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PLANEJAMENTO HUMANIDADES E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

1º BIMESTRE OBJETOS DE CONHECIMENTO


Conceitos, índices e direitos
• Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ;
• Estudo e discussão sobre Erradicação da Pobreza e Redução das Desigualdades.
• Trabalhar os Conceitos básicos:
*Desigualdades sociais
* Marcadores sociais
* Minorias;
* Ações afirmativas
* Índices: IDH, GINI, PIB, mortalidade infantil, taxa de natalidade, expectativa de vida e outros indicadores;
* Direitos humanos como norte para soluções de problemas e conquistas sociais
HABILIDADES
EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando
valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colaborativas e responsáveis.
(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica, social,
econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando dados e
informações disponíveis em diferentes mídias.
AULA 1- Trabalhei esse texto e em seguida passei no quadro as perguntas que se seguem.
A IMPORTANCIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E DAS HUMANIDADES – Farid Reyes(Adaptado)
No final do século XIX, com a consolidação do capitalismo como sistema dominante, foram criados na Escola
Europeia de Altos Estudos, o ensino do conhecimento humano que ia ser dividido em três secções:
1. Humanidades compreendiam línguas clássicas (Latim, grego) e línguas modernas, literatura, filologia, pedagogia,
lógica, psicologia, ética, filosofia, entre outros.
2. Ciências Naturais ou Exatas, abrangendo matemática, física, química e biologia.
3. Ciências Sociais residiam as ciências sociais, políticas e jurídicas, e incluíam todas aquelas que tinham fenômenos
sociais como base ou objeto.
No século XX, as necessidades do sistema capitalista levaram à redefinição das áreas de conhecimento,
enriquecendo um lado do campo humanístico e social e, por outro, a promoção do desenvolvimento tecnológico e
das ciências exatas.
Desde a primeira metade do século XX, em meio a uma enorme precariedade da vida (contexto das duas guerras
mundiais), ciências humanas e sociais estavam desenvolvendo campos de conhecimento cada vez mais complexos,
construindo novos objetos de estudo e afinando sua metodologia e provando muitas de suas ideias.
Agora, quando falamos de ciências sociais nos referimos a um número de disciplinas que compartilham um
denominador comum: o estudo do homem, a organização coletiva, estruturas e relações sociais entre os seres
humanos, a forma como é produzido e reproduzida a sociedade e o próprio sujeito como ser social através de
métodos científicos, com um foco específico no ser humano como um membro da sociedade e nos grupos e
sociedades que ele forma.
As Humanidades é uma área que têm como foco o estudo dos seres humanos e sua relação com o meio em que se
inserem, levando em conta aspectos como história, organização social, cultura, existência, comportamento, valores,
produção artística e criações literárias como formas de descrever, explicar ou conceber o mundo para a objetificação
do espírito humano nas artes. Mais adequadamente desde o Renascimento, onde o homem saiu da obscuridade
intelectual a que ele foi submetido pelo controle da Igreja e reis, para refletir e questionar o modo de vida da
sociedade.
As Humanidades e Ciências Sociais servem de base para a compreensão dos elementos que constituem a
sociedade. A compreensão da realidade social numa perspectiva científica favorece a construção de conhecimentos
nas demais ciências humanas e sociais aplicadas. O conteúdo da disciplina é muito interessante e atual porque utiliza
o discurso socioantropológico como ferramenta para análise dos processos que dão origem à criação, à manutenção,
à crise, à reprodução e à inovação nos diversos fenômenos sociais e suas múltiplas relações. A disciplina contribui
para o desenvolvimento de um olhar crítico-analítico, científico, humanista e voltado para o exercício pleno da
cidadania.
Sabemos que com o passar do tempo métodos que auxiliam na busca do saber foram sendo criados e a gama de
conhecimento adquirido a cada dia aumentando, chegando ao ponto do próprio ser humano admitir que quanto mais
se conhece menos se sabe. Todavia a grande finalidade do conhecimento é tirar o ser humano da ignorância, que é a
falta de conhecimento e que gera o preconceito, a estupidez, a violência, dentre tantos outros problemas. Sua maior
finalidade é espantar a ignorância não só em relação à origem das coisas, mas também em relação a si mesmo.
Portanto precisamos nos conhecer. Só há um caminho para tal, para nos conhecermos é preciso cultivar a memória
que se preserva na história; é preciso permitir a liberdade de pensamento, que se fortifica na dialética. Não basta
simplesmente viver em sociedade, é preciso entendê-la para que soluções sejam apontadas, distorções sejam
corrigidas e novas realidades surjam.
ATIVIDADE: Responda em seu caderno as perguntas abaixo:
1. Qual o foco das Ciências Humanas ou Humanidades?
R: O foco das Ciências Humanas é o estudo dos seres humanos e sua relação com o meio em que se inserem.
2. Qual a diferença do estudo das Ciências Humanas para o estudo das Ciências Sociais?
R: As ciências humanas estudam os seres humanos e sua relação com o meio, enquanto as ciências sociais estudam os
aspectos sociais do mundo humano.
3. Para quais aspectos as Ciências Sociais e Humanidades servem de base?
R: Servem de base para compreensão dos elementos que constituem a sociedade.
4. Na Escola Europeia de Altos Estudos, foram criados o ensino do conhecimento humano dividido em três secções.
Quais são e o que faz parte de cada secção?
R: 1. Humanidades compreendiam línguas clássicas (Latim, grego) e línguas modernas, literatura, filologia, pedagogia,
lógica, psicologia, ética, filosofia, entre outros.
2. Ciências Naturais ou Exatas, abrangendo matemática, física, química e biologia.
3. Ciências Sociais residiam as ciências sociais, políticas e jurídicas, e incluíam todas aquelas que tinham fenômenos
sociais como base ou objeto.
5. Qual a contribuição das Ciências Humanas ou Humanidades e para que deve servir?
R: Contribui para o desenvolvimento de um olhar critico-analítico, cientifico, humanista e voltado para o exercício
pleno da cidadania. Devem servir única e exclusivamente para o aperfeiçoamento do próprio ser humano
