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E NÃO O PERCEBERAM

C. J. Jacinto

PUBLICAÇÕES BIBLICAS BEREANAS


(Grátis: Essa obra não deve ser comercializada)

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E não o perceberam (Mateus 24:39)

Jesus comparou a sociedade dos últimos dias com os dias


de Noé. O comportamento das pessoas seria idêntico.
Chama a atenção o fato de aquela geração ser insensível,
estavam anestesiados, com o coração obscurecido, cheios
de egoísmo e imersos num dilúvio de materialismo e
indiferença, antes de naufragarem nas águas torrenciais
do dilúvio. “E não o perceberam” e você está percebendo
os perigos do presente século mau? A geração atual está
espiritualmente vinculada com os dias de Noé, as pessoas
daquela época não cuidavam da própria alma. Pedro
afirma que Deus não perdoou o mundo antigo, mas
guardou Noé o pregoeiro da justiça. Noé e Enoque
perceberam o juízo iminente, mas a maioria dos homens,
senão quase todos, eram indiferentes com relação aos
perigos daquela época, tal será também o
comportamento da maioria das almas nos últimos dias.
Quais sinais evidentes de almas descuidadas que não
estão percebendo os perigos dos nossos dias?
Primeiro: São desapercebidos, esses cristãos que em
processo de decadência espiritual, não cuidam da própria
alma, criaram para si mesmos uma teologia perigosa,
pensando que podem viver a fé cristã sem receber
alimento espiritual solido, sem ser membro do corpo de
Cristo, sem ler as Escrituras e beber das suas fontes, sem

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relacionar-se na comunhão com outros cristãos e sem
prestarem culto e adoração numa assembléia cristã local.
A igreja de Filadélfia era uma igreja modelo e é notável
que o nome já diz tudo sobre o caráter espiritual de seus
membros. A palavra “Filadélfia” é a junção de Filos e
Adelphos, que significa confraternização de amigos. Os
cristãos devem ser fraternos, amando uns aos outros e
cuidado uns dos outros. Na esfera espiritual entendemos
que o inimigo atua como predador (I Pedro 5:8) e a tática
de um predador é isolar a presa do rebanho para depois
tragá-la. O diabo primeiro isola e depois devora. Aqueles
que não se cuidam em se congregarem em uma
assembléia bíblica, e, apenas tornam-se presas em
potencial do inimigo que as quer devorar
Segundo: O caminho da apostasia pessoal começa por
nutrir a idéia de que não é importante assistir os cultos
numa comunhão de cristãos. Tal idéia é potencialmente
perigosa em nossos dias. O evangelho tem um princípio
espiritual funcional; A vida cristã se idealiza pelo
conceito de rebanho e aprisco e também pela regência e
liderança suprema do bom pastor, pois Cristo é o bom
Pastor que deu a vida pelas ovelhas, ele é líder supremo
da universal assembléia dos santos. Quando alguém
pensa de outra forma, está fora dos padrões
estabelecidos pelo Novo Testamento. Há em nossos dias,
aqueles que entronizam no coração, a opinião pessoal ao
invés de sujeitarem-se á voz do Espírito Santo expressa
de forma muito clara no Novo Testamento, e acabam
desenvolvendo para si mesmos outro evangelho que é
claramente anatemizado pelo apostolo Paulo em Gálatas
1:8 e 9.

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Terceiro: O conceito de estar apercebido está vinculado
aos cuidados com a vida espiritual de forma
completamente bíblica. Isso inclui vigilância, oração,
sobriedade, estudo das Escrituras, fervor espiritual,
comunhão fraterna, adoração e pratica da vida cristã,
enfim, tudo o que abrange a área da vida cristã da nossa
vida. A exortação de Paulo é que sejamos firmes e
constantes no Senhor, atentos quanto às tendências
sociais e alertas quanto à multiplicação da iniqüidade.
Somos peregrinos e por esse motivo não nos
conformamos com o presente século, mas aguardamos as
bênçãos do mundo vindouro.

