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SUMÁRIO
Apresentação ................................................................................................................04
Mensagem do Bispo Diocesano ...................................................................................05
Breve histórico da Diocese de Tianguá ........................................................................08
Fundamentos bíblicos da Missão .................................................................................09
Caminhos de formação dos discípulos missionários....................................................14
A Semana Missionária .................................................................................................21
Os dez mandamentos do Missionário ..........................................................................26
Roteiros Celebrativos ...................................................................................................27
Oração da manhã ..........................................................................................................28
Bênçãos.........................................................................................................................33
Roteiro para a Celebração Eucarística .........................................................................36
Hora Santa ....................................................................................................................39
Terço missionário .........................................................................................................42
Cantos ...........................................................................................................................48
Obras de Misericórdia ..................................................................................................57
Programação .................................................................................................................58
Questionário de avaliação ............................................................................................60
Oração do Ano Missionário .........................................................................................61
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APRESENTAÇÃO
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Queridos irmãos e irmãs missionários (as),
“Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos, enquanto estavam à mesa. Ele os
censurou por sua falta de fé e sua dureza de coração, por não terem acreditado
naqueles que O tinham visto ressuscitado. Então disse-lhes: ‘Ide pelo mundo inteiro e
proclamai o Evangelho a toda criatura!’ Depois de falar com os discípulos, o Senhor
Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos foram
anunciar por toda parte. O Senhor cooperava confirmando a palavra pelos sinais que a
acompanhavam” (Mc 16, 14.15; 19.20).
Essas são as últimas palavras registradas pelo evangelista Marcos no seu
evangelho. Palavras que apontam para a Missão do discípulo de Cristo que recebe
Dele mesmo o mandato de anunciar a Boa Nova do reino. Esse anúncio nasce da
experiência do ressuscitado na vida do discípulo que alcançado por Cristo, faz Dele o
motivo da entrega e do compromisso evangelizador.
O contexto desta página bíblica aponta para o pós-ressurreição. A comunidade
ainda está abatida e amargurada, a sensação ainda é de fracasso, de decepção, de
incredulidade. É nesse clima que o Senhor os encontra à mesa, certamente
conversando sobre os acontecimentos. Cristo vai ao encontro dos seus onde eles se
encontram para estar com eles, para revelar sua vontade, para fazê-los ver que a vida
venceu a morte, que as trevas foram derrotadas.
Na aparição narrada pelo evangelista, Jesus reclama da dureza do coração.
Quantas vezes nas Sagradas Escrituras o próprio Deus reclama à insensibilidade do
povo, à dureza do coração que acaba gerando dificuldades no campo da fé, no campo
do seguimento. O Senhor chega ao ponto de prometer “arrancar o coração de pedra e
conceder um coração de carne” (Cf. Ez 36, 26), símbolo da sensibilidade, da abertura,
da capacidade de se deixar tocar por seu amor misericordioso. A dureza de coração
impediu que os discípulos acreditassem no testemunho daqueles que O viram vivo.
Nesse sentido, levamos vantagem pois, cremos sem ter visto. A fé nos move e a
“esperança não decepciona”.
Cristo tem consciência de que sem convicção seria impossível levar adiante a
tarefa de evangelizar. Assim, aparece e possibilita aos primeiros cristãos uma
experiência ímpar, tão forte a ponto de marcar o coração deles de tal maneira que
jamais seriam capazes de duvidar. Somente um discípulo convicto é capaz de
testemunhar até as últimas consequências.
O Senhor confia aos discípulos a missão de proclamar o evangelho a toda
criatura. Sim, essa é nossa missão! A missão da Igreja! E como afirmou o Apóstolo
dos gentios: “Ai de mim se não evangelizar (...)” (Cf. I Cor 9, 16). Mesmo
conhecendo nossas limitações, Ele nos entrega essa responsabilidade que começa no
Batismo e se prolonga por toda a vida. Não se trata de um momento específico, mas de
uma realidade que é constitutiva de nossa identidade. A Igreja existe para a missão,
para evangelizar e seu tempo se situa entre a primeira e segunda vinda do Senhor.
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São Paulo VI, aquele que criou nossa Diocese de Tianguá, afirmou na sua
Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”, número 14:
“A Igreja sabe-o bem, ela tem consciência viva de que a palavra do Salvador, ‘Eu
devo anunciar a Boa Nova do reino de Deus’, se lhe aplica com toda a verdade. Assim,
ela acrescenta de bom grado com São Paulo: ‘Anunciar o Evangelho não é título de
glória para mim; é, antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não
anunciar o evangelho’. Foi com alegria e reconforto que nós ouvimos, no final da
grande assembleia de outubro de 1974, essas luminosas palavras: ‘Nós queremos
confirmar, uma vez mais ainda, que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui
a missão essencial da Igreja’ tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da
sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Evangelizar constitui, de fato, a graça e a
vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar,
ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores
com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua
morte e gloriosa ressurreição”.
Essas palavras ditas em 1975, ou seja, quatro anos depois de criar a nossa Igreja
Particular, traduzem o desejo do papa de que a Igreja volte às fontes ou seja, uma
Igreja mais corajosa, que não se isole do mundo, nem tão pouco fique encerrada entre
quatro paredes, ou como muitos dizem somente na sacristia. Não esqueçamos que o
papa Paulo VI foi o grande responsável pelas grandes mudanças trazidas pelo Concilio
Vaticano II, portanto, era alguém comprometido com o anúncio do evangelho em
tempos novos, resultado das grandes mudanças sociais.
Nessa mesma linha, outro santo - São João Paulo II, já nos alertava para a
necessidade de uma nova evangelização. O que foi expresso em vários documentos de
seu magistério, sobretudo, na preparação para o Jubileu do ano 2000. O próprio papa
tornou-se um missionário um homem em missão disposto a enfrentar o mundo
apresentando a mensagem do evangelho. “Na encíclica ‘Redemptoris missio’ (07 de
dezembro de 1990) torna definitivo tal esclarecimento. Entre outros, descreve uma
evangelização que tenha por finalidade a transmissão dos ‘valores do Reino’: paz,
justiça, liberdade, fraternidade. Mas ao lado dos aspectos positivos de uma tal
pregação, infelizmente há também aspectos negativos, como silenciar sobre a pessoa
de Jesus Cristo. Contra este conceito o Papa polaco expressava-se com firmeza: ‘O
reino de Deus não é um conceito, uma doutrina, um programa sujeito a uma livre
elaboração, mas é antes de tudo uma pessoa que tem o rosto e o nome de Jesus de
Nazaré, imagem do Deus invisível’ (n. 17). E com o conceito de ‘nova evangelização’
tornou-se evidente como este novo impulso para a missão da Igreja está destinado a
todos os membros do povo de Deus”. (Texto extraído do L’Osservatore Romano).
Para São João Paulo II, a Igreja é chamada a testemunhar o mistério pascal
anunciando uma pessoa e não simplesmente uma doutrina. Essa afirmação nos remete
ao começo do cristianismo onde o anúncio alicerça-se no Cristo. A conversão nasce do
encontro com Ele. Essa realidade nos ajuda a compreender que o conteúdo da missão é
Cristo.
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Na Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”, o Papa Francisco nos convida a
passar de uma Pastoral de Conservação para uma Pastoral Missionária, ou seja, uma
Igreja em constante estado de missão “Em Saída”. “Prefiro uma Igreja acidentada,
ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento
e a comodidade de se agarrar às próprias segurança”.
Podemos observar que a Missão nasce da vontade de Cristo de que todos
conheçam o Evangelho. Assim sendo, nossa Igreja Diocesana deseja nesse Ano
Missionário assumir sua vocação de estar a serviço do anúncio, fiel ao Senhor e em
plena comunhão com a Igreja que recebeu do Mestre a ordem: “IDE E
PROCLAMAI”. Temos consciência de que a missão não deve ser compreendida como
momento estanque. Por isso, desejamos que as paróquias e comunidades multipliquem
as iniciativas missionárias na missão permanente. Para isso, é imprescindível a
formação dos COMIPA’s, do desenvolvimento da Infância Missionária, da
Adolescência Missionária, do fortalecimento da Escola de Formação Missionária, da
valorização dos Ministros do Anúncio e da consolidação de uma formação sacerdotal
para a missão.
Por fim, recordo as palavras do evangelista Marcos: “O Senhor cooperava
confirmando a palavra pelos sinais que a acompanhavam” (Cf. Mc 16, 20). Nunca
esqueçamos de que a Obra é Dele. Deixemo-nos guiar pelo Espírito, Ele nos conduzirá
aonde o Senhor deseja e fará coisas grandiosas. Interceda por nós a Bem-Aventurada
Virgem Maria, modelo de missionária.
A Diocese de Tianguá foi criada pelo Papa Paulo VI, juntamente com as Dioceses de Itapipoca
e Quixadá, a 13 de março de 1971, pela Bula “Qui summopere”. Tianguá foi desmembrada da
Diocese de Sobral em todo o seu território.
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Geograficamente, situa-se na zona norte do Estado do Ceará, Brasil, ocupa um território de
9.680,7 Km², com uma população estimada, hoje, em 458.828 habitantes (estimativa IBGE – 2009).
A sede da Diocese, Tianguá, dista 315 Km da Capital do Estado, Fortaleza, sendo ligada por estrada
de asfalto. A pesar de ser um território pequeno, para os cânones das circunscrições eclesiásticas do
Brasil, não deixa de apresentar uma certa dificuldade de comunicação por estar composta de duas
realidades bem diferenciadas e mal comunicadas entre si: a Região do Litoral e do Sertão, zona baixa
e quente, dista 103 Km (Granja) da matriz, e 191 Km (Bitupitá); e a Região da Ibiapaba, denominada
de “Serra Grande da Ibiapaba”, um Planalto com média de 640 a 950 metros de altitude sobre o nível
do mar.
Politicamente, a Diocese integra 13 Municípios: Camocim, Granja, Barroquinha e Chaval, no
litoral norte; Viçosa do Ceará, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito, Carnaubal. Guaraciaba do
Norte e Croatá, no Planalto da Ibiapaba; e Graça, no Sertão.
Economicamente, é uma região primária com atividades de agricultura, pesca e extrativismo. A
região da Ibiapaba, possuindo uma estreita faixa úmida, é favorável ao cultivo de frutas, verduras,
cana de açúcar, flores tropicais e, hoje, lindas rosas para a exportação. O resto do território só oferece
possibilidades para os cultivos tradicionais de mandioca, milho feijão e, nas encostas da serra, arroz;
todos produtos da chamada agricultura de subsistência. A Indústria é incipiente, atendendo o setor de
roupas, calçados, produtos manufaturados de couro e fibras, conservas (doces) e pequenos engenhos
que fabricam aguardentes e rapaduras. Nas cidades, a maioria dos postos de trabalho depende das
prefeituras e do pacato comércio varejista. São poucos os trabalhadores de carteira assinada e os que
recebem conforme a vencimento.
Eclesiasticamente, a Diocese está integrada por 20 Paróquias, 03 Áreas Missionárias e 02
Áreas Pastorais. Os trabalhos pastorais são orientados por 45 Presbíteros, 09 Diáconos Permanentes,
secundados por um significativo número de religiosas e leigos que compartilham na
corresponsabilidade a missão evangelizadora. Para melhor administrar o numeroso Povo de Deus
que o Senhor nos confiou, a Diocese investe na descentralização de comunidades e serviços, tendo
organizado o território em três grandes regiões episcopais: Norte, Centro e Sul.
1. INTRODUÇÃO
A missão sempre é de Deus. Somos colaboradores na sua missão. Deus se revela
cosmicamente nas outras culturas; biblicamente, Israel é o povo escolhido.
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Existem as Alianças missionárias na Bíblia como Noé, aliança cósmica, Abraão, aliança universal,
Moisés, aliança com o povo escolhido, Davi, aliança com os judeus, os profetas: anunciar e
denunciar. Cada vez mais a missão vai se tornando mais específica.
Se a bibliografia de Jesus são os evangelhos, a do Espírito Santo é toda a Bíblia, desde o
Espírito Santo que se move sobre as águas no começo do Gênesis até o Espírito e a Esposa que
convidam o Esposo para a última vinda na conclusão do Apocalipse. O Espírito Santo inspirou as
Escrituras, e seu sopro está em cada palavra.
Em todos os momentos culminantes da história do homem é pronunciada a palavra-chave. “O
Espírito de Deus pairava sobre as águas”, “envia teu Espírito e surgirá a criação”, “O Espírito do
Senhor fez o firmamento”, “o Espírito do Senhor encheu a terra inteira”. A criação é obra de poder,
de amor e de arte. E a arte é coisa do Espírito. Toda esta vasta existência foi planejado pelo Espírito.
No Gênesis diz que era muito bom. E Deus viu tudo o que havia feito era muito bom. Houve
uma tarde e uma manhã: foi o sexto dia (Gên. 1, 31-2,3). Atitude de apreciação e mística.
Apreciação, foco é ser e reconhecer o bem e alegrar com ele. E um descanso na beleza do amado/a,
acolher o amado. E estar contente.
O Evangelho de João diz que Deus amou de tal forma o mundo, que entregou seu Filho único,
para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna ( Jo 3, 16-17). De fato, Deus
enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim para que o mundo seja salvo por
meio dele. Atitude de preocupação: missão.
2 . O L H A R B Í B L I C O : M IS S Ã O N O A N T I G O T E S T A M E N T O
Missão não é um envio para incorporar os outros povos na fé de Israel nem é um dom
estritamente ligado à identidade de Israel (circuncisão, Aliança, Torá). Israel permanece, no decorrer
de sua história, o "povo eleito" por Deus e separado dos outros povos. O sentido da eleição está na
separação, na identidade específica, no sinal e no testemunho.
A missão de Israel tem os contornos de um convite e de uma permissão. Não se trata de um
convite de integração ao que é próprio de Israel, mas de peregrinação com o que lhe é diferente.
O convite para a peregrinação ao Monte Sião é dirigido a todos os povos: E acontecerá, no fim
dos dias, que a montanha da casa de Iahweh estará firme no cume das montanhas [...]. Então, povos
afluirão para ela, virão numerosas nações e dirão: Vinde, subamos a montanha de Iahweh, para a
casa do Deus de Jacó. Ele nos ensinará os seus caminhos e caminharemos pelas suas veredas. [...]
Iahweh julgará entre povos numerosos e será o árbitro de nações poderosas. Estes forjarão de suas
espadas arados, e de suas lanças, podadeiras (Mq 4,1-3; cf. Is 2,24). Mais tarde o Monte Sião foi
substituído pelo Templo. A tradição mais solta em face da participação de outros povos na adoração
de Iahweh já está presente na oração de Salomão, por ocasião da inauguração do Templo. Também o
não-judeu pode vir e orar no Templo e Iahweh pode atender as suas orações: Mesmo o estrangeiro,
que não pertence a Israel teu povo, se vier de um país longínquo por causa da grandeza do teu Nome,
[...] quando vier orar nesta casa, escuta do céu onde resides, atende todos os pedidos do estrangeiro, a
fim de que todos os povos da terra reconheçam teu Nome e te temam como faz Israel, teu povo (2 Cr
6,320).