6. O que você entendeu da frase: “Quanto mais se conhece menos se sabe”.
R: O campo do conhecimento é tão grande que quando pensamos que sabemos tudo, há uma infinidade de coisas á
serem conhecidas, o conhecimento nunca acaba, explicando assim a expressão, quanto mais se conhece menos se
sabe.
7. Qual a maior finalidade do conhecimento?
R: Tirar o ser humano da ignorância não só em relação ás coisas, mas também em relação a si mesmo.
8. O que pode gerar a ignorância?
R: Ideias preconceituosas, preconceitos, julgamentos, ideias equivocadas a respeito das coisas e pessoas.
AULA 2. CONCEITOS IMPORTANTES NAS HUMANIDADES
‘AMPLIANDO INFORMAÇÕES’
A) Humanidades: grupo de disciplinas (ou áreas) voltadas à compreensão do ser humano (ao estudo do Homem). A
origem remonta às antiguidades grega e romana, mas se particulariza como um corpo de disciplinas no
Renascimento. Apesar de certas ênfases sobre o estudo do homem e de suas obras poderem ser encontradas na
antiguidade tanto grega quanto romana e emergiram como um aspecto distinto do currículo durante o Renascimento
e seu currículo nesse período era conhecido coletivamente como studia humanitatis, as Humanidades – consistindo
em Gramática, Retórica, História, Poesia e Ética, estudadas nos manuscritos gregos e romanos clássicos. Atualmente,
as disciplinas são: Literatura, Música, Pintura, Escultura, Arquitetura, Línguas, Filosofia, Sociologia e História, que se
ocupam do âmbito total do pensamento, da ação e das criações do homem, as indagações humanísticas.
B) Homem: ser social porque vive em grupo, podendo satisfazer suas necessidades e aproveitar os numerosos
recursos da natureza, essenciais à sobrevivência humana, desde seu estágio natural até a sua transformação
executada pela ação humana, a chamada segunda natureza. Essas modificações são realizadas a partir do trabalho
humano, criando assim relações de interdependência social: homem X homem e homem X natureza. O homem, como
um ser social, necessita do outro, porque na sociedade cada indivíduo, cumpre uma função. O homem é um ser
pensante’ e frágil, precisa da interação com seus semelhantes a fim de buscar o seu autoconhecimento, captar e
guardar informações, atingindo níveis de conhecimento, melhorando, assim, o convívio social.
C) Humano: designa o que é relativo ao Homem como espécie, distinguindo-se dos outros animais por agir com
racionalidade, possuir grande capacidade mental e habilidade para desenvolver utensílios e adquirir conhecimento. A
Antropologia é uma das ciências que estudam a humanidade, seu comportamento, cultura e evolução.
D) Ciência: representa todo o conhecimento adquirido através do estudo, pesquisa ou da prática, baseado em
princípios, conjuntos de saberes, teorias baseadas nos seus próprios métodos e pesquisas científicas. A metodologia é
essencial na ciência, assim como a ausência de preconceitos e juízos de valor. Indutiva: parte das observações para a
construção de uma teoria. Dedutiva: parte da teoria para a sua verificação.
E) Social: pode outorgar um sentido de pertença, já que implica algo que se partilha a nível comunitário. Convivência
(ou convívio) social O adjetivo “social” pode ser usado para formar diferentes conceitos. Já, o capital social é o
conjunto de dinheiro e de bens materiais com que os sócios contribuem a favor de uma empresa. As classes sociais
são formadas pelas pessoas que apresentam costumes, meios econômicos e interesses semelhantes.
F) Sociedade: é uma agremiação de pessoas que se juntam com vistas a preservar a sobrevivência da coletividade,
comunga de uma cultura, hábitos e costumes comuns. São compostas por grupos de pessoas com maior organização,
geralmente, encerram em si as comunidades; e há nelas uma organização social feita por instituições, como o
governo, a família, a escola e, quando há a quebra da ordem social, a polícia. Há o compartilhamento (comuna) de
ideias, cultura, crenças, mas há também uma ordem esperada para que ela seja estabelecida. As sociedades
dependem, por exemplo, de um sistema de ordenamento jurídico (que pode variar do mais primitivo ao mais
sofisticado) que garanta que todos os membros ajam de acordo com o que é benéfico para cada agrupamento social."
ATIVIDADE: Criar um quadro com os conceitos abaixo.
Pesquise em um dicionário, e anote em seu caderno os significados dos conceitos abaixo relacionados:
A) Humanidade:
B) Homem:
C) Humano:
D) Ciência:
E) Social:
F) Sociedade:
G) Marcadores sociais:
H) Minorias sociais:
I) Desigualdades sociais:
A) Humanidade: Conjunto de características específicas à natureza humana. Sentimento de bondade, benevolência,
em relação aos semelhantes, ou de compaixão, piedade, em relação aos desfavorecidos.
B) Homem: Mamífero primata, com postura ereta, inteligência superior, fala articulada; espécie humana; a
humanidade: Indivíduo do sexo masculino ou do gênero masculino.
C) Humano: Relativo ou pertencente ao homem; compassivo, sensível; Algo composto, construído ou praticado por
homens.
D) Ciência: Conjunto organizado de conhecimentos relativo a determinada área do saber com metodologia própria,
via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos.
E) Social: 1- concernente a uma comunidade, a uma sociedade humana, ao relacionamento entre indivíduos etc.; 2-
sociedade se entende o conjunto de indivíduos que partilham da mesma cultura e que interagem entre si formando
assim uma comunidade; 3- relativo a ou próprio de empresa, sociedade, agremiação, sócio etc. – "capital s."
F) Sociedade: 1. Agrupamento de seres que convivem em estado gregário e em colaboração mútua. 2.grupo humano
que habita em certo período de tempo e espaço, seguindo um padrão comum; coletividade.
G) Marcadores sociais: São sistemas de classificação que organizam a experiência ao identificar certos indivíduos com
determinadas categorias sociais.
H) Minorias sociais: Subgrupos existentes dentro de uma sociedade que se considera ou é considerado diferente do
grupo dominante, em razão de características étnicas, religiosas, língua, costumes, nacionalidade etc., e que, por essa
razão, não usufruem dos direitos ou oportunidades que o grupo majoritário, ou é alvo de discriminação ou
preconceito
I) Desigualdades sociais: São processos existentes dentro das relações da sociedade, que determinam um lugar aos
desiguais, seja por questões econômicas, de gênero, de cor, de crença, de círculo ou grupo social.