Conclusão: Você é um despercebido se não tem cuidado


de si mesmo. Se menospreza o evangelho, partindo da
premissa de que pode ser um membro amputado do
corpo da igreja local e sob condições normais, viver sem
esse corpo espiritual. Quando age assim, você apenas está
aplicando sobre si mesmo uma auto-amputação.
Isolando-se do rebanho, torna-se presa fácil do inimigo.
Esteja alerta, para que o dia triunfante de Cristo não vos
pegue de surpresa! Amem

Libertos da Rotina

Precisamos de homens que saiam da rotina, da vida


ordinária, para a extraordinária e para isso apenas
precisamos de amor puro e paixão com zelo. Acontece

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que as pessoas que Deus usa são pessoas apenas
dispostas a serem ferramentas, desprendidas de
qualquer tipo de egoísmo ou orgulho, o Espírito Santo
testifica que Elias era homem sujeito as mesmas paixões
que nós (Tiago 5:17) A disposição do coração era o que
fazia a diferença e a consagração da vontade a Deus e o
negar-se a si mesmo. Assim João Batista pregava no
deserto, sem pompas e sem glamour, era rústico o
homem que abre o caminho para o Messias entrar, e o
mesmo Messias Emanuel veio repousando toda a
fragilidade humana numa total dependência do outro,
numa manjedoura dentro de uma estalagem para
animais. O extraordinário não é senão o caminho dos
fracos que se entregam a Deus e então sob as correntezas
suaves da graça, emanam doçura espiritual, muito vigor e
se emancipam da rotina para viver o sobrenatural
debaixo da grandeza de Deus, e nos diz o Espírito “Porque
o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Coríntios
12:9) ora esse é o trabalhar de Deus na alma humana
Semeia-se em fraqueza o corpo de um redimido, mas a
ressurreição de um salvo será em um corpo vigoroso (I
Coríntios 15:43). A grande obra consumada na Cruz é o
poder de Deus para a salvação de todo o que crê, mas ela
se deu pela via dolorosa da fraqueza do Cordeiro (II
Coríntios 13:4) Quão bendita é essa verdade, Deus
procura homens fracos, canais por onde Deus trabalha
para manifestar a Sua força. E nós, na nossa fraqueza
somos instrumentos da graça, quando deixamos de ver o
simples de forma como é, e então passamos a ver todas as
coisas de forma especial para o Senhor, como
instrumentos humildes, passamos do natural para o
sobrenatural, quando tudo o que fizemos é selado com o

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amor puro, pois nesse amor espiritual genuíno, Deus
recebe sempre a honra e a glória através de nós. J.
Urteaga descreve essa mudança de posição do ordinário
para o extraordinário na vida dos homens comuns: “A
graça não cria a atividade humana; sobrenaturaliza a que
existe; faz com que formalmente sejam santas,
sobrenaturais, as obras humanas executadas com retidão
de intenção. Quando uma obra está naturalmente
terminada, está com a graça, sobrenaturalmente
realizada. E este o fundamento da santificação da vida
ordinária”. Então seja um instrumento ainda que frágil,
porém consagrado nas mãos do Deus Todo Poderoso,
como fez Davi que em singela humildade enfrenta a força
de Golias e o vence porque Deus era com ele e não com
Golias.

Perdas

Não é hábito dos pregadores pós-modernos falarem sobre


perdas. O cristianismo ocidental gosta de ouvir sobre
vantagens, materialismo e segurança pessoal, os
acontecimentos recentes provam que a maioria dos
evangélicos está disposta a trocar a trocar a liberdade
pessoal pela própria vida e temos nessa filosofia a
demasiada confiança do diabo de que em pele por pele,
tudo o que o homem tem dará pela sua própria vida. Mas
o Evangelho muitas vezes nos apontam para perdas. Jesus
falou que qualquer um que quiser salvar a sua vida
perdê-la-á e qualquer que a perder salvá-la-á (Veja Lucas
17:23) ele mesmo advertiu sobre o dilema do homem
ganhar o mundo e perder a própria alma (Mateus 16:26)
o que necessariamente nos conduz a lógica de que é bem

