Novena de

Natal
vimos a sua estrela
brilhando no Oriente...
2018

Natal:
A Alegria de Anunciar Jesus Cristo
PARÓQUIA SÃO BERNARDO - BELO HORIZONTE
MISSIONÁRIOS
ARQUIDIOCESE SACRAMENTINOS
DE BELO HORIZONTE DE NOSSA SENHORA
 FAMÍLIA DATA
1º. encontro
2º. encontro
3º. encontro
4º. encontro
5º. encontro
6º. encontro
7º. encontro
8º. encontro
9º. encontro
CELEBRAÇÃO
 APRESENTAÇÃO

Dom Edson José Oriolo

Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte
Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição [RENSC]

03
 Uma Igreja em saída
Aqui eu começo lembrando as
bonitas palavras do Papa Francisco, que
nos diz: “Prefiro uma Igreja acidentada,
ferida e enlameada por ter saído pelas
estradas, a uma Igreja enferma pelo
fechamento e a comodidade de se
agarrar às próprias seguranças. Não
quero uma igreja preocupada com ser o
centro, e que acaba presa em um
emaranhado de obsessões e procedimentos” [EG, 49].
Este é o terceiro livrinho preparado por nós, já sabemos que “a finalidade
desta Novena de Natal é ajudar a nos preparar com fervor a vinda de Jesus para as
nossas casas. São nove encontros preparados e organizados por leigos da
Paróquia São Bernardo, Arquidiocese de Belo Horizonte‐MG. Leigos e leigas que já
vivem esta experiência de rezarem de casa em casa, são pessoas de uma fé
comprometida com os mais pobres.”
Parabéns aos organizadores(as) e escritores(as) deste material e, nós
lembramos que este ano esta Novena de Natal surge como uma verdadeira
catequese, refletindo sobre documentos da Igreja em sintonia com o projeto de
Evangelização da Arquidiocese de Belo Horizonte, que nos diz: “Você vai
proclamar! Eu também vou proclamar! Proclamar a Palavra de Deus em todo
lugar, em família, no trabalho, na vizinhança, na escola e no lazer, nos debates, aos
doentes e aos mais pobres. Entre na roda dos amigos, ajuntados por Jesus,
adultos, nossas crianças, com os jovens, e com você!” [Projeto de Evangelização:
“Proclamar a Palavra”, Arquidiocese de Belo Horizonte, pag.5]
Juntamente com o “Projeto Proclamar a Palavra”, nós queremos
proclamar a Palavra de Deus transmitindo fé, amor e muita paz, para além de
nossa paróquia e de nossa arquidiocese, e pedimos pela intercessão de Nossa
Senhora para que aconteça um nascimento espiritual em cada participante desta
novena.
Agora, vamos refletindo e rezando, e se possível de casa em casa,
agradecendo a Deus por este ano de 2018.

Boa Novena!
Feliz Natal, Feliz 2019.

Pe. José de Oliveira Miguel, SDN

Pe. Renato Dutra Borges, SDN.
Pároco da Paróquia São Bernardo – BH/MG.
04
 INTRODUÇÃO
NATAL: A Alegria de anunciar Jesus Cristo!
“Vimos sua luz brilhando no Oriente”

Ser Catequista é um Ato de muito Amor. A Equipe de leigos

da paróquia escolheu o tema do anúncio de Jesus Cristo para
levar o Menino Deus às nossas famílias. A cada Natal celebramos
o mesmo mistério, são semelhantes as reflexões, mas nunca
repetimos as mesmas experiências. A Catequese cristã que
adotamos em nossas comunidades é aquela pautada na pessoa
de Jesus Cristo em sua Palavra. Neste aspecto, qual é, então, a
missão do catequista? É inserir os catequizandos no caminho de
Jesus Cristo. O catequista, depois de ter feito o encontro pessoal
com Jesus, tem a missão de suscitar possibilidades para que o
jovem possa também fazer este encontro.
A missão é apresentar Jesus Cristo e seu projeto. É apontar a estrela no céu como
aconteceu com os pastores, depende do amor com o qual o catequista irá realizar para que esta
luz chame a atenção e atraia seus catequizandos. Papa Francisco em sua visita ao Brasil, nos
trouxe a estrela que brilha “no Oriente” e nos apresenta: “Eu não tenho ouro e nem prata, mas
trago‐lhes o maior tesouro que me foi dado: JESUS CRISTO” [JMJ 2013].
Sobre a tarefa da Catequese, o Documento de Aparecida afirma que “conhecer a Jesus
Cristo pela fé é nossa alegria; segui‐lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma
tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher” [DAp, 18]. E mais: “A alegria do
discípulo não é um sentimento de bem‐estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que
serena o coração e capacita para anunciar a Boa Nova do amor de Deus” [DAp, 29].
Catequisar é responsabilidade de todos nós, não é só o catequista que faz uma experiência
pessoal com Deus. Todos nós somos catequistas e trabalhadores na obra do Reino do Pai. Somos
discípulos missionários de Jesus Cristo, todos nós somos, pois somos batizados na mesma fé. Não
existe diferença: a missão de todos é a mesma, pois “existe um só Corpo, um só Espírito e uma só
Esperança. Recebemos o mesmo batismo, pelo mesmo Senhor e a mesma fé” [cf. Ef 4,4‐6].
Jesus nos convida a ser Sal da Terra; Luz do Mundo e Fermento na sociedade. Não devemos
tomar a atitude daquele “cristão” que cruza os braços e espera pelo catequista, e espera pelo
ministro da Palavra [o que impede um catequista, batizado, de refletir a Palavra?], que espera da
Equipe dos Missionários [uai, não é o catequista um Discípulo Missionário?]... Certas atitudes
fazem de nós aquele sal sem sabor, guardado na saleira que só serve pra jogar fora porque passou
do prazo de validade e não serve mais pra nada; se compara também àquela Luz que ficou dentro
da lata e se apagou por falta de oxigênio. Não “respirou” a mensagem de Jesus; ou ainda é aquele
fermento dos fariseus que só serviu pra espalhar a discórdia e ser um coordenador de pastoral
que só reclama porque “ninguém fez nada”. E você? O que fez por sua pastoral?
Enfim, o que irá nortear os encontros de nossa Novena de Natal é a ALEGRIA DO ANÚNCIO
DO EVANGELHO EM NOSSAS PASTORAIS, NA NOSSA PARÓQUIA, NA NOSSA MISSÃO. Será que
nossa liderança paroquial aparenta pessoas cansadas, sem motivação; pessoas que perderam o
encanto, perderam aquela alegria de anunciar Jesus Cristo? Como que a Novena de Natal poderá
ser uma ferramenta em que possa proporcionar um encontro com Jesus Cristo e reavivar essa
Alegria do Evangelho em nossos discípulos?
Seguindo O Projeto de Evangelização de nossa Arquidiocese de Belo Horizonte, faremos
deste Natal uma “catequese, como ecoar do Mistério e educação da fé, é processo oportuno para
que os discípulos se coloquem na escuta atenta da Palavra de Jesus, desde os que dão os seus
primeiros passos na fé, bem como os que já encontraram lugar na caminhada” [p. 22].

05
 todos os dias
INICIANDO O NOSSO ENCONTRO
Cantando: Nossa Novena será abençoada,/ pois o Senhor vai derramar o Seu amor (bis)
/ Derrama, ó Senhor!/ Derrama, ó Senhor!/ derrama sobre nós o Teu amor! (bis)
Dirigente: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
D.: Vinde Espírito Santo...
T.: Enchei o coração de vossos fiéis/ e acendei neles o fogo do Vosso amor...
D.: Rezemos, juntos, pedindo ao Pai que este Natal desperte‐nos a uma Catequese mais
missionária:

T.: Pai de Bondade, vosso Filho Jesus é a Vossa Palavra Viva, encarnada na história
humana para “nos libertar de toda escravidão e pecado”. Dai‐nos esperança e vida no
caminho missionário que assumimos, como discípulos do vosso Reino de paz e justiça.
Conduzi‐nos ó Pai com o vosso Espírito Santo nesta missão catequética. Fazei‐nos
Discípulos Missionários do vosso amor, comprometidos com os valores do Evangelho
anunciando esta Boa Notícia “até os confins da terra”. A exemplo de Maria, a Primeira
Discípula fiel, também nós possamos “fazer tudo o que o Vosso Filho nos disser”. E
assim, ofertar o bom vinho de Caná transbordando “vida em abundância” a todos os
povos. Que este vinho seja o Evangelho da Alegria revelado aos homens e mulheres, aos
adolescentes e jovens, aos idosos e às crianças. Abençoe‐nos ó Deus nesta missão que a
nós confiastes. E que Maria, vossa e nossa Mãe, nos guie às “periferias existenciais”
onde ainda “falta o vinho” da alegria, que possamos encher os potes até transbordar do
vosso amor em uma Igreja toda missionária. AMÉM!

todos os dias
TERMINANDO O NOSSO ENCONTRO
D.: Cantemos juntos – Vós sois o Sal da Terra / Vós sois a Luz do Mundo / Levai aos povos
todos o amor, meu dom fecundo. Teu Reino, ó Jesus Cristo / queremos propagar. /
Seguindo o teu exemplo, o mundo transformar.

D.: Neste Ano Nacional dedicado aos leigos e leigas que encerramos em novembro,
confiemos nossa missão de ser sal da terra e luz do mundo, àquela que foi a primeira
discípula de Jesus: Maria, a primeira Catequista. Ela que anunciou Jesus a Isabel, que nós
também possamos levá‐lo aos outros no nosso dia a dia: Ave Maria, cheia de graça...

Bênção final:
D.: O Senhor esteja conosco! | T.: Ele está no meio de nós!
D.: Abençoai‐nos, ó Deus todo poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.
T.: Amém.

06
 1º. ENCONTRO
NATAL: Anúncio e chamado de Deus a evangelizar
“Venham após mim, e eu farei de vocês pescadores de homens” [Mt 4,19]

1. Preparação do ambiente
a] Colocar os símbolos do Natal: vela acesa, Bíblia e algo que
valorize o trabalho pastoral de nossas comunidades;

b] Acolher bem os participantes, com canto [veja opções no

final deste livro].