O Deus do Antigo Testamento é salvador e criador ao mesmo tempo. A vida começa e
recomeça sempre com um resgate; resgate da terra (criação), do cativeiro, da regressão coletiva, do
exílio e do futuro. E esse resgate é precedido por grandes sofrimentos, erros e castigos. Um povo que
sofreu como Israel, desde o êxodo até o exílio e as diferentes destruições do Templo, esse povo é um
povo de esperança. Mas esse povo, desde que não compreende a ambivalência humana como tal,
sempre está em perigo de culpar a si mesmo por desvios de sua história causados pela desobediência,
por se refugiar num estatuto de eleição religiosa ou de se radicalizar projetando os azares da vida
para outros povos. A desobediência a Deus pode ter a causa no excesso de abertura aos outros
(adaptação).
A adaptação e a aculturação fizeram Israel, na sua reflexão exílica, perder a sua identidade.
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Em consequência disso alimenta, posteriormente, um nacionalismo fechado no tempo de
Esdras e Neemias (Esd 9-10; e 13). Mas é impossível proteger a sua identidade atrás de muros.
Um terceiro aprendizado aponta para a instituição da profecia e dos profetas. Numa cultura em que a
Lei é considerada um dom de Deus para regulamentar a sociedade com autoridade divina, são os
profetas que garantem a história viva das instituições religiosas e políticas, fazendo a cada instante a
análise histórica e conjuntural e interpretando os sinais do tempo mediante a palavra de Deus. A
presença profética representa o discernimento crítico do caminhar histórico. Os profetas advertem
Israel se este faz parcerias com terceiros que parecem mais importantes do que a Aliança com Deus;
quando a instituição está mais preocupada com a pureza da fé e da moral dos pobres do que com a
sua fome e com a justiça; quando a prerrogativa do "povo eleito" se torna privilegio e prestígio em
detrimento do serviço e testemunho. Os profetas abrem portas quando a instituição as procura manter
fechadas. Por isso, vivem permanentemente em conflito.
Um quarto aprendizado se refere à história do povo eleito como história de salvação. Iahweh salva
seu povo através de sua caminhada histórica. Analogicamente, pode-se pensar que a história de cada
povo é história de salvação, porque Deus não salva os povos fora de sua história. As histórias dos
povos caminham para uma convergência escatológica (rumo à Deus). As religiões dos outros não
precisam ser incorporadas na religião de Israel que continua, até hoje o povo da Aliança.
3 . F O C O S F U N D A N T E S D A M IS S Ã O N O N O V O T E S T A M E N T O
A Páscoa e Pentecostes mudaram o rumo da missão. No tempo pré-pascal (antes de Cristo), a
missão é orientada para Israel, o povo eleito por Deus. Jesus de Nazaré não fez missão entre os
pagãos (ou Gentios), cuja conversão considerou um resultado da convocação escatológica de Israel,
no fim do tempo já próximo. Em vários episódios porém, Jesus falou da possibilidade de que a
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"eleição" poderá ser tirada de Israel ou, ao menos, ampliada também para os pagãos (Gentios),
quando menciona, por exemplo, o envio de a viúva de Sarepta ou a cura do sírio Naamã da lepra (cf.
4,25s). Jesus elogia o centurião romano de Cafarnaum por causa de sua fé (cf. Mt 8,5ss), diz que foi
enviado para salvar as ovelhas perdidas da casa de Israel, mas cura a filha da mulher Cananéia
porque achou grande a sua fé (Mt 15,21ss); perguntado sobre as condições para alcançar a
vida eterna, conta a parábola sobre a prática de caridade de um dissidente samaritano (cf. Lc
10,29ss).
Depois de um pequeno período do discipulado na comunidade penitencial de João Batista,
Jesus de Nazaré inicia sua missão na Galileia como peregrino e pregador, em sinagogas e praças
públicas, nas estradas e em casas, sem manter relações estáveis com sua família, profissão e moradia.
Em sua mensagem central Ele rejeita o papel de restaurador do Reino de Israel, esperado pelo povo e
pelos próprios discípulos. Não é o Reino de Israel que Ele anuncia, mas o Reino de Deus. Diante da
expectativa do povo, o próprio Jesus passou por um processo de discernimento, que Lucas descreve
no episódio dramático das tentações no deserto (Lc 4,1-13).
Ao rejeitar o acesso privilegiado ao pão não partilhado, ao poder que não é serviço e ao
prestígio das elites, inaugura, guiado pelo Espírito, a sua missão. Assume a tradição profética e
anuncia na Sinagoga de Nazaré boa nova aos pobres, libertação aos oprimidos, recuperação da vista
aos cegos e um ano de graça do Senhor aos endividados (Lc 4,16-19). A sinagoga ficou enfurecida
com sua mensagem, que indica os novos destinatários do seu reino.
Depois, Jesus se dirige a Cafarnaum, onde começa a convocação escatológica de Israel: O
tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa nova. (Mc
1,14). Jesus anuncia a chegada iminente do Reino de Deus como reino de amor, justiça e
misericórdia de Deus.
Para acompanhá-lo nessa pregação a serviço do Reino, Jesus chamou seguidores, discípulos e
apóstolos. A vocação exige uma mudança radical na vida das pessoas escolhidas. Pescadores que se
tornaram missionários deixam de ser pescadores no mar. Ao seguir Jesus, os discípulos sempre
tiveram de deixar algo, que pode significar deixar tudo. Ao tornarem-se pescadores de homens e
mulheres (cf. Mc 1,17), tudo que aprenderam antes passa a ser apenas um referencial metafórico (cf.
Lc 9,23ss). Foram convocados para renovar todo Israel. Também a escolha dos doze aponta para essa
intenção. A finalidade da vocação e da convocação é o envio e o anúncio do Reino messiânico a
Israel.
Os enviados vão dois a dois: são pequenas comunidades missionárias a caminho. Podem comer o
que receberem nas casas, sem constrangimento ritual (Lc 10,8). Para Jesus, o princípio ético vai além
da prática da Torá em Israel, e aponta para o Reino de Deus. Nesse Reino, o mais importante são as
pessoas, não as leis nem os ritos, nem o templo nem a sinagoga. Sem a barreira ritual e legalista, a
missão ad gentes se torna uma possibilidade (Mc 7,1-23). Enquanto a ética da Torá se tornou
ideologia religiosa, sem mediação dos que sofrem, a ética do Reino passa pela mediação histórica e
antropológica dos necessitados.
A mensagem do Reino, que questiona a prática da Torá controlada pelas autoridades do Templo, está
diretamente ligada à morte de Jesus. Depois da expulsão dos vendedores e compradores do Templo,
que questionou as práticas comerciais e sacrificiais "da casa de oração para todos os povos”. A elite
sacerdotal dos saduceus e dos escribas começou a pensar num plano de "como fazê-lo perecer, pois
toda a multidão andava muito extasiada com o seu ensino" (Mc 11, 17s).
A purificação do Templo, num sentido mais amplo, teve um impacto sobre a área religiosa,
econômica e política. Atingiu a base econômica da aristocracia sacerdotal, a base ideológica do
legalismo de Israel e fortaleceu a suspeita de que o movimento messiânico popular de Jesus de
Nazaré poderia sacudir a ordem político-religiosa, que era a base do Estado controlado pelos
romanos.
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A mensagem do Reino, que questiona a prática da lei (das 613 leis) controlada pelas
autoridades do Templo. Para Jesus, o Templo perdeu seu significado salvífico. Tornou-se um lugar
de assassinato (Mt 23,35), de prestígio e espetáculo (Lc 4,9), de mentira (Mt 23, 1 6ss). A cortina do
Templo, agora lugar de partida, não de chegada, está rasgada (Mt 27,51). O templo novo é o corpo
de Cristo (Jo 2,21) e, através dele, a comunidade cristã "Não sabe que sois um templo de Deus e que
o Espírito de Deus habita em vós?" A purificação do Templo se tornou, na morte de Jesus,
despojamento radical dos seus seguidores.
Na Última Ceia e na cruz, Jesus de Nazaré instaura uma "Nova e Eterna Aliança" com Deus,
que é renovada na celebração eucarística, ceia e sacrifício, memória de sua morte e ressurreição. Ao
falar de uma Nova Aliança, os cristãos retomam a promessa profética de Jeremias (cf. Jr 31,31ss) e a
colocou no contexto da Última Ceia. Os relatos desta, correspondem aos relatos sobre a Aliança no
Sinai, ao mesmo tempo que se diferenciam (cf. 2Cor 3,4-18; Gl 4,21-31).
Mateus e Marcos, que se referem diretamente em seus evangelhos à Aliança no Sinai, mostram
isso claramente: "Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado em favor por muitos"
(Mc 14,24; cf. Ex 24). Lucas e Paulo, depois de lembrarem o "corpo que é dado por vós", falam da
"Nova Aliança em meu sangue, que é derramado em favor de vós (Lc 19s).
A Igreja primitiva era uma Igreja missionária em todos os sentidos na sua prática diacônica
(diaconia= serviço), teológica e litúrgica.
Embora a palavra "missão" não esteja presente nos escritos bíblicos, mas o campo semântico da
atividade e reflexão missionárias se encontra nas palavras e na fé dos profetas e patriarcas, dos
apóstolos e dos discípulos e discípulas.
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Senhor constitui com Ele um só Pneuma" (lCor 6,17). A ética do Reino é a "Lei de Cristo" (GI 6,2)
E a Torá de Cristo, do Ungido, que significa "Messias", é o próprio Jesus. Deus que salva Jesus
Cristo, o Messias-Deus que salva é também o "lugar" da redenção. Ele é a casa de Deus, o Templo
Novo. Sua redenção não exige o mérito de sacrifícios ou lugares sagrados ou de esforços pessoais
redentores. Sua redenção é dom, pobre como o presépio e eficaz como a cruz. A eficácia da graça
cresce com sua proximidade a meios pobres e aos pobres. Isso vale para toda a prática missionária:
De graça recebemos e de graça partilhamos. "Somos servos inúteis, fizemos apenas o que devíamos
fazer" (Lc 17,10).
O Cristo, Messias, Filho de Deus, que rompeu com as tradições obsoletas do Templo e da Torá
em face da necessidade concreta do povo, só pode ser compreendido no interior da história que
construiu esse Templo e que recebeu a Torá como um dom de Iahweh. "Ele veio para o que era seu e
os seus não o receberam" (Jo 1,1 1).
O acontecimento de Belém mostra a dinâmica profética que se realizará na missão de Jesus que
une Israel e o mundo pagão no lugar insignificante de Belém e na pessoa de uma criança,
literalmente sem berço, longe da pompa e do poder da velha Jerusalém. Como na escolha de Israel,
na escolha da criança não há merecimento nem prestígio ou grandeza humana. Tudo é graça. Em
Belém se inicia, na catequese de Mateus, a universalidade de um reino novo sem fixação territorial,
no encontro simbólico de judeus, pagãos e pobres com a verdadeira tradição judaica.
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CAMINHO DE FORMAÇÃO DOS DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS
Documento de Aparecida – Capitulo 6
240. Uma autêntica proposta de encontro com Jesus Cristo deve estabelecer-se sobre o sólido
fundamento da Trindade-Amor. A experiência de um Deus uno e trino, que é unidade e comunhão
inseparável, permite-nos superar o egoísmo para nos encontrarmos plenamente no serviço para com
o outro. A experiência batismal é o ponto de início de toda espiritualidade cristã que se funda na
Trindade.
241. É Deus Pai quem nos atrai por meio da entrega eucarística de seu Filho (cf. Jo 6,44), dom de
amor com o qual saiu ao encontro de seus filhos, para que, renovados pela força do Espírito,
possamos chamá-lo de Pai: “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu próprio Filho,
nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da lei, para nos libertar do domínio da lei e fazer com
que recebêssemos a condição de filhos adotivos de Deus. E porque já somos filhos, Deus enviou o
Espírito de seu Filho a nossos corações, e o Espírito clama: Abbá! Pai!” (Gl 4,4-5). Trata-se de uma
nova criação, onde o amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo renova a vida das criaturas.
242. Na história do amor trinitário, Jesus de Nazaré, homem como nós e Deus conosco, morto e
ressuscitado, nos é dado como Caminho, Verdade e Vida. No encontro de fé com o inaudito realismo
de sua Encarnação, podemos ouvir, ver com nossos olhos, contemplar e tocar com nossas mãos a
Palavra de vida (cf. 1 Jo 1,1), experimentamos que “o próprio Deus vai atrás da ovelha perdida, a
humanidade doente e extraviada. Quando em suas parábolas Jesus fala do pastor que vai atrás da
ovelha desgarrada, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro de seu filho pródigo e
o abraça, não se trata só de meras palavras, mas da explicação de seu próprio ser e agir”. Essa prova
definitiva de amor tem o caráter de um esvaziamento radical (kénosis), porque Cristo “se humilhou a
si mesmo fazendo-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fl 2,8).
244. A própria natureza do cristianismo consiste, portanto, em reconhecer a presença de Jesus Cristo
e segui-lo. Essa foi a maravilhosa experiência daqueles primeiros discípulos que, encontrando Jesus,
ficaram fascinados e cheios de assombro frente à excepcionalidade de quem lhes falava, diante da
maneira como os tratava, coincidindo com a fome e sede de vida que havia em seus corações. O
evangelista João nos deixou plasmado com o impacto que a pessoa de Jesus produziu nos primeiros
discípulos que o encontraram, João e André. Tudo começa com uma pergunta: “O que procuram?”
(Jo 1,38). A essa pergunta seguiu o convite a viver uma experiência: “Venham e verão” (Jo 1,39).
Essa narração permanecerá na história como síntese única do método cristão.
245. No hoje do nosso continente latino-americano, levanta-se a mesma pergunta cheia de
expectativa: “Mestre, onde vives?” (Jo 1,38), onde te encontramos de maneira adequada para “abrir
um autêntico processo de conversão, comunhão e solidariedade?” Quais são os lugares, as pessoas,
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os dons que nos falam de ti, que nos colocam em comunhão contigo e nos permitem ser discípulos e
missionários teus?
247. Encontramos Jesus na Sagrada Escritura, lida na Igreja. A Sagrada Escritura, “Palavra de Deus
escrita por inspiração do Espírito Santo”, é, com a Tradição, fonte de vida para a Igreja e alma de sua
ação evangelizadora. Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo.
Daí o convite de Bento XVI: “Ao iniciar a nova etapa que a Igreja missionária da América Latina e
do Caribe se dispõe a empreender, a partir desta V Conferência em Aparecida, é condição
indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus, Por isso, é necessário educar
o povo na leitura e na meditação da Palavra: que ela se converta em seu alimento para que, por
experiência própria, vejam que as palavras de Jesus são espírito e vida (cf. Jo 6,63). Do contrário,
como vão anunciar uma mensagem cujo conteúdo e espírito não conhecem profundamente? É
preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida na rocha da Palavra de
Deus”.
