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DR MIGUEL JF

o arrebatamento
O ARREBATAMENTO NÃO É O FIM DO MUNDO
O Arrebatamento

Índices
Introdução
Etimologia
Definição
Estruturologia
Discurso histórico sobre o Arrebatamento
Discurso Teológico
Discursos bíblicos paralelos sobre o arrebatamento
Epílogo: Nossa esperança

Introdução

Sempre que o cristão encontra uma doutrina que não foi ensinada por alguém de qualquer ramo da
igreja de Cristo durante os dezoito séculos passados, ele deveria ter muita suspeita de tal ensino. Esse
fato em e por si mesmo não prova que o novo ensino é falso. Mas, deveria definitivamente levantar
suspeitas, pois se algo é ensinado na Escritura, não é absurdo esperar que ao menos uns poucos
teólogos e exegetas tenham descoberto isso antes. O ensino de um arrebatamento secreto pré-
tribulacional é uma doutrina que nunca existiu antes de 1830. Embora era uma doutrina bem
conhecida no século 1 (um) no meio apostólico, O arrebatamento pré-tribulacional veio à existência
mediante uma exegese cuidadosa da Escritura? Não! A primeira pessoa a ensinar a doutrina foi uma
jovem chamada Margaret Macdonald. Margaret não era teóloga nem expositora bíblica, mas uma
profetiza da seita Irvingita2 (a Igreja Católica Apostólica). O jornalista cristão Dave MacPherson
escreveu um livro sobre o assunto da origem do arrebatamento secreto. Ele escreve: “Temos visto
que uma jovem escocesa chamada Margaret Macdonald teve uma revelação particular em Port
Glasgow, Escócia, no começo de 1830, de que um grupo seleto de cristãos seria capturado para
encontrar Cristo nos ares, antes dos dias do Anticristo. Uma testemunha ocular, Robert Norton
M.D., preservou o relato escrito a mão por ela da sua revelação de um arrebatamento pré-
tribulacional em dois de seus livros, e disse que foi a primeira vez que alguém dividiu a segunda vinda
em duas partes ou estágios distintos. Seus escritos, juntamente com muitas outras literaturas da
Igreja Católica Apostólica, ficaram escondidos por muitas décadas do pensamento evangélico
dominante, e apenas recentemente reapareceram. As visões de Margaret eram bem conhecidas por
aqueles que visitavam sua casa, entre eles John Darby dos Irmãos. Dentro de poucos meses sua
concepção profética distintiva foi refletida na edição de setembro de 1830 do The Morning Watch3 e
na primeira assembléia dos Irmãos em Plymouth, Inglaterra. Os primeirosdiscípulos da interpretação
pré-tribulacionista freqüentemente a chamavam de uma nova doutrina”.4 John Nelson Darby (1800-
1882), que foi o líder do movimento Irmãos e “pai do Dispensacionalismo moderno”, tomou o novo
ensino de Margaret Macdonald sobre o arrebatamento, fez algumas mudanças (ela ensinava um

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arrebatamento parcial de crentes, enquanto ele ensinava que todos os crentes seriam arrebatados) e
incorporou-o em seu entendimento dispensacionalista da Escritura e profecia. Darby gastaria o resto
de sua vida falando, escrevendo e viajando para espalhar a nova teoria do arrebatamento. Os Irmãos
de Plymouth admitiam abertamente e até mesmo se orgulhavam do fato que entre os seus ensinos
estavam alguns totalmente novos, que nunca tinham sido ensinados pelos pais da igreja, escolásticos
medievais, reformadores protestantes e muitos outros comentaristas. O maior responsável pela ampla
aceitação do pré-tribulacionismo e dispensacionalismo entre os evangélicos foi Cyrus Ingerson
Scofield (1843- 1921). C. I. Scofield publicou sua Bíblia de Referência Scofield em 1909. Essa Bíblia,
que expunha as doutrinas de Darby em suas notas, se tornou muito popular em círculos
fundamentalistas. Na mente de muitos – professores da Bíblia, pastores fundamentalistas e multidões
de cristãos professos – as notas de Scofield eram praticamente igualadas à própria palavra de Deus. Se
uma pessoa não aderia ao esquema dispensacionalista e pré-tribulacional, ele ou ela seria quase que
automaticamente rotulado de modernista. Hoje existe uma abundância de livros advogando a teoria
do arrebatamento pré-tribulacional e o entendimento dispensacionalista dos fins dos tempos. Dado o
fato que entre os cristãos professos o arrebatamento prétribulacional ainda é freneticamente popular,
uma comparação dessa teoria com o ensino bíblico está justificado. A verdade é que o Arrebatamento
é um ensino bíblico, mas quando ela é bem aplicada ou se segue o ensino bíblico do arrebatamento
meso-tribulacionista com emenda.

Nos nossos dias não se produz teologia devido a preguiça manifestada pela maldita teologia da
prosperidade. Esta teologia leva a igreja a buscar as coisas de baixo e não do alto. Assuntos como a
vinda de Jesus, Juízo final, arrebatamento, ressurreição dos mortos etc. Com efeito a igreja não
consegue raciocinar a volta das suas principais doutrinas e o maior desespero do homem.

O maior desespero do homem é o escuro do ser e o viera ser. Quem sou e que será de mim depois de
morrer. O mundo se indaga não encontrando respostas na ciência humanista, pois a resposta esta na
bíblia sagrada. Precisando de mestres que buscam com sabedoria, oração a revelação e iluminação do
Espírito Santo, as verdades sobre o ser e o viera ser. A escatologia é o estudo da resposta do viera ser
a sua fonte de informação que sustenta o seu conteúdo doutrinário é a bíblia que já nos dá a resposta
da essência do ser.

O arrebatamento é um tema de alta relevância na teologia cristã, por falta de conteúdo emendado, a
doutrina é abusada pelo relativismo doutrinário ou seja cada um fala segundo o que acha e outros se
restringem em seus dogmas eclesiásticos.

Este livro vem trazer informações que lhe vão ajudar na reflexão sobre a doutrina. O meu objectivo
em uma linguagem simples é trazer conteúdo para uma emenda da mesma. Pretendo com ele iluminar
os sábios na matéria e fortalecer os simples, nesta promessa. Concomitante defender a doutrina dos
falsos mestres, que ensinam que não haverá arrebatamento. Baseando-me em fontes de alta
credibilidade e fazendo uma observação das escrituras de forma a iluminar as minhas teses. Não
pretendo trazer algo novo e sim tornar transparente o que os primeiros cristãos criam com relação a
doutrina.

Uma doutrina ou argumento pode ser boa, crido pela maioria, tendo milhares de ano, mas se for heresia ela
deve ser combatida. Opinião de John Wycliffe

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Dicas e agradecimentos

Agradeço a IMPGA, pelo apoio moral e espiritual, pela credibilidade nestes anos sendo recebido por
vós como mestre. A minha família e em especial a minha digníssima esposa, pela paciência por minha
ausência.

Agradecer a Deus seria para mim uma desonra, pois ele é o dono desta obra. Então devolvo-lhe toda
autoria e honra meu Senhor e Deus.

Para todos que direita ou indirectamente contribuíram para o sucesso deste livro, o meu muito
obrigado.

Que Deus vos abençoe.

Reverendo Dr Miguel JF

Etimologia

A etimologia é a ciência que estuda a origem das palavras e argumenta sobre elas. Neste capítulo o
nosso foco é vislumbrar o termo Arrebatamento.

Existem três palavras gregas para arrebatamento, harpage, harpagmos e harpazo. Observamos que
elas têm o mesmo significado, e vêm do radical ἁρπαγη (Harpage), que significa Roubo, saquear ou
arrebatar.

O Apostolo Paulo em 1Tessalonicenses4:17 usa a palavra ἁρπαγησόμεθα (ARPAGUESOMETA),


ao se referir a forma que Cristo nos virá buscar.

A Vulgata Latina, traduz o termo grego ἁρπαγησόμεθα como rapiemur significando "nós somos
captados" ou "nós somos levados embora", a partir do verbo latino rapio, com o significado "apanhar,
pegar" ou "tomar para si". Em latim raptus, tem significado de "captura", "rapto", "sequestro",
"tomada à distância" (ou, ainda, "arrebatamento").

Na língua portuguesa a palavra Arrebatar é um verbo transitivos e significa:

1. Tirar para si com violência.


2. Privar de, roubar.
3. Levar à força e com violência.
4. Arrancar (alguma coisa) com violência (das mãos de outrem).
5. Induzir, levar.
6. Entusiasmar.
7. Extasiar.

"Depois nós, os que ficarmos vivos,


seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens,

3
a encontrar o Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor.
" (I Tessalonicenses 4 : 17)

Definição

Para definirmos a palavra arrebatamento devemos ter muito cuidado para não incorrermos no erro de
heresia, uma vez que devemos sempre buscar o real sentido que o autor queria dizer.

A doutrina do arrebatamento nos dias moderno é a representação clara da doutrina bíblica da


ressurreição dos mortos. Embora distintas.

"E da doutrina dos batismos,


e da imposição das mãos,
e da ressurreição dos mortos,
e do juízo eterno." (Hebreus 6 : 2)

A doutrina do arrebatamento é o ensinamento apostólico que nos revela que Cristos no meio dos
tempos arrebatará ou arrancará a sua igreja da terra para o Céu, assim como um homem saqueia algo
por julgar um prémio.

"Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos


arrebatados juntamente com eles nas nuvens,
a encontrar o Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor.
" (I Tessalonicenses 4 : 17)

Podemos também definir que o Arrebatamento é o acto de Cristo saquear, arrancar com força ou
levar a força a sua igreja da Terra para o Céu. Como faz um ladrão da noite.

Estruturologia

A estrutura para o entendimento claro da doutrina do arrebatamento quando ignorada provoca um


equivoco.

Quando falamos de estruturologia da doutrina do arrebatamento, falamos dos acontecimentos


cronológicos ou exposição sistemáticos que clareiam o tempo do arrebatamento.

