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Mt 3-4 mostra Jesus sendo investido na sua função messiânica, num contexto
de confronto de modelos messiânicos: o de Jesus, o do Batista e os modelos de
messianismos terrenos presentes nas tentações. Só Jesus é o Messias verdadeiro, investido
pelo Pai (3,17).
justiça da nova Lei. Não se trata de um código de moral, mas uma determinação do
"espírito" da nova Lei pela qual os discípulos deverão pautar sua conduta.
Mt 8-9 é uma secção narrativa, denominada "secção dos milagres". O Jesus que
ensina (5-7) é o Jesus que age poderosamente (8-9). Ele é o Messias por palavras e por
obras (4,23; 9,35). As obras dão credibilidade às palavras. No cap. 10, a autoridade
messiânica de Jesus será transmitida aos apóstolos, escolhidos e enviados (cf. vv. 7-8). Em
11,2-6, o duplo aspecto da messianidade de Jesus será evidenciado pela pergunta dos
discípulos de João.
Nesta etapa, são apresentadas várias reações diante do Messias Jesus, descrito
anteriormente como Messias por palavras (5-7) e Messias por obras (8-9).
Jesus havia confiado a seus discípulos a tarefa de levar adiante sua missão (cap.
10), alertando-os para as perseguições que os aguardavam (Mt 10,17ss). Agora, sua pessoa
é posta em questão e torna-se objeto de controvérsia. Até então não havia acontecido algo
de semelhante.
No cap. 13, Jesus, através das parábolas, havia revelado aos discípulos a
dinâmica do Reino. Nesta etapa, veremos como a comunidade eclesial, primícias do Reino,
vai se formando progressivamente. Isto se dá no nível do aprofundamento da fé, pela
superação da fé pequena, através do seguimento de Jesus, nos seus contínuos
deslocamentos. Finalmente, os discípulos começam a compreender algo (16,12; 17,13).
Trata-se de discernir, nestes capítulos, um caminho de (a) Fé e (b) Compreensão dos
discípulos e da Igreja.
ingresso no Templo (21,23), saída do Templo (24,1), Monte das Oliveiras (24,3). Estamos
às portas de acontecimentos decisivos quando, diante da cruz, a fé dos discípulos será posta
em xeque. Então, uma escolha definitiva deverá ser feita: aceitação ou recusa do Messias
Jesus.
Todavia, a Parusia (advento, chegada) de Jesus, no final dos tempos, passa pelo
mistério de sua paixão, morte e ressurreição. Diante da morte e ressurreição do Filho de
Deus "por nós" (26,28-29), o ser humano deve decidir-se. Nele, o Reino definitivo já
irrompe na história. O Ressuscitado antecipa e prepara a Parusia do final dos tempos.
Deste modo, Mateus conclui sua grande catequese sobre a vida da Igreja e dos
cristãos.