248. Faz-se, pois, necessário propor aos fiéis a Palavra de Deus como dom do Pai para o encontro
com Jesus Cristo vivo, caminho de “autêntica conversão e de renovada comunhão e solidariedade”.
Essa proposta será mediação de encontro com o Senhor se for apresentada a Palavra revelada,
contida na Escritura, como fonte de evangelização. Os discípulos de Jesus desejam alimentar-se com
o Pão da Palavra: querem chegar à interpretação adequada dos textos bíblicos, empregá-los como
mediação de diálogo com Jesus Cristo, e a que sejam alma da própria evangelização e do anúncio de
Jesus a todos. Por isso, a importância de uma “pastoral bíblica”, entendida como animação bíblica da
pastoral, que seja escola de interpretação ou conhecimento da Palavra, de comunhão com Jesus ou
oração com a Palavra, e de evangelização inculturada ou de proclamação da Palavra. Isso exige, da
parte dos bispos, presbíteros, diáconos e ministros leigos da Palavra, uma aproximação à Sagrada
Escritura que não seja só intelectual e instrumental, mas com coração “faminto de ouvir a Palavra do
Senhor” (Am 8,11).
249. Entre as muitas formas de se aproximar da Sagrada Escritura existe uma privilegiada à qual
todos somos convidados: a Lectio divina ou exercício de leitura orante da Sagrada Escritura. Essa
leitura orante, bem praticada, conduz ao encontro com Jesus-Mestre, ao conhecimento do mistério de
Jesus-Messias, à comunhão com Jesus Filho de Deus e ao testemunho de Jesus-Senhor do universo.
Com seus quatro momentos (leitura, meditação, oração, contemplação), a leitura orante favorece o
encontro pessoal com Jesus Cristo semelhante ao modo de tantos personagens do evangelho:
Nicodemos e sua ânsia de vida eterna (cf. Jo 3,1-21), a Samaritana e seu desejo de culto verdadeiro
(cf. Jo 4,1-42), o cego de nascimento e seu desejo de luz interior (cf. Jo 9), Zaqueu e sua vontade de
ser diferente (cf. Lc 19,1-10)... Todos eles, graças a esse encontro, foram iluminados e recriados
porque se abriram à experiência da misericórdia do Pai que se oferece por sua Palavra de verdade e
vida. Não abriram o coração para algo do Messias, mas ao próprio Messias, caminho de crescimento
na “maturidade conforme a sua plenitude” (Ef 4,13), processo de discipulado, de comunhão com os
irmãos e de compromisso com a sociedade.
250. Encontramos Jesus Cristo, de modo admirável, na Sagrada Liturgia. Ao vivê-la, celebrando o
mistério pascal, os discípulos de Cristo penetram mais nos mistérios do Reino e expressam de modo
15
sacramental sua vocação de discípulos e missionários. A Constituição sobre a Sagrada Liturgia do
Vaticano II nos mostra o lugar e a função da liturgia no seguimento de Cristo, na ação missionária
dos cristãos, na vida nova em Cristo e na vida de nossos povos n’Ele.
251. A Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo. Com este
Sacramento, Jesus nos atrai para si e nos faz entrar em seu dinamismo em relação a Deus e ao
próximo. Existe estreito vínculo entre as três dimensões da vocação cristã: crer, celebrar e viver o
mistério de Jesus Cristo, de tal modo que a existência cristã adquira verdadeiramente forma
eucarística. Em cada Eucaristia, os cristãos celebram e assumem o mistério pascal, participando
n’Ele. Portanto, os fiéis devem viver sua fé na centralidade do mistério pascal de Cristo através da
Eucaristia, de maneira que toda a sua vida seja cada vez mais vida eucarística. A Eucaristia, fonte
inesgotável da vocação cristã é, ao mesmo tempo, fonte inextinguível do impulso missionário. Aí, o
Espírito Santo fortalece a identidade do discípulo e desperta nele a decidida vontade de anunciar com
audácia aos demais o que tem escutado e vivido.
252. Entende-se, assim, a grande importância do preceito dominical de “viver segundo o domingo”,
como necessidade interior do cristão, da família cristã, da comunidade paroquial. Sem uma
participação ativa na celebração eucarística dominical e nas festas de preceito, não existirá um
discípulo missionário maduro. Cada grande reforma na Igreja está vinculada ao redescobrimento da
fé na Eucaristia. Por causa disso, é importante promover a “pastoral do domingo” e dar a ela
“prioridade nos programas pastorais”, para novo impulso na evangelização do povo de Deus no
Continente latino-americano.
253. Com profundo afeto pastoral, queremos dizer às milhares de comunidades com seus milhões de
membros, que não têm a oportunidade de participar da Eucaristia dominical, que também elas podem
e devem viver “segundo o domingo”. Podem alimentar seu já admirável espírito missionário
participando da “celebração dominical da Palavra”, que faz presente o Mistério Pascal no amor que
congrega (cf. 1 Jo 3,14), na Palavra acolhida (cf. Jo 5,24-25) e na oração comunitária (cf. Mt 18,20).
Sem dúvida, os fiéis devem desejar a participação plena na Eucaristia dominical, pela qual também
os motivamos a orar pelas vocações sacerdotais.
255. A oração pessoal e comunitária é o lugar onde o discípulo, alimentado pela Palavra e pela
Eucaristia, cultiva uma relação de profunda amizade com Jesus Cristo e procura assumir a vontade
do Pai. A oração diária é sinal do primado da graça no caminho do discípulo missionário. Por isso, “é
necessário aprender a orar, voltando sempre a aprender essa arte dos lábios do Mestre”.
256. Jesus está presente em meio a uma comunidade viva na fé e no amor fraterno. Aí Ele cumpre
sua promessa: “Onde estão dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt
18,20). Ele está em todos os discípulos que procuram fazer sua a existência de Jesus, e viver sua
própria vida escondida na vida de Cristo (cf. Cl 3,3). Eles experimentam a força da ressurreição de
Cristo até se identificar profundamente com Ele: “Já não vivo eu, mas é Cristo que vive em mim”
(Gl 2,20). Cristo mesmo está nos Pastores, que o representam (cf. Mt 10,40; Lc 10,16). “Os Bispos
têm sucedido, por instituição divina, aos Apóstolos, como Pastores da Igreja, de modo que quem os
escuta, escuta a Cristo, e quem os despreza, despreza a Cristo e a quem o enviou” (Lumen Gentium,
20). Está naqueles que dão testemunho de luta pela justiça, pela paz e pelo bem comum, algumas
16
vezes chegando a entregar a própria vida em todos os acontecimentos da vida de nossos povos, que
nos convidam a procurar um mundo mais justo e mais fraterno, em toda realidade humana, cujos
limites às vezes causam dor e nos agoniam.
257. Também o encontramos de modo especial nos pobres, aflitos e enfermos (cf. Mt 25,37-40), que
exigem nosso compromisso e nos dão testemunho de fé, paciência no sofrimento e constante luta
para continuar vivendo. Quantas vezes os pobres e os que sofrem nos evangelizam realmente! No
reconhecimento dessa presença e proximidade e na defesa dos direitos dos excluídos encontra-se a
fidelidade da Igreja a Jesus Cristo. O encontro com Jesus Cristo através dos pobres é uma dimensão
constitutiva de nossa fé em Jesus Cristo. Da contemplação do rosto sofredor de Cristo neles e do
encontro com Ele nos aflitos e marginalizados, cuja imensa dignidade Ele mesmo nos revela, surge
nossa opção por eles. A mesma união a Jesus Cristo é a que nos faz amigos dos pobres e solidários
com seu destino.
259. Entre as expressões dessa espiritualidade contam-se: as festas patronais, as novenas, os rosários
e via-sacras, as procissões, as danças e os cânticos do folclore religioso, o carinho aos santos e aos
anjos, as promessas, as orações em família. Destacamos as peregrinações onde é possível reconhecer
o Povo de Deus a caminho. Aí o cristão celebra a alegria de se sentir imerso em meio a tantos
irmãos, caminhando juntos para Deus que os espera. O próprio Cristo se faz peregrino e caminha
ressuscitado entre os pobres. A decisão de caminhar em direção ao santuário já é uma confissão de
fé, o caminhar é um verdadeiro canto de esperança e a chegada é um encontro de amor. O olhar do
peregrino se deposita sobre uma imagem que simboliza a ternura e a proximidade de Deus. O amor
se detém, contempla o mistério, desfruta dele em silêncio. Também se comove, derramando todo o
peso de sua dor e de seus sonhos. A súplica sincera, que flui confiante, é a melhor expressão de um
coração que renunciou à autossuficiência, reconhecendo que sozinho nada pode. Um breve instante
condensa uma viva experiência espiritual.
260. Aí, o peregrino vive a experiência de um mistério que o supera, não só da transcendência de
Deus, mas também da Igreja, que transcende sua família e seu bairro. Nos santuários, muitos
peregrinos tomam decisões que marcam suas vidas. As paredes dos santuários contêm muitas
histórias de conversão, de perdão e de dons recebidos que milhões poderiam contar.
261. A piedade popular penetra delicadamente a existência pessoal de cada fiel e, ainda que se viva
em uma multidão, não é uma “espiritualidade de massas”. Nos diferentes momentos da luta
cotidiana, muitos recorrem a algum pequeno sinal do amor de Deus: um crucifixo, um rosário, uma
vela que se acende para acompanhar um filho em sua enfermidade, um Pai Nosso recitado entre
lágrimas, um olhar entranhável a uma imagem querida de Maria, um sorriso dirigido ao Céu em meio
a uma alegria singela.
262. É verdade que a fé que se encarnou na cultura pode ser aprofundada e penetrar cada vez mais na
forma de viver de nossos povos. Mas isso só pode acontecer se valorizarmos positivamente o que o
Espírito Santo já semeou. A piedade popular é “imprescindível ponto de partida para conseguir que a
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fé povo amadureça e se faça mais fecunda”. Por isso, o discípulo missionário precisa ser “sensível a
ela, saber perceber suas dimensões interiores e seus valores inegáveis”. Quando afirmamos que é
necessário evangelizá-la ou purificá-la, não queremos dizer que esteja privada de riqueza evangélica.
Simplesmente desejamos que todos os membros do povo fiel, reconhecendo o testemunho de Maria e
também dos santos, procurem imitá-los cada dia mais. Assim procurarão contato mais direto com a
Bíblia e maior participação nos sacramentos, chegarão a desfrutar da celebração dominical da
Eucaristia e viverão ainda melhor o serviço do amor solidário. Por esse caminho será possível
aproveitar ainda mais o rico potencial de santidade e justiça social que a mística popular encerra.
263. Não podemos desvalorizar a espiritualidade popular ou considerá-la como modo secundário da
vida cristã, porque seria esquecer o primado da ação do Espírito e a iniciativa gratuita do amor de
Deus. A piedade popular contém e expressa um intenso sentido da transcendência, uma capacidade
espontânea de se apoiar em Deus e uma verdadeira experiência de amor teologal. É também uma
expressão de sabedoria sobrenatural, porque a sabedoria do amor não depende diretamente da
ilustração da mente, mas da ação interna da graça. Por isso, a chamamos de espiritualidade popular.
Ou seja, uma espiritualidade cristã que, sendo um encontro pessoal com o Senhor, integra muito o
corpóreo, o sensível, o simbólico e as necessidades mais concretas das pessoas. É uma
espiritualidade encarnada na cultura dos simples, que nem por isso é menos espiritual, mas que o é
de outra maneira.
264. A piedade popular é uma maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da Igreja e
uma forma de ser missionários, onde se recolhem as mais profundas vibrações da América Latina. É
parte de uma “originalidade histórica cultural” dos pobres deste Continente, e fruto de “uma síntese
entre as culturas e a fé cristã”. No ambiente de secularização que vivem nossos povos, continua
sendo uma poderosa confissão do Deus vivo que atua na história e um canal de transmissão da fé. O
caminhar juntos para os santuários e o participar em outras manifestações da piedade popular,
levando também os filhos ou convidando a outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador
pelo qual o povo cristão evangeliza a si mesmo e cumpre a vocação missionária da Igreja.
265. Nossos povos se identificam particularmente com o Cristo sofredor, olham-no, beijam-no ou
tocam seus pés machucados, como se dissessem: Este é “o que me amou e se entregou por mim” (Gl
2,20). Muitos deles golpeados, ignorados, despojados, não abaixam os braços. Com sua religiosidade
característica se agarram no imenso amor que Deus tem por eles e que lhes recorda permanentemente
sua própria dignidade. Também encontram a ternura e o amor de Deus no rosto de Maria. Nela vêem
refletida a mensagem essencial do Evangelho. Nossa Mãe querida, desde o santuário de Guadalupe,
faz sentir a seus filhos menores que eles estão na dobra de seu manto. Agora, desde Aparecida,
convida-os a lançar as redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no
esquecimento e aproximá-los da luz da fé. Ela, reunindo os filhos, integra nossos povos ao redor de
Jesus Cristo.
18
Alcançou, dessa forma, o fato de estar ao pé da cruz em comunhão profunda, para entrar plenamente
no mistério da Aliança.
267. Com ela, providencialmente unida à plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4), chega a cumprimento a
esperança dos pobres e o desejo de salvação. A Virgem de Nazaré teve uma missão única na história
da salvação, concebendo, educando e acompanhando seu Filho até seu sacrifício definitivo. Do alto
da cruz, Jesus Cristo confiou a seus discípulos, representados por João, o dom da maternidade de
Maria, que brota diretamente da hora pascal de Cristo: “E desse momento em diante, o discípulo a
recebeu em sua casa” (Jo 19,27). Perseverando junto aos apóstolos à espera do Espírito (cf. At 1,13-
14), ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a
identifica profundamente. Como mãe de tantos, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula a
reconciliação e o perdão e ajuda os discípulos de Jesus Cristo a se experimentarem como família, a
família de Deus. Em Maria, encontramo-nos com Cristo, com o Pai e com o Espírito Santo, e da
mesma forma com os irmãos.
268. Como na família humana, a Igreja-família é gerada ao redor de uma mãe, que confere “alma” e
ternura à convivência familiar.158 Maria, Mãe da Igreja, além de modelo e paradigma da
humanidade, é artífice de comunhão. Um dos eventos fundamentais da Igreja é quando o “sim”
brotou de Maria. Ela atrai multidões à comunhão com Jesus e sua Igreja, como experimentamos
muitas vezes nos santuários marianos. Por isso, como a Virgem Maria, a Igreja é mãe. Esta visão
mariana da Igreja é o melhor remédio para uma Igreja meramente funcional ou burocrática.
269. Maria é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários.
Ela, da mesma forma como deu à luz o Salvador do mundo, trouxe o Evangelho à nossa América. No
acontecimento em Guadalupe, presidiu, junto com o humilde João Diego, o Pentecostes que nos
abriu aos dons do Espírito. A partir desse momento, são incontáveis as comunidades que
encontraram nela a inspiração mais próxima para aprenderem como ser discípulos e missionários de
Jesus. Com alegria constatamos que ela tem feito parte do caminhar de cada um de nossos povos,
entrando profundamente no tecido de sua história e acolhendo as ações mais nobres e significativas
de sua gente. Os diversos títulos e os santuários espalhados por todo o Continente testemunham a
presença próxima de Maria às pessoas, e ao mesmo tempo manifestam a fé e a confiança que os
devotos sentem por ela. Ela pertence a eles e eles a sentem como mãe e irmã.
