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Edição: 09 – 2° Trimestre de 2022

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👉Edição: 09, 2° trimestre de 2022
2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta

Lições Bíblicas - 2° trimestre de 2022

Comentarista das Lições CPAD: PR. Osiel Gomes


Subsídios Bíblicos EBD
2° trimestre de 2022
Jair Alves é Evangelista da Assembleia
de Deus, ministério do Belém, SP. É
Graduado em Teologia, professor e
Fundador da Escola Teológica ECB,
Editor chefe da Revista Digital Cristão
Alerta, revista especializada em
subsídios para a Escola Dominical –
Classe Adultos – CPAD.
www.escolabiblicaecb.com

Ev. Jair Alves


Comentarista
dos Subsídios
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Subsídios Bíblicos
Pág. 1 Pág. 37 Pág. 73

Pág. 9 Pág. 48 Pág. 83

Pág. 20 Pág. 56 Pág. 94

Pág. 28 Pág. 63
Pág. 111
Pág. 101

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Estudos Bíblicos e
Teológicos 118
Página

A Bondade de Deus e existência


do mal e do sofrimento

O Inferno é a sepultura ou um
lugar de tormento consciente?

A Lei do Antigo Testamento


A relação do cristão com a
lei
O PROBLEMA dos
evangelhos SINÓTICOS
TÚNEL DO TEMPO: Início da
Governo Eclesiástico ESCOLA DOMINICAL
Onde Habitam os Anjos
Caídos?
O MINISTÉRIO DE MESTRE
OU DOUTOR NA IGREJA
O PROFESSOR E O PREPARO DA
O SERMÃO DO MONTE AULA DA ESCOLA DOMINICAL
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O Sermão do Monte: o
caráter do Reino de
Deus
Subsídios Lição 1

LEITURA BÍBLICA Mateus 5.1-12

Ao ver as multidões,
Jesus subiu ao
VERSÍCULO CHAVE monte. Ele se
assentou e os seus
discípulos se
aproximaram dele.
Então ele passou a
ensiná-los (Mt 5.1,2
– NAA).

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Aqui inicia-se os nossos estudos bíblicos acerca
do conhecido Sermão do Monte. O nosso texto
básico inicial é o capitulo 5.1-12, do Evangelho
de Mateus.

1. A ESTRUTURA DO SERMÃO DO
MONTE
O Sermão do Monte está estruturado em cinco
grandes discursos pronunciados por Jesus
Cristo.
1. 1. A Estrutura: Cinco Grandes discursos de
Jesus.
1) As Bem-Aventuranças (5.3-12);
2) Sal e luz (5.13-16);
3) Jesus é o cumprimento da Lei (5.17-48); 4) Os
atos de justiça (6.1-18);
5) Declarações de sabedoria (6.19-7.27).

A expressão bem-aventurados, designa pessoas


caracterizadas por uma alegria transcendente,
abençoadas, felizes, mas no Antigo Testamento
envolve também a ideia de alguém bem-sucedido
(Sl 1.1).

Logo nos primeiros versículos do capítulo 5 do


evangelho de Mateus encontramos valiosas lições
para todo crente que deseja viver uma vida
diferenciada na presença de Cristo. Vejamos.

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2. AS BEM-AVENTURANÇAS DO
SERMÃO DO MONTE
Quando lemos os primeiros 12 versículos de
Mateus 5, logo fica evidente que estamos diante
de certas condições necessárias para recebermos
as bênçãos do reino de Deus.

1) OS POBRES DE TOME NOTA


ESPÍRITO “Bem-aventurados” (Grego
“Bem-aventurados os makarios) referindo-se a
pobres de espírito, uma felicidade que excede
porque deles é o reino às circunstâncias, que tem
dos céus” (Mateus 5.3). a ver com o profundo
sentimento de paz e
Ser pobre de (em) alegria que todos os que
espírito não diz respeito foram “abençoados” com a
a dinheiro, e sim a Salvação em Cristo e Seu
atitude, é “aquele que Reino devem sentir e
depende de Deus”. desfrutar, mesmo em meio
às aflições cotidianas.

REFLETINDO
São felizes aqueles que reconhecem que estão falidos
espiritualmente, sem recursos espirituais. Todos os
homens são pobres de espírito, mas poucos o
reconhecem (Ap 3.17).

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2) OS QUE CHORAM
“Bem-aventurados os que choram, porque eles
serão consolados” (Mateus 5.4).
O ‘Chorar’ aqui não é choro porque você está
doendo; nem é choro de luto porque você perdeu
um ente querido. Refere-se aos que choram por
causa de seus pecados e também do seu povo
pelos quais se sentem responsáveis (Exemplo: Ne
1.3-11).
REFLETINDO
Uma coisa é Longe de ser um sinal de
reconhecer o pecado, fraqueza, o choro do aflito traz
outra é entristecer-se a oportunidade de consolo: Um
e chorar por causa consolo que, promete-nos a
disso. Não se deve Palavra de Deus, será de um
contentar-se com a privilégio sem precedentes,
confissão, é preciso pois o próprio "Deus limpará de
chegar à contrição. seus olhos toda lágrima" (Ap
21.4).
3) OS MANSOS
“Bem-aventurados os mansos, porque eles
herdarão a terra” (Mateus 5.5).
O termo grego (praus) é tradicionalmente
traduzido por “manso”. Refere-se a uma atitude
humilde e gentil para com os outros,
determinada por uma visão correta de si mesmo.
Ser manso não é ficar passivo diante do mal, e
nem ficar inerte quando está sendo lapidado por
Deus. Ser manso é ter poder sob controle.
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Acerca do “herdar a terra”


Refere-se a viver numa terra recriada, sobre a
qual Cristo reina eternamente. No fim dos
tempos haverá um novo céu e uma nova terra
para herdar (Apocalipse 21.1-3). Em vez de lutar
e guerrear, Jesus mostra que renunciar a si
mesmo é o caminho para dominar o mundo.

4) OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA


“Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5.6).

Fome e sede são metáforas para o fervoroso


desejo dos discípulos por justiça. Ter fome e sede
significa ter um desejo ardente por algo de que
necessitamos.

A justiça em Mateus 5.6, vem do grego


dikaiossune, que inclui a retidão pessoal diante
de Deus. Diz respeito a retidão moral perante
Deus e os homens.

5) OS MISERICORDIOSOS
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles
alcançarão misericórdia” (Mateus 5.7).

Ser misericordioso é ter compaixão pelas pessoas


em suas necessidades. Os misericordiosos
desejam minorar os sofrimentos, conduzindo os
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sofredores à graça de Deus por meio de Jesus
Cristo.
6) OS LIMPOS DE CORAÇÃO
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque
eles verão a Deus” (Mateus 5.8).
A frase designa o indivíduo íntegro, que tem
pureza moral interior e é inteiramente
comprometido com o reino de Deus e sua justiça
(Mt 6.33). Outras passagens dizem mais sobre o
coração limpo: 1 Samuel 16.7; Salmos 24.3,4;
139.23,24; 51.10; Tiago 4.8.
7) OS PACIFICADORES
“Bem-aventurados os
pacificadores, porque eles
REFLETINDO
serão chamados filhos de
Deus” (Mateus 5.9). Os pacificadores
promovem a
Os pacificadores são igualdade, a inteireza
aqueles que se e a unidade (Is 52.7;
reconciliaram com Deus. Pv 6.16-19).
Tem paz com Ele
mediante a cruz (Rm 5.1; O apóstolo diz: “Segui
Ef 2.14-16). E agora se a paz com todos, e a
esforçam, mediante seu santificação, sem a
testemunho e sua vida, qual ninguém verá o
para levarem outras Senhor” (Hb 12.14).
pessoas, inclusive seus
inimigos, à paz com Deus.
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8) OS QUE SOFREM PERSEGUIÇÃO
“Bem-aventurados os que sofrem perseguição
por causa da justiça, porque deles é o Reino dos
céus” (Mateus 5.10).

Quem segue a paz e a justiça nem sempre será


compreendido e, por isso, poderá enfrentar
oposição e perseguição no mundo injusto.

Os princípios do reino de Deus nunca mudam:


Todos os que piamente querem viver em Cristo
Jesus padecerão perseguições (2 Tm 3.12). A
promessa aos que enfrentam e suportam
perseguições por causa da justiça é que dos tais
é o reino dos céus.

9) QUANDO VOS INJURIAREM, E


PERSEGUIREM, E, MENTINDO
“Bem-aventurados sois vós quando vos
injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem
todo o mal contra vós, por minha causa”
(Mateus 5.11).

Quando perseguido, o cristão deve exultar e


alegrar-se (Mt 5.12). Jesus cita o exemplo dos
profetas que foram perseguidos nos tempos do
Antigo Testamento. Mas, na verdade, Ele mesmo
é o Exemplo supremo daquilo que é descrito no
versículo 11.

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Pr. Orlando Boyer:


As beatitudes, ou “Bem-aventurados
felicidades, registradas
neste capítulo (Mt 5.3-
sois vós quando vos
12) são oito, com a injuriarem (Mt 5.11).
última repetida.
Porém, há outras:
Mateus 11.6; 13.16;
24.46; Lucas 11.28;
Injuriarem vem do
12.37; João 13.17; verbo injuriar. O
20.29; Rm 4.7,8; Tiago mesmo que:
1.12; Apocalipse 1.3; provocarem,
14.13; 16.15; 19.9;
vituperarem, fazer
20.6; 22.7,14.
infame, desonrar.
Cristo ensinou nas
bem-aventuranças que A Injúria é uma
a felicidade não conduta tipificada no
depende do que
possuímos, nem do código penal que
que fazemos, mas do consiste no ato de
que somos. Tal ofender a dignidade
felicidade não é e o decoro de
importada de fora,
alguém (CP. Art.
mas nasce na alma de
todos os verdadeiros 140).
filhos de Deus.

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Sal da terra, luz do


mundo

Subsídios Lição 2

LEITURA BÍBLICA Mateus 5.13-16

“Vocês são o
VERSÍCULO CHAVE
sal da terra...”
Vocês são a luz
do mundo...”
(Mt 5.13,14 -
NAA).

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Jesus usou dois símbolos para descrever a
influência que os cristãos têm sobre uma
sociedade não-cristã. O primeiro foi o sal, e o
segundo, a luz (Mt 5.1-16). A ilustração do sal
fala de nosso caráter; a Luz fala de nosso
testemunho.

1. AS FUNÇÕES DO SAL
Na época de Jesus o sal era associado com três
qualidades especiais:

1.1. O sal se relacionava com a ideia de


pureza.
Os romanos diziam que o sal era o mais puro do
mundo porque procedia das duas coisas mais
puras que existem: o sol e o mar.
Para que o cristão seja o sal da Terra, deve ser
um exemplo de pureza.

1.2. No mundo antigo o sal era o mais comum


de todos os preservadores.
Usava-se para impedir que os mantimentos, e
outras coisas, apodrecessem ou se
corrompessem, para deter o processo de
putrefação.

Antes do advento das caixas de gelo e dos


modernos refrigeradores, o sal era um dos
principais meios de conservar os alimentos.
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Quando peixes eram transportados no lombo de
burros por cento e sessenta quilômetros de
Cafarnaum até Jerusalém, eles tinham que ser
abundantemente salgados. Assim, o seguidor de
Cristo deve agir como um conservante no
mundo. Não se pode deixar de imaginar o que
aconteceria com a sociedade moderna, com toda
a sua podridão moral, se não fosse a presença da
igreja cristã.
1.3. Dá sabor.
A comida preparada sem sal é tristemente
insípida e até pode chegar a ser repulsiva.
Durante a Idade Média, na Europa, quando as
pessoas preparavam a maior parte de seu
próprio alimento, elas ainda tinham que viajar
para os mercados anuais para comprar sal.
O sal era considerado um ingrediente
absolutamente essencial. Dessa mesma forma, a
vida sem Cristo e sem o cristianismo é
insuportavelmente insípida. Assim como Cristo
revitalizou e deu gosto à vida do crente, cada
discípulo, por sua vez, deve fazer o mesmo pela
vida de outros.
Os crentes são o sal da terra porque a conservam
em meio à corrupção, dão gosto ao que é
insípido, refrescam e purificam o que dá mau
cheiro espiritual.
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Não se aplica sal aos animais vivos, mas à sua
carne depois de mortos. Cristo quer que seus
discípulos sejam o sal da terra porque a
sociedade humana está morta e, sem o sal,
estraga-se.

1.4. O valor médico do sal.


Para além do valor nutritivo do sal,
principalmente quanto ao sabor dos alimentos
(Jó 6.6), há que se considerar, também, o seu
elevado valor medicinal. Enquanto o consumo
excessivo traz prejuízos ao organismo, a
abstenção absoluta e continuada provoca danos
à saúde, daí porque o crente não só tem que
tornar suas ações espiritualmente palatáveis, no
ambiente em que está, como também precisa
exercer papel restaurador entre os doentes (Is
61.1; Lm 1.16).

Mateus 5.13: Se o sal for insípido, com que se


há de salgar?”
O sal utilizado em Israel vinha quase todo do
mar Morto e era cheio de impurezas, o que
implicava perda do sabor. Uma vez que o sal se
deteriora, já não pode mais ser usado para
conservar os alimentos. Assim como o sal
conserva e realça o melhor sabor dos alimentos,
os crentes devem ser o sal da terra e influenciar
as pessoas positivamente.
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“[...] se o sal for insípido, com que se há de
salgar? Para nada mais presta senão para se
lançar fora, e ser pisado pelos homens (Mt 5.13).

O sal é utilizado para dar sabor e conservar os


alimentos. Naquele tempo quando ele perdia
essas funções, era jogado, em épocas de chuva,
no chão para que as pessoas não escorregassem
ao caminhar. Dessa forma era “pisado pelos
homens”.

Lawrence O. Richards:
“O sal era tão valioso na época do Novo
Testamento que os soldados romanos
frequentemente recebiam os seus
salários em sal. Ele era usado como
condimento, como conservante , como
fertilizante e até mesmo como remédio.
Aqui (Mt 5.13) Jesus fala do sal mineral,
que se deteriorava sob calor forte e do
qual os minerais eram perdidos com a
umidade”.
2. O CRENTE LUZ (Mt 5.14)
2.1. Somos luz do mundo.
Jesus também chama os crentes de luz do
mundo.
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Ele falou de si mesmo como “a luz do mundo” (Jo
8.12; 12.35-36,46). A relação entre essas duas
afirmações é que Jesus é a fonte da luz; os
crentes são o seu reflexo. Sua função é brilhar
por ele da mesma forma como a lua reflete a
glória do sol.

2.2. As nossas boas obras.


A luz dos discípulos deveria ser as suas boas
obras (Mt 5.16). Se eles brilhassem de forma
coerente com aquilo que professavam, ela iria
glorificar a Deus. Louvar ao Senhor com a nossa
vida é mais importante do que louvá-lo com os
nossos lábios.

Há duas imagens do cristão em vista: o sal e a


luz (Mt 5.13-16).
O sal fala do caráter interior que influencia o
mundo decadente, e a luz refere-se ao
testemunho interior das boas obras que apontam
para Deus. Nossa tarefa é manter nossa vida
pura a fim de sermos o "sal" desta terra e, assim,
deter a corrupção para que o evangelho possa se
propagar.

Quando deixamos nossa luz brilhar,


nossas boas obras devem
acompanhar nossa vida dedicada.
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2.3. Alqueire, velador e candeia (Mt 5.15).
“Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do
alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que
estão na casa” (Mt 5.15 - ACF).

O termo candeia (Mt 5.15) deve ser entendido


como “lâmpada”; alqueire deve ser entendido
como “medida de cereal” ou “cuba de farinha”;
velador deve ser entendido como “castiçal”.

Não se usavam velas nos dias de Jesus, mas


pequenas lâmpadas de barro do tamanho
aproximado da palma da mão de um homem.
Muitas lâmpadas do tempo de Cristo foram
desenterradas na Palestina.

Nas casas sem janelas daqueles dias, a lâmpada


deveria ser colocada em um pedestal, ou mais
provavelmente em um nicho na parede de barro;
ela daria luz a todos aqueles que estivessem na
casa. Isto seria literalmente verdadeiro nas casas
de apenas um cômodo das pessoas pobres da
Palestina. O azeite era o combustível usado
nestas lâmpadas.

O “alqueire” era antiga unidade de medida de


capacidade para secos (exemplo, grãos),
equivalente a nove litros. A versão Bíblica Nova
Almeida Atualizada traduz o original da palavra
alqueire (Gr. modios), por cesto.
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LÂMPADAS DE ARGILA
Nos dias de Jesus, usavam-se pequenas
lâmpadas de argila que queimavam um
pavio embebido em óleo de oliva.

A menção comum a lâmpadas no NT está relacionada


ao seu uso doméstico (Mt 5.15; Mc 4.21; Lc 8.16;
11.33; 15.8). Pelo fato de emitirem uma luz não
muito forte, as lâmpadas eram posicionadas
estrategicamente, para o máximo proveito.

Geralmente, eram colocadas numa “vasilha”, muitas


vezes um nicho construído na parede. Parece que os
hebreus eram acostumados a manter as lâmpadas
acesas durante a noite em suas câmaras, talvez por
medo da escuridão, porém mais provavelmente para
manter os ladrões a distância. O uso de lâmpadas a
óleo numa procissão de casamento é mencionado
em Mateus 25.1. Considerando-se que tais lâmpadas
só podiam conter algumas colheradas de óleo, uma
reserva do combustível sem dúvida era necessária.

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Elinaldo Renovato de Lima: Crentes no
velador - Velador é um suporte de madeira,
sobre o qual se coloca um candeeiro ou uma
vela, em lugar elevado, na casa, de forma que a
luz que ali estiver, ilumine a todos que estiverem
a seu redor. “Mas quem pratica a verdade vem
para a luz, a fim de que as suas obras sejam
manifestas, porque são feitas em Deus” (Jo 3.21).
Infelizmente, há pessoas nas igrejas, que se
colocam debaixo do alqueire do comodismo, da
indiferença, da falta de fé e de ação, e apagam-
se, por lhes faltar o oxigênio da presença de
Deus.

3. PRINCIPAIS TEXTOS BÍBLICOS


SOBRE O CRENTE COMO SAL E LUZ
1. Crente Sal.
Mateus 5.13: Vós sois o sal da terra; e se o sal
for insípido, com que se há de salgar? Para nada
mais presta senão para se lançar fora, e ser
pisado pelos homens.
Marcos 9.49: Porque cada um será salgado com
fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.
Marcos 9.50: Bom é o sal; mas, se o sal se
tornar insípido, com que o temperareis? Tende
sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.
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Lucas 14.34: Bom é o sal; mas, se o sal
degenerar, com que se há de salgar?
Colossenses 4.6: A vossa palavra seja sempre
agradável, temperada com sal, para que saibais
como vos convém responder a cada um.
2. O Crente Luz.
Mateus 5.14,16: Vós sois a luz do mundo; não se
pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a
vosso Pai, que está nos céus.
Romanos 13.12: A noite é passada, e o dia é
chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e
vistamo-nos das armas da luz.
2 Coríntios 6.14:
Não vos prendais a um jugo desigual com os
infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com
a injustiça? E que comunhão tem a luz com as
trevas?

Efésios 5.8: Porque noutro tempo éreis trevas,


mas agora sois luz no SENHOR; andai como
filhos da luz.

1Tessalonicenses 5.5: Porque todos vós sois


filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da
noite nem das trevas.
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1 João 1.7: Mas, se andarmos na


luz, como ele na luz está, temos
comunhão uns com os outros, e
o sangue de Jesus Cristo, seu
Filho, nos purifica de todo o
pecado.

O objetivo do
crente luz não deve
ser ostentar, ou
seja, mostrar-se de
maneira
exibicionista, suas
boas obras, mas
sim, fazer com
quer as pessoas
vejam nossas boas
obras e glorifiquem
o nosso Pai que
está nos céus
(Mateus 5.16).

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Jesus, o discípulo
e a Lei

Subsídios Lição 3

LEITURA BÍBLICA Mateus 5.17-20

Porque eu afirmo
que, se a justiça de
VERSÍCULO CHAVE vocês não exceder
em muito a dos
escribas e fariseus,
jamais entrarão no
Reino dos Céus
(Mt 5.20 – NAA).

