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Nossa Fé
Doutrinas da
Nossa Fé
3a Edição Especial
Josué Brandão
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. É expressamente proibida
a reprodução total ou parcial sem a permissão prévia, por escrito.
Essa obra foi escrita originalmente na língua portuguesa.
Devoção Diária
Domingo: 2 Coríntios 5.17 Quinta-feira: Tito 2.11-14
Segunda-feira: 2 Coríntios 5.18-21 Sexta-feira: Efésios 4.20-24
Terça-feira: João 3.1-8 Sábado: Mateus 11.28-30
Quarta-feira: Tito 3.4-7
Objetivos
— Levar o novo convertido a ter um contato inicial com as
verdades bíblicas;
— Gerar no novo convertido a certeza da salvação em Cris-
to Jesus por meio da Palavra de Deus;
— Despertar no novo convertido a consciência do compro-
misso com o Corpo de Cristo;
— Levá-lo a se tornar um evangelizador.
INTRODUÇÃO
Receber a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador é o mais
fascinante projeto de vida que um homem ou uma mulher po-
dem estabelecer. Tal decisão altera sua existência, neste tempo
e na eternidade. A sua decisão de servir a Cristo torna-se motivo
de alegria para a igreja que o recebe e, além disso, para os anjos
no Céu. Jesus declarou que “haverá alegria no Céu por um pe-
cador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos
que não necessitam de arrependimento” (Lc 15.7).
A partir de agora, você vai ter contato mais profundo e con-
tínuo com as Escrituras. Por isso, queremos trazer-lhe algumas
verdades que dizem respeito à sua nova vida em Cristo.
você já deve ter uma Bíblia para seu estudo pessoal e crescimento
espiritual.
4.3 É Eterna
O ponto mais alto de sua experiência de seguir a Cristo é o
privilégio de estar para sempre em Sua augusta presença, bem
como desfrutar das benesses e dos tesouros do Seu Reino vin-
douro (1Co 2.9; Fp 3.20,21; Ap 21.3,4). Leia o que Jesus declara
em João 17.24.
CONCLUSÃO
Agora que você teve o primeiro contato com a sua nova vida
em Cristo Jesus e sabe quem você é n’Ele, não desista de crescer
em conhecimento e em graça (2Pe 3.18). Nas próximas lições,
aprenderemos mais profundamente sobre Deus, sobre as Sagra-
das Escrituras e a vida cristã. Deus nos abençoe abundantemen-
te nesta jornada!
QUESTIONÁRIO
1. Escreva sobre o novo nascimento.
Marcos 16.15-18:
Devoção Diária
Objetivos
— O novo convertido deverá compreender que a sua nova
vida inclui seguir os ensinamentos do Senhor Jesus;
— Deverá entender que, uma vez discipulado, se tornará
um discipulador de outros novos convertidos;
— Concluir que, quando somos quebrantados pelo poder
do Evangelho, produzimos frutos para Deus.
INTRODUÇÃO
O maior mandamento do Senhor para nós é fazer discípulos.
Todos são chamados a participar dessa tarefa, que não depen-
de de um dom especial, pois é um mandamento. Diante desse
mandamento, todo aquele que crê em Cristo não tem opção a
não ser obedecer. O caráter do seguidor de Jesus é testado pela
obediência aos Seus mandamentos e o fazer discípulos é, sem
dúvida, a maior implicação da obra do pós-Calvário de Cristo.
Discípulos de Cristo 15
1. O QUE É O DISCIPULADO
1.1 Definindo o Termo
O que significa a palavra DISCÍPULO? Em Discipulado Diário
para Pessoas Comuns, Stuart Briscoe, escreveu:
Havia cerca de seis mil pessoas (Jo 6). Todos eram discípulos?
Certamente que não. Portanto, ser conhecido como cristão, es-
tritamente falando, não é tudo o que Deus quer. Ele espera que
sejamos CRISTÃOS DISCÍPULOS.
temos que morrer. Sabemos que o grão de trigo tem a “vida” po-
tencialmente, vida esta que está coberta por uma casca dura. Isso
se parece com você?
Um teólogo coreano escreveu:
“A vida está no grão de trigo, mas há uma casca muito dura no lado
de fora. Enquanto aquela casca não for rachada e aberta, o trigo
não pode brotar, nem nascer. ‘Se o grão de trigo, caindo na terra...’
Que morte é essa? É o arrombar da casca mediante a cooperação
da temperatura e da umidade do solo. Uma vez que a casca é fen-
dida e aberta, o trigo começa a crescer”.
Significa dizer que, a partir da nossa conversão, morre o ho-
mem velho, exterior, para que o novo homem, em Cristo, seja
formado.
com Cristo. Contudo, fica claro que o resultado prático desse re-
lacionamento era o serviço sob a AUTORIDADE DE CRISTO.
Qualquer ideia de DISCIPULADO que não incorpore as ideias
de RELACIONAMENTO pessoal com Cristo, COMPROMISSO de
servi-Lo e a disposição de viver sob AUTORIDADE, por definição,
é inadequada.
CONCLUSÃO
Assim, o novo irmão na fé em Cristo tem consciência de que
ser orientado de maneira sistemática pela Palavra o fará mais
forte e fornecerá subsídios para responder quando for indagado
acerca da sua fé em Cristo (1Pe 3.15).
QUESTIONÁRIO
1. Qual o maior mandamento ministerial do Senhor Jesus
para nós?
Devoção Diária
Domingo: 2 Pedro 1.20,21 Quinta-feira: Salmo 1.1-3
Segunda-feira: 2Timóteo 3.14-17 Sexta-feira: Mateus 22.29
Terça-feira: 2 Timóteo 2.15 Sábado: 2Tessalonicenses 2.13
Quarta-feira: Josué 1.8
Objetivos
— Levar o estudante a conhecer a Bíblia como livro;
— Provocar desejo pela leitura diária das Sagradas Escrituras;
— Levar o novo convertido ao conhecimento de Deus por
meio das Escrituras;
— Prepará-lo para responder, quando questionado, sobre a
razão de sua fé.
INTRODUÇÃO
“As Sagradas Escrituras constituem o livro notável jamais vis-
to no mundo”, disse Angus Green.
A Bíblia contém os pensamentos de Deus em relação ao ho-
mem, sobre a condição do ser humano, o caminho da salvação,
a condenação dos pecadores, a felicidade dos salvos e a bele-
za celeste. Suas doutrinas são santas, seus preceitos são justos,
suas histórias verdadeiras, suas decisões imutáveis e suas pági-
nas sagradas.
O apóstolo Paulo escreveu a Tito: “Retende firme a palavra
fiel, que é conforme a doutrina, para que sejas poderoso, tanto
para exercer a sã doutrina, quanto para convencer os contradi-
zentes” (Tt 1.9).
Os crentes genuínos e autênticos têm a Bíblia como a Pala-
vra de Deus, única regra de fé e prática. Por isso, não aceita-
mos tradições que contrariam as Escrituras, como também não
24 Doutrinas da Fé Cristã
fos nunca foram aceitos como sagrados pelos rabinos nem pelos
apóstolos. Também nunca foram aceitos pelos eruditos judeus,
jamais foram citados por Jesus ou por qualquer membro da Igre-
ja Primitiva. E, se observarmos exegeticamente, Jesus citou po-
ções de todos os livros da Bíblia, exceto dos apócrifos.
