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Ministração: Jovens

Maturidade nos Relacionamentos. (Amor ágape)

Definição de maturidade.

Esta palavra, vem do latim matūrus,a,um ‘que se produz no bom momento,


na hora favorável’, daí, ‘maduro, é o que chega a pleno desenvolvimento
oportuno.

Quando falamos do fruto da terra, dizemos que está maduro quando, havendo atingido seu
completo desenvolvimento, pode ser colhido, consumido ou semeado. De fato, quando
experimentamos um fruto, sabemos dizer se está maduro – e, quando está imaturo,
também sabemos.

¹ Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se
detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
² Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
³ Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no
seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.

Salmos 1:1-3

Maturidade está relacionada com uma boa jornada: (Verso 1)

A nossa vida será avaliada como boa e feliz, dependendo se


amadurecemos, estamos e iremos amadurecer.

Maturidade está relacionada com a nossa fonte de prazer: (Verso 2)

A fonte de nosso prazer, é o que nós desejamos, nos alegramos, e nos


deleitamos, e isso, demonstra a nossa maturidade ou a falta dela.

Maturidade está relacionada com o tempo correto: (Verso 3)


Se não entendermos o tempo como fator imprescindível para
desenvolvermos as nossas relações, elas serão relações precoces, ou tardias,
assim sendo imaturas.

Exemplo de imaturidade no relacionamento com Deus:

- Hebreus 5:11-14

Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes
negligentes para ouvir.
Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a
ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito
tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento.
Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da
justiça, porque é menino.
Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os
sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.

-Negligência com o aprendizado bíblico.

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a


repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o
homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.

2º Timóteo 3:16-17

-Falta de discernimento

“A imaturidade e o fracasso em discernir vão juntos; eles virtualmente são a mesma coisa.”

John MacArthur.
-Estamos em uma sociedade, onde as vidas estão constantemente expostas,
devido ao advento das tecnologias e das redes sociais. Isso por sua vez,
leva muitos a estabelecerem sua identidade com a base na percepção de
sucesso e aprovação que determinados papéis possuem no imaginário
coletivo. A medida que tentam estabelecer suas identidades nessas
circunstâncias, geram instabilidade emocional em seus relacionamentos
pelo peso de provarem seu valor, e a si mesmos a todos.

-Observando esse cenário, o autor cristão David Wells em seu livro:


“coragem para ser protestante” citou um estudo do professor de psicologia
da Universidade de Nova York: Daniel Yankelovich, documentando
algumas mudanças nas atitudes sociais quando se trata de auto realização:

1. A autoexpressão substituiu a autorestrição Este novo mundo é sobre mim. Então


naturalmente, o que eu quero falar é sobre mim. Eu quero oportunidades para
compartilhar, falar sobre meus sentimentos, me expressar, processar tudo, ser
entendido. Qualquer impressão que você precise controlar suas emoções por causa
dos outros é visto como repressão.

2. A Emoção substituiu a virtude: O que constitui uma boa vida é agora definido em
termos de experiências que trazem autorealização ou permitem autoexpressão. David
Wells diz: “Na década de 1980 ... uma grande maioria começou a pensar que o que
valia a pena na vida não tinha nada a ver com suas rotinas normais, como levantar-se
todos os dias e ir para o trabalho. Nem com as tradicionais responsabilidades do
casamento e da educação das crianças. Em vez disso, a vida é sobre seus momentos
mais exóticos. Não se trata do que acontece na segunda-feira até sexta-feira, mas o
que acontece nos fins de semana. Seu significado real e real recompensas, são
encontradas quando o eu, livre de rotina e responsabilidade, pode ser encontrado,
nutrido e satisfeito.”4 Não valorizamos as rotinas de trabalho ou trabalhos rotineiros.
Não basta que um trabalho sirva a outras pessoas. Queremos que o trabalho em si
mesmo traga satisfação. Queremos um emprego que nos sirva. Em vez de uma vida de
virtude - fazer o que é certo, abnegação, amor sacrificial – estamos todos perseguindo
a emoção.

3. Autopromoção substituiu o caráter Em um mundo focado na autorealização, nosso


objetivo não é um bom caráter, mas sermos pessoas atraentes, pessoas magnéticas ou
empolgantes. Então nossa cultura já não tem heróis - pessoas com coragem de fazer a
coisa certa a custo pessoal. Em vez disso, temos celebridades - pessoas que são
famosas por causa da maneira como elas se expressam. Os heróis fazem a
autonegação. As celebridades fazem uma pequena expressão. Então, em uma cultura
em que a autoexpressão importa mais do que a abnegação, você terá celebridades em
vez de heróis. Nas gerações anteriores, a autoexpressão e autorealização desenfreadas
eram o protótipo da imaturidade. Nós temos uma cultura infantil.