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Aqui estudaremos o cumprimento da lei por
Jesus Cristo, veremos qual lei os discípulos de
Cristo (os crentes) devem obedecer e
destacaremos a tríplice divisão da lei de Deus.

1. JESUS CUMPRIU TODA LEI DE


DEUS (Mt 5.17-19)
A) A lei de Deus é todo o Pentateuco.
A lei de Deus é todo o Pentateuco; trata-se de um
livro, e não meramente das palavras escritas em
tábuas de pedra (Js 24.26; Ne 8.8,18).

Certos grupos sectários argumentam: “Você


guarda a lei de Deus?”. Isso por causa do
sábado, e transmite a falsa ideia de que a lei de
Deus se restringe aos Dez Mandamentos. Se eles
guardam a lei de Deus, precisam observar os
seus 613 preceitos; do contrário, estão sob a
maldição (Gl 3.10).
Mas ninguém jamais Segundo os antigos
conseguiu cumprir rabinos, a lei contém
toda a lei, exceto 613 preceitos
Jesus. O mais contendo 248
excelente dos rabis de
mandamentos e 365
Israel só conseguiu
proibições.
cumprir 230 pontos
dos 613 preceitos da
lei.
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A lei diz “faça e viva”, no entanto, a graça diz
“viva e faça”. Por esta razão os cristãos estão
debaixo da graça, e não da lei (Rm 6.14; Gl 3.23-
25). A lei não tem domínio sobre nós (Rm 7.1-4).
[Pr. Esequias Soares]

B) Jesus Cumpriu toda Lei.


O Senhor Jesus cumpriu toda a lei, ou seja, os
preceitos morais, cerimoniais e civis (Mt 5.17,18).
“Não pensem que vim revogar a Lei ou os Profetas;
não vim para revogar, mas para cumprir” (Mt 5.17
– NAA).

A Bíblia deixa claro que o Senhor Jesus cumpriu


toda a Lei e que, por isso, pôs fim ao Sistema de
Lei Mosaico.
Romanos 10.4: “Porque o fim da lei é Cristo
para justiça de todo aquele que crê”.

Jesus cumpriu a lei de Deus ofereceu um novo e


vivo caminho para se chegar a Deus (Jo 14.6; Hb
10.19,20), uma nova aliança que concede
justificação e paz ao salvo (Rm 5.1).

A Igreja segue a lei de Cristo, ou seja, a lei do


amor, e não o sistema mosaico (Rm 6.14;
13.9,10; Gl 5.18).
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Os Dez Mandamentos são representados pelos
dois grandes mandamentos: amar a Deus acima
de todas as coisas e ao próximo como a nós
mesmos (Mc 12.28-33). Na verdade, toda a lei e
os profetas nisso se resumem (Mt 22.40).

2. O DISCÍPULO E A LEI: A LEI QUE O


CRENTE DEVE CUMPRIR
2.1. Princípios éticos e morais.
A lei que o crente é obrigado a obedecer consiste
nos princípios éticos e morais do Antigo
Testamento (Mt 7.12; 22.36-40; Rm 3.31; Gl
5.14); bem como nos ensinamentos de Cristo e
dos apóstolos (Mt 28.20; 1 Co 7.19; Gl 6.2).
Essas leis revelam a natureza e a vontade de
Deus para todos e continuam em vigor.
REFLETINDO
As leis do Antigo
Testamento A lei moral de Deus não
destinadas à nação mudou. Nove dos dez
mandamentos são
de Israel, tais como
repetidos nas epístolas do
as leis sacrificais,
Novo Testamento, e os
cerimoniais, sociais cristãos são chamados a
ou cívicas, já não obedecer a eles. (A única
são obrigatórias exceção é o mandamento
(Hb 10.1-4)” (Bíblia sobre o sábado, dado como
de Estudo Pentecostal. um sinal para Israel. Ver
RJ, CPAD). Ne 9.14.)

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2.2. Princípios éticos e morais estão
resumidos no decálogo.
A Lei que Deus entregou à nação de Israel
continha preceitos morais para uma vida santa e
piedosa em relação a Deus e ao próximo. Tais
preceitos estão sintetizados no Decálogo, os Dez
Mandamentos proferidos pelo Senhor no Sinai
(Êx 20.1.17 que também foram escritos em duas
tábuas de pedra (Êx 31.18; 34.28).

Lei, (chamada de Decálogo e Dez


Mandamentos), apresenta as
orientações básicas para o modo de
viver dos israelitas (Êx 20.1.17). Esses
princípios também são aplicados
nos Evangelhos (Mc 10.19 exceto a
guarda do sábado (Mt 12.2-4).
2.3. Como é possível cumprir a lei?
Entregando-nos ao Espírito Santo e deixando
que opere em nossa vida (Rm 8.1-3). O Espírito
Santo permite que experimentemos "a justiça da
lei" em nossa vida diária. Isso não significa que
temos uma vida perfeita e sem pecado, mas sim
que Cristo vive em nós pelo poder do Espírito
Santo (Gl 2.20).

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TOME NOTA
1) Um “jota” ou um “til” da Lei de Deus (Mt
5.17 - ACF).
O jota é a menor letra do alfabeto hebraico;
ocupa a metade da linha na escrita, é a décima
letra e se chama iode. O til é um sinal diacrítico
para distinguir uma letra da outra. Nenhuma
parte da lei passará, nenhuma letra ou parte
dela ficará em desuso até que tudo se cumpra.

2) A definição de cumprimento da lei.


Jesus disse que “até que o céu e a terra passem,
nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que
tudo seja cumprido” (Mt 5.18).
O verbo grego para “cumprir” é plêroô e significa
“cumprir, completar, encher”. Tudo o que foi
profetizado na lei de Deus será cumprido, e os
seus propósitos serão alcançados. Tudo se
cumprirá.

Jesus cumpre a lei.


Jesus Cristo cumpriu a lei de Deus em todos os
aspectos de sua vida. Cumpriu-a em seu
nascimento, pois foi "nascido sob a
lei" (Gl 4.4). Seus pais realizaram todos os rituais
prescritos para um menino judeu.
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Por certo, também cumpriu a lei em sua vida,
pois ninguém nunca foi capaz de acusá-lo de
qualquer pecado. Jesus obedeceu a todos os
mandamentos de Deus na lei sem, no entanto,
se sujeitar às tradições dos escribas e fariseus. O
Pai expressou sua aprovação declarando: "Este é
o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt
3.17; 17.5).

Foi, porém, em sua morte e ressurreição que


Jesus cumpriu a lei de maneira especial, pois
levou sobre si a maldição da lei (Gl 3.13).

Ele cumpriu os tipos e as cerimônias


do Antigo Testamento para que não
fossem mais necessários ao povo de
Deus (ver Hb 9-10). Colocou de lado
a antiga aliança e firmou uma nova
aliança.
Uma vez que a lei foi cumprida em Jesus, não
precisamos mais de templos construídos por
mãos humanas (At 7.48) nem de rituais
religiosos (Cl 2.10-13).

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TRÍPLICE DIVISÃO DA LEI DE


DEUS
Um dos aspectos mais importantes da experiência
dos israelitas no monte Sinai foi o de receberem a
lei de Deus através do seu líder, Moisés. A Lei
Mosaica (hb. torah, que significa “ensino”), admite
uma tríplice divisão:
(a) a lei moral, que trata das regras determinadas
por Deus para um santo viver (Êx 20.1-17);
(b) a lei civil, que trata da vida jurídica e social de
Israel como nação (Êx 21.1— 23.33); e
(c) a lei cerimonial, que trata da forma e do ritual
da adoração ao Senhor por Israel, inclusive o
sistema sacrificial (Êx 24.12 — 31.18). Note os
seguintes fatos no tocante à natureza e à função
da lei no Antigo Testamento.
A lei do Senhor e a lei de Moisés. Na lei existem
preceitos morais, cerimoniais e civis, mas a lei é
uma só. É chamada de lei do Senhor porque veio
de Deus, e de lei de Moisés porque foi ele o
mediador entre Deus e Israel (Ne 10.29). Ambos os
termos aparecem alternadamente na Bíblia (Ne
8.1,2,8,18; Lc 2.22,23). A cerimônia dos
holocaustos, a circuncisão e o preceito sobre o
cuidado dos bois são igualmente reconhecidos
como lei de Moisés (2Cr 23.18; 30.16; At 15.5; 1Co
9.9).

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Resguardando-se de
sentimentos ruins

Subsídios Lição 4

LEITURA BÍBLICA Mateus 5.21-26

Mas eu lhes digo que cada


um que se zangar contra seu
VERSÍCULO CHAVE irmão sem motivo estará
sujeito ao julgamento; e
qualquer que disser a seu
irmão, ‘seu’ burro!, estará
sujeito ao Sinédrio; mas
qualquer que disser, ‘seu’
imbecil!, estará sujeito ao
fogo do inferno. (Mt 5.22 –
Novo Testamento Grego
Família 35).
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Este estudo estar baseado em Mateus 5.21-26,
onde vemos o Senhor Jesus argumentar que a
Lei proíbe não apenas o homicídio em si, mas
também atitudes homicidas. Semelhantemente
temperamentos violentos são condenados da
mesma forma que ações violentas.

1. ALERTA ACERCA DA IRA E DE


PALAVRAS OFENSIVAS CONTRA AS
PESSOAS
1.1. Qualquer que, sem motivo, se encolerizar
contra seu irmão será réu de juízo (Mt 5.22 -
ARC).
Encolerizar significa sentir ira ou zanga. Jesus
não se refere à ira justa contra os ímpios e
iníquos (Jo 2.13-17); Ele condena o ódio
vingativo, que deseja, de modo injusto, a morte
doutra pessoa.

Estamos sujeitos o
sentimento de ira, mas não
devemos deixar a ira nos
fazer pecar.
(Veja sobre a ira do crente: Tiago 1.19,20; Efésios
4.26; Colossenses 3.8).

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Warren W. Wiersbe: A ira Santa e a Ira
Pecaminosa.
IRA SANTA - Existe uma ira santa contra o
pecado (Ef 4.26), mas Jesus refere-se aqui a uma
ira pecaminosa contra as pessoas. A palavra que
usa em Mateus 5.22 significa "ira cultivada,
malignidade alimentada no ser interior".
Jesus descreve uma experiência pecaminosa
constituída de vários estágios. Primeiro, a
manifestação de uma ira sem motivo. Depois, a
explosão dessa ira em palavras, que põe mais
lenha na fogueira e, por fim, leva à condenação:
"Seu tolo, seu rebelde obstinado!"
CONSEQUÊNCIAS DA IRA PECAMINOSA
➢ A ira pecaminosa é insensata, pois nos faz
destruir em vez de edificar. Tira nossa
liberdade e nos faz prisioneiros. Odiar alguém
é cometer homicídio no coração (1 Jo 3.15).
➢ A ira pecaminosa rompe nossa comunhão com
Deus e com os irmãos. Este tipo de ira deve
ser encarada honestamente e confessada
diante de Deus como pecado.

1.2. Qualquer que chamar a seu irmão de raca será


réu do Sinédrio (Mt 5.22 – ARC).
Raca é um termo de desprezo que provavelmente
significa, estúpido, idiota, insignificante, cabeça-oca!.

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O que era o Sinédrio?


Era o Conselho judaico superior do
séc. I. Era composto por 71
integrantes e presidido pelo sumo
sacerdote.

Lawrence O. Richards: “Raca’ vem da


palavra aramaica rak, que significa
“cuspir”. No Oriente Médio, muitas
brigas começavam com uma cuspida,
um ato muito ofensivo.
1.3. Qualquer que lhe chamar de louco será
réu do fogo do inferno (Mt 5.22).
➢ Chamar de louco: Chamar alguém de louco,
com ira e desprezo, pode indicar um tipo de
atitude de coração, conducente ao perigo do
fogo do inferno.
➢ Ser réu do fogo do inferno: significa estará
sujeito ao fogo do inferno
➢ Fogo do inferno (Mt 5.22): O fogo e a
fumaça incessantes é o símbolo do castigo
eterno.

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2. A OFERTA NO ALTAR E A
DESAVENÇA (Mt 5.23,24).
“[...] se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa
contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta...”
(Mt 5.23,24 -ACF).

2.1. A oferta diante do altar.


A palavra oferta (Mt 5.24) tem sentido geral, e
alude a qualquer tipo que os judeus costumavam
trazer ao templo como parte do culto.

Quem trazia a oferta esperava que o sacerdote


viesse recebê-la de suas mãos. O sacerdote,
tendo-a recebido, oferecia-a sobre o altar. A
oferta indicava o desejo do ofertante de receber o
perdão de Deus e adorar ao Deus da bondade,
que perdoa o pecado.

Se por acaso o ofertante se lembrasse de


qualquer desentendimento entre ele e outrem,
enquanto esperava que o sacerdote viesse
receber a oferta, deveria primeiramente ir corrigir
suas relações com a outra pessoa (Mt 5.23-25).
2.2. Não podemos apresentar a nossa oferta
de qualquer maneira.
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Deus não aceitaria uma oferta exterior se o
adorador houvesse oprimido ou maltratado o
próximo sem corrigir, depois, sua conduta.

No Antigo Testamento, Deus só aceitava


sacrifícios oferecidos com um coração puro tanto
para com Ele quanto para com o próximo (Gn
4.4-7; Pv 15.8; Is 1.10-15; Jr 6.20; Am 5.21-24).

2.3. Reconciliar-te primeiro com teu irmão


(Mt 5.24).
Jesus explicou que se o crente se lembrasse de
alguma mágoa contra alguém, essa pessoa
deveria deixar a oferta e ir imediatamente se
reconciliar com o ofendido. Depois, deveria voltar
à adoração, e fazer a sua oferta.

Os crentes são recomendados a resolver as suas


dificuldades numa relação direta uns com os
outros (Mt 5,23,24; 18.15-20; 1 Co 6.1-11).
3. OFERTANDO DE MANEIRA CERTA.
A nossa oferta deve ser oferecida no altar de
Deus obedecendo algumas diretrizes.
1) Sem ira e sem ter tratado nossos irmãos em
Cristo com palavras ofensivas (Mt 5.22).

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2) Se tiver causado problema para alguém,
procure resolver a questão antes de ofertar
diante de Deus (Mt 5.23-26).
3) Apresentar o próprio corpo como oferta a
Deus.
A nossa maior oferta diante de Deus é
apresentar os nossos corpos, da seguinte
maneira:
“ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de
Deus, que apresenteis os vossos corpos em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional” (Rm 12.1 – ACF).

TOME NOTA
PRESERVANDO O COMPANHEIRISMO
1. “Concilia-te depressa” (Mt 5.25 - ACF).
Em última análise, o que o Senhor ensina é a
preservação do companheirismo. Esta é a melhor
maneira de se evitarem incidentes no
relacionamento com o próximo. Se inexiste causa
— a ofensa — inexistirão os efeitos. É tamanha a
urgência de se caminhar nessa direção que o
Mestre enfatizou: “Concilia-te depressa” (Mt
5.25). É algo que jamais deve ser adiado, se
queremos desfrutar uma melhor qualidade de
vida. É já.
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O apóstolo Paulo interpretou a questão nos
seguintes termos: “Irai-vos e não pequeis; não se
ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4.26).

2. “Enquanto estás no caminho”.


A expressão “enquanto estás no caminho” (Mt
5.25) significa agir enquanto há tempo, antes de
chegar ao tribunal. Esta é uma área em que
quanto mais os dias passam, torna-se maior a
possibilidade de se aprofundarem os
ressentimentos, causando graves transtornos
aos envolvidos. Em outras palavras, é
imprescindível restaurar os relacionamentos
antes que seja tarde demais e se chegue a
situações irreversíveis.

3. Antes que “te encerrem na prisão”.


Para não deixar nenhuma dúvida, o Senhor
recorreu à linguagem dos procedimentos
jurídicos (Mt 5.25) para determinar que, nesta
fase diante do juiz, provada a culpa, só resta a
aplicação da sentença configurada na prisão do
condenado. É o ponto sem retorno onde o réu
tem de arcar com todas as penas previstas em
lei, isto é, pagar até o último ceitil (Mt 5.26).

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A proposta de Jesus, portanto, foi evitar chegar a
esta situação de onde não há mais volta. Isto
revela, por outro lado, que se Deus leva tão a
sério os relacionamentos humanos, ensinando
sobre como restaurá-los, com mais intensidade
deseja que aprofundemos a nossa comunhão
com Ele. A resposta para ambas as situações é
andar na luz como Deus está (1Jo 1.7).
[Lições Bíblicas Jovens e Adultos, 2°Trimestre de 2001 –
CPAD]

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O casamento é para
sempre

Subsídios Lição 5

LEITURA BÍBLICA Mateus 5.27-32

Assim não são mais


VERSÍCULO CHAVE dois, mas uma só
carne. Portanto, o
que Deus ajuntou
não separe o homem
(Mt 19.6 – ARC).

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O casamento é a união legítima entre um homem
e uma mulher. No sentido bíblico, o casamento
ideal faz parte do plano de Deus para a vida dos
cônjuges, indo além da procriação e dos
costumes sociais.

Deus estabeleceu o casamento na primeira


família da terra. Ele o instituiu logo no início, no
Jardim do Éden, antes da queda do homem (Gn
1.27,28; Mt 19.4,5). Portanto, o casamento é
uma instituição divinamente ordenada; é uma
união que somente pode ser dissolvida pela
morte de um dos cônjuges.

1. A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
NA BÍBLIA SAGRADA (Lv 18.20; Mt
5.28)
1.1. O conceito de adultério.
A palavra adultério vem do latim adulterium, que
significa “dormir em cama alheia”. Segundo o
Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD), é a relação sexual
entre uma pessoa casada com outra que não é o seu
cônjuge. Tal ato é um pecado gravíssimo perante
Deus, sendo condenado tanto no Antigo quanto
em o Novo testamento (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9;
Gl 5.19).

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É um ato tão grave que no tempo da lei Mosaica,
a pena para o adultério era o apedrejamento (Lv
20.10; Dt 22.22). Na atualidade, alguns podem
até achar tal prática “normal”, mas a Palavra de
Deus nos diz: “Não adulterarás” (Êx 20.14; Dt
5.18).

1.2. “Todo o que olhar para uma mulher com


intenção impura” (Mt 5.28 -NAA).
O "olhar" que Jesus menciona não é apenas
casual e de relance; antes, é um olhar fixo e
demorado com propósitos lascivos. É possível um
homem olhar de relance para uma mulher,
constatar que ela é linda, mas não ter
pensamentos lascivos depois disso.

O homem que Jesus descreve olha para a mulher


com o propósito de alimentar seus apetites
sexuais interiores, como um substituto para o
ato sexual em si. Não é uma situação acidentai,
mas um ato planejado.

1.3. O adultério no coração.


“Eu, porém, lhes digo: todo o que olhar para uma
mulher com intenção impura, já cometeu adultério
com ela no seu coração. (Mt 5.28 -NAA).

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O termo coração, na Bíblia, simboliza o centro da
personalidade, ou seja, a área onde se
desenvolvem a razão, as emoções e os
sentimentos (Êx 4.14; Dt 6.5; Sl 119.11; 140.2;
Mc 2.8; Jo 14.1).

“O povo da atualidade geralmente considera que


o cérebro é o centro diretor da atividade
humana. A Bíblia, no entanto, refere-se ao
coração como esse centro; “dele procedem as
saídas da vida” (Mt 4.23; Lc 6.45). Biblicamente,
o coração pode ser considerado como algo que
abarca a totalidade do nosso intelecto, emoção e
Volição” (Mc 7.20-23). [Bíblia de Estudo
Pentecostal - CPAD]

1.4. “Se o teu olho direito te escandalizar,


arranca-o e atira-o para longe de ti... se a tua
mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a
para longe de ti...” (Mt 5.29,30).
Jesus não está falando literalmente de realizar
uma cirurgia, pois isso não resolveria o problema
do coração.
Significa que devemos, a todo custo, nos
manter afastados da cobiça e,
consequentemente, das mazelas do
pecado sexual.
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A cirurgia espiritual é mais importante do que a
cirurgia física, pois os pecados do corpo podem
levar ao julgamento eterno. Convém refletir sobre
passagens como Colossenses 3.5 e Romanos
6.13; 12.1,2; 13.14.
2. A INDISSOLUBILIDADE DO
CASAMENTO
O propósito de Deus para a vida conjugal sempre
foi a indissolubilidade do matrimônio (Mc 10.7-
9). A própria exceção expressada por Jesus no
texto (Mt 5.32) e em Mateus 19.1-8 confirma a
regra. Ou seja, o casamento é, biblicamente,
para toda a vida.