270. Hoje, quando em nosso continente latino-americano e caribenho se quer enfatizar o discipulado
e a missão, é ela quem brilha diante de nossos olhos como imagem acabada e fidelíssima do
seguimento de Cristo. Esta é a hora da seguidora mais radical de Cristo, de seu magistério discipular
e missionário ao qual nos envia o Papa Bento XVI: “Maria Santíssima, a Virgem pura e sem mancha,
é para nós escola de fé destinada a nos conduzir e a nos fortalecer no caminho que conduz ao
encontro com o Criador do céu e da terra. O Papa veio a Aparecida com viva alegria para nos dizer
em primeiro lugar: Permaneçam na escola de Maria. Inspirem-se em seus ensinamentos. Procurem
acolher e guardar dentro do coração as luzes que ela, por mandato divino, envia a vocês a partir do
alto”.
271. Ela, que “conservava todas estas recordações e as meditava no coração” (Lc 2,19; cf. 2,51),
ensina-nos o primado da escuta da Palavra na vida do discípulo e missionário. O Magnificat “está
inteiramente tecido pelos fios da Sagrada Escritura, os fios tomados da Palavra de Deus. Assim,
revela-se que nela a Palavra de Deus se encontra de verdade em sua casa, de onde sai e entra com
naturalidade. Ela fala e pensa com a Palavra de Deus; a Palavra de Deus se faz a sua palavra e sua
palavra nasce da Palavra de Deus. Além disso, assim se revela que seus pensamentos estão em
sintonia com os pensamentos de Deus, que seu querer é um querer junto com Deus. Estando
intimamente penetrada pela Palavra de Deus, Ela pode chegar a ser mãe da Palavra encarnada”.160
19
Essa familiaridade com o mistério de Jesus é facilitada pela reza do Rosário, onde: “o povo cristão
aprende de Maria a contemplar a beleza do rosto de Cristo e a experimentar a profundidade de seu
amor. Mediante o Rosário, o cristão obtém abundantes graças, como recebendo-as das próprias mãos
da mãe do Redentor”.
272. Com os olhos postos em seus filhos e em suas necessidades, como em Caná da Galiléia, Maria
ajuda a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade que devem
distinguir os discípulos de seu Filho. Indica, além do mais, qual é a pedagogia para que os pobres,
em cada comunidade cristã, “sintam-se como em casa”. Cria comunhão e educa para um estilo de
vida compartilhada e solidária, em fraternidade, na atenção e acolhida do outro, especialmente se é
pobre ou necessitado. Em nossas comunidades, sua forte presença tem enriquecido e continuará
enriquecendo a dimensão materna da Igreja e sua atitude acolhedora, que a converte em “casa e
escola da comunhão”163 e em espaço espiritual que prepara para a missão.
274. Nossos povos nutrem carinho e especial devoção por José, esposo de Maria, homem justo, fiel e
generoso que sabe perder-se para se achar no mistério do Filho. São José, o silencioso mestre,
fascina, atrai e ensina, não com palavras mas com o resplandecente testemunho de suas virtudes e de
sua firme simplicidade.
275. Nossas comunidades levam o selo dos apóstolos e, além disso, reconhecem o testemunho
cristão de tantos homens e mulheres que espalharam em nossa geografia as sementes do Evangelho,
vivendo valentemente sua fé, inclusive derramando seu sangue como mártires. Seu exemplo de vida
e santidade constitui um presente precioso para o caminho cristão dos latino- americanos e,
simultaneamente, um estímulo para imitar suas virtudes nas novas expressões culturais da história.
Com a paixão de seu amor a Jesus Cristo, foram membros ativos e missionários em sua comunidade
eclesial. Com valentia, perseveraram na promoção dos direitos das pessoas, foram perspicazes no
discernimento crítico da realidade à luz do ensino social da Igreja e críveis pelo testemunho coerente
de suas vidas. Nós, cristãos de hoje, acolhemos sua herança e nos sentimos chamados a continuar
com renovado ardor apostólico e missionário o estilo evangélico de vida que nos transmitiram.
20
Fonte: Documento de Aparecida.
A SEMANA MISSIONÁRIA
1) Sentido e valor da semana missionária1
A Semana Missionária (SM) é o tempo especial de saborear a beleza do seguimento de Jesus.
Cremos e experimentamos profundamente que o Evangelho de Jesus é capaz de responder aos nossos
anseios mais humanos. Por causa disso, a vivência do Evangelho traz alegria e paz.
O Evangelho de Jesus não é, em primeiro lugar, um conjunto de ideias e de doutrinas, e
sim uma forma de viver a nossa vida, inspirada nos sentimentos e opções de Jesus. Claro que
essa maneira exigirá renúncias e sacrifícios, mas qual é a opção que não vai exigir isso? O
importante não é a renúncia pela renúncia, e sim os motivos e os objetivos que me animam á passar
pela renúncia.
É bom insistir: durante a semana missionária, vamos primeiro saborear a beleza do
Evangelho de Jesus, e isso nos dará razões de sobra para assumir sacrifícios e renúncias.
É por este motivo que, durante a Semana Missionária, não vamos logo pesquisar se alguém é casado
ou não na Igreja, se vai ou não vai a missa no domingo...para em seguida exigir ou condenar.
Primeiro, queremos gostar e fazer gostar do seguimento de Jesus. Queremos fazer juntos
a experiência gratificante do abraço de Deus, que é Pai e Mãe, para com o seu povo querido, e,
muitas vezes, machucado, ferido e dividido.
21
missionárias e dos missionários. A Semana Missionária é uma fantástica vivência de
fraternidade, de partilha e de perdão, de paz, de compromisso com a VIDA, ao lado dos
excluídos e humilhados. A vida, na SM, é amada, é valorizada, é defendida, é vida à luz do
Evangelho de Jesus.
A Semana Missionária é uma belíssima experiência de vida eclesial. São dezenas de
comunidades que partilham e celebram juntas. Nunca podemos esquecer que um dos objetivos das
SMP é “transformar cada vez mais nossa Diocese numa Igreja romeira e missionária, através
de uma rede de comunidades que sejam eclesiais, ministeriais, proféticas, acolhedoras, em
sintonia com a fé do povo romeiro.”
A Semana Missionária é um tempo especial de escuta e de conversão. É escuta dos apelos
de Deus que nos fala e chama de várias maneiras: por meio da sua Palavra que está na Bíblia, mas
também por meio dos acontecimentos, das pessoas encontradas, por meio de cantos, de gestos, de
símbolos, de procissão, de celebrações: Para quem sabe ouvir e escutar, tudo se torna apelo de Deus.
Mas atenção! deve também ser um tempo de “ter cuidado com o fermento dos fariseus e
com o fermento de Herodes” (Mc 8,15): Quer dizer: ter cuidado com as pessoas e as ideologias
que manipulam, ter cuidado com o poder que domina e oprime, pois isso pode entrar em nós e
estragar tudo.
Nós, Missionários, corremos o perigo de exigir muito dos outros e pouco de nós mesmos,
como os fariseus, da época de Jesus. Precisamos sempre vigiar para não cair na tentação de usar do
poder que nos é dado para manipular, dominar, oprimir. Conversão é mudança de mentalidade, de
estilo de vida, a começar por nós mesmos. Assim, A Semana Missionária será “um começo de lá
do céu, onde a festa não tem mais fim”, como diz um canto bonito das SMP. Realmente, quando as
pessoas se deixam envolver pelo espírito e iniciativas da Semana Missionária, o lugar onde ela
acontece torna-se um pedaço do céu, um tira-gosto da nova sociedade que sonhamos.
As partilhas, os mutirões, os gestos de solidariedade efetiva e afetiva, as visitas, as conversas
sinceras, os momentos de oração pessoal, as caminhadas, as vivências do perdão e da misericórdia, o
clima de paz, de humildade, de escuta, de compromisso, as celebrações tocantes, as conversões
verdadeiras, a presença querida dos missionários de fora e “de dentro” fazem a beleza inesquecível
da Semana Missionária.
Às vezes, faltam-nos simplicidade, busca sincera, vontade de querer caminhar. Mas, cremos
que a Semana Missionária bem vivida torna-se realmente um tempo de graça e de conversão. Haja
humildade e escuta dos apelos de Deus!
22
A Semana Missionária não oferece soluções mágicas para todos os problemas e desafios. Isso, sim,
seria perigosa ilusão, totalmente fora do lugar. Não é isso que a SM se propõe: ela oferece um tira-
gosto de um novo tipo de sociedade, aponta caminhos, faz nascer esperança. Serve de exemplo, de
estímulo, de sinal, de referência para o que vai vir depois. Assim, a SM torna-se um memorial
fecundo e criativo, um símbolo daquilo que deve ser o cotidiano de nossa vida.
De fato, o missionário não anda desligado das dores e dos anseios das multidões sacrificadas.
O missionário vai à luta guiado e iluminado pelos mesmos sentimentos de Jesus. Ao mesmo
tempo, ele não vai fazer das Missões um lugar de comício político-partidário e sim um lugar
onde o Evangelho de Jesus seja proclamado e onde, em nome desse Evangelho, todos os
cristãos sejam convidados a lutar pela defesa da vida.
2. Últimos preparativos.
1) Promover um encontro paroquial com todos aqueles que estarão envolvidos na Semana
Missionária para o estudo do subsídio e preparação do programa a ser desenvolvido na
paróquia/comunidade.
2) Formar equipes conforme as necessidades, com a coordenação de uma equipe central. Cuidado
de não sobrecarregar as pessoas. Cada missionário deve ser envolvido numa equipe mas é bom
também envolver outras pessoas.
3) Prever o material necessário na base de mutirão, de partilha, gastando só o mínimo necessário:
isso favorece o clima da SM.
4) Suscitar na paróquia um ambiente favorável de espiritualidade, escuta e engajamento, tendo em
vista a Semana Missionária.
5) Organizar uma vigília de oração envolvendo todos os missionários que participarão da SM.
6) Rezar em todas as celebrações a oração do Ano Missionário.
7) Colocar faixas, panfletos, distribuir folders, fazer uso das redes sociais, visitar as rádios locais,
divulgando a SM.
18) Cada setor faça o possível para garantir uma presença maciça de pessoas na Missa de
encerramento da SM. Providenciar meios de transporte, se necessário.
11) Envolver crianças e adolescentes nas atividades da SM.
2
Um resumo da 4ª parte do livro do Padre Mosconi (p.209-251).
23
12) Promover com antecedência promoções e eventos e arrecadações de alimentos para atender aos
gastos da SM.
13) Realizar um mutirão durante a SM: escolher com antecedência ações concretas a serem
realizadas, como por exemplo, alguma obra na Matriz ou Capela, reparação de casas pobres, limpeza
da rua, ou de alguma praça etc.
14) Providenciar a acolhida necessária para os missionários de fora (hospedagem, alimentação,
transporte etc.).
15) Fazer ata dos acontecimentos durante a SM e, a Paróquia fazer registro no livro de tombo.
16) Após a Semana Missionária escrever uma carta de agradecimento aos missionários de fora.
17) Realizar uma avaliação sobre a SM. Responder o questionário anexo ao subsídio.
3. Sentido da programação:
A programação está a serviço dos objetivos que devem sempre ser lembrados. Nas avaliações,
Padre Mosconi constata que as falhas acontecem por falta de verdadeira preparação e de
espiritualidade profunda. Somos, com frequência, superficiais e apressados.
Fonte: Comissão Diocesana em consonância com o livro das SMP, do Pe. Mosconi.
24
OS DESAFIOS DA MISSÃO URBANA
A realidade de mundo moderno expressa, sobretudo, no intenso processo de urbanização traz
em si uma série de desafios para a pastoral da Igreja, tanto a ordinária como a extraordinária.
Um pouco de história
As primeiras comunidades cristãs surgiram e se desenvolveram num mundo diferente do
mundo hebraico em que os discípulos estavam acostumados, com os consequentes problemas de
adaptação. As primeiras comunidades cristãs eram essencialmente urbanas e hoje, passados tantos
séculos, o desafio da evangelização na cidade volta a ocupar o centro das preocupações da Igreja.
O processo de urbanização no Brasil se acentuou, sobretudo a partir das décadas de 50/ 60,
explodindo nos anos 80/90 graças à junção de uma série de fatores. Este fenômeno nos leva a sentir
imensos desafios da evangelização no mundo urbano de hoje.
Alguns problemas ocorrem com mais facilidade no meio urbano, graças, sobretudo, ao
anonimato no qual as pessoas estão mergulhadas. Na cidade grande o religioso não é mais o centro,
pois a cidade nem mesmo um centro geográfico possui. Não há mais modelo, e os que são criados
são efêmeros, assim como os seus criadores.
Na cidade, sobretudo no grande meio urbano, a evangelização já não alcança a mesma
repercussão que alcançava numa cidade do interior ou numa comunidade da zona rural. Muitas das
características urbanas já se encontram também no campo e nas pequenas cidades do interior. A tão
falada modernidade chegou também ao interior!
A internet a serviço da Fé e da Evangelização
A realidade urbana é muito esfacelada, e assim dentro de uma mesma cidade, a pouca distância
existem bairros ou vilas com características bem diferentes entre si. É importante que o agente de
pastoral religioso ou leigo saiba localizar e identificar estas diferenças que podem ser facilitadoras ou
complicadoras da ação evangelizadora.
Um novo modo de Ser Igreja:
A Semana Missionária pode ajudar na concretização de um novo modo de ser Igreja
fundamentado em quatro pilares: Ser Igreja no mundo (O caminho não é a fuga); Ter o Mundo na
Igreja (Nossas Preocupações); Ser uma Igreja para o Mundo (Missão) e Ser Igreja com o Mundo.
Semana Missionária: Como se organizam as equipes missionárias?
A Semana Missionária, organizada em fases distintas que vão se sucedendo, traz alguns
contributos importantes que depois podem ser aproveitados pela pastoral ordinária que continua o
processo missionário e evangelizador. Sem querer esgotar o assunto, citamos apenas algumas:
- Trabalhar a formação das lideranças, investindo na sua ampla capacitação, sobretudo, daqueles que
foram indicados para os ministérios e pastorais;
- Usar da criatividade e da inventividade na pastoral, fugindo da mesmice, contando com o auxílio
das técnicas e ciências modernas para buscar fórmulas de Ação Evangelizadora nos diversos
ambientes criados pelo fenômeno da urbanização;
- Investir na criação de uma “Rede de Comunidades” a partir da Conferência de Aparecida e das
Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil;
- Rever o fundamento da evangelização, passando da religião de cumprimento de ritos e satisfação de
necessidades, para uma religião de fé e de vida;
- Despertar o sentimento religioso das pessoas que está adormecido, solucionando o vazio que existe
em suas vidas;
- Criar centros de referência para a prática religiosa, físicos ou grupais, estimulando o sentimento de
pertença;
- Dar sustentação aos grupos de evangelização despertados durante as missões, pois serão eles a
presença da Igreja em muitos ambientes onde a Igreja não entra pelos meios tradicionais;
25
- Por fim, sejam as lideranças religiosas ou leigas imbuídas de espírito cristão, com virtudes de
discrição, simpatia, segredo e fervor. Este testemunho cristão é fundamental na adesão de mentes e
corações! Texto: Pe. José Inácio de Medeiros, CssR.