O instinto de Yankelovich era que o movimento de autorealização seria libertador. Mas


ele admite que a evidência mostra o contrário. Depois de realizar 3.000 entrevistas
com profundidade e analisar mais de 100.000 questionários, ele admite que até agora
a pesquisa sobre a autorealização foi inútil. Isso resultou em insegurança e confusão.
David Wells explica: “Ao passo que o tipo mais antigo de sucesso era duradoro, este
não é. Este é passageiro. Ele depende não de sua própria qualidade, mas das
percepções dos outros. Percepções, no entanto, são inconstantes, mutáveis,
rapidamente substituídas, rapidamente esquecidas. O sucesso hoje, portanto, tem que
ser constantemente renovado, polido, atualizado, reformulado, revigorado tornando-
se ainda mais atual, mais atraente, renovado e reafirmado. Este é um projeto em
andamento, e se isso não acontecer, nosso sucesso começa a evaporar.”

Tim Chester diz:

” Se a vida é tudo sobre autorealização, então é tão boa quanto sua última experiência e se a
vida é tudo sobre autoexpressão, então é tão bom quanto a seu último desempenho. É
precário. Como resultado, nossa cultura se tornou profundamente insegura. Então, nossa
geração sofre muito mais com depressão, ansiedade e distúrbios emocionais do que as
gerações anteriores. Mas se a vida é sobre o caráter e virtude, então isso é duradouro. Tem
substância. E se se trata de fazer o que é certo, então não importa o que as pessoas pensem,
porque é a opinião de Deus que importa. Você pode encontrar alegria na rotina e no difícil.
Esta é a maturidade cristã e é profundamente satisfatória.”
Compreendendo essa situação, como podemos ter a estabilidade necessária para
desenvolvermos uma relação madura com Deus?

-Analisando Efésios
Efésios 4:10-15:
Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para
cumprir todas as coisas. (v.10)
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, (v11)
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de Cristo; (v12)
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus,
a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, (v13)
Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o
vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam
fraudulosamente. (v14)
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a
cabeça, Cristo,(v15)

Primeiro, a maturidade é definida como ser semelhante a Cristo. O versículo 13 fala de


como "nos tornamos maduros, alcançando toda a medida da plenitude de Cristo".

- Identificando no que consiste a nossa identidade: “Mas, a todos quantos o


receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no
seu nome” João 1:12

“Nós não conseguimos nossa identidade trabalhando duro para ser como Cristo.
Recebemos essa identidade através do evangelho. A identidade que temos como filhos
queridos de Deus nos é dada por meio da graça. Estamos unidos a Cristo pela fé e,
portanto, somos amados nele, assim como ele é amado pelo Pai.” Tim Chester

- conhecimento do evangelho. Nos tornamos maduros, diz o versículo 13, alcançando "a
unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a
medida da plenitude de Cristo". "Nós cresceremos para em tudo nos tornar o corpo maduro de
quem é a cabeça", diz o versículo 15, " falando a verdade no amor". A maturidade não é uma
técnica que adotamos ou um estado que alcançamos, muito menos um conhecimento superior
místico. É uma compreensão crescente e profunda da verdade que já temos no evangelho - o
que Paulo chama de "a verdade que está em Jesus" (v.21).

-Desenvolvendo meu relacionamento com Deus de forma comunitária.


A maturidade no relacionamento com Deus, é um projeto comunitário. Ao longo de
Efésios 4, o contexto para a maturidade é a comunidade cristã. Na verdade, não é só
que um indivíduo cresça melhor em comunidade. Mas a maturidade é em si uma
realidade comunitária.
A imaturidade e insegurança de nossa cultura é agravada pelo nosso individualismo. E
se o caráter é um projeto individual, então tudo é sobre mim. Eu sou a medida do meu
sucesso. Mas a identidade do evangelho é uma identidade comunitária. A humanidade
caída se define em distinção dos outros - daí as divisões de gentios e judeus, escravos e
livres. Mas os cristãos definem a si mesmos na sua relação para com Deus e para com
os outros através Cristo. A maturidade não é um projeto pessoal que faço sozinho. Eu
me tornarei maduro assumindo a responsabilidade pelos outros na Igreja. Eu me torno
maduro na comunidade à medida que nós amadurecemos.

Colossenses 3:8-14
Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da
maledicência, das palavras torpes da vossa boca.
Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os
seus feitos,
E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem
daquele que o criou;
Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita,
servo ou livre; mas Cristo é tudo, e em todos.
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de
misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;
Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver
queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.
Nossa estabilidade está centrada no evangelho

A imagem de Deus não é apenas nossa origem é nosso destino.

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