O divórcio é a dissolução do casamento. No


direito brasileiro, é a oficialização do término de
um compromisso conjugal e a oportunidade de
se contrair novas núpcias.

Para Deus, o divórcio é um ato nocivo,


condenado na Bíblia devido ao seu grande
prejuízo para a instituição familiar.
2.1. Quando as escrituras não condenam o
divórcio?
A) Infidelidade conjugal

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Por causa da dureza dos corações humanos,
Jesus previu a exceção do divórcio em casos de
infidelidade conjugal (Mt 5.32; Mt 19.3-9).
B) Abandono do cônjuge
“A iniciativa de romper os laços do casamento
deve partir do descrente, por não estar disposto a
viver tal situação (1 Coríntios 7.10,15). O texto
grego é expressivo: ‘se o descrente se apartar,
[chorizo, como no verso 10], aparte-se’.

O gênero masculino de ‘descrente’ é usado de


modo inclusivo, assim como o restante do verso
indica. ‘Neste caso o irmão, ou irmã, não está
sujeito à servidão’.

Não está sujeito à servidão em que sentido?


[...] Não está sujeito a permanecer solteiro, mas
casar-se novamente (Hering, 53; Bruce, 70)”
[ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário
Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2 ed., RJ: CPAD,
2004].

O cristão fiel, esposo ou esposa, não é obrigado a


viver até a morte sob a servidão de um ímpio.
Nesse caso, ele ou ela, pode reconstruir a sua
vida de acordo com a vontade de Deus (1Co
7.27,28,39). Entretanto, aguarde o tempo de
Deus na sua vida.
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2.2. Permissão para novo casamento (Mt
19.9).
Jesus permite o divórcio, com a possibilidade de
haver novo casamento, somente por parte do
cônjuge fiel, vítima de prostituição, ou
infidelidade conjugal. Deus admite a separação
do casal, não como regra, mas como exceção, em
virtude de práticas insuportáveis relacionadas à
sexualidade, que desfazem o pacto conjugal.

Do contrário, um servo ou uma serva de Deus


seria lesado duas vezes: pelo Diabo, que destrói
casamentos e, outra, pela comunidade local, que
condenaria uma vítima a passar o resto da vida
em companhia de um ímpio, ou viver sob o jugo
do celibato, que não faz parte do plano original
de Deus (Gn 2.18). Todavia, em Jesus o crente
tem forças para perdoar e fazer o possível para
restaurar seu casamento (Lições Bíblica Jovens e
Adultos, 2° Trimestre de 2013 – CPAD).

Embora o divórcio seja uma tragédia, a


infidelidade conjugal é um pecado tão cruel
contra o cônjuge inocente, que este tem o justo
direito de pôr termo ao casamento mediante o
divórcio. Neste caso, ele ou ela está livre para
casar-se de novo com um crente (1 Co 7.27,28).
[Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD]

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TOME NOTA
RELACIONAMENTOS PECAMINOSOS
1. Fornicação. Prática do sexo entre solteiros ou
entre casado e solteiro. O fornicário não entra no
céu (Ap 21.8; Gl 5.19 e 1Co 6.18).
2. Adultério. Relação sexual de casados com
pessoas que não são seus cônjuges (Mt 5.27; Mc
10.9 e Rm 13.9). É grave e desastroso pecado (Pv
5.1-5).
3. Prostituição. Em sentido geral, envolve todas
as práticas sexuais pecaminosas. Em sentido
estrito, é a intimidade sexual com prostitutas e a
infidelidade conjugal. Deus a proíbe com
veemência (Dt 23.17); é grave pecado (1Co 6.16);
é insanidade, loucura, estupidez e torpeza (Pv
7.4-10; 1Co 6.15-18).
4. Homossexualismo. É a prática sexual entre
pessoas do mesmo sexo. Contrariando a opinião
de muitos, a Bíblia condena, pois é abominação
ao Senhor (Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18),
perversão sexual de Sodoma — sodomia (Gn
19.5). Deus destruiu cidades por causa disso (Dt
23.17). Não entram no Reino de Deus os que
praticam tais atos (1Co 6.9,10).

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5. A masturbação. Há ensinadores que não a
consideram pecado de forma alguma. Outros,
dizem que é totalmente errado. Outros, ainda,
dizem que, se não for por vício, mas por
necessidade, torna-se moralmente justificável.
De qualquer forma, é pecado, por contrariar o
plano de Deus, pois o sexo não deve ser egoísta,
mas partilhado com outra pessoa, no âmbito do
casamento. A masturbação está sempre
associada a fantasias sexuais.

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Expressando
palavras honestas

Subsídios Lição 6

LEITURA BÍBLICA Mateus 5.33-37

Que a palavra de
vocês seja: Sim,
VERSÍCULO CHAVE
sim; não, não. O
que passar disto
vem do Maligno
(Mt 5.33 – NAA).

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A bíblia Sagrada nos apresenta algumas
diretrizes afim de que sejamos honestos em
nossas palavras, sem a necessidade de fazermos
juramentos.

1. O ENSINAMENTO BÍBLICO ACERCA


DO JURAMENTO
O juramento é o ato de fazer uma afirmação ou
promessa solene tomando por testemunha algum
objeto tido por sagrado.

1.1. Tipos de juramentos.


As autoridades israelitas escalonavam o
juramento em diversas modalidades: pelo céu,
pela terra, por Jerusalém (Mt 5.34-36), pelo
Templo e pelo ouro do Templo; pelo altar e pela
oferta que está sobre o altar e assim por diante
(Mt 23.16-22).

Segundo essa linha de pensamento, os


juramentos se classificavam em obrigatórios e
não obrigatórios. Jurar pelo Templo não seria
válido; mas, se alguém jurasse pelo ouro do
Templo, estava obrigado a cumpri-lo. Tais
crenças e práticas eram condenadas nas
Escrituras Sagradas. Tudo isso era uma forma
de ocultar o pecado.
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1.2. Jesus Cristo proibiu todo tipo de
juramento (Mt 5.33,34)?
“Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma,
jureis...” (Mt 5.34-ARC).
Diferentes argumentos sobre o
juramento:
A proibição absoluta - Há os que entendem que
a expressão “de maneira nenhuma” (Mt 5.34) é
uma proibição de toda e qualquer forma de
juramento.

A base deste argumento.


“Os Juramentos (Mt 5.33-37). Mateus
apresenta pela quarta vez a fórmula ‘Foi dito...
Eu, porém, vos digo’. No comentário sobre a
antiga lei, Jesus faz um ajuste importante. Os
juramentos eram permitidos e, em alguns casos,
exigidos (Nm 5.19), mas Jesus proibiu o uso de
juramentos.

O emprego do advérbio holos (‘de


maneira nenhuma’, Mt 5.34) indica que
Jesus esperava que esta atividade
cessasse completamente.

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Os juramentos que aludem indiretamente a
Deus, pela referência a céu, terra e até a própria
pessoa, eram proibidos, postura que respeita a
transcendência e imanência de Deus ainda mais.
A moratória de Jesus sobre juramentos e votos
também elimina o cumprimento de votos tolos
feitos imprudentemente. Ele atinge o cerne da
questão: A pessoa honesta não tem necessidade
de fazer juramento; um simples sim ou não é
suficiente (veja também Tg 5.12)” (STRONSTAD, Roger;
ARRINGTON, French. Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. RJ: CPAD).

A proibição relativa - Outros afirmam que a


proibição de Jesus se restringe aos juramentos
triviais, e por essa razão o Senhor Jesus foi
específico: “de maneira nenhuma, jureis nem
pelo céu, [...] nem pela terra, [...] nem por
Jerusalém, [...] nem jurarás pela tua cabeça” (Mt
5.34-36).

A base deste argumento: Homens de Deus


no Antigo Testamento faziam juramentos
em situação solene e o próprio Deus
jurou por si mesmo (Gn 24.3; 50.6,25; Hb
6.13,16).

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Em defesa da proibição relativa, existem os que
consideram como juramento a resposta de Jesus
e as declarações solenes de Paulo (Mt 26.63,64;
Rm 9.1; 1Co 1.23).

Essas últimas passagens bíblicas não parecem


conclusivas em si mesmas; entretanto, a
proibição relativa nos parece mais coerente.
Mesmo assim, devemos evitar o juramento e
substituir o termo por voto solene em cerimônias
de casamento.
2. DIRETRIZES PARA O FALAR DO CRENTE
1. Falando sem mentiras.
A mentira consiste em qualquer distorção da
verdade, mesmo quando as palavras são fiéis à
realidade. A mentira envolve a intenção de
enganar com o propósito de obter algum
benefício.

Efésios 4.25: Por isso deixai a mentira, e falai a


verdade cada um com o seu próximo; porque
somos membros uns dos outros (ACF).

Apocalipse 22.15: Ficarão de fora os cães e os


feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e
comete a mentira (ACF).
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Satanás é um mentiroso (Jo 8.44), enquanto o


Espírito Santo é o "Espírito da verdade" (Jo 14.17;
15.26). Quando um cristão mente, coopera com
Satanás; quando diz a verdade em amor (Ef 4.1
5), coopera com o Espírito de Deus (Warren W.)

2. A fala temperada com sal.


Colossenses 4.6: A vossa palavra seja sempre
agradável, temperada com sal, para que saibais
como vos convém responder a cada um (ACF).

A palavra temperada com sal, para alguns


comentaristas, significa que nossa conversa deve
ser agradável e ao mesmo tempo honesta, sem
hipocrisia. Outros, sabendo que é o sal que dá
gosto à comida, acham que Paulo está dizendo
que nossa conversa não deve ser insípida, sem
sabor, mas sempre de algum proveito.

3. Falando para promover a edificação.


Efésios 4.29: Não saia da vossa boca nenhuma
palavra torpe, mas só a que for boa para
promover a edificação, para que dê graça aos que
a ouvem (ACF).

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Não saia da vossa boca nenhuma “palavra
torpe”. “Palavra torpe” inclui: palavra suja,
palavra que cause destruição, palavra sem valor
para a edificação de quem a ouve.

O termo traduzido por torpe também é usado em


Mateus 7.17, 18 para se referir a
frutos podres, e é uma designação para coisas
sem valor, más ou estragadas.

Para que dê graça aos que a ouvem. Significa


que as nossas palavras devem levar benefício aos
que as ouvem.
4. Falando Sim, sim; não, não.
“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não,
porque o que passa disso é de procedência
maligna” (Mt 5.37 – ARC).

Pastor Geremias do Couto:


1) Quando é possível dizer sim.
Com isto em mente, chegamos ao âmago do
ensino de Cristo sobre a palavra do cristão (v.37).
Aqui está implícita a ideia de firmeza em nossa
comunicação pessoal, de maneira que a nossa
palavra em si baste, sem qualquer juramento,
para firmar os nossos compromissos.
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Sem nos esquecermos, por outro lado, de
ponderar as circunstâncias, as nossas limitações
e a soberania de Deus sobre todas as coisas (ver
Tg 4.13-15). Tal discernimento nos dará
condições não só de saber a hora de dizer sim,
mas a forma de (e quando) fazê-lo, para que
sejamos capazes de cumprir com as nossas
obrigações.

2) Quando é indispensável dizer não.


Ter essa firmeza de decisão, por conseguinte,
levar-nos-á a dizer não, com amor, sempre que
for indispensável, mesmo que, para alguns, não
seja uma atitude fácil. Por faltar ao sacerdote Eli
a capacidade de dizer não aos pecados dos filhos,
Israel sofreu um de seus mais retumbantes
fracassos e perdeu a glória de Deus (1Sm 3.10-
14; 4.1-22).

3) A procedência maligna da duplicidade.


Mas, na verdade, a ideia que o v.37 deixa
transparecer é que em nenhuma circunstância
jamais devemos mentir, nem usarmos de
duplicidade em nossas posições, mas assumir a
responsabilidade de nossa palavra no tocante a
todas as áreas de nossa vida.

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A chamada posição de neutralidade — nem
contra, nem a favor — sempre foi condenada
pelas Escrituras (“é de procedência maligna”),
pois revela muitas vezes ausência de caráter,
falta de compromisso e mero oportunismo (Ap
3.16). Temos de assumir nossos erros e acertos e
encará-los de frente com a responsabilidade de
quem tem, sobretudo, compromisso com a
verdade diante de Deus. Em questões de fé, por
exemplo, não há meio-termo: ou estamos do lado
da verdade ou contra ela (Lições Bíblicas Jovens e
Adultos , 2º Trimestre de 2001 -CPAD).

4. Ouvindo mais e falando menos (Tiago 1.19).


“Entendam isto, meus amados irmãos: estejam
todos prontos para ouvir, mas não se apressem
em falar nem em se irar”(Tg 1.19 – Nova Versão
Transformadora)

Temos a tendência de falar mais do que


devíamos e ouvir menos do que
precisamos. Isto contribui para a perda da
capacidade de refletir, resultando
frequentemente em afirmações precipitadas ou
mesmo fraudulentas que não passam na prova
da verdade.

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5. O posicionamento do crente sobre o uso da
fala.
a) falar na hora certa; b) falar quando for
necessário; c) falar apenas o indispensável; d)
falar com sinceridade; e) falar para construir, f)
falar sem juramentos e g) medir as
consequências do que fala.

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Não retribua pelos


padrões humanos

Subsídios Lição 7

LEITURA BÍBLICA Mateus 5.38-48

Não procure
vingança, nem
VERSÍCULO CHAVE guarde ira contra os
filhos do seu povo,
mas ame o seu
próximo como você
ama a si mesmo. Eu
sou o SENHOR
(Lv 19.18 – NAA).

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O nosso assunto aqui está baseado em Mateus
5.38-48, onde vemos o Senhor Jesus ensinar
acerca do princípio da não retaliação e do amor
pelos inimigos.

O princípio básico de justiça refletido na lei de


Moisés era: Olho por olho e dente por dente
(Mt 5.38). Veja Êx 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21. O
propósito deste mandamento não era encorajar
os homens a retribuir a agressão, mas proibi-los
de executar uma penalidade maior que o crime.
Jesus apresentou uma lei mais elevada, a da
não-retaliação. Vejamos.

1. “Não resistam ao perverso” (Mt 5.39 -NAA).


Jesus fala da pessoa má e das circunstâncias
por ela criadas. Jesus não proíbe aqui a
administração da justiça ao dizer que não
devemos resistir ao perverso; Ele nos proíbe de
fazer a justiça com nossas próprias mãos e
medida.

2. “O tapa na face direita”.


“Se alguém lhe der um tapa na face direita...(Mt
5.39 -NAA).

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O contexto cultural do tapa na face:


O tapa na face direita era um tapa com as costas
da mão que era ao mesmo tempo insultuoso e
injurioso. Entre os judeus, na época de Jesus, o
ato de bater na face direita de alguém, com as
costas da mão, era um insulto e uma
provocação; não exatamente uma agressão. O
insultado poderia revidar ou ir ao tribunal
pleitear uma punição, em dinheiro, pela ofensa.
Jesus exorta seus discípulos a oferecer a outra
face, em sinal de paz e disposição para um
acordo.

3. “Ofereça-lhe também a face esquerda” (Mt


5.39 -NAA).
Muitos comentaristas interpretam o texto acima
como sendo uma linguagem figurada, pois o
Senhor, quando golpeado no rosto (João 18. 22-
23) não dar a outra face, mas com dignidade
repreendeu o agressor.

Há quem pense que o crente deve sofrer


agressões físicas e não tomar nenhuma atitude,
mas isso não é verdade. O crente não deve fazer
justiça como suas próprias mãos, pois existem
as autoridades constituídas que punirão todos
que praticarem atos perversos contra o seu
próximo (Rm 13.1-6).
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4. Deixando levar a túnica e a capa .
“Se alguém quer processar você e tirar-lhe a
túnica, deixe que leve também a capa” (Mt 5.40 -
NAA).
A túnica era uma roupa de baixo, e a capa, uma
peça solta usada sobre a túnica. Uma vez que a
roupa exterior era enrolada ao redor do corpo
para dormir, a lei do Antigo Testamento proibia
que ela fosse levada durante a noite como
penhor (Êx 22.26,27; Dt 24.12,130).

Essa ilustração tem a ver com as leis dos


fariseus: um credor tinha o direito de exigir a
túnica do devedor por uma dívida não paga.
Quando não a recebia por bem, tinha o direito de
exigi-la por meio de um processo jurídico. Mas,
de acordo com Dt 24.10-13, deveria ceder a
roupa ao dono, conforme suas necessidades
diárias de uso.

Jesus exorta os discípulos a serem altruístas. Se


credores, a desistir do penhor; se devedores, a
dar além do devido, entregando também a capa
que era vestida sobre a túnica.
5. Andando duas milhas.
“Se alguém obrigar você a andar uma milha, vá
com ele duas” (Mt 5.41 – NAA).
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Isso foi uma imposição do império romano a
povos subjugados – qualquer soldado romano
podia obrigar qualquer pessoa sem cidadania
romana a carregar sua mochila (carga) uma
milha (cerca de 1.600 metros).

É por isso que outra versão bíblica diz “Se um


dos soldados estrangeiros forçá-lo a carregar uma
carga...” (Mt 5.41 – NTLH).

O governo romano podia recrutar qualquer um


para carregar suas cargas pela distância de até
uma milha, pouco mais de um quilómetro e
meio. Mateus fala de um oficial romano que
impôs essa lei a Simão Cirineu, em Mateus
27.32.

6. Dê a quem lhe pede (Mt 5.42).


Devemos dar a todos que nos pedem, mas não
devemos dar dinheiro todas as vezes que nos
pedem. Quando o coxo, deitado na porta
Formosa do Templo, pediu esmola a Pedro e
João, eles não lhe deram dinheiro, mas uma
coisa infinitamente melhor (At 3.1-10). O
apóstolo Paulo ordenou que se alguém não
quer trabalhar, não coma (2 Ts 3.10).

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7. A questão do empréstimo.
“[...] não volte as costas ao que quer lhe pedir
emprestado” (Mt 5.42 – NAA).
Outra versão bíblica diz: “não fujam daqueles que
querem pedir emprestado”.

Isto diz respeito a alguém atingido por


adversidade que precisa de ajuda temporária,
alguém que você conhece, que faz parte da
comunidade.
O ensino de Jesus é que
precisamos ajudar aos
A lei judaica não
outros em suas
permitia que um
necessidades, a despeito
judeu cobrasse juros
da possibilidade de não
de outro. (Êx 22.25;
recebermos de volta o
Lv 25.37; Dt
que lhes demos de 23.19,20). Mas há
empréstimo. Sua vida foi provas de que isso
o maior exemplo dessa não era obedecido.
verdade: ele deu a sua
própria vida.

8. “Amai a vossos inimigos” (Mt 5.44 - ACF).


Jesus ensinou que não existe uma regra para os
amigos e outra para os inimigos, como é comum
em nossa sociedade. O discípulo de Jesus deve
não só amar o próximo como também fazer o

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bem ao inimigo, um princípio já ensinado no
Antigo Testamento (Êx 23.4,5; Lv 19.18, 34; Pv
25.21).

Jesus aqui (Mt 5.43,44) estabelece quatro níveis


de atitudes: a) amar os inimigos; b) falar bem dos
que nos maldizem; c) fazer o bem aos que nos
odeiam, e e) orar pelos que nos maltratam (v.44).