Aqui está o que a bíblia ensina:

 Grande tribulação.

Obs. Precisamos entender que a grande tribulação na bíblia tem dois sentidos:

1. O sentido para a igreja termina com o arrebatamento. (I Tss 4:17; Ap 18:4)


2. O sentido para mundo termina com o fim do mundo. (Ap 16:14 a 21; Ap 20:7,9)

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Vale lembrar também que a tribulação para os dois grupos tem motivos diferentes:

1. A igreja será atribulada por causa do nome do Senhor. (Mt 10:22; 24:9; Lc 21:17; Jo 15:21)
2. O mundo será atribulado por causa dos seus pecados. (Ap 18:1 a 8; Ap 9:20,21; 16:9,11)

 Arrebatamento.

Obs. Precisamos saber que a vinda do Senhor Jesus acompanhar-se-á com dois acontecimentos: O
arrebatamento e o Juízo Final.

Obs. Entre o arrebatamento e o Juízo final, nós observamos na bíblia 3 (três) outros acontecimentos
intermédios, que são: O Milénio, A manifestação do Anticristo e O Armagedom.

Narração aplicativa dos factos:

No meio da tribulação ou grande tribulação enquanto o mundo sofre pelos seus pecados e a igreja por
causa do Nome do Senhor, os pecados dos homens são contínuo diante de Deus e a igreja em meio ao
um povo pecador continua a sofrer cada vez mais, então Deus no meio deste caos Arrebata a Igreja,
enquanto o mundo continua vivendo o caos. A igreja sobe ao Céu e vai passar o milénio no céu, na
terra depois de muito sofrimento, parece que um homem troce a solução, seu nome é Anticristo. O
Anticristo traz um milénio temporário na terra, um tempo de paz, é como se o diabo estivesse
amarrado. Quando a terra parece viver o paraíso do engano, Satanás manda o anticristo se preparar
para a maior e a pior guerra que o homem já enfrentou, a guerra do Armagedom ou Gogue e
Magogue, uma luta da criatura contra o seu criador. O homem não quer perder o seu paraíso criado,
ele acha que o culpado seja Deus. E se prepara a batalha, isto é como se o diabo estava preso e foi
solto, pois mais uma vez os homens foram enganados e desta fez, Deus não pode os poupar, pois
foram longe de mais. Em todas as nações um único exército contra a Vinda de Jesus. Então o Céu se
abrirá e enquanto os homens se preparam para a guerra eles vêm um ser resplandecente e milhares de
outros seres resplandecentes, e percebem que é Jesus e os seus Anjos e enquanto se dobram para o
adorar pois todo seu ser se humilha perante o seu criador, o anticristo e o falso profeta possuídos pelo
demónio continuam falar palavras de blasfémia e são jogados publicamente para o inferno e de
repente sem mais uma palavra fogo cai do Céu e a terra e tudo que nela há se queimará, é isto que
chamamos de fim do mundo. Algo acontece, uma maravilha, parece um grande milagre, começamos a
ver as pessoas que a penas conhecemos pelos livros de história, pessoas que vimos somente pelos
filmes, televisão etc. Todos estão vivos, em nossa mente sabemos que eles ressuscitaram, todos
estamos vivos e como a igreja já foi julgada pelo seu servir o Senhor, agora é a vez do mundo que será
julgado pelos seus muitos pecados e o não arrependimento. Enquanto a igreja foi julgada para as bem-
aventuranças os ímpios serão julgados para a condenação eterna. Nós chamamos isto de Juízo final.
_______________________________________________
ITss 4:17; Ap 18:1 a 8; Ap 9:20,21; 16:9 a 19; Ap 20

Como vimos na Narração aplicativa dos factos, depois do arrebatamento os factos que se seguem são:
O Milénio, A manifestação do Anticristo e O Armagedom. Só depois dela é que acontece o Juízo final

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com o aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo nas nuvens e então todo olho o verá. Pois a igreja
já o viu antes no arrebatamento. (I Tss 4:17)

 O Milénio

O milénio é uma palavra figurativa que expressa dois sentidos e dois estados.

Os dois sentidos.

O primeiro sentido que expressa a palavra figurativa milénio é o Céu ou Paraíso a onde irão viver
eternamente os salvos. Isto quando se refere à igreja.

O Segundo sentido que expressa a palavra figurativa milénio é o engano universal de uma falsa paz
proporcionado por Satanás ao anticristo. Isto quando se refere para Satanás.

Os dois estados do Milénio.

O primeiro estado do milénio é o estado eterno no Céu referindo-se a igreja. (Ap 20: 4,6)
O segundo estado do milénio é um estado temporário na terra referindo-se à Satanás. (Ap 20:2,3,5,7;
ITss 5:3)

 O anticristo já está entre nós, a sua imagem já está sobre a terra e muitos são os que as usam.
Ele é enganador e não vai se revelar de forma que todo mundo saiba que ele é o enganador e
sedutor das nações e filho do maligno. O seu nome não será Anticristo, pois a bíblia diz que é
preciso sabedoria para poder reconhecer a quem se trata. Ele terá um nome bonito e simples
como de qualquer um, terá uma politica que visa o poder imperialista ou comunista mundial,
como a do Império Romano e ele só se manifestará totalmente quando a igreja for arrebatada.

"Filhinhos, é já a última hora; e,


como ouvistes que vem o anticristo,
também agora muitos se têm feito anticristos,
por onde conhecemos que é já a última hora." (I João 2 : 18)

"Quem é o mentiroso,
senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho." (I João 2 : 22)

"E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo


veio em carne não é de Deus;
mas este é o espírito do anticristo,
do qual já ouvistes que há de vir,
e eis que já está no mundo." (I João 4 : 3)

"Porque já muitos enganadores entraram no mundo,


os quais não confessam que Jesus Cristo
veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo." (II João 1 : 7)

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"Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento,
calcule o número da besta;
porque é o número de um homem,
e o seu número é seiscentos e sessenta e seis." (Apocalipse 13 : 18)

Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado;
E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor
da sua vinda; A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de
mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor
da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;
Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.
( II Tss 2:7 a 12)

 O Armagedom não é a terceira guerra mundial e sim uma guerra já mais travada na terra.
Pois é uma guerra entre os humanos e Deus.

E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos,
semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos
reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do
Deus Todo-Poderoso. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama
Armagedom.
(Ap 16:13,14,16; )

E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá a enganar as nações que estão
sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para
as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a
cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado
no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o
sempre.
(Ap 20:7,8,9,10)

 Juízo final.

Os ímpios serão julgados em uma esfera espiritual para a condenação eterna. Porquê em uma esfera
espiritual? Porque antes do juízo final, fogo cairá do céu e é claro que os homens morrerão e então
todas as almas dos homens estarão diante de Deus para serem julgadas. Ou seja antes do juízo Deus
destruirá o mundo e tudo que nela há, e então assim começará o juízo final e isso em uma esfera
espiritual.

Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre,


e os consumiu a todos.Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.
Lucas 17:29,30;
"Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se d esfarão,
e a terra, e as obras que nela há, se queimarão." (II Pedro 3 : 10)

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E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá a enganar as nações que estão sobre os
quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E
subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo,
do céu, e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o
falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. E vi um grande trono branco, e o que
estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. 2 E vi os
mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o
da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as
suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e
foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a
segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
(Ap 20:7 a 15)

Parágrafo único: Como vimos não existe um tempo para igreja viver aqui na terra após ao
arrebatamento. J.H Darbe estava errado em seu método de interpretação escatológica
dispensacionalista. O método é bom quando emendado e colocado algumas variantes.

Discurso histórico sobre o Arrebatamento

Uma das coisas que muda com o tempo é o significado das palavras. O arrebatamento na era patrística
teve dois significados com o mesmo sentido, como: Os primeiros País usam o grego como língua
académica, seus discursos e enunciados escrituristicos eram todos em grego. Dai que para eles o ao
pronunciarem a palavra ARPAGESOMATA, tinham em suas mente o real sentido da palavra ou do
que Paulo queria dizer. Os outros País usaram o latim como língua académica, seus discursos e
enunciados escrituristicos eram todos em latim. Dai o termo sofreu o seu significado lato (RÁPTUS),
embora terá o mesmo sentido em outra língua.

Os País da igreja ao invés de usar a frase: seremos arrebatados. Usavam: seremos levados. O que
significa seremos arrebatados. Portanto a doutrina do arrebatamento estava bem viva nos dias dos
país da igreja conforme nos dias dos Apóstolos.

A doutrina do Arrebatamento como já dissera está ligada a doutrina da ressurreição. E nos dias de
hoje ela da uma cobertura na doutrina da ressurreição menos estudada nos nossos dias.

Os primeiros País da Igreja usavam o mesmo idioma do novo testamento grego. Dai quando se
referiam ao arrebatamento eles usavam a mesma palavra que Paulo usou ARPAGESOMATA.

O segundo grupo dos País da igreja usava o latim. E o termo sofre mudança de transliteração e
passam usar o termo latino RÁPTUS, para se refere ao arrebatamento.

