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LUTO

Contextualização

• A morte ao longo da história da humanidade e culturas

• Tabu – A dificuldade de falar sobre o luto, principalmente


dentro de casa com os filhos.

• Momento atual: Rituais que são cancelados; perda da


liberdade; medo da morte.
Morte e perdas
• Ao falarmos sobre o “luto”, naturalmente associamos ao processo posterior à
morte de um ente querido. No entanto, quando estamos perante ao término de
uma relação amorosa ou a perda de um membro do nosso corpo após um acidente
ou após uma cirurgia, ou quando perdemos um animal de estimação, estamos
igualmente a falar de luto, ou seja, todas estas situações são exemplos de perdas
pelo que o indivíduo passa ao longo da sua vida e que, obviamente, necessita
de tempo para ultrapassar esta fase. (RAMOS, 2016) ​
Rituais de ciclos- Luto, entre outros
• Os Rituais e suas funções no processo de luto
são demarcadores de um estado de enlutamento,
com função simbólica de reconhecimento da
importância da perda e da importância daquele ente que
foi perdido, marcando, pontuando, revelando
e significando o acontecimento, de acordo com a crença
de cada cultura, contribuindo para o processo de luto
necessário diante de perdas importantes. (SOUZA &
SOUZA, 2019)​

• A vida de qualquer sociedade funda-se na passagem entre
posições, estados e status. Compreende-se que os
indivíduos modificam-se ao atravessarem a fronteira de
cada etapa e nisso se assemelham as cerimônias de
nascimento, infância, puberdade, noivado, casamento,
gravidez, paternidade, iniciação religiosa e funerais,
sendo importantes também as passagens de uma estação
a outra, de um ano a outro. (SOUZA & SOUZA, 2019​
Fases do luto

De acordo com Elizabeth


Kübler-Ross , as fases podem se
alterar constantemente, não
seguindo uma ordem certa, e
sofrem as influências de aspectos
culturais do indivíduo,
apresentando-se da seguinte
forma. (SANTOS, 2017)
1926–2004
Negação/Isolamento
• A negação é uma defesa que ocorre
quando a pessoa recebe um
diagnóstico de terminalidade. Neste
momento, o paciente não acredita na
informação que está recebendo. É
característico desta fase, pessoas que
podem conversar rapidamente sobre a
realidade de seu estado e, de repente,
demonstram incapacidade de continuar
encarando o fato realisticamente. O
isolamento pode ocorrer como
consequência, e é marcado pelos
momentos em que a pessoa fica calada,
quieta e reflexiva. (SANTOS et al. 2017)
Raiva
• Trata-se do momento em que o paciente pergunta “por que eu?”,
desencadeando raiva, revolta e inveja de outras pessoas. Esta raiva
pode ser projetada no ambiente externo do paciente, incluindo,
familiares, equipe médica e até mesmo Deus.(SANTOS et al. 2017)
Barganha
• É o momento onde o paciente
tenta realizar algum acordo
secreto, principalmente com
Deus, de forma a tentar postergar
o desfecho inevitável. Em muitos
casos, também podem ocorrer
pedidos de um tempo extra para
ver um filho crescer, se formar ou
se casar. Essas metas demonstram
uma energia concentrada a favor
da vida. (SANTOS et al.
2017)
Depressão
• Trata-se da fase onde, já não
podendo negar mais os
acontecimentos e nem se
revoltar contra eles, o paciente
começa a sentir a perda que se
aproxima. Tristeza e vários
níveis de depressão
são característicos deste
momento. (SANTOS ETA.
2017)
Aceitação
• Através da aceitação, há quase
que uma fuga de sentimentos,
de forma que a luta se mostra
acabada e este fosse momento
de repouso. Muitos pacientes
nesta fase se recusam a ver e
falar com amigos e familiares,
pois essa presença traz a dor da
separação. (SANTOS et al.
2017)
Luto Normal/ Luto Patológico/ Luto Inibido
• O luto considerado dentro dos parâmetros da normalidade está relacionado ao fato
de a pessoa enlutada conseguir ultrapassar o processo de luto através da realização
de diversas tarefas, ou seja, após atravessar as fases anteriormente citadas, existe
um período de reconstituição e formação de novos vínculos. (RAMOS, 2016)

• O luto patológico está mais relacionado com a intensidade e duração das reações
do que propriamente com a simples presença ou ausência de um comportamento
específico. Podendo ser definido como a “intensificação do luto a um nível em que
a pessoa se encontra destroçada, originando um comportamento não adaptativo
face à perda, permanecendo interminavelmente numa única fase, impedindo a sua
progressão com vista à finalização do processo de luto. Também podemos
encontrar o luto inibido, onde o enlutado apresenta um comportamento de fuga,
evitando situações que tragam lembranças, se ocupando de maneira excessiva para
fugir do problema. (RAMOS, 2016)
Manejo em situação de luto
• Acolhimento e escuta...
Luto e deficiência
O luto na reabilitação está presente nas mudanças que um indivíduo passa após
receber um diagnóstico, lidando com uma perda, que resultará em uma
deficiência, anormalidade da estrutura, funções psicológicas, pós operatórios e
casos de amputação, AVC ou AVE , perda auditiva ou da visão. Onde o
individuo tem a perda ou redução de sua autonomia e independência, deixando
de realizar as atividades que anteriormente eram comuns em sua rotina, gerando
uma dificuldade em sua adaptação. Também devemos considerar aquele luto
imaginário, onde expectativas, fantasias, ilusões e projeções de planos futuros,
acabam sendo abalados, podendo ser tanto do paciente quanto de seus familiares
ou cuidador, ex. luto do filho imaginário. (SASSI, 2013, RIBEIRO & GARCIA
2019)
Relato de caso

• Vivência de um caso, que experienciou diversos lutos em


sua vida...
Filme acerca da temática...

Sinopse: Howard entra em depressão


após uma tragédia pessoal e passa a
escrever cartas para a Morte, o Tempo e
o Amor, algo que preocupa seus amigos.
Mas o que parece impossível, se torna
realidade quando essas três partes do
universo decidem responder. Morte,
Tempo e Amor vão tentar ensinar o valor
da vida para Howard.
Bibliografia
RAMOS, V, A, B. O PROCESSO DE LUTO. ISSN 1646-6977, Documento publicado em
25.09.2016. Acessado em: 03/05/2020

RIBEIRO, J, F, S; GARCIA, E, J, S. A dimensão afetiva e psicossocial da perda na


amputação – um estudo de revisão. Revista Mosaico. 2019 Jan/Jun.; 10 (1): 71-78.
Acessado em: 06/05/2020

SANTOS, R, C, S, YAMAMOTO; Y, M, CUSTÓDIO; L, M, G. Aspectos teóricos sobre o


processo de luto e a vivência do luto antecipatório. Psicologia.ptISSN 1646-6977, 2017.
Acessado em: 05/05/2020.

SASSI, F. O impacto da deficiência infantil aos pais e o processo de reconhecimento desta


realidade por meio do auxílio promovido pelas equipes de profissionais da saúde.
Revista Mosaico. 2019 Jan/Jun.; 10 (1): 71-78. Acessado em: 10/05/2020.

SOUZA, A, M; SOUZA, C, P. Rituais Fúnebres no Processo do Luto: Significados e


Funções. Psicologia: Teoriae Pesquisa, v.35e 35, 2019. Acessado em: 05/05/2020.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

Equipe de Psicologia:

- Daniel Carapeto

- Edilene Toledo

- Marina Paulavicius

- Rafael Ribeiro

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