2. Iniciando o nosso Encontro: ORAÇÃO INICIAL À

PÁGINA 6.
3. COMENTANDO O TEMA: discípulos, pessoas que, aderindo à
Leitor 1: Jesus é a Palavra de Deus, o missão de anunciar também abraçam a
Verbo encarnado na história da humani‐ causa e assumem a sua promessa batis‐
dade. É o próprio Deus fazendo‐se um de mal.
nós para ficar conosco. Sendo assim,
Jesus Cristo foi o primeiro catequista da 5. CURTINDO A PALAVRA:
humanidade nos anunciando a própria a) Canto de acolhida à Palavra de Deus
palavra do Pai. É ele quem nos aponta a b) Leitura do texto de Mateus 4,18‐22.
estrela no céu, como aconteceu com os
c) Comentando a Palavra de Deus
pastores. Ser catequista, escutar esse
1. Como reagiram aqueles que ouviram o
chamado de Deus para segui‐lo é uma chamado?
graça, uma benção, e transmitir este 2. Qual a tarefa anunciada por Jesus?
tesouro e seus ensinamentos aos dema‐ 3. Qual a nossa tarefa diante do chama‐
is é uma tarefa que o próprio Deus nos do que Deus nos faz?
confiou ao nos chamar e nos escolher.
Cantando: Tua voz me fez refletir/ 6. COMPARTILHANDO A PALAVRA DE
deixei tudo pra ti seguir/ nos teus mares DEUS:
eu quero navegar [bis].
L3. Na leitura que acabamos de fazer,
Jesus o primeiro “catequista”, convoca,
4. PREPARANDO PARA OUVIR A
ou melhor, escolhe os seus primeiros
PALAVRA:
seguidores, aqueles que após receber
L2: Após o batismo, Mateus localiza
Jesus em seu Evangelho à beira do mar todo Seu ensinamento, irão anunciar a
da Galileia onde se encontra com alguns todos os povos tudo aquilo que o
pescadores. Perceba‐se que é a primeira próprio Deus na condição humana os
atitude de Jesus após ter sido batizado ensinou, ou seja, eles escutam este “cha‐
por João Batista. O Batismo impele‐nos mado” e não ficam omissos, mas saem a
a ir ao encontro de homens e mulheres e caminho para transmitir a todo povo o
anunciar o projeto do Reino do Pai. E, que ouviram do próprio Jesus. E assim,
este projeto em sua concretude se inicia além de discípulos de Jesus, tornaram‐
com a formação de uma comunidade de se também “catequistas”, anunciadores
07
do reino, não importando a origem ou torne todos nós catequistas, pessoas
etnia dos seus catequizandos, daqueles apaixonadas por este mesmo Cristo que
que se dispunham em ouvir os ensina‐ renasce em nosso meio, reconhecendo‐
mentos de Cristo. O como Mestre que nos chama e nos
Cantando: Amar como Jesus amou / convoca a evangelizar, lembrando‐nos
Sonhar como Jesus sonhou, pensar que sempre está conosco nos acompa‐
como Jesus pensou. / Viver como Jesus nhando na missão que Ele mesmo nos
confiou.
viveu.: // Sentir o que Jesus sentia; sorrir
Cantando: Com o pão e com o vinho
como Jesus sorria. / E ao chegar ao fim
nossa oferta apresentamos, / nossa vida
do dia eu sei que dormiria muito mais
e missão, em tua palavra renovamos. /
feliz:// Ofertamos as lutas do povo, seus ansei‐
os, amor, doação, / que a tua Palavra,
L4: Anunciar o Evangelho da Alegria é Senhor, firme sempre a nossa união.
escutar e atender ao chamado de Jesus,
o chamado do próprio Deus ecoando o 7. FATO DA VIDA:
mistério e a educação da fé, num proces‐ Era o ano de 1996, meados de fevereiro,
so oportuno para que os discípulos (as) – quando recebi o convite para frequentar
catequistas se coloquem na escuta aten‐ a Catequese. Convite feito por um tio
ta da palavra de Jesus. Desde os que dão que na época era catequista na Comuni‐
seus primeiros passos na fé, bem como dade São Bernardo. Na ocasião, não era
os que já encontraram lugar na caminha‐ muito de frequentar à Igreja e vivia
da. Por isso devemos “fomentar a cate‐ aprontando, mas mesmo assim aceitei o
quese de cristãos e cristãs”, envolvendo convite e entrei para a catequese. Assim
as famílias, assegurando que estes participei dos encontros, que para
sejam despertados para consciência do minha surpresa, gostei muito e frequen‐
seguimento de Jesus, a partir de uma tei todo ano, recebendo a Primeira Euca‐
experiência da leitura da palavra de ristia e o Sacramento do Crisma juntos,
Deus. por causa da idade. Em 2003 o convite e,
Cantando: Ainda que eu falasse a língua assim, conduzi ao seguimento de Jesus
dos homens/ que eu falasse a língua dos os adolescentes da 1ª Eucaristia. Crian‐
anjos/ sem amor eu nada seria... ças que até então eu nunca tinha visto na
rua, na vida. Lembro‐me que após
L5: Ser catequista ou querer ser cate‐ alguns encontros, senti falta de uma das
quista, parte do princípio de se ter voca‐ crianças da turma, e logo que todos
ção e compromisso com os ensinamen‐ chegaram fizemos um momento de
tos que Jesus passou aos seus discípu‐ oração e convidei a todos que visitásse‐
los, independentemente da função que mos aquela que estava faltando. Depa‐
se exerça na Igreja. Pois, com os ensina‐ rei com uma realidade violenta de brigas
mentos de Jesus e seguindo tudo o que e discussões. Neste momento pude
ele ensinou aos seus discípulos, pode‐ conhecer muito mais aquele adolescen‐
mos desenvolver potencialidades que te. Convidamos toda a família para a vida
há nas pessoas e formar mais missionári‐ de comunidade, e eles vieram... Ao olhar
os “catequistas” que façam despertar para traz percebo que naquela situação
em seus catequizandos as aspirações entendi o que é ser de catequista.
profundas que Jesus atraiu em seus
seguidores. Que o espírito do Natal
08
CÁ ENTRE NÓS: O que mais chamou a de sua comunidade e procurar participar
sua atenção no encontro de hoje e no ativamente.
fato da vida? D]. DO ANUNCIO DO EVANGELHO – para
Canto anunciar o Evangelho da Alegria, escutar
e atender o “Chamado” de Jesus, é
[À escolha da equipe. Veja as opções no
fim deste livro] preciso acolher os irmãos e irmãs, cate‐
8. REZAR A PALAVRA NA VIDA DE quizandos em suas necessidades pesso‐
COMUNIDADE ais; esta deve ser a característica dos
a]. Que a missão seja marca registrada catequistas de Jesus. Pois, quando
de todo catequista, na vida do catequi‐acolhemos, rompemos com a solidão e
sando, anunciando o Evangelho aonde com o anonimato desses irmãos e irmãs
quer que vá. catequizandos. Para tanto, o mandato
TODOS: QUE ESTE NATAL NOS LEVE A evangélico de ir ao encontro do outro é
PROCLAMAR A PALAVRA o alicerce para sermos uma Igreja com‐
b]. Para que cada catequista, ao ouvir prometida com a hospitalidade e a
Teu chamado Senhor, siga os passos dos fraternidade, gestos próprios de Jesus e
seus discípulos que fizeram a experiên‐
discípulos e não olhem cor ou etnia, pois
cia de seguir a Jesus Ressuscitado.
todos somos filhos de Deus.
Nesse sentido devemos: ‐ promover a
c]. Fortalecei, Senhor, nossos Grupos de
cultura do encontro, do respeito e da
Reflexão, para que continuem sendo acolhida entre as pessoas, como possibi‐
instrumento de transformação social. lidade primeira de comunicação do Evan‐
gelho que dá vida e que acolhe. – envol‐
9. COMPROMISSOS PARA O 2º DIA DA ver as famílias, assegurando que todos
NOVENA sejam despertados para a consciência
A]. Marcar a casa do próximo encontro. de seguir Jesus.
B]. Providenciar a preparação do ambi‐
ente. 10. Terminando o encontro: ORAÇÃO
C]. Ingressar em um Grupo de Reflexão FINAL À PÁGINA 6.

2º. ENCONTRO
NATAL: Anúncio e Caminho para uma catequese inicial
“Depois de mim vai chegar alguém mais forte do que eu” [Mc 1,7]

1. Preparação do ambiente
a] Colocar os símbolos do Natal: vela acesa, Bíblia e algo que valorize o
trabalho pastoral de nossas comunidades;

b] Acolher bem os participantes, com canto [veja opções no final

deste livro].

2. Iniciando o nosso Encontro: ORAÇÃO INICIAL À

PÁGINA 6.

09
3. COMENTANDO O TEMA: 3. Como essas profecias podem nos
Leitor 1: A vida cristã deve ser constituída ajudar a viver bem o espírito do Natal?
de maneira que ninguém se julgue supe‐
rior a ninguém, mas se coloque a serviço, 6. COMPARTILHANDO A PALAVRA DE
cada qual na medida de sua própria fé e DEUS:
seu próprio dom. Dessa forma nos senti‐ L3. A Palavra de Deus é promessa que se
remos parte de um mesmo grupo, onde realiza. Quem a ouve certamente verá. A
precisamos uns dos outros. Entendere‐ fé que recebemos no batismo nos convi‐
mos que a Igreja se faz com o povo reuni‐ da a ouvir a Palavra de Deus e ver as
do que assumem a causa pelo Reino, maravilhas que ela realiza em nossa vida
assumem sua Fé batismal e, com cora‐ e na vida de comunidade. A fé de João o
gem, se unem aos irmãos para proclamar leva a diminuir‐se para que Cristo se
a justiça. A mensagem do Natal só se manifeste: “eu batizei vocês com água,
estenderá por todo o ano se cada um de mas ele batizará vocês com o Espírito
nós assumirmos nossa missão e juntos Santo” [Mc 1,8]. Vivemos plenamente a
anunciarmos a Boa‐Nova de Jesus. fé não quando julgamos possuir um
Cantando: Javé o Deus dos pobres do poder que nos faz ter Deus ao nosso
povo sofredor, / aqui nos reunimos para serviço, ou quando a vivemos de maneira
cantar o seu louvor. / Pra nos dar a espe‐ utilitarista, mas, somente quando ela nos
rança, e contar com sua mão, / na cons‐ leva a nos pôr a serviço dos nossos
trução do Reino, reino novo, povo irmãos.
irmão. Cantando: Sua mão sustenta o pobre, /
ninguém fica ao desabrigo: / dá sustento
4. PREPARANDO PARA OUVIR A a quem tem fome / com a fina flor do
PALAVRA: trigo.
L2: João Batista clama no deserto pela
conversão das gentes. O evangelho que L4: Deus deu a cada um de nós um dom
será proclamado é um “acordar pra para colocarmos a serviço da construção
vida”, um “abra seus olhos” para a reali‐ do Seu reino, mas muitas vezes não
dade que estamos vivendo e saia, saia sabemos que caminho seguir ou até
para anunciar a justiça, pois é hora de nos mesmo não sabemos como oferecer
convertermos. O que vamos ouvir é já este dom à comunidade. Contudo,
um anúncio d'Aquele que o anjo Gabriel temos sempre oportunidades para
transmitiu ao ventre da Virgem, Aquele tornar mais próximo de nós o Reino de
que irá lavar os nossos pecados e ser Deus. Essas oportunidades não apare‐
para nós a Boa Notícia. cem somente no tempo do Natal, mas é
neste tempo que conseguimos tocar
5. CURTINDO A PALAVRA: mais e mais profundo no coração daque‐
a) Canto de acolhida à Palavra de Deus les que convivem conosco mostrando‐os
b) Leitura do texto de Marcos 1, 2‐11. que podemos servir a Deus vestindo o
irmão, dando o que comer, dando um
c) Comentando a Palavra de Deus tempo para ouvir sua história, incenti‐
1. Qual é a profecia do profeta Isaías? vando, dando esperança àqueles que
2. Onde vive João Batista e qual é a profe‐ não mais acreditam. Deus, assim como
cia que ele revela? concedeu a cada um, dons diferentes,
10
ele nos concede também momentos,
situações, circunstâncias diferentes para
praticarmos o que nos foi pedido no
nosso batismo, sermos: Santos, Profe‐
tas, Sacerdotes e Reis.
Cantando: Alimenta os nossos sonhos, /
mesmo dentro da prisão; / ouve o grito
do oprimido, / que lhe toca o coração.
L5: Muitas vezes, nos encontros de
formação, tenta‐se oferecer respostas e
conceitos sobre o que é ser catequista.
Então, “o que é ser catequista?”. Acredi‐
tamos que ser catequista é ser alguém
que, ao conhecer o caminho do segui‐
mento de Jesus, ele seja capaz de cativar
os outros a fazer esta mesma experiên‐
cia de fé. Isso é catequizar. Hoje, com
raras exceções nosso povo não possui
uma experiência de fé transmitida pela
família, e muito menos pela sociedade.
Não vivemos mais a cristandade. É neces‐
sário um trabalho missionário, de primei‐
ro anúncio, de evangelização no sentido
mais estrito da palavra: anunciar Jesus
Cristo [55ª Assembleia Geral CNBB].
Cantando: Cura os corações feridos, /
mostra ao forte o seu poder, / dos peque‐
nos é a defesa: / deixa a vida florescer.
07. FATO DA VIDA:
Somos uma família de 4 pessoas: Rodri‐
go, Roseane e nossas duas filhas Maria
Eduarda e Ana Luísa. Ana Luísa, nossa
caçulinha, começou a sentir fortes dores,
e, sem um diagnóstico preciso, ela
chegou a parar de andar. Em março de
2016 no hospital Sarah Kubitschek, ela foi amizade.
diagnosticada com uma doença genéti‐
ca, miopatia metabólica mitocondrial, o
que significa que ela vai ter que conviver Mundo em nossas comunidades.
com essa doença para o resto da vida.
Para superar tudo isso, nosso alimento 9. COMPROMISSOS PARA O 3º DIA DA
fortalecedor é depositado na Fé que NOVENA
professamos, na vida comunitária e no A]. Marcar a casa do próximo encontro.
11
amor entre a nossa família. Hoje somos
os 4 catequistas, participamos ativamen‐
te de nossa comunidade Nossa Senhora
da Eucaristia no bairro Heliópolis em
Belo Horizonte, e a cada crise de nossa
menina, colocamos na mão de Deus, o
que nos tranquiliza. A forma serena e
madura com que ela, uma menina de 15
anos vem enfrentando essa situação nos
faz enxergar que isso é fruto do amor de
Deus. De fato, essa situação vem fortale‐
cendo muita nossa família, e tem nos
feito entender que a família é plano de
Deus para as nossas vidas. E que a comu‐
nidade é muito importante para praticar
e assumir a nossa fé.
CÁ ENTRE NÓS: O que mais chamou a sua
atenção no encontro de hoje e no fato da
vida?
Canto
[À escolha da equipe. Veja as opções no
fim deste livro]
8. REZAR A PALAVRA NA VIDA DE
COMUNIDADE
a]. Que as celebrações natalinas reúnam
nossas famílias em torno da Eucaristia
partilhada com os que não têm o que
comer.
TODOS: QUE ESTE NATAL NOS LEVE A
PROCLAMAR A PALAVRA.
b]. Para que nossos catequistas estejam
sempre unidos à Deus, por uma vida
religiosa exemplar e sempre unidos aos
seus catequizandos, por uma grande
c]. Que nossos Grupos de Reflexão
continuem sendo Sal da Terra e Luz do
B]. Providenciar a preparação do ambi‐
ente.
C]. Participar de um Grupo de Reflexão
de sua comunidade.
D]. A ALEGRIA DE SER DISCÍPULOS
MISSIONÁRIOS DE JESUS CRISTO – Dese‐
jamos que a alegria que recebemos
como Filho de Deus encarnado e reden‐
tor, chegue a todos os homens e mulhe‐
res feridos pelas adversidades; deseja‐
mos que a alegria da Boa Nova do Reino
de Deus, de Jesus Cristo vencedor do
pecado e da morte, chegue a todos quan‐
tos jazem à beira do caminho, pedindo
esmola e compaixão [cf. Lc 10,29‐37;
18,25‐43]. A alegria do discípulo é antído‐
to frente a um mundo atemorizado pelo
futuro e oprimido pela violência e pelo
ódio. A alegria do discípulo não é um
sentimento de bem‐estar egoísta, mas
uma certeza que brota da fé, que serena
o coração e capacita para anunciar a boa
nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus
é o melhor presente que qualquer
pessoa pode receber; tê‐lo encontrado
foi o melhor que ocorreu em nossas
vidas, e fazê‐lo conhecido com nossa
palavra e obras é nossa alegria [DAp, 29].
10. Terminando o encontro: ORAÇÃO
FINAL À PÁGINA 6.