A doutrina do Arrebatamento secreto e pré-tribulacional, defendida pelos dispensacionalistas


clássicos, tem sofrido muita oposição por parte dos proponentes de outras escolas citadas. Alega-se,
por exemplo, que o termo “arrebatamento” sequer aparece na Bíblia. Mas essa contestação é frágil, já
que o mencionado vocábulo deriva da frase “seremos arrebatados” (1 Ts 4.17). Aqui, o verbo
“arrebatar” (gr. ARPAGESOMATA) tem o sentido de “raptar” (cf. Mt 13.19; Jo 6.15; 10.12,28,29), à
semelhança do que aconteceu ao diácono-evangelista Filipe (At 8.39,40). Críticos do pré-
tribulacionismo dizem, também, que a ideia do Arrebatamento secreto é um contrassenso, pois “todo

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olho o verá” (Ap 1.7). No entanto, a quem o Senhor Jesus dirigiu as palavras contidas em João 14.3? A
todo o mundo ou à Igreja? À Igreja, que começou com os doze apóstolos, à qual prometeu: “virei
outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também”. Aqui, o
verbo “levar” (gr. paralambanō) também denota “raptar” (cf. Mt 2.13,14; Mc 9.2; Mt 24.40,41).
O rapto dos salvos vivos é análogo à ressurreição dos mortos em Cristo, visto que esses dois
grupos subirão juntos ao encontro do Senhor, nos ares (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.16,17). À luz de Lucas
20.35 e Filipenses 3.11, a ressurreição dos salvos, chamada, literalmente, de ressurreição “dentre
todos os mortos” (gr. ek ton nekron), será secreta e seletiva. Por que a transformação e o arrebatamento
dos salvos vivos seriam públicos? Portanto, assim como os mortos em Cristo ressuscitarão dentre
todos os mortos, os salvos vivos também serão arrebatados dentre todos os vivos.
Quando examinamos Hebreus 9.28, nossa convicção de que a transformação, num abrir e fechar de
olhos, e o rapto dos salvos ocorrerão de modo secreto se torna mais firme. O autor de Hebreus diz
que Cristo “aparecerá segunda vez aos que o aguardam para a salvação”. O verbo “aparecer”
(gr. horaō), aqui, denota “ser visto”. Nesse caso, por quem Jesus será visto, no Arrebatamento? Pelo
mundo todo? Não! Somente pelos que “o aguardam para a salvação”, o que se coaduna com João 14.3.
Examinemos o uso do mesmo verbo em 1 Coríntios 15.5-8. Paulo afirma que o Cristo ressurreto,
antes de sua ascensão, “foi visto” (gr. horaō) por todos os apóstolos, Tiago, irmão do Senhor, e mais de
quinhentos irmãos. Todas essas reuniões com o Senhor ocorreram de modo secreto. Aliás, reuniões
secretas de Jesus com os salvos não é nenhuma novidade (cf. At 1.3; Jo 12.28,29; At 22.9). Assim, por
ocasião do Arrebatamento, somente os salvos o verão!

Outro texto significativo, nesse sentido, é Atos 1.9-11, no qual se menciona que Jesus há de descer
do céu assim como subiu. Na sua ascensão, somente os seus discípulos o viram subindo até as nuvens.
Por que, no Arrebatamento, todo o mundo haveria de vê-lo? Portanto, somente os salvos verão o
Senhor descendo até as nuvens, pois Ele “há de vir assim como para o céu o vistes ir” (v. 11; cf.
ZIBORDI, 2012). Embora o Pre-tribulacionismo precisa de emenda, o Meso-tribulacionismo parece o
mais claro na bíblia. No decorrer deste livro veremos e entenderemos com mais claridade.

Vejamos como eram os seus discursos sobre o arrebatamento nono seio dos nossos sábios:

TACIANO O SÍRIO

Nasceu provavelmente, por volta do ano 120, em “terra dos assírios” de família pagã.
Educado aprimoradamente na cultura grega, pesquisador inquieto, estudou várias religiões e se
iniciou nos mistérios. Mais tarde, por volta de 152, conheceu as Escrituras cristãs e se converteu ao
cristianismo, provavelmente, em Roma.

Em seus escritos disse:

Por isso, também cremos que acontecerá a ressurreição dos corpos depois da consumação do
universo, não como dogmatizam os estóicos, segundo os quais as mesmas coisas nascem e perecem
depois de determinados períodos cíclicos, sem utilidade nenhuma, mas de uma só vez.

…Então seremos julgados não por Minos ou Radamante, antes de cuja morte, como dizemos mitos,
nenhuma alma era julgada, mas o juiz é o próprio Deus que nos criou. Por mais que nos considereis
charlatães e palhaços, nada disso nos importa, depois que cremos nesta doutrina. Como feito, do
mesmo modo como, não existindo antes de nascer, eu ignorava quem eu era e só subsistia na
substância da matéria carnal — mas uma vez nascido, eu, que antes não existia, acreditei em meu ser
pelo nascimento — assim também eu, que existi e que pela morte deixarei de ser e outra vez
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desaparecerei da vista de todos, novamente voltarei a ser como não tendo antes existido e portanto
nasci. Mesmo que o fogo destrúa a minha carne, o universo recebe a matéria evaporada; se me
consumo nos rios ou no mar, ou sou despedaçado pelas feras, permaneço depositado nos tesouros de
um senhor rico. O pobre ateu desconhece esses depósitos, mas Deus, que é rei, quando quiser,
restabelecerá em seu ser primeiro a minha substância, que é visível apenas para ele.

TEÓFILO DE ANTIOQUIA

Estamos diante do ao último apologista de renome do século II e o único, dentre eles, elevado ao
episcopado. Eusébio de Cesaréia nos informa que foi “da Igreja de Antioquia.

Em seus escritos disse:

Tu, porém, não crês que os mortos ressuscitam. Quando isso acontecer, então crerás, queiras ou não.
E essa crença será considerada incredulidade, se não creres desde agora. Mas, por que não crês? Não
sabes que a fé vai à frente de todas as coisas? De fato, qual lavrador pode colher, se antes não confia a
semente à terra? Ou quem pode atravessar o mar, se antes não se confia à embarcação e ao piloto?
Qual doente pode curar-se, se antes não se confia ao médico? Qual arte ou ciência pode alguém
aprender, se antes não se entrega e se confia ao mestre? Portanto, se o lavrador crê na terra, o
viajante no navio, o doente no médico, por que tu não queres confiar-te a Deus, do qual recebeste
tantos dons? O primeiro dom é te haver tirado do nada para o ser. Se houve momento em que nem
teu pai, nem tua mãe existiam, muito menos existias tu. Ele te plasmou de uma substância húmida e
pequena e de uma pequenina gota, que também não existia antes, e finalmente te introduziu neste
mundo. Além disso, crês que as imagens fabricadas por homens são deuses e que operam prodígios, e
não crês que Deus, que te fez, possa novamente tornar a fazer-te? A sabedoria de Deus realiza tudo
isso para demonstrar, mesmo por esses exemplos, que ele é Deus poderoso para realizar a universal
ressurreição de todos os homens.

ARISTIDES DE ATENAS

Além das referências do historiador Eusébio de Cesaréia e de são Jerônimo, fundada esta na de
Eusébio, não há praticamente mais nada sobre a vida deste apologista. Somente Eusébio de Cesaréia
se constitui em fonte segura.

A versão armênia, por sua vez, e também Eusébio dizem que a apologia foi endereçada ao imperador
Adriano. Antonino imperou de 138 a 160. Adriano, de 117 a 138.

…Eles têm os mandamentos do mesmo Senhor Jesus Cristo gravados em seus corações, e os
guardam, esperando a ressurreição dos mortos e a vida do século futuro.

ATENÁGORAS DE ATENAS

Deste apologista cristão sabe-se tão-somente que era de Atenas e filósofo. Nem Eusébio de Cesaréia,
nem s. Jerônimo o menciona. Dele se encontra uma menção no tratado Sobre a ressurreição I,37,1, de
Metódio de Olimpo (sécs. III-IV).

…Além do mais, a fé na ressurreição é força que os impede de cometer estes excessos.

JUSTINO O MÁRTIR

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A data de seu nascimento deve ser situada por volta do ano 100 d.C. Sua conversão ao cristianismo
parece ter ocorrido por volta do ano 132. Seriam duas as razões principais desta conversão: o
desencanto com as filosofias que não lhe proporcionava o saber tão procurado, e o corajoso
enfrentamento da morte por parte dos cristãos. Nestas circunstâncias, o encontro com o ancião à
beira mar, quando buscava a solidão, foi o ato decisivo (cf. Diál. 3)

Em seus escritos disse:

…Além disso, houve entre nós um homem chamado João, um dos apóstolos de Cristo, que, numa
revelação que lhe foi feita, profetizou que os que tiverem acreditado em nosso Cristo passarão mil
anos em Jerusalém e que, depois disso, viria a ressurreição universal e, dizendo brevemente, a
ressurreição eterna e o julgamento de todos juntos. A mesma coisa foi dita por nosso Senhor: “Não se
casarão, nem serão dadas em matrimónio, mas serão como os anjos, pois são filhos do Deus da
ressurreição”…

IRINEU

Costuma-se localizar seu nascimento em torno de 140, em Esmirna, na Ásia (atual


Turquia). Ainda criança, em Esmirna, freqüentou o velho bispo Policarpo (martirizado em 156), que
por sua vez fora discípulo do apóstolo João — o que confere a Ireneu o título de “vir apostolicus”.

Em seus escrito disse:

…Se, portanto, o grande Deus deu a conhecer o futuro por meio de Daniel e o confirmou por meio de
seu Filho; se o Cristo é a pedra que se desprendeu sem intervenção de mão alguma, aquele que deve
aniquilar os reinos temporais e introduzir o reino eterno, isto é, a ressurreição dos justos — “o Deus
do céu, diz, suscitará um reino que nunca mais será destruído” —, dêem-se por vencidos e se
emendem os que, rejeitando o Criador, não admitem que os profetas foram enviados pelo mesmo Pai
que também enviou o Senhor, mas dizem que as profecias derivam de Potências diferentes. Com
efeito, o que o Criador predisse de forma idêntica por meio de todos os profetas foi o que o Cristo
cumpriu, no fim, obedecendo à vontade do Pai e realizando a sua economia do gênero humano.
Portanto, os que blasfemam o Criador — explícita e abertamente, como os discípulos de Marcião ou
astuciosamente, como os discípulos de Valentim e todos os falsos gnósticos — sejam reconhecidos
por todos os que adoram a Deus como instrumentos de Satanás, que começou nestes nossos dias o
que ainda não começara, isto é, a amaldiçoar a Deus, que preparou o fogo eterno para toda apostasia.

AMBRÓSIO DE MILÃO

O homem conhecido como gaulês descendente de gregos como se pode inferir de seu nome e do de
seu irmão, Urânio Sátiro. Nasceu em Tréveros, por volta de 341, onde seu pai exercia alta função na
administração do império romano.

