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CrNrRo »r §oRMAÇÃo CnsrÃ


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CENTRo DE FoRMAÇÂo CRrslÁ

SUMARIO
COMO SER UM DISCIPULADOR

l.oeuEÉ orscrpur,ADo 7

2. DISCPULADo cnlsrÃo 9

3. O DISCIPULADoR crusrÃo l0
4. ATITURDES D DISCIPULADOR l1
5. A soBRrvtvÊNcIA ESpIRITUAL Do DISCIpULADoR t7
6. O PERFIL DO DISCIPULADOR l8
z. pnINCTpAIS DTFTcULDADES E DUvIDAS Do Novo cor{vERTIDo 20

8. A QUESTXO pA AUTORTDADE 21

9. COMO EU ME TORNO UM DISCIPULADOR 22

rO. COMO CONSOLIDAR O NOVO CONVERTIDO 23

AS ESCRITURAS

1. A rMPonrÂNcn oe nÍrrm 27

2. A INFLUÊNcII oa gÍnUA EM NoSSA SoCIEDADE

r. a gÍguA: A PALAVRA DE DEUS

4. ESTRUTURA DA nÍeuA
ExnncÍcros DE nEvrsÃo - r 31

s. A DrvrsÃo pe nÍnrn 32

6. REVELAçÃo r wsnmaçÃo JJ

7. MANUSCRTToS E vnnsôrs 34

s. o cÂNoN Do VELHo E Do NoVo TESTAMENTo 35

g. o cÂNoN Do Novo TESTAMENTo - coMo coMnÇou 36


nrrnnaíar^ nF nrrrra i a
11. DIFERENÇA ENTRE O CÂNON PROTESTANTE E O
CÂNON CATOLICO 40

12. OS LIVROS APOCRIFOS 40

EXERCÍCIO DE REVISÃO - 3 42

13. HISTÓRICO DOS LIVROS DO VELHO TESTAMENTO (Resumo) 43

14. OBTENDO O MÁXIMO DE SUA BÍBLIA 44

PANORAMA DO ANTIGO TESTAMENTO 49

PANORAMA DO NOVO TESTAMENTO 55

sArvAÇÃo

INTRODUÇÃO: 6r

1. A CRrAÇÃO OO HOMEM 61

2. A QUEDA DO HOMEM 62

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO -r 67

3. A RESPOSTA DE DEUS À QUppe 68

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - 2 70

4. A RECONCILIAÇÃO PELO SACRIFÍCIO DE JESUS 7l

EXERCÍCrOS DE FIXAÇÃO - 3 74

s. coMo RECEBER A SATVAÇÃO 75

6. OS BENEFÍCrOS DA SALVAÇÃO 76

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃo - 4 80

7. A NOVA POSIÇÃO 8l

EXERCÍCrOS DE FIXAÇÃO - 5 83

PRINCÍPIOS DA FÉ
*&*
CENTRO DE FORMÁÇÁO CRISTÀ

3. coMo ontnnros pÉ
88

+. a pÉ NA cABEÇa x rÉ No coneçÃo 88

5. A rMPonrÂNcre oa r'É 89

o. a rÉ or ronnÉ x e rÉ oE eeneÃo 90

z. e.çÉ, PARA A SALVAÇÃO - Romanos 10.8-10, 13, 14,L7 90

s. e rÉ Eu açÃo 91

q. a rÉ rna eçÃo - ANTTGo TESTAMENTo 92

ro. e pÉ Eu açÃo - Novo TESTAMENTo 92

r r. a rÉ x ESIERANÇA 93

rz. a rÉ vÊ a RESposrA 94

13. coNFESSAR É possum 95

14. os rNrMrcos oa pÉ 95

O ESPÍRITO SANTO

mrnoouçÃo t07

1. A PESSoA Do EspÍruro sANTo t07

2. A pRESENTE TAREFA Do EspÍntto sANTo NA TERRA 108

a. sÍMsoros Do EspÍnrto sANTo 108

4. AS oBRAS Do rspÍnrto sANTo r08

s. o EspÍnrro EM nEreçÃo Ao pAr E Ao FrLHo 109

o. o cenÁtgR Do EspÍnmo sANTo 109

z. o pspÍnrro sANTo No vELHo TESTAMENTo 110

s. o BspÍnrro sANTo No Novo TESTAMENTo 111

s. o pspÍnrro sANTo EM nEraçÃo Ao sALVo tt4


ro. rspÍnrro DE PoDER 1ls
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CENTRo DE toruÀÇÃo CRrsTÃ
Gomo ser urn discipulador
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CENTRO DE FORMÂÇÃO CRTSTA

fuíw temtnCI de Fmnrmmção ürfrstã da §.ffi.[-.


Módulo: MATURIDADE - # mtsclpuLAm#ffi
CFC
§5 Dinâmica Para Ca§a
Conteúdo da aula

) Compartilhar a idéia de ser ) Participar da Consolidação


1.Oqueédiscipulado. discipulado. Como foi o início da após o culto, preenchendo a
1 ficha do novo convertido. Ligar
2. Discipulado Cristão sua caminhada, quem esteve ao
seu lado. para ele durante a semana.

)
Compartilhar características que
voce mais admirava no seu ) Continuar participando da
3.Discipulador cristão. discipulador. Com o que voce Consolidação após o culto e
4. Atitudes do discipulador mais aprendeu com a vida dele. ligando para o novc convertido.
2 (ítens 1-3). ) Preencher a ficha do novo ) Desafiar o novo convertido a
10. Como consolidar o novo convertido na sala. Treinar como iniciar a Consolidação.
convertido fazer o contato por telefone. ) Adquirir o material da Consoli-
)Conhecer o material do dação e estudar a 1^ e 2" lição.
Discipulado na Jornada.

4. Atitudes do discipulador ) lniciar a Consolidação


(ítens 4-6). Sair da sala de aula por uns com um novo convertido.
5. A sobrevivência instantes (5 minutos) e ) Conversar com alguns
3 espiritual do discipulador. entrevistar alguns alunos sobre membros da sua célula e
6. Perfil do discipulador. as moiores dificuldades perguntar quais foram as suas
7. Principais dificuldades do encontrodas poro se firmor na fé . maiores dificuldades para se
novo convertido. firmar em Cristo.

) Honrar um líder sobre sua vida.


Falando o quanto ele foi
8.A Questão da autoridade.
) Apresentar um teatro sobre a importante para seu
4 9.Como eu me torno um consolidaçõo negligente e o fiel. crescimento. Relatar como foi.
discipulador. ) Continuar a Consolidação
1. oeuEÉptscIPULADo
MATEUS 28.T8-20

PoR euE FAZER orscÍpulos?

Por que esta foi a ordenança que |esus nos deixou, e Ele não apenas ordenou, mas nos ensinou a fazer
discípulos, tal como Ele fez. |esus concentrou Seus esforços em doze homens. Ministrou às suas vidas por três
anos e meio, dia e noite, dando-nos o exemplo de como devemos ser. Esta é a única maneira de trazer todos os
homens de volta ao governo (disciplina) de Deus.

Ide e fazeidiscípulos de todas as nações


O maior mandamento ministerial do Senhor para nós é fazer discípulos. Todos são chamados a participar
um dom especial, e sim um mandamento. Diante desse mandamento, todos os que creem
dessa tarefa que não é
em Cristo não têm outra opção se não obedecer. O caráter do seguidor de )esus é testado pela obediência aos
Seus mandamentos, e o fazer discípulos é, sem dúvida, a maior implicaçáo da obra de pós-Calvário de Cristo.'

o QUE É USCTpULADO?