‘A ORIGEM DAS PALAVRAS’ Etimologia (origem da palavra).


A) Humanidade: Deriva do latim "humanitas, atis", com o sentido de condição da essência do ser humano.
B) Homem: A palavra homem é a evolução de ‘hominem’, que em latim vulgar já teria a forma ‘homine’. É a palavra
latina – e não a portuguesa – que se liga a ‘humus’ («solo», «terra»), estabelecendo uma relação que era frequente
em grande parte das línguas da família indo-europeia.'
C) Humano: Latim HUMANUS, relacionado a HOMO, “homem”, e HUMUS, “terra”, pela noção de “seres da Terra”;
“coisas terrestres”, em oposição a “seres divinos”.
D) Ciência: Deriva do latim scientia, cujo significado é "conhecimento" ou "saber".
E) Social:Do latim sociālis, social é aquilo que pertence ou que é relativo à sociedade.
F) Sociedade:Remete ao latim, societas, que significa associação “amistosa com outros”.
AULA 3 – MARCADORES SOCIAIS
A noção sobre marcadores sociais se baseia em elementos que podem ser tanto manifestações da natureza
humana (idade, altura, gênero etc.) quanto construções sociais (classe, religião etc.). Esses fatores compõem uma
espécie de sistema de classificação que cria posições, experiências e relações sociais distintas.
Logo, os marcadores sociais e suas características classificatórias explicitam a diversidade no tecido social, mas
também servem como ferramenta para hierarquização da vida e perpetuação de desigualdades. É por meio da análise
desses marcadores que percebemos de maneira clara como nossa sociedade maneja a existência dos grupos sub
representados, é analisando marcações e suas intersecções que percebemos que algumas diferenças são mais
diferentes que outras, negando diretos, espaços e uma vida plena a tantas pessoas.
Por exemplo, uma mulher (marca de gênero) que é negra (marca racial), LGBTQIA+ (marca de orientação sexual) e
em situação de vulnerabilidade social (marca de classe social) é atravessada simultaneamente por vários desses
elementos e quanto maior o número de marcadores num mesmo corpo, maior a exclusão.
Quais são os principais marcadores sociais? Além de serem interseccionais, existem marcadores sociais
indissociáveis, como é o caso de gênero, etnia e classe. Sendo assim, ao analisar socialmente uma pessoa, devemos
considerar todos esses fatores e como eles se articulam. Alguns dos mais importantes são:
I. Classe: relacionar a classificação de pessoas por meio de critérios econômicos, sociais e culturais;
II. Gênero: esperar e apontar comportamentos com base na percepção do que é masculinidade e feminilidade;
III. Etnia: qualificar sujeitos de acordo com a percepção de sua raça, origem, idioma, ancestralidade etc.;
IV. Religião: esperar atitudes de indivíduos e fazer julgamentos diante de suas escolhas religiosas;
V. Orientação sexual: estabelecer padrões e classificar pessoas, práticas e afetos por conta de sua sexualidade;
VI. Geração: ordenar pessoas por sua idade;
VII. Deficiência: rotular sujeitos por terem determinada limitação ou deficiência.
ATIVIDADE
O QUE SÃO MARCADORES SOCIAIS DE DIFERENÇA?
A noção sobre marcadores sociais se baseia em elementos que podem ser tanto manifestações da natureza
humana (idade, altura, gênero etc.) quanto construções sociais (classe, religião etc.). Esses fatores compõem uma
espécie de sistema de classificação que cria posições, experiências e relações sociais distintas. Logo, os marcadores
sociais e suas características classificatórias explicitam a diversidade no tecido social, mas também servem como
ferramenta para hierarquização da vida e perpetuação de desigualdades. É por meio da análise desses marcadores
que percebemos de maneira clara como nossa sociedade maneja a existência dos grupos sub-representados, é
analisando marcações e suas intersecções que percebemos que algumas diferenças são mais diferentes que outras,
negando diretos, espaços e uma vida plena a tantas pessoas. Por exemplo, uma mulher (marca de gênero) que é
negra (marca racial), LGBTQIA+ (marca de orientação sexual) e em situação de vulnerabilidade social (marca de classe
social) é atravessada simultaneamente por vários desses elementos e quanto maior o número de marcadores num
mesmo corpo, maior a exclusão.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS MARCADORES SOCIAIS?
Além de serem interseccionais, existem marcadores sociais indissociáveis, como é o caso de gênero, etnia e classe.
Sendo assim, ao analisar socialmente uma pessoa, devemos considerar todos esses fatores e como eles se articulam.
Alguns dos mais importantes são:
• Classe: relacionar a classificação de pessoas por meio de critérios econômicos, sociais e culturais;
• Gênero: esperar e apontar comportamentos com base na percepção do que é masculinidade e feminilidade;
• Etnia: qualificar sujeitos de acordo com a percepção de sua raça, origem, idioma, ancestralidade etc.;
• Religião: esperar atitudes de indivíduos e fazer julgamentos diante de suas escolhas religiosas;
• Orientação sexual: estabelecer padrões e classificar pessoas, práticas e afetos por conta de sua sexualidade;
• Geração: ordenar pessoas por sua idade;
• Deficiência: rotular sujeitos por terem determinada limitação ou deficiência.
1.Responda as questões:
A. Em que se baseia a noção sobre marcadores sociais de diferença?
B. O que podemos perceber ao analisar esses marcadores?
C. Preencha os espaços com os seguintes principais marcadores sociais: CLASSE – GÊNERO – ETNIA – RELIGIÃO –
ORIENTAÇÃO SEXUAL – GERAÇÃO – DEFICIÊNCIA.
