na vida e no ministério de Pedro, os meios audiovisuais em uso
para ensinar os crentes, foram através de uma visão: Ele viu em céu aberto um grande
lençol atado pelas quatros pontas descendo à terra e no lençol havia todo tipo de
animais, repteis e aves que os judeus não podiam comer, outro sinal audiovisual foi a
de três gentios que chegaram a casa de Pedro cujo Espirito Santo Caiu sobre eles.
 A visão de Paulo – foi através de uma luz sobrenatural e uma voz com uma
mensagem para o Paulo. Outro sinal foi um terramoto mandado pelo Senhor quando
ele estava preso com Silas que consequentemente destruiu a prisão.
7. Os audiovisuais
7.1. Os recursos audiovisuais na Educação Cristã
O visual pode fazer um instante o que a palavra não pode fazer. Ele ilustra e esclarece
detalhes num momento. Os visuais são instrumentos importantes na educação cristã. Eles
tornam o aprendizado mais fácil e mais completo porque ajudam o aluno a entender melhor
as verdades espirituais ensinadas.
 O visual deve ser exposto de maneira visível a toda classe;
 Deve conter somente o essencial. Um visual não deve conter muita informação.
 O grupo deve estar preparado para a apresentação.
 O ponto principal do visual deve estar claramente relacionado ao objectivo da lição.
 O visual deve ilustrar um ponto só e sem muita explicação;
 Os recursos visuais podem ser de duas classes: projectáveis e não projectáveis
(Quadro – negro; flanelógrafo, cartaz, quadros murais, figuras e desenhos, modelos,
mapas e lições ilustradas).
7.2. Emprego de Audiovisuais
Para empresar audiovisuais na igreja, é preciso algumas providências preliminares:
 Passo Preparatório – é preciso ver quais os materiais audiovisuais de que a igreja
dispõe. Há quadros – negros, flanelógrafos ou outros tipos de materiais já em uso.
 Emprego de Audiovisuais – requer muita cautela por causa de preconceitos, requer
bom senso. O material deve ser guardado em local centralizado.
 Treinamento para o uso de Audiovisuais – verificar se todos que vão usa – lo estão
devidamente treinados para isso.
7.3. Quadro de Giz
O quadro de giz ou quadro negro é um dos recursos visuais, de fácil uso, dão bom resultado
com qualquer idade. É altamente versátil como recurso didáctico para: desenhos, caricaturas,
mapas, versículos para memorizar, cânticos, esboços e anúncios.
7.3.1. Normas para o uso
 Limpar o quadro com um pano macio ou espuma de borracha seca;
 Use somente giz para escrever no quadro;
 Deve – se usar a letra de forma ao invés da escrita normal;
 Escreva pouco no quadro
 Verifique se todos estão vendo o quadro;
 Não fique na frente do quadro;
 Tenha giz branco e colorido e um apagador na mão;
 Use giz colorido para enfatizar o que desejar;
 Os alunos devem participar na aula;
7.3.2. Preparação para o uso do Quadro – negro
 Escrever todo o esboço da lição;
 Fazer diagramas e mapas para ajudar na aula;
 Montar um modelo e uso de material didáctico;
 Fazer desenhos com figuras;
7.4. Flanelógrafo
O flanelógrafo é usado para histórias bíblicas, trabalho de memorização, mapas, histórias
missionárias e outros tipos de lições. Este tipo de recursos visual é eficaz com grupos de
qualquer idade. O uso do flanelógrafo deve ter alguns princípios básicos observados:
 Preparar a lição com antecedência. O flanelógrafo não pode substituto da preparação
do professor.
 Verificar com antecedência se todas figuras estão em ordem.
 Verificar se o flanelógrafo está no angulo certo na sala;
 Ficar ao lado do flanelógrafo para que todos possam ver o quadro durante
apresentação da história.
 Zelar pelo material. Ele deve ser conservado limpo e isento de unidade.
8. Recursos visuais não projectáveis
8.1. O cartaz e o quadro mural
8.1.1. O cartaz e o Diagrama
O cartaz é muito eficaz na comunicação visual, centraliza a atenção e pode salientar o ponto
principal de uma lição. O cartaz é género textual produzido de forma clara e objectiva, para
facilitar a compreensão no momento da leitura.
Diagrama – é uma representação gráfica usada para demonstrar um esquema simplificado ou
um resumo sobre um assunto de uma lição. Normalmente é formado por palavras-chave ou
conceitos que são ligados por linhas e setas que definem o raciocínio a ser seguido para que
seja possível entender a lição.
Quadro mural – se trata de um local onde são adicionados avisos para os alunos. Mas além
desses avisos, ali também pode estar informações importantes sobre a instituição de ensino.