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melhor perder o mundo para não perder a nossa própria
alma. para Paulo a própria morte, que significava perder
sua vida biológica, era um ganho (Filipenses 1:21) mas
não estamos habitados a esse tipo de teologia, e isso só
revela o quanto a cristandade e a maioria dos cristãos
estão distantes das páginas do Novo Testamento. perder
não é uma alternativa espiritual, deve ser um fato
consumado em nossas vidas, se desejamos ser espirituais
e levar a imagem de Cristo em nossas ações (Romanos
8:29) O apóstolo fala de suas perdas em Filipenses 3:8,
essas perdas têm uma realidade oposta ao prejuízo: a
excelência do conhecimento de Cristo. Para ganharmos a
Cristo temos que perder muitas coisas. Isso não muito
agradável, mas é o fato. Os reinos deste mundo maligno
foram oferecidos a Cristo na tentação, Ele rejeitou. Se a
oferta fosse feita a nós, rejeitaríamos? Paulo diz que
considera certos aspectos de vantagens terrenas como
escorias, no grego a palavra traduzida é “Skubalon” e
refere-se a lixo inútil. Sua fama, a glória religiosa, o
status, o glamour, o apóstolo abriu mão de tudo isso para
ganhar um conhecimento espiritual de uma pessoa real
que era o Senhor Jesus Cristo. Paulo perdeu seu ego, a
vida egoísta do qual Paulo se ufanava, foi para a cruz, em
Gálatas 2:20 ele afirmou que seu eu não estava mais vivo
porque ele estava crucificado com Cristo, era Cristo quem
vivia no lugar de seu ego. Não havia mais egoísmo na sua
vida, Paulo totalmente cristocêntrico e isso pode ser
observado em seus escritos inspirados, pelo menos 92
vezes vimos Paulo falar da posição espiritual em
plenitude de ser, identificada como “Em Cristo” A perda
do ego foi um ato crucial na vida do homem chamado
Paulo. As coisas não giravam mais em torno dele, não era
mais o centro onde tudo tinha que gravitar, seu egoísmo
foi pregado na cruz. Só um homem que experimenta a
crucificação do próprio ego tem moral e autoridade para
falar sobre a mortificação da carne do velho homem.
Paulo perdeu seu orgulho religioso, no contexto de

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Filipenses 3, ele declara que foi fariseu e era
irrepreensível segundo a lei, ou seja, não havia falhas, ele
era um legalista perfeito. Mas quando abrimos I Timóteo
1:15 Paulo se declara o principal dos pecadores! que
transformação espiritual incrível, ele perdeu seu orgulho
religioso, perdeu sua estima por méritos próprios e agora
olha para a sua verdadeira condição espiritual e a
completa dependência da graça de Deus. Por causa da
verdade, Paulo perde e perde, embora também ganhe
muito no âmbito da esfera espiritual. Em II Timóteo 4:10
Paulo fala sobre Crescencio e Demas que lhe
abandonaram. O apóstolo está prendendo companheiros,
os relacionamentos superficiais estão indo embora. São
perdas e mais perdas, mas a excelência de Cristo é um
ganho, as insondáveis riquezas de Cristo (Efésios 3:8)
conhecer a e manter um relacionamento com o Senhor é
ter posse de todas as riquezas do mundo vindouro, pois
em Cristo estão todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento (Colossenses 2:3). Que o Senhor abra os
nossos olhos, somos peregrinos (I Pedro 2:11). Nossa
cidade está nos céus, somos exilados na terra, devemos
abrir mão da maior parte das coisas que não temos posse,
as que temos, devemos agir como mordomos do Senhor,
gerenciando o que temos com uma perspectiva eterna.
Que tenhamos em mente esses fatos, pois infelizmente
ouvimos muito pouco sobre perdas nos púlpitos
modernos

Vida Espiritual

Jesus disse em João 3:8 que o vento assopra aonde quer,


assim é todo aquele que é nascido do Espírito. O
nascimento espiritual é obra do Espírito Divino. O sopro
do renascimento espiritual é uma obra divina sobre vidas
que ameaçam morrer ou que já são meros cadáveres. É o