TOME NOTA
“Em Mateus 5.39 onde está escrito ‘não resistais
ao mal’, Jesus não está falando contra a
administração da correta justiça aos malfeitores
(Rm 13.1-4). Os versículos que seguem (vv.43-48)
indicam que Ele se refere ao caso de amarmos os
nossos inimigos (v.44; Lc 6.27). Não devemos
reagir com espírito de ódio contra o mal
praticado contra nós, mas de maneira que
demonstre que possuímos valores centrados em
Cristo e no seu Reino. Nosso tratamento para
com aqueles que nos fazem mal deve ser de tal
modo que os leve a aceitar Cristo como seu
Salvador (como exemplos desse espírito, compare
Gn 13.1-13 com Gn 14.14, e Gn 50.19-21 com
Gn 37.18-28; ver também 1Sm 24.26; Lc 23.24;
At 7.60)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD).

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Sendo verdadeiros

Subsídios Lição 8

LEITURA BÍBLICA Mateus 6.1-4

Bem-aventurado é
aquele a quem o
VERSÍCULO CHAVE SENHOR não atribui
iniquidade e em cujo
espírito não há
engano (Sl 32.2 –
NAA).

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As nossas boas obras para com os necessitados
devem ser realizadas sem ostentação e
hipocrisia. Em Mateus 6.1-4, o Senhor Jesus
ensina a maneira correta de ser ajudar quem
realmente precisa.

1. O ATO DE DAR ESMOLAS (Mt 6.1-4)


A esmola na Bíblia refere-se a prática das
doações caridosas, especialmente para os
pobres. As esmolas são chamadas também de
obras de justiça.
No tempo de Jesus o ato de dar esmolas
consistia de duas formas: as “esmolas do
prato”:
comida e dinheiro distribuídos diariamente e as
“esmolas da caixa”: moedas recebidas no
sábado por viúvas, órfãos, forasteiros e pobres.
Veja os textos Bíblicos que citam a palavra esmola (s):
Mateus 6.1-4; Lucas 12.33; Atos 3.2; Atos 9.36; Atos
10.2,4; 10.31; Atos 24.17.

Os fariseus usavam as esmolas como forma de


obter o favor de Deus e a atenção dos homens
duas motivações erradas. Não há oferta, por
mais generosa que seja, capaz de comprar de
Deus (Ef 2.8,9). Além disso, é tolice viver em
função do reconhecimento humano, pois a glória
do homem não dura muito tempo (1 Pe 1.24). O
que importa é a glória e o louvor de Deus!
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1.1. Os deveres de Israel para com os pobres.
Por também ter sido estrangeiro e peregrino em
"terra estranha", esperava-se do povo de Israel
sensibilidade e solidariedade com as pessoas
menos favorecidas, bem como em relação ao
órfão, à viúva e ao estrangeiro (Dt 10.17-19;
24.14-22).

Ciente da obstinação e dureza do coração


humano, Deus, através de Moisés, ordena que
em caso de sobra em uma colheita, não se deve
"rebuscar", isto é, repassar a mesma área do
campo para ver se não ficou nada ainda a ser
colhido ou recolhido, pois tal sobra era uma
provisão divina a essas pessoas (Dt 24.19-22).

1.2. A atualidade da prática de auxiliar os


pobres.
A despeito de a prática de auxiliar os pobres
estar sendo observada nos dias de Jesus (Mt
26.6-9), e até no tempo da igreja do primeiro
século (Gl 2.10), o Mestre sabia que mesmo as
ações virtuosas podem ser praticadas com
motivações escusas. Por isso, Ele não contesta o
ato de justiça de ajudar, mas chama a atenção
para os motivos que, para além das aparências,
podem não ser tão nobres (Mt 6.1; Mt 19.21,22;
Jo 12.4-6).

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1.3. A atitude de quem ajuda.
Não é de censura a instrução de Jesus acerca do
auxílio aos menos favorecidos, ou seja, os pobres
devem ser ajudados e assistidos em suas
necessidades por aqueles que possuem mais
condições (Mt 25.31-46; At 20.35).

A observação do Mestre diz respeito não


unicamente à motivação, mas também quanto à
discrição com que se deve fazer o bem, ou dar
esmolas às pessoas necessitadas.

O Mestre utiliza expressivas figuras de linguagem


ao falar de "tocar trombetas" (motivação de fazer
publicidade) e também de "a mão esquerda não
saber o que faz a direita" (falta de discrição) (Mt
6.2,3). Em outras palavras, se a finalidade é
ajudar e não se autopromover com a necessidade
e o problema alheio, então deve-se agir discreta e
sigilosamente, pois do contrário já se terá
recebido a recompensa aqui mesmo, nada
devendo esperar do Pai celestial em seu tribunal
de galardão (Mt 6.2,4; 1 Co 3.12-15).

2. PRATICANDO BOAS OBRAS SEM


HIPOCRISIA (Mt 6.2;
23.13,15,23,25,27,29)
1. Conceito de hipócrita.

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Jesus usa muito essa palavra (6.5, 16; 15.7;
22.18;23.13-15, 23, 25, 27, 29; 24.51),
principalmente para se referir aos falsos
religiosos em geral e, em especial, aos fariseus,
que deveriam ser exemplos de espiritualidade na
época, mas que cumpriam muito mal o seu
papel.

A palavra hipocrisia
significava originalmente
interpretar um papel no
palco. Este termo
O termo grego
assumiu as implicações traduzido por
de uma fraude hipócrita
consciente: um hipócrita significa
finge ser alguma coisa
que não é; ele usa uma originalmente
máscara e esconde seu "um ator que
verdadeiro ser com usa máscaras".
palavras e atos que têm
o propósito de enganar.
A hipocrisia é alvo de preocupação no Novo
Testamento. Ainda que a palavra não ocorra na
narrativa do incidente de Ananias e Safira (At
5.111), foi parte do pecado deles.
Paulo acusou Pedro de hipocrisia por se recusar
a comer com os cristãos gentios em Antioquia
(G1 2.12,13).

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Paulo advertiu Timóteo acerca de falsos mestres
hipócritas (lTm 4.2). Pedro incluiu a hipocrisia
na relação de atitudes que os cristãos devem
evitar (lPe 2.1).

Por seis vezes os escritores do Novo Testamento


enfatizam que a sinceridade (sem hipocrisia) deve
caracterizar o cristão. O amor (Rm 12.9; 2Co 6.6;
lPe 1.22), a fé (lTm 1.5; 2Tm 1.5) e a sabedoria
(Tg 3.17) dos cristãos devem ser sinceros.

3. AJUDANDO OS NECESSITADOS
SEM ALARDE

3.1.“Quando... deres esmola... para serem


glorificados pelos homens” (Mt 5.2).
Uma das mais persistentes tentações dos crentes
é a de buscar honra dos homens por meio de
boas obras. Quando ostentamos os nossos atos
de justiça diante dos homens, somos tão
insensatos como as galinhas que cacarejam ao
porem seus ovos; avisados, os homens vêm e os
retiram. Assim Satanás, avisado por nosso
alarido, quando praticamos uma boa
obra, vem logo e incita em nós o orgulho,
conseguindo retirar-nos a recompensa.

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Jesus não disse que não deveríamos deixar que
alguém visse as nossas boas obras. Ele já havia
admoestado os seus discípulos: “Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para
que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o
vosso Pai, que está nos céus” (5.16).

Essa passagem (Mt 6.1-4) não deve ser


interpretada para proibir qualquer oferta que
poderia ser vista pelos outros, já que é
praticamente impossível fazer todas as
contribuições estritamente anônimas. Mas
condena a exibição descarada ao dar.

3.2. Demonstrando Fé e Amor por meio das


nossas boas obras.
Tiago inquire os servos de Deus dizendo que se
oferecermos, a um irmão ou a uma irmã, que
estejam padecendo necessidade, apenas uma
palavra de “incentivo” e não lhes dermos as
coisas de que eles necessitam, isso não resolverá
o problema.

Diante de alguém necessitado, o que


precisa ser feito? Orar e despedi-lo sem
nada? Se assim procedermos, nossa oração não
servirá para nada (Tiago 2.14-26).

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Conforme o apóstolo João, a pessoa que não se
compadece dos necessitados não tem o amor de
Deus em sua vida (1Jo 3.17,18). Tal aspecto já
havia sido ensinado por Jesus ao dizer que, no
socorro àqueles que precisam de ajuda,
acolhemos o próprio Senhor (Mt 25.40).

CURIOSIDADES
Em Mateus 5.2,3, vemos as seguintes
expressões:
TOCAR TROMBETA: “Quando, pois, deres
esmola, não afaças tocar trombeta diante de ti”.
NÃO SAIBA A MÃO ESQUERDA: “Quando tu
deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o
que faz a tua direita”.

Muitos comentaristas concordam que essas


expressões são hipérbole.
Definição de Hipérbole.
É um exagero ou ênfase expressiva para
comunicar uma verdade. Jesus adotou esse
recurso, que os rabinos também usavam, como
um de seus principais métodos de ensino. É
indispensável que entendamos isso, se
quisermos fazer uma interpretação adequada do
Sermão da Montanha.
Exemplos Bíblicos.

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É indispensável que entendamos isso, se
quisermos fazer uma interpretação adequada do
Sermão da Montanha (Mt 5.29: “Se o teu olho
direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti”).
Enunciados como “a qualquer um que te ferir
na face direita, volta-lhe também a outra; e ao
que quer demandar contigo e tirar-te a túnica,
deixa-lhe também a capa” (Mt 5.39,40) têm sido
interpretados literalmente, como se definissem os
limites do espírito de servo; por causa disso, já se
cometeram erros graves.

Jesus não estava fazendo referência a ações


específicas, mas falando de modo geral sobre
perdoar e sobre servir, e para isso se valeu de
hipérboles.
De modo semelhante, quando afirmou que a
semente de mostarda era a menor de todas (Mc
4.31), ele não estava fazendo nenhum
pronunciamento com valor científico, mas
estabelecendo um contraste por meio de
hipérbole (menor-maior); a semente de mostarda
era a menor semente a produzir uma planta
daquele tamanho (v. 32). Assim também quando
Jesus falou de um camelo passar pelo fundo de
uma agulha (Mc 10.25). O camelo era o maior
animal em Israel passando pelo menor buraco de
todos, para enfatizar a incrível dificuldade de um
rico se converter.
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A hipérbole, ou exagero, é uma ferramenta
poderosa para reforçar um ponto (como o uso
que Jesus faz da hipérbole no Sermão do Monte,
Mateus 5-7)), mas deve ser usada com cuidado,
para que os ouvintes não a entendam como uma
aplicação literal [Grant R. Osborn].

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Orando e jejuando
como Jesus ensinou

Subsídios Lição 9

LEITURA BÍBLICA Mateus 6.5-18


Enquanto eles estavam
adorando o Senhor e
jejuando, o Espírito Santo
VERSÍCULO CHAVE disse:
— Separem-me, agora,
Barnabé e Saulo para a
obra a que os tenho
chamado. Então, jejuando
e orando, e impondo as
mãos sobre eles, os
despediram (At 13.2.3 –
NAA).

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No altar da oração devemos ter em mente ao
menos três propósitos: adorar a Deus, agradecer-
lhe e pedir algo para nós ou para outras pessoas.
Além da oração, o Senhor Jesus também
ensinou acerca do jejum (Mt 6.16-18; 9.14-15).

1. O QUE É ORAR (Mt 6.5)?


A Declaração de Fé das Assembleias de Deus
define oração como “o ato consciente, pelo qual a
pessoa dirige-se a Deus para se comunicar com
Ele e buscar a sua ajuda por meio de palavra ou
pensamento”.

A oração é central para a vida cristã. A fé cristã


não prescreve local, dia da semana, horário ou
postura de pé, sentado ou ajoelhado para fazer
orações.

Não há problema para quem deseja orar em pé


(1Sm 1.9,10), prostrado em terra (Ne 8.6), de
joelhos (1Rs 8.54). A postura física não importa;
o importante é a posição espiritual diante de
Deus, é orar com sinceridade e estar em
comunhão com o Senhor Jesus.

1.1. A oração no Antigo e Novo Testamento.

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A) Exemplos de oração no Antigo Testamento.
A Bíblia mostra a oração desde que Sete, filho de
Adão e Eva, nasceu: “Então, se começou a
invocar o nome do SENHOR” (Gn 4.26). Essa
prática continuou na vida dos patriarcas do
Gênesis, Abraão, Isaque e Jacó (Gn 20.17; 25.21;
32.9-12).

A oração estava presente na vida de


Moisés, dos profetas Samuel e Elias,
entre outros, e dos reis piedosos
como Ezequias (Êx 8.30; 1Sm 8.6; 1Rs
17.19-22; 2Rs 19.15).

No Antigo Testamento, os homens de


Deus venceram sob o manto da
oração. Davi orava sempre (Sl
55.16,17) e Daniel venceu na cova dos
leões porque tinha reservas de
oração (Dn 6.10).

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Mateus 6.5-8: O Mestre não está


condenando a oração longa ou repetitiva,
mas as “vãs repetições”. O próprio Jesus, no
Getsêmani, repetiu as mesmas palavras três
vezes na oração (Mt 26.39,44). Jesus passou
a noite orando no monte para escolher os
doze apóstolos; com certeza, essa oração
não foi curta (Lc 6.12). Além disso, Ele nos
ensina a orar sem nunca desanimar (Lc
18.1).
A oração do Pai Nosso é usada na
adoração coletiva desde muito cedo na
história e continua ainda hoje em muitas
igrejas nos diversos ramos do cristianismo.

B) Exemplos no Novo Testamento.


Paulo exortou Timóteo acerca da oração, dizendo
que se deveriam fazer orações não apenas em
momentos de crise, ou por algumas pessoas.
Mas dever-se-ia orar ‘por todos os homens’ (1Tm
2.1,2), incluindo os governantes, as autoridades.
Na Bíblia há um imperativo bastante conhecido:
“Orai sem cessar” (1Ts 5.17). Esse texto nos
revela que devemos, em oração, permanecer na
presença do Pai todo o tempo.
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Os Evangelhos relatam que Jesus orava em
secreto continuamente e chegam a registrar
algumas orações, como aquela feita no jardim do
Getsêmani e também aquela em favor dos
discípulos em João 17. Todos os Evangelhos
mostram a oração individual do Senhor (Mt
14.23; Mc 1.35; Lc 6.12). Mesmo sendo Deus,
Jesus estava também na condição humana e,
como tal, buscava a dependência do Pai. Jesus é
o maior exemplo de oração para os cristãos.

1.2. Benefícios da oração.


Na oração temos: Relacionamento com Deus,
segurança em meio aos desafios, serenidade e
visão cristalina em meio às tempestades.

O Espírito Santo de Deus quer estabelecer um


relacionamento conosco e nos conduzirem nossa
jornada diária, porém, para que isso ocorra, a
oração é uma condição básica. Por meio dela nos
preparamos para, de forma progressiva e
vigorosa, as grandes experiências espirituais em
nossa trajetória de vida.

1.3. Orando em todo tempo com toda oração


e súplica no Espírito (Ef 6.18).

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A expressão “orando em todo tempo com toda
oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18) significa
clamar pelo favor divino em qualquer
circunstância e oportunidades. Esse clamor deve
estar acompanhado de vigilância (Is 59.1,2), pois
esta preserva o crente das astutas ciladas do
Inimigo (Sl 124.7). Vigiemos em oração e súplica!

1.4. Síntese bíblica sobre a oração.


Jo 14.13: A oração deve ser feita sempre em
nome de Jesus.
Hb 10.22,23: Devemos orar com fé.
Sl 55.17: Era prática no período do Antigo
Testamento orar três vezes ao dia.
Ef 6.18: O Novo Testamento nos ensina a orar
continuamente.
Mc 1.35; Lc 5.16: Jesus vivia em constante
oração, um exemplo a ser imitado.
Lc 18.1: A parábola de juiz iníquo é um exemplo
para nunca desistirmos da oração
Lc 21.36: Jesus espera nos encontrar em oração
na sua vinda.
Ap 5.8: A oração dos crentes é como o incenso
aromático que sobe às narinas de Deus.
1Jo 5.14,15: Deus ouve nossas orações.
Mt 6.6: Oração é relacionamento com Deus.
1 Tm 2.1,2: Devemos orar por todos os homens
e pelas autoridades.

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2. A ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU AOS SEUS
DISCÍPULOS (Mt 6.6-13).
2.1. Ao orar, entre no seu quarto e, fechada a
porta, ore ao seu Pai, que está em secreto (Mt
6.6 – NAA).
Essa oração secreta é aquela que temos com o
nosso Deus movida pelo desejo ardente de
termos uma maior intimidade espiritual. Jesus,
ao longo de seus dias na terra, viveu muitas
vezes a experiência dessa forma de orar: No
monte durante a tarde (Mt 14.23; Lc 6.12), em
lugares desertos (Mc 1.35), em um jardim (Mt
26.36) e tantos outros espaços na busca por uma
total imersão na prática da oração.

Há momentos onde oramos em lugares com


muitas pessoas, como em nossas igrejas e
também em reuniões, aniversários e tantos
outros. Mas também precisamos separar os
momentos da oração solitária e secreta, aquela
onde há apenas espaço para o cristão e o Deus
que nos ama e nos ouve: de manhã cedinho, a
fim de dedicarmos o nosso dia a Deus; ao final
do dia em ação de graças; e sempre que nossos
corações forem impulsionados a orarem
atendendo ao chamado do Espírito Santo de
Deus.

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3. O JEJUM E SUA IMPORTÂNCIA


PARA O CRENTE (Mt 5.16-18).
Na Bíblia, jejuar refere-se à abstenção de
alimento por motivos espirituais. O próprio
Cristo jejuou e ensinou acerca do jejum (Mt 4.2;
6.16-18), além de ser um ato de preparação para
a sua volta (Mt 9.15). A igreja do Novo
Testamento praticava o jejum (At 13.2,3; 14.23;
27.33).

Há três formas principais de jejum, vistas na


Bíblia:
(a) Jejum normal: a abstenção de todos os
alimentos, sólidos ou líquidos,
mas não de água (Mt 4.2 );

(b) Jejum absoluto: a abstenção tanto de


alimentos como de água (Et 4.16; At 9.9).
Normalmente este tipo de jejum não deve ir além
de três dias, pois a partir daí o organismo se
desidrata, o que é muito nocivo à saúde.

(c) O jejum parcial: uma restrição alimentar, e


não uma abstenção total dos alimentos (Dn
10.3).

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Em Mateus 9.14-15, Jesus disse a alguns
inquiridores que Seus discípulos não estavam
jejuando enquanto Ele como Noivo estava
presente com eles, mas depois que Ele partiu,
“então eles jejuarão”. Richard Foster em sua obra
clássica, Celebração da Disciplina , disse: “Esta é
talvez a declaração mais importante no Novo
Testamento sobre se os cristãos devem jejuar
hoje”.

“O jejum nos prepara para a comunhão


espiritual mais profunda e rica possível. Limpa e
libera nossas mentes para entender o que Deus
está dizendo aos nossos espíritos. Ela condiciona
nossos corpos a realizar Sua perfeita vontade.

Quando perseveramos no
desconforto mental e físico
inicial, experimentamos um
apaziguamento da alma e um
resfriamento dos apetites.
Como resultado, sentiremos a
presença do Senhor mais do que
nunca” (Bill Bright).
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Algumas Recompensas do jejum:


1. Renova a visão espiritual
2. Traz quebrantamento santo
3. Purifica nosso coração
4. Humilha nossa alma
5. Subjuga nossa carne
6. Aprofunda a comunhão com Deus
7. Limpa nossas mentes para ouvir Deus
8. Traz refrigério sobrenatural
9. Adiciona poder à oração
10. Traz libertação
11. Purifica o corpo físico

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Nossa segurança
vem de Deus

Subsídios Lição 10

LEITURA BÍBLICA Mateus 6.19-27

Então lhes
recomendou: Tenham
VERSÍCULO CHAVE cuidado e não se
deixem dominar por
qualquer tipo de
avareza, porque a vida
de uma pessoa não
consiste na
abundância dos bens
que ela tem
(Lc 12.15 -NAA).