Os livros apócrifos são:
a) Históricos: Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus e o complemen-
to ao livro de Ester;
b) Sapienciais: Sabedoria e Eclesiástico;
c) Profético: Baruque e complemento de Daniel.
CONCLUSÃO
Enfim, é obvio que não esgotamos o assunto. Nem preten-
díamos. Estamos apenas tratando de familiarizar-nos com as
Sagradas Escrituras para que, por meio dela, possamos crescer
espiritualmente e experimentar a transformação proposta pelo
Evangelho de Jesus Cristo.
QUESTIONÁRIO
Devoção Diária
Domingo: Mateus 3.5-8 Quinta-feira: Romanos 6.1-7
Segunda-feira: Mateus 3.13-17 Sexta-feira: Atos 19.1-6
Terça-feira: Marcos 1.1-5 Sábado: Mateus 28.19,20
Quarta-feira: Atos 19.1-5
Objetivos
— Conscientizar o novo convertido da importância espiri-
tual do batismo em sua aliança com Cristo;
— Mostrar-lhe que o batismo nas águas se segue à confis-
são de fé em Jesus;
— Orientar-lhe sobre a fórmula do batismo cristão: em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
Nossa vida é como uma árvore, que precisa ter raízes bem
profundas para não cair quando o vento soprar mais forte. As-
sim, é muito importante estarmos bem enraizados nas doutri-
nas rudimentares de Cristo, para não sermos derrotados na vida
quando o Diabo nos atacar com ventos de problemas.
1. O BATISMO CRISTÃO
1.1 O Batismo de João Batista
Os judeus já se haviam acostumado com as liturgias e se limita-
vam às cerimônias como a circuncisão, o batismo de prosélitos e os
rituais de purificação, para pensarem que estavam bem com Deus.
João era chamado de “Batista” ou “o emergidor” por causa
do batismo que Deus lhe mandara realizar. Esse batismo, conhe-
cido como batismo de João ou de arrependimento (Mt 3.5-8; Mc
1.1-5; At 19.1-5), era temporário, pois visava preparar o povo
para receber o Messias, Jesus, fazendo a transição da Lei e dos
34 Doutrinas da Fé Cristã
2. A PRÁTICA DO BATISMO
2.1 Em Nome da Trindade
O Senhor Jesus determinou que o batismo fosse feito em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19). Há igrejas
que batizam somente em nome de Jesus. Elas se apoiam em
textos como Atos 2.38, 8.16, 10.48, 19.5, que falam sobre batis-
mo em nome do Senhor Jesus. Entretanto, os textos menciona-
dos falam do batismo feito na autoridade do Senhor Jesus (Mt
28.18), assim como Ele mesmo ensinou, “Em nome do Pai, e do
Filho e do Espírito Santo”. Os textos citam apenas o nome de Je-
sus para distinguir (fazer diferença) de outros batismos da épo-
ca, como o batismo de João, o batismo dos prosélitos, o batismo
dos essênios, etc.
Quando o próprio Senhor Jesus foi batizado, a Trindade es-
tava presente (Mt 3.16-17). Todo salvo que primeiro quer co-
nhecer tudo da Bíblia para depois batizar-se contraria o texto
acima, onde está claro que o salvo deve batizar-se e continuar
aprendendo sempre mais de Deus (Mt 28.20).
3.2 A Finalidade
Quando somos batizados, declaramos que Cristo morreu na
cruz pelos nossos pecados para que morrêssemos para o peca-
do. Declaramos, ainda, que nos arrependemos, cremos pela fé e
aceitamos a Cristo e Seu sacrifício como único meio de salvação.
Também declaramos que recebemos o perdão, estamos salvos e
seguros em Cristo e dispostos a servi-Lo e segui-Lo todos os dias
da nossa vida.
Portanto, a finalidade do batismo é dar testemunho público
da fé e salvação em Jesus Cristo. Com o ato do batismo procla-
mamos, sem palavras e publicamente e, especialmente, diante
da Igreja, a salvação e a transformação que Jesus realizou em
nosso interior. Isso glorifica ao Senhor (1Co 6.20).
4. A RESPONSABILIDADE DO BATIZANDO
4.1 Compromisso Assumido Com Deus e a Igreja
O batizando deve estar liberto de toda sorte de vícios e jogos
(Jo 8.32,36; Lc 21.34-36); ter sua situação matrimonial legal e am-
parada na Palavra de Deus (1Co 6.18); deve vestir-se de forma
decente e conveniente aos crentes em Cristo (1Tm 2.9-10; 1Pe
3.1-7) e a sua aparência precisa condizer com o pudor e o recato
que cabe aos cristãos e servos do Altíssimo (1Co 11.14-15).
Se o salvo morrer sem ter a oportunidade de ser batizado,
sua salvação em Cristo não estará comprometida. Foi o caso do
ladrão da cruz (Lc 23.33-43).
CONCLUSÃO
A tradição do batismo cristão começou com Jesus. Como vi-
mos, o batismo não é um sacramento, mas a primeira ordenan-
ça dada aos discípulos do Senhor. Deve ser feito por imersão e
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O batismo, assim
como as boas obras, não salva nem ajuda a salvar. O batismo
é para os salvos. Todo o salvo deve batizar-se, obedecendo à
ordenança de Jesus, dando o testemunho público de sua fé e
salvação em Jesus Cristo. Deve integrar-se à vida ativa da igreja,
sempre exercendo seus direitos e deveres, sendo abençoado e
sendo uma bênção.
QUESTIONÁRIO
Devoção Diária
Domingo: Mateus 26.17-30 Quinta-feira: 1 Coríntios 10.14-22
Segunda-feira: Marcos 12.12-26 Sexta-feira: João 6.28-40
Terça-feira: Lucas 22.7-22 Sábado: Romanos 8.1-18
Quarta-feira: Atos 20.7
Objetivos
— Todo cristão deve entender que a Santa Ceia do Senhor
nos identifica com o sacrifício de Cristo;
— Comunicar que a Santa Ceia do Senhor é comunhão com
o Corpo de Cristo: a Igreja;
— Orientar sobre os cuidados para não comermos o pão
nem bebermos o cálice do Senhor indignamente.
INTRODUÇÃO
A Santa Ceia do Senhor foi instituída por Jesus Cristo na noite
em que Ele foi traído. Naquela noite, seria celebrada a Páscoa ju-
daica (Lc 22.19,20). A Santa Ceia foi ordenada por Jesus para que
acontecesse por toda a posteridade como uma lembrança viva
de Sua morte e sacrifício na cruz pelos nossos pecados. Por isso,
até hoje a realizamos como um memorial, lembrando a obra de
amor de Jesus por nós.
Além de ser um memorial, a Santa Ceia do Senhor é um mo-
mento de comunhão da Igreja e de fortalecimento espiritual para
cada membro do Corpo de Cristo. É um momento único e especial.
1.1 O Propósito
“Fazei isto em memória de mim” (Lc 22.19). A Santa Ceia do
Senhor é a nossa oportunidade de lembrar o sacrifício que Jesus
fez na cruz, pelo qual Ele nos oferece a esperança da vida eterna:
“Anunciais a morte do Senhor até que Ele venha” (1Co 11.26). A
Santa Ceia não pretende ser um memorial do nascimento, da vida
ou da ressurreição de Cristo. É um momento especial no qual os
cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para serem lembra-
dos do alto preço que Ele pagou por nossos pecados (1Co 2.1,2).