_______ rotular sujeitos por terem determinada limitação ou deficiência.
_______ relacionar a classificação de pessoas por meio de critérios econômicos, sociais e culturais;
_______ qualificar sujeitos de acordo com a percepção de sua raça, origem, idioma, ancestralidade etc.;
_______ ordenar pessoas por sua idade;
_______ esperar e apontar comportamentos com base na percepção do que é masculinidade e feminilidade;
_______ esperar atitudes de indivíduos e fazer julgamentos diante de suas escolhas religiosas;
_______ estabelecer padrões e classificar pessoas, práticas e afetos por conta de sua sexualidade;
AULA 4. Ao estudarmos os marcadores sociais surgiu uma discussão sobre gerações e suas características. Então
preparei essa aula pra turma.
AS GERAÇÕES E SUAS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS.
Guilherme Rabello (Adaptado)
Você já parou para pensar quais são as gerações de seus conhecidos, parentes e colegas? Tem ideia de qual é a
geração dos dias de hoje? Pode parecer simples, mas ter essa informação te ajuda a compreender o comportamento,
desejos e oportunidades de se relacionar com diferentes pessoas.
Classificar os indivíduos por geração é uma prática que vem sendo muito utilizada por empresas que querem
refinar o seu discurso e suas soluções de acordo com as características comportamentais da geração para a qual elas
se destinam e, assim, se destacar no mercado competitivo, como também para entender como os indivíduos se
comportam no mercado de trabalho de acordo com a geração a qual eles pertencem.
Quais são as gerações e como é feita a classificação? Geração X, Y (Millennials), Z e Baby Boomers. Mundialmente,
esse é o consenso que se tem a respeito da classificação dos indivíduos em 4 gerações. Mas, mais do que uma
classificação cronológica, as gerações são determinadas a partir do comportamento das pessoas que nasceram no
mesmo período. Ou seja, não estamos falando aqui de uma classificação arbitrária, mas sim do resultado de uma
série de análises comportamentais.
1. GERAÇÃO BABY BOOMS: são os nascidos entre 1945 e 1964. Esse nome é utilizado porque as pessoas que
nasceram nesse período vieram no período de pós Segunda Guerra. São frutos da explosão populacional
ocorrida no fim da Segunda Guerra Mundial, quando os combatentes retornaram e constituíram família. Hoje
tem em torno de 78-59 anos.
CARACTERÍSTICAS:
I. Valorizavam muito o trabalho e ter uma carreira profissional estável.
II. Forte preocupação em construir um patrimônio permanecendo no mesmo emprego por décadas até a
aposentadoria.
III. Comportamento nascido nos EUA, se espalhando por diversos países do mundo.
IV. o tempo de experiência era mais valorizado do que a criatividade e a inovação.
2. GERAÇÃO X: são os nascidos entre a metade da década de 1960 e início da década de 1980, tendo hoje entre
36 e 55 anos de idade. Cresceram no período de Guerra Fria e foi a primeira a experimentar os avanços
tecnológicos.
CARACTERÍSTICAS:
I. Não costumam ousar muito.
II. Valorizam bastante a busca pela ascensão de cargos na empresa em que trabalham e geralmente ficam muito
tempo na mesma organização.
III. Foram os primeiros a verem ambos os pais saindo para trabalhar, por isso, é uma geração que tende a ser
responsável com as coisas da casa.
IV. Prefere não ser gerenciado em todos os detalhes do trabalho. Eles gostam de entender os processos de
negócios como um todo.
V. Buscam pela independência e individualidade, mas sem perder características importantes da convivência em
grupo.
VI. De perfil mais conservador, atualmente, a geração X é muitas vezes a aposta das empresas para cargos de
maior responsabilidade.
VII. Salário é o principal aspecto considerado na hora de escolher um emprego (61%)
3. GERAÇÃO Y: nascidos entre 1981 e 1996, tendo hoje entre 43 e 27 anos de idade. Também conhecidos como
Millennials.
CARACTERÍSTICAS:
I. Salário é o principal aspecto considerado na hora de escolher um emprego (65%)
II. Mais exigentes em relação às funções que eles desempenham.
III. Menos receio de largar um emprego para fazer algo que realmente o traga satisfação como profissional e
como pessoa.
IV. Os valores cultivados são mais focados experiência do que na aquisição material.
V. Se preocupam menos em construir um patrimônio, em ter a casa e o carro próprios em comparação com as
gerações anteriores.
VI. Trabalho em equipe é mais importante do que a hierarquia. Além disso, eles estão em uma busca constante
por inovação.
VII. Prefere receber instruções bem específicas sobre o trabalho a ser realizado.
VIII. Em relação à gestão de metas, o gestor precisa saber que esta geração gosta de receber feedback, mas
prefere tomar suas próprias decisões.
4. GERAÇÃO Z: são os nascidos entre 1997 e 2010, tendo hoje entre 26 e 13 anos de idade. Também chamada
de Centennial, já nasceu nesse mundo conectado pelas tecnologias digitais.
CARACTERÍSTICAS:
I. De atenção dispersa, os Centennials costumam ser multitarefas.
II. independentes e exigentes com o que consomem e com as funções que desempenham nas empresas, apesar
de estarem chegando agora ao mercado de trabalho. Acredita-se que os cargos que a geração Z vai ocupar ainda nem
foram criados.
III. Imediatismo, eles querem tudo pra ontem.
IV. Apresentam certas dificuldades em socializar fora do ambiente virtual.
V. É seguro dizer que a última coisa que eles querem é passar a vida toda desempenhando a mesma função ou
trabalhando para a mesma empresa.
5. GERAÇÃO ALFA; são os nascidos a partir de 2010, tendo por volta de 13 anos de idade e são ainda mais
imersos na tecnologia. Para essas crianças, é bastante comum até ouvir “ele nem sabe ler, mas sabe chegar no
YouTube no meu celular”.
CARACTERÍSTICAS:
I. Embora não atuem dentro das organizações, é importante estar ciente que essa futura geração está ainda
mais focada em flexibilidade, autonomia e com um grande potencial para buscar saídas para problemas de forma
colabora
II. Gostam de ser protagonistas, colocar a mão na massa e aprender com situações concretas.