É o relacionamento entre um mestre e vm aprendiz, baseado no modelo que é Cristo. Por ele, o mestre
reproduz no aprendiz a plenitude da vida que há em Cristo, capacitando o aluno a treinar outros para que
também ensinem novos discípulos.

Esserelacionamento liga apessoa à cadeia de autoridade existente na Igreja. Assim, o discípulo é acompanhado
em seu processo de crescimento e ajudado a conformar sua vida com o propósito de Deus, como também a se
encaixar na vida da Igreja.

Discipular é transmitir a vida de fesus. É reproduzir essa vida em outras pessoas, ensinando-as a guardando
tudo que Ele ordenou.

QUALIDADES IMPRES CINDÍVUS AO VERDADEIRO DI SCI PULAD O

O caráter conta

É necessário certo tipo de caráterpara buscar a Deus fielmente, e nem todos escolherão esse tipo de conduta.
O chamado do evangelho separa aqueles que estão voltados inteiramente para si mesmos daqueles que sáo
mais altruístas, desprendidos, que se importam com os outros.

Caráter interior requer:

1. Coragem
Coragem é a força em face do perigo, e podemos estar certos que o diabo vai tentar de tudo paraatrapalhar o
nosso discipulado com Cristo. Ele vai usar pessoas, suscitar fofocas, quebra de confiança, tudo para nos afastar
da bênção e da proteção que é o discipulado. Diante disso podemos responder com a coragem que vem da fé,
que é a vontade de enfrentar riscos reais baseados na nossa confianca de que Deus nos salvará.
r4í*
CENTRo DE FoRMAÇÃo CRIsd.

No mínimo é preciso coragem para seguir o Senhor. Em Apocalipse 21.8, os tímidos ou covardes encabeçam
a lista daqueles que seráo perdidos. Precisamos ter coragem para dizer "sim" ao Senhor, "náo" ao pecado e aos
nossos desejos e sentimentos egoístas.

A pessoa cujo objetivo principal é proteger a si mesma e não se arriscar, nunca será um fiel seguidor do
Senhor. Os riscos são reais, as perdas nesse mundo podem ser grandes, e somente as pessoas corajosas, de fé,
que lutam com perseverança, prevalecem diante das afrontas e oposições.

2. Compromisso
Se náo assumirmos um genuíno compromisso com Deus náo resistiremos muito tempo em face do que o
diabo pode atirar contra nós. A fé necessária para nossa salvaçáo em Deus envolve muito mais do que uma
explosão emocional ou uma forte decisáo passageira. Nem pensamento positivo o:u"fazeÍ uma experiência'
seráo suficientes.

Se propusermos seguir a Cristo, teremos que ter o caráter qtte é capaz de tomar decisões e mantê-las,fazendo
realmente o que decidimos fazer.Tiago nos urge a "purifi.car" nossos corações contra a indecisão. "Chegai-vos
a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o
coraçãoi' (Tg .B.)

Compromisso é o que nos coloca acima da mediocridade. É o que nos mantêm firmes num propósito,
quando outros sáo levados pelo vento. O compromisso nos dá a convicçáo de quem somos, a quem nós
pertencemos e para que existimos.

3. Confissáo
Paulo apresenta a conflssáo da fé em Cristo como uma das condições para a salvaçáo (Rm 10.9). Mais
adiante ele exorta Timóteo a ter a boa confissáo, que faz toda diferença na vida de um discípulo-líder bem
sucedido (1Tm 6.12-13).

Compromissos secretos náo se sustentam tanto como os públicos. Conflssão é uma declaraçáo testemunhada
de que temos, somos ou fazemos algo.

A maior confissão é declarar com a nossa boca e nossas ações que pertencemos a )esus. Essa confissáo tem
seu ponto alto no batismo, e é renovada constantemente. Uma das maneiras pelas quais mantemos de pé nossa
confissáo é a participaçáo na mesa do Senhor, a Santa Ceia que tomamos regularmente.

Importância:
. |esus sempre declarou publicamente o que Ele sabia no Seu íntimo.
. O escritor de Hebreus, fala que a confrssáo é algo que deve ser conservada (Hb 4.14;10.23).
São nossas escolhas que fazem o nosso carâtet. Assim podemos escolher mudar de um'toração" para outro.
Issoé precisamente o que está envolvido na "conversáo" a Cristo. Tal conversão náo é opcional. |esus disse que
temos de mudar: Mt 18.3; 16.24. É aqui que começa o processo de crescimento: a formação do caráter.
*#-*
CENTRO DE FORMAÇÂO CRISIÃ

2. O DISCIPULADO CRISTAO
A. O que é um discípulo?
_
Discípulo é aquele que crê em tudo que Cristo disse e cumpre os mandamentos dele.

1. Discípulo faz o que o seu Mestre faz (Mt 10.24,25).


2. O discípulo faz o que o Seu Mestre manda (]o 8.31, 32).
- 3. O discípulo vive para agradaro Mestre (Lc 14.26,27).
v 4. O discípulo ama como o Mestre ama (|o 13.34,35).

5. O discípulo faz novos discípulos (|o 15.8).

-
Características do discípulo, segundo Bill Bright - fundador do Campus Crusade for Christ.

1. Um discípulo dever ter certeza da salvaçáo.


2. Um discípulo anda na plenitude e poder do Espírito Santo.
-
3. Um discípulo demonstra amor a Deus, aos seus líderes, seus vizinhos, seus irmãos e seus inimigos.
4. Um discípulo é alguém que sabe como ler, estudar, memorizar e meditar na Palavra de Deus, e esconder
suas verdades no seu coração.

_ 5. Um verdadeiro discípulo de |esus é um homem ou mulher de oraçáo.

6. O discípulo é alguém obediente, que estuda a Palavra de Deus e obedece aos Seus mandamentos num
estilo de vida que honra ao Senhor |esus Cristo.

7. Um discípulo entende a graça de Deus.


8. Um discípulo é alguém que confia em Deus e leva uma vida de fé.
g. Um discípulo é alguém que testemunha de Cristo como um modo de vida.
-
10. Um verdadeiro discípulo do Senhor |esus adora a Deus, o companheirismo da Sua Igreja.

1i. |oão 15.7;loâo 15.14.

B. Alvos para o Discípulo


Discípulo recém-convertido
. Experimentar o batismo no Espírito Santo.
. Aprender a manusear a Bíblia, estudando-a sistematicamente.
. Demonstrar sujeiçáo à autoridade de Cristo e da Igreja
. Demonstrar compromisso e envolvimento com os irmãos (reunióes, contribuições, serviço).
. Ter revelação da pessoa e da obra de |esus.
. Aprender o manual básico (acompanhamento inicial).
. Vencer os principais problemas do velho homem (vícios, impurezas, rebeldias, mentiras, desonestidade
etc.).
-
Congregar fielmente na Célula e no culto de celebração.
Reunir-se regularmente com seu discipulador.
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CENTRo DE FoRMÁ.ÇÃo CRTSTÀ

Material de trabalho para o discípulo recém-convertido


. A Bíblia, principalmente o Novo Testamento.
. Acompanhamento inicial. Apostilas e livros da Igreja Batista da Lagoinha.

Alvos para o d.iscípulo em formação


. Manter e aperfeiçoar o que foi alcançado.
. Continuar congregando fielmente na Célula, no culto de celebração e no discipulado pessoal (um a um;
. Administrar bem a sua vida, sua casa, suas finanças e seu tempo.
. Proclamar e testemunhar de |esus.
. Manifestar os dons do Espírito Santo.
. Caminhar em companheirismo (oraçáo, ensino e edificaçáo mútua).
. Ter clareza sobre o evangelho do Reino.
. Alimentar-se corretamente, todos os dias, da Palavra de Deus, e estudá-la organizadamente, juntamente
com uma vida intensa de oração.
O discípulo pronto para discipular
. Manter e aperfeiçoaÍ o que foi alcançado.
. Ter revelaçáo da sua vocação (Romanos 8.29; Mateus 28.18-20).
. Ter uma disciplina de oraçáo e leitura da Palavra.
. Buscar capacidade e graça para transmitir a Palavra.
. Compreender e demonstrar obediência à Grande Comissáo de |esus descrita em Mateus 28.18-20.