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No estudo de hoje perceberemos que a nossa
segurança não estar nos bens matérias e nem no
dinheiro, mas sim, em Deus, Sendo assim, não
devemos andar preocupados com as coisas dessa
vida.

1. AJUNTANDO TESOURO NO LUGAR


CORRETO (Mt 6.19,20).
O que consideramos tesouro é aquilo que atrai a
nossa atenção e que nos desgasta as forças.
Paulo escreveu: “...buscai as coisas lá do alto,
onde Cristo vive, assentado à direita de Deus”(Cl
3.1).

1.1. Ajuntem tesouros no céu (Mt 6.20 – NAA).


O que significa ajuntar tesouros no céu? Quer
dizer usar tudo o que temos para a glória de
Deus, desapego às coisas materiais da vida.

“Ajuntar tesouros no céu inclui, mas não se


limita, ao pagamento de dízimos. Isso também é
conseguido levando pessoas a Cristo e
praticando todos os atos de obediência a Deus.
Esse “tesouro” é o eterno valor de tudo que
realizamos na terra. Os atos de obediência a
Deus, acumulados no céu, não são susceptíveis
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a estragar, e também não podem ser destruídos
ou roubados. Nada poderá mudá-los ou afetá-
los, pois eles são eternos” (Comentário do Novo
Testamento Aplicação Pessoal - CPAD).

1.2. Onde estiver o seu tesouro, aí estará


também o seu coração ( Mt 6.21 - NAA).
Se o coração ama as coisas materiais e coloca o
lucro nesta Terra acima dos investimentos no
céu, o único resultado possível é um trágico
prejuízo. Os tesouros da Terra podem ser usados
para Deus, mas se ajuntarmos riquezas para nós
mesmos, perderemos esses bens - e, junto com
eles, o nosso coração. Em vez de enriquecimento
espiritual, experimentaremos empobrecimento.

2. O CRENTE E AS RIQUEZAS DESTA


VIDA (Mt 6.24; Lc 16.13).
2.1. Não se pode servir a Deus e a Mamon.
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou
há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a
um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus
e a Mamom” (ACF).

Palavra aramaica que significa riqueza ou


propriedade, transliterada pelos escritores do
Evangelho em letras gregas.
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Algumas traduções preservam a forma grega da
palavra, enquanto outras a traduzem com os
termos “riqueza” ou “dinheiro”. Em Mateus 6.24
e Lucas 16.13, “Mamom” é personificado como
um rival de Deus pela lealdade dos discípulos: A
qual senhor será prestada obediência? Em Lucas
16.9-11, o termo designa riqueza material ou
posses.

2.2. Não podemos amar o dinheiro (1 Timóteo


6.10).
Ser rico e possuir bens não é errado, pois “a
bênção do Senhor é que enriquece” (Pv 10.22).
Porém, amar o dinheiro significa torná-lo nosso
senhor em vez de nosso servo. Isto traz um
grande mal, pois na condição de senhor o
dinheiro torna-se um tirano cruel.

Amor ao dinheiro também tem levado muitos a


caírem em outra prática pecaminosa: o suborno.
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe “a palavra
grega shohad significa um presente, mas no
sentido corrupto”. A corrupção é como um vírus
maligno, ela tem se espalhado em nossa nação
trazendo dor, destruição, falência... A corrupção
e o suborno são resultados do amor ao dinheiro.

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2.3. Não podemos ser avarentos.
Não é errado o crente possuir bens materiais e
ter uma conta bancária abençoada. Deus é bom
e deseja que tenhamos uma vida abundante (Jo
10.10). Porém, o que temos que temer é o amor
ao dinheiro. Jesus nos adverte para que
tenhamos cautela quanto à avareza, “porque a
vida de qualquer não consiste na abundância do
que possui” (Lc 12.15).

Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal “a


palavra traduzida por ‘avareza’ (pleonexia)
literalmente significa a sede de possuir mais”.

A ganância, o desejo excessivo de possuir mais e


mais tem levado muitos a se envolverem em
negócios ilícitos, como por exemplo, a prática da
agiotagem, suborno, corrupção.

2.4. Não devemos tolerar a agiotagem.


A agiotagem é uma prática perversa e bem
antiga. A Palavra de Deus proíbe tal prática
desumana (Dt 23.19,20).
Adquirir fortuna de modo ilícito (agiotagem,
suborno) é como construir a casa sobre a areia;
cedo ou tarde ela vai ruir (Mt 7.24-27).
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É bom lembrar que a areia não é o solo ideal
para se estabelecer nenhum tipo de fundamento;
a rocha sim é segura, capaz de sustentar uma
construção. Porém, atualmente encontramos
muita gente escolhendo o caminho mais fácil,
mais curto, a areia. Estas visam apenas os bens
materiais, o lucro fácil. A ganância cega.
Trabalhar duro e no final do mês só ter dinheiro
para pagar as contas, viver contando os trocados
é muito difícil. Mas, você já viu alguém cavando
na rocha? Não é fácil não! Exige muito esforço e
tempo. É preciso suar a camisa. Mas vale a pena,
pois o alicerce será sólido, firme, e
principalmente, abençoado por Deus.

3. CONSEQUÊNCIAS DO APEGO AS
RIQUEZAS.
3.1. Roubam o coração.
Para argumentar em favor de sua tese, o Senhor
retorna outra vez ao seu ponto predileto no
Sermão do Monte: o coração (Mt 6.21).
Ele quis dizer, com isso, que aquilo que
somos interiormente determina as nossas
prioridades, e estas, por sua vez, roubam
todos os nossos afetos.

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Deste modo, à medida que o apego às riquezas se
vai tornando o nosso objetivo primordial, todo o
ânimo de nossa alma será transferido em favor
dessa busca quase sempre intranquila, onde o
dinheiro (e tudo o que ele representa) poderá
transformar-se num ídolo entronizado em nosso
coração (1Tm 6.10).

3.2. Roubam a visão espiritual.


Outra figura que Jesus empregou com o mesmo
significado foi a importância dos olhos para o
corpo (Mt 6.22,23). Ou seja, se forem saudáveis e
bem direcionados trarão benefícios ao
organismo. Caso contrário, as consequências
serão negativas. O apego às riquezas, de igual
modo, surte o mesmo efeito. Quando elas se
apossam de nossa vida, distorcem a nossa visão
e acabamos por perder o rumo da nossa vida
espiritual — as trevas recaem sobre nós — por
ficarmos apegados ao materialismo e aos valores
de uma sociedade secularizada, onde o que conta
é a prevalência do hedonismo (Mt 24.37-39; Lc
12.13-21).

3.3. Roubam a fé em Deus.


Como um abismo chama outro abismo, o apego
às riquezas nos poderá levar a um ponto em que
ficaremos com o coração dividido entre Deus e
Mamom.
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Mateus 6.24, aqui Jesus mostra ser impossível
alguém ser leal a dois senhores simultâneos. Um
ou outro prevalecerá. Se o apego aos bens
terrenos dominar a nossa mente, isto
forçosamente nos levará à perda da fé (Jr 17.11;
Mc 4.16-19).

4. NÃO PODEMOS SER DOMINADOS


PELAS PREOCUPAÇÕES COM AS
COISAS DESTA VIDA (Mt 6.25-32: Lc
12.22-34).
A preocupação é pecado de desobediência ao
Senhor Jesus que nos ordenou: “[...] não se
preocupem com a sua vida... (Mt 6.25 – NAA).

Podemos dar nomes mais bonitos à preocupação,


chamando-a de aflição, fardo, cruz a ser
carregada, mas os resultados são os mesmos.
Em vez de nos ajudar a viver mais, a ansiedade
apenas encurta avida (Mt 6.27).

O problema não é tanto o que comemos e


vestimos hoje, mas o que comeremos e
vestiremos daqui a dez, vinte ou trinta anos. Tal
preocupação sobre o futuro é pecado, pois nega o
amor, a sabedoria e o poder de Deus.
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➢ A preocupação nega o amor de Deus
implicando que ele não se preocupa conosco.
➢ Nega sua sabedoria implicando que ele não
sabe o que está fazendo.
➢ E nega seu poder implicando que ele não é
capaz de suprir nossas necessidades.
4.1. Não andeis ansiosos (Mt 6.25 - ARC).
Jesus não está dizendo que é errado o cristão
tomar providências para suprir suas futuras
necessidade materiais (2Co 12.14; 1Tm 5.8). O
que Ele realmente reprova aqui é a ansiedade ou
a preocupação angustiosa da pessoa, revelando
sua falta de fé no cuidado e no amor paterno de
Deus (Ez 34.12; 1Pe 5.7).

4.2. O cuidado de Deus.


‘Se Deus assim veste a erva’ (Mt 6.30 - ARC). As
palavras deste versículo contêm a promessa de
Deus a todos os seus filhos nesta era de aflições
e incertezas. Deus prometeu tomar as
providências para o nosso alimento, vestuário e
demais necessidades. Não precisamos
preocupar-nos neste sentido, mas fazer nossa
parte, viver para Deus e deixá-lo cuidar de nossa
vida (Mt 6.33), certos de que assumirá a plena
responsabilidade por uma vida totalmente
entregue a Ele (1Pe 5.7; Fp 4.6).

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4.3. Buscando a Deus.
“Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça”
(Mt 6.33). Aqueles que seguem a Cristo são
conclamados a buscar acima de tudo o mais, o
reino de Deus e a sua justiça. O verbo ‘buscar’
subentende estar continuamente ocupado com a
busca de alguma coisa, ou fazendo um esforço
vigoroso e diligente para obter algo (Mt 13.45).
Cristo menciona dois objetos da nossa busca:
(1) ‘O Reino de Deus’ — devemos buscar
diligentemente a demonstração da soberania e do
poder de Deus em nossa vida e em nossas
reuniões. Devemos orar para que o reino de Deus
se manifeste no grandioso poder do Espírito
Santo para salvar pecadores, para destruir a
influência demoníaca, para curar os enfermos e
para engrandecer o nome do Senhor Jesus.

(2) ‘Sua justiça’ — com a ajuda do


espírito santo, devemos procurar
obedecer aos mandamentos de
Cristo, ter a sua justiça, permanecer
separados do mundo e demonstrar o
seu amor para com todos (Fp 2.12,13)”
(Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD).
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TOME NOTA
O caminho para a vitória sobre a ansiedade são
os seguintes:
1) Fé (Mt 6.30) - a confiança de que Deus
suprirá nossas necessidades.
2) O Pai (Mt 6.32) - saber que ele se preocupa
com seus filhos.
3) Primeiro (Mt 6.33) - colocar a vontade de
Deus em primeiro lugar em nossa vida a fim de
glorificá-lo. Se tivermos fé em nosso Pai e o
colocarmos em primeiro plano, ele suprirá
nossas necessidades.

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Sendo cautelosos nas


Opiniões

Subsídios Lição 11

LEITURA BÍBLICA Mateus 7.1-6

Sejam
VERSÍCULO CHAVE misericordiosos,
como também é
misericordioso o Pai
de vocês
(Lc 6.36 – NAA).

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O que Jesus queria dizer com a expressão NÃO
julgueis? O que significa julgar em Mateus 7.1? A
Bíblia proíbe todos os tipos de julgamentos? Aqui
buscaremos respostas para tais perguntas.

1. “NÃO JULGUEIS, PARA QUE NÃO


SEJAIS JULGADOS”(Mt 7.1 – ACF).
O que não significa o verbo julgar em Mateus
7.1:
(1) Não significa ‘avaliar’ as coisas, porque 1
Coríntios 2.15 afirma que a pessoa espiritual tem
a obrigação de avaliar todas as coisas.
(2) Não significa a atitude que as pessoas
responsáveis pelo bem-estar da congregação por
vezes devem adotar, disciplinando, ou mesmo
afastando, alguém que está fazendo mal à
comunidade. 1 Coríntios 5.1-5 trata de um caso
específico.
(3) Deve ser óbvio também que não diz respeito
ao ofício de um juiz, pois a função dele é
exatamente julgar, como sempre foi.
“Não julgueis, para que não sejais julgados”.
Uma tradução livre melhor seria: “Não
condene os outros, ou você mesmo será
condenado”.

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O verbo julgar (Mt 7.1) vem do grego krinô que
tem o sentido de ‘avaliar, distinguir’ e também de
‘julgar, condenar’.

A expressão não julgueis tem um sentido de


julgar com o objetivo de “sentenciar”, isto é,
condenar e proferir um castigo à altura. Os
versos 3 a 5 (Mateus 7) deixam claro que é entre
duas pessoas. Como nós não dispomos de todos
os fatores relevantes a dado caso (somente Deus
sabe tudo), não é de nossa competência passar
sentença sobre o outro. Esse tipo de julgamento
é da competência de Deus.

2. NÃO DEVEMOS JULGAR AS


MOTIVAÇÕES DOS OUTROS.
Podemos examinar suas ações e atitudes, mas
não julgar suas motivações, pois somente Deus
conhece o coração de cada um. É possível fazer
uma boa ação por motivos errados. Também é
possível falhar numa tarefa e ainda assim ter
motivações sinceras.

3. O ARGUEIRO E A TRAVE NOS


OLHOS? (Mt 7.3,4 - ACF).
“E por que reparas tu no argueiro que está no
olho do teu irmão, e não vês a trave que está no
teu olho?” (Mt 7.2 – ACF).

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Argueiro - A ideia é de
algo que pode causar As vezes o
irritação, ainda que pecado que os
pequeno.
Trave - é palavra que
homens mais
significa as traves sobre as censuram são
quais uma casa era os próprios
edificada. O argueiro é
usado para indicar um pecados que
pecado ou falha pequena da mais causam
parte de um irmão em
Cristo. A trave simboliza um problemas aos
pecado ou falha grave da críticos.
parte do censurador.

4. “TRÊS RAZÕES PARA NÃO JULGAR


[CONDENAR] AS PESSOAS (Mt 7.1).
Jesus dá três razões poderosas.
Em primeiro lugar, a maneira como tratamos os
outros definirá a maneira como eles nos tratam
(Mt 7.2).
Em segundo lugar, estar alertas às nossas
próprias faltas já é um trabalho suficiente (Mt
7.3-5). E, em terceiro lugar, se os outros não
valorizam o que você valoriza (‘Nem deiteis aos
porcos as vossas pérolas’ [Mt 7.6]), sua
condenação irá enfurecê-los ao invés de
convencê-los do pecado” (RICHARDS, Lawrence O.
Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2007).

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5. TOPOS DE JULGAMENTOS.
Esse mandamento de não julgarmos os outros
inclui as seguintes áreas:
✓ não deveríamos julgar motivos, pois só Deus
os pode ver;
✓ não deveríamos julgar pelas aparências (Jo
7.24; Tg 2.1-4);
✓ não deveríamos julgar os irmãos por causa de
comida (Rm 14.1-5);
✓ não deveríamos julgar o serviço de outro
cristão (1Co 4.1-5);
✓ não deveríamos julgar um companheiro
cristão falando mal dele (Tg 4.11-12).

6. JESUS NÃO PRETENDIA PROIBIR


TODO TIPO DE JULGAMENTO.
O versículo 6 de Mateus 7 confirma que Jesus
não pretendia proibir todo tipo de julgamento.
Ele alertou os discípulos a não dar coisas santas
aos cães ou lançar aos porcos as pérolas.

“Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis


aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que
as pisem com os pés e, voltando-se, vos
despedacem” (Mt 7.6).

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Mateus 7.6 - Cães e porcos se referem àqueles
que são inimigos do evangelho. Esses inimigos de
Deus serão rejeitados (Mt 15.14; 2 Co 6.14-18).
Essas pessoas são aquelas que, quando
apresentadas ao Evangelho, recebem-no com
desprezo e escárnio. Ensinar o Evangelho a essas
pessoas que não querem ouvir é tão inútil quanto
deitar pérolas aos porcos.

7. TIPOS DE JULGAMENTOS
PERMITIDOS.
O Novo Testamento contém muitos exemplos de
julgamentos legítimos da condição, da conduta ou
do ensinamento de outros. Além disso, há várias
áreas em que se ordena ao cristão tomar uma
decisão, para discernir entre o bom e o mau ou
entre o bom e o melhor. Alguns exemplos:
1. Quando surgem contendas entre cristãos, elas
deveriam ser acertadas na igreja perante
membros que podem decidir a questão (1 Co 6.1-
8).
2. A igreja local deve julgar pecados sérios dos
membros e tomar as devidas providências (Mt
18.17;1Co 5.9-13).
3. Os cristãos têm de julgar os ensinamentos
doutrinários dos ensinadores e pregadores
através da palavra de Deus (Mt 7.15-20; 1Co
14.29; l Jo 4.1).
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4. Os cristãos têm de discernir se os outros
realmente são cristãos a fim de obedecer à ordem
de Paulo em 2Coríntios 6.14.
5. Os membros da igreja precisam julgar quais
homens têm as qualificações necessárias para
serem líderes (1Tm 3.1-13).
6. Temos de discernir quais pessoas são
desordeiras, covardes, fracas etc., e tratá-las de
acordo com as instruções da Bíblia (1Ts 5.14).

Há espaço, então, para julgar as pessoas?


Sim, mas somente à maneira de Jesus: com
empatia e justiça (Mt 7.12), e com a
intenção de perdoar totalmente (Mt
6.12,14).
Quando tivermos de corrigir
alguém, devemos agir como
um bom médico, cujo objetivo
é curar o paciente, não atacá-
lo como a um inimigo.

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A bondade de Deus em
nos atender

Subsídios Lição 12

LEITURA BÍBLICA Mateus 7.7-20

Ora, se vocês, que


são maus, sabem
VERSÍCULO CHAVE dar coisas boas aos
seus filhos, quanto
mais o Pai de vocês,
que está nos céus,
dará coisas boas aos
que lhe pedirem?
(Mt 7.11 – NAA).

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Em nossa leitura Bíblia (Mt 7.7-20), nós vemos a
bondade de Deus em atender as nossas orações
(Mt 7.1-12), o ensino sobre os dois caminhos (Mt
7.13,14) e a advertência acerca dos falsos
profetas (Mt 7.15-20).

1. O QUE É A BONDADE DE DEUS?


A bondade de Deus é o atributo pelo qual Ele lida
generosa e delicadamente com todas as suas
criaturas. Ele é “bom para todos” (Sl 145.9).
A bondade de Deus para com Suas criaturas em
geral pode ser definida como a perfeição de Deus
que O leva a tratar benévola e generosamente
todas as Suas criaturas.
Os salmos muitas vezes afirmam que o SENHOR
é bom (Sl 100.5) ou exclamam; "Deem graças ao
SENHOR porque ele é bom" (Sl 106.1; 107.1).

Tudo quanto Deus criou originalmente era bom,


era uma extensão da sua própria natureza (Gn
1.4,10,12,18,21,25,31). Ele continua sendo bom
para sua criação, ao sustentá-la, para o bem de
todas as suas criaturas (Sl 104.10-28; 145.9.
Ele cuida até dos ímpios (Mt 5.45; At 14.17).
Deus é bom, principalmente para os seus, que o
invocam em verdade (Sl 145.18-20).

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Deus é a fonte da bondade, porque Ele é bom (Na
1.7; Ed 3.11), e toda dádiva dele é boa (Tg 1.17).
Ele é bom e faz questão de ser conhecido por
isso: “Provai e vede que o Senhor é bom; bem-
aventurado o homem que nele confia” (Sl 34.8).

1.1. Bondade: um atributo de Deus.


A bondade de Deus é o atributo em razão do qual
ele concede vida e outras bênçãos às suas
criaturas. (Sl 25.8; Naúm 1.7; Sl 145.9;Rm 2.4;
Mt 5.45; Sl 31.19; Atos 14.17; Sl 68.10; 85.5).

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2. APRENDENDO A DEPENDER DA
BONDADE DE DEUS (Mt 7.7,8).
Depender de Deus não significa tornar-nos
irresponsáveis e deixar de cumprir nossas
obrigações, achando que todas as coisas se
resolverão sem a nossa iniciativa. Convém
lembrar que o Pai, em sua soberania, tomou as
providências para que os princípios gerais que
regem a vida ficassem registrados nas páginas da
Bíblia (ver 2Tm 3.16). Assim, já sabemos de
antemão que, se seguirmos na direção contrária
ao que Ele determinou, sofreremos as
consequências (Êx 19.3-6).