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vento impetuoso do Espírito Santo que traz as sementes
da renovação espiritual. D. M. Panton escreveu disse que
o “Avivamento é um novo impulso de vida e de poder
divino em um corpo que ameaça tornar-se um cadáver” A
vida abundante deve ser a experiência constante do
homem que nasceu de novo. Mas essa vida pode apagar-
se. Paulo adverte em I Tessalonicenses 5;19: “Não
extingais o Espírito” tal advertência é muito clara: não
devemos apagar a luz da vida espiritual que se acendeu
no interior do homem transformado pelo evangelho. Tal
fogo de devoção deve ser aceso dentro de nós, pois somos
o templo do Espírito (I Coríntios 6:19) tal luz deve
permanecer acesa dentro de nós.. O vento deve soprar
sobre nós, precisamos saber onde está o seu mover.
Estamos vivendo tempos de aridez e muita esterilidade. O
mundo está cheio de cadáveres espirituais, tal fato pode
ser comparado como um vale de ossos secos como na
visão de Ezequiel 37. Mas em Genesis 1;2 o Espírito
atuava sobre o caos, e assim o mover do Espírito de Cristo
é para dar ordem e ressurreição espiritual para
cadáveres espiritualmente frios. No grego o titulo de
“Consolador” é Paráclito, um Paraclito era um agente que
se responsabilizava por cuidados, entre os quais, um vigia
que ficava cuidando de uma fogueira enquanto outros
descansavam num acampamento. O paraclito cuidava
para que as brasas não morressem, ele soprava sobre
elas, quando o fogo ameaçava morrer. Seu cuidado
denotava o objetivo de garantir luz e calor. Agora veja
que o soprar do Espírito sobre nós vem através da
pegação da Palavra de Deus, Paulo diz que as Escrituras
são divinamente inspiradas (II Timóteo 3:16) no grego a
palavra traduzida por “inspirada” é Teopneustos, que
significa literalmente “Soprada por Deus” Em hebreus
4:12 está escrito que a Palavra de Deus é viva, eficaz e
penetrante, por esse motivo, o sopro do Espírito vem pelo
hálito do pregador bíblico que está pregando o que a
Bíblia ensina. Esse mover do Espírito também pode vir

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pela adoração e louvor, é esse sopro divino que fortalece
o coração enfraquecido e tem o poder de ressuscitar os
que estão ameaçados a morrerem espiritualmente. A
aridez espiritual é um problema, ela causa sequidão e
morte, a falta de alimento espiritual mata, precisamos ver
onde está se movendo o Espírito de Deus, devemos correr
para lá, pois é onde iremos encontrar refrigério, maná
espiritual e água da vida. O fôlego de vida espiritual é
uma necessidade constante na vida do homem santo. O
sopro do Espírito fortalece e dá vida celestial, traz
consigo o poder da ressurreição e as sementes da
frutificação. Há uma lei muito dinâmica na natureza,
chamada biogênese, é um principio cientifico
reconhecido que funciona assim: vida transmite vida. Só
um vivo pode gerar outro ser vivo. Este também é um
principio espiritual. Só pode transmitir vida espiritual
quem está espiritual, ente vivo. Primeiro um homem
precisa receber o sopro para acender o coração, só depois
pode transmitir aos outros, luz, vida e calor. É aquele que
recebe a seiva da videira verdadeira que frutifica, ramos
podados morrem e não produzem vigor e nem florescem
ou frutificam. Agora veja que o que frutifica traz consigo a
semente da vida dentro do fruto que produz. Assim só
quem frutifica tem vida dentro de si e pode então dar a
vida aos que estão morrendo. Vá onde o Espírito de Cristo
está, encha-se da vida espiritual que Ele tem em
abundância e transmita aos outros a vida profunda e
celestial que eles necessitam. Amém

Fraqueza

Precisamos de homens que saiam da rotina, da vida


ordinária, para a extraordinária e para isso apenas
precisamos de amor puro e paixão com zelo. Acontece
que as pessoas que Deus usa são pessoas apenas
dispostas a serem ferramentas, desprendidas de