3. ODISCPULADORCruSTAO
Aquele que discipula

Diz um ditado popular que "a corda sempre rompe do lado mais fracol Na obra de Deus, a parte mais fraca
da "corda" é o lado dos discipuladores.

Em muitas igrejas o grupo de pessoas espirituais que geralmente estáo dispostas a fazer outros discípulos é
reduzido, e a obra de Deus deixa de crescer e de propagar-se (Mateus 9.37-38). Na verdade, quando um cristáo
já compreendeu e assimilou as lições básicas da vida cristã, ele já pode também começar a discipular outros
cristãos (Atos 9. 10-20).

O cristão relativamente experimentado não deveria adiar o momento de ensinar aos outros as lições que ele
mesmo já aprendeu (para isso ele vai valer-se da ajuda de seu discipulador e dos materiais disponíveis, como o
Acompanhamento Inicial para o discípulo e o Manual do discipulador para si mesmo).

Devemos entender que, no princípio, ninguém possui todas as características ideais para ser um discipulador.
Estas coisas se obtêm precisamente por meio da experiência de ensinar a outros (ninguém nasce sendo pai,
máe, líder, ou profissional; tudo isto se aprende no decurso da vida).

O coração do discipulador
. Está disposto a começar de novo com o mesmo discípulo quantas vezes for necessário - sempre que Deus
permitir ([oãto 20.2a-27).
. É persistentemente amoroso, e amorosamente persistente com o discípulo (loãto 2t-9-19).
. Está disposto a continuar com a preparação de outros discípulos quando um discípulo o abandona (2
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CENTRo DE FoRMAÇÃo CRISTÂ

4. AIITUDES DO DISCPULADOR
r. O DISCIPULADOR OUVE

Na escola aprendemos a ler e escrever, mas a maioria das pessoas não teve nenhum treinamento formal de
como ouvir. Se náo aprendermos a ouvir, nunca entenderemos realmente o quadro geral do estilo de vida de
outra pessoa.

Ouvir significa compreender a maneira pela qual a outra pessoa vê o mundo. Uma vezfeito isso, passamos
a ver da maneira com que ela enxerga o mundo, e assim entendemos como ela se sente.

Veja esta figura:

Na verdade essas duas pessoas não estão conversando uma com a outra. Elas
estão falando para elas mesmas! É muito fácil projetar seus princípios e valores em
outra pessoa, distorcendo, dessa forma, o que aquela pessoa sabe ou valoriza. Para
ministrar ao discípulo, você deve cuidar para não pressupor que seus princípios
fazem sentido automaticamente para a outra pessoa.

A. Evite estes quatro erros ao ouvir:

1 IGNORAR O QUE ESTÁ SENDO DITO, enquanto pensa: "O que eu vou dizer como resposta ao que
ele está falando?"

2. PARECER ESTAR OUVINDO, desligando-se da conversa com comentários do tipo "Sim. Ah, sei...
Certo..."

3. FILTRAR O QUE ESTÁ OUVINDO, escolhendo apenas o que você quer ouvir e ignorando o restante
dos comentários.

4. OTIVIR INTENSAMENTE, prestando atenção excessiva no que está sendo dito, mas sem estar sensível
aos sentimentos que estáo por trás das palavras.

B. Use a "Escuta intencional, ativa"

v: Nesse âmbito você procu ra entenderas necessidades, os med.os, as alegrias e as fortes convicções do discípulo.
Isso é chamado, po, àlgl'rrrr, de "escuta ativa'i Ela é significativa, pois lroporciona a você conhecimentô das
necessidades e realidades espirituais.

Em vez de pressupor pensamento e sentimentos, você está lidando com a realidade dentro da cabeça e do
coração da outra pessoa. Você está ouvindo para entender.

Lembre-se que necessidades satisfeitas não levam a pessoa a crescer em Cristo. Apenas as necessidades não
satisfeitas fazem isso. Quando você realmente ouve, o discípulo compartilha as coisas mais profundas de sua
vida.

C. Ouça com aceitação

Um homem que estava lutando para libertar-se das drogas me disse certavez: "Quando eu contei a alguns
cristãos sobre minha luta para manter-me longe das drogas, eles passaram a evitar-me. Eles parecem aceitar muito
bem as pessoas que estiveram envolvidas com drogas, mas eles não querem contato com alguém que ainda está
m n e ,f rnon ç1"
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CENTRO DE FORMÂÇÃO CruSTÃ

D. Como o discípulo vai reagir ao modo que você ouve

É muito importante dar atenção ao que você transmite com a sua expressáo corporal
enquanto ouve. Estudos mostram que 55% do impacto que você faz ao ouvir uma pessoa
não vem de sua expressão verbal - mas sim da maneira como você se senta, o que você
faz com seus braços, mãos e etc. Outros 38% de sua influência serão transmitidos por sua
expressão vocal, e apenas 7o/o pelas palavras que você diz!

Por exemplo, veja esta figura. Observe que este discipulador está expressando muitas
coisas sem ao menos abrir sua boca!

Ouvir é uma tarefa difícil - especialmente quando você está tentando ouvir com os
ouvidosfsicos o que o discípulo está falando, e com os ouvidos espirituais o que o Senhor está falando.

2. O DISCIPULADOR INTERCEDE

Ouvir é muito importante, pois assim você pode interceder ao Senhor por aquilo que foi compartilhado.
Intercessão é aproximar-se de Deus em favor da outra pessoa. A palavra interceder vem de duas palavras
do latim que signiflcam "estar entre'i Ser um discipulador para outra pessoa significa implorar a Deus por
misericórdia pelo discípulo, que está em necessidade. Náo significa manipular Deus a fazer algo que você Pensa
ser a solução para o problema.

Mas a sua intercessáo pode determinar se a graça de Deus vai ser trazida a certa situaçáo ou se o poder de
Satanás continuará controlando aquela área.

A. Exemplos de intercessão

As passagens de Gênesis 18.1-2 e 18.16-33 falam da destruição de Sodoma e-Gomorra que estava por vir, e
da intércessáo de Abraáo por essas cidades. Deus respondeu ao seu apelo. Em Êxodo 32.1-14 a intercessáo de
Moisés salvou Israel do julgamento de Deus. Em Atos l2.l-19 Pedro havia sido liberto da prisáo por meio da
intercessáo da Igreja que se reunia na casa de Maria.

B. Intercessão pelo discípulo gera vida

Em 1 |oão 5.16 há situaçoes especiais que, sem dúvida, você irá enfrentar em seu ministério como discipulador.
|oão, o presbítero, explica que há dois tipos de pecado. Um deles é chamado de"o pecado que traz a morte". Muitos
estudiosos dizem que a palavra "morte" nesse texto refere-se tanto à morte espiritual quanto física (veja 1 Coríntios
11.29-30). Mas foáo vai adiante para falar sobre um "pecado que não traz morte". Alguém chamou isso de "pecado
imprudente" - coisas que um cristáo imaturo faz por ignorância, repetindo velhos hábitos que foram enraizados
antes de sua entrega a Cristo.