3º. ENCONTRO
NATAL: Anunciar a Palavra em todos os corações
“Quem tem ouvidos, ouça!” [Mt 13,9]
1. Preparação do ambiente
a] Colocar os símbolos do Natal: vela acesa, Bíblia e algo que valorize o
trabalho pastoral de nossas comunidades;
b] Acolher bem os participantes, com canto [veja opções no final
deste livro].

2. Iniciando o nosso Encontro: ORAÇÃO INICIAL À

PÁGINA 6.
3. COMENTANDO O TEMA:
Leitor 1: Neste encontro somos convida‐
dos por Cristo para sermos semeadores
de sua palavra. Somos convidados a
irmos atrás das ovelhas perdidas, para
que elas venham para a terra boa, onde
não há espinhos e sim amor de verdade
e incondicional. No mundo de hoje há
muitas pessoas semeando o bem, mas
para nos desviar do caminho há muitos
outros também. Por isso devemos ouvir
com atenção a Palavra e segui‐la, no
intuito de sempre estarmos semeando
em nossos corações e nos corações
daqueles que caminham conosco, pala‐
vras de vida, não importando etnia, raça
12
ou cor. Pois o próprio Jesus semeou em
inúmeros corações sem distinção.
Cantando: Muitos grãos de trigo se
tornaram pão. / Hoje são teu Corpo, ceia
e comunhão. / Muitos grãos de trigo se
tornaram pão.
4. PREPARANDO PARA OUVIR A
PALAVRA:
L2: No evangelho que vamos ler a pala‐
vra de Jesus é apresentada como resul‐
tado de uma ação, e toda ação é sempre
ensinamento, anúncio. A comunidade
cristã lendo o evangelho de Mateus, é
convidada a olhar para dentro de si
mesma afim de descobrir a presença de
Jesus que ensina a prática da justiça.
Desse modo, a comunidade aprenderá a Minhas forças o Senhor vai animar.
dizer a palavra certa e a realizar a ação
oportuna, no tempo e lugar em que está L4: À luz da parábola do semeador, a
vivendo. nossa tarefa consiste em cooperar na
preparação do terreno e no plantio, pois
5. CURTINDO A PALAVRA: o restante é obra de Deus. E não deve‐
a) Canto de acolhida à Palavra de Deus mos nos esquecer também que a Igreja
b) Leitura do texto de Mateus 13, 1‐9. nos oferece motivações para uma apos‐
ta corajosa em um amor forte, sólido,
c) Comentando a Palavra de Deus duradouro, capaz de enfrentar todos os
1. Que tipo de terrenos que o semeador imprevistos que surgem pelo caminho.
encontra? Por isso, aproveitando este tempo do
2. O que acontece com a semente que Natal devemos rever os objetivos de
cai em terra boa? nossos planos de ação de nossas pasto‐
3. Como este evangelho ilumina a cate‐ rais para que as famílias se tornem cada
quese de nossas comunidades? vez mais sujeitos ativos da proposta de
“Igreja em saída” a qual tanto nos pede
6. COMPARTILHANDO A PALAVRA DE o Papa Francisco.
DEUS: Cantando: Enfrentei o dia inteiro/
L3. A partir da leitura vemos que o que Trabalhando a plantação/ Semeando e
cultivando, / Meu suor merece o pão. /
está sendo semeado é a Palavra de
Terra boa, chuva e sol.../ Cresce a uva,
Deus. Nesta parábola Jesus nos mostra
Cresce o trigo, / No suor do pão e vinho/
que as pessoas são como terrenos nos Meu Senhor, eu te bendigo. (Bis)
quais devemos lançar as “sementes” da
Palavra. Logo que a ouve todos somos L5: Na passagem bíblica que acabamos
tentados por Satanás. As pessoas que de ler, vimos que Jesus claramente nos
tem o coração como um terreno pedre‐ fala: “Se alguém tem ouvido, ouça.”. A
goso, ouvem com alegria a Palavra de partir dessa frase podemos pensar que
Deus e seus ensinamentos, contudo Cristo sabia que nem todos conseguiri‐
estas não têm raízes em si mesmas, am discernir e entender o que Ele quer
assim a Palavra fica por pouco tempo, nos ensinar. “Muitos ouviram e não
pois quando surge uma tribulação ou entenderam. Outros vão ouvir, recebe‐
perseguição por causa da Palavra logo a ram a Palavra, mas como não tem raízes
abandonam. Outras pessoas ainda, tem em seu coração ficam por pouco tempo.
espinhos em seu coração que são as Outras ainda ao se sentirem pressiona‐
preocupações da vida, o engano das das por algo, logo esquecem a Palavra.
Porém haverá aquelas que ouviram,
riquezas, sufocam a Palavra tornando‐a
entenderam, aceitaram e seguirão à
infrutífera. Mas temos em nosso meio
Palavra de Deus, tendo Jesus Cristo
pessoas com o coração semelhante a como seu único mestre”. E é isso que
“terra boa”, que ouvem a Palavra, acei‐ Cristo quer de nós, que sejamos primei‐
tam‐na e dão frutos aos milhões. ramente bons ouvintes, para depois
Cantando: Pelos prados e campinas sermos bons “Semeadores”, procla‐
verdejantes eu vou / É o Senhor que me mando `a todos Sua Palavra.
leva a descansar / Junto às fontes de Cantando: Quando o trigo amadurece e
águas puras repousantes eu vou /
13
do sol recebe a cor / Quando a uva se a]. Senhor, que sejamos como a semen‐
torna prece na oferta do nosso amor / te lançada em terra boa, que saibamos
Damos graças pela vida derramada ouvir e proclamar Vossa palavra.
neste chão / Pois, és Tu, Oh Deus da vida, TODOS: QUE ESTE NATAL NOS LEVE A
quem dá vida a criação! PROCLAMAR A PALAVRA.
b]. Que jamais nos afastemos de Vossos
07. FATO DA VIDA: ensinamentos, pois só Vós sois o cami‐
Com 52 anos de idade, penso como nho, a verdade e a vida.
coisas tão simples tocam profundamen‐ c]. Que todos os catequistas sejam
te a nossa vida e nos marcam como ferro missionários e atuantes em sua comuni‐
quente. Como poderia imaginar que dar dade refletindo a Palavra de Deus nos
a oportunidade de uma pessoa estranha Grupos de Reflexão.
falar comigo seus problemas mais difíce‐
is, onde na maioria das vezes se esconde
9. COMPROMISSOS PARA O 4º DIA DA
até mesmo dos familiares, mas que aosNOVENA
poucos vai abrindo o coração, esvazian‐
A]. Marcar a casa do próximo encontro.
do o fardo que sufoca a alma, onde B]. Providenciar a preparação do ambi‐
lágrimas acariciam o rosto, muita dasente.
C]. Procure conhecer um Grupo de
vezes surrado pela dor e pelo sofrimen‐
to. Tristezas encravadas como raiz noReflexão em sua comunidade.
peito, sem ter com quem dividir ou D]. DO ANÚNCIO DO EVANGELHO: para
compartilhar, poderia me fazer sentiranunciarmos o Evangelho da Alegria,
precisamos saber escutar, entender e
tão útil. Eu, um projeto missionário de
Jesus, sem nenhuma experiência, tive sermos como a semente em terra boa,
deixando que a Palavra tome conta de
condições de aconselhar, ouvir e pregar
todo nosso coração para que nos torne‐
a palavra de Deus. Mesmo tremendo e
mos bons semeadores e saibamos parti‐
morrendo de medo de errar, aprendi lhar a palavra com sabedoria “...para
muito mais que ensinei. Acredito que que todos que tenham ouvidos
esta explosão de fortes sentimentos, ouçam.”. NESSE SENTIDO DEVEMOS: ‐
ora alegria, ora tristeza, ora compaixão,
promover o anúncio da palavra não
ora entusiasmo, defina da melhor mane‐
puramente teórico, mas sim preocupa‐
ira o que é ser missionário. Obrigadodos com os problemas reais das pessoas
pela maravilhosa experiência. em suas vidas cotidianas. – contribuir
para uma formação mais adequada de
CÁ ENTRE NÓS: O que mais chamou a nossos catequistas e dos demais agen‐
sua atenção no encontro de hoje e no tes pastorais.
fato da vida?
10. Terminando o encontro: ORAÇÃO
Canto FINAL À PÁGINA 6.
[À escolha da equipe. Veja as opções no
fim deste livro]

8. REZAR A PALAVRA NA VIDA DE

COMUNIDADE
14
 4º. ENCONTRO
NATAL: Anunciar o Amor
“Quem é que vou enviar? Quem irá de nossa parte? Eu respondi: Aqui estou. Envia‐me!” [Is 6,8]

1. Preparação do ambiente
a] Colocar os símbolos do Natal: vela acesa, Bíblia e algo que valorize o
trabalho pastoral de nossas comunidades;

b] Acolher bem os participantes, com canto [veja opções no final deste

livro].

2. Iniciando o nosso Encontro: ORAÇÃO INICIAL À PÁGINA 6.

3. COMENTANDO O L2: Ante a manifestação do Senhor, a
TEMA: Virgem soube responder e corresponder
Leitor 1: O chamado cristão à missão tem ao projeto de Deus para ela. Vendo a
sua origem não na pessoa humana, não disposição e abertura de Maria, que cada
na igreja, mas na própria natureza de um veja como está respondendo ao Pai
Deus. Dia após dia Ele enviou persisten‐ em sua vida e, assim, nestes dias que
temente os profetas ao Seu povo. Na antecedem o Natal, possamos nos
plenitude dos tempos, Ele enviou Seu preparar interiormente para o nasci‐
Filho, Jesus. E o Filho enviou Seus discí‐ mento do Senhor em meio a nós.
pulos. Assim, a missão cristã é uma
extensão da natureza de um Deus que 5. CURTINDO A PALAVRA
vive e se preocupa o suficiente para a) Canto de aclamação
buscar e salvar o ser humano. O Deus b) Leitura do texto de Lucas1, 26‐38
cuidadoso é um Deus enviado. Se a base
da missão cristã é a natureza buscadora c) Comentando a Palavra de Deus
de Deus, a necessidade dessa missão é 1. Como Maria interpela o anjo de Deus?
dar aos perdidos a mensagem de um 2. Que grandes maravilhas o Senhor
Deus que ama e se importa o suficiente Deus faz em Maria?
com todos (as). E o verdadeiro presente 3. Quais as grandes maravilhas espera‐
que podemos entregar a Jesus neste mos de Deus em nós neste Natal?
natal e em todos os dias da nossa vida é
ouvir seu chamado. 6. COMPARTILHANDO A PALAVRA DE
Cantando: É missão de todos nós Deus
DEUS:
chama, eu quero ouvir a sua voz! É
L3. Considerando, então, que Maria
missão de todos nós Deus chama, eu
sempre teve um papel silencioso, mas
quero ouvir a sua voz! fundamental na vida de Jesus e na obra
de toda Salvação, chama especialmente
4. PREPARANDO PARA OUVIR A a atenção que Deus tenha querido que
PALAVRA um cântico maravilhoso, longo, pronun‐
ciado pela Virgem de Nazaré num