8.2. Figuras e Desenhos


Figura é a forma de representar algo visualmente; imagem, símbolo, emblema. As figuras são
sempre determinadas por seu limite natural e isso é o que indica o espaço que ocupam além
de indicar onde uma nova figura possa aparecer. O uso de figuras no processo de ensinar e
aprender traz novas ferramentas e recursos mediáticos que visem potencializar a
aprendizagem dos alunos.
O desenho é a arte de representar, ou criar formas, utilizando materiais como lápis, carvão,
pincel. É considerado tanto como processo quanto como resultado artístico, uma obra
bidimensional composta por linhas, pontos e formas.

8.3. Mapas
Os mapas correspondem a uma representação gráfica de um espaço real, em uma superfície
plana, como um papel. Em um mapa é possível representar diferentes lugares, partindo do
particular como um bairro, cidade ou estado e geral como um país, continente. Os tipos de
mapas são:
 Globo – é um mapa redondo de toda terra;
 Um mapa em alto-relevo – mostra a topografia dos países;
 Mapa comum – é um mapa onde podemos ver e medir as distâncias entre os diversos
lugares.
O mapa pode ser usado a orientação dos alunos sobre a localização de lugares no espaço.
8.4. Uso de objectos para o ensino
Os objectos provocam nos alunos as aprendizagens significativas, estimulando a busca de
novos saberes e conhecimentos e contribuem para o desenvolvimento integral da mesma. Os
objectos podem ser usados tanto por professores, para aperfeiçoar o processo
pedagógico, através de planeamento de actividades educativas mais interactivas e criativas,
quanto pelo próprio aluno. Para usar os objectos deve – se ter em conta:
 Verificar se todos os alunos podem ver os objectos;
 Deixar que os alunos toquem os objectos cuidadosamente;
 Não usar muitos objectos numa só lição;
 Pensar primeiro na idade dos alunos
 Não deixar de ressaltar o significado espiritual dos objectos;
 Pedir que os alunos tragam sempre objectos;
9. Recursos Audiovisuais Projectáveis
O professor tem ao seu dispor meios técnicos mais eficazes, capazes de fazer chegar de forma
mais rápida a mensagem aos diferentes receptores, porque estes se encontram mais
estimulados para a receber.
9.1. Fita Gravada
As fitas gravadas são dispositivos utilizados para preservar e reproduzir várias formas de
informação, desde sons a arquivos de textos. A fita evangélica traz para o lar um ambiente
espiritual, através de sermões, estudos bíblicos e musica.
 Uso na aula – é para explicar recursos visuais, serve para gravar um som, ajudam os
professores a montarem uma lição.
 Uso no treinamento – pode ser usado para ensaios, também depois da gravação pode
ser usado para verificar erros e poder desde já corrigir;
9.2. Slides Coloridos
O slide também pode ter um sentido ligado ao audiovisual e fotográfica. Os Slides são
editáveis, e com a possibilidade de acrescentar o conteúdo que se pretende apresentar ou
projectar em um aparelho. Para o emprego de Slides deve se ter em conta:
 Planear o assunto;
 Usar slides simples;
 Os melhores slides para aula são fotos tiradas bem e de perto;
 No slide as pessoas deverão aparecer;
 Observar o fundo da cena;
 Um slide deve ser projectado apenas o tempo suficiente para ensinar e esclarecer o
desejado;
9.3. Rolo de Filme
Um rolo de filme é formado por uma série finita de imagens fixas, registradas sobre um
suporte físico e que, projectadas a uma velocidade maior que a capacidade resolutiva da visão
humana, dão ao espectador a sensação de movimento.
9.4. Retroprojector
Um retroprojector é um dispositivo capaz de projectar imagens ampliadas de textos (ou fotos)
sobre uma tela, ou numa parede. Estas imagens são obtidas a partir de objectos impressos em
lâminas de plásticos transparentes. Tem como vantagens:
 O professor pode ficar de frente para seus alunos e manter um bom contacto visual;
 A projecção pode ser colorida numa variedade de cores;
9.5. Transparências de Projector
A transparência é um desenho, diagrama, ou gráfico colocado num pedaço de plástico claro.
As transparências podem ser usadas para transferir uma informação, desenho, matéria de
livro, caderno, jornais, revistas e mais.

10. Observações Finais


10.1. Audiovisuais
Os Audiovisuais são considerados como recurso didáctico utilizado no processo ensino e
aprendizagem com o objectivo de o tornar mais eficiente e eficaz. São concebidos para fins
pedagógicos, entre outros, o quadro, os acetatos, os textos, as gravações, os filmes, os
manuais.
Os audiovisuais no ensino bíblico motivam a aprendizagem dos conteúdos por proporcionar
um modo de aquisição de conhecimento que trabalha as emoções e sensações, e assim servem
de estímulos ao aprendizado, através do Espirito Santo.
 Despertam o interesse e prendem atenção;
 Fornecem informações;
 Aceleram a aprendizagem;
 Esclarecem pontos obscuros e facilitam o entendimento;
 Ajudam na memorização;
O valor de audiovisuais é de estimular os sentidos da audição e da visão.
A guarda de materiais audiovisuais

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