Em seus escritos disse:

…Recebe sadiamente o motivo pelo qual cremos no Criador, para não dizeres: Mas há também a
Igreja, há também a remissão dos pecados, e há também a ressurreição. Que dizer disso? O motivo é o
mesmo: cremos no Pai, cremos no Filho da mesma forma que cremos na Igreja, na remissão dos
pecados e na ressurreição da carne.

11
Crê, portanto, que em virtude da fé todos os teus pecados serão perdoados. De fato, leste no
Evangelho que o Senhor diz: “A tua fé te salvou” (Mt 9,22; Mc 10,52; Lc 17,19). “Na remissão… e na
ressurreição.” Crê que também a carne ressuscitará. Com efeito, por que foi necessário que Cristo
assumisse a carne? Por que foi necessário que Cristo experimentasse a morte, recebesse a sepultura e
ressurgisse, senão em vista da tua ressurreição? “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé” (1Cor
15,14). Todavia, porque ele ressuscitou, a nossa fé é firme. Contudo, para que a graça perpétua de
Deus continuasse, o homem morreu, mas Cristo encontrou a ressurreição, isto é, a fim de restabalecer
o benefício celeste que fora perdido pela fraude da serpente. Ambas as coisas, portanto, vieram em
nosso favor: a morte é o fim dos pecados e a ressurreição é a restauração da natureza.

Ensinou-me o Senhor no Evangelho o que é o fermento, ao dizer: “Não entendeis que não foi de pão
que eu falei: Acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus? Então, diz o evangelista,
entenderam que ele não falou de pães, mas de acautelarem-se da doutrina dos fariseus e dos saduceus”
(Mt 16,11-12). Portanto, é este o fermento: a doutrina dos fariseus e as controvér-sias dos saduceus,
que a Igreja escondeu em sua farinha, quando atenuou a letra mais dura da lei por uma interpretação
espiritual, quebrando-a, por assim dizer, como que por meio da mó de sua própria argumentação; de
certa forma, fez surgir do invólucro das letras os segredos ocultos dos seus mistérios e edificou a fé na
ressurreição, pela qual se prega a misericórdia de Deus e se crê que é restaurada a vida dos mortos.

LEÃO MAGNO

Por volta de 420-430,

Em seus escritos disse:

Na observância dos quarenta dias procuramos conformar-nos de algum modo à cruz no tempo da
paixão do Senhor; esforcemo-nos também para sermos participantes da ressurreição de Cristo e,
enquanto estivermos neste corpo, passarmos da morte à vida.

Não é de admirar afirma Paulo do corpo de Cristo o que diz de todos os cristãos espirituais: “Nós,
portanto, doravante não mais conhecemos a ninguém segundo a carne” (2Cor 5,16). Em Cristo teve
início a nossa ressurreição, porque há uma prefiguração do objeto de nossa esperança naquele que por
todos morreu. Não hesitamos, desconfiados, nem ficamos em dúvida à espera do incerto. Tendo
recebido o começo do que nos foi prometido, já temos com os olhos da fé o futuro e alegres com a
promoção de nossa natureza, já estamos de posse do que cremos.

Não nos ocupem as aparências das coisas temporais, nem os bens terrenos desviem nossa
contemplação das celestes. Sejam consideradas já passadas as coisas que em sua maior parte já não
existem; e nosso espírito atento ao que permanece, fixe seus desejos lá onde são eternos os dons
oferecidos. Embora salvos só em esperança, e ainda vivamos na corruptibilidade duma carne mortal,
em verdade dizemos não vivermos na carne, se não nos dominarem os afetos carnais; com razão já não
nos convém o nome daquele cuja vontade não seguimos.

Se o Apóstolo disse: “Não queirais afagar a carne, satisfazendo-lhe a cupidez” (Rm 13,14), sabemos
não nos ser interdito o conveniente à saúde ou reclamado pela fraqueza humana. Mas, como não se
deve atender a toda espécie de desejos, nem fazer tudo o que à carne apetece, fomos exortados à
temperança de modo que à carne, sujeita ao juízo da razão, não concedamos o supérfluo, nem
recusemos o necessário. Daí dizer o Apóstolo em outra passagem: “Ninguém jamais odiou sua própria
carne, antes, cada qual a nutre e dela toma cuidado” (Ef 5,29). Seja alimentada e sustentada, não para
praticar os vícios, nem para a luxúria, mas para cumprir o seu dever. A natureza renovada mantenha-
se na ordem; os apetites inferiores não prevaleçam de maneira torpe e perversa sobre os superiores,

12
nem se submetam os superiores aos inferiores. Supere a alma os vícios e não haja escravidão onde
deve haver domínio.

Sempre e integralmente nos reerguendo de todos os tropeços, mereçamos chegar àquela incorruptível
ressurreição da carne que há de ser glorificada, em Cristo Jesus, Senhor nosso, o qual vive e reina com
o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.

AGOSTINHO.
Agostinho de Hipona (em latim: Aurelius Augustinus Hipponensis), nasceu em 354
no município de Tagaste na província romana da Numídia. conhecido universalmente como Santo
Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do
cristianismo, cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia
ocidental. Ele era o bispo de Hipona, uma cidade na província romana da África.
Em seus escritos disse:

...Tendo em vista esse modelo de nossa futura ressurreição no corpo, na qual Cristo nos precedeu, é
que diz o Apóstolo: Como primícias, Cristo; depois, aqueles que pertecem a Cristo (1Cor 15,23). Falava, pois,
nessa passagem da ressurreição do corpo; e, como confirmação, diz também: Transfigurará o nosso
corpo humilhado, conformando-o a seu corpo glorioso (Fl 3,21).

Continua…

Tal como a renúncia à vida e costumes anteriores pela penitência é de certo modo morte da alma,
assim a morte do corpo é a extinção do sopro vital anterior. E tal como a alma após a penitência, com
a qual destruiu seus costumes depravados de antes, transforma-se para melhor, assim o corpo, depois
dessa morte à qual estamos sujeitos pelo vínculo do pecado — nós o cremos e esperamos — no
momento da ressurreição, será transformado para melhor. Por certo, nem a carne nem o sangue
possuirão o Reino de Deus, o que é impossível. Mas o corpo corruptível há de revestir a
incorruptibilidade e este ser mortal revestirá a imortabilidade (1Cor 15,50.53). Ele não causará
nenhum incômodo, pois não padecerá nenhuma necessidade, vivificado pela alma bem-aventurada e
perfeita, numa suprema quietude.

JOÃO CRISOSTOMO

(c. 347Antioquia—14 de setembro de 407, Comana Pôntica) foi um arcebispo de Constantinopla e um


dos mais importantes patronos do cristianismo primitivo. É conhecido por suas poderosas homilias,
por sua habilidade em oratória, por sua denúncia dos abusos cometidos por líderes políticos e
eclesiásticos de sua época, por sua "Divina Liturgia" e por suas práticas ascetas.

Em seus escritos ele disse:

…A doutrina sobre a ressurreição claudicava, porque uns, ainda atacados da loucura dos gregos, não
acreditavam absolutamente na futura ressurreição dos corpos. Na verdade, tudo isto derivava da
estultice pagã, mãe de todos os males.

…Quando observo que roubas o alheio, choras os defuntos além da medida, e praticas muitos outros
delitos, como acreditarei ao assegurares que haverá uma ressurreição”?

GREGÓRIO DE NISSA

Cesareia, Capadócia:330 -395: Teólogo, místico e escritor cristão.

13
Em seus escritos ele disse:

…A ressurreição supõe a reconstituição a partir dos mesmos elementos E eu comentei: “Parece-me


que tenhas agora defendido de um modo particular a doutrina da ressurreição. Estas tuas palavras
podem induzir gradualmente os inimigos da fé a não considerar como coisa impossível que os
elementos se reúnam novamente uns com os outros e que seja perfeitamente constituído o mesmo
homem de antes”. “Dizes a verdade – respondeu a mestra, pois podemos entender aqueles que
levantam objeções contra este ensinamento dizer isto: se no universo a dissolução dos elementos
comporta o retorno ao semelhante, como é possível que o quente de determinado corpo, depois de ser
misturado [com o quente] do universo, se separe novamente daquilo que lhe é semelhante para
constituir de novo o homem que é recriado? Se não reaparecem com os elementos particulares [de um
corpo], e se na composição [do novo corpo] entra um elemento do mesmo gênero, mas não
precisamente aquele de antes, nasce um corpo completamente novo, e este processo não se pode mais
chamar ressurreição, mas criação de um homem novo. Mas, para retornar a ser aquele de antes, o
homem deve ser em tudo o mesmo, retomando a sua natureza originária em todas as partes dos seus
elementos”. “Para combater esta objeção, como eu disse, basta a nossa doutrina sobre a alma: mesmo
depois da dissolução do corpo, a alma permanece junto a esses elementos nos quais desde a origem ela
estava inserida

ORIGENES

Cognominado Orígenes de Alexandria ou Orígenes de Cesareia ou ainda Orígenes, o


Cristão (Alexandria, Egito, c. 185 — Cesareia, ou, mais provavelmente, Tiro, 253[1]), foi
um teólogo, filósofo neoplatônico patrístico e é um dos Padres gregos.

Entre os escritores eclesiásticos da Igreja antiga, a figura de Orígenes (c. 185-253) destaca-se
singularmente seja pela sua personalidade ímpar, seja pela sua vastíssima produção literária, seja,
enfim, pela profundidade teológica, espiritual e exegética de seus escritos, quando o comparamos com
os seus contemporâneos e avaliamos a sua recepção ao longo da história da teologia.