ATIVIDADE
1.Onde prefere viver?
A. Cidade grande/bairro urbano . B. Subúrbio.
C. Zona rural . D. Outros.
2.SUAS Fontes de notícias são?
A.TV B. Sites de busca C. Redes sociais D. Sites de programas de notícias de TV
E. Sites de jornais impressos F. Jornais impressos. G. Sites de revistas.
H. Rádio. I.Revistas impressas. J.Rádios online.
3.O que almeja atualmente?
A. Permanecer saudável/atlético. B. Ter muito dinheiro. C. Passar tempo com a família
D. Ter uma carreira significativa E. Viajar pelo pais/mundo. F. Comprar uma casa
G. Casar-se. H. Ter filhos
4.Principais atividades do tempo livre.
A. Assistir TV. B. Interagir com família/amigos
C. Ouvir música. D. Ler E. Viajar
5. Observando o texto, a qual geração pertence?
6. Conhecendo essas informações, a que geração seus pais pertencem e quais características observam em seus
comportamentos?
7. Existem muitos conflitos entre a sua geração e a de sus pais? Quais?
AULA 5. DESIGUALDADES SOCIAIS (Adaptado)
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/desigualdade-social.htm
A desigualdade social é a diferença econômica entre determinados grupos de pessoas dentro de uma mesma
sociedade, levando-se em conta fatores econômicos, educacionais e culturais. Ela decorre, principalmente, da má
distribuição de renda e da falta de investimento na área social, como educação e saúde. Desta maneira, a maioria da
população fica a mercê de uma minoria que detém os recursos, o que gera as desigualdades.
A desigualdade pode ser medida por faixas de renda, em que são consideradas as médias dos mais ricos em
comparação às dos mais pobres. Também podem ser utilizados, como dados para o cálculo de desigualdade, fatores
como o IDH, (Índice de Desenvolvido Humano), a escolarização, o acesso à cultura e o acesso a serviços básicos —
como saúde, segurança, saneamento etc.
A renda, por ela mesma, não garante que os dados de desigualdade sejam plenamente verificados, pois a
qualidade de vida pode, em alguns casos, independer dela. Porém, em geral, qualidade de vida e renda caminham
juntas. Foi pensando nisso que o estatístico italiano Corrado Gini criou, em 1912, o índice ou coeficiente de Gini, uma
fórmula que permite a classificação da desigualdade social. O índice varia de 0 a 1, sendo 0 a condição perfeita, onde
não há desigualdade social, e 1 o maior índice possível de desigualdade. O índice de Gini é medido com base na
renda."
A desigualdade se torna um problema para uma região ou país quando as distâncias entre as rendas são muito
grandes dando origem a fortes disparidades. Em tese, sempre haverá desigualdade social, pois é impossível que cada
um tenha exatamente as mesmas quantidades de bens materiais.
Inúmeras são as causas que aumentam a distância entre ricos e pobres. As mais comuns estão:
1. Má distribuição de renda
2. Má administração dos recursos
3. Lógica de acumulação do mercado capitalista (consumo, mais-valia)
4. Falta de investimento nas áreas sociais, culturais, saúde e educação
5. Falta de oportunidades de trabalho
6. Corrupção
Consequências
Se um país não consegue atender as necessidades básicas de grande parte de seus cidadãos, tampouco irá
prosperar de forma equitativa. Umas das consequências mais graves são a pobreza, a miséria e a favelização; Fome,
desnutrição e mortalidade infantil, Aumento das taxas de desemprego; Grandes diferenças entre as classes sociais;
Marginalização de parte da sociedade; Atraso no progresso da economia do país; Aumento dos índices de violência e
criminalidade, preconceito, etc.
Não há consenso sobre qual o sistema econômico que gera mais desigualdade social. Alguns estudos afirmam que
a desigualdade social surgiu com o capitalismo, pois este se baseia na ideia de acumulação de capital e de
propriedade privada; incita o princípio da competição e classifica o nível das pessoas baseados no capital e no
consumo. Por sua vez, o socialismo tem como objetivo abolir a propriedade privada, que pertenceria ao Estado, e
assim erradicar as classes sociais. No entanto, até agora, todas as experiências socialistas, fracassaram, pois acabou
surgir uma classe dirigente que detinha mais privilégios que os demais.
Tipos de Desigualdades: Além da desigualdade social, há outras maneiras de avaliar uma sociedade pela maneira
que trata seus integrantes do ponto de vista econômico, regional, racial e de gênero.
A. Desigualdade econômica: desigualdade entre a distribuição de renda.
B. Desigualdade racial: desigualdade de oportunidades para as diferentes raças: negro, branco, amarelo, pardo.
C. Desigualdade regional: disparidades entre regiões, cidades e estados.
D. Desigualdade de gênero: diferenças entre homens e mulheres, homossexuais, trans e demais gêneros.
Segundo a ONU, o Brasil é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e econômica do mundo.
 O "Coeficiente de Gini" é uma medida utilizada para mensurar o nível de desigualdade dos países segundo
renda, pobreza e educação.
 Na União Europeia, o país que apresenta maior desigualdade social é Portugal.
 Os países com menor desigualdade social são: Noruega, Japão e Suécia.
 Os países que apresentam maiores desigualdades sociais são do continente africano: Namíbia, Lesoto e Serra
Leoa.
ATIVIDADES TRABALHANDO COM CHARGES (Imprimi e recortei as charges)
1. Escolha uma dentre as charges abaixo e escreva um texto sobre desigualdade social, observando as
informações do texto copiado em sala.
AULA 6. O QUE SÃO MINORIAS SOCIAIS?
Por Louise Enriconi (Adaptado)
FONTE: https://www.politize.com.br/o-que-sao-minorias/
A palavra “minoria”, nesse caso, não se refere a um número menor de pessoas, mas sim a uma situação de
desvantagem social. Ou seja, apesar de muitas vezes coincidir de um grupo minoritário ser realmente a menor parte
da população, não é o fator numérico o essencial para que uma população possa ser considerada uma minoria. São as
relações de dominação entre os diferentes subgrupos na sociedade e o que os grupos dominantes determinam como
padrão que delineiam o que se entende por minoria em cada lugar. Comportamentos discriminatórios e
preconceituosos também costumam afetar os grupos minoritários.
É importante frisar que não há consenso absoluto quanto ao conceito de minorias. Neste conteúdo, abordaremos
o conceito de minorias mais amplo, conforme a definição abaixo, do sociólogo Mendes Chaves:
“[A palavra minoria se refere a] um grupo de pessoas que de algum modo e em algum setor das relações sociais se
encontra numa situação de dependência ou desvantagem em relação a um outro grupo, “maioritário”, ambos
integrando uma sociedade mais ampla. As minorias recebem quase sempre um tratamento discriminatório por parte
da maioria.”
COMO RECONHECER UMA MINORIA?
As características podem variar para cada grupo minoritário, mas alguns elementos costumam ser comuns às
minorias, como:
A. Vulnerabilidade: os grupos minoritários, em geral, não encontram amparo suficiente na legislação vigente,
ou, se o amparo legal existe, não é implementado de modo eficaz. Por isso, é comum a luta desses grupos por
terem sua voz mais escutada nos meios institucionais. Exemplo: transgêneros;
B. Identidade em formação: mesmo que exista há muito tempo e que tenha tradições sólidas e estabelecidas, a
minoria vive em um estado de ânimo de constante recomeço de sua identificação social, por ter de se afirmar
a todo momento perante a sociedade e suas instituições, reivindicando seus direitos. Exemplo: negros;
C. Luta contra privilégios de grupos dominantes: Por serem grupos não-dominantes e, muitas vezes,
discriminados, as minorias lutam contra o padrão vigente estabelecido. Essa luta, na atualidade, tem como
grande marca a utilização das mídias, para expor a situação dessas minorias e levar conhecimento para a
população em geral. Exemplo: mulheres;
D. Estratégias discursivas: As minorias organizadas, em geral, realizam ações públicas e estratégias de discurso
para aumentar a consciência coletiva quanto a seu estado de vulnerabilidade na sociedade. Além das mídias