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qualquer tipo de egoísmo ou orgulho, o Espírito Santo
testifica que Elias era homem sujeito as mesmas paixões
que nós (Tiago 5:17) A disposição do coração era o que
fazia a diferença e a consagração da vontade a Deus e o
negar-se a si mesmo. Assim João Batista pregava no
deserto, sem pompas e sem glamour, era rústico o
homem que abre o caminho para o Messias entrar, e o
mesmo Messias Emanuel veio repousando toda a
fragilidade humana numa total dependência do outro,
numa manjedoura dentro de uma estalagem para
animais. O extraordinário não é senão o caminho dos
fracos que se entregam a Deus e então sob as correntezas
suaves da graça, emanam doçura espiritual, muito vigor e
se emancipam da rotina para viver o sobrenatural
debaixo da grandeza de Deus, e nos diz o Espírito “Porque
o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Coríntios
12:9) ora esse é o trabalhar de Deus na alma humana
Semeia-se em fraqueza o corpo de um redimido, mas a
ressurreição de um salvo será em um corpo vigoroso (I
Coríntios 15:43). A grande obra consumada na Cruz é o
poder de Deus para a salvação de todo o que crê, mas ela
se deu pela via dolorosa da fraqueza do Cordeiro (II
Coríntios 13:4) Quão bendita é essa verdade, Deus
procura homens fracos, canais por onde Deus trabalha
para manifestar a Sua força. E nós, na nossa fraqueza
somos instrumentos da graça, quando deixamos de ver o
simples de forma como é, e então passamos a ver todas as
coisas de forma especial para o Senhor, como
instrumentos humildes, passamos do natural para o
sobrenatural, quando tudo o que fizemos é selado com o
amor puro, pois nesse amor espiritual genuíno, Deus
recebe sempre a honra e a glória através de nós. J.
Urteaga descreve essa mudança de posição do ordinário
para o extraordinário na vida dos homens comuns: “A
graça não cria a atividade humana; sobrenaturaliza a que
existe; faz com que formalmente sejam santas,
sobrenaturais, as obras humanas executadas com retidão

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de intenção. Quando uma obra está naturalmente
terminada, está com a graça, sobrenaturalmente
realizada. E este o fundamento da santificação da vida
ordinária”. Então seja um instrumento ainda que frágil,
porém consagrado nas mãos do Deus Todo Poderoso,
como fez Davi que em singela humildade enfrenta a força
de Golias e o vence porque Deus era com ele e não com
Golias.

Práxis Cristã

Charles Spurgeon certa vez pregou a cerca de um homem


que argumentou ser cristão por ser exteriormente
íntegro “um homem me disse: ser cristão é ser honesto. e
eu respondi que honestidade é questão de caráter, e isso
é obrigação de qualquer ser humano, mas ser cristão é
andar como Cristo andou”. O Evangelho nos indica a
direção da transformação, e desejo insistir neste fato,
estamos indo mais além, a mera exterioridade pode ser
uma fantasia que perdura durante toda uma vida , assim
como satanás se reajusta conforme um camaleão e pode
se transformar em um anjo de luz, aqui temos a própria
imagem, a realidade de forma exata que é a verdade em
Cristo (Leia Hebreus 10:1) Ele é a nossa lei real, Ele é a
justiça de Deus e a nossa justiça (Romanos 3:21) O que
ocorre hoje e de certa forma é um erro que se perpetua
durante muitos séculos, a tendência de tirar Cristo como
nossa justiça do Centro do Evangelho e a transformação
interior que ocorre no centro da vida humana, o espírito,
operando uma transformação a partir de dentro pelo
poder da graça que por sua vez nos conduz para uma vida
de justiça e santidade. Essa é a expressão prática da vida
espiritual que vimos no sermão da montanha, a
amplitude, largura, profundidade e altura do amor de
Deus se dá na entrega de seu Filho amado morrendo por
nós, e o gerenciamento do coração procede do processo
de Cristo habitar pelo Seu Espírito dentro do nosso