Em seus escritos disse:

…Por isso, como esperamos a ressurreição dos mortos, dizemos que as qualidades inerentes “aos
corpos” mudam; alguns deles, semeados “corruptíveis, ressuscitam incorruptíveis”; semeados
“desprezíveis, ressuscitam reluzentes de glória”; semeados “na fraqueza, ressuscitam cheios de força”,
semeados corpos psíquicos, ressuscitam espirituais (cf. 1Cor 15,40-44). Nós todos que admitimos a
Providência temos a certeza de que a matéria fundamental é capaz de receber as qualidades que o
Criador quer: pela vontade de Deus, qualquer que seja a qualidade atual de tal matéria, ela será a
seguir, digamos, melhor e superior.

…A respeito da ressurreição, Celso muitas vezes nos dirigiu críticas; já fiz o possível para deixar claro
o que me parece sensato a esse respeito; não responderei indefinidamente a uma afronta
indefinidamente repisada. Mas Celso nos calunia atribuindo-nos a ideia de que em nossa constituição
nada há de melhor nem de mais precioso do que o corpo. Pois dizemos que a alma, e principalmente a
alma racional, é mais preciosa do que qualquer corpo, porque é a alma que contém o que é “à imagem
do Criador” (Cl 3,10), e de modo algum o corpo. Pois segundo nossa visão, Deus não é um corpo;
rejeitamos os erros absurdos em que caem os adeptos da filosofia de Zenão e de Crisipo. Uma
afirmação está ligada com a outra, porque, se os corpos ressuscitam, é sem dúvida para nos revestir, e
se é necessário, como de fato é, estarmos em corpos, não deveremos estar em outros corpos a não ser
nos nossos. Se é verdade que os corpos ressuscitarão, e que ressuscitarão espirituais, não há dúvida de
que o farão após terem rejeitado a corrupção e posto de lado a mortalidade, para que se diga que

14
ressuscitaram dos mortos, se não ia parecer em vão e inútil que alguém ressuscitasse dos mortos para
morrer outra vez. Pode-se compreender isso com mais evidência se se considera cuidadosamente qual
é a qualidade do corpo animal que, semeado na terra, é restaurada na qualidade do corpo espiritual. O
próprio poder e a graça da ressurreição retiram o corpo espiritual do corpo animal, enquanto o fazem
passar da indignidade à glória.

JERONIMO

Eusébio Sofrônio Jerônimo nasceu na cidade de Estridão (em latim: Strido Dalmatiae), na província
romana da Dalmácia por volta de 347.

Em seus escritos disse:

…E, entretanto, dizer-se que a alma está atrelada ao corpo, até que retorne ao Cristo e transforme
pela incorruptibilidade e imortalidade este corpo corruptível e mortal na glória da ressurreição, não é
de absurdo entendimento. Donde também o apóstolo diz: “Coitado do homem que sou, quem me
livrará deste corpo mortal?” A expressão corpo mortal ressalta a submissão do corpo aos vícios, às
doenças, às paixões e, enfim, à morte, até que ressuscite com o Cristo na glória e que o fogo ardente
do Espírito Santo cozinhe o que antes era barro frágil, para se ter um vaso de uma grande resistência.
É sobre a glória, não sobre a natureza, que se deve passar esta mudança.

…Entretanto, não que, segundo uma outra heresia, todos sejam estabelecidos em uma só idade, isto é,
no sentido de que todos recuperem a condição angélica; mas então será realizada a perfeição de cada
membro, em função de seu tamanho e de seu papel. Assim, por exemplo, o anjo apóstata começará a
ser tal qual foi criado e o homem que tinha sido expulso do paraíso será restabelecido lá para cultivá-
lo” etc.

…Não coloco em questão o que escreves: “que a mesma carne, na qual vivemos, ressurge sem
amputação de nenhum membro nem supressão de qualquer parte do corpo”.18 (Estas são, na verdade,
tuas próprias palavras.) Mas eu pergunto, e Orígenes o nega, se os corpos ressuscitam com o mesmo
sexo com o qual morreram e, se Maria ressuscita como Maria e João como João, ou como a mistura e
a confusão dos sexos, não haja nem homem nem mulher, mas que haja um e outro ou nenhum dos
dois. E se os mesmos corpos permanecem para sempre incorruptíveis e imortais e, como
astuciosamente nos advertes, conforme o Apóstolo, espirituais;19 e não somente os corpos, mas as
carnes e o sangue derramado nas veias e irrigando os ossos, o que Tomé tocou;20 ou, pelo menos,
pergunto se estes corpos se reduzem paulatinamente a nada e são reconduzidos aos quatro elementos
de cuja reunião eles foram formados. Eis o que deverias ter afirmado ou negado, e não dizer aquilo
que Orígenes perfidamente declara – de modo que parecesses brincar com tolos e crianças, “com
nenhuma amputação de membros nem da supressão de qualquer parte do corpo...”21 Naturalmente,
tivemos medo de ressuscitar sem nariz e ouvidos e, com os genitais amputados e separados, construir
uma cidade de eunucos na Jerusalém celeste!

• Didaquê (70 – 90 d.C)

Diz:

Este é provavelmente o mais importante documento pós-apostólico na história da Igreja, pois é


datado de época muito remota, ainda no século I, quando ainda alguns apóstolos estavam vivos, e que
resume em dezesseis capítulos as crenças cristãs daquele tempo. O último capítulo é o que desperta

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maior interesse nosso, pois é o que trata especificamente sobre escatologia, sobre os acontecimentos
dos últimos dias. Ele diz:

“De fato, nos últimos dias se multiplicarão os falsos profetas e os corruptores, as ovelhas se
transformarão em lobos e o amor se converterá em ódio. Aumentando a injustiça, os homens se
odiarão, se perseguirão e se trairão mutuamente. Então o sedutor do mundo aparecerá, como se fosse
o Filho de Deus, e fará sinais e prodígios. A terra será entregue em suas mãos e cometerá crimes
como jamais foram cometidos desde o começo do mundo. Então toda criatura humana passará
pela prova de fogo e muitos, escandalizados, perecerão. No entanto, aqueles que permanecerem
firmes na fé serão salvos por aquele que os outros amaldiçoam. Então aparecerão os sinais da verdade:
primeiro, o sinal da abertura no céu; depois, o sinal do toque da trombeta; e, em terceiro, a
ressurreição dos mortos. Sim, a ressurreição, mas não de todos, conforme foi dito: ’O Senhor virá e
todos os santos estarão com ele’. Então o mundo assistirá o Senhor chegando sobre as nuvens do céu”

• Hipólito de Roma (170 - 235 d.C)

Ele diz:

“Mas como o tempo nos força a considerarmos de imediato a questão proposta, e quanto ao que já foi
dito na introdução em relação a glória de Deus, que seja suficiente, é conveniente que tomemos as
próprias Escrituras na mão, e por elas achemos o que significa e de que maneira se dará a vinda do
anticristo; em que ocasião e em que tempo este ímpio se revelará; de onde e de qual tribo ele sairá;
qual o seu nome; o que indica o seu número nas Escrituras; como ele obrará o erro entre os povos,
reunindo-os dos confins da terra; como desencadeará a tribulação e a perseguição contra os
santos; como vai se auto glorificar como Deus; qual será seu fim; como o repentino aparecimento do
Senhor se mostrará no céu; como será a consumação do mundo e o que deve ser o reino glorioso e
celeste dos santos, quando reinarem juntos com Cristo, e qual a punição do malvado pelo fogo”[6]

Ele também diz:

“Sendo cheio de engano, e elevando-se contra os servos de Deus com o desejo de afligi-los e
persegui-los pelo mundo por não darem glória a ele, o anticristo ordenará que todos ofereçam
incenso em todos os lugares, de maneira que, a ninguém dentre os santos será possível comprar ou
vender sem que primeiro sacrifiquem; este é o significado da marca recebida na mão direita”[7]

Ele diz …
“O tirano [anticristo] deve reinar e perseguir a Igreja que escapa de cidade em cidade e busca
esconderijo nos desertos entre os montes, possuindo nenhuma outra defesa senão as duas asas de
uma grande águia, que significa a fé em Cristo Jesus, que estendendo suas mãos sobre esta árvore
sagrada, abrindo as duas asas, a esquerda e a direita, chama todos os que nele acreditaram, cobrindo-
os como uma galinha e seus pintinhos”[9]

• Efrém, o Sírio (306 - 373 d.C)

Em seus escritos ele diz:

…"Nós devemos compreender perfeitamente por isso, meus irmãos, o que é iminente ou pendente.
Houve fomes e pestes, abalos violentos das nações e sinais, os quais foram previstos pelo Senhor, e
foram cumpridos (consumados), e nada mais resta, exceto a vinda do iníquo [o homem do
pecado] na plenitude do reino romano. Por que estamos ocupados com os negócios do mundo, e
nossa mentalidade nos desejos pecaminosos deste mundo ou nas preocupações deste tempo? Portanto,

16
por que não rejeitamos cada preocupação com as coisas terrenas e nos preparamos para o encontro
com nosso Senhor Jesus Cristo, para que nos leve da confusão que oprime o mundo? Acredite-me,
queridos irmãos, porque a vinda do Senhor está próxima, acredite em mim, porque o fim do
mundo está próximo, acreditem, porque é o verdadeiro final dos tempos. Ou não irão crer a menos
que vejam com seus próprios olhos? Vejam que esta frase não se compre em vocês como declara o
profeta: ‘Ai dos que desejam ver o dia do Senhor!’ Porque os santos e escolhidos serão reunidos antes
da tribulação que há de vir, e serão levados ao o Senhor para não verem a confusão que dominará o
mundo por causa dos pecados. E assim, meus queridos irmãos, é a décima primeira hora, e o fim
do mundo vem com a ceifa, e os anjos armados e preparados, com foices nas mãos, esperando
o império do Senhor”

“Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que
sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os
anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos
que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão
eterna destruição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado
nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso
testemunho foi crido entre vós)” (2ª Tessalonicenses 1:3-10)

Discurso Teológico sobre o Arrebatamento

De acordo com 1 Ts 4:16-17 e Mt 24:37-40, o arrebatamento iria ocorrer na Parousia


(παρουσία) do Senhor Jesus, onde o temo grego "Parousia" é usado para descrever os eventos:

1 Ts 4:15-17 ARC Mt 24:37-40 ARC

15Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: 37E,como foi nos dias de Noé, assim será também a
que nós, os que ficarmos vivos para a vinda
vinda (παρουσία, Parousia)[83] do Filho do
(παρουσία, Parousia)[82]do Senhor, não
Homem. 38Porquanto, assim como, nos dias
precederemos os que dormem.16 Porque o
anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e
mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e
davam-se em casamento, até ao dia em que Noé
com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus;
entrou na arca,[84] 39E não o perceberam, até que
e os que morreram em Cristo ressuscitarão
veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será
primeiro.17Depois nós, os que ficarmos vivos,
também a vinda (παρουσία, Parousia)[85] do Filho
seremos arrebatados juntamente com eles nas
do Homem. 40Então, estando dois no campo, será
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
levado um, e deixado o outro.[86]
estaremos sempre com o Senhor.