já citadas, passeatas e manifestos também são utilizados. Exemplo: movimento LGBTQIA.
Exemplos de grupos minoritários: As minorias podem ser discriminadas por diversos motivos como: étnicos,
religiosos, de gênero, de sexualidade, linguísticos, físicos e culturais. Em cada país ou região, diferentes populações
podem ser consideradas minoritárias, a depender dos grupos que dominam as instituições do local, sendo que um
mesmo grupo pode ser dominante em um lugar e minoritário em outro. Os judeus, por exemplo, são o grupo
hegemônico em Israel, mas podem ser considerados minoritários em outros países, como nos que há predominância
católica. Os curdos são considerados minoria na Turquia, enquanto os descendentes de turcos são considerados um
grupo minoritário na Alemanha. No Brasil, podemos citar como exemplos de minorias mais conhecidas as populações
negra, LGBTQIA, de mulheres, indígenas e de deficientes.
POR QUE DEVEMOS PROTEGER AS MINORIAS EM UMA DEMOCRACIA?
A fala comum de que a democracia é o governo da maioria nem sempre é ou deve ser verdade. Os direitos
humanos, como direitos fundamentais, devem ser considerados pela legislação de uma nação e garantidos a todos os
indivíduos. No caso das minorias, tal consideração é especialmente importante, posto que se tratam de grupos já
discriminados e tratados de modo desigual pela parte maioritária. Assim, é imprescindível que a democracia não
considere somente o princípio da maioria, mas também princípios de justiça social, concedendo espaços de fala para
as minorias e realizando leis e políticas públicas que atendam aos seus interesses e necessidades, mesmo que estes
não correspondam aos desejos da maior parte da população. Ao agir desse modo, o Estado colabora para a
diminuição da discriminação contra esses grupos minoritários e garante que toda sua população seja contemplada
com direitos fundamentais, como estabelecido na Constituição Brasileira.
TRATAMENTO DAS MINORIAS NO ÂMBITO INTERNACIONAL
Há uma variedade de Pactos, Declarações e Convenções internacionais que tratam dos direitos desses grupos.
Citaremos alguns instrumentos da ONU (Organização das Nações Unidas) para ilustrar os instrumentos internacionais
existentes sobre o assunto:
1. Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948: dispõe que “toda pessoa tem capacidade para gozar os
direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor,
sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento,
ou qualquer outra condição”, assim estabelecendo a igualdade formal e os direitos fundamentais para todas
as pessoas;
2. Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, de 1948: apesar de não citar diretamente
a proteção a grupos minoritários, entende-se que, historicamente, foram eles os mais afetados por ações de
extermínio e genocídio. Assim, a Convenção representou um grande avanço na proteção dessas populações;
3. Convenção da UNESCO para Eliminação da Discriminação na Educação, de 1960: dispõe que os membros das
minorias nacionais devem ter o direito de exercer as atividades educativas que lhe sejam próprias, inclusive o
uso ou ensino de sua própria língua, garantindo a preservação de sua cultura;
4. Declaração dos Direitos das Pessoas pertencentes a Minorias Nacionais ou Étnicas, Religiosas e Linguísticas,
de 1992: dispõe que “Pessoas pertencentes a minorias nacionais, étnicas, religiosas e linguísticas têm o
direito de desfrutar de sua própria cultura, de professar e praticar sua própria religião, de fazer uso de seu
idioma próprio, em ambientes privados ou públicos, livremente e sem interferência de nenhuma forma de
discriminação”, colaborando para a garantia dos direitos de minorias étnicas, religiosas e linguísticas.
5. MINORIAS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
A legislação brasileira raramente utiliza o termo “minorias” para caracterizar a situação de vulnerabilidade de grupos
minoritários no Brasil. Na Constituição Federal, por exemplo, o termo não aparece em nenhum momento com esse
significado. Entretanto, na própria Constituição e em outras leis infraconstitucionais, são encontrados artigos que
colaboram para que os direitos fundamentais das minorias brasileiras, de modo geral, sejam assegurados. Citaremos
alguns exemplos:
I. Constituição Federal de 1988
 Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura
nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
 Parágrafo 1º: O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das
de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. […]
 Art. 216: Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes
grupos formadores da sociedade brasileira.
Desse modo, a Constituição brasileira protege os direitos, principalmente, das minorias étnicas existentes em seu
território, garantindo seu apoio à cultura dessas populações.
I. Lei 2889/56: Essa lei, ao buscar prevenir o genocídio, colabora para a proteção das minorias, que, como já
citado, são as maiores vítimas desse crime. Ela estabelece punições para aquele que com intenção de destruir
no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:
a) Matar membros do grupo;
b) Causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) Submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total
ou parcial ;
d) Adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) Efetuar a transferência forçada de crianças de um grupo para outro grupo.
II. Lei 7716/89: Essa lei estabelece punições para crimes resultantes de discriminação relacionada a raça, cor,
etnia, religião ou procedência nacional. Alguns dos crimes são: impedir acesso a serviços públicos, negar
contratação, impedir acesso a cargos públicos, deixar de atender cliente, impedir acesso a transportes
públicos, entre outros, por motivo de discriminação já citados. Como já foi comentado, as minorias são alvos
de discriminação e preconceito, portanto, ao buscar punir esses crimes, o Estado protege os grupos
minoritários.
EXEMPLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MINORIAS NO BRASIL
Apesar de ainda termos um longo caminho em direção à efetivação dos direitos das minorias no Brasil, algumas
políticas públicas com esse propósito já foram realizadas no país, visando à proteção de grupos minoritários
específicos. Alguns exemplos são:
 As ações afirmativas para o acesso ao ensino superior, que possibilitam uma menor desigualdade de
oportunidades a negros, grupos étnicos e sociais minoritários;
 O Programa Nacional de Reforma Agrária, que, dentre outras ações, garantiu direitos mais amplos às
mulheres na titulação da terra, que passaram a ter preferência no recebimento dos lotes;
 As ações afirmativas para maior participação feminina na política, estabelecendo, por exemplo, a
porcentagem mínima de 30% para candidaturas femininas em cada partido;
 As ações afirmativas que asseguram 20% dos cargos públicos a pessoas portadoras de deficiência;
 Leis que propõem viabilizar o livre acesso de pessoas com deficiência a edificações e vias públicas;
 As ações para reconhecimento da união entre casais homoafetivos, dentre elas: a Resolução número
175/2013 da CNJ, que passou a permitir o casamento civil entre casais do mesmo sexo e a aprovação recente,
pela CCJ, do projeto de lei que reconhece sua união civil, garantindo inclusive os direitos civis de sucessão ao
companheiro. O projeto segue em trâmite no Congresso.
ATIVIDADE: Dividir a turma em 6 grupos. Em cada grupo trabalhei que uma HQ, disponíveis em:
https://mptemquadrinhos.com.br/downloads/.
HQ 1. TRABALHO INFANTIL;
HQ 2. SAÚDE MENTAL NO TRABALHO;
HQ 3. CADEF: INCLUSÃO, INFORMAÇÃO E CIDADANIA;
HQ 4. ASSÉDIO SEXUAL;
HQ 5. ASSÉDIO MORAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL;
HQ 6. RACISMO X IGUALDADE.
ROTEIRO PARA SE TRABALHAR A HQ:
1. Anote em seu caderno o título e o autor de sua HQ.
2. Relacione o caso de sua HQ com o tema de minorias sociais.
3. O você entendeu sobre a história de sua HQ?
4. A que grupo de minorias socais sua HQ se refere?
5. Junto com seu grupo proponha soluções práticas para resolver os problemas discutidos em sua HQ.