‘Pedir, Buscar, Bater’ (Mt 7.7,8). Jesus


estimulava a perseverança na oração. Os tempos
dos verbos gregos do versículo 8 indicam
continuidade. Devemos continuar a pedir, a
buscar e a bater.
1. Pedir.
Três expressões significativas aparecem nos
vv.7,8 para ressaltar a estratégia da
dependência. A primeira delas é pedir. Isto não
significa que Deus não saiba o que nos convém
(Mt 6.7,8), mas estabelece uma relação filial
mediante a qual sabemos que ele está sempre
pronto para atender os nossos pedidos (Mt
21.22).
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Demonstra, por outro lado, que nenhuma
restrição nos é imposta em nossa relação pessoal
com o Pai. A qualquer momento as portas do céu
estão abertas para aqueles que, confiantemente,
se achegam ao trono da graça, onde encontram
guarida sob as asas do Altíssimo (ver Sl 34.15;
1Pe 3.12).
2. Buscar.
Todas as vezes que buscarmos ao Senhor de todo
o nosso coração vamos encontrá-lo de braços
abertos para tratar amorosamente conosco (ver
Sl 37.28; Hb 13.5).

Àqueles que se dispõem a buscar, o Senhor


jamais se negará a atendê-los. Não é preciso
marcar audiência, nem esperar horas e horas na
fila, enquanto outros estão sendo atendidos, ou
voltar outro dia porque o horário de atendimento
tenha chegado ao fim. Agora mesmo temos
liberdade de acesso à presença de Deus (cf. Sl
121.4; Jo 5.17).
3. Bater.
A terceira expressão que trata do mesmo
princípio — a dependência divina — é bater. Esta
sequência de termos, no grego, é um recurso
poético que determina a certeza da
disponibilidade de Deus em nosso favor, de modo
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que, se estivermos dispostos a depender dEle,
nunca seremos decepcionados, mesmo que em
alguns momentos tenhamos a impressão de que
as coisas não saíram tão bem como esperávamos
(2Cr 7.11-15).

O aparente fracasso de hoje é apenas uma etapa


do processo vitorioso que Deus já determinou
para aqueles que buscam o caminho da
dependência divina.
3. DOIS CAMINHOS DUAS PORTAS;
UMA ESCOLHA (Mt 7.13,14)
3.1. Uma metáfora conhecida.
Desde os tempos do Antigo Pacto, a imagem dos
dois caminhos é muito conhecida (Dt 11.26,28;
30.11-20; Sl 1.6; 119.29,30; Jr 21.8). Trata-se de
um recurso linguístico apropriado para se
demonstrar a impossibilidade de se andar,
simultaneamente, nos dois caminhos, ou de se
pensar que possa existir um “terceiro caminho”.

O raciocínio é simples, se o caminhante está em


um não pode, automaticamente, estar no outro.
O uso do plural também é recorrente e
abundante, mas de igual forma, há caminhos do
Senhor e há caminhos da perdição, isto é,
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existem apenas dois tipos de caminho (Dt 8.6;
10.12; 19.9; 26.17; 28.9; 32.4; Jz 2.19; 5.6; 1Rs
15.26; 2Rs 17.13).
3.2. A metáfora da porta.
O Mestre utilizou a metáfora da porta para dizer
aos seus discípulos que Ele era a “porta das
ovelhas” (Jo 10.7) e reiterou: “Eu sou a porta; se
alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e
sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9).

A indicação é oportuna, sobretudo, se nos


lembrarmos da lição passada que falou acerca de
“bater” (Mt 7.7,8). Só se bate em uma porta, e
essa porta que abre passagem para outra
realidade, é o próprio Mestre e não algum
conhecimento teórico de que alguns se acham
proprietários (Lc 11.52). Quem se dirige a essa
“Porta”, certamente encontrará a liberdade que
procura (Jo 10.9).

3.3. A metáfora do caminho.


Jesus igualmente ensinou que Ele era o
Caminho (Jo 14.6). O Mestre é a porta e o
caminho que conduz ao Pai. Não existe qualquer
subterfúgio ou atalho, é preciso comprometer-se
em entrar por Ele, caminhar nEle e assim
permanecer até o destino final (Mt 24.13).
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3.4. A opção pela porta estreita.
São poucos os que decidem por entrar pela porta
estreita e andar pelo caminho apertado (v.14). A
justiça do Reino exige renúncia. Mesmo tendo
razão, abrir mão de si em favor dos outros, amar
os inimigos e não retribuir o mal, ser rejeitado
até mesmo pela família por causa da fé e assim
por diante (Mt 5.20; Lc 14.25-27,33; Jo 15.18-
21; 16.1-3, etc.). Em outras palavras, abrir mão
de seguir o fluxo para tornar-se discípulo exige
uma decisão radical.

3.5. Porta larga e caminho espaçoso.


Sob qualquer ângulo que se analisar, é muito
mais fácil que, entre uma porta larga e outra
estreita e entre um caminho espaçoso e outro
apertado, o caminhante opte pelos primeiros (Mt
7.13). O “normal” é seguir a multidão que, pelo
próprio “tamanho” da porta e a largueza do
caminho, é a maioria.

No ensinamento de Jesus, tais metáforas


representavam a religiosidade oficial de Israel
que, com todo o seu legalismo, era
incomparavelmente mais “fácil” de seguir que a
justiça do Reino (Mt 15.14; Lc 11.52).

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3.6. O destino final da porta larga e do
caminho espaçoso.
Não obstante, serem a porta larga e o caminho
espaçoso mais convidativos, o destino final de
ambos é trágico, pois “conduz à perdição” (v.13).
Muitos, porém, ignorando o destino, valorizam a
facilidade do trajeto. Isso porque, no momento da
peregrinação, não há necessidade alguma de
renunciar a nada, e a aceitação popular acaba
falando mais alto. Todavia, ao final a perdição
será eterna (Lc 12.4-12; Mt 10.16-30).

4. ADVERTÊNCIA ACERCA DOS


FALSOS PROFETAS.
Os falsos profetas exteriormente parecem justos,
mas interiormente são lobos devoradores (Mt
7.15). Eles devem ser identificados pelos seus
frutos.
Os frutos dos falsos mestres consistem,
principalmente, no caráter dos seus seguidores
(1 Jo 4.5,6).
O falso profeta ou mestre produzirá discípulos
que manifestarão as seguintes características:
(1) serão cristãos professos, cuja lealdade é
dedicada mais a indivíduos do que à Palavra de
Deus (Mt 7.21).
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Honram e servem a criatura mais do que ao seu
Criador (Rm 1.25).
(2) Serão seguidores que se ocupam mais com
seus próprios desejos do que com a glória e a
honra de Deus. Sua doutrina será mais
antropocêntrica do que teocêntrica (vv. 21-23; 2
Tm 4.3).
(3) Serão discípulos que aceitam doutrinas e
tradições dos homens, mesmo que isso
contradiga a Palavra de Deus (vv. 24-27; 1 Jo
4.6).
(4) Serão seguidores que buscam mais as
experiências religiosas e as manifestações
sobrenaturais do que a Palavra de Deus e seus
padrões de justiça. A sua experiência religiosa ou
manifestações espirituais são a sua autoridade
final quanto a autenticidade da verdade (Mt 7.
22,23), e não todo o conselho da Palavra de
Deus.
(5) Serão seguidores que não suportarão a sã
doutrina, mas procurarão mestres que lhes
ofereçam a salvação, em conjunto com o
caminho largo da injustiça (Mt 7.13,14, 23; ver 2
Tm 4.3).

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A verdadeira
identidade do cristão

Subsídios Lição 13

LEITURA BÍBLICA Mateus 7.21-27

Nem todo o que me


diz: Senhor, Senhor!
VERSÍCULO CHAVE entrará no reino dos
céus, mas aquele
que faz a vontade de
meu Pai, que está
nos céus (Mt 7.21 –
ACF).

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A palavra identidade significa conjunto das
qualidades e das características particulares de
uma pessoa que torna possível sua identificação
ou reconhecimento. O que nos identifica como
verdadeiros cidadãos dos céus (Filipenses 3.20),
não são apenas palavras, mas sim, a prática dos
ensinamentos da Palavra de Deus, conforme
Mateus 7.21 e Tiago 1.22.

1. TERMOS BÍBLICOS QUE


DEMONSTRAM A IDENTIDADE DO
CRISTÃO VERDADEIRO.
Os servos do Senhor Jesus são identificados por
vários termos, vejamos alguns.
1.1. Povo de Deus (1Pd 2.10 - ARC).
Fomos comprados por bom preço, por
conseguinte pertencemos a Deus (1Pd 1.18,19;
1Co 6.20).
1.2. Santos (Rm 1.17; 1Pd 1.15; Hb 12.14).

O crente é santo no sentido de ter


sido separado do mundo e do
pecado para servir ao Senhor com
alegria (Sl 100.2).

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A palavra grega para mundo é kosmos. Ela
tem três diferentes significados no Novo
Testamento. Observe: o mundo físico criado por
Deus, o planeta em que vivemos (Mt 13.35; At
17.24); a humanidade em geral, objeto do amor
sacrificial de Deus para salvação (Jo 3.16) e o
sistema dominante que se opõe a Deus (Mt
16.26; Jo 14.17; 15.18).
1.3. Crentes.
A mãe do auxiliar ministerial do Apóstolo Paulo,
o Timóteo, era crente (At 16.1 – ACF). Abraão foi
chamado de crente (Gl 3.9 – ACF).
O termo crente para identificar um seguidor
de Jesus, não significa apenas acreditar, mas ser
fiel a Deus e viver em contínua obediência e
dedicação ao Senhor.
1.4. Irmãos.
Os primeiros seguidores do Senhor Jesus Cristo,
eram chamados de irmãos, conforme Atos 6.3.
De fato, nós seguidores de Cristo temos o mesmo
Pai, logo somos irmãos (João 1.11,12; Gálatas
3.26).
Além dos termos usados para nos identificarmos
como verdadeiros seguidores de Jesus Cristo,
precisamos ser obedientes ao Senhor e
fundamentar as nossas vidas nos ensinamentos
Bíblicos (Tg 1.21; Mt 7.21; Mt 7.24-27).
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2. O CRENTE FALSO E O CRENTE


VERDADEIRO.
2.1. A prova de qualidade.
“Cristo, depois de falar acerca dos dois
caminhos, apresenta o contraste entre as duas
classes de árvores: o crente que verdadeiramente
tem a vida espiritual e o que tem somente a
aparência.
Há duas provas de qualidades de árvores:
(1) Pelo fruto (Mt 7.20; 15.19; Pv 4.23; Is
61.3; Gl 5.22,23).
Uvas produzidas em lugares mais favoráveis são
mais saborosas, mas não há sol, nem solo, que
possam fazer o espinheiro produzir uvas. Não há
esperança de reformação no mundo a não ser
por meio de um coração novo.

Note-se que não são somente as árvores com


maus frutos, mas também àquelas sem fruto,
que serão lançadas no fogo (Mt 7.19).
(2) Pela doutrina.
‘Falsos profetas’ (Mt 7.15) são aqueles com
doutrina diferente da de Cristo. Veja Mateus
24.11. Temos de julgar tanto pela doutrina como
pelo fruto da vida. (Espada Cortante, CPAD).

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2.2. O compromisso com a ética do Reino.
Por isso o Senhor destaca que a aparente
espiritualidade de alguém não significa
essencialmente compromisso com a ética do
Reino (Mt 7.21,23). Pronunciar o seu nome e agir
sob sua autoridade não é a garantia de que haja
vínculo com o Senhor da obra, pois uma pessoa
pode estar falando por Ele e, ao mesmo tempo,
não produzir os bons frutos que qualificam a
procedência e pelos quais se conhece a “boa
árvore”.

Aqui o Senhor se reporta aos falsos profetas


mencionados na lição anterior que se declaram
arautos do Altíssimo, realizam milagres e
maravilhas, mas não terão parte no Reino
porque praticam a iniquidade.
Por que acontecem essas intervenções
sobrenaturais, se tais homens não vivem na
verdade?
O inimigo é capaz de feitos extraordinários com o
propósito de enganar e tentar confundir as
pessoas que vivem de um lado para outro em
busca de “espetáculo espiritual” (At 16.16-19).
Assim, para Deus o que prevalece é o
compromisso com os princípios do Reino, e não
os aparentes sinais exteriores de espiritualidade
(Lições bíblicas jovens e adultos, 2º Trimestre de 2001 – CPAD).

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3. UMA CONDIÇÃO PRÉVIA ESSENCIAL PARA
A ENTRADA NO REINO DOS CÉUS
“Aquele que faz a vontade de meu Pai’ (Mt 7.21).
Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a
vontade do seu Pai celestial é uma condição
prévia essencial para a entrada no reino dos céus
(Mt 7.22-25; 19.16-26; 25.31-46). Isto, no
entanto, não significa que a pessoa pode ganhar
ou merecer a salvação mediante seus próprios
esforços ou obras. Isto é verdadeiro pelas
seguintes razões:
(1) O perdão divino o homem obtém mediante a
fé e o arrependimento, concedidos pela graça de
Deus e a morte vicária de Cristo por nós (Mt
26.28; Lc 15.11-32; 18.9-14).
(2) A obediência à vontade de Deus, requerida
por Cristo, é uma condição básica conducente à
salvação, mas Cristo também declara ser ela
uma dádiva ligada à salvação dentro do reino.
Embora seja a salvação uma dádiva de Deus, o
crente deve buscá-la continuamente; recebê-la e
evidenciá-la mediante uma fé sincera e decidido
esforço. Esse fato é visto na oração dominical
(Mt 6.9-13) e nas muitas exortações para que o
crente mortifique o pecado e se apresente a
Deus como sacrifício vivo (Rm 6.1-23; 8.1-17;
12.1,2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD).

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O verdadeiro teste do discipulado é a


obediência. Nem mesmo a pregação e a
operação de milagres em Nome de
Jesus Cristo prova que uma pessoa é
aceita diante de Deus.

Os verdadeiros seguidores de Jesus não irão


apenas ouvir as Suas palavras, mas praticá-
las, permitindo que a mensagem faça diferença
em sua vida.

Jesus está mais interessado em nosso


“caminhar” do que em o nosso “falar”. Ele quer
que seus seguidores pratiquem o que é certo, e
não que falem simplesmente as palavras
certas. A nossa casa (que representa a nossa
vida) só suportará as tempestades da vida se
fizermos o que é correto ao invés de
simplesmente falarmos sobre o que é correto
(Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal –
CPAD).

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Estudos Bíblicos e
Teológicos 118 -166
Página

A Bondade de Deus e existência


do mal e do sofrimento

O Inferno é a sepultura ou um
lugar de tormento consciente?

A Lei do Antigo Testamento


A relação do cristão com a
lei
O PROBLEMA dos
evangelhos SINÓTICOS
TÚNEL DO TEMPO: Início da
Governo Eclesiástico ESCOLA DOMINICAL
Onde Habitam os Anjos
Caídos?
O MINISTÉRIO DE MESTRE
OU DOUTOR NA IGREJA
O PROFESSOR E O PREPARO DA
O SERMÃO DO MONTE AULA DA ESCOLA DOMINICAL
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A Bondade de Deus e
existência do mal e do
sofrimento
A bondade de Deus é o atributo em razão do qual
ele concede vida e outras bênçãos às suas
criaturas. (Sal. 25:8; Naúm 1:7; Sal. 145:9;Rom.
2:4; Mat. 5:45; Sal. 31:19; Atos 14:17; Sal.
68:10; 85:5.)

Para certas pessoas a existência do mal e do


sofrimento apresenta um obstáculo à crença na
bondade de Deus.
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"Por que um Deus de amor criou um mundo


cheio de sofrimento?" perguntam alguns. As
considerações seguintes poderão esclarecer o
problema:

1) Deus não é responsável pelo mal.


Se um trabalhador descuidado jogar areia numa
máquina delicada, deve-se responsabilizar o
fabricante? Deus fez tudo bom mas o homem
danificou a sua obra. Praticamente todo o
sofrimento que há no mundo é conseqüência da
desobediência deliberada do homem.

2) Sendo Deus Todo-poderoso, o mal


existe por sua permissão.
Nem sempre podemos compreender porque ele
permite o mal, pois os seus caminhos são
inescrutáveis. Ao extremamente curioso ele diria:
"Que tens tu com isso? Segue-me tu." No
entanto, podemos compreender parte dos seus
caminhos — o suficiente para saber que ele não
erra.

Assim escreveu Stevenson, notável autor: "Se eu,


através do buraquinho de guarita, puder enxergar com
os meus olhos míopes minúscula fração do universo, e
ainda receber no meu próprio destino algumas
evidências dum plano e algumas evidências
duma bondade dominante, seria eu, então,
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tão insensato a ponto de queixar-me de não
poder entender tudo?
Não deveria eu sentir surpresa infinita e grata,
pelo fato de, em um empreendimento ao vasto,
poder eu entender algo, por pouco que seja, e
fazer com que este pouco inspire minha fé?“

3) Deus é tão grande que pode fazer o


mal cooperar para o bem.
Recordemos como dominou a maldade dos
irmãos de José, e de Faraó, e de Herodes, e
daqueles que rejeitaram e crucificaram a Cristo.
Acertadamente disse um erudito da antiguidade:
"Deus Todo-poderoso não permitiria, de maneira
alguma, a existência do mal na sua obra se não
fosse tão onipotente e tão bom que até mesmo do
mal ele pudesse operar o bem." Muitos cristãos
já saíram dos fogos do sofrimento com o caráter
purificado e a fé fortalecida. O sofrimento os tem
impelido ao seio de Deus. O sofrimento foi a
moeda que comprou o caráter provado no fogo.
4) Deus formou o universo segundo
leis naturais, e estas leis implicam a
possibilidade de acidentes.
Por exemplo, se a pessoa descuidada ou
deliberadamente se deixar cair em um precipício,
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essa pessoa sofrerá as consequências de ter
violado a lei da gravidade. Mas, ao mesmo
tempo, estamos satisfeitos com estas leis, pois de
outra forma o mundo estaria num estado de
confusão.

5) É bom lembrar sempre que tal não é


o estado perfeito das coisas.
Deus tem em reserva outra vida e uma época
futura em que mostrará a razão de todos os seus
tratados e ações. Visto que ele opera segundo a
"Hora Oficial Celestial", às vezes pensamos que
ele esteja tardando, mas "bem depressa" fará
justiça a seus escolhidos. (Luc. 18:7, 8.)

Não se deve julgar a Deus


enquanto não descer a
cortina sobre a última cena
do grande Drama
dos Séculos. Então veremos
que "Ele tudo fez bem".
Artigo: Pr. Myer Pearlman

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O Inferno é a sepultura
ou um lugar de tormento
consciente?
Leitura Bíblica: Mateus 5.29:

“Portanto, se o teu olho direito te


escandalizar, arranca-o e atira-o para
longe de ti; pois te é melhor que se perca
um dos teus membros do que seja todo o
teu corpo lançado no inferno”.
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PROBLEMA:
Em Mateus 5:29 Jesus refere-se ao "corpo" sendo
"lançado no inferno", e o salmista fala de "ossos"
sendo "espalhados à boca do Seol [inferno]" (SI
141:7, R-IBB).

Jacó falou que suas "cãs" desceriam ao inferno


[Seol] (Gn 42:38; cf. 44:29,31, R-IBB).
Entretanto, Jesus referiu-se ao inferno como um
lugar para o qual a alma vai depois da morte,
ficando conscientemente em tormentos (Lc
16:22-23).

O "inferno" é apenas a sepultura, como as


Testemunhas de Jeová e algumas outras seitas
ensinam?

SOLUÇÃO:
A palavra hebraica sheol, traduzida em algumas
versões como inferno, ou transliterada como Seol
ou Xeol, é traduzida também como "sepultura"
(como na ARA, na EC e na SBTB) ou "cova".

Ela significa apenas "o mundo


invisível" e pode referir-se tanto à sepultura,
onde o corpo fica fora da visão depois do enterro,
como ao mundo espiritual, que é invisível aos
olhos mortais.