1.2 Os Símbolos
Jesus usou dois símbolos para representar Seu corpo e Seu
sangue. Ele deu aos discípulos pão sem fermento, para repre-
sentar Seu corpo, e o fruto da videira (suco de uva), para re-
presentar o sangue que estava para ser derramado na cruz. Ele
não deixou dúvida sobre a relação deste sacrifício com a nossa
salvação (Mt 26.28).
A tradição católica preconiza que os elementos da Ceia (pão
e vinho) se transformam no próprio corpo e no sangue de Cristo
no momento da celebração, quando consagrados pelo sacerdo-
te (doutrina chamada de transubstanciação). Nós, cristãos re-
formados, rejeitamos esse ensinamento, por entendermos que
ele não tem embasamento bíblico. Os elementos permanecem
da mesma substância que são, pão e vinho. O fiel recebe fisica-
mente apenas o pão e o vinho, mas espiritualmente e pela fé
recebe os benefícios da comunhão com Jesus Cristo. Esse en-
tendimento ficou claro quando Jesus disse “Isto é o meu corpo
... este cálice é o novo pacto no meu sangue”, apresentando aos
discípulos os elementos postos à mesa.
A Santa Ceia do Senhor 43
1.3 A Ordem
Quando comparamos esses quatro relatos, também pode-
mos ver a ordem na qual a Santa Ceia do Senhor foi observada.
Jesus, primeiramente, orou para agradecer a Deus pelo pão e,
então, todos o partilharam. Ele orou novamente agradecendo
ao Senhor pelo cálice, e todos beberam dele. Deste modo, Ele
chamou especial atenção para cada elemento da Ceia.
4.1 Consciência
“Aquele que comer indignamente será réu do corpo e do san-
gue de Cristo” (1Co 11.27).
Cada um que participa da Santa Ceia do Senhor deverá exa-
minar-se para estar certo de que está participando de maneira
correta, discernindo o verdadeiro significado do memorial (1Co
11.27-29). A palavra “indignamente” descreve o modo de parti-
ciparmos. Ou seja, a pessoa que não leva a sério esta comemo-
ração, está brincando com o sacrifício de Cristo e se condenan-
do por não discernir o Seu corpo
(Hb 10.26-29).
Por essa razão, devemos ser Cada um que participa da
Santa Ceia do Senhor deverá
cuidadosos cada vez que parti- examinar-se para estar certo
ciparmos da Santa Ceia. É impe- de que está participando de
rativo esquecermos as preocu- maneira correta, discernindo
pações mundanas e prestarmos o verdadeiro significado do
memorial (1Co 11.27-29).
atenção exclusivamente à morte
46 Doutrinas da Fé Cristã
CONCLUSÃO
Hoje estudamos e pudemos compreender que a Santa Ceia
do Senhor é um ato solene com significados espirituais sublimes
A Santa Ceia do Senhor 47
QUESTIONÁRIO
Marcos 16.15,16
“ E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho
15
Devoção Diária
Objetivos
— Reconhecer a necessidade de viver uma vida piedosa
diante de Deus e da sociedade;
— Desenvolver novas amizades no seio da igreja;
— Exercer influência positiva na sua comunidade através do
poder transformador do Evangelho.
INTRODUÇÃO
O simples fato de sermos salvos em Jesus Cristo, pela fé no
Seu sacrifício (Ef 2.8) e possuirmos uma nova natureza (2Co 5.17;
2Pe 1.4), constitui-se no mais elevado privilégio que alguém po-
deria almejar. Mas a graça de Deus é abundante e se multiplica
em bênçãos que são renovadas todos os dias (Jo 1.16). Cristo
falou aos Seus discípulos que veio trazer-lhes “vida abundante”
(Jo 10.10). A vida em Cristo é plena de significado. Também é
plena de privilégios que são concedidos a nós por meio do amor
extraordinário de Deus. Neste estudo, vamos destacar alguns
privilégios da nova vida em Cristo.
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo concluiu o capítulo 12 de 1 Coríntios, dizen-
do: “Ademais, eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelen-
te” (1Co 12.31). A partir dessas palavras, começou a dissertar
acerca do amor fraternal. Esta é a base da vida e da fé cristã:
o amor. Fica claro, então, que a vida do crente na comunidade
cristã deve ser permeada pelo caminho mais excelente: o cami-
nho do amor fraternal.
56 Doutrinas da Fé Cristã
QUESTIONÁRIO
3. Cite duas formas por meio das quais nos identificamos com
a comunidade cristã.
Devoção Diária
Objetivos
— Levar o aluno a compreender a verdade bíblica sobre a
mordomia cristã;
— Aceitar o ensino bíblico com relação ao dízimo e às ofer-
tas alçadas:
— Entender que o dízimo é uma ordenança divina;
— Fazer com que desenvolva uma atitude de disposição de
servir ao Senhor com os seus bens.
INTRODUÇÃO
Mordomia é o cargo ou ofício do mordomo. Mordomo é a
pessoa que recebe a incumbência de cuidar de bens alheios. É
um administrador que deve prestar contas daquilo que faz pe-
riodicamente. É, portanto, uma pessoa responsável por cuidar
e preservar o patrimônio de outro até quando tiver de prestar
contas.
Tudo o que temos ou somos pertence ao Senhor. Somos ape-
nas Seus administradores. Até a nossa vida pertence a Ele. O
Senhor espera que saibamos lidar com aquilo que é d’Ele como
despenseiros fiéis (1Co 4.2). Assim, precisamos compreender
que o ato de consagrar nossos dízimos e ofertas no altar do Se-
nhor é um ato de honra Àquele que tudo nos dá (Pv 3.10).
Dízimos e Ofertas 59
1. DEFININDO OS TERMOS
1.1 Gesto de Adoração e Louvor
Nos tempos dos patriarcas, os lugares onde um encontro com
Deus tinha acontecido tornavam-se lugares santos (Êx 3.5). Esses
espaços eram marcados com um altar e era realizado um sacrifí-
cio sobre eles. Quando Abraão deixou Harã e partiu para Canaã,
parando em Siquém, Deus apareceu a ele e disse que aquela terra
estava destinada aos seus descendentes. Note que Abraão edi-
ficou um altar ao Senhor naquele lugar (Gn 12.7). Se seguirmos
a trajetória do patriarca, perceberemos que em todos os lugares
onde parou, um altar foi edificado. O único lugar onde não edi-
ficou um altar foi no Egito. Foi exatamente ali que os seus des-
cendentes foram escravizados por quase quatrocentos anos. Jacó
seguiu o exemplo do seu avô e sempre edificou altares.
Isso nos ensina que onde há uma promessa, há um altar.
Onde há um altar, há um sacrifício. E onde há um sacrifício, há
uma oferta.
O ato de ofertar é uma honra. Por essa razão o Senhor diz ao
Seu povo, através de Malaquias: “Onde está a minha honra?”