OS 10 MANDAMENTOS DO MISSIONÁRIO
1. OUVIR
O missionário deve ser um homem com grande capacidade de diálogo e escuta, sabendo adaptar-
se às culturas e aos ambientes, descobrindo seus valores sem sentir-se superior aos demais. Ele
deve ter convicções profundas, porém, nem por isso deve considerar-se o dono da verdade.
2. ACOLHER
O missionário precisa acreditar numa cultura que considera a pessoa como centro de tudo. Desta
forma ele aprende a valorizar a hospitalidade e a acolhida dos pobres. Por isso gosta da presença
do povo e de ser rodeado por ele. A convivência com o povo é a sua escola de missão.
3. SOLIDARIZAR
O missionário não pode viver à margem dos problemas do povo, mas também não pode cair em
atitudes paternalistas. Ele leva na sua formação uma grande sensibilidade humana e social, com um
forte sentido de justiça e de verdade. Ele sabe que os pobres são os preferidos de Deus e a eles se
entrega sem condições ou meio termos. Ele deve acreditar sim na Justiça do Reino.
4. RESISTIR
Consciente da situação em que vive, o missionário sabe aguentar os momentos difíceis, sem
desistir. Faz-se presente quando precisam dele, porque sabe que sua missão não tem horários. A
resistência a tudo o que atrapalha a caminhada da sua comunidade é a sua força.
5. ESPERAR
A paciência é uma das virtudes mais missionárias que existe. Caminhar com um povo e colocar-se
no ritmo de sua história implica saber esperar com paciência o que vai acontecer, pois quem sabe
faz a hora.
6. CRER NO DEUS DA VIDA
A fé em Deus e um amor profundo e pessoal a Jesus Cristo é o fundamental para a vida do
missionário. Se não houver fé, não há missão. A fé do missionário tem de converter-se em paixão
pelo anúncio do Evangelho.
7. AMAR SEM CONDIÇÕES
Encontramos Deus e Cristo nos pobres e necessitados e naqueles que morrem ante a indiferença e
o desprezo já que eles são os preferidos de Deus. Com os pobres e pelos pobres o missionário
percorre os caminhos do Evangelho.
8. ORAR SEM DESANIMAR
Sem a oração não pode haver vida de fé e sem fé a vida missionária desmorona. Na oração e na
escuta da Palavra de Deus o missionário aprende a construir o Reino. A oração é o seu alimento de
cada dia e o sustentáculo na missão.
9. ASSUMIR A CRUZ
Missão, cruz e missionário devem formar um trio inseparável assim como foi na vida de Jesus. Não
há outro caminho possível a percorrer. A missão nasce e cresce aos pés da cruz. A constância e a
paciência são frutos de uma cruz aceita com alegria.
10. SER COERENTE
A credibilidade do missionário apoia-se no testemunho de vida, até as últimas consequências.
Necessita de muita paciência consigo mesmo para começar de novo, cada dia, sem desanimar
frente aos fracassos. Todos os cristãos são missionários, pois esta é a verdadeira natureza da Igreja.
Rezemos para que esta consciência cresça e se difunda em todos os batizados, fazendo reavivar a
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nossa fé e nos ajudando a levar esta luz a todos os povos e a todos os países de nossa América
Latina e do Caribe.
Texto: Página web dos Missionários Combonianos.
Roteiros
Celebrativos
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ORAÇÃO DA MANHÃ
Os ministérios: O oficio Divino das Comunidades é conduzido por três
pessoas: Um que preside; um que introduz ao canto do salmo e outro
que proclama o evangelho. Se possível os três poderão usar vestes de
leitor e sentarão juntos de frente para os reunidos. Conta-se ainda
com os cantores e violonistas (se houver) que sustentarão o canto
para que todos os participantes também possam acompanhar
cantando.
Ambiente: O oficio divino pode ser rezado vários locais que facilitem à
oração: uma casa, na Capela, um gramado... Desde que ofereça
conforto para todos. Organizem as cadeiras em círculo ou do modo
que acharem mais conveniente reservando três cadeiras de frente
para o povo onde ficarão as três pessoas que conduzirão o oficio.
Organizem o espaço litúrgico evitando exageros. Se possível organize
um ambão ou uma mesa para a Bíblia e uma vela com uns ramos ou
umas flores.
Ou:
- Eu Disse: “Eis que venho, Senhor!
Com prazer faço a vossa vontade!” (bis)
Ou:
- O Sol nasceu é novo dia bendito seja Deus, quanta alegria. (bis)
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2. Hino (de pé)
[Antes de entoar o hino, aquele que preside o oficio reza traçando o sinal da cruz sobre os lábios “Abri os
meus lábios.”, e o povo responde traçando o mesmo sinal sobre os lábios e depois cantam o Hino]
3. SALMO (sentados)
[Todos sentam-se e um leitor (um dos três) de pé, em tom de voz vibrante, lê a introdução de um dos salmos
abaixo devidamente antes escolhido]
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1ª opção - SALMO 121 (120) – (melodia do canto: “Envia teu Espírito Senhor e renova...”)
L1: “Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Não tenham medo!” (Lc 12, 7)
Como os antigos peregrinos a Jerusalém, peçamos ao Senhor que no caminho nos guarde e
nos acompanhe. Cantemos!
Ou
2ª opção - SALMO 104 (103)
L1: “Olhem os pássaros do céu e os lírios do campo. O Pai do céu cuida deles e os alimenta”
(Mt 6,6). Como uma meditação sobre a história bíblica da criação do mundo, cantemos ao
Criador este hino de louvor e peçamos a força para restabelecer no mundo a justiça e a
ordem do Universo. Cantemos!
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E rebentam tuas fontes nos vales,
Correm as água e cantam as aves.
5. Preces
Pr.: Apresentemos ao Senhor nossa intercessão e o clamor de todo o povo, dizendo:
R.: Inclina, Senhor, teu ouvido, escuta nosso pedido!
L1- Acompanha, Senhor, neste novo dia, todos os trabalhadores do campo e da cidade e a
nós que sairemos ao encontro dos irmãos e irmãs levando a vossa alegria. Dá a todos o
teu Espírito.
L2 – Fortalece no vosso amor a nossa Semana Missionária aqui em nossa diocese de
Tianguá. Abençoa cada um e cada uma de nós, e ajudai-nos a servir unidos, em tua paz,
em tua Boa Nova.
6. Benção da água
[O Presbítero presente, ou, na sua ausência o diácono, abençoa a água que será levada pelos missionários
durante as visitas do dia. Todos os dias a benção deverá ser realizada].
(O sacerdote, de pé, voltado para o povo, tendo diante de si a vasilha com a água que vai ser abençoada,
convida o povo a rezar, com estas palavras ou outras semelhantes):
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Deus eterno e todo poderoso,
Quisestes que pela água,
Fonte de vida e princípio de purificação,
As nossas almas fossem purificadas
E recebessem o prêmio da vida eterna.
Abençoai + esta água
Para que nos proteja neste dia que vos é consagrado,
E renovai em nós a fonte viva de vossa graça,
E renovai em nós a fonte viva de vossa graça,
A fim de que nos livre de todos os males
E possamos nos aproximar de vós com o coração puro.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
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Pres: O Senhor Jesus, que prometeu à sua Igreja estar a seu lado até a consumação dos
séculos, dirija os vossos passos e confirme vossas palavras.
Amém
BENÇÃOS
1- SAUDAÇÃO INICIAL
Missionário: Iniciemos este momento de oração, saudando a Santíssima Trindade: em
nome do Pai...
Todos: Amém.
Missionário: A graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, nosso Senhor,
estejam com conosco!
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
2- CANTO:
A nossa família será abençoada, / pois o Senhor vai derramar o seu amor (bis).
Derrama, ó Senhor! / Derrama, ó Senhor! / Derrama sobre nós o teu amor! (bis)
Ou
Vem, Espírito Santo, vem. / Vem iluminar! (bis)
- Nossos caminhos vem / iluminar. Nossas ideias vem / iluminar.
- Nossas famílias vem / iluminar. / Nossa paróquia vem / iluminar.
- Nossa diocese vem / iluminar. Nossa missão vem / iluminar.
3- ORAÇÃO
Missionário: Ó Deus, nosso Pai, fazei entrar nesta casa, juntamente com a nossa visita, a
vossa paz e a vossa misericórdia. Que nesta família se irradie a vossa presença amorosa.
Defendei-a de todos os perigos. Abençoai esta família e todos os seus membros.
Acompanhai-nos com a vossa providência. Isto nós vos pedimos, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém.
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4- A PALAVRA DE DEUS VISITA AS FAMÍLIAS
Os missionários (as) escolhem apenas um dos textos indicados e o proclama: (Mt 9, 9-13);
(Mc 1, 29-31); (Lc 19, 1-10); (Jo 3, 1-8)
5- PRECES
Missionário: Vamos nos dirigir ao Senhor, pedindo-lhe que nos atenda em nossas preces.
Leitor: Senhor, que a vossa palavra nos fortaleza e ilumine a nossa vida.
Todos: Ficai conosco, Senhor!
Leitor: Ensinai-nos a fazer a vossa vontade e a servir na caridade os nossos irmãos e
irmãs em Cristo.
Leitor: Abençoai as nossas famílias e derramai sobre cada um de nós o vosso amor e a
vossa paz.
Leitor: Permanecei nesta família que nos acolhe e acompanhai os passos dos seus
membros.
(Preces espontâneas)
Primeira opção
Missionário: Senhor Deus, Pai todo poderoso, abençoai esta casa e todos os que aqui
residem. Que esta moradia seja sempre digna e acolhedora. Que não falte o essencial
para viver. Santificai esta casa, assim como santificastes a casa de Abraão, de Isaac e de
Jacó. Que a vossa luz guarde esta casa, iluminai os seus moradores e, assim, possam
irradiar para os outros uma vida de fé, amor, justiça e fraternidade. Tudo isto vos pedimos
por Cristo, Senhor nosso. Amém.
(Após a oração, animador asperge com água benta as pessoas e os cômodos da casa)
Segunda opção
Bendito sejais, Deus, nosso Pai, por esta casa que concedeis para habitação desta família.
Que a vossa benção permaneça sobre ela e que o vosso Espírito penetre os corações e as
vidas dos seus moradores, fazendo-os arder em amor. Que todas as pessoas, que por
aqui passarem, encontrem o acolhimento da bondade e da paz. Nós vos pedimos por
Jesus Cristo, vosso Filho e nosso irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
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com a vossa força; dai-lhe o remédio, curai as suas fraquezas, a fim de que alcance o
conforto que de vós espera. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
(Traçar o sinal da cruz na fronte do enfermo)
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13- ORAÇÃO E BENÇÃO FINAL
Missionário: O Senhor Jesus Cristo esteja conosco, para que possamos ser fiéis ao seu
projeto de amor e de vida. Amém.
Abençoe-nos o Deus de ternura e bondade, ele que é Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém.
RITOS INICIAIS
Ou
*CANTO DE ENTRADA...
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ACOLHIDA DO PRESIDENTE
Pres: Em nome do Pai...
Olhai para nós, Senhor, e tende piedade de nossa miséria e de nossa dor. Irmãos e irmãs,
a vós paz e fé da parte de Deus, nosso Pai, a graça e alegria de nosso Senhor Jesus
Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.
Ass: Bendito seja Deus...
- Por todas as vezes que ignoramos a justiça do Reino e contribuímos para o sofrimento
dos pobres; Senhor, tende piedade de nós!
Senhor, tende piedade de nós!
- Por nossa omissão na luta por leis justas e equilibradas, que atendam às nossas
necessidades de todas as pessoas; Cristo, tende piedade de nós!
Cristo, tende piedade de nós!
- Por todas as vezes que vivemos a fé longe da realidade e não nos comprometemos com
a transformação da sociedade; Senhor, tende piedade de nós!
Senhor, tende piedade de nós!
*ORAÇÃO DO DIA
LITURGIA DA PALAVRA
*PRECES DA COMUNIDADE.
1- Pela Igreja no mundo, pelo Papa, pelos Bispos, sacerdotes, religiosos e leigos, que têm
a missão de animar o povo de Deus a ouvir a voz do Mestre e a seguir novos caminhos,
rezemos.
2- Para que a Palavra de Cristo, que é viva e eficaz nos liberte das preocupações e
angústias inúteis que o mundo nos oferece e nos leve a termos atitudes de partilha, de
solidariedade e de amor, rezemos.
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necessitam de ajuda e de escuta, rezemos.
5- Por nossa Diocese de Tianguá que se prepara para celebrar seu Jubileu de Ouro, que
possa se desenvolver abundantemente na perspectiva evangélica como sinal do Reino de
Deus neste mundo, rezemos.
Ou
2- Por cada um de nós, para que, pondo de lado todo comodismo aprendamos a construir
uma sociedade pacífica, protetora do meio ambiente e do direito dos pobres, generosa e
empenhada na instauração da fraternidade universal, rezemos.
4- Para que este trabalho missionário realizado ao longo destes dias, produza seus frutos
necessários para o crescimento de nossa comunidade e ajude tantas pessoas a
reencontrar o caminho da salvação, rezemos.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Fomos alimentados com o Pão da Palavra, agora nosso olhar se volta para a mesa
Eucarística, onde temos o pão e o vinho que serão ofertados e que se tornarão gesto de
partilha que Jesus realizou e nos convida também a fazermos o mesmo. Canto das ofertas.
*PAI NOSSO
*COMUNHÃO
A mesa está pronta, o Senhor nos chama. Com a flor do trigo Ele nos alimenta, pois é o
Pão vivo descido do céu. Canto de comunhão.
RITOS FINAIS
*Avisos
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*Mensagem de envio.
A todos uma feliz e abençoada Semana Missionária. E que sejamos sempre missionários
do Senhor.
*CANTO
HORA SANTA
ADORAÇÃO
Preparar o ambiente com uma Bíblia, Cruz, velas, fotos e símbolos missionários.
1. ACOLHIDA
Animador(a): Neste momento intenso em que vivemos as grandes alegrias da Semana Missionária,
desejosos de partilhar as experiências vividas em nossas comunidades com nossa amada Diocese
de Tianguá, nos colocamos em oração diante do Santíssimo Sacramento. Quando olhamos para o
nosso lado, para a realidade das nossas comunidades, por inúmeras vezes vemos homens e
mulheres que estão consumindo as suas vidas em prol do anúncio do Evangelho, muitas vezes
apenas com o jeito simples de viver a sua Fé. Ficamos admirados e nos esquecemos que nós
também podemos partilhar da alegria de ser um discípulo-missionário de Nosso Senhor Jesus
Cristo, um enviado a anunciar as grandes maravilhas de Deus em nossas vidas. Permita Deus que,
ao colocarmo-nos em oração, estejamos mais fortalecidos e animados, vivendo a alegria de ser
missionário, renovando nossos desejos de atender ao mandato de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro,
proclamai o Evangelho a todas as criaturas”. (Mc 16,15).