15
momento de imensa alegria e entusias‐
mo, ficasse registrado para que todos
nós tirássemos experiências e sentimen‐
tos maravilhosos para nossa vida e nossa
caminhada. Realmente, como Jesus
depois veio falar, a boca fala daquilo que
temos no nosso coração. A presença do
Senhor tinha preenchido tanto a vida e o
interior de Maria que ela “contagia”
tudo o que está ao seu redor desta
mesma presença. Aliás, este é o segredo
da verdadeira paz e da verdadeira
alegria: elas só vêm, elas só existem,
quando nossa vida está cheia da presen‐
ça do próprio Deus.
Cantando: Primeira cristã, Maria da Luz,
/ sabias ó Mãe, amar teu Jesus. / Primeira
cristã, Maria do Amor, / sabias ó Mãe,
seguir teu Senhor.
L4: Vamos falar um pouco sobre a
missão? A missão consiste em anunciar a
mensagem de salvação que recebemos
de Cristo e que transformou nossas
vidas. Mas eu pergunto: como podemos
fazer a missão? A resposta é simples,
através do nosso testemunho, através
do amor que demonstramos às pessoas,
através das nossas orações, pois até
mesmo orando nós fazemos a missão de
Deus. Somos anunciadores da mensa‐
gem de Deus. Um Reino de amor e justiça
para todos. Também somos aqueles que
depois de crer em Cristo e receber o seu
amor derramado lá na cruz, passamos a
lançar a semente deste amor. Esta
semente quando germina, gera nos
corações das pessoas o mesmo desejo
que nós sentimos de ir e ser um discípu‐
lo/a de Cristo, anunciando que ele mor‐
reu por nossos pecados e ressuscitou,
vencendo a morte e nos dando assim
uma nova vida. “Eu vim para que tenham
vida, e vida em abundância” (João 10.10)
Há uma alegria imensurável em anunciar
o evangelho e esta alegria é ainda maior
16
quando estamos anunciando a mensa‐
gem do amor de Deus, que penetrou
profundamente em nossos corações e
que mudou radicalmente as nossas
vidas. Vamos lembrar o Evangelho refle‐
tido, Maria a primeira missionária, a
primeira catequista, assumiu com amor a
proposta do Pai.
Cantando: Primeira cristã, Maria do lar,
/ ensinas ó Mãe, teu jeito de amar. /
Primeira cristã, Maria da Paz, / ensinas ó
Mãe, como é que Deus faz.
L5: Como está sendo a preparação do
nosso Natal? Nossa comemoração deve
ser um reflexo do amor e da abnegação
ensinados pelo Salvador. É o dar, e não o
receber que fazemos florescer plena‐
mente o espírito do Natal. Sentimo‐nos
mais bondosos uns com os outros?
Estendemos a mão com amor para
ajudar os menos afortunados? Nosso
coração se abranda? Os inimigos são
perdoados, e os amigos são lembrados?
O espírito do Natal deve iluminar a janela
da alma. Olhamos para a vida atarefada
do mundo e ficamos mais interessados
nas pessoas do que nas coisas? Para
captar o verdadeiro significado do
espírito do Natal, precisamos apenas
lembrar que esse deve ser o Espírito de
Cristo. Que sejamos ofertas sem reser‐
vas como fez o Salvador. Doar de si
mesmo é uma dádiva sagrada. Fazemos
isso em memória de tudo que o Salvador
nos deu. Que possamos também dar
presentes que tenham valor eterno,
além daqueles que acabarão quebrando
ou que serão esquecidos. Como o
mundo seria melhor se todos ofertas‐
sem presentes de compreensão e
compaixão, de serviço e amizade, de
bondade e gentileza! À medida que a
época do Natal nos envolve com toda a
sua glória, busquemos tal como os
magos uma brilhante estrela própria,
para guiar‐nos. Façamos todos a jornada
até Belém em espírito, levando conosco a]. Iluminai Senhor as famílias de nossa
um coração terno e bondoso como comunidade para que tenham coragem
nosso presente para o Salvador. de anunciar o vosso amor de Pai.
Cantando: Meu caro irmão, / Olha pra TODOS: QUE ESTE NATAL NOS LEVE A
dentro do teu coração. / Vê se o Natal se PROCLAMAR A PALAVRA
tornou conversão, / e te ensinou a viver. b]. Fortalecei, ó Pai nossas lideranças
comunitárias para que elas anunciam o
07. FATO DA VIDA: Reino de Deus com coragem e amor.
Comecei na catequese em 1982, convida‐ c]. Que sejamos sujeitos eclesiais em
da por uma catequista da comunidade. nossos Grupos de Reflexão.
No início fiquei um pouco apreensiva por
ter medo de não conseguir, de não ser 9. COMPROMISSOS PARA O 5º DIA DA
capaz. Mas recebi muita ajuda de várias NOVENA
pessoas que atuavam, principalmente da A]. Marcar a casa do próximo encontro.
catequista Matilde que estava se organi‐ B]. Providenciar a preparação do ambi‐
zando para casar e mudar de cidade. Na ente.
catequese aprendi e aprendo muito até C]. Procure participar de um Grupo de
hoje. Nestes dezenove anos em vários Reflexão.
momentos pensei em desistir, mas o D]. PAPA FRANCISCO AOS JOVENS:
amor pelas crianças e o desejo de conti‐ Quando Deus toca o coração dum jovem,
nuar a servir a Deus é muito maior. Tenho duma jovem, estes tornam‐se capazes
um carinho enorme pelos meus catequi‐ de ações verdadeiramente grandiosas.
zandos e tenho certeza que sou muito As “maravilhas” que o Todo‐poderoso
fez na existência de Maria falam‐nos
amada por eles. Sempre trabalho com as
também da viagem da nossa vida, que
crianças que estão sendo preparados
não é um vagar sem sentido, mas uma
para a Primeira Comunhão, é muito peregrinação que, não obstante todas as
prazeroso e gratificante vê‐los receber a suas incertezas e tribulações, pode
Eucaristia pela primeira vez. Melhor encontrar em Deus a sua plenitude (cf.
ainda vê‐los perseverar na caminhada de Angelus, agosto/2015). Dir‐me‐eis: “Mas,
comunidade. É uma alegria enorme padre, eu sou muito limitado, sou peca‐
encontrá‐los anos mais tarde como pais dor; que posso fazer?” Quando o Senhor
e mães de família, homens e mulheres do nos chama, não se detém naquilo que
bem. Convido vocês a fazerem esta expe‐ somos ou no que fizemos. Pelo contrá‐
riência. Quando dizemos sim ao projeto rio, no momento em que nos chama, Ele
de Deus nossa vida é totalmente trans‐ está a ver tudo aquilo que poderemos
formada. fazer, todo o amor que somos capazes
de desencadear. Como a jovem Maria,
CÁ ENTRE NÓS: O que mais chamou a podeis fazer com que a vossa vida se
sua atenção no encontro de hoje e no torne instrumento para melhorar o mun‐
do. Jesus chama‐vos a deixar a vossa
fato da vida?
marca na vida, uma marca que determine
Canto
a história, a vossa história e a história de
[À escolha da equipe. Veja as opções no
muitos (cf. Discurso na Vigília, Cracóvia, 30/VII/2016).
fim deste livro]
[XXXII JMJ, 9 de abril de 2017].
8. REZAR A PALAVRA NA VIDA DE
10. Terminando o encontro: ORAÇÃO
COMUNIDADE
17
FINAL À PÁGINA 6.
 5º. ENCONTRO
NATAL: Anunciar o Deus - Conosco
“Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus” [Mt 1,21]

1. Preparação do ambiente
a] Colocar os símbolos do Natal: vela acesa, Bíblia e algo que
valorize o trabalho pastoral de nossas comunidades;

b] Acolher bem os participantes, com canto [veja opções no final

deste livro].

2. Iniciando o nosso Encontro: ORAÇÃO INICIAL À

PÁGINA 6.
3. COMENTANDO O TEMA: Assim que conhece a vontade de Deus,
Leitor 1: Ao consultarmos o Documento não vê limites para seguir e ser fiel a ela.
de Aparecida (nº 287), a iniciação cristã é Mantendo seu compromisso com Maria,
considerada um desafio que toda Igreja assume o cuidado com ela e com o filho
deve encarar com decisão, coragem e que ela traz no ventre. Fiel às promessas
criatividade, pois é possível encontrar que Deus faz para a salvação do seu
paróquias em que esta é muito fragmen‐ povo, José se coloca à disposição do agir
tada. Com isso nos é pedido como Cris‐ divino em sua vida.
tãos, que eduquemos nossos irmãos na
5. CURTINDO A PALAVRA
fé, colocando cada um no real contato
a) Canto de aclamação
com Jesus Cristo e convidando‐os para b) Leitura do texto de Mateus 1, 18‐25
seu seguimento, ou do contrário não
estaremos cumprindo com nossa tarefa c) Comentando a Palavra de Deus
à qual recebemos em nosso Batismo. 1. Qual é a atitude de José ao saber da
Outros documentos da Igreja nos alerta gravidez de Maria?
que não é para se retomar às tradicionais 2. O que acontece quando o Anjo apare‐
práticas de preparação de sacramentos, ce à José em sonho? Qual a atitude de
mas é preciso realizar encontros os quais José depois do sonho?
levem o catequisando à vida comunitária 3. De que maneira, a fidelidade de José
de fraternidade cristã e participação nos ajuda a viver a espiritualidade do
constante na missão da Igreja. Natal?
Cantando: É missão de todos nós, Deus
chama quero ouvir a sua voz. (Bis) 6. COMPARTILHANDO A PALAVRA DE
DEUS
4. PREPARANDO PARA OUVIR A L3: No Documento de Aparecida, encon‐
PALAVRA tramos as palavras do Papa Bento VI a
L2: Entre todos os homens do seu tem‐ quais nos diz como nos tornamos
po, Deus escolheu São José para ser pai cristãos: “... não se começa a ser cristão
adotivo de seu Filho divino e humanado. por decisão ética ou uma grande ideia,
José é um exemplo de homem justo. mas pelo encontro com um aconteci‐
18
mento, com uma Pessoa, que dá novo
horizonte à vida e, com isso, uma
orientação decisiva.” (DAp, n.12). É este
momento da vida de José que lemos no
evangelho de Mateus no qual é anuncia‐
do o nascimento de Jesus a José,
relatando o momento em que José
pensa em despedir Maria secretamen‐
te, o Anjo lhe revela em sonhos o proje‐
to de Deus. José, sendo justo, acolhe
com fé e simplicidade e recebe Maria
como esposa, e reconhece o filho que
está para nascer de modo a transmiti–lo
todos os ensinamentos de Deus.
Mesmo diante do desafio, José não
desanimou. Do contrário, as palavras do
Anjo criam nele um ardor no coração
através do qual José sentiu‐se portador
de uma missão transformadora, o
mesmo sentimento que existe em nós
ao sermos chamados a anunciar a Boa
Nova.
Cantando: Olhando a Sagrada Família,
Jesus, Maria e José, saibamos viver a
partilha num gesto de amor e de fé
[bis].
L4: “A fé, impulsionada pela graça divina
e cultivada pela ação da igreja,
experimenta um processo de
amadurecimento.” (DGC, n.88) e
podemos cultivar o amor pelo projeto
de Deus em nossos irmãos até mesmo
ao prepararmos nossas celebrações,
pois através delas todo cristão guarda e
reassumi profundamente o que foi
descobrindo na caminhada de
catequese. Com isso as nossas
celebrações tornam‐se momentos
significativos para que guardemos em
nossos corações os ensinamentos
recebidos sobre o mistério de Cristo e a
maneira de viver segundo o que Ele
ensinou. Nas celebrações também
podemos ajudar nossos irmãos a saciar
na Palavra e na Eucaristia a sede que
19
todos temos: de felicidade, paz, alegria,
beleza, misericórdia, esperança,
acolhida, gratuidade, amor, ternura,
perdão e compaixão. Sentimentos que
vemos no decorrer de todo ano, mas
que são lembrados neste tempo de
Natal.
Cantando: Tenho que gritar, tenho que
arriscar, ai de mim se não o faço! Como
escapar de ti? Como calar, se tua voz
arde em meu peito?
L5: Em sua carta aos Romanos (10, 15),
Paulo nos fala da necessidade de que os
catequistas como anunciadores do
projeto de Deus em nome da igreja,
se jam e nviad os pe lo S e nhor e
investidos de autoridade, como
representantes dele para a missão:
como o proclamarão se não forem
enviados? Mas como estamos vendo no
decorrer de nossa novena, a missão de
anunciar o Evangelho de Cristo não é
somente do catequista (nomeado), mas
de todos nós Cristãos batizados, afinal é
a comunidade que evangeliza,
catequiza, celebra e age em, por e com
Cristo na unidade do Espírito Santo. Que
neste tempo de Natal não anunciemos
apenas a criança no presépio, mas
também as palavras que esta mesma
criança vem nos ensinar vindas do
próprio Pai que a enviou.
Cantando: Amar como Jesus amou,
Sonhar como Jesus sonhou, Pensar
como Jesus pensou, Viver com Jesus
viveu. Sentir o que Jesus sentia, Sorrir
como Jesus sorria. E ao chegar ao fim
do dia eu sei que eu dormiria muito
mais feliz.
07. FATO DA VIDA:
Tinha tudo para ser um ano maravilhoso
em nossas vidas. Tínhamos acabado de
retornar para BH, após um Natal e Ano
Novo de muita paz e alegria com nossos
familiares em Ribeirão Preto‐SP. Como
de costume, Matheus e Bruna eram
avaliados pelo médico de sempre e, logo
em seguida retornávamos para casa
aliviados em saber que tudo ia bem com
nossos filhos. Dessa vez foi diferente,
algo estranho havia com nosso pequeno
Matheus. Após um ultrassom e uma
biópsia, descobrimos que o nosso
pequeno tinha um tumor agressivo e
raro no mundo todo... tudo mudou após
esse dia, a vida ficou fria e sem brilho.
Nossa única preocupação era como
ajudar nosso filho a recuperar a saúde.
[...] Como doía até na alma olhar para ele
ali forte, lutando com espírito firme e
corajoso, querendo ficar bom, para
voltar a brincar com seus queridos ami‐
gos, mas que na verdade não imaginava
que a doença que ele trazia consigo era
incurável. Ele veio falecer 17 meses
depois do diagnóstico. Puxa! Como foi
difícil falar para minha filhinha de apenas
8 anos. Hoje resta apenas um enorme
vazio na nossa casa, na nossa vida. O
Senhor sempre esteve conosco ao nosso
lado nos dando condições de seguir em
frente na nossa caminhada. Graças a ele
posso escrever, pela primeira vez, esta
minúscula parte dos acontecimentos da
época, sem chorar, mas com a garganta
sufocada e o coração embargado de
saudade. Sim, muita saudade. [Camilo,
Cláudia e Bruna].
CÁ ENTRE NÓS: O que mais chamou a
sua atenção no encontro de hoje e no
fato da vida?
Canto
[À escolha da equipe. Veja as opções no fim deste livro]
8. REZAR A PALAVRA NA VIDA DE com entusiasmo e coragem, o desafio de
COMUNIDADE
a]. Pai de Bondade, fortalecei nossas 10. Terminando o encontro: ORAÇÃO
famílias diante das grandes dificuldades FINAL À PÁGINA 6.
da vida.
TODOS: QUE ESTE NATAL NOS LEVE A
PROCLAMAR A PALAVRA
b]. Senhor, nosso Deus, que nossos
filhos, instruídos na fé sejam instrumen‐
tos de esperança para o mundo de hoje.
c]. Que nossos Grupos de Reflexão
sejam verdadeiras escolas do anúncio da
Palavra às nossas lideranças.
9. COMPROMISSOS PARA O 6º DIA DA
NOVENA
A]. Marcar a casa do próximo encontro.
B]. Providenciar a preparação do ambi‐
ente.
C]. Procure participar de um Grupo de
Reflexão em sua comunidade.
D]. DA ALEGRIA DO AMOR: “Correndo o
risco de simplificar, poderemos dizer
que vivemos numa cultura que impele os
jovens a não formarem uma família,
porque privam‐nos de possibilidades
para o futuro. [...] Muitos jovens “são
frequentemente levados a adiar o matri‐
mônio por problemas de tipo econômi‐
co, laboral ou de estudo. Às vezes tam‐
bém por outros motivos, tais como a
influência das ideologias que desvalori‐
zam o matrimônio e a família, a experiên‐
cia do fracasso de outros casais a que
eles não se querem expor, [...], as opor‐
tunidades sociais e os benefícios econô‐
micos derivados da convivência, uma
concepção puramente emotiva e român‐
tica do amor, o medo de perder a liberda‐
de e a autonomia, a rejeição de tudo o
que possa ser concebido como instituci‐
onal e burocrático. Precisamos de
encontrar as palavras, as motivações e
os testemunhos que nos ajudem a tocar
as cordas mais íntimas dos jovens, onde
são mais capazes de generosidade, de
compromisso, de amor e até mesmo de
heroísmo, para convidá‐los a aceitar,
matrimônio”.
20
 6º. ENCONTRO
NATAL: Anunciar Jesus é a nossa maior Alegria
“Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança
saltou de alegria no meu ventre” [Lc 1,44]
1. Preparação do ambiente
a] Colocar os símbolos do Natal: vela acesa, Bíblia e algo que valorize o
trabalho pastoral de nossas comunidades;

b] Acolher bem os participantes, com canto [veja opções no final deste

livro].