Por exemplo, certo discipulador tornou-se próximo o suficiente do discípulo para saber que ele tinha o hábito
de fumar secretamente. O fato de ele esconder seu hábito revelou saber que estava fazendo algo errado. O que o
discipulador deveria fazer? O rêiacionamento entre eles não era ainda forte o suficiente para confrontar a hipocrisia
e o hábito. Nesse caso, o discipulador obedeceu as instruções a respeito da intercessão encontradas em I |oáo 5.16:

"Se alguém vê seu irmão cometer algum pecado que não traz a morte, deve orar a Deus, e ele dará a vida a
esse irmão."

O discipulador levou a situação a Deus em oraçáo intercessória. Ao fazer isso, uma grande paz invadiu sua
alma. Foi como se Deus tivesse dito: "Deixe essa situaçao para mim. Eu lidarei com ela".
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CENTRo DE FoRMÂÇÃo CR]STÀ

dizendo: "Se você ora Por seu irmão mais fraco, que está envolvido em pecado imprudente que nao traz a morte
como punição, então Deus dará vida a você - o intercessor - e ao discípulo!

Portanto, você enfrentará situações em seu ministério em que você simplesmente apresentará a situação ao
Senhor e descansará sabendo que ele tomará conta.

UMA HISTORIA VERÍDICA

Meu avô Zimmerman foi o homem mais espiritual que conheci nos dias de infância. Seu filho Roy, meu
tio, vivia uma vida devassa, e ignorava totalmente o amor e a preocupação de seu pai. Quando eu tinha dez
anos de idade, eu fiquei chocado ao saber de algumas das atitudes do tio Roy. Perguntei ao meu avô o motivo
de ele não tirar a herança de meu tio, pois ele náo merecia levar seu sobrenome! Com uma piscadela e um
sorriso ele me respondeu: "Vamos deixar isso com o Papai", (ele sempre chamava o Pai do Céu de "Papai", sua
expressão equivalente para'Abba"). Ele me ensinou a importância da intercessáo e confiança no Pai qúe cuida
das circunstâncias. Estes dois homens hoje estão com o Senhor, mas antes ainda do tio Roy envefrecer ele
mudou seu mau exemplo e tornou-se um homem espiritual. Meu avô nunca pôde ver a mudança - mas ele
sabia que no tempo de Deus o coração de seu filho se voltaria para o Senhor.

{ f3llvra grega usada para Espírito Santo é parakletos. Ela significa literalmente "alguém escolhido para
ajudar". Esta mesma palavra é usada como um particípio para desãrever o dom espirituafd e animar os outros,
citado em Romanos 12.8. Este dom estará operando em você enquanto você servifde discipulador, você estará
literalmente respondendo ao chamado de ser "alguém escolhido para ajudar"! O poder dà Deus atua em sua
vida enquanto você intercede em oração. Espere por isso - experimente isso - eJaiba que se você nunca se
colocar à disposiçáo para servir como discipulador, você poderá ficar sem conhecer o impacto da intercessáo.

Em Romanos 8.26 nós lemos:

"Assim também o Espirito de Deus vem nos ajudar na nossafraqueza. Não sabemos como devemos orar, mas
o Espírito de Deus, com gemidos que as palavras não podem explicar, pede a Deus em nosso
favor."
O fato interessante sobre ser um intercessor é o relacionamento que nos é proporcionado com o Intercessor!
Você crescerá em su,a própria vida de maneira especial enquanto ele se coloca do seu lado para ajudar você a
tornar-se um p ar akleto s p ar a outra pessoa.

3. O DISCIPULADOR FORMA PELO EXEMPLO PRÓPRIO

Você algum avez já pensou que qualquer coisa que você faça - tanto fazse é algo nobre ou náo - é uma atitude
que serve como modelo? Nós sempre somos modelo! Não escolhemos ser família. É o resultado inevitável
de viver. Em I Coríntios 11.1 Paulo diz aos outros para seguirem o seu exemplo, pois ele estava seguindo o
exemplo de Cristo. Todo modelo tem um modelol Paulo estava longe de ser egoista uà escrerer estas passagens:

"Por isso peço que sigam meu exemplo [...]" (l Coríntios 4.16).
"MeLts irmãos, peço que sigam como eu
[...]" (Gálatas 4.I2).

. "Meus fu.ry!9:,-sejam meus imitadores e observem também os que vivem de acordo com o exemplo que temos
dado a yocês." (Filipenses 3.17).

"[...] e seguiram o nosso exemplo e o exemplo do Senhor..." (1 Tessalonicenses 1.6).

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T.4
rdí*
CENTRO DE FORMAÇÀO CRISTÀ

"E claro que temos o direito de receber ajuda; mas nao pedimos nada para que vocês seguissem o nosso exemplo."
(2 Tessalonicenses 3.9).

O autor da carta aos Hebreus nos diz em 13.7: "Lembrem-se dos seus primeiros líderes espirituais, que
anunciaram o mensagem de Deus a vocês. Pensem como eles viveram e morreram e imitem a fé que tinham."

Mesmo você não olhando para si mesmo como um "líder'l você o é - pelo menos para uma pessoa: o
discípulo. Satanás enche sua mente com pensamentos como este: "Oh náo! Eu não estou pronto para isso.
Minha vida está uma bagunça. Eu não posso ser um modelo de vida cristã! Socorro!" Apenas lembre-se disto:
nenhum de nós é perfeito, e nunca o seremos até irmos para o Céu. Mas quando você se tornou cristão, você
foi revestido com toda a justiça que jamais alcançaria! Não temos nenhuma justiça própria. Romanos 8.10 nos
lembra que:
"Mas se Cristo viye em vocês, isso quer dizer que embora o corpo vá morrer por causa do pecado, para vocês o
Espírito de Deus é vida Porque vocês têm sido aceitos por Deus."

No momento em que você orou para receber a Cristo, ele literalmente veio para habitar em você (Gálatas
2.20). Com a entrada dele em sua vida, toda a justiça dele inundou seu ser. Você nunca será mais justo do que
é neste exato momento, porque a única origem da justiça que você pode possuir veio para habitar em você. Se
você acreditar nos sussurros de Satanás dizendo que você náo é bom o suficiente para ser um modelo de vida
cristã, você está aceitando uma mentira como verdade.

Nós dois podemos concordar com um fato:você náo é tão maduro em sua fé quanto um dia há de ser. Mas o
objetivo agora não é servir como modelo de maturidade, mas de amor por Jesus e desejo de servir ao seu Senhor.

Há muitos anos, quando meu filho Ralph tinha sete anos de idade, eu estava fora numa üagem missionária.
Ele escreveu uma carta para mim. Eu sorri ao ver sua carta com letras tão feias e repletas de erros ortográficos. Sua
escrita era perfeita? Nunca! Mas o que ele escreveu provocou lágrimas em meus olhos. Em português seria mais ou
menos assim: "Qerido Pai. Eu amu você. Esto com saldade. Vote logo. Ralphie." Sua carta estava perfeita!

Esta é a atitude que Deus espera de você como discipulador. O discípulo não espera perfeição de você. Deixe suas
verrugas e espinhas espirituais aparecerem escondê-las é um grande erro. Mas você pode mostrar um coração
-
de servo, um espírito preocupado com os outros, um gesto de amor é isso o que é necessário para tornar-se um
-
modelo perfeito.

Quando você começa a descobrir que é respeitado e amado em virtude da sua preocupaçáo pelo discípulo,
você ganhará confiança em seu próprio potencial para os propósitos divinos. Você só precisa estar alguns
passos à frente da pessoa que estiver discipulando. O presente mais valioso que você pode dar é um exemplo
iincero de companheirismo nessa jornada. Permitir que Cristo seja revelado em você é o que trará influência
sobre a vida do discípuIo.