(1.6). Vale ressaltar que o livro de Malaquias trata de sacrifícios,
dízimos e ofertas no período pós-cativeiro. O povo de Judá esta-
va saindo do cativeiro babilônico e estava com medo de dispor
seus bens para Deus e enfrentar dificuldades. Então, para que
Deus não ficasse sem ser adorado, eles passaram a dar ofertas de
menor qualidade, o menos valioso. Aquilo que era melhor guar-
davam para si, isto é, as sementes para reprodução. O brado de
Deus através do profeta foi: “Onde vocês estão me honrando?”
Então, ofertar e trazer dízimos ao Senhor é um gesto de hon-
ra (Pv 3.9,10).
2. O PRIVILÉGIO DE DAR
2.1 Dízimo Não é Coisa Nova
O dízimo precede a Lei de Moisés. Ao ler Genesis 14.20, en-
contramos a primeira menção do dízimo feita na Bíblia. Abraão,
ao derrotar os seus inimigos, deu o dízimo de tudo a Melquise-
deque. Aqui está uma lição para nós: antes de se tornar um ato
obrigatório na Lei de Moisés, o dízimo foi praticado por Abraão
como um ato de gratidão e fé. Nos dias de Abraão, não havia
ordens, sacerdócio nem preceitos que requeressem a obrigação
Dízimos e Ofertas 61
CONCLUSÃO
Longe de ser vista sob o prisma de obrigatoriedade, a partici-
pação financeira é considerada como elevado privilégio da nova
vida em Cristo. Através da contribuição financeira, o crente reco-
nhece que Jesus é o Senhor da sua vida e demonstra, ao mesmo
tempo, o grau de sua identificação com Cristo e de envolvimento
com o Reino de Deus aqui na Terra.
Dízimo gera proteção. Oferta opera para a multiplicação e
sacrifícios geram milagres sobrenaturais.
QUESTIONÁRIO
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique
convosco para sempre, 17 a saber, o Espírito da verdade, o
qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o co-
nhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e ele
estará em vós”.
Texto Áureo Verdade Doutrinária
“Quando vier, porém, Cremos no Espírito Santo
aquele, o Espírito Santo da como a terceira pessoa da
verdade, ele vos guiará a Trindade, genuíno Deus,
toda a verdade; porque não eterno, onipotente, onipre-
falará por si mesmo, mas sente e onisciente.
dirá o que tiver ouvido, e
vos anunciará as coisas vin-
douras. Ele me glorificará,
porque receberá do que é
meu, e vo-lo anunciará” (Jo
16.13,14).
A Pessoa do Espírito Santo 67
Devoção Diária
Objetivos
— Crescer no conhecimento de Deus é imprescindível para
uma vida cristã bem-sucedida. Não conheceremos a Deus
sem reconhecermos o Espírito Santo como Deus;
— Conhecer o Espírito Santo como pessoa santa da Trinda-
de, com o Pai e o Filho;
— Conhecer os símbolos que falam do Espírito Santo nas
Escrituras;
— Reconhecer a operação do Espírito na Igreja.
INTRODUÇÃO
A doutrina do Espírito Santo chama-se “Pneumatologia”, em
referência à pneuma, termo grego que significa “vento”, “sopro”.
Também é conhecida como “paracletologia”, em referência à su-
blime missão do Espírito de intercessor (Rm 8.26,27).
Essa doutrina é de sublime importância em todo o texto bí-
blico. A julgar pelo lugar que ocupa nas Sagradas Escrituras, está
entre as verdades redentoras. Com exceção de 2 e 3 João, todos
os livros do Novo Testamento contêm referências à obra do Es-
pírito Santo. Todos os Evangelhos começam com uma promessa
do derramamento do Espírito Santo (Mt 1.20; 3.11; Mc 1.8,10;
Lc 1.35, 41; Jo 1.32,33).
No entanto, é reconhecidamente a doutrina mais negligen-
ciada. O formalismo e o medo indevido do fanatismo têm pro-
68 Doutrinas da Fé Cristã
1.3 Consolador
Este é o nome dado ao Espírito Santo no Evangelho de João,
sobretudo nos capítulos 14, 16 e 17. Os discípulos, sabendo que
Jesus havia de partir, estavam contristados: “quem nos ensina-
rá?”, “quem nos guiará?”, “quem estará conosco quando anun-
ciarmos o Teu Nome?”. Jesus aquietou essa situação com uma
promessa: “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador
para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).
A expressão “outro consolador” significa “outro semelhante”. O
termo grego para “Consolador” é paracletus e significa “alguém en-
viado para estar ao lado de outrem a fim de ajudá-lo em qualquer
eventualidade, especialmente em processos legais e criminais.”
Nos tribunais antigos, era costume as partes aparecerem acom-
panhadas por um ou mais amigos prestigiosos, que chamavam
de paracletus, no latim advocatus. Esses assistiam seus amigos,
não por remuneração, mas por consideração e amor (Mc 13.11).
3.1. Fogo
Veja Lucas 3.16. Como fogo, Ele operou no dia de Pentecos-
tes (At 2.4) quando desceu sobre os crentes da Igreja Primitiva.
Como fogo, Ele operará no dia do Tribunal de Cristo, como ve-
remos à frente, quando nossas obras para Deus serão provadas
(1Co 3.15). No período intermediário entre o Milênio e o Juízo
Final, o Espírito de Deus também atuará como fogo (Ap 20.9).
3.2. Vento
Veja Atos 2.2, Ezequiel 37.9 e João 3.8. Assim como o vento
leva as sementes das plantas, o Espírito leva ao coração do ho-
mem pecador a semente da santa Palavra de Deus (Lc 8.11).
A Pessoa do Espírito Santo 71
3.3 Pomba
Veja Mateus 3.16. Ele opera com a suavidade, discrição e
simplicidade de uma pomba. A cor predominantemente branca
da pomba fala da pureza do Espírito Santo. A pomba é símbolo
de brandura, doçura, amabilidade, inocência, suavidade, paz,
pureza e paciência. Essa é a obra do Espírito em nós (Gl 5.22,23).
3.4 Rios
Veja João 7.37-39, Isaías 44.3, Êxodo 17.6, Ezequiel 36.25-
27; 47.1. Quando Jesus declarou: “... rios de água viva correrão
no seu interior”, estava fazendo menção à obra regeneradora e
renovadora do Espírito de Deus no homem. O Espírito Santo é
a fonte de água viva, a mais pura e a melhor, porque Ele é um
verdadeiro rio de vida.
3.5. Óleo
Veja Zacarias 4.2-6. O óleo na antiguidade tinha duas fun-
ções: ungir e curar os ferimentos. Com essa dupla função, o Es-
pírito age em nós, curando as nossas feridas (Lc 10.34) e nos
ungindo para uso e serviço de Deus (1Sm 16.13).
3.6. Selo
Veja Efésios 1.13; 4.30 e 2 Timóteo 2.19. Na Bíblia, o “selo” é
símbolo de autenticidade. O Espírito Santo é quem autentica o
cristão e sua vida. No mundo antigo, ninguém poderia abrir um
documento selado, senão a pessoa a quem tal documento se
destinava. Assim, só Cristo pode agir e fazer conosco o que bem
lhe aprouver, porquanto estamos selados pelo Seu Espírito.
CONCLUSÃO
Esperamos que o amado leitor e aluno tenha compreendido
tudo o que foi ministrado nesta aula. Temos consciência de que
o Espírito Santo é quem fará receber as verdades bíblicas de for-
ma profunda e renovadora.