Existem várias visões e interpretações teológica no decorrer da historia. Estas escolas teológicas
buscaram estudar o seguinte:

Em que período da história revelada pela Bíblia acontecerá o arrebatamento;


Existirá um arrebatamento?

17
Destas escolas encontramos colisões ideológicas desagradáveis, que nos dias de hoje nos servem como
fontes de reflexão.

Eis aí as visões:

Pré-milenarismo pré-tribulacionista
Os cristãos que creem na visão pré-milenarista e pré-tribulacionista creem que o arrebatamento
ocorrerá antes do início dos sete anos de tribulação período, e a segunda vinda ocorrerá ao final
desses eventos. Os pré-tribulacionistas muitas vezes descrevem o arrebatamento como "Jesus
vindo para a igreja", e a segunda vinda como "Jesus vindo com a igreja". Entre os educadores e
pregadores pré-tribulacionistas, incluem-se Jimmy Swaggart, J. Dwight Pentecost, Tim LaHaye, J.
Vernon McGee, Perry Stone, Chuck Smith, Hal Lindsey, Jack Van Impe, Chuck Missler, Grant
Jeffrey, Thomas Ice, David Jeremiah, John F. MacArthur, and John Hagee.[90][91] Muitos pré-
tribulacionistas são também dispensacionalistas, porém não todos.

Pré-milenarismo midi-tribulacionista
Os cristãos que creem na visão pré-milenarista e midi-tribulacionista creem que o arrebatamento
ocorrerá em algum momento no meio ou transcurso do período da Grande Tribulação, vale dizer, em
algum instante da 70.ª Semana de Daniel. O período da tribulação divide-se em duas etapas de 3,5
anos cada. Os midi-tribulacionistas creem que os santos passarão o primeiro período da tribulação
(Início das Dores), mas serão arrebatados para o Céu antes do grave derramamento da ira de Deus, na
segunda metade desse período de sete anos. Os mid-tribulacionistas invocam Dn 7:25, que diz que "os
santos serão entregues à tribulação por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo" ["(...)e eles serão
entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo."] — interpretados como
significando 3,5 anos. Na metade da Grande Tribulação, o Anticristo cometerá a "Abominação da
Desolação" (Dn 9:27;11:31;12:11,[92][93][94] Mt 24:15[95] e Mc 13:14 [96]). Entre os mestres
tribulacionistas estão Harold Ockenga , James O. Buswell (reformado, calvinista presbiteriano) e
Norman Harrison.[97] Esta posição é uma visão minoritária entre os pré-milenaristas.[98]

Pré-milenarismo pré-ira
Os partidários do "arrebatamento pré-ira" também creem no arrebatamento em algum momento
durante a Grande Tribulação, antes da Segunda vinda de Cristo. Essa visão sustenta que a "tribulação
da igreja" começa na segunda metade dos sete anos, a 70.ª semana de Daniel, quando o Anticristo é
revelado no templo. Esse metade final dos sete anos [i.e. 3 1/2 anos] é que, por eles, conhecida como
a "grande tribulação", em si, embora sua duração exata não seja conhecida. Referências de Mateus 24,
Marcos 13 e Lucas 21, são usadas como evidência de que essa tribulação será interrompida pela vinda
de Cristo, ao resgatar o justo por meio do arrebatamento, que vai ocorrer após eventos específicos
do Apocalipse, em particular após o sexto selo ser aberto, o sol escurecer-se e a lua tornar-se em
sangue.[99] No entanto, nesse momento, muitos cristãos já terão sido martirizados pelo Anticristo.
Depois do arrebatamento, abrir-se-á o Sétimo selo, e virá a ira Deus, com trombetas e taças ("O Dia
do Senhor"). O Dia da ira do Senhor contra os ímpios irão seguirá até o fim dos sete
anos.[100][101] Marvin Rosenthal, autor de O Arrebatamento Pré-Ira da Igreja, é um defensor dessa
visão. Sua crença está fundada sobre o trabalho de Robert D. Van Kampen (1938-1999); seus livros O
Sinal, O Arrebatamento: Pergunta Respondida e O Quarto Reich detalham sua doutrina de arrebatamento
pré-ira.

18
Pré-milenarismo parcial
A visão "condicional", "parcial", "seletiva" do arrebatamento sustenta que todos os cristãos fiéis e
obedientes serão arrebatados antes, no meio ou depois da tribulação, a depender de sua fé e de sua
comunhão pessoal com Deus.[102][103] Portanto, o arrebatamento de um crente é determinado pelo
momento de sua conversão, durante a tribulação. Outros defensores dessa teoria sustentam que
somente aqueles que são fiéis em seu relacionamento com Deus (que têm verdadeira comunhão com
Ele) serão arrebatados, e o resto, ressuscitado durante a tribulação, entre o 5.º e o 6.º selos do
Apocalipse, tendo perdido suas vidas até então.[104] Outros, ainda, afirmam que o resto será
arrebatado durante a tribulação, ou no seu final. Como indicado por David Ira (um defensor dessa
visão): "Os santos serão arrebatados em grupos durante a tribulação à medida em que estejam
preparados para ir.".[105] Alguns notáveis defensores dessa teoria são G. H. Lang, Robert
Chapman, G. H. Pember, Robert Govett, D. M. Panton, Watchman Nee, David E. Ira, J. A.
Seiss, Hudson Taylor, Anthony Norris Groves, John Wilkinson, G. Campbell Morgan, Otto
Stockmayer e Rev. J. W. (Chip) White, Jr..

Pré-milenarismo pós-tribulacionista
Na visão pré-milenarista pós-tribulacionista, o arrebatamento coincidirá com a segunda vinda de
Jesus ou um encontro nos ares com Jesus, a preceder imediatamente Seu retorno à Terra, para o
reinado de um milênio literal. A visão pós-tribulacionista crê no arrebatamento no final da Grande
Tribulação. Os escritores dessa visão dizem que o período da tribulação, num sentido amplo, é toda a época
atual", ou, num sentido específico, é um período (os sete anos) que precedem a Segunda vinda de
Cristo já para o Seu Reinado Milenar.[106] A ênfase neste ponto de vista é que "a igreja vai sofrer a
tribulação"[107] Mateus 24:29-31 - "Imediatamente após a tribulação daqueles dias... eles se juntarão a Seu
Eleito..." — é citada como escritura primordial para a visão. Os pós-tribulacionistas concebem o
arrebatamento como simultâneo com a Segunda vinda de Jesus. Com o retorno de Jesus, os crentes
encontrá-lo-ão nos ares, e, após, acompanhá-lo-ão em seu retorno à Terra. Nas Cartas de Paulo, mais
notavelmente em 1 Ts 4:16,17[108]: "os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro") e 1 Coríntios 15:51-52,
uma trombeta é descrita a tocar no fim da tribulação para anunciar o retorno de Cristo; Apocalipse
11:15 further supports this view. Moreover, after chapters 6–19, and after 20:1-3 when Satan is
bound, Apocalipse 20:4-6 says, "and they lived, and reigned with Christ a thousand years. But the
rest of the dead lived not again until the thousand years were finished. This is the first resurrection.
Blessed and holy is he that hath part in the first resurrection."</ref>
Entre os autores e professores que apoiam a visão pós-tribulacionista, citam-se Pat Robertson,
Walter R. Martin, John Piper, George E. Ladd,[109] Robert H. Gundry[110] e Douglas Moo.

Pós-milenarismo
Na "visão pós-milenarista", o milênio é visto como um período temporal indefinidamente longo,
portanto, impedindo a interpretação literal de um período de mil anos. Conforme Loraine Boettner, "o
mundo será cristianizado, e o retorno de Cristo ocorrerá apenas no fim de um longo período de justiça
e paz, comumente chamado de milênio.".[119] Os pós-milenaristas veem o arrebatamento da Igreja e a
Segunda Vinda de Cristo como um só e o mesmo evento. Segundo eles, a Grande tribulação já
ocorreu nos tempos antigos (invasão romano de Jerusalém, em 66-73 d.C, que envolveu a destruição
de Jerusalém). Alguns defensores dessa visão são John Bunyan (autor puritano de o
Peregrino), Jonathan Edwards e Charles Finney.