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coração. “porque a lei do Espírito de vida, em Cristo
Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos
8:1) o fator operacional da vida abundante é a
frutificação pela intimidade relacional com Cristo (João
15:1 10) até então as regras se modificam, pois na vida
espiritual plena de significados verdadeiros encontramos
a base pelo qual se opera a verdadeira santidade, que é
um fluir interno e uma frutificação que ocorre por causa
da transmissão da seiva divina no coração humano. Então
temos a elevação da vida celeste no coração humano
“Tenho-vos dito isto para que o meu gozo permaneça em
vós, e o vosso gozo seja completo”(João 15:11) assim, na
base do relacionamento com Deus que se dá pelo novo
nascimento ouvimos a voz do Espírito de Cristo que
prontamente diz “O meu mandamento é este: que vos
ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”(João
15:12) a verdade é que quanto mais de Cristo temos em
nós pelo relacionamento na base da intimidade com Ele,
mas a graça se torna abundante em nossa vida, e essa
graça não nos conduz a dissolução, pelo contrario, nos
conduz pelos caminhos firmes da santidade prática como
disse Charles Leitter em seu livro “justificação e
Regeneração”: “O verdadeiro cristão jamais utiliza a graça
como uma licença para pecar, ele naturalmente já peca
mais do que gostaria” (pagina 64) Outro Teolo, o Dr R T
Willians escreveu: “A santificação pede a morte não
somente dos atos pecaminosos, mas até dos desejos
pecaminosos, dos apetites maus e dos afetos impuros.
Chega-se ao centro do caráter humano, para destruir a
carnalidade” O que ocorre aqui é a grande verdade,
sincera por demais para deixar de lado, nossa luta contra
o pecado é diária e presa a todos os momentos. A base
pelo qual vencemos é através do fortalecimento no
Senhor (Efésios 6:10) o que ocorre é que toda a lei é
quebrada com um só preceito quebrado, por isso a
impossibilidade da justificação por méritos próprios,
porque a base da pecaminosidade sai do ato consumado

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do antigo Testamento e aparece na sua forma de
expressão mais exata no Evangelho partindo de que a
consumação do pecado é apenas a expressão de algo que
já foi idealizado como conceito de ação espiritual no
coração humano, o que diante dos olhos de Deus já é a
quebra da dos mandamentos. Assim o pecado é de
natureza mais real no estado espiritual dentro do coração
humano, a lei revela o quanto o homem é depravado e a
graça nos mostra o quanto o homem é misericordioso.
Pecamos em pensamentos, lá dentro de nós tem essa
fonte que precisa ser obstruída, e só o Espírito Santo pode
ir lá, assim a rendição a Cristo é a norma vigente do
Evangelho, Cristo é nossa esperança de vida eterna, de
outra forma não há verdadeira esperança, Edwin Palmer
ensina “Todos nós violamos em pensamento os
mandamentos de Deus” só quando estamos em Cristo,
as potências do pecado podem ser reduzidas, só quando
ocorre a mortificação pela cruz, eis o brado de Paulo
“Estou crucificado com Cristo, não sou eu que vivo. Cristo
vive em mim” (Gálatas 2:20) só há um meio de viver sem
pecar, e esse é o momento em que estamos Aplicando a
morte de Cristo na nossa vida e nos identificamos com Ele
na sua morte. A eternidade sem pecado ´so será possível
para o salvo por causa disso, de alguma forma, Deus
resolveu o problema da desobediência pelo instinto
pecaminoso através da morte de Cristo, e com isso não
apenas a culpa do pecado é removida, mas presença do
poder do pecado será erradicada completamente do
corpo glorificado, o velho homem será aniquilado para
sempre com a morte ou por via da transformação do
corpo quando Jesus voltar, pelo menos aqui, na vida do
cristão salvo há uma espécie de aniquilacionismo; a do
velho homem, ele será completamente destruído para
sempre, de modo que nunca fará parte do corpo
glorificado, assim, no céu, quando vivermos no mundo
vindouro, novos céus e nova terra e o universo
transformado para a glória de Deus, não haverá nenhum

14
tendência ao pecado, nenhum desejo de pecar, essa é uma
plenitude existencial, tão completa que fará de cada
cristão um completo ser feliz em todas as esferas, e a
pureza de coração será completa e perfeita, e isso só é
possível por causa da obra consumada e perfeita de
Cristo na cruz. Não a lei, mas Cristo, Ele cumpre e realiza
essa missão redentora completa, corpo alma e espírito na
vida de cada salvo “Mas a nossa cidade está nos céus, de
onde também esperamos o Salvador, o nosso Senhor
Jesus Cristo. Que transformará o nosso corpo abatido,
para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu
eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”
(Filipenses 3:20 e 21) Note que aqui temos um bom
contexto para entender Efésios 1:10, quando Paulo fala
que Cristo sujeitará para si todas as coisas. Aqui temos a
consumação no seu todo, quando haverá o desfrute no
mundo vindouro, as moradas que Cristo foi preparar para
os santos. O evangelho anuncia isso com muito vigor,
somos chamados a peregrinar no mundo (I Pedro 2:11)