2. REFRÃO
Ó Luz do Senhor que vem sobre a terra inunda meu ser, permanece em nós. (bis).
3. SAUDAÇÃO INICIAL
Pres.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Ass.: Amém.
Pres.: O Deus da vida que nos convoca a sermos Igreja Missionária esteja convosco!
Ass.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
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Pres.: OREMOS: Ó Deus, quisestes que a vossa Igreja fosse o sacramento da salvação para todas as
nações, a fim de que a obra do Salvador continuasse até o fim dos tempos. Despertai nos corações
dos vossos fiéis a consciência de que são chamados a trabalhar pela salvação da humanidade até
que de todos os povos surja e cresça para vós uma só família e um só povo. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ass.: Amém.
4. EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO
Pres.: Acolhamos, em nosso meio, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Enviado do Pai.
Canto: Eu quisera (ou à escolha)
1. Eu quisera, Jesus adorado, teu sacrário de amor rodear.
De almas puras, florinhas mimosas, perfumando teu Santo Altar.
O desejo de ver-te adorado, tanto invade o meu coração.
Que eu quisera estar noite e dia a teus pés em humilde oração.
5. PALAVRA DE DEUS
Canto de aclamação ao Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia.
Pres.: O Senhor esteja convosco.
Ass.: Ele está no meio de nós.
Pres.: PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
Andando ao longo do mar da Galileia viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão,
que lançavam a rede ao mar: eram pescadores. Disse-lhes: “Vinde em meu seguimento e farei de
vós pescadores de homens”. Eles então, deixando logo as redes, seguiram-no. Indo daí adiante, ele
viu mais dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, no barco com Zebedeu, seu pai,
consertando as redes. Ele os chamou. Deixando logo seu barco e seu pai, seguiram-no.
Pres.: Palavra da Salvação.
Ass.: Glória a vós, Senhor.
Silêncio orante.
Breve partilha.
6. PRECES
Pres.: Caríssimos irmãos e irmãs, supliquemos ao Senhor que inspire as nossas orações e nos faça
sentir sede de Deus, como terra ressequida e sem água, pedindo com fé:
Ass.: Ouvi-nos, Senhor.
1. Para que os bispos, os presbíteros e os diáconos, busquem apenas no Senhor a sua glória e não
se envergonhem da Cruz do Salvador, rezemos.
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2. Para que os chefes dos povos e nações respeitem a dignidade de toda a pessoa humana, rica ou
pobre, honrada ou desconhecida, rezemos.
3. Para que os fiéis não se conformem com este mundo, mas se deixem transformar pelo Espírito e
descubram o que é perfeito e Lhe agrada, rezemos.
4. Para que os monges e monjas, os religiosos e as religiosas, sejam como os profetas de Israel, que
se deixaram seduzir pelo Senhor, rezemos.
5. Para que os membros da nossa comunidade (paroquial) tenham sede de Deus e da Palavra e
encontrem no Senhor o seu refúgio, rezemos.
Pres.: Deus, nosso Pai, que pela palavra de Jesus nos convidais a segui-l’O, iluminai o nosso olhar
para que, fazendo agora a vossa vontade, sejamos recebidos um dia na glória eterna. Por Cristo,
nosso Senhor.
Ass.: Amém.
7. COMPROMISSO E ENVIO
Pres.: Deus sempre contou com pessoas para atuar com Ele e por Ele em favor da humanidade.
Desta forma, ele conta com cada um de nós para sermos autênticos discípulos-missionários.
Inspirados pelas palavras do Papa Francisco, queremos agora renovar nosso compromisso
missionário diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento do altar.
Leitor 1: “Olhando a nossa realidade, constatamos que muitos homens e mulheres que vivem ao
nosso lado, habitam na mesma cidade, no mesmo país ou estão espalhados pelo mundo inteiro,
ainda não tiveram a oportunidade de escutar o anúncio do Evangelho”.
Leitor 2: “Devemos sempre ter a coragem e a alegria de propor, com respeito, o encontro com
Cristo e de fazermos portadores do seu Evangelho”.
Ass.: Aqui estou, envia-me Senhor.
Leitor 3: “Jesus veio ao nosso meio para nos indicar o caminho da salvação. Ele nos confiou a
missão de anunciar o Evangelho a todos, até aos confins do mundo”.
Ass.: Aqui estou, envia-me Senhor.
Leitor 4: “É urgente fazer brilhar em nosso tempo a vida nova do Evangelho pelo anúncio e o
testemunho a partir do interior da Igreja, porque não se pode anunciar Cristo sem a Igreja”.
Ass.: Aqui estou, envia-me Senhor.
Leitor 5: “Torna-se ainda mais urgente levar corajosamente, a todas as realidades, o Evangelho de
Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão, anúncio da proximidade de
Deus, da sua misericórdia, da sua salvação, anúncio de que a força de amor de Deus é capaz de
vencer as trevas do mal e guiar pelo caminho do bem”.
Ass.: Aqui estou, envia-me Senhor.
Leitor 6: “A Igreja é uma comunidade de pessoas, animadas pela ação do Espírito Santo, que
viveram e vivem a maravilha do encontro com Jesus Cristo e desejam partilhar esta experiência de
profunda alegria, partilhar a Mensagem de salvação que o Senhor nos trouxe”.
Ass.: Aqui estou, envia-me Senhor.
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Canto: Alma Missionária
1. Senhor, toma minha vida nova, antes que a espera, desgaste anos em mim.
Estou disposto ao que queiras, não importa o que seja, Tu chamas-me a servir.
Leva-me aonde os homens necessitem Tua Palavra, necessitem de força de viver. Onde falte a
esperança, onde tudo seja triste, simplesmente por não saber de Ti.
2. Te dou meu coração sincero, para gritar sem medo: formoso é o Teu amor.
Senhor, tenho alma missionária, conduza-me à terra que tenha sede de Ti.
8. BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO
Canto: Tão sublime.
Segue-se a Bênção do Santíssimo, conforme o Rito.
TERÇO MISSIONÁRIO
INTRODUÇÃO
A oração do Rosário é uma oração universal, uma oração mariana que propicia a união
de todos os povos e todas as raças e o povo de nossa diocese.
É importante que percebamos que a nossa oração deve ser universal, portanto
devemos abandonar nosso individualismo e assumirmos nosso compromisso de batizados
perante Deus. Devemos rezar pelos nossos irmãos que ainda não fizeram o encontro pessoal
com Jesus Cristo, como nos retrata o Documento de Aparecida.
“A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia
sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se
frente àqueles que só veem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a
variedade e a complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões
irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho
arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo,
que desperte discípulos e missionários. Isso não depende tanto de grandes programas e
estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como
discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu reino, protagonistas de uma vida nova para
uma América Latina que deseja reconhecer-se com a luz e a força do Espírito” (DAp 11).
Devemos ser o Evangelho vivo que muitas pessoas irão ler; seremos muitas vezes o
único anunciador que alguém irá receber. Que possamos ser anunciadores, missionários,
segundo o desejo de Deus, sejamos para muitos o próprio Cristo que prega, que auxilia, que
escuta, que aconselha. Sejamos perseverantes no anúncio do Evangelho.
O Rosário Missionário consta de cinco dezenas, cada uma representa um continente e
ainda um a dois setores da paróquia onde o terço será rezado e que antes os nomes serão
preparados por uma equipe que dirigirá este Terço. Queremos chamar a atenção de todos os
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diocesanos para que rezem pela Diocese de Tianguá, pedindo a intercessão de Nossa Senhora
para que nos tornemos mais missionários.
OFERECIMENTO
Divino Jesus, nós Vos oferecemos este Terço que vamos rezar, contemplando os Mistérios de
nossa Redenção. Concedei-nos, pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos
dirigimos, as virtudes necessárias para bem rezá-lo e a graça de ganhar as indulgências
anexas a esta santa devoção.
CREDO
Creio em Deus Pai todo-poderoso...
PAI NOSSO
Pai nosso que estais nos céus...
3 AVE MARIA
Ave Maria, cheia de graça...
GLÓRIA
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
1ª DEZENA
Rezemos pela ÁFRICA e pelos setores:
(Com antecedência, preparar os nomes de um ou dois setores para cada dezena de acordo
com o número de setores na paróquia)
SEGUNDA e SÁBADO
O Anúncio do Anjo a Maria (Lc 1, 26-38)
O Senhor, antes de Se encarnar, pediu o consentimento de Maria. Ele pede-nos também
colaboração para que todos conheçam o Messias e acolham a sua mensagem de Redenção.
TERÇA e SEXTA
A oração de jesus no jardim das oliveiras (Lc 22, 39-44)
Jesus agoniza, vendo diante de si os pecados de todos, as suas ingratidões, a aparente pobreza
da sua missão redentora. Jesus está em agonia até ao fim do mundo. Juntemos os nossos
sentimentos aos de Jesus, para que o Evangelho seja anunciando a todos os povos e acolhido
por toda a gente.
QUARTA e DOMINGO
A Ressurreição de Jesus (Lc 24, 1-6)
Cada pessoa é chamada a unir-se à ressurreição e à glória de Jesus através do Batismo.
Poderemos ficar tranquilos pensando nos milhões de irmãos que ainda não se tornaram
participantes deste grande dom? Não poderemos celebrar a nossa Páscoa com alegria
completa enquanto todas as pessoas não cantarem o aleluia;
QUINTA
O batismo de Jesus no Rio Jordão (Mc 3, 16-17)
Jesus entra na fila dos pecadores. Enquanto desce para a água do rio Jordão, é o inocente que
se faz pecado por nós. O Céu abre-se e a voz do Pai proclama-o o Filho amado. Ao amado
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tempo, o Espírito Santo vem sobre sobre Jesus para o fortalecer para a missão que o espera: o
anúncio do Evangelho. É essa também a nossa missão.
(Ao final de cada dezena rezada, o grupo poderá entoar refrãos de cantos conhecidos de
Nossa Senhora ou refrãos de cantos missionários, devidamente preparados com
antecedência).
2ª DEZENA
Rezemos pelas AMÉRICAS e pelos setores:
SEGUNDA e SÁBADO
A visita de Maria a sua prima Santa Isabel (Lc 1, 39-45)
Depois de maravilhoso anúncio, Maria, delicada, põe-se a caminho da montanha para prestar
ajuda a Isabel. O amor ao próximo é prova do amor a Deus; a caridade mais preciosa é a que
dá aos irmãos a fé e a graça. O testemunho da fé e o dom da caridade são os meios para
evangelizar o mundo.
TERÇA e SEXTA
A flagelação de Jesus (Mc 15, 13-15)
Jesus não recua nas dificuldades, suporta com paciência os ultrajes e submete-se à flagelação.
A nossa mortificação, unida à de Jesus, será fonte de graças abundantes para muitas pessoas.
QUARTA e DOMINGO
A Ascenção de Jesus ao Céu (Lc 24, 50-51)
Jesus preparou um lugar para cada pessoa na casa do Pai, mas ainda nem todos sabem disso.
Por isso, antes de subir ao Céu, disse: “Ide por todo o mundo e anunciai o meu Evangelho”.
É um mandamento que diz respeito a todos os cristãos.
QUINTA-FEIRA
A auto-revelação de Jesus nas Bodas de Caná (Jo 2, 1-5)
Cristo, transformando a água em vinho, abre o coração dos discípulos à fé, graças à
intervenção de Maria, a primeira a acreditar em Jesus. Maria repete-nos hoje o que disse aos
servos da boda em Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
3ª DEZENA
Rezemos pela EUROPA e pelos setores:
SEGUNDA e SÁBADO
O nascimento de Jesus em Belém (Lc 2, 6-7)
Jesus, a Palavra de Deus, vem até nós para mostrar o seu infinito e para nos libertar de todas
as formas de escravidão, e para nos ajudar a viver na liberdade de filho de Deus. Jesus nasceu
para todos, mas muitos milhões ainda não o sabem. Rezemos para que cada pessoa conheça
Jesus como Salvador.
TERÇA e SEXTA
A coroação de espinhos de Jesus (Mc 15, 16-18)
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No cúmulo do ultraje e da zombaria, não falta a inconsciente proclamação da realeza do
Filho do Homem. A sua característica é servir, entregar-se à nossa insensatez por puro amor,
até o fim. Esforcemo-nos também nós por “nos entregarmos” aos irmãos pelo serviço, para
que o amor possa renovar o mundo.
QUARTA e DOMINGO
A descida do Espírito Santo (At 2, 1-4)
O Espírito Santo é o maior dom de Jesus à sua Igreja. É o principal trabalhador da ação
missionária. É Ele que nos torna capazes de darmos testemunho de Jesus e de O anunciar até
os confins da Terra. Rezemos para que, através da ação do Espírito Santo, possamos tornar-
nos instrumentos de evangelização.
QUINTA- FEIRA
Jesus anuncia o Reino de Deus (Mc 1, 14-15)
Jesus anuncia a chegada do Reino de Deus e convida os ouvintes à conversão. É um convite
atual para hoje que nos leva pelos caminhos da santidade.
4ª DEZENA
Rezemos pela EUROPA e pelos setores:
SEGUNDA e SÁBADO
A apresentação de Jesus no Templo (Lc 2, 22-23)
Jesus revela-se como o Messias esperado, como Aquele que é destinado para uma obra da
salvação. Devemos ser luz do mundo e testemunhas corajosas do Evangelho. Cada gesto da
nossa vida pode tornar-se manifestação do Senhor, se o vivermos segundo a lei que Cristo
nos ensinou, a lei que Cristo nos ensinou, a lei do amor para com todos os irmãos.
TERÇA e SEXTA
A viajem de Jesus para o Calvário (Jo 19, 16-17)
Jesus, eu leva a cruz, torna-se motivo de esperança para cada um de nós na hora da provação.
Para muitos irmãos, que não conhecem Cristo, ainda é tempo de paixão e os seus caminhos
são um calvário sem saída. Rezemos para que haja cristãos dispostos a indicar-lhes o
caminho da fé.
QUARTA e DOMINGO
A assunção de Nossa Senhora ao Céu (Dogma da Igreja)
Unida a Jesus na sua vida terrena, Maria mantém-se assim no Céu. É motivo de confiança
para cada cristão saber que tem junto do Senhor uma mãe tão boa. Ela atrai-nos, converte-
nos, leva-nos a Jesus.
QUINTA
A transfiguração de Jesus (Mt 17, 1-8)
A glória da divindade resplandece no rosto de Cristo, enquanto o Pai nos convida a escutá-lo.
Jesus anuncia a vitória do bem sobre o mal e mostra-nos a glória a que somos chamados.