Na próxima lição, continuaremos a estudar sobre a sublime e
extraordinária pessoa do Espírito da Graça de Deus.
A Pessoa do Espírito Santo 73
QUESTIONÁRIO
Devoção Diária
Objetivos
— O aluno deverá compreender a ação do Espírito
Santo no Antigo e no Novo Testamento;
— Também deverá compreender a ação do Espírito
Santo no ministério terreno de Jesus;
— Saber que o poder do Espírito Santo age na Igreja.
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, primeira parte do estudo sobre a pessoa do
Espírito Santo, vimos alguns nomes pelos quais Ele é conhecido
na Bíblia. Obviamente, não esgotamos o tema, mas compreende-
mos, assim, a Sua ação ao longo das páginas sagradas. Também
estudamos sobre os símbolos do Espírito Santo, Seu ministério
na Igreja, atuando na administração, no ensino, na pregação e na
oração. Vimos, ainda, que o Espírito Santo não é mera energia ati-
va, como defendem alguns, ou uma força iluminadora; antes, ele
é uma pessoa dotada de intelecto que conhece as profundezas
de Deus.
Nesta lição, vamos estudar sobre a atuação do Espírito Santo
no Antigo e no Novo Testamento, bem como Sua participação
direta no ministério terreno de Jesus, o Cristo. Compreender
que a ação do Espírito Santo é contemporânea nos levará a de-
sejar conhecê-Lo mais e desfrutarmos de Sua comunhão.
76 Doutrinas da Fé Cristã
1.1 Na Criação
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade, por cujo po-
der o Universo foi criado. Ele pairava sobre a face das águas e
participou da glória da Criação (Gn 1.2; Jó 26.13; Sl 33.6; 104.30).
O Espírito Santo criou e sustenta o homem (Gn 2.7; Jó 33.4).
Toda pessoa, reconheça a Deus ou não como o seu Criador, é
sustentada pelo poder do Espírito Santo (Dn 5.23; At 17.28).
2.1.2 No Batismo
Ele é quem inaugura e oficializa o ministério de Jesus. Veja
Mateus 3.16,17. Com essa manifestação do Espírito Santo, Jesus
inicia o Seu ministério terreno.
2.1.3 Na Tentação
É o Espírito Santo quem conduz Jesus ao deserto para ser
tentado pelo Diabo (Mt 4.1). A tentação seria o primeiro mo-
78 Doutrinas da Fé Cristã
2.1.4 No Ministério
Todo o ministério de Cristo foi confirmado pelo Espírito Santo
(Mc 1.12; Lc 4.18; 11.20; At 10.38).
2.1.5 Na Crucificação
O mesmo Espírito que O conduziu ao deserto e ali O susten-
tou, operou em Cristo rumo ao Calvário para consumar Seu mi-
nistério na cruz pela salvação da humanidade (Hb 9.14; 12.2).
2.1.6 Na Ressurreição
Veja Romanos 1.4; 8.11. Em João 20.22, Jesus soprou e disse
aos seus discípulos: “Recebei o meu Espírito”. Isso, no entanto,
não pode ser visto como o cumprimento da promessa de Lucas
24.49. Uma comparação com Gênesis 2.7, indica que o sopro
divino simboliza um ato criador. Mais tarde, Jesus foi descrito
como Espírito que dá vida (1Co 15.45). Em João 20.22, o que
Jesus está revelando aos Seus discípulos é o poder da Sua res-
surreição.
2.1.7 Na Ascensão
Jesus recebeu o Espírito Santo no batismo (Jo 1.33), como já
vimos. E, ao subir aos céus, enviou-O à Sua Igreja (Jo 16.7; At 1.4).
4.1 Administração
Os grandes movimentos missionários da Igreja Primitiva
foram ordenados e aprovados pelo Espírito (At 8.29; 10.44;
13.2,4). Paulo estava consciente de que todo o seu ministério
era inspirado pelo Espírito (Rm 15.18,19). Em todas as suas via-
gens, ele reconhecia a operação do Espírito Santo. Ver ainda
Atos 6.3, 20.28.
4.2 Pregação
Os cristãos primitivos estavam acostumados a ouvir o Evan-
gelho pregado “pelo Espírito Santo enviado do Céu” (1Pe 1.12)
e recebiam com gozo a palavra do Senhor (1Ts 1.6), porque o
Evangelho era pregado pelo poder do Espírito Santo (1Ts 1.5;
1Co 2.1-5).
A.J. Gordon escreveu que “a nossa época está perdendo o
contato com o sobrenatural; o púlpito está descendo ao nível da
plataforma secular”.
4.3 Oração
Jesus ensinou aos discípulos um modelo de oração como
guia de suas petições (Mt 6.5-14). Antes de partir para o Pai, Ele
falou-nos sobre como devemos orar: “em meu nome” (Jo 16.23).
Esse é o meio pelo qual podemos chegar a Deus em oração. A
Bíblia ensina-nos a orar no Espírito (Ef 6.18; Jd 20; Rm 8.26-28).
4.4 Canto
Como resultado de estarem cheios do Espírito Santo, os
crentes cantam “em cantos espirituais.” São hinos espontâneos
A Obra do Espírito Santo 81
4.5 Testemunho
Na Igreja Primitiva, todos testemunhavam de Jesus Cristo.
A Igreja era dirigida pelos apóstolos e pastores (Ef 4.11,12),
mas todos sentiam-se devedores do testemunho de Cristo.
Aliás, “testemunhar” é a palavra-chave do livro de Atos (1.22;
10.39,41-44; 13.31; 22.15; 26.16).
CONCLUSÃO
Concluímos mais esta lição e o último tópico de estudo re-
quer sensível atenção para não incorrermos no erro de conhe-
cer a obra do Espírito Santo e desprezá-la por incredulidade e
destemor. Que Ele, o Santo Espírito de Deus, como disse o Se-
nhor Jesus, nos guie a toda a verdade (Jo 16.13), para que, com-
preendendo-a, vivamos para honra e glória do nosso Deus.
QUESTIONÁRIO
Devoção Diária
Domingo: 1 Tessalonicenses Quarta-feira: Efésios 4.30
5.19,20 Quinta-feira: João 16.12-15
Segunda-feira: Efésios 3.14-21 Sexta-feira: Mateus 3.7-11
Terça-feira: Efésios 5.18-21 Sábado: Atos 8.18-21
Objetivos
— O aluno deverá ter em mente que o Espírito Santo é uma
pessoa sensível;
— Também deverá saber diferenciar o pecado e a blasfêmia
contra o Espírito Santo;
— Por fim, deverá compreender a missão do Espírito Santo
na Igreja.
INTRODUÇÃO
Vimos nas lições anteriores como foi a operação do Espírito
Santo no Antigo e no Novo Testamento, no ministério de Cristo
e na história da Igreja. Nesta porção do nosso estudo, faremos
uma análise da ação do Espírito da Graça ao longo da História
para entendermos porque Jesus atribuiu ao Espírito Santo maior
sensibilidade no tocante aos pecados contra Ele e a gravidade da
blasfêmia.