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Amilenarismo
A visão Amilenarista considera o Milênio de Cristo como o período atual, mas indefinido, que se
iniciou com a fundação da igreja, e que terminará com a Segunda vinda de Cristo — um período
onde Jesus Cristo já reina com seus santos pela Eucaristia e sua igreja. Eles vêem a vida da igreja
como o reino de Cristo já estabelecida (inaugurada no dia de Pentecostes descrito no primeiro
capítulo de Atos, Atos 1[120]), porém não completa, até que sobrevenha sua segunda vinda. Isso
impede uma interpretação literal do período de mil anos mencionados em Ap 20,[121] exibindo o
número "mil" como simbologia numerológica e pertencente à era atual da igreja. Os amilenaristas
geralmente não usam "arrebatamento" como um termo teológico, mas veem o evento como
coincidindo com a Segunda vinda de Jesus, principalmente como um encontro místico com Cristo.
Para os amilenaristas, "os últimos dias" começaram efetivamente desde o dia de Pentecostes, mas
creem que a Grande Tribulação ocorrerá durante a fase final ou de conclusão do milênio, com Cristo
retornando como "O Alfa e O Ômega", no Final dos tempos. Ao contrário dos pré-milenaristas, que
preveem o "milênio literal" (mil anos de reinado de Cristo), depois de seu retorno, os amilenaristas
enfatizam a continuidade e a permanência do seu reinado, ao longo de todos os períodos da Nova
Aliança, passado, presente e futuro. Eles não consideram a menção de Jerusalém em Ap 21,[122] como
referente à presente cidade geográfica, mas para o futuro, a Nova Jerusalém ou "Novo Céu e Nova
Terra", para o que a igreja, por meio dos doze apóstolos (representando as doze tribos de Israel),
atualmente, constitui o fundamento do reino messiânico já presente. Ao contrário de certos
dispensacionalistas pré-milenaristas, eles não visualizam a reconstrução do templo de Jerusalém como
uma necessidade, porque já foi estabelecida na vida da igreja pelo sacrifício final de Cristo na cruz.
Autores que manifestaram o seu apoio a essa visão incluem Agostinho, Bispo de Hipona.[123] A visão
amilenarista é adotada pela [Igreja Católica Romana]], Igreja Cristã Ortodoxa e Igreja Anglicana, as
igrejas, bem como algumas igrejas reformadas que se consideram "igrejas de vanguarda", tais
como Igreja Luterana, Igreja Metodista, Igreja Presbiteriana e muitos denominações de cunho
Calvinista.[124]

Outras perspectivas
A visão pré-milenarista menos difundida considera o sinal da trombeta de 1 Co 15:51,52,[111] onde se
lê, "...nem todos dormiremos, mas seremos transformados—num momento, num abrir e fechar de
olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados
incorruptíveis, e nós seremos transformados."(ARA) "a última trombeta" é entendida como sendo a
7.ª trombeta de Apocalipse 11:15[112] e seguintes. De acordo com esse ponto de vista, depois da
tribulação de Mt 24:9-22,[113] os sinais celestiais de Mateus 24:29 terão lugar. O evento do "sinal do
Filho do Homem" (Mt 24:30[114]) segue os sinais astronômicos do versículo 29. "Então" (Mc
13:27;[115] Mt 24:31[116]) o επισυναγω ("ajuntamento") ocorre—na 7.ª e última trombeta do Ap
11.[117] A visão do arrebatamento na trombeta do arrebatamento final é diferente de outras
perspectivas de arrebatamento pré-milenares, na medida em que ela não define a 70.ª Semana de
Daniel como o "período de tribulação", mas define a tribulação, à luz de Mt 24:9-22.[118] Essa visão
apresenta a Segunda vinda de Jesus Cristo em três partes em (a) um de Seus primeiros que aparecem,
(b) o Arrebatamento da Igreja, e (c) de Seu retorno à terra. Ele ensina que o arrebatamento encontro
ocorre antes de as taças da ira de Deus serem derramadas sobre a Terra e enfatiza expressões
contemporâneas do fim dos tempos da Bíblia em temas (por exemplo, resistência).

Discursos bíblicos paralelos sobre o arrebatamento.

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Os pais da igreja e outros documentos da tradição cristã mostram que os pais tinham divergências
escatológicas em alguns aspectos. Os seus discursos eram elaboradas de acordo o contexto, por isso é
que deve-se estuda-los em um todo, eles eram apologéticos, procuravam defender a fé a qualquer
custo ainda que for necessário retóricas. O outro ponto são os métodos filosóficos da argumentação,
muitos deles tinham escolas diferentes de filosofia e tinham modos de argumentação diferentes,
pontos de vistas de defender uma ideia de forma diferente, daí é que encontramos colisões ideológicas
em seus discursos.

Em seus discursos existe algo que os identificava e não abriam as mãos. Isto é: A doutrina da
ressurreição. Eles sabiam que Cristo viria e ressuscitaria os mortos assim como ele ressuscitou. Eles
desenvolvem os seus discursos a partir desta base e dado o contexto e época, vão discursando e
muitas das vezes parece divergirem em alguns pontos. Principalmente se o milénio era literal ou
espiritual, se os corpos na ressurreição serão carnais ou espirituais, se serão 100% espirituais ou
aparentemente espirituais. Eles nos deixaram uma herança intelectual que devemos explorar e
emendar, aperfeiçoar e clarear.
Assim, neste capítulo, vamos provar por meio da palavra de Deus ou do testemunho bíblico a
doutrina do arrebatamento. Existirá um arrebatamento? Que período da Historia poderá acontecer e
como poderá acontecer?

Vejamos:

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido,


e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus;
e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
"Depois nós, os que ficarmos vivos,seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor." (I Tessalonicenses 4 : 16,17)

Neste texto fica claro que o arrebatamento não é o fim do mundo e sim um acontecimento que
precede o fim do mundo. Paulo neste texto fala de duas doutrinas: Ressurreição e Arrebatamento.
Preste atenção: Paulo esta a citar uma profecia e a fazer um prenuncio do que irá acontecer. Este livro
não é um livro profético então ele não pode ser interpretado isoladamente, ele precisa de texto
paralelos para poder ajudar a clareia-la. Paulo não relata nada neste texto sobre os ímpios e sim dos
santos. Veja:

…e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. "Depois nós, os
que ficarmos vivos,seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor. (I Tessalonicenses 4 : 16,17)

O texto não cita os ímpios, sabem porquê? Porque o texto é um prenuncio um resumo de
acontecimentos futuro. Desta feita precisamos de texto paralelos para melhor entendermos o que
Paulo quer dizer. Para encontrarmos textos paralelos sobre esta questão se tratando de uma profecia,
devemos estudar autores bíblicos que falaram sobre a questão e principalmente os que se focaram
sobre profecias do género. Por Exemplo: O Senhor Jesus, Paulo e João o principal, por ser ele o
escritor do livro profético no Novo Testamento. Estes três têm algo em comum, O Senhor Jesus por
ser O senhor e Paulo teve experiencia de um arrebatamento e foi até ao Paraíso e viu coisas que ao
homem não se pode falar abertamente e João que também foi arrebatado até ao Paraíso e a ele lhe foi
dito para escrever o que viu e ouviu e Proclamar a todos os homens. É claro que lhe foi proibido de

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escrever algumas coisas e proibido de as proclamar aos homens, pois estão sujeitas somente a Deus.
Mas o que é importante para a nossa salvação, edificação e esperança lhe foi permitido.

Prenuncio na gramática portuguesa significa: Anúncio ou prognóstico; o que prevê um acontecimento


ou anuncia a sua realização por meio de indícios.

Prenuncio no contexto teológico: É um anúncio prévio e resumido de um assunto bíblico.

Vamos entender o que Paulo nos quer revelar!

…e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. "Depois nós, os
que ficarmos vivos,seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor. (I Tessalonicenses 4 : 16,17)

Paulo revela que nem todos morreremos, e ele mesmo acreditava que tudo que o Senhor dissera com
relação a sua vinda iria acontecer nos seus dias. "Depois nós, os que ficarmos vivos,seremos
arrebatados . Ele estava errado? Não. Pelos seguintes textos:

"Mas se aquele mau servo disser no seu coração:


O meu senhor tarde virá;" (Mateus 24 : 48)

"Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós.


Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu disse:
Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu." (João 14 : 28)

"E quando eu for, e vos preparar lugar,


virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo,
para que onde eu estiver estejais vós também." (João 14 : 3)

A mensagem era clara, Cristo viria breve, eles deveriam levara a mensagem da ressurreição à todo
mundo urgentemente, Pós ele vem sem demora. Por outra, deixou sinais da sua vinda, dizendo que
quando verdes todos os sinais sabei que eu estou as portas. A vinda de Jesus era eminente. Por isso
Paulo tinha a certeza que Jesus viria na sua Geração. O que aprendemos com o Apostolo Paulo é que
todos devem esperar o Senhor Jesus Cristo pela fé na sua geração, Pois não sabemos o dia nem hora.

Paulo cita a Trombeta e João também cita. Veja:

"E o sétimo anjo tocou a sua trombeta,


e houve no céu grandes vozes, que diziam:
Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo,
e ele reinará para todo o sempre." (Apocalipse 11 : 15)

O Senhor Jesus também cita a Trombeta. Veja:

"E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta,


os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos,
de uma à outra extremidade dos céus." (Mateus 24 : 31)

O Apostolo João revelou de forma completa o cenário da vinda do Senhor e em detalhe de forma
simbólica e metafórica: Ele cita sete trombetas e na sétima trombeta o Senhor vem. Desta feita não

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são apenas uma trombeta e sim sete, o que significa que muitas coisas ainda iriam acontecer antes da
vinda do Senhor Jesus assim como ele mesmo disse que a vinda dela seria acompanhado de muitos
sinais e, no tempo dos apóstolos, todos aqueles sinais estavam acontecer. E os apóstolos sabiam que
Cristo estava as portas.

A bíblia fala de um arrebatamento?

…e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. "Depois nós, os
que ficarmos vivos,seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor. (I Tessalonicenses 4 : 16,17)

Deixarei a bíblia responder. De acordo com texto acima, entendemos que na vinda do Senhor haverá
ressurreição e Arrebatamento.

A ressurreição daqueles que morreram em Cristo e para os que ficarem vivos na vinda do Senhor
transformação do corpo (Fp 3:20,21) e serão arrebatados juntos para os céus. Agora a pergunta que se
faz é: Os ímpios serão imediatamente ressuscitados e os que ficarem estarão imediatamente no juízo
ou ainda acontecerá outros episódios no mundo?