AULA 7. AÇÕES AFIRMATIVAS


ATIVIDADE: FAZER A LEITURA DO TEXTO COM OS ALUNOS; EM SEGUIDO VAMOS MONTANDO NO QUADRO UM
RESUMO EM TÓPICOS.
O que são ações afirmativas? (Adaptado)
Fonte: https://www.politize.com.br/
Por Julia Ignacio
A discriminação de minorias é um fato recorrente no mundo ao longo da história. Assim, medidas para
atuar em reparações de desigualdades e desvantagens vem sendo desenvolvidas ao longo do tempo. Neste
conteúdo, falaremos sobre uma dessas medidas: as ações afirmativas. Segundo o ex-Ministro Joaquim
Barbosa Gomes, ações afirmativas se definem como políticas públicas (e privadas) voltadas à concretização
do princípio constitucional da igualdade material e à neutralização dos efeitos da discriminação racial, de
gênero, de idade, de origem nacional e de compleição física.
Em outras palavras, podemos entendê-las como um conjunto de ações que visam combater e diminuir as
desigualdades historicamente acumuladas em nossa sociedade, buscando a partir delas, garantir a
igualdade de oportunidade a todos, bem como corrigir injustiças provocadas pela discriminação racial,
étnica, religiosa ou de gênero.
Qual o objetivo dessas ações?
1. Representam um poderoso instrumento de inclusão social: nas palavras de Flávia Piovesan,
advogada,
“as ações afirmativas, como políticas compensatórias adotadas para aliviar e remediar as condições
resultantes de um passado de discriminação, cumprem uma finalidade pública decisiva para o projeto
democrático: assegurar a diversidade e a pluralidade social. Constituem medidas concretas que viabilizam o
direito à igualdade, com a crença de que a igualdade deve moldar-se no respeito à diferença e à
diversidade.
2. Uma reparação histórica de desigualdades e desvantagens acumuladas e vivenciadas por
determinado grupo racial ou étnico. Essa reparação tem como base medidas de combate a todo tipo
de discriminações, sejam elas, étnicas, raciais, religiosas, de gênero, de classe, físicas, de idade ou
quaisquer outras.
3. Eliminar as desigualdades e segregações a fim de aumentar a participação de minorias no processo
político, no acesso à educação, saúde, emprego, bens materiais, redes de proteção social, no
reconhecimento cultural e principalmente situá-las em condições de igualdade de oportunidades na
sociedade.