Inicialmente, devemos ter em mente que o Espírito Santo
atua na Dispensação da Graça, na plenitude dos tempos, quan-
do, portanto, toda a revelação do plano salvífico de Deus já se
manifestou e ninguém poderá alegar inocência, diferente do pe-
ríodo vétero e neotestamentário, quando essa revelação estava
se desenrolando como um rolo profético (Ef 3.1-12).
o fazem! Este foi o caso dos fariseus. Eles estavam tão enciumados
da popularidade de Jesus que, mesmo vendo um possesso sendo
liberto, atribuíram o milagre ao Diabo. Essa é a razão pela qual Jesus
lhes trouxe a séria advertência. Isso que deixa clara a situação e,
repito, a blasfêmia ocorre quando o blasfemo tem conhecimento da
obra de Deus e a credita ao Diabo. Assim, não apenas nega o Pai e
ao Filho, mas também blasfema contra o Espírito do Santo.
CONCLUSÃO
Concluindo a nossa décima lição, fica claro que só é possível
blasfemar contra o Espírito Santo quando se tem conhecimento
de Sua obra, como os fariseus, a quem Jesus se dirigiu nessa pas-
sagem. Mesmo conhecendo Sua obra, atribuí-la ao Diabo, credi-
tando a operação de Deus ao maligno. Guarde-nos o Senhor de
assim procedermos!
Outro detalhe importante é que quem blasfema contra o
Espírito Santo não sente arrependimento, porque o Espírito
da Graça não opera em seu favor (Hb 3.7-13; 10.26-31). Assim,
quem se arrepende, o faz porque o Santo Espírito provoca o seu
coração em direção à salvação. Afinal, é Ele quem convence o
homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11).
QUESTIONÁRIO
Lição 11 CONHECENDO A
DOUTRINA DE DEUS
Leitura Coletiva Salmo 19.1,7-11
“ Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia
1
Devoção Diária
Domingo: Deuteronômio 6.4; Quarta-feira: Atos 17.28,29
Mateus 12.29 Quinta-feira: Salmo 90.1,2
Segunda-feira: Mateus 28.19 Sexta-feira: 1 Crônicas 16.8-12
Terça-feira: Romanos 1.19-21 Sábado: 1 Crônicas 29.11,12
Objetivos
— A criatura precisa reconhecer o seu Criador; a nova cria-
tura precisa conhecer o seu Senhor;
— Proporcionar ao estudante conhecimento mais profundo
de Deus, Seu caráter e Suas obras;
— Levar o crente em Cristo a desenvolver um relaciona-
mento pessoal com Deus por meio do conhecimento d’Ele.
INTRODUÇÃO
“Vivemos num Universo cuja imensidão pressupõe um Cria-
dor poderoso; Universo cuja beleza, desenho e ordem apontam
um sábio Legislador. Não podemos olhar para o mundo sem que
a criação nos cause espanto”. Estas palavras são de Myer Pearl-
man, teólogo judeu convertido ao Cristianismo.
Enfrentamos diariamente o milagre da vida e o mistério da
morte, a glória das árvores em flor, a magnificência do céu estre-
lado, a grandiosidade das montanhas e do mar. Podemos recuar
no tempo, indo da causa para o efeito, mas não podemos con-
tinuar nesse processo de recuo sem reconhecer um Ser sempi-
terno.
Quem é este?
O Eterno, Imutável, Infinito, Justo, Santo, Poderoso Deus.
Aquele que muitas vezes é mencionado, mas pouquíssimo co-
nhecido.
Conhecendo a Doutrina de Deus 93
1.1 Agnosticismo
Etimologicamente, o termo derivou-se da palavra grega ag-
nostos, formada com o prefixo de privação (ou de negação) “a”,
anteposto a gnostos (conhecimento). O agnosticismo acredita
que a questão da existência de um poder superior (Deus) não foi,
nem nunca será resolvida. Daí o termo exprimir a ideia de “crença
suspensa”, ou seja, o indivíduo nem crê, nem deixa de crer.
O ateísmo diz que existem provas negativas da existência de
Deus, pelo que poderíamos ter certeza que Ele não existe. O
agnóstico diz que há provas, negativas e positivas, embora in-
conclusivas. Com esses argumentos, o agnóstico defende que
a mente finita não pode compreender o infinito, “se é que ele
existe”. Todavia, podemos tocar a terra, mas, jamais envolvê-la
com nossos braços; podemos compreender a matemática, mas,
nem por isso, esgotar os números.
1.2 Politeísmo
Do grego poli, que significa muitos, e theos, deus, resultando
em “muitos deuses”. Consiste na crença em mais do que uma
94 Doutrinas da Fé Cristã
1.3 Ateísmo
Num sentido amplo, ateísmo é a rejeição da crença na existên-
cia de divindades. Num sentido restrito, o ateísmo é a posição que
defende a não existência de Deus. O termo ateísmo provém do
grego atheos que significa “sem Deus”, e foi aplicado com cono-
tação negativa aos pensamentos que rejeitavam os deuses adora-
dos pela maioria da sociedade.
Com a difusão do pensamento livre, do ceticismo científico
e do consequente aumento da crítica da religião, a aplicação do
termo foi reduzida ao seu escopo. Os primeiros indivíduos a se
identificarem publicamente como “ateus” surgiram no século
XVIII. Em sua essência, são materialistas, negam qualquer pos-
sibilidade de um mundo espiritual e real e utilizam-se da razão
(raciocínio lógico) como meio para conhecerem as coisas.
D.S. Clarck, experiente em engenharia química, escreveu:
“Antes de afirmar que não há Deus, deve-se examinar todos os
pontos do Universo; deve-se investigar todas as forças mecânicas,
elétricas, biológicas, mentais e espirituais; deve-se ter conheci-
mento de todos os seres e compreendê-los completamente; de-
ve-se estar em todos os pontos do espaço em um só tempo, para
que, possivelmente, Deus não esteja em outra parte e, assim, não
Conhecendo a Doutrina de Deus 95
1.4 Deísmo
O deísmo é uma postura filosófica que admite a existência
de um Deus Criador, mas questiona a ideia da revelação divina.
Pretende enfrentar a questão da existência de Deus através da
razão, em lugar dos elementos comuns da religião teísta, tais
como a revelação divina, os dogmas e a tradição. Argumenta
que Deus é o Criador do mundo, mas que não intervém nos afa-
zeres do mesmo.
Para os deístas, Deus se revela através da ciência e das forças
da natureza. O deísmo admite a ideia de um Deus real, pessoal,
Criador, porém, nega qualquer relação d’Ele com as Suas cria-
turas. Ensina que Deus, ao criar o mundo, imprimiu leis que o
governam, e, afastando-se, entregou-o a uma lei natural.
1.5 Panteísmo
O termo “panteísmo” tem origem nas palavras gregas pan
(tudo) e théos (deus), surgindo daí a ideia primária de que “Deus
é tudo e tudo é Deus”.
O panteísmo é uma doutrina antibíblica, que se assemelha ao
politeísmo, isto é, à crença em muitos deuses. Porém, suas afir-
mações vão muito além quando ensinam que Deus é tudo e tudo
é Deus: o ser humano é deus, o sol é deus, os rios são deuses, as
montanhas são deuses, enfim, tudo é Deus. No panteísmo, Deus
é identificado com o Universo. No entanto, o poema não é o poe-
ta; a arte não é o artista; a música não é o músico, nem a criação
é o Criador.