Vamos ver o que a bíblia diz:

"E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela,


povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados,
e para que não incorras nas suas pragas." (Apocalipse 18 : 4)

"E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra,
Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar,
para as ajuntar em batalha." (Apocalipse 20 : 8)

Estes dois textos falam claramente que após o arrebatamento da igreja ainda haverá vida na terra. Em
quanto a igreja está no céu vivendo o milénio (na plena comunhão eterna com Deus), Satanás estará
enganando a terá com falsa paz mundial (Milénio satânico e enganoso ou falso paraíso que demorará
um determinado tempo) já abordamos sobre o milénio acima. Se a bíblia diz que haverá vida na terra
após o arrebatamento, então o arrebatamento será uma acção espiritual. Os ímpios verão o
desaparecimento dos seus familiares e isso será notório a todo mundo, o desaparecimento será
evidente, visível e num abrir e fechar dos olhos. De igual modo quando Jesus ressuscitou apareceu
somente aos seus escolhidos, Subiu ao céu visto apenas aos seus escolhidos, assim também na sua
vinda acontecerá o arrebatamento. Ele arrancará a sua igreja da terra para o céu e estaremos com ele
para sempre nos ares. Os ímpios verão o Senhor? Não. Pois ainda não acabou o seu castigo, algumas
profecias ainda devem se cumprir na terra e quando se cumprir então o mundo o verá, todo olho o
verá e naquele instante fogo cairá do céu e mundo acabará ou seja será destruído. Então todos os
homens estarão diante do tribunal de Cristo para serem julgados pelas suas obras e todos os ímpios
serão jogados no inferno e ali pagaram para sempre pelos seus pecados.

Como vimos, o arrebatamento será visível quanto seus acontecimentos e quanto o vislumbre do
Senhor será espiritual oculto aos ímpios. Como já falamos acima sobre os dois acontecimento que se
realizarão na vinda do Senhor. Lembrando:

A vinda do Senhor Jesus acompanhar-se-á com dois acontecimentos: O arrebatamento e o Juízo Final. Entre o
arrebatamento e o Juízo final, nós observamos na bíblia 3 (três) outros acontecimentos intermédios, que são: O
Milénio, A manifestação do Anticristo e O Armagedom.

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Quando vai acontecer o arrebatamento?

O arrebatamento irá acontecer no meio da grande tribulação. Vejamos o que Paulo disse:

"Depois nós, os que ficarmos vivos,seremos arrebatados

Paulo não acreditava em um arrebatamento futuro e sim no presente ou eminente. Eles estavam
debaixo da tribulação. Quando Paulo disse estas palavras, a terra estava debaixo de Guerras, fomes e
doenças. Vejamos o que Paulo disse:

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez,
ou o perigo, ou a espada?" (Romanos 8 : 35)

"E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,"
(Romanos 5 : 3)

"Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;" (Romanos 12 : 12)


"Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos
sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos." (II
Coríntios 1 : 8)

"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;" (II
Coríntios 4 : 17)

"porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza
deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade." (II Coríntios 8 : 2)

"E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do
Espírito Santo." (I Tessalonicenses 1 : 6)

"Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos
importa entrar no reino de Deus." (Atos 14 : 22)

Como vimos nos textos acima, a igreja estava debaixo da tribulação, o que lhes fortaleceu fora as
palavras de Jesus que dissera:

"Eis que eu vo-lo tenho predito." (Mateus 24 : 25)

O Apostolo João ao escrever as revelações de Jesus para o fortalecimento da igreja que estava debaixo
de grande tribulação escreveu:

"Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o
são, mas são a sinagoga de Satanás." (Apocalipse 2 : 9)

"Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que
sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida."
(Apocalipse 2 : 10)

Quando fazemos um paralelismo com o texto abaixo vemos que esta profecia de João é verdadeira,
pois Jesus já havia feito um prenuncio destes acontecimentos.

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"Mas antes de todas estas coisas lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às
sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes, por amor do meu
nome." (Lucas 21 : 12)

"E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as
suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro." (Apocalipse 7 : 14)

…Estes são os que vieram da grande tribulação…

O texto acima não se refere primeiramente à nós e sim aqueles que naquele dia estavam debaixo da
grande tribulação, Comandada pelo Império Romano. João recebe a profecia para edificar e fortalecer
os cristãos da Ásia menor que estavam a passar por ela. Só depois é aplicada aos nossos dias. Com
efeito a grande tribulação não irá acontecer já está acontecer e permanecerá no contexto dos ímpios
quando a igreja for arrebatada da terra. Desta feita, a igreja passa pela grande tribulação e no meio da
tribulação é arrebatada da terra. Então como nós vimos, o arrebatamento dar-se-á no meio da grande
tribulação, e a grande tribulação começou com a inauguração da igreja e até nos dias de hoje a igreja
está em grande tribulação em vários países do mundo. As observações que devemos fazer sobre a
grande tribulação (MEGALY T TLIPSI) são os dois sentidos da tribulação. Acima já frisamos e
faremos uma referência:

A grande tribulação na bíblia tem dois sentidos:

3. O sentido para a igreja termina com o arrebatamento.


4. O sentido do mundo termina com o fim do mundo.

Vale lembrar também que a tribulação para os dois grupos tem motivos diferentes:

3. A igreja será atribulada por causa do nome do Senhor.


4. O mundo será atribulado por causa dos seus pecados.

Epílogo: Nossa esperança

Terminarei este livro com as palavras dos Pais da Igreja.

Justino o Mártir:

…Entre nós, com efeito, até o presente existem carismas proféticos. De onde, vós mesmos deveis compreender que
os de antes que existiam em vosso povo, passaram para nós. Contudo, da mesma forma que entre os santos
profetas que houve entre vós se misturaram também falsos profetas, hoje também entre nós existem muitos falsos
mestres. Nosso Senhor já nos predisse.

…Com efeito, ele disse que seríamos assassinados e odiados por causa do seu nome e que muitos falsos profetas e
falsos cristos apareceriam em seu nome e fariam muitos se extraviarem, o que realmente acontece.

…É claro que ninguém é capaz de nos intimidar ou nos submeter à servidão, nós que, em toda a terra, cremos
em Jesus. Decapitam-nos, pregam-nos em cruzes, atiram-nos às feras, à prisão, ao fogo, e nos submetem a todo
tipo de torturas. Todavia, está à vista de todos que não apostatamos de nossa fé. Ao contrário, quanto maiores
são os nossos sofrimentos, mais ainda se multiplicam os que abraçam a fé e a piedade pelo nome de Jesus.

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João Crisóstomo.

Efectivamente, quisessem os apóstolos enganar, fariam o oposto; prometeriam bens aqui na terra e calariam os
eventos terríveis, tanto presentes quanto futuros. Desta forma costumam agir os sedutores e aduladores: nada
propõem de áspero, duro, ou oneroso, mas o oposto; verdadeiro dolo. Mas a loucura de muitos, respondes, fez
com que se depositasse fé nas palavras Ninguém, portanto, negue fé na ressurreição; se, entretanto, alguém não
acreditar, reflita em quantas coisas Deus criou do nada, e retire daí a conclusão.

Como vimos estes dois Pais da Igreja nos mostram que eles acreditavam que os acontecimentos finais,
como a grande tribulação não é um ato do futuro e sim do presente e Justino é mais claro a dizer que
estas coisas acontecem e aconteceu no passado com os primeiros cristãos. Entendo que a profecia é
cíclica ou seja faz um movimento cíclico. Aconteceu, está acontecer e irá acontecer até que o
arrebatamento aconteça. Como está escrito:

"E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as
suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro." (Apocalipse 7 : 14)

Como vimos: todos os sinais para o arrebatamento estão aos nossos olhos. Vigiemos, pois não
sabemos quando vem o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, para buscar a sua igreja.

"Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite;


no qual os céus passarão com grande estrondo,
e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra,
e as obras que nela há, se queimarão." (II Pedro 3 : 10)

Muita gente por não conhecer os sinais do fim do mundo e da vinda do Senhor, vivo como se o dia do
Senhor não é um acto eminente, mas distante. Isso é um perigo por isso muitos levam uma vida de
pecado e dizem quando eu ver aquele outro sinal me arrependerei, não sabem eles que o Senhor virá
para estes num tempo que não esperam.

"Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido,


e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares,
virei sobre ti como um ladrão,
e não saberás a que hora sobre ti virei." (Apocalipse 3 : 3)

Devemos vigiar, pois como vemos todos os sinais apontam para a vinda de Cristo. Devemos fugir do
pecado e permanecer santos como ele mesmo nos santificou pela cruz.

"Eis que venho como ladrão.


Bem-aventurado aquele que vigia,
e guarda as suas roupas, para que não ande nu,
e não se vejam as suas vergonhas." (Apocalipse 16 : 15)

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Sabemos que ele vem sem demora, e foi e volta outra vez para vir buscar a sua igreja. E ele fará isto
nos arrebatando, pode ser hoje, pode ser amanha agente não sabe o dia nem a hora, mais os sinais
estão aí.

"E quando eu for, e vos preparar lugar,


virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo,
para que onde eu estiver estejais vós também." (João 14 : 3)

"E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta,


os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos,
de uma à outra extremidade dos céus." (Mateus 24 : 31)

"E ele enviará os seus anjos,


e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos,
da extremidade da terra até a extremidade do céu." (Marcos 13 : 27)

Ele mais uma vez demonstrará o seu amor nos arrebatando desta terra pecadora para o paraíso a
nossa divina morada eterna.

"E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela,


povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados,
e para que não incorras nas suas pragas." (Apocalipse 18 : 4)

"Mas a nossa cidade está nos céus,


de onde também esperamos o Salvador,
o Senhor Jesus Cristo," (Filipenses 3 : 20)

"Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;" (Mateus 24 : 48)
"Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;" (Mateus 24 : 48)
"Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema. Maranata!" (I Coríntios 16 : 22)

"Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus."
(Apocalipse 22 : 20)

O Arrebatamento é um acontecimento de esfera espiritual, portanto invisível aos olhos do


mundo. Porem o seu reflexo será visível, uma vez que a ausência dos cristãos será visível. É
isto que a bíblia diz. Contradizer isto é ir contra a palavra de Deus.

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