2. Iniciando o nosso Encontro: ORAÇÃO INICIAL À PÁGINA

6.
3. COMENTANDO O TEMA:
Leitor 1: Temos o encontro de duas
mulheres que estão gravidas, sem que
seja possível, Maria uma moça virgem e
Isabel já de idade avançada, as duas
creram que aquilo que o senhor disse ia
se cumprir. Maria foi ao serviço de sua
prima Isabel, com tamanha humildade, e
fé que se fundamenta desde o primeiro
momento quando a revelação chegou
até ela através do Anjo. Maria é bendita
pois acreditou, Maria com toda sua fé
aceita tudo que se anuncia da parte de
Deus, rezemos para que esta novena de
natal nos leve ao caminho de fé e perse‐
verança.
Cantando: Uma entre todas foi a
escolhida. / Fostes tu Maria a serva
preferida. / Mãe do meu Senhor. / Mãe
do meu Salvador. / Maria cheia de graça
e consolo. / Venha caminhar com teu
povo. / Nossa mãe sempre será. / Maria,
Maria. (Bis)
4. PREPARANDO PARA OUVIR A
PALAVRA
L2: No evangelho de Lucas, vemos que a
virtude de Maria é considerada também,
exemplo para nossas comunidades, a
pressa em servir, em ajudar sua prima
Isabel, mesmo gravida e em uma viagem
21
longa e cansativa, Maria se pôs a cami‐
nhar para ajudá‐la. Só há uma condição,
acreditar como Maria e caminhar com
alegria, sem fronteiras, rumo ao próxi‐
mo.
5. CURTINDO A PALAVRA
a) Canto de aclamação
b) Leitura do texto de Lucas 1, 39‐45
c) Comentando a Palavra de Deus
1. Com que sentimentos Maria se dirige à
casa de Isabel?
2. Qual é a atitude de Isabel diante de
Maria?
3. Como o encontro dessas duas mulhe‐
res pode ajudarmos a viver um Natal
mais cristão e fraterno?
6. COMPARTILHANDO A PALAVRA DE
DEUS
L3: O gesto de solidariedade de Maria ao
visitar sua prima Isabel, nos encoraja
também, para que tenhamos forças, a
ousadia e coragem de ir ao encontro do
próximo, Maria não é bem aventurada
somente por ter sido escolhida como
Mãe de Jesus, e sim pois foi fiel e acredi‐
tou no chamado de Deus. O amor que
sentimos por nossos irmãos e irmãs, é o
desejo de servir a eles por amor a Deus, e
este é o grande sinal que estamos cheio
do Espirito Santo, Deus nos convida a ir Cantando: Natal, Natal das crianças. /
ao próximo a ajudar aos necessitados, Natal da noite de luz. / Natal da estrela‐
busquemos em nossas comunidades e guia. / Natal do Menino Jesus...
paróquias, as pessoas que precisam
dessa coragem para seguir o chamado, e 07. FATO DA VIDA:
dizer sim também como Maria. Meu nome é Márcia Aparecida Pereira,
Cantando: Eis‐me aqui Senhor. / Eis‐me tenho hoje, 48 anos. A minha vida come‐
aqui Senhor. / Pra fazer Tua vontade. / çou a se modificar aos 8 anos, quando
Pra viver o Teu amor. / Pra fazer Tua comecei a perder a visão. Eu, estudava
vontade. / Pra viver o Teu amor. / Eis‐me em uma escola perto de casa e tudo ia
aqui Senhor. muito bem, mas com o passar do tempo
percebi, que não podia mais ver as letras
L4: Vemos o exemplo do serviço de
no quadro como antes. A professora me
Maria também em João 2, quando Maria
colocava perto da lousa, mas, cada dia
e Jesus , são convidados a festa de casa‐
mento em Caná , Maria vem ao serviço que passava ficava mais difícil. Então
dos noivos no papel de mãe que interce‐ tudo foi relatado a meus pais e eles
de, e tem misericórdia dos filhos, o que providenciaram o tratamento. Com isso,
seria uma vergonha para os noivos, se tive que parar de estudar. Um dia, minha
torna ainda mais especial para seus tia, disse que conhecera umas professo‐
convidados, que ao saberem que o vinho ras que haviam trabalhado no Instituto
da festa havia acabou, acabaria com a São Rafael e, elas falaram com a profes‐
honra da família, Maria intercede a Jesus sora sobre a possibilidade, de que eu
que faz o milagre após se compadecer fosse para lá, para estudar. Fui matricula‐
com o sofrimento dos noivos, servindo da nessa escola para ficar interna. Meu
assim por último o vinho melhor. Peça‐ pai ou alguma outra pessoa, me levava
mos a intercessão de Maria como nossa na segunda e me buscava na sexta. [...]
mãe, que acolha nossas misérias e dores Apesar de minhas dificuldades e desilu‐
sofridas pelos caminhos enfrentados sões, eu tiro de tudo isso, o bom, pois foi
diariamente.
nessa escola que adquiri meu aprendiza‐
Cantando: Vai, vai missionário do
do e pude também aprender a tricotar
Senhor. / Vai trabalhar na messe com
ardor. / Cristo também chegou para etc. Completei o fundamental, e depois
anunciar:/ não tenhas medo de evangeli‐ fui estudar em uma escola mais perto.
zar. Lá, formei para professora de primeira à
quarta séries. [...] Minha mãe e eu corre‐
L5: Que neste natal possamos viver as mos atrás de várias possibilidades de
virtudes de Maria, aquela que deu o seu emprego, mas, nada. Um dia fui escolhi‐
sim, soube ouvir e guardar todas as da para trabalhar no Instituto São Rafa‐
coisas em seu coração, se colocou a el, como revisora de braile. Eu era con‐
serviço com humildade e simplicidade. tratada; um dia surgiu um concurso e eu
Temos que perseverar na fé e seguir os fiz. Deus me ajudou a passar então fiquei
passos de Maria a serva do Senhor, jama‐ efetiva. Um pouco depois, fiz outro
is desanimarmos, confiar sempre nos concurso para professora e passei tam‐
planos de Deus para nós, que o servir bém com a bênção de Deus. [...] Hoje,
esteja presente em nossas vidas nos estou na Regional Centro Sul. Atendo ao
outros 364 dias no ano.
22 telefone, dou recados, mexo no compu‐
tador e ainda faço alguma coisa que a
chefe do setor me pede. Nada na vida da
gente é cem por cento, mas diante de
tudo que sofri, isso é uma tranquilidade.
Tenho uma filha e um neto. Procuro levar
a vida o mais normal possível. Gosto de
tecer, cozinhar, ler, cantar e pretendo
aprender a tocar teclado, se assim for da
vontade de Deus. [...] Entreguem vossos
corações para Jesus e Maria. Vale apena
acreditar pois Deus é como o mais lindo
lírio, a brisa suave, a luz mais esplendoro‐
sa do que o sol, as estrelas a lua! Só em
Deus o amor encontrará, só em Deus
poderá refugiar‐se, pois ele é o abrigo
quentinho, seguro e com um manso
coração que jorra misericórdia como as
águas de um grande rio calmo, leve
acalentador! Deixo aqui o meu abraço e
Deus Pai eterno abençoe a todos com
vossa graça.
CÁ ENTRE NÓS: O que mais chamou a
sua atenção no encontro de hoje e no
fato da vida?
Canto
[À escolha da equipe. Veja as opções no
fim deste livro]
8. REZAR A PALAVRA NA VIDA DE
COMUNIDADE
a]. Ensina‐nos Senhor a servir ao próxi‐
mo em nossas comunidades.
10. Terminando o encontro: ORAÇÃO
TODOS: QUE ESTE NATAL NOS LEVE A FINAL À PÁGINA 6.
PROCLAMAR A PALAVRA
b]. Que possamos sair do nosso mundi‐
nho e ir «às pressas» ao encontro do
outro.
c]. Pai de Bondade, que nossos catequis‐
tas sejam sujeitos eclesiais em sua
comunidade, nos Grupos de Reflexão da
23
Bíblia e na Sociedade.
9. COMPROMISSOS PARA O 7º DIA DA
NOVENA
A]. Marcar a casa do próximo encontro.
B]. Providenciar a preparação do ambi‐
ente.
C]. Procurar participar de um Grupo de
Reflexão em sua comunidade.
D]. DA ALEGRIA DO EVANGELHO ‐ Convi‐
do todo o cristão, em qualquer lugar e
situação que se encontre, a renovar hoje
mesmo o seu encontro pessoal com
Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a
decisão de se deixar encontrar por Ele,
de O procurar dia a dia sem cessar. Não
há motivo para alguém poder pensar
que este convite não lhe diz respeito, já
que da alegria trazida pelo Senhor
ninguém é excluído. Quem arrisca, o
Senhor não o desilude; e, quando
alguém dá um pequeno passo em
direção a Jesus, descobre que Ele já
aguardava de braços abertos a sua
chegada. [...] Ninguém nos pode tirar a
dignidade que este amor infinito e
inabalável nos confere. Ele permite‐nos
levantar a cabeça e recomeçar, com uma
ternura que nunca nos defrauda e
sempre nos pode restituir a alegria. Não
fujamos da ressurreição de Jesus; nunca
nos demos por mortos, suceda o que
suceder. Que nada possa mais do que a
sua vida que nos impele para diante!
 7º. ENCONTRO
NATAL: Anunciar o Reino e denunciar os ‘Herodes’ de hoje
“... abriram seus cofres e apresentaram presentes ao menino” [Mt21,11b]

1. Preparação do ambiente
a] Colocar os símbolos do Natal: vela acesa, Bíblia e algo que
valorize o trabalho pastoral de nossas comunidades;

b] Acolher bem os participantes, com canto [veja opções no final

deste livro].

2. Iniciando o nosso Encontro: ORAÇÃO INICIAL À

PÁGINA 6.
3. COMENTANDO O TEMA:
Leitor 1: Este ano somos convidados a
refletir sobre o dízimo como expressão
de fé também na Catequese. Pensando
em uma Paróquia específica, podemos
entender que o dízimo deve ser fonte de
diálogo entre os catequizandos. Ao
discutir sobre o dízimo, em suas diversas
dimensões (religiosa, missionária e soci‐
al) chegamos à conclusão de que esta
oferta de fé é fator de união das pessoas
entorno de Cristo, porque essa mesmo
oferta transforma‐se em partilha que
sustenta a Comunidade que anuncia a
Boa Nova.
Cantando: E trazem ouro, incenso e
mirra, pra festejar o novo rei / Que tem
poder e majestade que vem do céu que é
de Deus / Que vai sofrer que vai morrer e
que nos libertará...
la, chega‐se a Deus feito homem. A incli‐
nação diante do menino é o ato de reco‐
nhecimento e submissão ao rei, não
somente dos judeus, mas de toda a terra.
Os presentes oferecidos são a confissão
da fé de todos os povos na divindade, na
realeza e no sacerdócio do Verbo que
assumiu a nossa humanidade.
5. CURTINDO A PALAVRA
a) Canto de aclamação
b) Leitura do texto de Mateus 2, 1‐12
c) Comentando a Palavra de Deus
1. Qual a atitude do rei Herodes quando
os magos perguntam sobre o recém‐
nascido?
2. Como os reis magos protegem o meni‐
no Jesus do rei Herodes?
3. Qual a luz deste texto para o nosso
trabalho pastoral hoje?