96 Doutrinas da Fé Cristã
2.1 A Natureza
Milhões e milhões de vidas já foram transformadas com a
leitura e aplicação dos textos encontrados nas Sagradas Escritu-
ras. Ela revela-nos que o Criador se fez revelado na criatura: “No
princípio, criou Deus os Céus e a Terra” (Gn 1.1). Outros textos
mencionam a Sua revelação pelas coisas criadas, como: Salmo
19.1-6; Isaías 40.25-28; João 1.1-3; Romanos 1.19,20 e Apoca-
lipse 4.11.
2.2 A Bíblia
A Bíblia é o livro que revela Deus em todas as suas páginas.
Suas palavras são verdade e vida (Sl 119.160; Jo 5.39). A Bíblia
foi escrita por homens sujeitos a todo tipo de fraquezas e erros,
porém, o que foi escrito está isento de tais erros. A mão de Deus
guiou cada traço, palavra e expressão encontrados nas Santas
Escrituras. Portanto, ela é a verdadeira Palavra de Deus (Sl 33.4;
Jo 17.17; 1Tm 4.9). Ela é digna de confiança por ter sido inspira-
da por Ele (2Pe 1.21; 2Tm 3.16,17).
Conhecendo a Doutrina de Deus 97
2.3 Jesus
A vida e o ministério de Jesus, juntamente com Sua ressurrei-
ção, põem o selo confirmatório sobre a inspiração e a autorida-
de divinas das Escrituras.
Jesus mesmo declarou que Ele veio para ser a revelação do
Deus invisível. Sabemos que o homem pecou e se distanciou de
Deus, andando por caminhos que não lhe agradam. No entanto,
a Bíblia afirma que “Deus amou o mundo e de tal maneira” (Jo
3.16), que procurou reconciliar-se com o homem, vindo a este
mundo através do Seu Filho (Mt 1.18-24; Fp 2.5-8; Hb 1.1-4)
para promover a paz e remover a ofensa (pecado) que o separa-
va d’Ele (Rm 5.1,18; 2Co 5.18,21; Ef 2.14-17; Cl 1.20).
Com Sua morte na cruz, Jesus proporcionou a redenção do ho-
mem (Ef 1.7; Cl 1.14), libertando-o dos seus pecados (1Pe 3.18),
fazendo-o nova criatura (2Co 5.17). Dessa forma, Cristo assegu-
rou-nos o direito de sermos herdeiros de todas as bênçãos no
presente e no porvir (Mt 25.34; Rm 8. 17,18).
Continua o escritor:
“O Sol está girando numa órbita vertiginosa em direção à circunfe-
rência da Via Láctea a 19.300 metros por segundo, levando consigo
a Terra e todos os planetas, e ao mesmo tempo o sistema solar está
girando num gigantesco circuito à velocidade incrível de 321 quilô-
metros por segundo, enquanto a própria galáxia gira, qual colossal
roda gigante estelar. Fotografando-se algumas seções dos céus, é
possível fazer a contagem das estrelas. No observatório de Harvard
College, vi uma fotografia que inclui imagens de mais de 200 Vias
Lácteas, todas registradas numa chapa fotográfica de 35 x 42 cm.
Calcula-se que o número de galáxias de que se compõe o Universo
é da ordem de 500 milhões de milhões”.
CONCLUSÃO
Deus é um ser real, mas de natureza tão infinita que não po-
demos apreendê-Lo plenamente pelo conhecimento humano
ou mesmo descrevê-Lo satisfatoriamente. Ninguém jamais viu a
Deus (Jo 1.18; Êx 33.20). Nossa busca é por conhecê-Lo confor-
me as Sagradas Escrituras nos revelam.
Na próxima lição, estudaremos um pouco mais sobre os Seus
atributos naturais, ativos e morais, e nomes que O identificam
nas páginas sagradas.
Conhecendo a Doutrina de Deus 101
QUESTIONÁRIO
1. Descreva três crenças errôneas sobre a Pessoa de Deus.
Lição 12 A EXCELÊNCIA DO
CONHECIMENTO DE CRISTO
Leitura Coletiva 2 Coríntios 5.16,17
“ Assim que, daqui por diante, a ninguém conhecemos se-
16
Devoção Diária
Domingo: Atos 3.18-20; 10.43 Quinta-feira: Atos 8.5; 1 Corín-
Segunda-feira: Atos 5.41,42 tios 15.1-4
Terça-feira: Atos 9.19-22 Sexta-feira: Marcos 16.15; Ro-
manos 1.1-3
Quarta-feira: Atos 17.1-3
Sábado: Gálatas 1.6-9
Objetivos
— Conhecer a Jesus Cristo como o Filho Unigênito de Deus;
— Fazer conhecidas as circunstâncias sobrenaturais do Seu
nascimento;
— Defender o poder transformador do conhecimento de
Cristo.
INTRODUÇÃO
Jesus Cristo é a figura central das Sagradas Escrituras e da
história do mundo. Esse (o mundo), não pode esquecer-se d’Ele
enquanto lembrar-se da História, pois, a história do mundo é a
história de Cristo. Ignorá-Lo na História seria como omitir da As-
tronomia as estrelas ou da Botânica as flores. Discutir Sua Divin-
dade seria como tentar convencer um matemático que a soma
dos lados de uma figura geométrica não resultará em seu períme-
tro, ou convencer um químico que a fórmula da água não é H2O.
Bushsnell declarou que “seria mais fácil separar todos os
raios de luz que atravessam o espaço e deles remover uma das
cores primárias do que retirar do mundo o caráter de Cristo”
(Seitas e heresias, Raimundo de Oliveira, CPAD).
O Antigo Testamento prediz a Sua vinda através de tipos,
símbolos e profecias diretas. A pessoa de Cristo não somente
está firmemente engastada na história humana e gravada nas
páginas abertas das Sagradas Escrituras, mas também é expe-
rimentalmente materializada na vida de milhares de crentes e
entrelaçada no tecido de toda civilização digna desse Nome.
104 Doutrinas da Fé Cristã
2.1 Paulo
O que Paulo não conseguiu entender com a sua mente, por
meio do seu profundo conhecimento intelectual, foi muda-
106 Doutrinas da Fé Cristã
2.2 Tiago
O irmão do Senhor (Gl 1.19) é outro exemplo. Tanto ele como
seus irmãos não criam em Jesus. Até o momento da morte de
Jesus, eles sustentaram essa posição, pois não os vemos men-
cionados nos Evangelhos como estando por perto. Reforça a
ideia o fato de Maria estar sozinha, razão pela qual Jesus confiou
o cuidado dela a João (Jo 19.26).
Mas algo aconteceu depois da morte e ressurreição de Jesus.
Não temos um relato detalhado, só a menção do que houve,
e sabemos que algo aconteceu e que isso mudou para sempre
a vida de Tiago (1Co 15.7). Aquele Tiago cínico, que provocava
Jesus, que quis prendê-Lo, que não cria n’Ele, mudou comple-
tamente. Não mudou pelo conhecimento segundo a carne de
toda uma vida fisicamente próximo de Jesus, mas mudou quan-
do provou a revelação do Cristo ressurreto. Acredito que esta
revelação foi o marco da mudança, pois ele passou a ser men-
cionado entre os que estavam reunidos no Cenáculo (At 1.14)
por ocasião do Pentecostes. Tiago se tornou uma das colunas da
Igreja de Jerusalém, mencionado antes mesmo de Pedro e João
(Gl 2.9). Que diferença entre o irmão de Jesus visto nos Evange-
lhos e este grande líder que ele veio a ser!