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5ª DEZENA
Rezemos pela ÁSIA e pelos setores:
SEGUNDA e SÁBADO
A perda e o encontro de Jesus no Templo (Lc 2, 43-46)
Jesus tem só uma preocupação: agradar ao Pai e fazer o seu projeto de salvação, na busca
contínua da sua vontade. O nosso sim generoso à vontade de Deus, nos momentos alegres e
nos tristes, obterá a salvação de tantos irmãos.
TERÇA e SEXTA
A morte de Jesus na Cruz (Lc 23, 44-46)
Jesus morre para a salvação de todos. Tem os braços abertos como se quisesse abraçar a
humanidade inteira. A cruz interpela-nos. Não basta declararmo-nos cristãos, devemos viver
o mistério da cruz.
QUARTA e DOMINGO
A coroação de Maria Rainha dos Anjos e dos Santos (Ap 12, 1)
Jesus chama Maria junto dele como Rainha, dando-lhe a tarefa de velar com Ele pelo destino
da Igreja. Ela tem um só desejo: contribuir para que Jesus Cristo seja amado por toda a gente.
Rezemos à nossa Mãe do Céu, para que nos dê um coração generoso para gastarmos as
nossas vidas no testemunho alegre do Evangelho.
QUINTA-FEIRA
A instituição da Eucaristia (Mt 26, 26-29)
Ao instituir a Eucaristia, Jesus faz-se alimento com o seu Corpo e o seu sangue, sob as
espécies do pão e do vinho. É o sinal do seu “amor até ao fim” pela salvação de todos. E
convida-nos a sermos pão repartido para a salvação do mundo.
AGRADECIMENTO
Infinitas graças Vos damos...
SALVE-RAINHA
Salve Rainha...
LADAINHA DE NOSSA SENHORA - A PARTIR DA BÍBLIA
Senhor, tende piedade de nós. (Repete-se)
Jesus Cristo, tende piedade de nós. (Repete-se)
Senhor, tende piedade de nós. (Repete-se)
Jesus Cristo, ouvi-nos. (Repete-se)
Jesus Cristo, atendei-nos. (Repete-se)
Em Nazaré
Maria de Nazaré, rogai por nós.
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Menina que encantou os olhos de Deus, rogai por nós.
Amada de José, rogai por nós.
Jovem questionadora, rogai por nós.
Servidora do Senhor, rogai por nós.
Mulher do Sim sempre renovado, rogai por nós.
Aquela que medita o sentido dos fatos, rogai por nós.
Educadora de Jesus, rogai por nós.
Aquela que vê Deus nos véus do cotidiano, rogai por nós.
No templo de Jerusalém
Maria de Jerusalém, rogai por nós.
Mulher oferente, rogai por nós.
Aquela que crê, sem tudo compreender, rogai por nós.
Peregrina na fé, rogai por nós.
Mãe dos peregrinos, rogai por nós.
OREMOS.
Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e
de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos
livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor.
Amém.
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R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
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CANCIONEIRO MISSIONÁRIO
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Senhor, Tu me olhaste nos olhos Senhor, tenho alma missionária, conduza-me
A sorrir, pronunciaste meu nome à terra que tenha sede de Ti.
Lá na praia, eu deixei o meu barco 3. E, assim eu partirei cantando por terras
Junto a Ti, buscarei outro mar anunciando tua beleza, Senhor.
2. Tu sabes bem que em meu barco Terei meus braços sem cansaço, tua história
Eu não tenho nem ouro nem espadas em meus lábios e a força na oração.
Somente redes e o meu trabalho...
3. Tu, minhas mãos solicitas 8 – EU VENHO DO SUL E DO NORTE
Meu cansaço, que a outros descansem 1. Eu venho do sul e do norte,
Amor que almeja seguir amando.. Do oeste e do leste, de todo o lugar,
Estradas da vida eu percorro, levando socorro
4. Tu, pescador de outros lagos a quem precisar.
Ânsia eterna de almas que esperam Assunto de paz é meu forte, eu cruzo
Bondoso amigo, assim me chamas! montanhas, mas vou aprender.
O mundo não me satisfaz, o que eu quero é a
6 – AGORA É TEMPO DE SER IGREJA paz,
Agora é tempo de ser Igreja, caminhar o que eu quero é viver.
juntos, participar. No peito eu levo uma cruz, no meu coração o
1. Somos povo escolhido e na fronte que disse Jesus (bis)
assinalados 2. Eu sei que eu não tenho a idade da
com o nome do Senhor que caminha ao nosso maturidade de quem já viveu,
lado. mas sei que eu já tenho a idade de ver a
2.Somos povo em missão, já é tempo de verdade
partir, o que eu quero é ser eu.
é o Senhor que nos envia, em seu nome a O mundo ferido e cansado de um triste
servir. passado de guerras sem fim,
3. Somos povo esperança, vamos juntos tem medo da bomba que fez, e da fé que
planejar: desfez, mas aponta pra mim.
Ser Igreja a serviço e a fé testemunhar.
4. Somos povo a caminho, construindo em 3. Eu venho trazer meu recado, não tenho
mutirão passado, mas sei entender
nova terra, novo reino de fraterna comunhão. Um jovem foi crucificado por ter ensinado a
gente a viver.
7 – ALMA MISSIONÁRIA Eu grito ao meu mundo descrente
1. Senhor, toma minha vida nova antes que a Que eu quero ser gente, que eu creio na cruz.
espera desgaste anos mim. Eu creio na força do jovem que segue o
Estou disposto ao que queiras, não importa o caminho do Cristo Jesus.
que seja, Tu chamas-me a servir
Leva-me aonde as pessoas, necessitem Tuas 9 – VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA
palavras Viva a mãe de Deus e nossa sem pecado
Necessitem de força de viver concebida!
Onde falte a esperança, onde tudo seja Viva a Virgem Imaculada a Senhora
triste, Aparecida!
simplesmente por não saber Ti.
Aqui estão vossos devotos, cheios de fé
2. Te dou meu coração sincero para gritar incendida,
sem medo: formoso é Teu amor De conforto e de esperança, ó Senhora
Aparecida!
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Virgem santa, Virgem bela, Mãe amável, mãe 12 – ESCUTA ISRAEL
querida Escuta Israel, O Senhor teu Deus vai falar
Amparai-nos, socorrei-nos, ó Senhora Escuta Israel, O Senhor teu Deus vai falar
Aparecida. Fala Senhor, Israel quer te escutar...
Fala Senhor, Israel quer te escutar...
Protegei a santa igreja, Mãe terna e
compadecida, 13 – HÁ UM BARCO ESQUECIDO
Protegei a nossa pátria, ó Senhora Aparecida! 1. Há um barco esquecido na praia: já não
leva ninguém a pescar;
Amparai a todo clero, em sua terrena lida, é o barco de André e de Pedro, que partiram
Para o bem dos pecadores, ó Senhora pra não mais voltar.
Aparecida! Quantas vezes partiram seguros, enfrentando
os perigos do mar:
10 – A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS era chuva, era noite, era escuro, mas os dois
A Bíblia é a palavra de Deus precisavam pescar
semeada no meio do povo, De repente aparece Jesus, pouco a pouco se
que cresceu, cresceu e nos transformou, acende uma luz.
ensinando-nos viver num mundo novo. É preciso pescar diferente, que o povo já
2. Deus é bom, nos ensina a viver, sente que o tempo chegou!
nos revela o caminho a seguir, E partiram, sem mesmo pensar nos perigos
Só no amor partilhando seus dons, de profetizar.
sua presença iremos sentir. /: Há um barco esquecido na praia, um barco
3. Somos povo, o povo de Deus, esquecido na praia (bis)
e formamos o reino de irmãos.
E a palavra que viva nos guia 2. Há um barco esquecido na praia, já não
e alimenta a nossa união. leva ninguém a pescar;
É o barco de João e Tiago, que partiram pra
11 – É MISSÃO DE TODOS NÓS não mais voltar.
O Deus que me criou, me quis me consagrou Quantas vezes em tempos sombrios,
para anunciar o seu amor. enfrentando os perigos do mar,
1. Eu sou como chuva em terra seca, barco e rede voltavam vazios, mas os dois
pra saciar, fazer brotar eu vivo para amar e precisavam pescar.
pra servir! 3. Quantos barcos deixados na praia; entre
É missão de todos nós Deus chama, eu quero eles o meu deve estar:
ouvir a sua voz! é o barco dos sonhos que eu tinha, mas eu
2. Eu sou como a flor por sobre o muro, nunca deixei de sonhar.
Eu tenho mel, sabor do céu eu vivo pra amar Quanta vez enfrentei o perigo no meu barco
e pra servir! de sonho a singrar!
3.Eu sou como estrela em noite escura, Jesus Cristo remava comigo: eu no leme,
Eu levo a luz, sigo a Jesus. Eu vivo pra amar e Jesus a remar.
pra servir! De repente me envolve uma luz
4. Eu sou como abelha na colmeia, e eu entrego o meu leme a Jesus.
eu vou voar, vou trabalhar. Eu vivo pra amar e É preciso pescar diferente, que o povo já
pra servir! sente que o tempo chegou!
5. Eu sou, sou profeta da verdade, E partimos pra onde ele quis:
canto a justiça e a liberdade. Eu vivo para tenho cruzes, mas vivo feliz.
amar e pra servir! /: Há um barco esquecido na praia,
um barco esquecido na praia (bis).
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O povo de Deus, cantado deu graças;
14 – INDO E VINDO louvou Teu amor, Teu amor que não passa.
Indo e vindo Trevas e Luz. Também sou teu povo Senhor, E estou nessa
Tudo é graça, Deus nos conduz. estrada.
Tu és alimento na longa jornada. (bis)
15 – JESUS CRISTO ME DEIXOU INQUIETO 4. O povo de Deus ao longe avistou
Jesus Cristo me deixou inquieto nas palavras A terra querida que o amor preparou.
que ele proferiu. O povo de Deus corria e cantava
/: Nunca mais eu pude olhar o mundo sem E nos seus louvores Teu poder proclamava.
sentir aquilo que Jesus sentiu. (bis) Também sou teu povo Senhor, e estou nessa
1. Eu vivia tão tranquilo e descansado e estrada.
pensava ter chegado ao que busquei. Cada dia mais perto da terra esperada. (bis)
Muitas vezes proclamei extasiado, que ao
seguir a lei de Cristo, eu me salvei. 17 – O SENHOR ME CHAMOU A TRABALHAR
Mas depois que meu Senhor passou, nunca 1. O Senhor me chamou a trabalhar, a messe
mais meu coração se acomodou. é grande ceifar.
2. Minha vida que eu pensei realizada, A ceifar, o Senhor me chamou, Senhor, aqui
esbanjei como semente em qualquer chão. estou!
Pouco a pouco, ao caminhar na longa estrada, Vai trabalhar pelo mundo afora! Eu estarei
percebi que havia tido uma ilusão. até o fim contigo!
Mas depois que meu Senhor passou, ilusão e Está na hora, o Senhor me chamou. Senhor,
comodismo se acabou. aqui estou!
3. Hoje quando vou andando pela 2. Dom de amor é a vida entregar, falou Jesus
vida, encontrando a minha gente a me e assim o fez.
esperar. Dom de amor é a vida entregar, chegou a
Já não canso e nem reclamo da subida, pois minha vez!
entendo que é preciso caminhar. 3. Todo o bem que na terra alguém fizer,
Coração daquele que tem fé vai mais longe, Jesus no céu vai premiar.
bem mais longe que seu pé. Cem por um, já na terra ele vai dar, no céu vai
16 – O POVO DE DEUS premiar!
1. O povo de Deus no deserto andava,
mas à sua frente Alguém caminhava.
O povo de Deus era rico de nada, 18 – PELAS ESTRADAS DA VIDA
só tinha a esperança e o pó da estrada. 1. Pelas estradas da vida, nunca sozinho estás,
Também sou teu povo, Senhor, e estou nessa Contigo pelo caminho, Santa Maria vai.
estrada. Ó vem conosco, vem caminhar, Santa Maria
Somente a Tua graça me basta e mais nada. vem.
(bis) 2. Mesmo que digam os homens, “tu nada
2. O povo de Deus também vacilava; podes mudar”,
às vezes custava a crer no amor. luta por um mundo novo de unidade e paz.
O povo de Deus, chorando, rezava 3. Se pelo mundo os homens, sem conhecer-
pedia perdão e recomeçava. se vão,
Também sou teu povo Senhor, e estou nessa não negues nunca a tua mão a quem te
estrada. encontrar.
Perdoa se às vezes não creio em mais nada. 4. Se parecer tua vida inútil caminhar,
(bis) Pensa que abres caminho, outros te seguirão.
3. O povo de Deus também teve fome
e Tu lhe mandaste o pão lá do céu. 19 – SE CALAREM A VOZ DOS PROFETAS
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1. Se calarem a voz dos profetas, as pedras
falarão. 21 – QUEM É QUE VAI?
Se fecharem os poucos caminhos, mil trilhas Quem é que vai? Quem é que vai?
nascerão. Quem é que vai nessa barca de Jesus? Quem
Muito tempo não dura a verdade, é que vai?
nestas margens estreitas demais. Eu vou, eu vou. (bis)
Deus criou o infinito pra vida ser sempre
mais! 1. Tem muita gente esperando por você!
É Jesus este Pão de igualdade, viemos pra A caminhar esperando por você!
comungar. Todos cantando esperando por você!
Com a luta sofrida de um povo, que quer, ter Juntos com Jesus esperando por você!
voz, ter vez, lugar. E tem lugar esperando por você!
Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra Para sentar esperando por você!
incomodar. A barca está esperando por você!
Com a fé e a união nossos passos um dia vão Para partir esperando por você!
esperando por você!
chegar!
2. O Espírito é vento incessante que nada há 2. Jesus está esperando por você!
de prender. Com um sorriso esperando por você!
Ele sopra até no absurdo, que a gente não A caminhar esperando por você!
quer ver. Na multidão esperando por você!
3. No banquete da festa de uns poucos, só A sua mão esperando por você!
rico se sentou. A acenar esperando por você!
Nosso Deus fica ao lado dos pobres colhendo Chamando, vem esperando por você!
o que sobrou. De coração esperando por você!
esperando por você!
4. O poder tem raízes na areia, o tempo faz
cair:
União é a rocha que o povo usou pra 22 – VENHAM TRABALHAR NA MINHA
construir. VINHA
1. Venham trabalhar na minha vinha,
20 – SE OUVIRES A VOZ DO VENTO dilatar meu reino entre as nações,
1. Se ouvires a voz do vento, chamando sem convidar meu povo ao banquete.
cessar; quero habitar nos corações.
se ouvires a voz do tempo, mandando Unidos pela força da oração, ungidos pelo
esperar: espírito da missão,
/: A decisão é tua, a decisão é tua. vamos juntos construir, uma Igreja em ação.