. Q discipulador deve ter um bom testemunho


Isto envolve muito mais do que ser simplesmente um crente "bonzinho". Deve ser alguém que se preocupe
em ser flel aos princípios bíblicos e que lute por isso na sua vida, em primeiro lugar. Deve ser alguém que tenha
"sede de Deus" para aprender, orar e envolver-se.

. O discipulador deve ser empático


O discipulador deve ter facilidade para desenvolver um relacionamento pessoal. Precisa estar disposto a ter
uma amizade sincera com o seu discípulo e trabalhar continuamente para esse fim. Deve ter um comportamento
pastoral, sendo sensível aos problemas e às necessidades do discípulo, expressando esse sentimento através de:
aconselhamento, oração e outros tipos de ajuda, se necessárlo. Portanto, deve ter um profundo senso de equipe.
lá vimos que pessoas auto-suficientes não têm característica de ovelha, mal sim, de lobo.
O discipulador deve entregar o discípulo aos cuidados de todos os recursos da igreja. Se necessário,
encaminhá-lo aos supervisores, aos pastores de rede, ou ao pastor titular da igreja. Ele deve lembrar que é
proibido proibir. Ninguém pode impedir que seu discípulo recorra, quando necessário, às instâncias superiores
9,.' -

idí*
CENTRO DE FORMAÇÃO CRISTÃ
l.5

4. O DISCIPULADOR ENSINA

Existem duas coisas nas quais pensamos quando o verbo ensinar é mencionado. A primeira é uma sala de
aula, e a segunda é um quadro-negro! Nessa figura há um professor que explica fatos que ainda não foram
aprendidos pelo aluno. Se essa e a impressáo que você tem da tarefa de um discipulador, pegue um apagador e
apague essas impressões do quadro-negro de sua mente.

O que você fará como "professor" deve ser baseado em um modelo mais bíblico. Nos dias de |esus, o método
de instruçáo era essencialmente oral, com uma forte ênfase na memorízaçao. O objetivo não era acumular
informaçoes, mas causar umatransformaçao na vida do aprendiz. Companheirismo e vida compartilhada eram
as coisas que marcavam o relacionamento: o aluno estava constantemente com o seu professor. Além disso,
esperava-se do discípulo que assumisse uma posição de servo de seu professor cumprindo tarefas básicas como
carregar lenha, comprar comida, esfregar o chão etc.

Portanto, a transmissão de informações era feita em um contexto de relacionamento contínuo. Como isso
pode ser imitado no seu relacionamento com o discípulo?

Para você se aperfeiçoar no exercício do discipulado há livros e recursos desenvolvidos especificamente


para esse tema. Em primeiro lugar, as informações que você vai compartilhar durante os encontros já foram
preparadas. Os livros Estaçao do Novo-Convertido e Bem-Vindo à Familia oferecem o conteúdo básico para
seus encontros semanais. E importante rever o material semanal que você já passou. Ao fazer isso, pense nas
verdades que precisam ser especialmente enfatizadas. Lembre-se de fatos de sua própria vida para facilitar a
discussáo.

Haverá muitos assuntos sobre os quais vocês precisaráo conversar e que náo sáo tratados no material escrito.
Isso pode incluir uma explicação sobre os dons espirituais observados pelo discípulo na Célula, a importância
da adoração sincera durante o período de louvor etc. Novos crentes normalmente são ingênuos e abertos para
ensinos falsos, sem entender que existem "lobos" nas igrejas. Como um bom pastor, proteja sua ovelha desses
predadores.

5. O DISCIPULADOR MARCA O PASSO


Marcar o Passo é um termo emprestado do atletismo. Descreve aquele atleta que acerta o passo para os que
o seguem. Ele está mostrando o caminho, indicando a direção a ser tomada. Também mostra como correr
constantemente em vez de dar arrancadas. Um corredor inexperiente pode ir muito rápido no início e ficar sem
fôlego muito antes do final da corrida, ou começar muito devagar e terminar na última posiçáo.

Há muitas áreas no crescimento cristáo que necessitam de alguém que marque o passo. Gastar uma hora
juntos em oraçáo é um exemplo. E bem provável que ninguém tenha adquirido esse hábito de orar por tanto
tempo sem que outra pessoa tenha mostrado a maneira de fazê-lo. Testemunhar para os perdidos é outra área
que sempre requer alguém experiente para dar o exemplo nas visitas e no acompanhamento.

UMA HISTÓRIA VERÍDICA


Durante os primeiros anos de sua carreira, Gil Dodds tornou-se o homem mais veloz do mundo na corrida
de uma milha. Esse recordista mundial trabalhou como treinador na Faculdade de Wheaton. Ainda calouro,
eu entrei na equipe de corrida, sem nenhuma experiência anterior. Eu só entrei na equipe por causa de minha
admiração por esse homem táo famoso. No primeiro dia de treino, ele me mandou correr uma milha o mais
rápido que pudesse enquanto meu tempo era cronometrado. Com o desejo de impressionar Gil, eu dei o
máximo de mim durante as três primeiras voltas. Faltando apenas uma volta, eu estava sem oxigênio, sem
forças, e querendo diminuir meu ritmo. Com o suor descendo sobre meus olhos entre abertos, eu estava pronto
para desistir. Foi nesse momento que Gil apareceu ao meu lado. Em voz baixa ele disse: "Ralph, observe meus
passos. Mantenha seus pés em movimento e me acomPanhe". Eu. nunca esquecerei o estímulo que me invadiu
enquanto observava seus pés tocarem a pista mostrando o passo para mim. Eu náo quebrei nenhum recorde
naquele dia (nem em outro dia), mas Deus mostrou a diferença que faz :uma pessoa marcando o passo para
mim.
:,:,.::-:ii::It} l:: ::
,êí*
CL\TRo DE foRxÂçÀo CRlsrÀ

6. o DISCPULADOR ENVOLVE O DISCÍpUIO COM OUTROS CruSTÃOS

Não permita que o relacionamento que você desenvolveu com o discípulo se torne exclusivo. Procure
desenvolver contato com outros que tenham tido experiências simiiares. Estenda os relacionamentos do discípulo
a outros membros da Célula e da igreja. Reconheça que esses novos relacionamentos irão complementar o seu
trabalho com o discípulo.

Se você não fizer isso, o resultado do discipulado poderá ser um "eco" de você mesmo. Ecos não são vozes!
Dominar o discípulo ou limitar os contatos com outros da célula náo é muito sábio.

Eu conheci um pastor de muitos dons que iniciou uma igreja próxima ao campus do seminário. Seu desejo
era entusiasmar jovens enquanto eles eram preparados para o serviço cristão, e ele conquistou os corações
e a admiraçáo de muitos estudantes. Entre eles estava meu filho mais velho, Ralph. Quando visitei aquela
igreja, eu prestei atençáo numa maneira muito especial de orar que este pastor tinha: "Senhor, eu-uh-gostaria
de agradecê-lo-uh" etc.

Depois de quatro meses, Ralph veio do seminário para nos visitar. Quando oramos juntos, eu escutei:
"Senhor, eu-uh-gostaria de agradecê-lo-uh" etc. Eu notei que o impacto desse homem sobre o meu fllho tinha
sido tão tremendo que fez com que ele copiasse os"uh's" em suas orações. ]á que tínhamos uma amizade muito
próxima, eu senti que poderia falar com aquele pastor sobre o assunto. O Senhor falou claramente para ele
sobre a maneira sufocante com que vinha treinando os rapazes. Logo em seguida, ele começou a enviar dois ou
três estudantes por vezpara passar fins de semana comigo. Ele também escolheu outros pastores para serem
visitados, e mais tarde ele me escreveu aliviado: "Nossos rapazes estão orando sem os'uh\".