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No AT, sheol é usada frequentemente
significando sepultura, já que indica o lugar para
onde "ossos" (SI 141:7) e "cãs" (Gn 42:38) vão
após a morte. Até mesmo a ressurreição do corpo
de Jesus é dita como sendo do "hades" [inferno]
(isto é, da sepultura) (At 2:30-31, R-IBB), onde
sua carne não viu a corrupção.

Conquanto possa haver no AT algumas alusões


ao "inferno" como um mundo espiritual (Pv 9:18;
Is 14:9, R-IBB), o "inferno" (em grego: hades) é
descrito claramente no NT como um lugar de
espíritos que já partiram (almas).

Anjos lá estão (2 Pe 2:4), e eles não têm corpos.


Seres humanos que não se arrependeram estão
lá em conscientes tormentos após sua morte, e
os seus corpos estão enterrados (Lc 16:22-25).

No fim aqueles que estiverem no inferno serão


lançados no lago de fogo com o diabo, onde
"serão atormentados de dia e de noite, pelos
séculos dos séculos" (Ap 20:10,14-15).

Jesus falou muitas vezes do inferno como sendo


um lugar de tormentos conscientes e eternos (cf.
Mt 10:28; 11:23; 18:9; 23:15; Mc 9:43,45,47; Lc
12:5; 16:23).
Artigo: Pr. Norman Geisler

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Governo
Eclesiástico
A falta de conhecimento do modo de exercer o
governo da Igreja tem trazido sérios problemas,
tanto a ela como aos seus pastores.

Há ministros que copiam formas de governo


mundanas para, através delas, governarem a
Igreja de Deus, isso nunca poderá dar bons
resultados. A única forma para dirigir e governar
a Igreja está na Bíblia, a Palavra de Deus.

Jesus é o único legislador para a Igreja - não


resta dúvida de que Cristo é o cabeça da Igreja:
não só no sentido de Igreja Universal, mais
também no de igrejas locais.

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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
Pela ressurreição, Ele foi constituído cabeça da
Igreja que é o Seu corpo: a cabeça é a parte
superior do corpo e é ela que governa. Assim é
Cristo em relação à Igreja (Ef 1.22; 4.15; 5.23; Cl
1.18; 2.10), por isso Ele é também o único
legislador para a Igreja. A ninguém cabe o direito
de criar doutrinas, leis e dogmas que não
estejam claramente explícitas na Bíblia.

O governo da Igreja não é:


■ Democracia - governo do povo (onde são
colocados e tirados os governantes, e os elege por
meio de votos, através de propaganda, muitas
vezes desonesta);

■ Ditadura - onde apenas um homem faz e


desfaz tudo que quer, mas a Igreja de Cristo
quem dirige é sua cabeça, que é Cristo.
O governo da Igreja é:
■ Teocrático - isto é, governo de Deus, onde
o poder e as leis emanam de Deus: o ensino é de
Deus, a doutrina é de Deus e o seu código é a
Bíblia, a Palavra de Deus. Os ministros são
eleitos por Deus e são dados à Igreja por Deus.
Algumas igrejas se jactam de terem o seu
governo baseado no sistema democrático, mas
nós damos graças a Deus pelo governo
teocrático.
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Governo da Igreja na terra.
Na terra, Deus usa os seus ministros, o qual
escolhe e capacita com dons e os dá à Igreja,
para governá-la. Tudo feito através de Cristo, o
cabeça da Igreja. Os ministros operam com o
poder e na direção do Espírito Santo, que é o
guia no governo da Igreja. Na lista dos dons
ministeriais está escrito que Deus pôs governo
na Igreja (lCo 12.28; Rm 12.8). O governo da
igreja na terra é executado pelo corpo de
ministros.
Uma igreja cristã é uma sociedade com vida
coletiva, organizada de conformidade com algum
plano definido, adaptado a algum propósito
estabelecido, que ela propõe realizar. Por
conseguinte, conta com seus oficiais e
ordenanças, suas leis e regulamentos,
apropriados para a administração de seu governo
e para o cumprimento de seus propósitos.
TRÊS FORMAS ESPECIAIS E LARGAMENTE
DIFERENTES DE GOVERNO ECLESIÁSTICO
Existem três formas especiais e largamente
diferentes de governo eclesiástico, que tem obtido
prevalência nas comunidades cristãs através dos
séculos passados, e que continua sendo mantida
com diferentes graus de sucesso, cada uma das
quais reivindicando ser a forma original e
primitiva.
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(1) Episcopal ou Prelatícia.


Forma em que o poder de governar descansa nas
mãos de prelados ou bispos diocesanos, e no
clero mais alto; tal como sucede nas igrejas
romanas, grega, anglicana, e na maior parte das
igrejas orientais.

Os defensores desta forma de governo declaram


que Cristo, como o cabeça da Igreja, tenha
confiado o controle da Igreja na terra a uma
ordem de oficiais chamados bispos que seriam os
sucessores dos apóstolos. É a silhueta1 mais
antiga de governo de Igreja local. Episcopal vem
do termo grego “episkopos”, que significa
“supervisor”, a tradução mais frequente desse
termo é “bispo” ou “superintendente”.

(2) Presbiteriana ou Oligárquica.


Forma em que o poder de governar reside nas
assembleias, sínodos, presbitérios e sessões; é o
que sucede na Igreja escocesa, luterana, e nas
várias igrejas presbiterianas. Esse sistema tem
um controle menos centralizado que o modelo
episcopal confia na liderança de representação.
Seus escolhidos (geralmente escolhidos por
eleição) para ser representantes diante da Igreja
lideram nas atividades normais da vida cristã
(adoração, doutrina e administração).

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O perfil presbiteriano de constituição eclesiástica
deriva seu nome do ministério bíblico
presbuteros (presbítero, ancião). Normalmente na
forma de governo presbiteriana, a Igreja é regida
por níveis.

(3) Congregacional ou Independente.


Como o próprio nome sugere seu enfoque de
autoridade recai sobre a congregação, sobre o
próprio corpo local de crentes.

Nesta forma cie governo a entidade pratica o


autogoverno, pois cada Igreja individual e local
administra seu próprio governo mediante a voz
da maioria de seus membros; é o que acontece
entre os batistas, os congregacionais, os
independentes, e alguns outros grupos
evangélicos. Esse sistema e o que dá mais
autoridade para os membros comuns da Igreja. É
o que mais se aproxima da democracia pura.

Neander, destacado historiador, diz a respeito do


período “As igrejas eram
primitivo:
ensinadas a se governarem por si
mesmas”. “Os irmãos escolhiam seus
próprios oficiais dentre seu próprio
número”.
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“No tocante à eleição de oficiais eclesiásticos,
o princípio antigo continuou sendo seguido:
o consentimento da comunidade era
necessário para a validade de
qualquer eleição semelhante, e cada
membro tinha a liberdade de
oferecer razões por sua oposição”.
Moshiem diz a respeito do primeiro século:
“Naqueles tempos primitivos, cada Igreja cristã
era composta do povo, dos oficiais presidentes, e
dos assistentes ou diáconos. Essas devem ser as
partes componentes de cada sociedade.
A voz principal pertencia ao povo, ou seja, a todo
o grupo de cristãos”. “O povo reunido, por
conseguinte, elegia seus próprios governantes e
mestres”.
A respeito do segundo século, ele acrescenta:
“Um presidente, ou bispo, preside sobre cada
Igreja. Ele era criado pelo voto comum do povo”.
“Durante uma grande parte desse século, todas
as igrejas continuaram sendo como no princípio,
independentes umas das outras, cada Igreja era
uma espécie de pequena república independente,
governando-se por suas próprias leis, baixadas,
ou pelo menos aprovadas pelo povo”.
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O SERMÃO
DO MONTE
“Arrependei-vos, porque é chegado
o Reino dos céus”. Esse foi o clamor
de Jesus ao iniciar Seu ministério
público na Galiléia (Mt 4.17).
Sua mensagem rapidamente se espalhou, e
grandes multidões vieram ouvi-lo da Galiléia, de
toda Síria e de Decápolis, e também de
Jerusalém, da Judéia e dalém do rio Jordão (Mt
4.24,25). Todos iam a Ele para ouvir sobre o
Reino; Jesus, em vez disso, falava sobre o estilo
de vida daqueles que queriam viver no Reino.

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O Sermão do Monte contém a essência


do ensinamento moral e ético de
Jesus:
As bem-aventuranças (Mt 5.3-12).
A verdadeira felicidade vem de olharmos a vida
do ponto de vista de Deus, que é sempre
diferente do ponto de vista humano.

Sal e luz(Mt 5.13-16).


Jesus quer que Seus discípulos influenciem o
ambiente moral e espiritual do mundo.
Os princípios do Reino (Mt 5.17-48). Aqueles que
ouviam Jesus conheciam a Lei e as diversas
tradições que gerações de rabinos acrescentaram
a ela. Mas Jesus revelou um princípio espiritual
que ia muito mais além da letra da Lei.
Disciplinas espirituais (Mt 6.1-18).
Praticar a religião certamente tem a ver com o
comportamento, mas vai muito além da
religiosidade, abarcando a qualidade do caráter.
Tesouros na terra (Mt 6.19-34).
A maneira de lidar com o dinheiro e com os bens
materiais revela muito sobre o relacionamento
com Deus. Jesus não criticou os bens materiais,
mas foi bem firme ao dizer que a última coisa
que Seus ouvintes deveriam valorizar eram os
tesouros da terra.
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Julgando o certo e o errado (Mt 7.1-6).
A maioria de nós é rápida em apontar os defeitos
dos outros. Mas Jesus nos advertiu a prestarmos
mais atenção aos nossos próprios defeitos.

Pedindo e recebendo (Mt 7.7-12).


Quando buscamos a Deus para lhe pedir algo,
devemos ter sempre a certeza de que Ele nos
tratará como um pai amoroso trata seu filho. E
já que Deus nos trata com amor, Ele espera que
tratemos os outros assim também.

Um desafio a obediência (Mt 7.13-29).


Jesus conclui Sua mensagem com um desafio à
mudança. As opções que Ele nos dá são muito
ter um estilo de vida digna do
claras:
Reino, cheia de alegria e esperança,
ou desprezar Seu estilo de vida, o
que nos levará à morte e à ruína.

É assim que Jesus descreve o


estilo de vida do Reino de Deus
no sermão do Monte.

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A Lei do Antigo
Testamento
Êx 20.1,2 “Então, falou Deus todas
estas palavras, dizendo: Eu sou o
SENHOR, teu Deus, que te tirei da
terra do Egito, da casa da
servidão.”
Um dos aspectos mais importantes da
experiência dos israelitas no monte Sinai foi o de
receberem a lei de Deus através do seu líder,
Moisés.

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A Lei Mosaica (hb. torah, que significa “ensino”),
admite uma tríplice divisão:
(a) a lei moral, que trata das regras
determinadas por Deus para um santo viver (Êx
20.1-17);

(b) a lei civil, que trata da vida jurídica e social


de Israel como nação (Êx 21.1 — 23.33); e

(c) a lei cerimonial, que trata da forma e do


ritual da adoração ao Senhor por Israel, inclusive
o sistema sacrificial (Êx 24.12 — 31.18).

Note os seguintes fatos no tocante à natureza e à


função da lei no Antigo Testamento.
(1) A lei foi dada por Deus em virtude do
concerto que Ele fez com o seu povo.
Ela expunha as condições do concerto a que o
povo devia obedecer por lealdade ao Senhor
Deus, a quem eles pertenciam. Os israelitas
aceitaram formalmente essas obrigações do
concerto.
(2) A obediência de Israel à lei devia
fundamentar-se na misericórdia redentora de
Deus e na sua libertação do povo (19.4).
(3) A lei revelava a vontade de Deus quanto a
conduta do seu povo (Êx 19.4-6; 20.1-17; 21.1—
24.8) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a
expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33).

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A lei não foi dada como um meio de salvação
para os perdidos. Ela foi destinada aos que já
tinham um relacionamento de salvação com
Deus (Êx 20.2). Antes, pela lei Deus ensinou ao
seu povo como andar em retidão diante dEle
como seu Redentor, e igualmente diante do seu
próximo.
Os israelitas deviam obedecer à lei mediante a
graça de Deus a fim de perseverarem na fé e
cultuarem também por fé, ao Senhor
(Dt 28.1,2; 30.15-20).
(4) Tanto no AT quanto no NT, a total
confiança em Deus e na sua Palavra (Gn 15.6),
e o amor sincero a Ele (Dt 6.5), formaram o
fundamento para a guarda dos seus
mandamentos. Israel fracassou exatamente
nesse ponto, pois constantemente aquele povo
não fazia da fé em Deus, do amor para com Ele
de todo o coração e do propósito de andar nos
seus caminhos, o motivo de cumprirem a sua lei.
Paulo declara que Israel não alcançou a justiça
que a lei previa, porque “não foi pela fé” que a
buscavam (Rm 9.32).
(5) A lei ressaltava a verdade eterna que a
obediência a Deus, partindo de um coração
cheio de amor (Gn 2.9; Dt 6.5 nota) levaria a
uma vida feliz e rica de bênçãos da parte do
Senhor (Gn 2.16 nota; Dt 4.1,40; 5.33; 81; Sl
119.45; Rm 8.13; 1Jo 1.7).
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(6) A lei expressava a natureza e o carácter de
Deus, i.e., seu amor, bondade, justiça e repúdio
ao mal. Os fiéis israelitas deviam guardar a lei
moral de Deus, pois foram criados à sua imagem
(Lv 19.2).

(7) A salvação no AT jamais teve por base a


perfeição mediante a guarda de todos os
mandamentos. Inerente no relacionamento entre
Deus e Israel, estava o sistema de sacríficios,
mediante os quais, o transgressor da lei obtinha
o perdão, quando buscava a misericórdia de
Deus, com sinceridade, arrependimento e fé,
conforme a provisão divina expiatória mediante o
sangue.

(8) A lei e o concerto do AT não eram


perfeitos, nem permanentes. A lei funcionava
como um tutor temporário para o povo de Deus
até que Cristo viesse (Gl 3.22-26). O antigo
concerto agora foi substituído pelo novo
concerto, no qual Deus revelou plenamente o seu
plano de salvação mediante Jesus Cristo (Rm
3.24-26).

9) A lei foi dada por Deus e acrescentada à


promessa “por causa das transgressões” (Gl
3.19); i.e., tinha o propósito:
(a) de prescrever a conduta de Israel;
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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
(b) definir o que era pecado;
(c) revelar aos israelitas a sua tendência inerente
de transgredir a vontade de Deus e de praticar o
mal, e
(d) despertar neles o sentimento da necessidade
da misericórdia, graça e redenção divinas (Rm
3.20; 5.20; 82).

Artigo: Pr. Donald C. Stamps

Acesse:
www.escolabiblicaecb.com

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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta

A relação do cristão
com a lei

A lei é o sistema de legislação dado por Deus


mediante Moisés à nação de Israel. A lei
completa se encontra em Êxodo 20—31, Levítico
e Deuteronômio, apesar de sua essência estar
incluída nos Dez Mandamentos.

A lei não foi dada como meio de salvação


(At 13:39; Rm 3:20a; Gl 2:1 6,21; 3:11), mas com
a intenção de mostrar ao povo sua
pecaminosidade (Rm 3:20b; 5:20; 7:7; 1 Co
15:56; Gl 3:19) e então encaminhá-lo a Deus
para a graciosa salvação oferecida por ele. Foi
dada à nação de Israel, apesar de conter
princípios morais válidos para o povo de
qualquer época (Rm 2:14-15).

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Deus testou Israel sob a lei como um exemplo da
raça humana, e a culpa de Israel provou a culpa
do mundo (Rm 3:19).

A lei tinha atrelada a ela a penalidade da morte


(Gl 3:10); e a quebra de um mandamento tornava
o homem culpado de todos (Tg 2:10). Já que as
pessoas tinham quebrado a lei, estavam sob
pena de morte. A retidão e a santidade de Deus
exigiam que a penalidade fosse paga. Foi por
essa razão que Jesus veio ao mundo: para pagar
a penalidade por meio da sua morte.

Ele morreu como substituto para os


transgressores da lei, apesar de ele mesmo não
ser transgressor. Ele não deixou a lei de lado;
pelo contrário, preencheu todas as exigências da
lei cumprindo os mais rígidos requisitos
mediante sua vida e Assim, o
morte.
evangelho não derruba a lei, mas a
sustenta, e mostra como as
exigências da lei foram totalmente
satisfeitas pela obra redentora de
Cristo.
Portanto, a pessoa que confia em Jesus não
está mais sob a lei, está sob a graça (Rm
6:14).
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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
Ela está morta para a lei por intermédio da obra
de Cristo. A penalidade da lei deve ser paga uma
única vez; já que Cristo pagou a pena, o crente
não precisa pagá-la. E nesse sentido que a lei
perdeu o brilho para o crente (2Co 3:7-11). A lei
era um preceptor até a chegada de Cristo, mas,
após a salvação, esse preceptor não é mais
necessário (Gl 3:24-25).

No entanto, enquanto o crente não está sob a lei,


isso não significa que ele está sem lei. Ele está
atado por uma corrente mais forte que a lei, pois
ele está sob a lei de Cristo (1Co 9:21). Seu
comportamento está moldado não por temor à
punição, mas por um desejo de agradar ao
Salvador. Cristo se tornou a lei da sua vida (Jo
13:15; 15:12; Ef 5:1-2; 1Jo 2:6; 3:16).

Uma pergunta comum numa discussão quanto à


atitude do crente para com a lei é: "Devo
obedecer aos Dez Mandamentos?".

A resposta é que certos princípios contidos na lei


são de relevância duradoura. Sempre foi errado
roubar, cobiçar ou assassinar. Nove dos Dez
Mandamentos são repetidos no NT, com urna
distinção importante: não foram dados como lei
(atrelados a uma penalidade), mas como
treinamento para a justiça ao povo de Deus (2Tm
3:1 6b).
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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
O único mandamento não repetido é a lei do
sábado; os crentes nunca são ensinados a
guardar o sábado (Isto é, o sétimo dia da semana
— sábado).

O ministério da lei para os que não são salvos


ainda não cessou: "Sabemos, porém, que a lei é
boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo"
(1Tm 1:8).

E seu uso legítimo é produzir o conhecimento do


pecado e, assim, levar ao entendimento. Mas a
lei não é para os que já são salvos: "não se
promulga lei para quem é justo" (1Tm 1:9).

Artigo: William MacDonald

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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta

O PROBLEMA dos evangelhos


SINÓTICOS
Mateus, Marcos e Lucas são conhecidos como"
evangelhos sinóticos".
Os três evangelhos seguem esquema semelhante
de apresentação — daí serem chamados
"sinóticos" pois apresentam um panorama em
comum da vida, obra, morte e ressurreição de
Jesus Cristo.
Esses evangelhos podem ser facilmente
harmonizados lado a lado em três colunas de
dados paralelos.
O que chama a atenção são as diferenças de
organização, vocabulário e extensão de texto que
cada evangelista usou para as narrativas que se
repetem nos três evangelhos.
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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
Como surgiram esses evangelhos? Qual deles
veio primeiro? Algum deles serviu de base
para os outros? Que grau de interdependência
e independência existe entre eles?

"Problema sinótico" é o nome técnico dado pelos


estudiosos do Novo Testamento às questões que
envolvem o relacionamento literário entre
Mateus, Marcos e Lucas. Nos últimos 150 anos,
várias teorias foram apresentadas para
responder a essas questões.

As principais respostas ao problema sinótico


Embora existam muitas teorias com suas
derivações e sutilezas, há três que são mais
importantes:

1. A hipótese das duas fontes ou da prioridade de


Marcos.
Essa hipótese entende que Marcos escreveu seu
evangelho primeiro; Mateus e Lucas, de forma
independente, basearam o esboço de suas narrativas
no esquema de Marcos. Também de modo
independente, os dois derivaram de uma fonte
desconhecida por Marcos o material dos discursos de
Jesus, fonte esta da qual não restaram cópias e que
continha exclusivamente palavras de Jesus.