4. PREPARANDO PARA OUVIR A 6. COMPARTILHANDO A PALAVRA DE

PALAVRA
L2: “Eu vejo, mas não é agora; eu o
contemplo, mas não de perto: uma estrela
avança de Jacó” (Nm 24,17). O astro
ilumina, orienta, está presente em todos
os lugares e dá uma intensa alegria;
alegria dada aos pastores, quando do
anúncio do nascimento de Jesus pelos
anjos (cf. Lc 2,10). Olhando para a estre‐
24
DEUS
L3: A vinda de Jesus como nosso Salva‐
dor não agrada a todos. Herodes fica
alarmado quando conversa com os
magos a respeito de um tal recém‐
nascido que seria o rei dos judeus. Mas,
mais do que isso, Herodes sente‐se amea‐
çado porque vê em Jesus um problema
de ideias. Herodes tem a sua forma de
pensar e não pensa duas vezes antes de
armar uma cilada para matar o menino.
Os magos representam aquele povo
que, ao ouvir a Palavra de Deus enxerga
em um simples sinal a manifestação da
fé. Guiados apenas por uma estrela eles
acolhem o Salvador e lhe oferecem
presentes: ouro, incenso e mirra. Preci‐
samos enxergar com mais clareza os
sinais da partilha e este sinal deve come‐
çar dentro de nossas casas. Pequenos
gestos de generosidade com os pais,
com os idosos de nossa casa, com as
crianças fazem a diferença em nossa
comunidade.
Cantando: Então é Natal, e o que você
fez? / O ano termina e nasce outra vez. /
Então é Natal / a festa cristã. Do velho e
do novo / do amor como um todo. /
Então bom Natal / E Ano Novo também,
que seja feliz quem / souber o que é o
bem.
L4: Entendendo o dízimo como oferta
de fé e fator de união das pessoas entor‐
no de Cristo, entendemos também que
o dízimo, consagrado a Deus, possibilita
a partilha, centro da vida Cristã. Se parti‐
lharmos, celebramos a gratuidade e a
gratidão: mantemos os instrumentos de
divulgação do Evangelho numa determi‐
nada Comunidade e, inclusive, podemos
salvar um irmão necessitado. Devemos
ter em mente que o dízimo oferecido
com fé, diante de Deus, é fonte de graça.
Uma Paróquia, que exercita, que prati‐
ca, a vivência do dízimo, acreditando em
sua centralidade, consegue compreen‐
der que o dízimo é também catequese.
Catequese viva, já que a partilha e o
sustento da Comunidade, objetivam,
antes de mais nada, unir os membros de
uma Paróquia entorno do Cristo e das
notícias que Ele anuncia.
Cantando: Dízimo, dízimo, pertence ao
Pai e não a mim [bis].
25
07. FATO DA VIDA: Em missão na cidade
de Brasília de Minas – MG, fui hospedada
na casa de uma família com três filhas
todas pequenas. Acolhida com muito
carinho, percebi que o quarto que me
fora reservado era o quarto onde as
crianças dormiam. Logo que percebi,
perguntei onde as crianças ficariam, e os
pais disseram que todos ficariam no
quarto ao lado e perguntaram se me
importaria se eles entrassem ali apenas
para pegar roupas. Sem graça disse que
tudo estava bem. Sabia que seria uma
semana de muito aprendizado pois a
preparação para aquele momento me
ajudou a “sair de mim mesma”, mas não
tinha ideia do amor que iria encontrar
ali. Todos os dias tínhamos tarefas
programadas e um deles era a feira de
artesanato. Todos nós missionários
deveríamos nos encontrar em frente à
Igreja Matriz as 7hs da manhã, e lá
estava, mas não havia ninguém. Um dos
moradores ao me reconhecer, disse que
a feira iria acontecer na Escola Estadual
e todos já tinham ido de ônibus. Sem
saber como chegar, voltei para a casa
em que estava hospedada e pra minha
surpresa a família que me acolheu se
assustou. Questionei o que estava
acontecendo, e com lagrimas nos olhos
a dona da casa me disse que eles ficaram
aliviados ao saberem que ficaria fora de
casa o dia todo pois não havia o que
fazer para o almoço. Perguntei como
fariam com as crianças, e me disseram
que elas iriam comer arroz com alface.
Pedi licença e fui para o quarto onde
estavam minhas coisas. Chorei, rezei e
decidi que teria que fazer alguma coisa.
Voltei todo caminho até a praça da Igreja
e ao encontrar uma venda comprei o
que era possível. Ao retornar todos
choramos, e juntos fizemos o almoço.
No restante do dia me alternei entre
conversas com os donos da casa e seus
familiares que por lá apareciam e
brincadeiras com as crianças. Não me
esqueço deste dia pois percebi que
minha missão naquele momento era
naquela casa com aquela família e não
em outro lugar.
CÁ ENTRE NÓS: O que mais chamou a
sua atenção no encontro de hoje e no
fato da vida?
Canto
[À escolha da equipe. Veja as opções no
fim deste livro]
8. REZAR A PALAVRA NA VIDA DE
COMUNIDADE
a]. Olhai Senhor por nossas famílias que
necessitam de alimentos doados por
pessoas de bom coração.
TODOS: QUE ESTE NATAL NOS LEVE A
PROCLAMAR A PALAVRA
b]. Olhai Senhor pelos nossos irmãos 10. Terminando o encontro: ORAÇÃO
que doam suas vidas no trabalho dos FINAL À PÁGINA 6.
projetos sociais em prol das famílias
carentes.
c]. Que os Grupos de Reflexão sejam
portas abertas às famílias para a vida
eclecial.
9. COMPROMISSOS PARA O 8º DIA DA
NOVENA
A]. Marcar a casa do próximo encontro.
B]. Providenciar a preparação do ambi‐
ente.
C]. Participar de um Grupo de Reflexão.
D]. O gesto da partilha se torna realizado
mediante de um gesto concreto. Em
nossa comunidade há famílias que vivem
em situação de risco (fome, desempre‐
go, exclusão social, esclarecimento
cristão)? O que podemos fazer por elas?
Já pensou em rezar a novena de natal na
casa dessas famílias, ou a gente só se
preocupa com quem já participa de
nossa comunidade.

8º. ENCONTRO
NATAL: Anúncio que liberta para a missão
“Porque me procuravam? Não sabiam que eu devo estar na casa do meu Pai?” [Lc 2,49]

1. Preparação do ambiente
a] Colocar os símbolos do Natal: vela acesa, Bíblia e algo
que valorize o trabalho pastoral de nossas comunidades;

b] Acolher bem os participantes, com canto [veja opções

no final deste livro].

2. Iniciando o nosso Encontro: ORAÇÃO INICIAL

À PÁGINA 6.
3. COMENTANDO O TEMA: (melhor celular, melhor vídeo game,
Leitor 1: A missão de catequizar hoje é melhor tênis, melhor carro, etc.) é mais
um desafio muito grande, se refletirmos importante. A missão de apresentar
as mudanças que sofreram o conceito de Jesus nos coloca numa situação difícil, o
família, de prazer onde ter o melhor que muitas vezes causa cansaço, falta de
26
animo, morre o amor pelo trabalho. A missão. Por isso Jesus na chama, todo
fonte da catequese é a Palavra de Deus, chamado ou toda missão parte de uma
cabe ao catequista ser o semeador desta necessidade, se não houvesse necessida‐
palavra, sem escolher terreno, sem pen‐ des, não precisaria de missionários. A
sar muito na direção, simplesmente missão é urgente e requer deslocamen‐
lançar a semente, o germinar e o colher é to, saída, ir ao encontro do outro,
obra de Deus. Ele faz brotar no coração acolher. A messe é grande e pouco são
de cada um, o amor pela causa do reino, a os operários, por isso faz‐se necessário
uma adesão maior ao projeto de Jesus.
alegria pela escuta e pelo anuncio desta
Os setenta e dois discípulos, que encon‐
Palavra.
tramos também no evangelho de Lucas,
Cantando: É missão de todos nós, Deus
são enviados à frente do Senhor, como
chama eu quero ouvir a sua voz. (Bis)
precursores, como preparadores da
chegada do reino de Deus, a missão
4. PREPARANDO PARA OUVIR A
portanto, não é tarefa só de alguns, mas
PALAVRA
de todos. Eles não são enviados de qual‐
L2: O evangelho nos revela a simplicida‐
quer maneira, o envio se faz de um modo
de da família de Nazaré que vivia sua vida
organizado, com instruções a serem
de Comunidade como toda família da
seguidas, o trabalho é desafiador,
região: “Os pais de Jesus iam todos os
muitos são os obstáculos, muitas são as
anos a Jerusalém, para a festa da
dificuldades. É preciso estar preparado.
Páscoa". E nos revela também o cresci‐
“Estou enviando vocês como cordeiros
mento da fé e da missão de Jesus.
para o meio dos lobos” (Lc 10,3). Em sua
Enquanto isso Maria e José procuram
Exortação Apostólica Evangeli Gaudium,
angustiados seu filho, até que o encon‐
papa Francisco enfatizou que a missão é
tra três dias depois no templo. A respos‐
tarefa de todo cristão. E que a Igreja
ta que Jesus dá a Maria nos faz lembrar o
missionária deve estar sempre em “saída
sentido e o fim de sua vida e missão.
“rumo ao mais necessitados. A nossa
missão enquanto evangelizadores é
5. CURTINDO A PALAVRA
esta, sair, ir além. A vida cristã é um inten‐
a) Canto de aclamação
so enriquecimento da nossa espirituali‐
b) Leitura do texto de Lucas 2, 41‐52
dade, através dos encontros de cateque‐
se, ao mesmo tempo que o catequista
c) Comentando a Palavra de Deus
ensina, ele aprende e muito com as
1. Que resposta Jesus dá a Maria e José
crianças e adolescentes. A vida na
quando estes o encontram no Templo?
verdade é uma infinita catequese, pois
2. Qual a atitude de Maria?
para conseguirmos chegar perto do
3. Como a festa do Natal pode nos ajudar
convite de Deus, que é viver sua Palavra,
a educar nossas crianças na caminhada
seguir seus ensinamentos, vivenciar o
missionária?
Evangelho a cada dia, precisamos primei‐
ro deixar exalar a essência da fé. E essa
6. COMPARTILHANDO A PALAVRA DE
essência da fé vem de Deus...
DEUS
Cantando: Poucos os operários, poucos
L3: No evangelho de Lucas também
trabalhadores e a fome do povo
podemos refletir sobre a nossa própria
aumenta mais e mais, És o Senhor da
missão, e o modelo a seguir! “Jesus
messe, ouve esta nossa prece, Poe
Cristo “. Pelo batismo somos enviados a
27
sangue novo nas s veias da tua igreja.
L4:Catequisar significa instruir a viva voz,
é anunciar o Evangelho. É um processo
permanente de educação na fé que se
realiza em primeiro lugar na família com
o apoio da Comunidade cristã, que
assume sua missão fundamental de
lançar os alicerces sobre os quais a fé se
sustentará. Neste processo o
catequizando deve ser o protagonista e
ter como meta gestar uma história de
amor que leve ao relacionamento íntimo
com Deus. A catequese é o meio no qual
cada um se torna sujeito da própria
transformação. Ele se realiza pela
imersão na pedagogia de Jesus e na
pedagogia de Deus, que é a pedagogia
do amor, do acolhimento, da esperança,
da compaixão. (Maria Aparecida De
Cicco, teóloga).
C a n t a n d o : Va i m i s s i o n á r i o , v a i
evangelizar, de um novo jeito, jeito
novo de amar e fazer ecoar a Palavra de
Deus, na vida do povo
L5: Neste ano proclamado o ano
mariano, quem melhor que Nossa
Senhora, para fazer‐nos apaixonar pela
palavra de seu Filho. Ela, a primeira
cristã, a primeira discípula, aquela que
no silêncio, compreendeu tudo, e
guardou, para no momento certo agir.
Que este natal possa provocar em nós,
uma adesão maior ao projeto de
evangelização. Que a cada dia,
possamos dar um passo a mais. A missão
não é tarefa de um, mas de todos
aqueles que acreditam num mundo
melhor, com mais dignidade pros todos,
mais respeito. Deus te chama, ele te
escolheu e te capacitou para
evangelizar. A Eucaristia tem uma força
muito grande, provoca mudanças, exige
conversão e vida nova. Para que isso
aconteça, é preciso que a Eucaristia seja
vivida e anunciada, para o catequista
28
tocar a fundo a vida de seus
catequizandos. (Semear/ 2005)
Cantando: O Deus que me criou, me quis
me consagrou, para anunciar o seu
amor
07. FATO DA VIDA: Tive esse ano mais
uma das maravilhosas oportunidades
que Deus me concedeu nessa vida: parti‐
cipar das missões da nossa Paróquia.
Durante 2 dias visitamos famílias, pesso‐
as da nossa comunidade e pude ver
como podemos ser podemos ser ferra‐
mentas de Deus na vida do próximo.
Várias famílias foram visitadas, cada uma
com seus problemas e dificuldades dife‐
rentes, mas todas precisando apenas de
oração. Todas as visitas foram muito
abençoadas, mas a que mais me marcou
foi a visita no asilo do nosso bairro. Entra‐
mos no asilo e como havia vários idosos
cada missionário foi a um quarto diferen‐
te. Eu fiquei dialogando com uma senho‐
ra bem idosa e percebi o desolamento e
falta de esperança na qual ela se encon‐
trava. Perguntei se ela estava fazendo
suas preces diárias e ela gesticulou que
não com um semblante de tristeza.
Reforcei a necessidade dessa conversa
diária com Deus e juntos rezamos um
Pai‐Nosso. Acredito que essa experiên‐
cia também foi valiosa na vida dela e rezo
para que ela esteja bem e me comunhão
com o Pai. A experiência das missões
tocou meu coração e isso eu vou levar
para o resto da minha vida.
CÁ ENTRE NÓS: O que mais chamou a
sua atenção no encontro de hoje e no
fato da vida?
Canto
[À escolha da equipe. Veja as opções no
fim deste livro]
8. REZAR A PALAVRA NA VIDA DE
COMUNIDADE
a]. Deus Pai, que o anúncio do Evange‐
lho seja em nossas catequeses caminho
de fé e missão.
TODOS: QUE ESTE NATAL NOS LEVE A
PROCLAMAR A PALAVRA
b]. Deus Pai que nossos catequistas
sejam missionários alegres e leves.
c]. Deus Pai que nossos Grupos de
Reflexão sejam verdadeiros berços de
uma catequese missionária.
9. COMPROMISSOS PARA O 9º DIA DA
NOVENA
A]. Marcar a casa do próximo encontro.
B]. Providenciar a preparação do ambi‐
ente.
C]. Participar de um Grupo de Reflexão.
D]. DA ALEGRIA DO EVANGELHO ‐
Voltamos a descobrir que também na
catequese tem um papel fundamental o
primeiro anúncio ou querigma, que deve
ocupar o centro da atividade evangeliza‐
10. Terminando o encontro: ORAÇÃO
dora e de toda a tentativa de renovação
FINAL À PÁGINA 6.
eclesial. O querigma é trinitário. É o fogo
do Espírito que se dá sob a forma de
línguas e nos faz crer em Jesus Cristo,
que, com a sua morte e ressurreição, nos
revela e comunica a misericórdia infinita
do Pai. Na boca do catequista, volta a
ressoar sempre o primeiro anúncio:
“Jesus Cristo ama‐te, deu a sua vida para
te salvar, e agora vive contigo todos os
dias para te iluminar, fortalecer, liber‐
tar”. Ao designar‐se como «primeiro»
este anúncio, não significa que o mesmo
se situa no início e que, em seguida, se
esquece ou substitui por outros conteú‐
dos que o superam; é o primeiro em
sentido qualitativo, porque é o anúncio
principal, aquele que sempre se tem de
voltar a ouvir de diferentes maneiras e
aquele que sempre se tem de voltar a
anunciar, duma forma ou doutra, duran‐
te a catequese, em todas as suas etapas
e momentos.