E bom pensar em pessoas de sua Célula ou de sua igreja que possam enriquecer a vida do discípulo.
Programe encontros entre eles para estimular futuros contatos independentes de sua presença. Se você está
tentando satisfazer suas próprias necessidades emocionais ao limitar os contatos e amizades do discípulo com
outras pessoas, existe o perigo de seu relacionamento com o discípulo se romper.
-g*í*
CENTRo DE FoRMAÇÃo CRIslÂ
::::iiiit: r::j::t::at, jl i:l:::L

5.A SOBREVIVENCIA ESPIruTUAL DO


DISCIPULADOR
Aprender a sobreviver espiritualmente é algo essencial na vida do discipulador (Atos L4.Lg-22).

O discipulador é uma ameaçapara os planos do inimigo na vida das pessoas, sejam elas candidatos à
conversão, sejam os novos convertidos, ou até mesmo outros discípulos mais maduros, em treinamento. Por
isso o diabo vai fazer de tudo para neutr alizar o discipulador na suá tarefa de cooperar com Cristo.

A sobrevivência do discipulador é uma das tarefas mais difíceis que este enfrentará navida (Atos 26.22-23;
2 Timóteo 4.14-17).

O discipulador precisa compreender que muitas vezes terá que sobreviver a circunstâncias difíceis. De outro
modo flcará desqualificado para o serviço ou prejudicará a o6ra de Deus (1 Coríntios 4.11-13; 9.lI-12;9.24-
27).

O fato do discipulador ou qualquer outro cristão sobreviver às crises não deve ser motivo de jactância nem
.
de autocompaixão, mas de dar graças a Deus (1 Tessalonicenses 2.r7-3.L3).

Há certas causas de "morte" espiritual e certas formas de evitá-las:

. Não aprofundar-se na sua própria vida espiritual levá-lo-á a um naufrágio na fé. A maneira de evitar isso
é amadurecer continuamente para que, quando a tormenta vier, a sua vida espiritual esteja bem firmada
(2 Timóteo 4.9-10).

. Ficar aborrecido e abandonar a carreira em casos de extrema pressáo. A maneira de evitar isto é ir um
passo à frente dos problemas. Como? Buscando a Graça de Deus que, sem dúvidas, será suficiente (2
Coríntios l.l2; 12.7 -10).
. Desanimar edesfalecer pela intensidade da luta. Não assuma mais responsabilidades do que pod e realizar.
Náo importa quantas necessidades estejamos conseguindo resolver; sempre haverá mais necessidades.
Não caia nesse engano do diabo; é melhor seguir o plano de Deus de rogar por obreiros (Mateus 9.37-
38).

. Canalizar as crises por caminhos equivocados. Por exemplo: buscar distrações, passatempos, amizades
etc. para escapar das circunstâncias. O remédio para superar as crises sem sofrer, ainda não fãi descoberto.
Assim, você deverá enfrentá-las com valor e ousadia, sem se desviar. Batalhe com honra, esqueça de
suas circunstâncias passageiras, e entenda que você está lutando uma batalha espiritual de proporçóes
incalculáveis (Efesios 6.10 -12).

As pessoas que você está levando à maturidade devem vê-lo sobreviver uma e outra vez para que o
ensinamento repassado a elas seja realmente completo (2 Timóteo 3.10-12).

Resumo
. O coração do cristão sofrerá conflitos, já que ele necessita ser preparado por Deus para fazer discípuIos.
. É indispensável sermos fiéis nos processos de crise, já que estes são os que vão amaciando o coração.
. Não ter coraçáo para fazer a obra de Deus equivale a ser imaturo ou carnal.
. A mente do discipulador deve ser submetida a exercícios frequentes de estudo da Bíblia.
. A mente deve ser satisfeita com a Palavra para que o coraçáo esteja satisfeito de gozo e paz.
. A mente e o coraçáo devem manter-se equilibrados para podermos guiar outras pessoas à maturidade
espiritual.
. A cohrerri'rrênrie r]n rricfãn nrro frr.li".í^rrl^o nracorrnÃa ,',-^ L,+^ i-^^^^^-+^
*t,*í*
CENTRo DE ToRMAÇÂO CruSTÀ

. O discipulador deve aprender a sobrepor-se aos ataques inimigos para çiue seus discípulos tenham um
ensino completo.
. Essa é a única maneira detrazer todos os homens de volta ao governo (disciplina) de Deus.

6. O PERFIL DO DISqPULADOR
A. CHAMADOS PARA DISCIPULAR - Exemplo bíblico - Paulo e Ananias

Estava Paulo em Damasco ainda impactado pela experiência extraordináriana casa de |udas, havia três
dias. |udas o havia acolhido, comprometendo-se com ele, apesar da má fama de perseguidor que carregava.
Você hospedaria em sua casa alguém assim? Isto mostra que cada atitude do crente é importante para o novo
convertido.

A instrução de Deus para Ananias foi clara,leia Atos 9.11-12.

Deus revelou a Ananias toda a visáo; não apenas aquilo que se referia ao próprio Ananias, mas também
aquilo que ele estava revelando a Paulo. De igual modo, revelou a Paulo a chegada cle Ananias, preparando o
sú coráçao para receber a bênção. Ananias faziaparte de um plano perfeito, não podia falhar.
A primeira reação de Ananias foi resistir ao chamado. O seu argumento era coerente do ponto de vista
humano. Ele ouvira falar de Paulo e sabia da perseguiçáo feroz que liderava contra os cristáos, assolando
as igrejas. Era uma ameaça, alguém a ser evitado a todo custo. As implicações de um envolvimento com ele
poderiam ser muitas.

Essa reaçáo é natural em qualquer pessoa que se sente intimidada com a fama, nome, posiçáo social,
condiçáo financeira etc. da pessoa a ser consolidada.

Ao ser desafiado a discipular, você deve saber duas coisas que são determinantes para permanecer confi.ante:
. O Espírito Santo já impactou aquela vida.
. Deus é quem opera através da oraçáo e da ministraçã,o da Sua Palavra.
O chamado de Deus é uma etapa de um projeto perfeito, pleno de sabedoria e amor: Ele amou Paulo,
morreu por ele, perdoou seu passaão, tinha um propósito extraordinário para a sua vida e sabia do impacto
que ele representaria para o mundo. Ele via náo o que Saulo era, mas o Paulo que viria a ser.

O discipulador não pode perder de vista aquilo que só se enxerga pela fé. O seu coraçáo precisa estar
alinhado cãm o coração de Deus para sentir o que ele sente e mover-se na direçáo do propósito de Deus, agir
apesar do medo, tornando-se proativo e efetivo.

Ele verá o potencial do novo convertido, ou seja, aquilo que ele pode vir a ser, e sentirá desafiado.

Para termos o privilégio de discipular homens e mulheres que podem vir a ser como Paulo em nossa geração,
da mesma maneira que Ananias, precisamos:
. Obedecer ao chamado;
. Yalorizar o chamado de Deus;
. Ter a visão de um propósito maior.

B. EVIDÊNCIAS DO DISCIPULADOR

Ananias vivia em Damasco; um judeu, homem comum dentre o povo, que desenvolveu características
nessoais orre deveriam estar nresentes em todo homem oue segue a Cristo.
V
*d.* 1:i.liiri
::,liril' g'irlrili:.