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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
Essa fonte recebeu a designação Q (do alemão
Quelle, fonte, teoria proposta na Alemanha).
Essa é a hipótese que recebeu a maior aceitação
entre os estudiosos a partir do fim do século 19.0
ponto fraco dessa teoria é que não há provas
materiais da existência da chamada fonte Q.

2. A hipótese dos dois evangelhos.


Segundo essa hipótese, Mateus escreveu
primeiro o seu evangelho; em seguida, Lucas
baseou-se no evangelho de Mateus para preparar
o seu; por último, Marcos redigiu seu evangelho,
fazendo uma compilação dos dois primeiros e
seguindo especialmente a ordem das narrativas
em que eles concordam entre si, mas sem incluir
o material em forma de discurso.

O principal problema com essa hipótese é que


Marcos dificilmente pode ser visto como uma
síntese ou compilação dos textos de Mateus e
Lucas. Isso deixaria muita coisa sem explicação,
como, por exemplo, a forma muito mais primitiva
e simples do texto de Marcos em comparação
com os outros dois. Marcos parece muito mais
um texto básico, inicial, desenvolvido depois
pelos outros dois, do que um texto amadurecido
posteriormente.
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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
3. A hipótese de Farrer.
Segundo essa teoria, surgida na Inglaterra,
Marcos foi o primeiro evangelho a ser escrito. Em
seguida, foi adotado como texto básico por
Mateus e, finalmente, por Lucas. Essa hipótese é
uma simplificação da teoria das duas fontes e
elimina a necessidade da fonte Q. Para muitos é
a hipótese que mais tem recebido aceitação.

Outras teorias têm aparecido, mas sem causar


muita modificação no quadro geral. Por exemplo,
há os que dizem que os evangelhos se basearam
em fontes orais, tanto as mais gerais quanto as
mais localizadas. Mas como essas teorias não
trazem contribuições efetivas, não têm sido
suficientes para suplantar as principais
hipóteses. Fonte: Bíblia Brasileira de Estudo

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TÚNEL DO TEMPO: Início


da ESCOLA DOMINICAL

(1) Bíblia usada por Robert Kalley (2), que iniciou seu
trabalho de ensino bíblico no Brasil junto com a esposa,
Sarah Kalley (3)que iniciou seu trabalho de ensino bíblico
no Brasil junto com a esposa, Sarah Kalley (3)

Considerada hoje o pilar da Igreja de Cristo na


propagação dos rudimentos da fé, a Escola
Dominical não é uma novidade dentro do
contexto cristão.

A história do ensino bíblico começou a ser escrita


no Brasil há mais de 160 anos graças ao esforço
de dois missionários, um americano e um
escocês.

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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
O primeiro imigrante a desembarcar no Brasil e
abraçar essa missão foi o reverendo Justin
Spaulding, em 1836.
Ele atendeu a um pedido do reverendo Fountain
Pitts, que esteve um ano antes nas terras
brasileiras e ficou entusiasmado com a
perspectiva de implementar o metodismo em solo
brasileiro. Com sua esposa e seu filho, Spaulding
organizou primeiro uma congregação com
estrangeiros no Rio de Janeiro.

Entretanto, percebeu a necessidade de


promover ensino bíblico antes mesmo de
realizar cultos. Foi então que, em junho de
1836, iniciou a primeira Escola Dominical,
em língua inglesa.
Apesar da representatividade da iniciativa
metodista, o trabalho teve curta duração.
Spaulding encerrou suas atividades no Brasil em
1841 e retornou aos Estados Unidos. Somente
em 1867, a denominação reiniciou as atividades
em solo brasileiro, com a chegada do reverendo
Junius Eastham Newman à cidade carioca.

Antes, porém, de o metodismo retomar os


trabalhos no Brasil, outro missionário começou a
evangelizar o país, dessa vez um escocês.
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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
Em 10 de maio de 1855, chegaram ao Rio de
Janeiro o médico e pastor Robert Reid Kalley e
sua esposa, Sarah Poulton Kalley, que tiveram
como primeira missão procurar uma casa para
morar.
Enquanto procurava uma residência, o casal
pernoitou em alguns hotéis no centro do Rio.
Mas foi na Região Serrana que os dois
encontraram o lugar ideal para se instalarem:
Petrópolis.
Após fazerem algumas amizades, descobriram
que em breve seria desocupada a casa chamada
Gernheim (lar da boa vontade).
Na época, a propriedade era alugada pelo
embaixador Webb, que gentilmente cedeu um
espaço no local para Robert e Sarah começarem
a ministrar a Palavra de Deus.
Nessa mesma casa, no dia 19 de agosto de 1855,
um domingo, Sarah reuniu à tarde cinco
crianças para ouvirem a história sobre o profeta
Jonas, cantarem hinos e darem graças a Deus
por Sua bondade, tudo em inglês. Passadas duas
ou três semanas, o próprio Robert começou
também a dirigir uma classe para os adultos,
formada por homens negros. Aos poucos o
número de participantes aumentava e alcançava
os brasileiros.
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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
No final daquele ano já estava formada a base
para a evangelização no país. O casal se mudara
para a Gernheim, onde funcionava o culto
doméstico e a Escola Dominical, e intensificara o
trabalho, que foi considerado “o primeiro
evangelismo brasileiro em língua portuguesa em
caráter permanente”, como definiu a bibliotecária

Esther Marques Monteiro, da Igreja Evangélica


Fluminense. Hoje aquela propriedade não existe
mais. Em seu lugar funciona um colégio,
segundo a Igreja Evangélica Congregacional de
Petrópolis.

Mas aquele trabalho se perpetuou. Afinal, a


família Kalley deixou um legado não só para as
igrejas que se originaram de seu ministério —
como a Igreja Evangélica Fluminense, fundada
em 1858, que integra a União das Igrejas
Evangélicas Congregacionais e Cristãs do Brasil
—, mas também para o protestantismo
brasileiro.

Naquela época não havia liberdade de expressão


religiosa. Inconformado com essa situação, Robert
aproveitou seu bom relacionamento com as
autoridades e com seu amigo, o então imperador D.
Pedro II, para pleitear alguns benefícios em favor dos
protestantes.

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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
Assim, conquistou, por exemplo, a permissão da
realização do casamento civil, da utilização de
cemitérios públicos e do registro dos filhos de
pessoas não católicas.

O missionário escocês voltou para a Escócia em


1876 e faleceu em 1888. Seu substituto no
pastorado no Brasil foi João Manoel Gonçalves
dos Santos, que deu prosseguimento a esse
trabalho frutífero.

Artigo: Mike Martinelli | Fonte: Revista Educação Cristã


Hoje, Ano 1, N° 1 – Central Gospel

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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta

Onde Habitam
os Anjos
Caídos?

De acordo com a Bíblia, os anjos caídos habitam


tanto no Inferno como nas regiões celestiais. Na
Bíblia, a palavra "inferno" tem significados que
variam de acordo com o texto em que é citada.
Existem quatro termos na Bíblia (Edição Revista
e Atualizada) que são traduzidos por inferno:
Sheol, Hades, Gehenna e Tartaroo, com as
seguintes definições:
Sheol - o mundo dos mortos (Dt 32.22; SI 9.17).
Hades - é à forma grega para a do hebraico
Sheol, e significa o lugar das almas que partiram
deste mundo (Mt 11.23; Lc 10.15; Ap 6.8).

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2° trimestre de 2022 Revista: Cristão Alerta
Gehenna - termo usado para designar um lugar
de suplício eterno (Mt 5.22,29,30; Lc 12.5).
Tartaroo - o mais profundo do abismo do Hades,
e significa: encarcerar no suplício eterno (2 Pd
2.4; Dn 12.2).

Não obstante Pedro e Judas concordem que os


anjos caídos estão no Inferno e presos por
algemas eternas, para o juízo, podemos crer que
nem todos eles foram confinados ao Inferno, no
princípio. E mesmo os que ali estão, estão
aguardando a sentença final que será proferida
por Deus, quando então, serão lançados no Lago
de Fogo (Mt 25.41; Ap 20.10,14).

Esses anjos e espíritos maus que jazem no


Inferno, presos em algemas eternas, terão uma
permissão breve para daí saírem e somarem
esforços com Satanás na Terra, no período da
Grande Tribulação. Eles terão a forma de
gafanhotos, conforme descritos no Apocalipse.

Serão uma espécie de querubins infernais, em


todos os sentidos, contrários aos seres vivos que
estão diante do trono de Deus, no Céu. Que os
anjos caídos habitam também as regiões
celestiais, os ares, é ensino salientado tanto no
Antigo quanto no Novo Testamento.
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Expressões tais como: principados, potestades e
forças espirituais, falam não só do lugar onde
habitam os anjos caídos, mas também do poder e
decisão que eles exercem no cumprimento de
suas obrigações infernais.

Eles Opõem-se aos Salvos


Paulo diz que "a nossa luta não é contra sangue
e carne, e, sim, contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal,
nas regiões celestes (Ef 6.12). As oposições dos
anjos de Satanás aos salvos manifestam-se de
diferentes maneiras. Por exemplo, Eliseu sofreu
esse tipo de oposição através de pessoas ímpias
(2 Rs 6.13-16).
Eliseu estava certo de que os exércitos sírios, que
vinham para prendê-lo, não estavam sós. Eles
tinham a ajuda e o estímulo dos anjos de
Satanás, pelo que Deus enviou os seus anjos em
livramento do seu servo. "O Senhor abriu os
olhos do moço, e ele viu que o monte estava
cheio de cavalos carros de fogo, em redor de
Eliseu" (2 Rs 6.17).
A oposição dos anjos maus aos crentes em Jesus
pode se manifestar também por meio de
diferentes tipos de tribulações e tentações,
obstáculos à pregação do Evangelho, etc.
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Porém, é bom lembrar que, em todos os casos,
esses anjos, ainda que agentes de Satanás, têm o
seu poder limitado pela vontade e poder do
próprio Deus. Eles são poderosos, mas não todo-
poderosos. "Maior é aquele que está em vós do
que aquele que está no mundo" (1 Jo 4.4).

Reservados Para o Castigo Eterno


"Deus não poupou a anjos quando pecaram,
antes, precipitando-os no inferno, os entregou a
abismos de trevas, reservando-os para juízo” (2
Pd 2.4). E aos anjos, os quais não guardaram o
seu estado original, mas abandonaram o seu
próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas,
em algemas eternas, para o juízo do grande dia
(Jd v.6). Alguém poderá perguntar: "Haverá
possibilidade de arrependimento e de salvação
para os anjos caídos?" Evidentemente a resposta
a esta indagação é "NÃO."

Expliquemos porque: Os anjos perversos são


maus, não porque foram criados assim, mas
porque livre e espontaneamente rebelaram-se
contra Deus.

Não estamos em condições de dizer porque Deus


não providenciou um redentor para os anjos
caídos, como fez com o homem; porém, a razão
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sugerida vara responder a esta questão é que os
anjos pecaram sem qualquer tentação, enquanto
que Eva foi ludibriada por Satanás, e Adão,
tentado por sua mulher (Gn 3.1-7).

Que os anjos maus jamais poderão ser


restaurados à santidade e ao convívio divino é
fato sabido deles mesmos e não deve ser
questionado pelos homens.

A Escritura descreve de modo acentuado o fogo


preparado para o Diabo e seus anjos, como fogo
eterno (Mt 25.41), ao passo que os anjos bons
foram confirmados em santidade e destinados a
entrarem na glória eterna (Mt 18.10; 25.31).

À pergunta:
"Por que não seriam os anjos perversos
restabelecidos ao favor de Deus?", Gerhard
responde: "É melhor proclamar a filantropia e
misericórdia admirável do filho de Deus para
com a raça humana caída, que investigar além
dos devidos limites a causa do justíssimo juízo
pelo qual Deus entregou os anjos que dele
apostataram, para que, nas cadeias da escuridão
fossem lançados no inferno, ficando reservados
para o juízo".
Artigo: Pr. Raimundo Oliveira

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O MINISTÉRIO DE
MESTRE OU
DOUTOR NA
IGREJA

Tão importante é a função do mestre na igreja


que as Escrituras declaram o quanto ele deve
esforçar-se intelectualmente para exercer tão
nobre tarefa (Rm 12.7; 1 Tm 4.13). É uma tarefa
importante e indispensável que exige muito de
quem a desempenha.

1. Os primeiros mestres.
Os primeiros mestres das Escrituras foram os
integrantes do Colégio Apostólico (At 5.42, cf.
vv.40,41). A Igreja começou nas casas, onde o
ensino era ministrado a pequenos grupos nos
lares.

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Falando aos anciãos de Éfeso, o apóstolo Paulo
mostrou-se como um verdadeiro mestre que
ensinava "publicamente e pelas casas,
testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a
conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus
Cristo" (At 20.20,21). Deus havia preparado
homens para ensinar e levantado "doutores" na
igreja em Antioquia (At 13.1).

O Pai Celestial igualmente deseja levantar


mestres em sua igreja. Vivemos dias em que este
ministério nunca foi tão necessário.

2. Uma necessidade urgente da igreja.


Para o ministério de ensino ser eficaz na igreja
local é preciso haver pessoas vocacionadas. Não
são todas que reúnem informações exegéticas,
históricas e literárias da Bíblia, aplicando-as
como é necessário.

Deus concedeu à sua igreja mestres, e é preciso


que ela invista neles também. Muitas vezes, por
absoluta falta de preparo dos obreiros,
predomina a superficialidade bíblica, a
infantilidade "espiritual" e o aumento do engano
promovido pelas astúcias dos falsos mestres (2
Pe 2.1). Esse dom do Senhor é para a igreja
amadurecer em todas as dimensões da vida
cristã, ao mesmo tempo em que desmascara os
falsos ensinos (Ef 4.14; Os 4.6).
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3. A responsabilidade de um discipulado
contínuo.
Estamos acostumados a pensar que o
discipulado termina quando o novo convertido é
batizado. Não há nada mais equivocado! O
Senhor Jesus chamou-nos para ser os seus
discípulos por toda a vida. Por isso, quem ensina
instrui os crentes para a maturidade da fé. É um
aprendizado diário, permanente e contínuo,
tanto para quem é discipulado quanto para
quem está discipulando!

4. Requisitos necessários ao mestre.


Apresentaremos alguns requisitos importantes
para a igreja reconhecer pessoas com o dom
ministerial de mestre em nossa época:
a) Um salvo em Cristo.
Não pode haver dúvidas quanto à própria
experiência salvífica por parte do vocacionado
para o ministério do ensino (2 Tm 2.10-13).
Infelizmente há pessoas que não creem naquilo
que ensinam. Assim, não há verdade nem
firmeza nelas.
b) O hábito de ler.
Em nosso país, a leitura é um problema cultural.
Se as pessoas leem pouco, a igreja pouco lerá.
Entretanto, como ensinaremos se não lermos? O
hábito da leitura era levado a sério no ministério
do apóstolo Paulo (1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13).
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c) Preparo intelectual.
A Bíblia é o instrumento de trabalho do
ensinador cristão. Considerando este livro
milenar, veremos que a cultura e o mundo da
Bíblia são diferentes do nosso. Por isso, o mestre
deve compreender o mundo da Bíblia (suas
questões culturais, linguísticas, exegéticas etc.)
para não fazer apelações fantasiosas,
apresentando-as como exposição da Palavra de
Deus.

d) Um coração em chamas.
Martin Loyd Jones dizia que a verdadeira
pregação era teologia em fogo.

É vontade de Deus que o


vocacionado ao ensino utilize os
avanços das ciências bíblicas
para pregar a Palavra de Deus
na força do Espírito Santo.
Precisamos alcançar as mentes e os corações dos
nossos dias, e isto apenas será possível quando
tivermos obreiros com uma mente bem
preparada e conectada a um "coração em
chamas" e apaixonado por Jesus (At 3.12-26).
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É preciso desfazer a ideia propagada ao longo de
décadas acerca do preparo intelectual do crente.
Não é verdade que necessariamente ele esfriará
na fé se estudar. Se fosse assim Paulo seria o
mais frio dos apóstolos do Novo Testamento, pois
não havia obreiro mais bem preparado que ele
(At 17.15-34; Tt 1.12). Este, no entanto, soube
conjugar preparo intelectual e poder do alto.

Artigo: Pr. Elinaldo Renovato de Lima

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O PROFESSOR E O PREPARO
DA AULA DA ESCOLA
DOMINICAL
O preparo da aula é parte dos
deveres semanais do
professor.
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Material para o preparo da aula.


• A Bíblia. Para o estudo do texto da lição,
contexto, referências, adquira as versões
correntes em português;
• Livros de consultas e referências, como:
concordâncias, dicionários, comentários bíblicos,
etc. Cuide-se, não se torne um simples reflexo
dos livros!
• Estudos efetuados anteriormente;
• Apontamentos pessoais do professor;
•Ilustrações, fatos pessoais, observações. O
professor deve ser um bom observador;
• Oração (indispensável).
O preparo da aula como acabamos de
apresentar, deve ser feito tendo em vista a
necessidade do aluno e não a do professor.

Geralmente, o que interessa a um adulto, não


interessa a um jovem ou a uma criança. Preparar
a aula sem pensar nisso é ficar diante da classe
“pregando no deserto”.

TRÊS PROPÓSITOS COM RESPEITO AO


ALUNO
O professor deve preparar a aula visando três
propósitos com respeito ao aluno:
1. Que desejo que meus alunos aprendam?
Visa à mente do aluno, é o plano objetivo da
aula.
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2. Que desejo que meus alunos sintam? Visa
à afetividade do aluno, é o plano subjetivo da
aula.
3. Que desejo que meus alunos façam? Visa a
vontade do aluno, aliada à prática, é o plano
objetivo-subjetivo da aula.
Etapas no preparo da aula
Estudo pessoal, usando:
a. Material didático (revista, apostilas, livro,
etc);
b. Apontamentos do estudo individual.
2. Estudo em fontes de consulta.
a. O subsídio para aulas deve ser extraído e
ordenado, não se trata de ter muitos livros, mas
que sejam bons!

Preparo do esboço da lição.


a. Este é um necessário recurso mnemónico;
b. Deve ter no máximo quatro pontos ou
subtópicos;
c. Deve apresentar unidade e coerência;
d. Detalhado e completo é o chamado.
A linguagem do professor
Grande número de pessoas tem falhado em suas
carreiras, inclusive no ensino, devido a
dificuldades no falar, em exprimir-se de forma
adequada. A arte de falar torna a palavra, entre
outras coisas, correta e expressiva.
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1) Correta.
Pronúncia perfeita, com articulação completa de
todos os sons que compõem a palavra. Evitar e
corrigir defeitos de pronúncia.
2) Expressiva.
Tradução perfeita da ideia que deseja exprimir.
» A expressão implica em entonação, pontuação e
escolha das palavras.
» A entonação torna a voz agradável e elegante,
mesmo vigorosa.
» A pontuação aclara o sentido, facilitando a
compreensão.
» A escolha das palavras exatas faz o ouvinte
compreender claramente o que queremos dizer.

O professor deve cuidar de tornar as


suas palavras corretas e
expressivas. A linguagem revela
muito da personalidade do
indivíduo.
Uma fala perfeita dá prazer ao ouvido, mas o
falar errado seja na entonação, na pronúncia, na
pontuação, ou na escolha das palavras, cansa os
ouvintes, e o auditório todo só acerta dizer:
“amém”, não em sinal dessatisfação, mas ansioso
que o preletor pare.
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A expressão oral perfeita impõe-se e dá destaque,
mesmo que o orador seja modesto1 e humilde. É
um prazer ouvir alguém falar corretamente, com
expressão e graça.

Em Juízes 12.2-7, temos um caso em que 42.000


homens morreram por causa de má pronúncia.
Hoje em dia muitos “matam” seus ouvintes da
mesma maneira... O professor deve ter cuidado
com a linguagem, porque ele se utiliza dela todo
o tempo da aula (ver os seguintes textos: Pv 15.1;
16.24; Ct 5.16; 1Co 14.8,9).
A linguagem do professor
quanto ao vocabulário deve ser
comum a ele e aos alunos.

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👉Edição: 09, 2° trimestre de 2022

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