9º. ENCONTRO
NATAL: Anunciar o Evangelho da Alegria é missão de todos
““...não importa aquele que planta, nem aquele que rega;
importa Deus que faz crescer” [1Cor 3,7]

1. Preparação do ambiente
a] Colocar os símbolos do Natal: vela acesa, Bíblia e algo que
valorize o trabalho pastoral de nossas comunidades;
b] Acolher bem os participantes, com canto [veja opções no
final deste livro].

2. Iniciando o nosso Encontro: ORAÇÃO INICIAL À

PÁGINA 6.
COMENTANDO O TEMA: também fora dos espaços físicos de
Leitor 1: Em uma de suas mensagens, nossas Igrejas, e nos tornarmos compa‐
Papa Francisco nos alerta que “A Cate‐ nhias do testemunho da fé para sermos
quese precisa ir além da esfera escolar”, próximos àqueles excluídos pela socie‐
isto é, somos chamados a evangelizar dade. No exemplar da revista “O Luta‐
29
dor” ‐ nº3866 – encontramos uma men‐ lembrar o primeiro encontro desta
sagem do Papa Francisco na qual ele novena onde refletimos a passagem em
alerta que a Catequese deve ser “um que Jesus convida os discípulos para
espaço no qual a vida do Cristão amadu‐ segui‐lo, a passagem em que Cristo
rece” porque é nessa essência que se faz ressuscitado sopra sobre os discípulos
a experiência da Misericórdia de Deus, reunidos o Espírito Santo enviando‐os
onde vemos o quanto somos fracos e o em missão. Vivemos numa época de
quanto Deus nos oferece sua força e resultados rápidos, onde o que nos é
pedido não pode esperar. Na leitura São
conforto.
Paulo ensina à Comunidade de Corinto e
Cantando: O Deus que me criou, me quis
a nós que nem toda semente que
e me consagrou para anunciar o seu
lançamos no chão veremos crescer, que
amor/ O Deus que me criou, me quis e
muita coisa tem seu tempo próprio para
me consagrou para anunciar o seu
acontecer, inclusive e principalmente as
amor.
coisas de Deus.
Cantando: Catequista te escolhi, para
4. PREPARANDO PARA OUVIR A
evangelizar. / E ao mundo anunciar, o
PALAVRA
amor que eu vivi. / Catequista vai
L2: Sempre que ia ensinar seus discípu‐
formar, o meu povo, a minha gente. / Vai
los, Jesus utilizava parábolas para leva‐
reunir todas crianças, como é minha
los a entender qual era o Seu destino e
vontade, / para formar comunidade, de
qual era a missão de cada um. O texto
amor e de esperança.
que vamos ler, deve nos inspirar e mos‐
trar neste tempo próprio do Natal,
L4: No exemplar da Revista “O Lutador”
como Deus quer que sejamos no serviço
de outubro de 2016, encontramos o
à Igreja, onde está tudo em Sua função,
artigo “Igreja Online para evangelizar”
que faz a sua obra crescer sobre o verda‐
de Dom Edson Oriolo. Neste artigo,
deiro fundamento que é Jesus Cristo.
somos convidados a exemplo de Cristo a
usar de todos os recursos para anunciar
5. CURTINDO A PALAVRA
a Boa‐Nova e o Reino de Deus, isto é,
a) Canto de aclamação
devemos também fazer das mídias e das
b) Leitura do texto de 1 Coríntios 3, 5‐15
redes sociais caminhos para semear,
multiplicar, edificar a Palavra de Deus e
c) Comentando a Palavra de Deus
aos mesmo tempo mostrar a todos que
1. Qual é o ensinamento de Paulo?
somos filhos do mesmo Pai e que somos
2. Qual é o nosso alicerce?
parte do mesmo Projeto de Vida. Agente
3. Diante dessa leitura paulina, podemos
de Pastoral, ministro, catequista e diáco‐
dizer que somos verdadeiros anunciado‐
no são servidores na Igreja que é o
res do Evangelho da Alegria?
campo de cultivar ou o prédio a constru‐
ir.
6. COMPARTILHANDO A PALAVRA DE
Cantando: Na escola ou moradia, no
DEUS
quintal ou no terreiro. / Ao meu povo
L3: Podemos aqui refletir inúmeras
brasileiro, o Evangelho anuncia. Cate‐
passagens bíblicas nas quais todos os
quista vai formar, o meu povo, a minha
Cristãos são chamados a anunciar o
gente.
Reino de Deus, a semear a Palavra, a
multiplicar os dons recebidos. Podemos
30
L5: “Vocês não sabem que são templos de
Deus, e que o Espírito de Deus habita em
vocês?”, quantas vezes nos deparamos
com situações e questionamentos em
que dissemos que é função do Padre e
do Bispo responder e/ ou resolver?
Inúmeras vezes certo? Mas hoje esta‐
mos aqui refletindo que também somos
colaboradores na construção do reino
de Deus. Não somente na época do
Natal, mas em todos os meses do ano
somos chamados a multiplicar os ensi‐
namentos do Pai, a acolher nossos
irmãos e mostra‐los os possíveis cami‐
nhos a seguir. Além disso, nossa igreja a
cada dia precisa de mais operários,
nossa sociedade precisa de mais mensa‐
geiros de esperança e de misericórdia.
Na leitura vemos que somos colabora‐
dores de Deus, assim como somos o
terreno onde Deus cultiva seu amor,
assim vamos fazer nossa parte na cons‐
trução do Reino de Deus, vamos semear
Sua Palavra para que ela germine em
vários corações.
Cantando: A Palavra prega então, e
proclama com firmeza, / Pois em toda
redondeza, vai chegar libertação. /
Desarmado vai em frente, trata a todos
com carinho, / Pois é este o caminho
para ensinar a toda gente.
07. FATO DA VIDA: Em setembro de 1981
começou a minha história de amor na
pastoral da catequese, pastoral esta que
me deu a identidade da fé. Sou muito
agradecida a Deus por ter me dado tão
linda vocação. [...] Muitas vezes pensei
em desistir e dizer para o meu Senhor
que a minha parte já está cumprida
nesta missão, mas ele sempre me segura
e me leva com amor nesta tarefa. [...] Eu
comecei catequizando as crianças meno‐
res, eram muitas crianças e sentávamos
no chão, mas era tudo com muita
alegria. Valeu a pena tudo isso pois me
ajudou muito no amadurecimento da
minha fé. Sou uma pessoa que busca
31
aprender mais e mais. Gosto disso, e a
catequese me deu esta oportunidade de
conhecimento através dos vários cursos
de formação, dos retiros e dos estudos,
e com isso tenho a oportunidade de
conhecer novos colegas de missão e
trocar experiências. Procuro dar sempre
o melhor de mim nesta missão e sei o
quão importante é esta pastoral para o
futuro do ser humano pois é lá na base
da formação cristã juntamente com os
pais que poderemos garantir um mundo
melhor e mais bonito, mas para isso é
preciso o comprometimento de cada
um. Obrigado Senhor, sou feliz por ser
catequista.
CÁ ENTRE NÓS: O que mais chamou a
sua atenção no encontro de hoje e no
fato da vida?
Canto
[À escolha da equipe. Veja as opções no
fim deste livro]
8. REZAR A PALAVRA NA VIDA DE
COMUNIDADE
a]. Ajudai‐nos a viver confiantes em vós,
e a nos mantermos fiéis no vosso amor.
TODOS: QUE ESTE NATAL NOS LEVE A
PROCLAMAR A PALAVRA
b]. Que o Papa Francisco continue
sendo anunciador da alegria aos povos.
c]. Que a Vossa palavra, Senhor nos
motive a não desanimar em nossa
Missão de anunciar Vosso Reino através
dos Grupos de Reflexão em nossas
casas.
9. COMPROMISSOS PARA CELEBRAR A
FESTA DO NATAL.
A]. Preparar o ambiente da celebração.
B]. Providenciar uma partilha fraterna.
C]. Valorizar o trabalho dos Grupos de
Reflexão.
10. Terminando o encontro: ORAÇÃO
FINAL À PÁGINA 6.
 celebração de encerramento [apenas uma sugestão]
NATAL: CRISTO ESTÁ ENTRE NÓS!
“Glória a Deus no mais alto dos céus,
e paz na terra aos homens por ele amados” [Lc 2,14]

1. PREPARAÇÃO DO AMBIENTE
‐ Usem da criatividade; priorizem a acolhida;
‐ Preparar uma linda faixa com a frase: ‘NATAL: A ALEGRIA DE
ANUNCIAR JESUS CRISTO’
‐ Vamos também proporcionar que toda a comunidade de
fato celebre este momento...
2. INICIANDO A CELEBRAÇÃO
‐ Preparar um comentário que contemple o tema de nossa
novena, que acolha nossas famílias. Use da espontaneidade,
sem apelar a exageros.
3. LITURGIA DA PALAVRA
‐ Pode‐se seguir a própria do dia de Natal, ou pode‐se também
em usar algumas das que foram refletidas durante a Novena.

Seguem apenas estas sugestões... No ofertório, pode‐se pensar num gesto concreto
maior, ou apresentar os que foram realizados durante a Novena... Ofertar a vida das
famílias com suas preocupações e dificuldades. Apresentar também as alegrias e
esperanças que estas mesmas famílias experimentam no dia‐a‐dia.

5. CONFRATERNIZAÇÃO
‐ Pode haver alguma apresentação teatral;
‐ Pensar num lanche partilhado, preparado pelas famílias;
‐ Tudo em clima de um som de viola, commúsicos da própria
comunidade, pois Natal é também um momento propício para
que possamos incentivar os dons que existem dentro de nossa
própria comunidade.
Um Feliz e Santo Natal a todos!
32
 cantar a misericórdia do Menino‐Deus
CÂNTICOS DA NOVENA - 2018
01. NOITE FELIZ Chegou a hora de pensar profundo / e
‐ Noite feliz, noite feliz / Ó senhor, Deus perceber que o mundo pode ser melhor.
de amor / Pobrezinho nasceu em Belém /
Eis na lapa, Jesus nosso bem / Dorme em ‐ Será difícil tantas mãos unidas, / Não
paz, ó Jesus / Dorme em paz, ó Jesus. fazer da vida um tempo sem igual. / Será
‐ Noite feliz, noite feliz / Ó Jesus, Deus da difícil tanto amor e afeto, / Não tornar
luz, / Quão afável é teu coração / Que concreto, o gesto do Natal.
quiseste nascer nosso irmão / E a nós
todos salvar / E a nós todos salvar. 04. OUVE‐SE NA TERRA UM GRITO
‐ Noite feliz, noite feliz / Eis que no ar vem ‐ Ouve‐se na terra um grito/ Do povo um
cantar / Aos pastores os anjos dos céus / grande clamor/ Senhor, abre os céus/
Anunciando a chegada de Deus / De Que as nuvens chovam o Salvador.
Jesus, Salvador! / De Jesus, Salvador!
‐ Noite feliz, noite feliz / Ó senhor, Deus ‐ É um só canto de amor e esperança/
de amor / Pobrezinho nasceu em Belém / Que a terra mãe, germinando contém/ A
Eis na lapa, Jesus nosso bem / Dorme em ti, Senhor, nós clamamos/Vem, senhor
paz, ó Jesus / Dorme em paz, ó Jesus. Jesus, vem.
‐ Mesmo se as guerras destroem a terra /
02. VEM SENHOR Pondo em perigo a paz e o bem/ Que a
Vem Senhor, nos salvar, Vem / sem demo‐ nossa voz não se canse / Vem, senhor
ra, nos dar a paz! (Bis) Jesus, vem.
‐ Vem reunir hoje as tuas Igrejas / A tua
‐ O Senhor é fiel par sempre, / Faz justiça prece rezamos, também/ O nosso amor
aos que são oprimidos; sempre espere/ Vem, Senhor Jesus, vem.
‐ Ele dá alimento aos famintos, / É o
Senhor quem liberta os cativos. 05. CRISTÃOS, VINDE TODOS!
‐ O Senhor abre os olhos aos cegos, / O ‐ Cristãos vinde todos, com alegres
Senhor faz erguer‐se o caído. cantos / Oh vinde, oh vinde até Belém /
‐ O Senhor ama aquele que é justo,/ É o Vede nascido vosso Rei eterno.
Senhor que protege o estrangeiro Oh vinde adoremos / Oh vinde adore‐
mos / Oh vinde adoremos o Sal...va..dor
03. CHEGOU A HORA
‐ Chegou a hora de sonhar de novo, / De ‐ Humildes pastores deixam seus
tornar‐se povo, e se fazer irmão. / Che‐ rebanhos / e alegres acorrem ao Rei dos
gou a hora que ligeiro passa, / De ganhar céus / Nós igualmente, cheios de alegria.
a graça e a conversão.
Meu caro irmão,/ Olha pra dentro do teu
‐ Nasceu em pobreza, repousando em
coração./ Vê se o Natal se tornou
palhas / o nosso afeto lhe vamos dar /
conversão,/ e te ensinou a viver. (bis)
tanto amou‐nos! Quem não há de amá‐
‐ Chegou a hora de viver o Cristo / e lo?
acreditar que isto é se tornar maior. /
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‐ A estrela do oriente conduziu os magos O Senhor sempre é luz para as nações /
e / a este mistério envolve em luz / tal E se, humilde, em Belém nasceu um dia
claridade, também seguiremos. / Hoje vem renascer nos corações.