CENTRo DE foRMAçÃo CpJsTÃ

Ananias não vivia nos palcos, sob hoiofotes ou aplausos. Todavia, sua vida e influência eram notórias em sua
comunidade. Havia um testemunho que corroborava o seu maior título:

Ele era um discípulo de Jesus (At 9.1O), ou seja, reproduzia-se nele a vida de |esus. Ele aprendeu a ouvir a
voz de Deus. Ele também tinha a visáo do propósito maior, acolhendo aquele que Deus ...olh.rr, sem discutir
seu passado, preferências, preconceitos, raça, cor, religiáo etc.

Resumindo, Ananias era: discípulo; piedoso; coerente no testemunho cristão; obediente (obedeceu
imediatamente); ousado na fé.

C. AÇOES DE ANANIAS

Ananias, em obediência a Deus, foi procurar Paulo, apesar da reação que essa atitude poderia gerar na
comunidade judaica. O discurso de Paulo na escadaria dó templo em-|eruialém (Atos 2Z.iZ-16) reíela que
Ananias teve atitudes de discipulador, quais eram:
. Procurou por Paulo - (diligência);
. Colocou-se junto a ele - (aceitaçáo);
. Identificou-se com ele - (chamou-o de irmão);
. Orou por ele;
. Ministrou a Palavra de Deus - (alimentou-o);
. Compartilhou a visão ministerial (propósito);
. Batizou-o.

Ananias foi objetivo em sua missáo, como deve ser o trabalho de todo discipulador. Cada discipulador deve
dar
,
esses passos em direçáo ao novo convertido. Procurar, interessar-s" poi ele (visita, fono-',risita, cartÕes,
encontros etc.); colocar-se ao lado da pessoa, ser receptivo, aproximar-se; iãentificar-se com ele, isto é, tratá-lo
.oT9 irmáo, amigo, alguém igual; orar por suas necessidades; ministrar a Palavra de Deus para seu crescimento
na fé; compartilhar o propósito de Deus para aquela vida e levá-la ao batismo, u- compromisso mais sério
com Jesus.

Precisamos, como discípulos de Jesus, desenvolver as características e as atitudes de Ananias para sermos
discipuladores eficazes, cumprindo o nosso chamado. Todos somos chamados a discipular.

D. RESULTADOS DO DISCIPULADO
O discipulado feito por Ananias teve resultado completo. Provavelmente, nem ele mesmo imaginaria como
seriam grandes os seus frutos e qual seria a dimensáo do trabalho apostólico daquele homern-que por um
momento ele temeu_ discipular. Nós, de igual modo, não sabemos que impacto terá a üda daquelas pessoas que
Deus nos dá o privilégio de discipular.
. Quais foram os resultados na vida de paulo?
. Imediatamente recuperou a visão;
. Levantou-se;
. Foi batizado;
. Alimentou-se;
. Fortaleceu-se;
. Permaneceu na comunhão com os discípulos;
. Passou a pregar o Evangelho;
. Cresceu, espiritualmentefalando;
. Gerorr discínrrlos
Jdí*
CENTRO DE FORMN.ÇÀO CRISTÃ

DIFICULDADES E
7. PruNCIPAIS
DITVIDAS DO NOVO COI{VERTIDO
INTRODUÇÃO:

Náo existe uma fórmula para lidar com cada problema que um novo convertido pode vir a enfrentar.
Todavia, ter uma descrição das possíveis dificuldades nos ajuda a tomar medidas práticas para prevenir que
eles venham a se desviar da fé.

São muitas as batalhas. Precisamos de muitos 'tonsolidadores" dispostos a tomar uma posição de defesa
nessa guerra.

O maior desafio na vida da igreja e o trabalho de consolidaçáo.

EMOÇÔES CONFLTTANTES
Dentro das24horas seguintes à sua experiência qualquer novo convertido pode ter dúvida: sobre a realidade
da sua experiência. Aquela emoção inicial pode diminuir e fazer com que o novo convertido pense que sua
experiência com Cristo foi um tipo de alucinação ou uma experiência irreal.

Precisamos mostrar a ele que as emoções são afetadas pelas circunstâncias e que a nossa posiçáo em Cristo
não depende delas.

CRISE DE TRANSFORMAÇÃO
Vícios e hábitos nem sempre desaparecem imediatamente, e isso pode ser motivo de muita ansiedade.

O novo convertido deseja corresponder à expectativa de mudança instantânea (2Co 5.17). Ele espera vencer
imediatamente o cigarro, a droga e o álcool, talvez por causa do testemunho de outros que tiveram sucesso.

A verdade é que algumas pessoas precisam de um acompanhamento pessoal e outras precisam até mesmo
ser internadas num centro de reabilitação.

PRESSÃO DOS AMIGOS


As pessoas do seu ambiente social váo pressioná-lo para que retorne aos padrões de sua vida antiga. Isso é
especialmente difícil para os jovens, mas acontece com todos.

Velhos amigos possuem um grande poder de influência e podem levar o novo convertido a desistir da fé.
É vital, portanto, que os irmãos o envolvam até que ele seja capaz de responder apropriadamente aos antigos
amigos.

FALTA DE TEMPO
O novo convertido precisa separar tempo para a comunháo com os irmáos. Isso pode ser um problema para
pessoas que possuem uma agenda muito cheia.

A fim de ser edificado na fé, o novo convertido precisa reorganizar seu tempo para incluir a igreja em sua
rotina. Ele náo conseguirá fazer isso sozinho, daí a importância de um consolidador.

HOSTITIDADE DA FAMÍLIA
É comum surgir uma tensão em casa, principalmente se o novo convertido é o primeiro membro da família
a ter uma experiência com Cristo. Ele certamente será acusado de destruir a paz e a unidade da família, o que
pode ocasionar muita hostilidade contra ele.

Ele será pressionado a manter sua lealdade à família e deixar Cristo de lado. Sem o apoio de alguém, ele
rlificilmente consesrrirá srrnerar a nressão de rrma família hostil ao F.vanselho
-s,*í*
CENTRo DE FoRMçÃo CRJSTÀ

PERSEGUIçÃo
Não se pode evitar o sofrimento por causa da fé. |esus disse que seríamos perseguidos.

v Em algumas circunstâncias a perseguição torna o novo convertido mais forte, mas em outras pode levá-lo
a desistir e retroceder.
v
É sábio preparar o novo convertido para a possibilidade de perseguição e estar com elq quando ela acontecer.

SUPERSTIÇÃO
v Existe uma tendência comum de culpar a Deus por todas as coisas ruins que acontecem depois da conversáo.
v Muitos novos na fé são convencidos pelos de fora de que a conversão só lhes trouxe problemas, e, portanto, não
vale a pena insistir nesse caminho.
v
v Sem um irmáo para protegê-lo de tais influências ele sucumbirá na fé.
v CoBRANÇAS DO PASSADO
v É provável que haja uma série de pendências e questões não resolvidas do passado, como dívidas, conflitos
e ressentimentos. Muitos cobradores aproveitarão esse momento para pressioná-lo.

O novo convertido precisa ser ajudado e orientado nessas questóes.

Alguns poderão sentir-se envergonhados e indignos de serem cristáos, abandonando assim


: a fé.

V I. SOLIDÃO
Por causa de sua decisáo por Cristo, o novo convertido pode ter sido abandonado por todos os seus antigos
amrgos e, por allguma razã.o, ele náo foi capaz de preencher o espaço com novos amigos que compartilham de
vat
sua Ie.