São muitos os convidados, 2. Venham trabalhar na minha vinha,
quase ninguém tem tempo. espalhar na terra o meu amor
Muitos não conhecem a Boa Nova,
2. Se ouvires a voz de Deus, chamando sem vivem como ovelhas sem pastor
cessar; 3. Venham trabalhar na minha vinha,
Se ouvires a voz do mundo, querendo te com fervor meu nome proclamar.
enganar, Que ninguém se queixe ao fim do dia:
/: A decisão é tua, a decisão é tua. Ninguém me chamou a trabalhar.
3. O trigo já se perdeu, cresceu, ninguém
colheu. 23 – SOMOS GENTE NOVA
E o mundo passando fome, passando fome de (Baião das Comunidades)
Deus. Somos gente nova vivendo a união
/: A decisão é tua, a decisão é tua. Somos povo semente de uma nova nação ê,
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ê 4. Vinde a nós, ó Santo Espírito, venha nos
Somos gente nova vivendo o amor iluminar.
Somos comunidade, povo do Senhor, ê, ê. A Palavra que nos salva, nós queremos
(bis) conservar.
1. Vou convidar os meus irmãos
trabalhadores
operários, lavradores, biscateiros e outros 25 – TU ÉS MINHA VIDA, OUTRO DEUS NÃO
mais. HÁ
E juntos vamos celebrar a confiança 1. Tu és minha vida, outro Deus não há.
nessa luta na esperança de ter terra, pão e Tu és minha estrada, a minha verdade.
paz, ê, ê. Em tua Palavra eu caminharei,
2. Vamos convidar os índios que ainda Enquanto eu viver e até quando Tu quiseres.
existem Já não sentirei temor, pois, estás aqui. Tu
os povos que ainda insistem no direito de estás no meio de nós.
viver. 2. Creio em Ti, Senhor, vindo de Maria,
E juntos vamos reunidos na memória Filho eterno e Santo, homem como nós.
Celebrar uma vitória que vai ter que Tu morreste por amor, vivo estás em nós
acontecer, ê, ê. Unidade Trina com o Espírito e o Pai, e um dia
3. Convido os negros, irmãos no sangue e na eu bem sei:
sina, Tu retornarás, e abrirás o Reino dos Céus!
seu gingado nos ensina a dança da redenção. 3. Tu és minha força, outro Deus não há!
De braços dados, no terreiro da irmandade Tu és minha paz, minha liberdade.
vamos sambar de verdade enquanto chega a Nada nesta vida nos separará.
razão, ê, ê Em tuas mãos seguras minha vida guardarás.
4.Vamos chamar Oneide, Rosa, Ana Maria, Eu não temerei o mal, tu me livrarás, e no teu
A mulher que noite e dia luta e faz nascer o perdão viverei!
amor. 4. Ó, Senhor da vida, creio sempre em Ti!
E reunidos no altar da liberdade vamos cantar Filho Salvador, eu espero em Ti!
de verdade, Santo Espírito de Amor: desce sobre nós!
vamos pisar sobre a dor, ê, ê. Tu, de mil caminhos, nos conduzes a uma fé,
e por mil, estradas onde andarmos nós, qual
24 – TODA BÍBLIA É COMUNICAÇÃO semente nos levarás!
Toda Bíblia é comunicação
De um Deus amor, de um Deus irmão. 26 – TUA PALAVRA É LÂMPADA
É feliz quem crê na revelação, Tua Palavra é lâmpada para meus pés,
Quem tem Deus no coração. Senhor!
1. Jesus Cristo é a Palavra, pura imagem de /: Lâmpada para meus pés, Senhor!
Deus Pai. Luz para o meu caminho. (bis)
Ele é vida e verdade, a suprema caridade.
2. Os profetas sempre mostram a verdade do 27 – VAI, VAI MISSIONÁRIO
Senhor. Vai, vai missionário do Senhor,
Precisamos ser profetas para o mundo ser Vai trabalhar na messe com ardor!
melhor. Cristo também chegou para anunciar!
3. Nossa fé se fundamenta na palavra dos Não tenhas medo de evangelizar!
apóstolos.
João, Mateus, Marcos e Lucas transmitiam 1. Chegou a hora de mostrarmos quem é
essa fé. Deus, à América Latina e aos sofridos povos
seus.
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Que passam fome, labutam, se condoem, mas Contigo eu vou contente Deus vai à nossa
acreditam na libertação. frente
2. Ai daqueles que massacram o pobre, Nós somos missionários da alvorada
vivendo mui tranquilos, ocultando a
exploração, enquanto o irmão à sua porta 30 – UM CERTO GALILEU
vem bater, implorando piedade, água e pão. Um certo dia, a beira mar
3. Ai daqueles que promovem a guerra, Apareceu um jovem Galileu
semeando discórdias, injustiças e rancor. Ninguém podia imaginar
Um mundo novo nós vamos construir, Que alguém pudesse amar do jeito que ele
na unidade, na paz e no amor. amava
4. Se és cristão, és também comprometido, Seu jeito simples de conversar
chamado foste tu e também foste escolhido, Tocava o coração de quem o escutava
pra construção do Reino do Senhor! E seu nome era Jesus de Nazaré
Vai, meu irmão, sem reserva e sem temor! Sua fama se espalhou e todos vinham ver
O fenômeno do jovem pregador
28 – VEM ESPÍRITO SANTO Que tinha tanto amor
Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar. Naquelas praias, naquele mar
1. Nossos caminhos, vem iluminar. Naquele rio, em casa de Zaqueu
Nossas ideias, vem iluminar. Naquela estrada, naquele sol
Nossas angústias, vem iluminar. E o povo a escutar histórias tão bonitas
As incertezas, vem iluminar. Seu jeito amigo de se expressar
2. Toda a Igreja, vem iluminar. Enchia o coração de paz tão infinita
A nossa vida, vem iluminar. Em plena rua, naquele chão
Nossas famílias, vem iluminar. Naquele poço e em casa de Simão
Toda a terra, vem iluminar. Naquela relva, no entardecer
O mundo viu nascer a paz de uma esperança
29 – VAMOS PRA MISSÃO Seu jeito puro de perdoar
Nós vamos pra missão Fazia o coração voltar a ser criança
Nós vamos trabalhar Um certo dia, ao tribunal
É Deus quem nos convida Alguém levou o jovem Galileu
Para a vida transformar Ninguém sabia qual foi o mal
E o crime que ele fez; quais foram seus
1. Desperta minha irmã desperta meu irmão pecados
Contempla a nossa gente abandonada Seu jeito honesto de denunciar
O pobre está clamando a terra está gritando Mexeu na posição de alguns privilegiados
Pois vem juntar-se a nós nesta jornada! E mataram a Jesus de Nazaré
2. O sino já tocou, o galo já cantou E no meio de ladrões puseram sua cruz
O dia vem nascendo atrás dos montes Mas o mundo ainda tem medo de Jesus
A marcha vai passando alegre eu vou Que tinha tanto amor
cantando Vitorioso, ressuscitou!
Deus vivo é água viva em nossas fontes Após três dias à vida Ele voltou
3. Se alguém você feriu se alguém o Ressuscitado, não morre mais
machucou Está junto do Pai
Se tudo ao seu redor está escuro Pois Ele é o Filho eterno
Perdoa o seu irmão acolhe o seu perdão Mas Ele vive em cada lar
O amor é o segredo do futuro E onde se encontrar um coração fraterno
4. Você que escutou sorriu e se encantou Proclamamos que Jesus de Nazaré
E firme está presente nessa estrada Glorioso e triunfante Deus conosco está
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Ele é o Cristo e a razão da nossa Fé Deu-se aos doze em alimento pelas suas
E um dia voltará! próprias mãos
A palavra do Deus vivo transformou o vinho e
31 – SIM EU QUERO pão
Sim, eu quero que a luz de Deus que um dia No seu sangue, no seu corpo, para nossa
em mim brilhou, salvação
jamais se esconda e não se apague em mim o O milagre nós não vemos, basta fé no coração
seu fulgor. O milagre nós não vemos, basta fé no coração
Sim, eu quero que o meu Amor ajude o meu Tão sublime sacramento, adoremos neste
irmão altar
a caminhar guiado por tua mão. Em tua lei, Pois o antigo testamento deu ao novo seu
em tua luz, Senhor! lugar
Venha a fé por suplemento, os sentidos
1.Esta terra, os astros. O sertão em paz. Esta completar
flor e o pássaro feliz que vês, não sentirão, Venha a fé por suplemento, os sentidos
não poderão jamais viver esta vida singular completar
que Deus nos dá. Ao eterno pai cantemos e a Jesus, o salvador
2. Em minh’alma cheia do amor de Deus, Ao espírito exaltemos, na trindade eterno
palpitando a mesma vida divinal. Há um amor
resplendor secreto do infinito Ser. Há um Ao Deus uno e trino demos a alegria do louvor
profundo germinar de eternidade. Ao Deus uno e trino demos a alegria do louvor
3.Quando eu sou um sol a transmitir a luz, e A alegria do louvor. A alegria do louvor
meu ser é templo onde habita Deus, todo céu
está presente dentro de mim, envolvendo-me 33 – SEJA BEM VINDO, OLELÊ
na vida e no calor. Seja bem-vindo, olelê!
4.Esta vida nova, comunhão com Deus, no Seja bem-vindo, olalá!
batismo, aquele dia eu recebi; vai /: Paz e bem pra você, que veio participar!
aumentando sempre e vai me transformando, Um abraço dado de bom coração
até que Cristo seja todo o meu viver. É como uma bênção de Deus para o irmão!
56
A Palavra tem um rosto é Jesus que se 37 – ALÔ IRMÃO
encarnou Alô, irmão, já é hora de acordar.
Ele é a Palavra viva que Deus-Pai nos revelou. Abra a porta aos missionários que vieram te
2. A Palavra fez morada sua CASA é a Igreja. visitar (bis)
Viver em comunidade é o que o Pai deseja. 1. Abra a porta para teu irmão, venha ver
A Palavra faz CAMINHO, nos envia pra missão. clarear nova luz; estamos anunciando o
Ser discípulos missionários, pra fazer um Evangelho de Jesus. (bis)
mundo irmão. 2. Meus irmãos é tempo de acordar, no
3. A Palavra é que nos guia, ilumina sempre Evangelho se aprofundar; e vamos lá pra fora
mais. esta missão saborear. (bis)
É a alma que dá vida, vivifica as Pastorais. 3. Venham ver missionários em massa,
Grupo de Reflexão é uma forma especial visitando hoje todos os lares, pois estão
de dar vida e animar toda a nossa pastoral. acontecendo Santas Missões Populares. (bis)
4. E já são cinquenta anos da Igreja em 4. Vamos em clima de Santa Missão,
reunião. construindo juntos em mutirão, uma terra
Foi um novo Pentecostes, na evangelização. sem males em nossa região. (bis)
A Igreja em reunião, redescobre a missão.
O Concílio nos renova, põe a Bíblia em nossas 38 – TU ÉS A RAZÃO DA JORNADA
mãos. 1- Um dia escutei teu chamado,
divino recado batendo no coração.
36 – TE AMAREI Deixei deste mundo as promessas
1-Me chamastes para caminhar na vida e fui bem depressa no rumo da Tua mão.
contigo, Tu és a razão da jornada,
decidi para sempre seguir-te, não voltar atrás Tu és minha estrada, meu guia e meu fim.
Me puseste uma brasa no peito e uma flecha No grito que vem do Teu povo
na alma, é difícil agora viver sem lembrar-me Te escuto de novo chamando por mim.
de Ti 2- Os anos passaram ligeiro,
Te amarei, Senhor, te amarei Senhor, me fiz um obreiro do Reino de Paz e amor.
eu só encontro a paz e a alegria bem perto Nos mares do mundo navego e às redes me
de Ti. entrego, tornei-me Teu pescador.
Te amarei, Senhor, te amarei Senhor, 3- Embora tão fraco e pequeno
eu só encontro a paz e a alegria bem perto caminho sereno com a força que vem de Ti.
de Ti. A cada momento que passa, revivo esta graça
2--Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem de ser Teu sinal aqui.
resposta,
eu pensei na fuga esconder-me, ir longe de ti 39 – VAI, MISSIONÁRIO, VAI
Mas tua força venceu e ao final eu fiquei Vai, Missionário, vai, acordar nosso povo,
seduzido, animar nosso povo pra Santas Missões (bis)
é difícil agora viver sem saudades de Ti. 1. Pra fortalecer a fé, criar laços de união,
3--Ó Jesus não me deixe jamais caminhar reunir o nosso povo pra esta grande missão,
solitário, inspirados no Evangelho, Vamos seguir Jesus
Pois conheces a minha fraqueza e o meu Cristo, corajosos e abertos, e também
coração comprometidos.
Vem, ensina-me a viver a vida na sua 2. Santa Missão Popular, Deus visitará as
presença, CEBs, através dos missionários, gente do
No amor dos irmãos, na alegria , na paz, na nosso lugar, Santa Missão Popular, Projeto de
união. Jesus Cristo, Tempo de graça e de vida que
iremos semear.
57
58
PROGRAMAÇÃO
DOMINGO - 07 DE JULHO.
Dia de preparação para a semana missionário (cada paróquia elenca seus horários).
- Abertura – Usar o expediente da manhã ou da tarde para o encontro com os missionários.
- Realizar a Celebração de Abertura.
59
QUINTA FEIRA - 11 DE JULHO
Tema: FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
(Gesto concreto no ofertório: Coleta de alimentos)
Manhã
07:00h – Ofício divino
7:30h – Café comunitário
08h às 12h- Visitas missionárias
Tarde
À partir das 15: 00hs - Adoração ao Santíssimo Sacramento.
Noite
18h às 19h – Hora Santa.
19:00hs – Santa Missa
SÁBADO - 13 DE JULHO
Tema: FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER.
(Gesto concreto: Realizar uma obra de misericórdia)
Manhã
07:00h – Ofício divino
7:30h – Café comunitário
08h às 12h - Visitas missionárias.
Tarde
- Encontro com as crianças.
Noite
19:00h– Santa Missa.
20:00h – Encontro com os jovens.
(Sugestões: Encontro de louvor; Cristoteca; Gincana bíblica, shows católicos etc...)
DOMINGO - 14 DE JULHO
- Convivência, Avaliação da missão e Missa de encerramento.
60
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO
61
ORAÇÃO DO ANO MISSIONÁRIO
Ó Deus,
que vedes o vosso povo,
ouvis o seu clamor e desceis para socorrê-lo,
Vós nos enviastes vosso Filho, Jesus Cristo,
que esvaziando-se de sua glória
assumiu a condição humana
revelando ao mundo a vossa misericórdia.
Abençoai este ano missionário
rumo ao Jubileu de Ouro da nossa diocese.
Que o vosso Espírito Santo,
força da “Igreja em Saída”,
faça de nós
missionários da boa nova do Reino a todos,
assumindo a nossa vocação batismal,
sobretudo, nas realidades mais difíceis da nossa Diocese,
como profetas da justiça, do amor e da paz.
Que a semente do Evangelho,
semeada pelos Jesuítas neste chão,
continue a produzir frutos de salvação na vida do nosso povo,
sob o olhar e a proteção de Sant’Ana, mãe de Maria.
Amém.
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