06. NO TEMPLO SANTO 08. NO PEITO EU LEVO UMA CRUZ

‐ No templo santo, a te ofertar / um dom ‐ Eu venho do sul e do norte / Do oeste e
sublime, ó Deus de amor. / Teu Filho do leste, de todo o lugar / Estradas da
infante, a nos salvar / da vida escrava, vida eu percorro / Levando socorro a
Libertador! quem precisar / Assunto de paz é meu
Natal! Festa de harmonia: / O amor veio forte / Eu cruzo montanhas e vou apren‐
der / O mundo não me satisfaz / O que eu
nos libertar. / E Deus, na feliz liturgia, /
nos faz também dons neste altar! (2x) quero é a paz, o que eu quero é viver.
No peito eu levo uma cruz / No meu
‐ Repica o sino lá, em Belém, / e gente coração, o que disse Jesus [bis].
simples vem adorar./Éo
Deus menino, salvar‐nos vem / do mal, ‐ Eu sei que eu não tenho a idade da
da morte, vem nos livrar. maturidade / De quem já viveu, mas sei
que eu já tenho a idade / De ver a verdade
‐ Mãe oferente, Mãe tão feliz, / que tudo o que eu quero é ser eu / O mundo ferido
guarda no coração. / Assim, por todos o e cansado de um triste passado / De
céu bendiz / e dá seu Filho em oblação. guerras sem fim, tem medo da bomba
que fez / E da fé que desfez mas aponta
07. CUMPRIU‐SE A PROFECIA pra mim.
‐ Já o céu contemplamos neste dia / Pois
nasceu para nós o Salvador / Mundo ‐ Eu venho trazer meu recado / Não
novo de paz e de harmonia / Vai também tenho passado, mas sei entender / Um
despontar no puro amor. jovem foi crucificado por ter ensinado a
Já cumpriu‐se a profecia, já nasceu o gente a viver / Eu grito ao meu mundo
Salvador / Céus e terra, na alegria, descrente / Que eu quero ser gente, que
cantam hoje um só louvor / No presépio eu creio na cruz / Eu creio na força do
pequenino e no Pão celestial / Honra e jovem / Que segue o caminho do Cristo
glória ao Deus menino, num louvor Jesus.
sempre eternal.
09. A MÃE SERÁ CAPAZ
‐ Vem do céu o esplendor de nova aurora ‐ Não sei se descobriste a encantadora
/ Uma luz que é celeste o mundo viu / No luz, / no olhar da mãe feliz que embala o
clarão redentor que brilha agora / No novo ser. / Nos braços leva alguém, em
deserto a esperança então floriu. forma de outro eu; / vivendo agora em
dois, se sente renascer.
‐ Tudo é pobre na gruta e tão singelo / A mãe será capaz de se esquecer / ou
Mas transborda de paz como um jardim deixar de amar algum dos filhos que
/ E Natal é mistério assim tão belo / Pois gerou? / E se existir acaso tal mulher, /
quis Deus ser também pequeno assim. Deus se lembrará de nós em seu amor.

‐ Vindo a nós, entre pobres, na alegria / ‐ O amor de mãe recorda o amor de

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nosso Deus: / tomou seu povo ao colo; do onde vai / E que o homem carregue
quis nos atrair. / Até a ingratidão inflama nos ombros a graça de um pai /Que a
seu amor. /Um Deus apaixonado busca mulher seja um céu de ternura, acon‐
mim e a ti! chego e calor / E que os filhos conheçam
a força que brota do amor! / Abençoa,
10. O PROFETA Senhor, as famílias! Amém! / Abençoa,
‐ Antes que te formasse dentro do ven‐ Senhor, a minha também
tre de tua mãe. / Antes que tu nascesses,
te conheci e ti consagrei. / Para ser Meu ‐ Que marido e mulher tenham força de
profeta dentre as nações eu ti escolhi. / amar sem medida / Que ninguém vá
Irás onde ti envio e o que Eu mando dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
proclamarás. / Que as crianças aprendam no colo, o
Tenho de gritar, tenho de arriscar, / ai de sentido da vida / Que a família celebre a
mim se não o faço! / Como escapar de Ti? partilha do abraço e do pão!
Como calar se Tua voz me queima den‐ ‐ Que marido e mulher não se traiam,
tro? / Tenho de andar, tenho de lutar, / ai nem traiam seus filhos / Que o ciúme não
de mim se não o faço! / Como escapar de mate a certeza do amor entre os dois /
Ti? Como calar? Se Tua voz arde em meu Que no seu firmamento a estrela que
peito. tem maior brilho / Seja a firme esperança
de um céu aqui mesmo e depois.
‐ Não temas arriscar‐te porque contigo
Eu estarei. / Não temas anunciar‐me: por 12. UM CERTO GALILEU
tua boca Eu falarei. / Te entrego hoje ‐ Um certo dia à beira mar /Apareceu um
meu povo, para arrancar e derrubar, jovem Galileu / Ninguém podia imaginar /
para edificar, destruirás e plantarás. Que alguém pudesse amar do jeito que
ele amava / Seu jeito simples de conver‐
‐ Deixa os teus irmãos, deixa teu pai e tua sar / Tocava o coração de quem o escuta‐
mãe. / Abandona tua casa porque a terra va.
gritando está. / Nada tragas contigo, E seu nome era Jesus de Nazaré, /Sua
porque a teu lado Eu estarei: / é hora de fama se espalhou e todos vinham ver /O
lutar porque Meu povo sofrendo está. fenômeno do jovem pregador / Que
tinha tanto amor.
11. ORAÇÃO PELA FAMÍLIA
‐ Que nenhuma família comece em qual‐ ‐ Naquelas praias, naquele mar, / Naque‐
quer de repente / Que nenhuma família le rio, em casa de Zaqueu / Naquela
termine por falta de amor / Que o casal estrada naquele sol / E o povo a escutar
seja um para o outro de corpo e de histórias tão bonitas / Seu jeito amigo de
mente / E que nada no mundo separe um se expressar / Enchia o coração de paz
casal sonhador! tão infinita.
‐ Que nenhuma família se abrigue debai‐ ‐ Em plena rua, naquele chão, / Naquele
xo da ponte / Que ninguém interfira no poço, em casa de Simão / Naquela relva,
lar e na vida dos dois / Que ninguém os no entardecer, / O mundo viu nascer a
obrigue a viver sem nenhum horizonte / paz de uma esperança / Seu jeito puro de
Que eles vivam do ontem, do hoje em perdoar, / Fazia o coração voltar a ser
função de um depois. criança.
Que a família comece e termine saben‐ ‐ Um certo dia, ao tribunal / Alguém
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levou o jovem Galileu / Ninguém sabia tanto tempo esperou / De Moisés o
qual foi o mal / E o crime que ele fez, caminho trilhou / E a promessa se
quais foram seus pecados / Seu jeito confirmou.
honesto de denunciar / Mexeu na A salvação está perto de nós / Cantem
posição de alguns privilegiados. todos levantem a voz / Estar aqui é
E mataram a Jesus de Nazaré / E no meio acreditar / E desse sonho também
de ladrões puseram sua cruz, / Mas o comungar / Que um Filho Deus vai nos
mundo ainda tem medo de Jesus / Que mandar.
tinha tanto amor...
‐ Maria em seu ventre acolheu / A graça
‐ Vitorioso, Ressuscitou / Após três dias,
que de Deus recebeu / Ser a mãe de Jesus
à vida Ele voltou! / Ressuscitado, não
Salvador / Ser a mãe de seu Deus e
morre mais / Está junto do Pai, o Filho
muito Amado. / Agora vive, em cada lar / Senhor.
nos nossos corações, pra sempre
estará... ‐ O advento é a espera do amor / João
Batista o profeta ensinou / Que é preciso
13. DAS ALTURAS ORVALHEM OS CÉUS de vida mudar / Que é preciso no amor
acreditar.
Das alturas orvalhem os céus, / E as
nuvens que chovam justiça, /Que a terra 15. DA CEPA BROTOU A RAMA
se abra ao amor / E germine o Deus Da cepa brotou a rama,/ Da rama brotou
Salvador (bis). a flor, / Da flor nasceu Maria,/ De Maria,
o Salvador (bis).
‐ Foste amigo, antigamente, / Desta terra
que amaste, / Deste povo que ‐ O Espírito de Deus / Sobre ele pousará
escolheste; / Sua sorte melhoraste, / / De saber, de entendimento / Este
Perdoaste seus pecados, / Tua ira Espírito será / De conselho e fortaleza /
acalmaste. De ciência e de temor / Achará sua
alegria / No temor do seu Senhor.
‐ Escutemos suas palavras, / É de paz que
vai falar; / Paz ao povo, a seus fiéis, / A ‐ Não será pela ilusão / Do olhar, do ouvir
quem dele se achegar. / Está perto a falar / Que ele irá julgar os homens /
salvação / E a glória vai voltar. Como é praxe acontecer / Mas os pobres
desta terra / Com justiça julgará / e dos
‐ Eis: amor, Fidelidade / Vão unidos se fracos o direito / Ele é quem defenderá.
encontrar; / Bem assim, Justiça e Paz /
Vão beijar‐se e se abraçar. / Vai brotar
‐ A palavra de sua boca / Ferirá o violento
Fidelidade / E Justiça se mostrar.
/ E o sopro de seus lábios / Matará o
‐ E virão os benefícios / Do Senhor a avarento / A justiça é o cinto / Que
abençoar; / E os frutos do amor / Desta circunda a sua cintura / E o manto da
terra vão brotar. / A Justiça diante dele / lealdade / É a sua vestidura.
E a Paz o seguirá.
‐ Neste dia, neste dia / O incrível,
14. O PROFETA ANUNCIOU verdadeiro / Coisa que nunca se viu /
‐ O profeta de Deus anunciou / O povo Morar lobo com cordeiro / A comer do
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 mesmo pasto / Tigre e boi, burro e leão / ‐ Neste dia, neste dia / O Senhor
P o r u m m e n i n o g u i a d o s / S e estenderá / Sua mão libertadora / Pra seu
confraternizarão. povo resgatar / Estandarte para os
povos / O Senhor levantará / A seu povo,
‐ Um menino, uma criança / Com as feras a sua Igreja / Toda a terra acorrerá.
a brincar / E nenhum mal nenhum dano /
Mais na terra se fará / Da ciência do ‐ A inveja, a opressão / Entre irmãos se
Senhor / Cheio o mundo estará / Como o acabará / E a comunhão de todos / O
sol inunda a terra / E as águas enchem o inimigo vencerá / Poderosa mão de Deus
mar. / Fez no Egito o mar secar / Para o resto
do seu povo/ Um caminho abrirá.

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 Paróquia São Bernardo
FICHA TÉCNICA ‐‐ Texto: Equipe Paroquial de Leigos e Missionários da Misericórdia |
PROJETO GRÁFICO / DIAGRAMAÇÃO ‐ Dione Afonso | ILUSTRAÇÃO: As imagens utiliza‐
das neste material foram extraídas por pesquisas no google.com/imagens [este material
não tem o propósito de fins lucrativos] | CORREÇÃO E ORTOGRAFIA: Pe. Sebastião Braz da
Silveira, SDN | REVISÃO FINAL E APROVAÇÃO: Pe. José de Oliveira Miguel, SDN
[pároco] | TIRAGEM ‐ 2.000 exemplares
IMPRESSÃO ‐ Gráfica O Lutador

Rua Cecília Pinto, 95 ‐ São Bernardo ‐ Belo Horizonte‐MG

CEP. 31.741‐310 | Tel.: [31] 3494‐6035
paroquiasaobernardo@yahoo.com.br | www.paroquiasaobernardobh.com.br
Propaganda da Revista O Lutador
Equipe Paroquial de Leigos da Paróquia São Bernardo ‐ BH
Missionários da Misericórdia ‐ 2016
Pe. José de Oliveira Miguel, SDN [Pároco]
Pe. Renato Dutra Borges, SDN [Vigário paroquial]
Pe. Sebastião Braz da Silveira, SDN

Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora

Setembro | 2015
 ‘‘A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo,
por isso mesmo, também, fundamento e o caminho
primário para a paz, já que por vocação, deveria
contagiar o mundo com seu amor’’

Mensagem do Papa às famílias