O resultado disso é uma grande soliclão que pode levá-lo a se sentir ressentido e abandonado.
:
v CRENTES CARNAIS
Crentes carnais podem ser fontes de desapontamento e desencorajamento. Eles podem fazer comentários
insensíveis e dar conselhos errados.

v O novo convertido pensa que todo crente é maduro e capaz de ajudá-lo, mas sabemos que existem muitos
v anões espirituais. Longevidade não é sinônimo de maturidade. É triste, mas às vezes precisamos proteger um
novo na fé de alguns velhos na fé, as "OVELHAS'I

8. A QUESTAO DA AUTORIDADE
Sem submissão náo há formação: O discípulo deve ser manso e humilde, estando sujeito aos irmáos, aos
líderes, sem rebeldia e obstinação.
_
Sem submissão não há autoridade: O princípio básico para ter autoridade é estar debaixo de autoridade e se
sujeitar a ela (Ex |esus). Se você não respeita e não honra aqueles que estáo acima de você, náo terá igualmente
a honra e o respeito de seus liderados.
_
Ninguém tem autoridade em si mesmo: Nossa autoridade vem de Jesus.

Autoridade é diferente de autoritarismo: O discipulador precisa entender que ele é o servo do discípulo e
não o dono. Deve ensinar todo o conselho de Deus e náo os seus gostos e preferências pessoais.
rdí*
CENTRO DE FORÀ4AÇÃO CRISTÀ

No primeiro texto vemos Barnabé tomando Paulo consigo e o apoiando em um momento que enfrentava
a oposição dos irmáos que náo acreditavam em Paulo. Vemos aqui que, apesar de todo conhecimento bíblico
que Paulo possuía (Atos 22.3), ele agora precisava de aiguém que o apoiasse e que o colocasse em condições de
servir à Igreja. Nesse direcionamento, Barnabé foi peça fundamental.

No capítulo 13, vemos Lucas mostrando uma lista de profetas e mestres, onde Barnabé está encabeçando
essa lista e Saulo é o último dela; náo sabemos exatamente se há implicações quanto a essa ordem na lista, mas
no versículo 3 vemos ambos sendo separados pelo Espírito Santo e pelos irmãos, e mandamentos juntos para
sua primeira missão. Vemos aqui que o período de discipulado já dava seus primeiros frutos.

Barnabé acredita naqueles que se afastaram e lhes dá uma segunda chance, com vitória garantida: |oão
Marcos (Atos 13.13;15.37-39;2 Timóteo 4.11).

Aqui vemos, num primeiro momento, joão Marcos sendo objeto de contenda entre Paulo e Barnabé, em
virtude de ter abandonado uma missão recém-iniciada. Depois,lemos Barnabé tomando Ioáo Marcos e fazendo
o mesmo que fizera anteriormente com Paulo, ou seja, tomando alguém nascido de novo em Cristo, mas que
necessitava de ajustes em seu caráter cristáo. Por fim, vemos Paulo já no final do seu ministério recomendando
a Timóteo que the enviasse |oáo Marcos, pois the seria útil para o ministério do apóstolo.

Paulo aposta e investe nas novas gerações: Timóteo (Atos 16.1.2;2Timoteo 2.2).

Nesse texto de Atos verificamos que Paulo tomou esse jovem discípulo e o fez acompanhá-lo. Com certeza
seguiu-se a partir daí um período de discipulado intensivo, pois Paulo, já no final do seu ministério, se dirige
a Timóteo com essas palavras: "E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo,
transmite a homens fléis e também idôneos para que instruam a outros".

O discipulado deve ser muito mais do que simplesmente transmissáo cle informação; antes, é formaçáo, pois
o que temos visto em muitas igrejas é apenas uma transmissão de lições que náo chega a ser um verdadeiro
discipulado, pois não forma; apenas informa.

O discípulo não pode ser apenas uma preparaçã.o para o batismo

A experiência de muitas igrejas tem mostrado que muitos dos que são recebidos como membros de uma
igreja local, após algum curso preparatório para o batismo, passam a não ter mais a mesma disposição de
aprender. Ou seja, de se submeterem a um discipulado mais maduro. Consequentemente, a formaçáo de um
caráter cristão, e o seu crescimento espiritual, que até então era notável, também sofre uma desaceleraçáo
gradual.

FASES E MUDANÇAS DE LIDERANÇA:


Podemos ver que o apóstolo Paulo começou a ser discipulado por Ananias, e já vimos Barnabé se tornando
o seu novo discipulador.

Deus colocou pessoas diferentes na vida de Paulo para cumprir determinado trabalho para a formação dele.

Assim acontece na nossa vida. Deus certamente colocará pessoas diferentes para serem nossos líderes. A
cada fase ou momento, Deus pode enviar um novo líder para nós. É importante estarmos abertos a receber,
como o apóstolo Paulo, para que possamos experimentar uma nova etapa de crescimento e desenvolvimento
da nossa própria liderança.

9. COMOEUME TORNO UM
DISCIPULADOR
Para alcançar o alvo diante de mim, existem três P's que eu preciso buscar e orar sobre eles:
*P* ,,
'ii
CENTRO DE FowAÇÃo CRISTA

2. Processo - seguir um plano estratégico, seguinrl: os princípios e preceitos de Jesus! Não podemos
simplesmente copiat a experiência dõs outros. Temos qrr. .r.ãr.ra, nossa vida e
v realidade do reino de Deus e manifestar a obediência rêquerida por "-
Ele. "- ,rorru'p rática a
v 3. Pessoas - cerque-se de pessoas crentes, tementes a Deus e que serão umà influência positiva no seu
crescimento cristão. Dessa maneira todos são abençoados e também abençoaCOMO

COMO CONSOLIDAR O NOVO


10.
COI\I\TERTIDO
A.VERIFICAÇÃo DA ENTREGA
:
Após um apelo formal em reuniões:
.
Apresentê-se e procure conhecê-lo.
.
Quebre o geio (pergunte): O que achou da reunião? Como se sentiu?
'
Leve-o a entender a decisão, faça perguntas de verificação, como: Você orou convidando Cristo para
entrar em sua vida? Onde acha que Ele está agora? Quantas vezes acha que precisa tomar essa decisão?
' Preencha a Ficha de Decisão. Anote a necessidade apresentada em sua conversa, será uma abertu ra para
um contato posterior.
v . Ore por ele. Sele o compromisso e ore por suas necessidades.

B.CONTATO POR TETEFONE E/OU EMAIL


v Como preparar o contato:
. Ore ántet pelo novo convertido;
v . Busque um local e momento apropriado;
. Planeje o tempo e o que vai falar;
. Releia a necessidade apresentada.
_
Prouósito
. Sêr rápido para não perder o fruto;
. Mostrar um interesse genuíno;
. Ganhar a confiança;
v . Deixar a porta aberta para uma visita posterior.

Como realizar o contato


. Saudação;
. Inicie a conversa, fale que tem orado pela necessidade dele, e deseja saber mais como ele está;
v ' Avalie sua condição espiritual. Pergunte como se sente em relação a Deus desde sua visita a igreja/Célula
ou (outro evento) - OUÇA MUITO;
. Marque uma visita. Veja o melhor dia e horário;
. Ore por ele encerrando o contato.
. EVITE: Pressionar o novo convertido;
v . Tomar mais tempo que o necessário;
. Discutir ou brigar;
v . Mostrar interesse egoísta, não dirigindo a suprir a necessidade da pessoa.
. c. INTEGRANDOi CÉLULA
. As fichas serão cadastradas;
v . As Dessoâs serão encaminharlas Í'rArA C.élrlq rnqic nrÁwim, Áo .,,o .oo..
:,$í*
CENTRO DE FORMÂÇÃO CruSTÃ

EXERCÍCIOS DE REVISÃO I
i. A consolidaçao é importante? Por quê?

2. Você reconhece que é sua a responsabilidade da consolidaçáo? Justifique.

3. Você já consolidou alguém? Em caso positivo, relate como foi. Em caso negativo, fale o motivo.

4. O que você precis a fazer para ser um consolidador efi.caz?

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