Conclusão: a práxis não ortodoxa da fé cristã conduz o


homem para uma aceitação passive de heresias de
perdição

Parte II

BUSCANDO UM SENTIDO PARA A VIDA

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Estamos cansados, a vida é uma maratona louca, onde a
maioria busca as coisas vãs. O homem é um breve sopro a
contemplar um arco-íris que logo se dissipa com a
chegada da noite. Homens são comparados a vapores
(Tiago 4:14) por causa da brevidade da vida terrena. Mas
mesmo assim, todos correm em busca de prazeres, o
coração faminto e sedento busca sem controle coisas que
possam dar alguma satisfação, mas tudo é vão. Soube de
um homem rico, um dos mais ricos de minha cidade, mas
ele morreu, suas posses ficaram, para que os vivos
corram, lutem e busquem, para depois também
morrerem. A vida é uma corrida em busca da ilusão com
um final desesperador ao encontro da morte, e então
como o sábio Salomão, a filosofia bíblica continua
perpetuando o celebre axioma: vaidade das vaidades,
tudo é vaidade. Talvez você esteja no final da corrida, os
últimos passos, a chegada final, e como aquele homem de
uma parábola, que olha para os celeiros cheio de grãos,
folga-se por sua riquezas, e Deus pede naquele mesmo dia
a sua alma, e ele não está preparado. Você meu amado
leitor, tem encontrado sentido para a vida? tem
encontrado em Cristo a voz que convida ao descanso?
Jesus Cristo é nosso refúgio, a verdadeira riqueza se
encontra tão somente nele (Colossenses 2:3 e Efésios 3:8)
sua chamada é “vinda a mim”(Mateus 11:28) é uma
chamada para a vida eterna, a resposta para as questões
da vida. Como disse Jonathan Edwards: “A verdadeira
excelência acha-se em Jesus Cristo, e quando os homens
chegam a conhecê-la, sua busca termina, e suas mentes
encontram o descanso. Em Cristo, as suas mentes vêem
uma glória transcendente e agradável. Percebem que até
então estiveram perseguindo sombras, mas que, agora,
encontraram a substância, a realidade. Antes, buscavam a

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felicidade num riacho, mas agora encontraram-na no
oceano. É exatamente como Cristo prometeu. “Vinde a
mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e
eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). Não engane, a vida sem a
graça do Evangelho é mera sombra que obscurece os
olhos do coração. Venha para Cristo hoje, e encontrarás
alegria para viver a vida, cantando na peregrinação e
chegando no mundo vindouro em plena graça triunfante.

A Marcha do Peregrino

Derramo meus passos nas pegadas do Cordeiro

Nos Alpes cordilheiras sangrentas da jornada

Além dos vastos prados de meus sonhos destruídos

Onde a entropia deixou meus sonhos arruinados

II

No caminho probo, a luz de todas vésperas

No cais porto fonte de brilhos ancoradouros

Que em mil campos de flores mais eternas

Tingem as cores de tão belo mundo vindouro

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III

E eu peregrino sangrando aos pés espinhos

No martírio de vastos dias e plácidos trajetos

Quais lírios da noite desabrocham um novo dia

Em refugio lúcido de assombros aos passos retos

IV

Marchando em sendas antigas e mais gemendo

A dor cruenta do Cordeiro tão imaculado

Que vigia minha alma do pó do naufrágio lento

Até o céu sublime de sóis eternos coroados

Quando enfim lá chegar terei inefáveis risos

Que fluindo da alma chagada a fonte que vem da aurora

Secando a noite das torturas em beatifico caminho

Ao paraíso cheguei quando Adão foi embora.

(Clavio J. Jacinto)

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Nova Belém Paulo Lopes SC

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