Breve histórico das ações afirmativas


A expressão “ação afirmativa” teve origem nos Estados Unidos, nos anos 60, momento em que os norte-
americanos viviam um clima de reivindicações democráticas internas, cuja bandeira central era a igualdade
de oportunidades a todos. Nesse período, o movimento negro surgiu como uma das principais forças
atuantes, apoiados por liberais e progressistas, formando uma união em prol da ampla defesa de direitos,
eliminação das leis segregacionistas e posturas ativas para a melhoria das condições da população negra,
desenvolveram as ideias das ações afirmativas. Tais políticas foram concebidas inicialmente como
mecanismos tendentes a solucionar a marginalização social e econômica do negro na sociedade americana.
Mas é de fácil percepção que a discriminação de minorias são um fato recorrente no mundo. Ao longo da
história da humanidade, são inúmeros os casos de discriminação étnica contra negros, pardos e índios bem
como contra mulheres e pessoas com deficiência.
No cenário internacional, o comportamento discriminatório secular presente nas sociedades fez com que
os Estados buscassem medidas para atenuar esse comportamento e buscar a aplicação da igualdade entre
os indivíduos em sociedade, sendo a construção da ideia de direitos humanos essencial a essa tarefa, onde
as populações afrodescendentes, as mulheres, as crianças e demais grupos passaram a ser vistos nas
especificidades e peculiaridades de sua condição social e, no sistema internacional, a defesa dos direitos
humanos foi fortalecida por vários Tratados e Convenções que consequentemente cederam grandes
contribuições as ações afirmativas. Vejamos alguns exemplos:
 Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial em 1965.
Artigo I: Na presente Convenção, a expressão “discriminação racial” significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou
preferência fundadas na raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por fim ou efeito anular ou
comprometer o reconhecimento, o gozo ou o exercício, em igualdade de condições, dos direitos humanos e das liberdades
fundamentais nos domínios político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio da vida pública.
 Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher em 1979;
Para os fins da presente Convenção, a expressão “discriminação contra a mulher” significará toda a distinção, exclusão
ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou
exercício pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer
outro campo.
 Programa de Ação Mundial Para as Pessoas Deficientes de 1982;
A finalidade do Programa de Ação Mundial referente às Pessoas Deficientes é promover medidas eficazes para a
prevenção da deficiência e para a reabilitação e a realização dos objetivos de "igualdade" e "participação plena" das
pessoas deficientes na vida social e no desenvolvimento. Isto significa oportunidades iguais às de toda a população e
uma participação equitativa na melhoria das condições de vida resultante do desenvolvimento social e econômico. Estes
princípios devem ser aplicados com o mesmo alcance e a mesma urgência em todos os países, independentemente do
seu nível de desenvolvimento.
 Protocolo de San Salvador de 1988.
Os Estados Partes na Convenção Americana sobre Direitos Humanos, “Pacto de San José da Costa Rica”,
Reafirmando seu propósito de consolidar neste Continente, dentro do quadro das instituições democráticas, um regime
de liberdade pessoal e de justiça social, fundado no respeito dos direitos essenciais do homem;
Reconhecendo que os direitos essenciais do homem não derivam do fato de ser ele nacional de determinado Estado,
mas sim do fato de ter como fundamento os atributos da pessoa humana, razão por que justificam uma proteção
internacional, de natureza convencional, coadjuvante ou complementar da que oferece o direito interno dos Estados
americanos;
Artigo 3 Obrigação de não discriminação
Os Estados Partes neste Protocolo comprometem-se a garantir o exercício dos direitos nele enunciados, sem
discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza,
origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.
As ações afirmativas no Brasil
As primeiras políticas públicas voltadas a não discriminação no país, se caracterizavam inicialmente por medidas de
cunho assistencialista contra a pobreza. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, passou a estabelecer o
princípio da dignidade da pessoa humana, conforme estabelece o artigo 1º, inciso III da Carta Magna bem como o da
igualdade, estabelecido no caput do artigo 5º. Em seu artigo 3º, a Constituição da República apresentou seus
objetivos principais, sendo eles:
I – Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – Garantir o desenvolvimento nacional;
III – Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Outro ponto a ser destacado na Carta de 1988 foi a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho
bem como a previsão da proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, o que podem
ser considerados como as primeiras efetivas ações governamentais voltadas para a inclusão de minorias.
Assim, a partir disso, muitas ações afirmativas já foram e ainda são feitas no Brasil. Entre algumas delas podemos
citar:
1. Acesso à educação por meio de cotas
A Lei nº 12.711/2012, regulamentada pelo Decreto nº 7.824/2012, garantiu que até 2016, no mínimo, 50% das
vagas das universidades públicas brasileiras deveriam ser reservadas para alunos cotistas que tenham cursado o
ensino médio integralmente em escolas públicas, das quais 50% (25% do total) destinam-se aos de baixa renda (renda
per capita igual ou inferior a 1,25 salário mínimo) e os 50% restantes destinados a negros, pardos e indígenas,
distribuídas proporcionalmente de acordo com o percentual populacional da unidade federativa identificado no
último censo.

2. Inclusão social de pessoas portadoras de deficiência ao mercado de trabalho


As dificuldades encontradas para a inserção e manutenção da pessoa com deficiência na sociedade são as mais
diversas e o Estado representa a peça fundamental para inserção dessas pessoas no seio social. Pensando nisso, a Lei
nº 8.213/1991, ao apresentar os benefícios da previdência social, trouxe em seu artigo 93 a previsão legal de
percentuais mínimos a serem preenchidos por pessoas com deficiência nos quadros das empresas, sendo estes:
“Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco
por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na
seguinte proporção:

I – até 200 empregados……………………………………………………………………………….2%;


II – de 201 a 500…………………………………………………………………………………………3%;
III – de 501 a 1.000……………………………………………………………………………………..4%;
IV – de 1.001 em diante. ……………………………………………………………………………..5%.”

De maneira simples, esses percentuais asseguram à pessoa portadora de necessidades especiais a possibilidade de
reversão de um quadro de exclusão e mais oportunidades de se inserir no mercado de trabalho bem como na
sociedade.
3. Determinação de cotas mínimas de participação na política
A política de cotas no Legislativo por critério de gênero é uma ação afirmativa de empoderamento feminino,
através de uma discriminação positiva, que foi adotada em vários países do mundo. No Brasil, o sistema de cotas na
política para as mulheres chegou em 1995 com um projeto de Lei proposto pela Deputada Marta Suplicy, que apoiava
a reserva de 30% das vagas dos partidos políticos para a candidatura de mulheres. O primeiro projeto de Lei não foi
aprovado, no entanto, em 1997, foi aprovada a Lei de Cotas, qual permitida uma cota mínima de 30% e máxima de
70% para qualquer um dos sexos no preenchimento das vagas de candidatura dos partidos políticos. Essa lei, no
entanto, apresentava uma grande problemática: não existia ainda uma obrigatoriedade na candidatura, somente um
direito a vaga por um dos sexos. Esse fato foi modificado com a lei nº 12.034/2019 que acrescentou um caráter
obrigatório ao cumprimento da norma ao reservar o percentual de 30% das vagas para candidatura destinados a um
dos sexos fazendo com que a participação das mulheres na política venha crescendo gradualmente nos últimos anos.
4. Concessão de bolsas de estudo e auxílio estudantil
O Programa Universidade para Todos (PROUNI) criado pela Lei nº 11.096/2005, concede bolsas de estudo integrais
ou parciais em cursos de graduação em instituições de ensino superior privadas. Estudantes que concluíram o ensino
médio na rede pública ou em rede particular como bolsistas integrais, com renda familiar per capita máxima de três
salários mínimos, podem se candidatar e serão selecionados pelas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem), valorizando os estudantes com melhores desempenhos acadêmicos.
O Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), criado pelo Decreto nº 7.234/2008, prevê apoio à
alimentação, transporte, saúde, inclusão digital, cultura, exporte, acesso à creche e suporte pedagógico de acordo
com as necessidades pessoais do indivíduo. Tal iniciativa tem como objetivo ampliar as condições de permanência dos
jovens no ensino superior público presencial, para evitar a repetência e a evasão.
As ações afirmativas podem ser compreendidas como uma forma de aliviar a carga de um passado discriminatório
ainda acumulada em nossa sociedade, mas não somente isso. Essas políticas devem acima de tudo serem entendidas
como uma forma de transformação social e criação de novas realidades onde a igualdade, a equidade e a justiça
social estejam presentes possibilitando a participação, a inclusão e o respeito as diversidades.
AULA 8. O QUE SÃO DIREITOS HUMANOS?

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