Somente pela ação do Espírito Santo em nossas vidas pode-
mos nos aproximar e sermos envolvidos por esta dimensão do
entendimento. Foi o que aconteceu conosco quando nos con-
vertemos ao Senhor Jesus. Com o passar do tempo, muitos de
A Excelência do Conhecimento de Cristo 107
3.1 Mateus
Escreveu para os judeus. Em seu Evangelho, Jesus é descri-
to como rei. Por esse motivo, o evangelista começou seu texto
com a genealogia de Jesus, visto que um rei precisava ter gene-
alogia demonstrável.
3.2 Marcos
O evangelista Marcos escreveu para o povo gentio. Nes-
te Evangelho, Jesus é apresentado como servo. Além disso, o
público de Marcos era o povo romano, que nada conhecia da
história dos judeus. Como o servo não precisava de genealogia
e os romanos não conheciam a história judaica, Marcos não de-
monstra tal preocupação em sua obra.
3.3 Lucas
Em Lucas, Jesus é o “Filho do homem”. Daí o cuidado de Lu-
cas ao apresentar a humanidade de Jesus com maior ênfase, in-
clusive a sua genealogia que retrocede a Adão, diferente da de
Mateus, que foi até Abraão. Seu público leitor eram os gregos,
daí a necessidade do maior detalhamento no texto de Lucas.
3.4 João
Em João, Jesus foi apresentado como o “Filho de Deus”, sem
genealogia, porque é o Verbo, não tem princípio nem fim. É o
Alfa e o Ômega. Seus leitores eram os romanos.
A Excelência do Conhecimento de Cristo 109
CONCLUSÃO
Como o querido leitor pôde ver, o assunto é inesgotável.
Como afirmamos em lições anteriores, não pretendíamos que
fosse possível esgotá-lo. Convido-o, portanto, a reler o que foi
estudado hoje, procurando em sua Bíblia cada referência apon-
tada, pois isso o fará mais íntimo das Sagradas Escrituras e do
Senhor que nos salvou.
QUESTIONÁRIO
Devoção Diária
Domingo: 1 Coríntios 15.3,4 Quarta-feira: 1 Timóteo 3.16
Segunda-feira: 2 Coríntios Quinta-feira: Hebreus 9.13,14
5.18-20 Sexta-feira: João 19.30
Terça-feira: Colossenses 1.17-20 Sábado: João 20.1-10
INTRODUÇÃO
Cristo realizou muitas obras (Jo 20.30,31). Porém, a obra su-
prema que consumou foi morrer pelos pecados do mundo (Mt
1.21; Jo 1.29). Incluídas nesta obra expiatória, figuram a Sua
morte, ressurreição e ascensão. Ele não somente devia morrer
por nós, mas também viver por nós. Ele não somente devia res-
surgir por nós, mas também ascender para interceder por nós
diante do Pai (Rm 8.34; 4.25; 5.10).
1. OS INIMIGOS DE JESUS
1.1 Seus Conterrâneos
Tendo sido batizado por João, o Batista, Jesus foi conduzido
pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo Diabo (Lc 4.1). De-
pois de quarenta dias jejuando, sob fortes ataques do inimigo,
Jesus dá início ao Seu ministério. Ele decidiu iniciá-lo na cidade
onde fora criado: Nazaré (Lc 4.14-16).
Na cidade, Ele tomou o rolo do livro do profeta Isaías e leu
(4.17-21). Quando Jesus começou a aplicar a profecia de Isaías
a Si e ao Seu tempo, houve tumulto na sinagoga, inicialmente,
de grande euforia: “E todos lhe davam testemunho, e se maravi-
lhavam das palavras de graça que saiam de sua boca, e diziam:
‘Não é este o filho de José?’” (Lc 4.22). No entanto, à medida
que Ele fez a exposição do texto, o semblante dos seus ouvintes
foi mudando e, em não muito tempo, “ouvindo estas coisas se
encheram de ira” (v. 28).
Foi tão grande a revolta que não se contentaram em expul-
sá-Lo da sinagoga. Expulsaram-No da cidade e ainda quiseram
114 Doutrinas da Fé Cristã
lançá-Lo monte abaixo (v. 29). Lançar monte abaixo não era uma
prática incomum. Alguns tipos de apedrejamento ocorriam nes-
sas situações. O acusado era lançado monte abaixo e, se sobre-
vivesse, terminavam de matá-lo lançando pedras.
A partir deste momento, Jesus mudou de cidade e foi se ins-
talar em Cafarnaum, que passa a ser a base do Seu ministério na
Galileia (v. 31,32).
1.2 O Traidor
No Salmo 55.12-14, a profecia menciona que o traidor seria
alguém próximo do Messias. Jesus não foi traído pelos romanos,
seus inimigos políticos; não foi traído pelos samaritanos, seus
inimigos religiosos; não foi traído pelos gregos, inimigos ideoló-
gicos. Jesus foi traído pelo Seu próprio povo (Jo 1.11).
O nome “Judas” é uma variante grega do hebraico “Judá”.
Isso sugere que o traidor era da mesma tribo do Messias. A ex-
pressão “Iscariotes” é, literalmente, “nascido em Quiriote”. Essa,
por sua vez, era uma das cidades da tribo de Judá (Js 15.25), o
que confirma a afirmação anterior.
Por que Judas traiu Jesus? De acordo com a Bíblia, Judas ti-
nha quatro linhas de comportamento que o impeliam na direção
do cumprimento das profecias que apontavam o traidor: era la-
drão (Jo 12.6); hipócrita (Lc 22.48); diabo, endemoninhado (Jo
6.70); e nunca desejou a bênção (Sl 109.17). Quem não deseja
a bênção recebe a maldição. Foi o que aconteceu com ele. Por
isso, devemos ter em mente que “pequenas coisas” aparentes
podem nos empurrar para abismos profundos.
2. A OBRA DE JESUS
2.1 Seus Milagres
2.1.1 Sobre as forças da natureza (Lc 8.23-35)
2.1.2 Sobre as forças das trevas (Mc 1.22-27; Lc 10.17; Mc
16.17; At 10.38)
2.1.3 Sobre as enfermidades (Mc 1.30-34; Jo 5.1-9; 16 17,18)
2.3.1 Na Bíblia
2.3.1.1 Foi predita
a) Por Davi: Salmo 16.10;
b) Por Isaías: Isaías 53.10-12;
c) Por Jesus: Lucas 9.22.
3. A ASCENÇÃO DE JESUS
Os Evangelhos, o livro de Atos e as epístolas dão testemunho
da ascensão. Ela nos ensina que o nosso Mestre é:
CONCLUSÃO
Assim, concluímos com a frase de Santo Agostinho: “Creio,
para que possa entender”.
A fé em Cristo e o conhecimento de Cristo exigem entrega
de quem se dispõe a crer, para que possa compreender as coi-
sas espirituais. Só pode haver conhecimento com base nesse
princípio. O Cristo da fé só será compreendido, crido, honrado
e adorado quando da rendição dos céticos ante à compelidora
realidade do homem JESUS.
QUESTIONÁRIO